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GRUNDFOS INDUSTRY 
MANUAL DE BOMBAS
MANUAL DE BOMBA 
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terial, entretanto, a GRUNDFOS Management A/S não será responsável por qualquer 
perda, quer seja direta, indireta, incidental ou consequente que possa surgir do uso 
ou confiança depositada sobre qualquer conteúdo deste material.
Introdução 
A indústria fabril tem uma elevada demanda pesada por bombas, quando 
se trata de uma ótima operação, alta confiabilidade e baixo consumo de 
energia. Por esse motivo, a Grundfos desenvolveu o Manual de Bomba, 
que, de maneira simples, aborda com várias considerações ao dimensionar 
bombas e sistemas de bombas. 
Elaboramos um manual para engenheiros e técnicos que trabalham 
com o projeto e instalação de bombas e sistemas de bombas, contendo 
respostas para uma ampla variedade de perguntas técnicas específicas 
sobre as bombas. O Manual de Bombas pode ser lido do princípio ao fim ou 
parcialmente sobre tópicos específicos. 
O manual está dividido em 5 capítulos, os quais abordam as diferentes 
fases do projeto de sistemas de bombas. 
No capítulo 1 fazemos uma apresentação geral de diferentes tipos de 
bombas e componentes. Aqui também descrevemos quais precauções 
tomar ao lidar com líquidos viscosos. Além disso, os materiais mais usados, 
assim como os diferentes tipos de corrosão são apresentados aqui. As 
terminologias mais importantes relacionadas à leitura do desempenho 
das bombas são apresentadas no capítulo 2. O Capítulo 3 aborda os 
sistemas hidráulicos e alguns dos fatores mais importantes a considerar 
para se obter uma ótima operação do sistema de bombas. Visto que é 
frequentemente necessário ajustar o desempenho da bomba por meio 
de vários métodos de ajuste, estes métodos são abordados no capítulo 4. 
O capítulo 5 descreve os custos do ciclo de vida uma vez que o consumo 
de energia desempenha um papel importante nas bombas e sistemas de 
bombas de hoje. 
Esperamos sinceramente que você faça uso do Manual de Bomba e o 
considere útil no seu trabalho diário. 
Diretor de Segmento Especialista em Aplicação 
Mogens Roy Olesen Christian R. Bech
Capítulo 1 Design de bombas e motores.................................7 
Seção 1.1 Construção de bombas................................................8 
1.1.1 A bomba centrífuga...............................................................8 
1.1.2 Curvas das bombas................................................................ 9 
1.1.3 Características da bomba centrífuga...........................11 
1.1.4 Tipos mais comuns de bombas de 
sucção axial e em linha ................................................... 12 
1.1.5 Tipos de rotores (forças axiais) ....................................... 14 
1.1.6 Tipos de carcaças (forças radiais)................................... 15 
1.1.7 Bombas monoestágio....................................................... 15 
1.1.8 Bombas multiestágio..........................................................16 
1.1.9 Bombas com acoplamento longo e curto 16 
Seção 1.2 Tipos de bombas..........................................................17 
1.2.1 Bombas padrão .................................................................... 17 
1.2.2 Bombas bi-partida............................................................. 17 
1.2.3 Bombas hermeticamente seladas ............................. 18 
1.2.4 Bombas sanitárias ..............................................................20 
1.2.5 Bombas de efluentes ....................................................... 21 
1.2.6 Bombas imersíveis ............................................................ 22 
1.2.7 Bombas submersas .......................................................... 23 
1.2.8 Bombas de descolamento positivo .............................24 
Seção 1.3 Vedações de eixos mecânicos...............................27 
1.3.1 Componentes e função da vedação 
de eixo mecânico.................................................................29 
1.3.2 Vedações de eixos mecânicos balanceados 
e não balanceados .............................................................30 
1.3.3 Tipos de vedações de eixos mecânicos....................... 31 
1.3.4 Combinações de materiais da face 
da vedação.............................................................................34 
1.3.5 Fatores que afetam o desempenho 
da vedação.............................................................................36 
Seção 1.4 Motores.......................................................................... 39 
1.4.1Padrões ..................................................................................... 40 
1.4.2 Partida no motor................................................................. 46 
1.4.3 Tensão de alimentação.................................................... 47 
1.4.4 Conversor de frequência................................................. 47 
1.4.5 Proteção do motor............................................................. 49 
Seção 1.5 Líquidos............................................................................53 
1.5.1 Líquidos viscosos............................................................................ 54 
1.5.2 Líquidos Não Newtonianos ...................................................... 55 
1.5.3 Impacto dos líquidos viscosos sobre o desempenho 
de uma bomba centrífuga......................................................... 55 
1.5.4 Seleção da bomba correta para um líquido 
com anticongelante ......................................................................56 
1.5.5 Exemplo de cálculo ....................................................................... 58 
1.5.6 Seleção da bomba com auxílio de computador 
para líquidos densos e viscosos................................................ 58 
Seção 1.6 Materiais........................................................................ 59 
1.6.1 O que é corrosão?..................................................................60 
1.6.2 Tipos de corrosão...................................................................61 
1.6.3 Metais e ligas metálicas.....................................................65 
1.6.4 Cerâmica...................................................................................71 
1.6.5 Plástico.......................................................................................71 
1.6.6 Borracha....................................................................................72 
1.6.7 Revestimentos........................................................................73 
Capítulo 2 Instalação e leitura do 
desempenho .....................................................................................75 
Seção 2.1 Instalação da bomba ................................................76 
2.1.1 Nova instalação.....................................................................76 
2.1.2 Substituição-instalação existente .................................76 
2.1.3 Fluxo do tubo para instalação de 
bomba única..........................................................................77 
2.1.4 Limitação de ruídos e vibrações......................................78 
2.1.5 Nível de som (L)......................................................................81 
Seção 2.2 Desempenho da bomba .........................................83 
2.2.1 Termos hidráulicos................................................................83 
2.2.2 Termos elétricos.....................................................................90 
2.2.3 Propriedades dos líquidos.................................................93 
Índice
Capítulo 3 Sistema hidráulico......................................................95 
Seção 3.1 Características do sistema .......................................96 
3.1.1 Resistências únicas...............................................................97 
3.1.2 Sistemas abertos e fechados ............................................98 
Seção 3.2 Bombas conectadas em série e paralelas............101 
3.2.1 Bombas em paralelo..........................................................101 
3.2.2 Bombas conectadas em série........................................103 
Capítulo 4 Ajuste do desempenho 
das bombas......................................................................................105 
Seção 4.1 Ajuste do desempenho das bombas.................106 
4.1.1 Controle por estrangulamento....................................107 
4.1.2 Controle de desvio.............................................................107 
4.1.3 Modificação do diâmetro do rotor.............................108 
4.1.4 Controle de velocidade....................................................108 
4.1.5 Comparação dos métodos de ajuste.........................110 
4.1.6 Eficiência geral do sistema da bomba......................111 
4.1.7 Exemplo: Consumo de energia relativo 
quando o fluxo é reduzido em 20%...........................111 
Seção 4.2 Soluções para bomba com 
velocidade controlada ...................................................114 
4.2.1 Controle de pressão constante....................................114 
4.2.2 Controle de temperatura constante..........................115 
4.2.3 Pressão do diferencial constante em 
um sistema de circulação..............................................115 
4.2.4 Controle da pressão diferencial 
com compensada por fluxo .........................................116 
Seção 4.3 Vantagens do controle 
de velocidade......................................................................117 
Seção 4.4 Vantagens das bombas com 
conversor de frequência integrado .......................... 118 
4.4.1 Curvas de desempenho de bombas com 
velocidade controlada.....................................................119 
4.4.2 Bombas com velocidade controlada em 
diferentes sistemas ..........................................................119 
Seção 4.5 Conversor de frequência.......................................122 
4.5.1 Funções e características básicas.................................122 
4.5.2 Componentes do conversor 
de frequência......................................................................122 
4.5.3 Condições especiais referentes aos 
conversores de frequência.............................................124 
Capítulo 5 Cálculo dos custos 
do ciclo de vida ...............................................................................127 
Seção 5.1 Equação de custos do ciclo de vida....................128 
5.1.1 Custos iniciais, preço de compra (Cic)..........................129 
5.1.2 Custos de Instalação e 
comissionamento (Cin).....................................................129 
5.1.3 Custos de energia (Ce)........................................................130 
5.1.4 Custos operacionais (Co)...................................................130 
5.1.5 Custos ambientais (Cenv)...................................................130 
5.1.6 Custos de manutenção e reparos (Cm)......................131 
5.1.7 Custos de tempo de parada, 
perda de produção (Cs)...................................................131 
5.1.8 Custos de desmantelamento 
e descarte (Co)......................................................................131 
Seção 5.2 Cálculo dos custos 
do ciclo de vida – um exemplo ...................................132 
Apêndice............................................................................................133 
A) Notações e unidades........................................................134 
B) Tabelas de conversão de unidades.............................135 
C) Prefixos SI e alfabeto grego...........................................136 
D) Pressão do vapor e densidade da água 
em diferentes temperaturas........................................137 
E) Orifício .................................................................................138 
F) Mudança na pressão estática devido 
à mudança do diâmetro do cano...............................139 
G) Injetores.................................................................................140 
H) Nomograma para perdas de 
carga em curvas e válvulas............................................141 
I) Nomograma para perda do tubo de 
água limpa a 20˚C.............................................................142 
J) Sistema periódico..............................................................143 
K) Padrões de bombas..........................................................144 
L) Viscosidade para líquidos diferentes 
como função da temperatura do líquido................145 
Índice remissivo.............................................................................151
Capítulo 1. Design de bombas e motores 
Seção 1.1: Construção da bomba 
1.1.1 A bomba centrífuga 
1.1.2 Curvas da bomba 
1.1.3 Características da bomba centrífuga 
1.1.4 Tipos mais comuns de bombas de 
sucção axial e em linha 
1.1.5 Tipos de rotor (forças axiais) 
1.1.6 Tipos de carcaças (forças radiais) 
1.1.7 Bombas monoestágio 
1.1.8 Bombas multiestágio 
1.1.9 Bombas com acoplamento longo 
e curto 
Seção 1.2 Tipos de bombas 
1.2.1 Bombas padrão 
1.2.2 Bombas bi-partida 
1.2.3 Bombas hermeticamente seladas 
1.2.4 Bombas sanitárias 
1.2.5 Bombas de efluentes 
1.2.6 Bombas imersíveis 
1.2.7 Bombas submersa 
1.2.8 Bombas de deslocamento positivo
Seção 1.1 
Construção da bomba 
1.1.1 Bomba centrífuga 
Em 1689, o físico Denis Papin inventou a bomba 
centrífuga e este tipo de bomba é o mais usado ao 
redor do mundo. A bomba centrífuga é construída 
sobre um princípio simples: O líquido é levado 
até o cubo do rotor e, através da força centrífuga, 
ele é lançado na direção da periferia dos rotores. 
A construção é razoavelmente barata, robusta e 
simples e sua alta velocidade possibilita conectar 
a bomba diretamente a um motor assíncrono. 
A bomba centrífuga oferece um fluxo de líquido 
uniforme e pode facilmente ser acelerado sem 
causar danos a bomba. 
Agora, vamos observar a figura 1.1.1, que mostra 
o fluxo do líquido através da bomba. A entrada 
da bomba leva o líquido para o centro do rotor 
giratório de onde é lançado para a periferia. Esta 
construção oferece alta eficiência e é apropriada 
para lidar com líquidos puros. As bombas, que têm 
que lidar com líquidos impuros, como bombas 
de efluentes, são equipadas com um rotor que é 
construído especialmente para evitar que objetos 
fiquem armazenados no interior da bomba, 
consulte a seção 1.2.5. 
Se ocorrer diferença de pressão no sistema enquanto 
a bomba centrífuga não estiver funcionando, o 
líquido ainda consegue passar através da mesma 
devido ao seu desenho aberto. 
Como se pode ver na figura 1.1.2, a bomba centrífuga 
pode ser classificada em diferentes grupos: Bombas 
de fluxo radial, bombas de fluxo misto e bombas de 
fluxo axial. As bombas de fluxos radial e as bombas 
de fluxo misto são os tipos mais comuns utilizados. 
Portanto, iremos nos concentrar somente nestes tipos 
de bombas nas próximas páginas. 
Entretanto, apresentaremos brevemente a bomba 
de deslocamento positivo na seção 1.2.8. 
As diferentes exigências de desempenho das 
bombas centrífugas, especialmente em relação à 
altura manométrica total, fluxo e instalação, 
junto com as exigências de operação econômica, 
são somente algumas das razões porque existem 
tantos tipos de bombas. A Figura 1.1.3 mostra os 
diferentes tipos de bombas em relação ao fluxo e 
pressão. 
Fig. 1.1.1: O fluxo do líquido através da bomba 
Bomba de fluxo radial Bomba de fluxo misto Bomba de fluxo axial 
Fig. 1.1.2: Diferentes tipos de bombas centrífugas 
H [m] 
1 2 
10000 
6 
4 
2 
1000 
6 
4 
2 
100 
6 
4 
2 
10 
6 
4 
2 
4 
6 
Bombas de fluxo radial 
multiestágios 
Bombas de 
fluxo radial 
monoestágios 
10 
Bombas de fluxo misto 
Bombas de fluxo axial 
2 46 100 2 46 10002 46 10000 100000 
Q [m3/h] 
Fig. 1.1.3: Fluxo e altura manométrica total para 
diferentes tipos de bombas centrífugas 
8
1.1.2 Curvas das bombas 
Antes de aprofundarmos no mundo da construção e 
tipos de bombas apresentaremos as características 
básicas das curvas de desempenho das bombas. O 
desempenho de uma bomba centrífuga é mostrado 
por um conjunto de curvas de desempenho. As 
curvas de desempenho para uma bomba centrífuga 
são mostradas na figura 1.1.4. Altura manométrica 
total, consumo de energia, eficiência de consumo 
e NPSH são mostrados como uma função no fluxo. 
Normalmente, as curvas das bombas nas apostilas de 
dados cobrem somente a parte da bomba. Portanto, 
o consumo de energia, o valor P2 que também está 
listado nas apostilas de dados, cobre somente a 
energia que entra na bomba – consulte a figura 
1.1.4. O mesmo vale para o valor eficiência, que cobre 
somente a parte da bomba (η = ηP). 
Em alguns tipos de bombas com motor integrado e 
conversor de frequência possivelmente integrado, 
por exemplo, bombas com motor blindado (consulte 
a seção 1.2.3), a curva de consumo de energia e a 
curva η cobrem o motor e a bomba. Neste caso, é o 
valor P1 que deve ser levado em consideração. 
No geral, as curvss das bombas são projetadas de acordo 
com o ISO 9906 Anexo A, que especifica as tolerâncias 
das curvas: 
• Q +/- 9%, 
• H +/-7%, 
• P +9% 
• -7%. 
Mostramos a seguir uma breve apresentação das 
diferentes curvas de desempenho de bombas. 
Altura manométrica total, a curva QH 
A curva QH mostra a altura manométrica total, que 
a bomba é capaz de executar em um determinado 
fluxo. A altura manométrica total é medida em metros 
de coluna de líquido/metros [mLC]; normalmente a 
unidade metro [m] é aplicada. A vantagem de se usar 
a unidade [m] como unidade de medida da altura 
manométrica total da bomba é que a curva QH não 
é afetada pelo tipo de líquido que bomba tem que 
manejar, consulte a seção 2.2 para mais informações. 
H 
[m] 
η 
[%] 
50 
40 
70 
Eficiência 
60 
50 
40 
30 
20 
10 
0 
12 
10 
8 
6 
4 
2 
30 
20 
10 
0 
0 10 20 30 40 50 60 70 Q [m 3/h] 
P2 
[kW] 
10 
8 
6 
4 
2 
0 
NPSH 
(m) 
Consum o de energia 
NPSH 
Fig. 1.1.4: Curvas de desempenho típicas para 
uma bomba centrífuga. Altura manométrica 
total, consumo de energia, eficiência e NPSH são 
mostrados como uma função do fluxo 
Q 
P1 M P2 H 
3~ 
ηM ηP 
Fig. 1.1.5: As curvas para consumo de energia e 
eficiência normalmente cobrem somente a parte 
da bomba da unidade – i.e. P2 e ηP 
H 
[m] 
60 
50 
40 
30 
20 
10 
0 
0 10 20 30 40 50 60 70 80 Q [m3/h 
Fig. 1.1.6: Curva QH típica para uma bomba 
centrífuga; fluxo baixo resulta em altura 
manométrica total alta e fluxo alto resulta em 
altura manométrica total baixa 
9
Eficiência, a curva η 
A eficiência é a relação entre a energia fornecida e 
a quantidade de energia utilizada. No mundo das 
bombas, a eficiência ηP é a relação entre a energia, 
que a bomba fornece para a água (PH) e a entrada 
de energia no eixo (P2): 
onde: 
ρ é a densidade do líquido em kg/m3, 
g é a aceleração da gravidade em m/s2, 
Q é o fluxo em m3/h e H é a altura manométrica 
total em m. 
Para água a 20oC e com Q medido em m3/h e H em 
m, a energia hidráulica pode ser calculada como: 
Como aparece a partir da curva de eficiência, a 
eficiência depende do ponto de operação da bomba. 
Portanto, é importante selecionar uma bomba que 
seja compatível com os requisitos de fluxo e que 
assegure que a bomba esteja funcionando na área 
de fluxo mais eficiente. 
Consumo de energia, a curva P2 
A relação entre o consumo de energia da bomba 
e o fluxo é mostrada na figura 1.1.8. A curva P2 
da maioria das bombas centrífugas é semelhante 
à curva na figura 1.1.8 onde o valor P2 aumenta 
quando o fluxo aumenta. 
Curva NPSH (Altura Manométrica de Sucção 
Positiva Líquida) 
O valor NPSH de uma bomba é a pressão mínima 
absoluta (consulte a seção 2.2.1) que deve estar 
presente no lado de sucção da bomba para evitar 
cavitação. O valor NPSH é medido em [m] e 
depende do fluxo; quando o fluxo aumenta, o valor 
NPSH também aumenta; figura 1.1.9. Para mais 
informações sobre cavitação e NPSH, vá para a 
seção 2.2.1. 
η 
[%] 
80 
70 
60 
50 
40 
30 
20 
10 
0 
0 10 20 30 40 50 60 70 Q [m 3/h] 
Fig. 1.1.7: Curva de eficiência de uma bomba 
centrífuga típica 
P2 
[kW] 
10 
8 
6 
4 
2 
0 
0 10 20 30 40 50 60 70 Q [m 3/h] 
Fig. 1.1.8: Curva de consumo de energia de uma 
bomba centrífuga típica 
NPSH 
[m] 
10 
8 
6 
4 
2 
0 
0 10 20 30 40 50 60 70 Q [m 3/h] 
ηp = 
PH 
P2 
= 
ρ . g . Q . H 
P2 x 3600 
Fig. 1.1.9: Curva NPSH de bomba centrífuga 
típica 
PH = 2.72 . Q . H [W] 
10 
Seção 1.1 
Construção da bomba 
= Q . H . g .ρ 
3600 x ηp 
P2
1.1.3 Características da bomba centrífuga 
A bomba centrífuga possui várias características 
e as mais importantes serão apresentadas nesta 
seção. Mais adiante neste capítulo forneceremos 
uma descrição mais detalhada dos diferentes tipos 
de bombas. 
• Número de fases 
Dependendo do número de rotores na bomba, 
uma bomba centrífuga pode ser uma bomba 
monoestágio ou uma bomba multiestágio. 
• Posição do eixo da bomba 
As bombas monoestágio e multiestágio são 
produzidas com eixos de bomba verticais ou 
horizontais. Estas bombas normalmente são 
normalmente designadas como bombas horizontais 
ou verticais. Para mais informações, vá para seção 
1.1.4. 
• Rotores de sucção simples ou de sucção dupla 
Dependendo da construção do rotor, uma bomba 
pode ser equipada com um rotor de sucção simples 
ou rotor de sucção dupla. Para mais informações, vá 
para a seção 1.1.5. 
• Acoplamento de estágios 
Os estágios da bomba podem ser arranjados de 
duas maneiras diferentes: em série e em paralelo, 
consulte a figura 1.1.10. 
• Construção da carcaça da bomba 
Diferenciamos entre dois tipos de carcaça de bomba: 
Carcaça Voluta e carcaça de canal de retorno com 
palhetas guia. Para mais informações, vá para a 
seção 1.1.6. 
Fig 1.1.10: Bomba dupla com rotores 
acoplados em paralelo 
11
Seção 1.1 
Construção da bomba 
1.1.4 Tipos mais comuns de bomba de sucção axial e em linha 
Sucção axial 
Horizontal 
Monoestágio 
Multiestágio 
Acoplamento curto Acoplamento curto 
Acoplamento longo 
Bomba de sucção axial = O líquido entra diretamente no rotor. A entrada e a saída possuem 
um ângulo de 90°. Consulte a seção 1.1.9 
Bomba em linha = O líquido passa diretamente pela bomba em linha. O cano de sucção e o cano 
de descarga 
são colocados opostos um ao outro e podem ser montados diretamente no 
sistema de encanamento 
Bomba com carcaça 
bipartida = Bomba com carcaça dividida axialmente. Consulte a seção 1.2.2 
Bomba horizontal = Bomba com eixo horizontal 
Bomba vertical = Bomba com eixo vertical 
Bomba monoestágio = Bomba com rotor único. Consulte a seção 1.1.7 
Bomba multiestágio = Bomba com vários rotores acoplados em série. Consulte a seção 1.1.8 
Bomba com acoplamento 
longo = Bomba conectada ao motor através de um acoplamento flexível. O motor e 
a bomba possuem construções de rolamentos separados. Consulte a seção 
1.1.9 
Bomba com acoplamento 
curto = bomba conectada ao motor através de um acoplamento rígido. Consulte a 
seção 1.1.9 
12
Em linha 
Horizontal / Vertical 
Multiestágio 
Monoestágio 
Bipartida 
Monoestágio 
Acoplamento longo Acoplamento curto Acoplamento curto 
Acoplamento longo 
Horizontal 
13
1.1.5 Tipos de rotores (forças axiais) 
A bomba centrífuga gera pressão que exerce forças 
sobre as peças fixas e giratórias da bomba. 
As peças das bombas são feitas para suportar 
essas forças. Se as forças axiais e radiais não 
forem contrabalanceadas na bomba, as forças 
devem ser consideradas ao selecionar o sistema 
de acionamento da bomba (rolamento de contato 
angular no motor). Em bombas equipadas com 
rotor de sucção simples, podem ocorrer grandes 
forças axiais, figuras 1.1.11 e 1.1.12. Estas forças 
são balanceadas em uma das seguintes formas: 
• Mecanicamente por meio de rolamentos 
de impulso. Estes tipos de rolamentos são 
especialmente projetados para absorver as 
forças axiais dos rotores 
• Por meio de orifícios de balanceamento no rotor, 
consulte a figura 1.1.13 
• Por meio de regulagem do acelerador a partir 
de um anel de vedação montado na traseira dos 
rotores, consulte a figura 1.1.14 
• Impacto dinâmico a partir da traseira do rotor, 
consulte a figura 1.1.15 
• O impacto axial sobre a bomba pode ser evitado 
usando rotores de sucção dupla (consulte a 
figura 1.1.16). 
Fig. 1.1.13: Balanceando as 
forças axiais em uma bomba 
centrífuga monoestágio com 
orifícios de balanceamento 
somente 
Fig. 1.1.14: Balanceando 
as forças axiais em 
uma bomba centrífuga 
monoestágio com lacuna 
de vedação no lado de 
descarga e orifícios de 
balanceamento 
Fig. 1.1.15: Balanceando as 
forças axiais em uma bomba 
centrífuga monoestágio 
com lâminas na traseira dos 
rotores 
Fig. 1.1.16: Balanceando as 
forças axiais em um sistema 
de rotor de sucção duplo 
Fig. 1.1.11: : Rotor de 
sucção simples 
Fig. 1.1.12: Bomba padrão 
com rotor de sucção simples 
Forças Axiais 
Seção 1.1 
Construção da Bomba 
14
1.1.6 Tipos de carcaças (forças radiais) 
As forças radiais resultam da pressão estática na 
carcaça. Portanto, podem ocorrer deflexões axiais 
que levam à interferência entre o rotor e a carcaça. 
A magnitude e a direção da força radial dependem 
da taxa do fluxo e altura manométrica total. 
Ao projetar a carcaça da bomba, é possível controlar 
as forças radiais hidráulicas. Vale a pena mencionar 
dois tipos de carcaças: a carcaça voluta simples e 
a carcaça voluta dupla. Como se pode observar na 
figura 1.1.18, as duas carcaças têm o formato de 
voluta. A diferença entre as duas é que a voluta 
dupla possui uma palheta guia. 
A bomba de voluta simples é caracterizada por uma 
pressão simétrica na voluta no ponto de eficiência 
ótimo, que leva à carga radial zero. Em todos os 
outros pontos, a pressão ao redor do rotor não é 
regular e consequentemente há presença de força 
radial. 
Como se pode observar na figura 1.1.19, a carcaça 
voluta dupla desenvolve uma força de reação radial 
baixa constante em qualquer capacidade. 
Os canais de retorno (figura 1.1.20) são usados em 
bombas multiestágio e têm a mesma função básica 
que as carcaças volutas. O líquido é levado de um 
rotor para o outro ao mesmo tempo, a rotação da 
água é reduzida e a pressão dinâmica é transformada 
em pressão estática. Devido ao projeto circular da 
carcaça do canal, não há forças radiais presentes. 
1.1.7 Bombas monoestágio 
Geralmente, as bombas monoestágio são usadas 
em aplicações que não exigem uma altura 
manométrica total de mais de 150 m. Normalmente, 
as bombas monoestágio operam no intervalo de 
2-100 m. 
As bombas monoestágio são caracterizadas por 
fornecer uma altura manométrica 
baixa em relação ao fluxo, consulte a figura 1.1.3. 
A bomba monoestágio é produzida no desenho 
vertical e horizontal, consulte as figuras 1.1.21 e 
1.1.22. 
Fig. 1.1.17: Rotor de Forças radiais 
Carcaça Voluta 
Carcaça voluta 
dupla 
1.0 Q /Qopt 
Força Radial 
Carcaça voluta dupla 
sucção simples 
Fig. 1.1.19: Força radial para 
carcaça voluta simples e dupla 
Fig. 1.1.22: Bomba 
com acoplamento 
curto em linha 
monoestágio 
vertical 
Fig. 1.1.21: Bomba com 
acoplamento curto de 
sucção axial monoestágio 
Fig. 1.1.20: Bomba 
em linha multiestágio 
vertical com carcaça de 
canal de retorno 
Canal de retorno 
15 
Fig. 1.1.18: Carcaça voluta simples
Fig. 1.1.25: Bomba com 
acoplamento longo com 
acopla mento básico 
Fig. 1.1.26: Bomba com acoplamento longo com 
acopla mento de espaçador 
1.1.8 Bombas multiestágio 
Bombas multiestágio são usadas em instalações 
onde uma altura manométrica elevada é 
necessária. Diversas fases são conectadas em série 
e o fluxo é guiado desde a saída de uma fase até 
a entrada da próxima. A altura manométrica final 
que uma bomba multiestágio pode proporcionar 
é igual à soma da pressão que cada estágio pode 
proporcionar. 
A vantagem das bombas multiestágio é que 
elas proporcionam uma altura manométrica 
elevada em relação ao fluxo. Como as bombas 
monoestágio, as bombas multiestágio estão 
disponíveis nas versões vertical e horizontal, 
consulte as figuras 1.1.23 e 1.1.24. 
1.1.9 Bombas com acoplamento longo 
e bombas com acoplamento curto 
Bombas com acoplamento longo 
Bombas com acoplamento longo são bombas com 
acoplamento flexível que conecta a bomba e o 
motor. Este tipo de acoplamento está disponível 
como acoplamento básico ou como acoplamento 
de espaçador. 
Se a bomba estiver conectada ao motor por um 
acoplamento básico, é necessário desmontar o 
motor quando a bomba precisar de manutenção. 
Portanto, é necessário alinhar a bomba na 
montagem, consulte a figura 1.1.25. 
Por outro lado, se a bomba estiver equipada com 
um acoplamento de espaçador, é possível fazer a 
manutenção na bomba sem desmontar o motor. 
Deste modo, o alinhamento não é um problema, 
consulte a figura 1.1.26. 
Bombas com acoplamento curto 
Estas bombas podem ser construídas nas duas 
maneiras a seguir: A bomba tem o rotor montado 
diretamente sobre o eixo estendido do motor ou a 
bomba tem um motor padrão e um acoplamento 
rígido ou acoplamento de espaçador, consulte as 
figuras 1.1.27 e 1.1.28. 
Fig. 1.1.24: Bomba de 
sucção axial multiestágio 
Fig. 1.1.23: Bomba horizontal 
em linha multiestágio 
vertical 
Fig. 1.1.27: Bomba com 
acoplamento curto com 
acoplamento rígido 
Fig. 1.1.28: Diferentes tipos de acoplamento 
Tipo acoplam ento 
básic o 
Bomba com 
acoplamento 
longo com 
acoplamento 
flexível 
Bomba com 
acoplamento 
curto com 
acoplamento 
rígido 
Acoplam ento de 
espaçador (opci)onal 
Seção 1.1 
Construção da bomba 
16
Fig. 1.2.1:Bomba padrão com 
acoplamento longo 
Fig. 1.2.2: Bomba padrão com 
eixo simples 
Fig. 1.2.3: Bomba com carcaça 
bipartida com acoplamento longo 
Fig. 1.2.4: Bomba com 
carcaça bipartida com 
rotor de sucção dupla 
Seção 1.2 
Tipos de bomba 
1.2.1 Bombas padrão 
Poucas normas internacionais tratam de bombas 
centrífugas. Na verdade, muitos países possuem 
seus próprios padrões, que mais ou menos 
sobrepõem uns aos outros. Uma bomba padrão 
é aquela compatível com as regulamentações 
oficiais, como, por exemplo, o ponto de operação 
da bomba. Relacionamos abaixo alguns exemplos 
de padrões internacionais para bombas: 
• EN 733 (DIN 24255) se aplica às bombas 
centrífugas de sucção axial, também conhecidas 
como bombas de água padrão com pressão 
nominal (PN) de 10 bar. 
• EN 22858 (ISO 2858) se aplica às bombas 
centrífugas, também conhecidas como bombas 
químicas padrão com pressão nominal (PN) de 
16 bar, consulte o apêndice K. 
As normas mencionadas acima cobrem as 
dimensões de instalação e os pontos de operação 
de diferentes tipos de bombas. Quanto às peças 
hidráulicas destas bombas, elas variam de acordo 
com o fabricante - deste modo, não há padrões 
internacionais determinados para estas peças. 
Bombas, que são projetadas de acordo com os 
padrões, oferecem vantagens ao usuário final 
relacionadas à instalação, assim como serviço, 
peças de reposição e manutenção. 
1.2.2 Bombas com carcaça bipartida 
Uma bomba com carcaça bipartida é uma 
bomba cuja carcaça é dividida axialmente em 
duas partes. A Figura 1.2.4 mostra uma bomba 
monoestágio com carcaça bipartida com rotor 
de sucção dupla. A construção com entrada 
dupla elimina as forças axiais e assegura 
uma expectativa de vida útil mais longa dos 
rolamentos. Geralmente, as bombas com carcaça 
bipartida são mais eficientes, tem manutenção 
mais fácil e uma faixa de desempenho ampla. 
17
Seção 1.2 
Tipos de bomba 
1.2.3 Bombas hermeticamente seladas 
Não é de surpreender que a guia de entrada 
do eixo da bomba deve ser selada. Geralmente, 
isto é feito através de um retentor mecânico 
do eixo, consulte a figura 1.2.5. A desvantagem 
do retentor mecânico do eixo são suas 
propriedades deficientes quando se trata 
de manipulação líquidos tóxicos e agressivos, 
que, consequentemente, levam a vazamento. 
Até certo ponto estes problemas podem ser 
resolvidos usando um retentor mecânico duplo 
do eixo. Outra solução para estes problemas é 
usar uma bomba hermeticamente selada. 
Diferenciamos estes dois tipos de bombas 
hermeticamente seladas: Bombas com motor 
blindado e bombas com acionamento magnético. 
Informações adicionais sobre estas bombas são 
encontradas nos próximos parágrafos. 
Bombas com motor blindado 
Uma bomba com motor blindado é uma 
bomba hermeticamente selada com o motor 
e a bomba integrados em uma unidade sem 
retentor, consulte as figuras 1.2.6 e 1.2.7. O 
líquido bombeado entra na câmara do rotor que 
é separado do estator por uma blindagem fina 
do rotor. O rotor pode servir como uma barreira 
hermeticamente selada entre o líquido e o motor. 
As bombas químicas são feitas de materiais 
como plástico ou aço inoxidável que podem 
suportar líquidos agressivos. 
O tipo mais comum de motor blindado é a 
bomba circuladora. Este tipo de bomba é usado 
tipicamente em circuitos de aquecimento, pois 
sua construção produz baixo ruído e a operação 
é livre de manutenção. 
Liquido 
Retentor 
Atmosfera 
Fig. 1.2.5: Exemplo de bomba padrão com retentor 
mecânico do eixo 
Blindagem 
do motor 
Fig. 1.2.6: Bomba química com motor blindado 
Blindagem 
do Motor 
Fig. 1.2.7: Bomba circuladora com motor blindado 
18
Bombas com acionamento magnético 
Nos últimos anos, as bombas com acionamento 
magnético têm se tornado cada vez mais 
populares para transferência de líquidos tóxicos 
e agressivos. 
Como mostrado na figura 1.2.8, a bomba com 
acionamento magnético é composta por dois 
grupos de magnetos; um magneto interno e 
um magneto externo. Uma blindagem não 
magnetizada pode separar estes dois grupos. 
A blindagem serve como uma barreira 
hermeticamente selada entre o líquido e a 
atmosfera. Como ilustrado na figura 1.2.9, o 
magneto externo é conectado ao acionamento 
da bomba e o magneto externo é conectado 
ao eixo da bomba. Por meio disto, o torque 
do acionamento da bomba é transmitido para 
o eixo da bomba. O líquido bombeado serve 
como lubrificante para os rolamentos da bomba. 
Portanto, ventilação suficiente é crucial para os 
rolamentos. 
Magnetos externos Magnetos internos 
Blindagem 
Fig. 1.2.8: Construção do acionamento magnético 
Magnetos 
internos 
Blindagem 
Magnetos 
externos 
Fig. 1.2.9: Bomba multiestágio com acionamento 
magnético 
19
Fig. 1.2.10: Bomba sanitária 
Fig.1.2.11: Bomba sanitária com canal lateral de 
auto-escorvamento 
1.2.4 Bombas sanitárias 
As bombas sanitárias são usadas principalmente 
por indústrias de alimentos, bebidas, farmacêuticas 
e de biotecnologia onde é muito importante que o 
líquido bombeado seja manipulado suavemente e 
que as bombas sejam fáceis de limpar. 
Para atender as exigências de processamento 
destas indústrias, as bombas devem ter uma 
superfície áspera entre 3,2 e 0,4 μm Ra. Isto pode 
ser melhor obtido usando aço inoxidável forjado 
ou laminado rolado como materiais de construção, 
consulte a figura 1.2.12. Estes materiais possuem 
uma superfície compacta não porosa que pode 
ser facilmente trabalhada para atender os vários 
requisitos de acabamento de superfície. 
As principais características das bombas sanitárias 
são facilidade de limpeza e de manutenção. 
Os fabricantes líderes de bombas sanitárias 
projetaram suas bombas para atender os padrões 
a seguir: 
EHEDG – [Grupo de Design de Equipamento 
Higiênico Europeu] 
QHD – [Design Higiênico Qualificado] 
3-A – Padrões Sanitários: 
3A0/3A1: Padrão Industrial/Higiênico 
Ra ≤ 3.2 μm 
3A2: Padrão Estéril 
Ra ≤ 0.8 μm 
3A3: Padrão Estéril 
Ra ≤ 0.4 μm 
Areia fundida 
Fundição de 
precisão 
Aço rolado 
Fig.1.2.12: Aspereza da superfície do material 
Seção 1.2 
Tipos de bomba 
20
Fig. 1.2.14: Bomba de efluentes para instalações secas 
Rotor de 
vórtice 
Rotor de 
canal simples 
Rotor de 
canal duplo 
Fig.1.2.13: Detalhe de 
uma bomba de esgoto 
para instalações úmidas 
1.2.5 Bombas de efluentes 
Uma bomba de efluentes é um equipamento 
lacrado com uma bomba e um motor. Devido 
a sua construção, a bomba de efluentes é 
apropriada para instalação submersa em poços. 
Trilhos duplos com sistema de autoacoplamento 
normalmente são usados em instalações 
submersas. O sistema de autoacoplamento 
facilita a manutenção, reparo e substituição da 
bomba. Devido à construção da bomba, não 
é necessário entrar no poço para executar 
o serviço. Na verdade, é possível conectar e 
desconectar a bomba automaticamente de fora 
do poço. As bombas de efluentes também podem 
ser instaladas secas como bombas convencionais 
em instalações horizontais ou verticais. Da 
mesma forma, este tipo de instalação é de fácil 
manutenção e reparo e proporciona operação 
ininterrupta da bomba no caso de inundação da 
poço seco, consulte a figura 1.2.14. 
Normalmente, as bombas de efluentes têm 
que ser capazes de manejar partículas grandes. 
Portanto, elas são equipadas com rotores 
especiais para evitar bloqueio e entupimento. 
Existem vários tipos de rotores: rotores de canal 
simples, rotores de canal duplo, rotores de três e 
quatro canais e rotores de vórtice. A Figura 1.2.15 
mostra os diferentes desenhos de rotores. 
As bombas de efluentes geralmente são 
produzidas com um motor seco, com proteção 
IP68 (para mais informações sobre classes de 
IP, vá para a seção 1.4.1). O motor e a bomba 
possuem um eixo estendido comum com um 
sistema de retentor mecânico duplo do eixo em 
uma câmara de óleo intermediária, consulte a 
figura 1.2.13. 
As bombas de efluentes podem operar 
intermitenteou continuamente de acordo com a 
instalação em questão. 
21
1.2.6 Bombas imersíveis 
A bomba imersível é um tipo de bomba onde uma 
parte dela fica submersa no líquido bombeado e o 
motor é mantido seco. Normalmente, as bombas 
imersíveis são montadas no topo ou na parede de 
tanques ou reservatórios. As bombas imersíveis 
são usadas, por exemplo, na indústria de máquinas, 
ferramenta de solda, esmerilhadoras, centros de 
usinagem e unidades de resfriamento ou em outras 
aplicações envolvendo tanques e reservatórios, 
lavanderias industriais e sistemas de filtragem. 
As bombas para tornos podem ser divididas em 
dois grupos: Bombas para o lado limpo do filtro 
e bombas para o lado sujo do filtro. As bombas 
com rotores fechados normalmente são usadas 
para o lado limpo do filtro por que fornecem alta 
eficiência e alta pressão se necessário. Bombas com 
rotores abertos ou semi-abertos normalmente são 
usadas para o lado sujo do filtro por que podem 
lidar com cavacos e partículas. 
Fig. 1.2.16: Bomba imersível 
Seção 1.2 
Tipos de bomba 
22
Fig. 1.2.17: Bomba submersível 
1.2.7 Bombas submersas 
Há dois tipos de bombas submersas: A 
bomba submersa para sondagem com motor 
submersível e a bomba de poços profundos com 
motor seco, que é conectado à bomba por eixo 
longo. Estas bombas normalmente são usadas 
junto com o fornecimento e irrigação de água. 
Os dois tipos de bombas são feitos para serem 
instalados em poços submersos estreitos, assim 
sendo, possuem um diâmetro reduzido, que 
as tornam mais longas do que outros tipos de 
bombas,consulte a figura 1.2.17. 
As bombas submersas são especialmente 
projetadas para serem submersas em líquido 
e desse modo são equipadas com motor 
submersível, com proteção de IP68. A bomba 
é produzida nas versões monoestágio e 
multiestágio (a versão multiestágio sendo a 
mais comum) e é equipada com uma válvula de 
retenção no cabeçote. 
Atualmente, a bomba de poço profundo tem 
sido mais ou menos substituída pelo tipo de 
bomba submersível. O eixo longo da bomba 
de poço profundo é uma desvantagem, que 
dificulta a instalação e execução do serviço. 
Como o motor da bomba de poço profundo 
é refrigerado a ar, a bomba frequentemente 
é utilizada em aplicações industriais para 
bombear água quente de tanques abertos. 
A bomba submersível não opera em altas 
temperaturas por que o motor fica submerso 
no líquido que tem que resfriá-lo. 
23
1.2.8 Bombas de deslocamento positivo 
A bomba de deslocamento positivo fornece um 
fluxo constante aproximado a uma velocidade 
fixa, apesar das mudanças na contrapressão. 
Existem dois tipos de bombas de deslocamento 
positivo: 
• Bombas rotativas 
• Bombas reciprocantes 
A diferença no desempenho entre uma bomba 
centrífuga, uma bomba rotativa e uma bomba 
reciprocante está ilustrada à direita, figura 1.2.18. 
Dependendo do tipo de bomba que você estiver 
lidando, uma pequena alteração na contrapressão 
da bomba resulta em diferenças no fluxo. 
O fluxo de uma bomba centrífuga mudará 
consideravelmente, o fluxo de uma bomba 
rotativa mudará um pouco enquanto que o fluxo 
de uma bomba reciprocante não mudará nada. 
Mas por que existe uma diferença entre as curvas 
de bombas para bombas reciprocantes e bombas 
rotativas? A superfície da face de vedação real é 
maior para bombas rotativas do que para bombas 
reciprocantes. Então, apesar de as duas bombas 
serem projetadas com as mesmas tolerâncias, a 
perda da bomba rotativa é maior. 
Fig. 1.2.18: Relação típica 
entre fluxo e altura 
manométrica para 3 tipos 
diferentes de bombas: 
1) Bombas centrífugas 
2) Bombas rotativas 
3) Bombas reciprocantes 
Q 
H 
H 
1 
3 2 
3 
2 1 
As bombas são tipicamente projetadas com 
as melhores tolerâncias possíveis para obter 
a eficiência e capacidade de sucção mais 
alta possível. Entretanto, em alguns casos, é 
necessário aumentar as tolerâncias, por 
exemplo, quando as bombas têm que lidar com 
líquidos altamente viscosos, líquidos contendo 
partículas e líquidos de alta temperatura. 
As bombas de deslocamento vibram, o que 
significa que o volume do fluxo dentro de um 
ciclo não é constante. 
A variação no fluxo e a velocidade levam à 
flutuação de pressão devido à resistência no 
sistema de tubulação e nas válvulas. 
Seção 1.2 
Tipos de bomba 
24
Bombas dosadoras 
As bombas dosadoras pertencem à família de bombas 
de deslocamento positivo e tipicamente é do tipo de 
diafragma. As bombas de diafragma não apresentam 
vazamento por que o diafragma forma uma vedação 
entre o líquido e os arredores. 
A bomba de diafragma está equipada com duas 
válvulas de retenção – uma no lado de sucção e 
uma no lado de descarga da bomba. Em relação 
às bombas de diafragma menores, o diafragma é 
ativado pela biela, que é conectada a um eletroímã. 
Com isso, a bobina recebe a quantidade exata de 
cursos necessários, consulte a figura 1.2.21. 
Em relação às bombas de diafragma maiores, o 
diafragma é tipicamente montado na biela, que é 
ativado por um eixo de comando. O eixo de comando 
é girado por meio de um motor assíncrono padrão, 
consulte a figura 1.2.22. 
O fluxo de uma bomba de diafragma é ajustado 
alterando a extensão do curso e/ou a frequência 
dos cursos. Se for necessário aumentar a área de 
operação, os conversores de frequência podem 
ser conectados às bombas de diafragma maiores, 
consulte a figura 1.2.22. 
Há outro tipo de bomba de diafragma. Neste 
caso, o diafragma é ativado por uma biela 
excentricamente acionada por um motor 
escalonador ou motor assíncrono, figuras 1.2.20 
e 1.2.23. Ao usar o acinamento de um motor 
escalonador, a área dinâmica da bomba aumenta 
e melhora sua precisão consideravelmente. Com 
esta construção, não é mais necessário ajustar 
a extensão do curso da bomba por que a biela é 
montada diretamente no diafragma. O resultado 
é que as condições de sucção são otimizadas e os 
recursos de operação são excelentes. 
Portanto, é simples controlar os lados de sucção 
e de descarga da bomba. Comparado às bombas 
de diafragma com acionamento eletromagnético 
tradicional que fornecem pulsações potentes, 
bombas de diafragma acionadas por motor 
escalonador possibilitam obter uma dosagem de 
aditivo mais estável. 
Fig. 1.2.20: Bomba dosadora 
Fig.1.2.21: Mola de retorno da solenoide 
+ 
1.2.22: Mola de retorno 
de acionamento do came 
1.2.23: Acionamento da manivela 
+ 
25
Capítulo 1. Desenho de bombas e motores 
Seção 1.3: Retentores do eixo mecânico 
1.3.1 Componentes e função do retentor do eixo mecânico 
1.3.2 Vedações de eixo balanceado e não balanceado 
1.3.3 Tipos de retentores de eixos mecânicos 
1.3.4 Combinações de materiais da face do retentor 
1.3.5 Fatores que afetam o desempenho do retentor
Seção 1.3 
Retentores de eixos mecânicos 
A partir da metade da década de 1950 os reten-tores 
de eixos mecânicos ganharam terreno em 
favor do método de vedação tradicional l- Caixa 
de empanque. Comparados às caixas de empan-que, 
os retentores dos eixos mecânicos oferecem 
as seguintes vantagens: 
• Elas se mantêm firmes nos menores 
deslocamentos e vibrações no eixo 
• Eles não requerem ajuste 
• As faces do retentor proporcionam uma pequena 
quantidade de atrito e assim perda de potência 
• O eixo não desliza sobre nenhum componente 
da vedação e deste modo não é danificado por 
causa de desgaste (custos de reparo reduzidos). 
O retentor de eixo mecânico é a peça da bomba 
que separa o líquido da atmosfera. Na figura 
1.3.1 pode-se observar alguns exemplos onde 
o retentor do eixo mecânico é montado em 
diferentes tipos de bombas. 
A maioria dos retentores de eixos mecânicos é 
produzida de acordo com a norma europeia EN 
12756. 
Antes de escolher um retentor de eixo, há certas 
coisas que você deve saber sobre o líquido e 
assim a resistência do retentor ao líquido: 
• Determinar o tipo de líquido 
• Determinar a pressão a que o retentor de eixo 
será exposto 
• Determinar a velocidade a que o retentor de eixo 
será exposto 
• Determinar as dimensões internas 
Apresentaremos nas páginas seguintes como um 
retentor de eixo mecânico funciona, os diferentes 
tipos de retentor, de que tipo de material os 
retentores de eixo mecânico são feitos e que fatores 
afetam o desempenho dos retentores de eixos 
mecânicos. 
28 
Fig. 1.3.1: Bombas com 
retentores de eixos mecânicos
1.3.1 Componentes e função do 
retentor de eixo mecânico 
O retentor de eixo mecânico é formado por dois 
componentes principais: uma parte giratória 
e uma parte estacionária; e consiste das peças 
listadas na figura 1.3.2. A Figura 1.3.3 mostra onde 
as diferentes peças estão localizadas no retentor. 
• A parte estacionária do retentor é fixada na 
carcaça da bomba. A parte giratória do retentor 
é fixada no eixo da bomba e gira quando a 
bomba está em operação. 
• As duas faces do retentor primário são 
empurradas uma contra a outra pela mola e 
pressão do líquido. Durante operação um filme 
líquido é produzido na lacuna estreita entre as 
duas faces do retentor. Este filme evapora antes 
de entrar na atmosfera, tornando o líquido do 
retentor do eixo mecânico firme, consulte a 
figura 1.3.4. 
• O retentor secundário impede que haja 
vazamento entre a montagem e o eixo. 
• A mola une as faces do retentor mecanicamente. 
• A mola retentora transmite torque do eixo para 
o retentor. Em relação aos retentores de eixo 
dos foles mecânicos, o torque é transferido 
diretamente pelos foles. 
Lacuna de vedação 
Durante a operação, o líquido forma um 
filme lubrificante entre as faces da vedação. 
Este filme lubrificante consiste de um filme 
hidrostático e um filme hidrodinâmico. 
• O elemento hidrostático é gerado pelo líquido 
bombeado que é forçado para dentro da lacuna 
entre as duas fases. 
• O filme lubrificante hidrodinâmico é criado 
pela pressão gerada pela rotação do eixo. 
Face do retentor (retentor primário) 
Retentor secundário 
Mola 
Mola retentora (transmissão de torque) 
Base (faces do retentor, retentor primário) 
Retenro estático (retentor secundário) 
Fig. 1.3.2: Componentes do retentor de eixo mecânico 
Parte estacionária 
Retenetor do eixo mecânico Designação 
Parte giratória 
Parte estacionária 
Retentor secundário 
Retentor primário 
Peça giratória 
Eixo 
Retentor secundário 
Retentor primário 
Mola 
Mola retentora 
Fig. 1.3.3: Principais componentes do retentor do eixo 
mecânico 
Força líquida 
Força da mola Vapor 
Filme de lubrificação 
Evaporação inicia 
Fig. 1.3.4: Retentor do erixo mecânico em operação 
29
Seção 1.3 
Retentores do eixo mecânico 
Fig. 1.3.5: Relação ideal entre as propriedades de 
lubrificação fina e vazamento limitado 
Forças da mola 
Forças hidráulicas 
Fig. 1.3.6: Interação de 
forças sobre a vedação 
de eixo balanceada 
Área de Contato das 
faces da vedação 
Forças hidráulicas 
Fig. 1.3.7: Interação de 
forças sobre a vedação 
de eixo não balanceada 
A 
Área de Contato das 
faces da vedação 
B 
A B 
A espessura do filme lubrificante depende 
da velocidade da bomba, da temperatura 
do líquido, da viscosidade do líquido e das 
forças axiais da vedação de selo mecânico. 
O líquido é constantemente trocado na lacuna de 
vedação por causa 
• da evaporação do líquido para a atmosfera 
• movimento circular do líquido 
A figura 1.3.5 mostra relação ideal entre as 
propriedades de lubrificação fina e vazamento 
limitado. Como se pode observar, a relação ideal é 
quando o filme de lubrificação cobre toda a lacuna 
de vedação, exceto por uma zona de evaporação 
estreita próximo ao lado atmosférico da vedação de 
selo mecânico. 
Vazamentos devido a depósitos nas faces da vedação 
são observados com frequência. Ao usar refrigerantes, 
os depósitos são criados rapidamente pela evaporação 
no lado de atmosfera da vedação. Quando o líquido 
evapora na zona de evaporação, sólidos microscópicos 
no líquido permanecem na lacuna de vedação como 
depósitos criados por desgaste. 
Estes depósitos são observados em muitos tipos de 
líquidos. Mas quando o líquido bombeado tem a 
tendência para cristalização, isso pode se tornar um 
problema. A melhor maneira de prevenir o desgaste é 
selecionar faces de vedação feitas de material rígido, 
como carboneto de tungstênio (WC) ou carboneto 
de silício (SiC). 
A estreita lacuna de vedação entre estes materiais 
(aprox. 0.3 μm Ra) minimize o risco de sólidos 
entrarem na lacuna de vedação, minimizando com 
isso a quantidade de acúmulo de depósitos. 
1.3.2 Vedações de eixos balanceadas 
e não balanceadas 
Para obter uma pressão de face aceitável 
entre as faces de vedação primárias, há dois 
tipos de vedação de eixo: balanceada e não 
balanceada. 
Vedação de eixo balanceada 
A figura 1.3.6 mostra uma vedação de 
eixo balanceada indicando onde as forças 
interagem sobre a vedação. 
Vedação de eixo não balanceada 
A figura 1.3.7 mostra uma vedação de eixo 
não balanceada indicando onde as forças 
interagem sobre a vedação. 
Várias forças diferentes causam um impacto 
axial sobre as faces da vedação. A força da 
mola e a força hidráulica do líquido bombeado 
pressionam a vedação enquanto que a força 
do filme lubrificante na lacuna de vedação 
neutraliza isso. Em relação à alta pressão do 
líquido, as forças podem ser tão potentes 
que o lubrificante na vedação não consegue 
neutralizar o contato entre as faces da vedação. 
Como a força hidráulica é proporcional à área 
que a pressão do líquido afeta, o impacto axial 
pode ser reduzido somente conseguindo uma 
redução da área com pressão. 
30
0 20 40 60 80 100 120 140 
Taxas de desgaste comparativas válidas para água 
0 20 40 60 80 100 120 140 
Temperatura (oC) 
Fig. 1.3.8: Taxa de desgaste para razões diferentes 
de balanceamento 
K = 1.15 
K = 1.00 
K = 0.85 
Temperatura (oC) 
Taxas de desgaste comparativas válidas para água 
K = 1.15 
K = 1.00 
K = 0.85 
Fig. 1.3.9: Anel de 
vedação 
Vantagens e desvantagens 
do anel de vedação 
Vantagens: 
Apropriado para líquidos 
quentes e aplicações de 
alta pressão 
Desvantagens: 
Depósitos no eixo, como 
ferrugem, podem impedir 
o movimento axial do anel 
de vedação 
Fig. 1.3.10: Vedação de 
fole de borracha 
Vantagens e desvantagens 
da vedação de fole de 
borracha 
Vantagens: 
Insensível a depósitos, 
como ferrugem, no eixo 
Apropriada para bombear 
líquidos contendo sólidos 
Desvantagens: 
Imprópria para líquidos 
quentes e aplicações de 
alta pressão 
Vedação de fole de borracha com 
geometria de foles dobráveis 
A razão de balanceamento (K) de uma vedação de selo 
mecânico é definida como a relação entre a área A e a 
área (B) : K=A/B 
K = Razão de balanceamento 
A = Área exposta à pressão hidráulica 
B = Área de contato das faces da vedação 
Para vedações de eixo balanceadas, a razão de 
balanceamento geralmente é K=0.8 e para vedações 
de eixo não balanceadas a razão de balanceamento 
normalmente é K=1.2. 
1.3.3 Tipos de vedações de selo mecânicos 
Apresentamos abaixo uma descrição breve dos 
principais tipos de vedações de eixos: anel de vedação, 
fole de vedação e a vedação de uma unidade – o 
cartucho de vedação. 
Anéis de vedação 
Em um anel de vedação, a vedação entre o eixo 
giratório e a face de vedação giratória é feita através 
de um anel de vedação (figura 1.3.9). O anel de 
vedação deve ser capaz de deslizar livremente na 
direção axial para absorver deslocamentos axiais como 
resultado das mudanças de temperatura e desgaste. 
O posicionamento Incorreto do assentamento 
estacionário pode resultar em atrito, resultando em 
desgaste necessário no anel de vedação e no eixo. 
Os anéis de vedação são feitos de diferentes tipos de 
borracha como NBR, EPDM e FKM, dependendo das 
condições operacionais. 
Vedação de fole 
Uma característica comum das vedações de foles é 
um fole de metal ou borracha que funciona como 
um elemento de vedação dinâmico entre o anel 
giratório e o eixo. 
Vedações de foles de borracha 
Os foles de vedação de borracha (consulte a figura 
1.3.10) podem ser feitos com diferentes tipos de 
borracha, como NBR, EPDM e FKM, dependendo das 
condições operacionais. Dois princípios geométricos 
diferentes são usados para o desenho dos foles de 
borracha: 
• Foles de rolo 
• Foles dobráveis. 
31
32 
Vedações de fole de metal 
Em uma vedação de selo mecânico comum, a 
mola produz a força de fechamento necessária 
para fechar as faces da vedação. Em uma 
vedação de fole de metal (figura 1.3.11) a mola 
foi substituída por fole de metal com uma força 
semelhante. O fole de metal atua tanto como 
uma vedação dinâmica entre o anel giratório 
e o eixo e como uma mola. O fole possui uma 
quantidade de ondulações que proporciona a 
eles o força desejada. 
Vedações de cartucho 
Em uma vedação de selo mecânico, todas as peças 
formam uma unidade compacta sobre a luva 
do eixo, pronta para ser instalada. A vedação de 
cartucho oferece muitos benefícios comparados 
às vedações de eixos mecânicas convencionais, 
figura 1.3.12. 
Descarga 
Em certas aplicações, é possível estender 
o desempenho da vedação de selo mecânico 
instalando uma descarga, consulte afigura 
1.3.13. A descarga pode abaixar a temperatura da 
vedação de selo mecânico e impedir a formação 
de depósitos. A descarga pode ser instalada 
internamente ou externamente. A descarga 
interna é feita quando um fluxo pequeno do 
lado de descarga da bomba é desviado para a 
área da vedação. A descarga interna é usada 
principalmente para prevenir a geração extra de 
calor em aplicações de aquecimento. A descarga 
externa é feita por um líquido de limpeza e é 
usado para assegurar uma operação livre de 
problemas ao lidar com líquidos abrasivos ou 
sólidos que causam entupimento. 
Fig. 1.3.11: : Vedação de 
fole com cartucho de metal 
Vantagens e 
desvantagens da 
vedação de fole de 
cartucho de metal 
Vantagens: 
Insensíveis a depósitos, 
como ferrugem e cal 
no eixo 
Apropriada para líquidos 
quentes e aplicações de 
alta pressão 
Baixa razão de 
balanceamento leva a 
baixa taxa de desgaste e 
consequentemente vida 
mais longa 
Desvantagens: 
Falha por fadiga da 
vedação de selo mecânico 
pode ocorrer quando 
a bomba não está 
corretamente alinhada 
Pode ocorrer fadiga como 
resultado de pressões ou 
temperaturas excessivas 
Vantagens da vedação 
de cartucho: 
• Manutenção fácil 
e rápida 
• O desenho protege as 
faces da vedação 
• Mola pré-carregada 
• Manipulação segura 
Fig. 1.3.12: Vedação de cartucho 
Fig 1.3.13: Dispositivo de 
descarga de uma vedação 
de selo mecânico simples 
Seção 1.3 
Retentores de eixos mecânicos
33 
Retentores de eixos mecânicos duplos 
Os retentores de eixos mecânicos duplos são usadas 
quando a expectativa de vida de retentores de eixos 
mecânicos simples é insuficiente devido ao desgaste 
causado por sólidos ou pressões e temperaturas muito 
altas / baixas. Além disso, as vedações de selo mecânicos 
são usadas com líquidos tóxicos, agressivos e explosivos 
para proteger os arredores. Há dois tipos de retentores 
de eixos mecânicos duplos: A vedação de selo mecânico 
em tandem e a vedação dupla em um arranjo sequencial. 
Vedação dupla em tandem 
Este tipo de vedação dupla consiste de retentores 
de eixos mecânicos montadas em tandem, que é 
uma atrás da outra, colocadas em uma câmara de 
vedação separada, consulte a figura 1.3.14. 
O arranjo de vedação em tandem deve ser equipado 
com um sistema de liquido de resfriamento para 
• absorver vazamento 
• monitorar a taxa de vazamento 
• lubrificar e resfriar a vedação para prevenir 
congelamento 
• proteger contra funcionamento a seco 
• estabilizar o filme lubrificante 
• impedir a entrada de ar na bomba no caso de vácuo 
A pressão do líquido de resfriamento deve sempre 
ser mais baixa que a pressão do líquido. 
Tandem - circulação 
Circulação do líquido de resfriamento via tanque 
sem pressão, consulte a figura 1.3.14. O líquido de 
resfriamento do tanque elevado é circulado pela 
ação do termossifão e/ou ação de bombeamento na 
vedação. 
Tandem - terminal 
Líquido de resfriamento de um tanque elevado, 
consulte a figura 1.3.15. Não dissipação de calor do 
sistema. 
Tandem - drenagem 
O líquido de resfriamento flui diretamente pela câmara 
de vedação para ser coletado para reuso, ou direcionado 
para drenagem, consulte a figura 1.3.16. 
• 
• 
Fig. 1.3.14: Arranjo de vedação em tandem com 
circulação de liquido de resfriamento 
• 
• 
Fig. 1.3.15: Arranjo de vedação em tandem com 
terminal de líquido de resfriamento 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
Fig. 1.3.16: Arranjo com vedação em tandem com 
líquido de resfriamento para drenagem
1.3.4 Combinações de materiais da face 
da vedação 
Apresentamos abaixo a descrição das combinações 
de materiais mais importantes usadas em 
retentores de eixos mecânicos para aplicações 
industriais: Carboneto de tungstênio/carboneto 
de tungstênio, carboneto de silício/carboneto de 
silício e carboneto de carbono/ tungstênio ou 
carboneto de carbono/silício. 
Carboneto de tungstênio/carboneto de 
tungstênio (WC/WC) 
Carboneto de tungstênio cementado cobre o tipo 
de metais duros que são baseados em uma fase do 
carboneto de tungstênio duro (WC) e geralmente 
uma fase de aglutinante metálico mais macio. O 
termo correto é carboneto de tungstênio cementado, 
entretanto, o termo abreviado para carboneto de 
tungstênio (WC) é usado para conveniência. 
WC com liga de cobalto (Co) é somente resistente à 
corrosão na água se a bomba incorporar base metal 
como ferro fundido. 
WC com liga de crômio-níquel-molibdênio é tem 
resistência à corrosão igual à EN 14401. 
WC sem ligas sinterizadas tem a resistência à 
corrosão mais elevada. Entretanto, a resistência à 
corrosão em líquidos, como hipoclorito não é tão 
alta. O par de materiais WC/WC possui as seguintes 
características: 
• Extremamente resistente a desgaste 
• Muito robusto, resiste à manipulação bruta 
• Propriedades de funcionamento a seco 
deficientes. No caso de funcionamento a seco, a 
temperatura aumenta para várias centenas 
de graus Celsius em poucos minutos e 
consequentemente danifica os anéis de vedação. 
Se determinada temperatura e pressão forem 
excedidas, a vedação pode gerar ruído. Ruído é uma 
indicação de condições operacionais deficientes 
que a longo prazo podem causar desgaste na 
vedação. Os limites de uso dependem do diâmetro 
e desenho da face da vedação. 
Para uma combinação da face da vedação WC/WC, 
o período de tempo esperado para aparecimento 
de ruído pode durar de 3-4 semanas, embora 
tipicamente, não há ocorrência de ruído nos 
primeiros 3-4 dias. 
Seção 1.3 
Retentores de eixos mecânicos 
Barreira de 
pressão do líquido 
• 
Câmara de vedação 
com barreira de 
pressão do líquido 
Líquido bombeado 
Fig. 1.3.17: Arranjo de vedação sequencial 
Vedação dupla sequencial 
Este tipo de vedação é a solução ideal para 
manipular líquidos abrasivos, agressivos, explosivos 
que causariam desgaste, dano ou bloqueio em uma 
vedação de selo mecânico. 
A vedação dupla sequencial consiste de duas 
vedações de eixos montadas em sequência em 
uma câmara de vedação separada, consulte a 
figura 1.3.17. Este tipo de vedação protege o 
ambiente ao redor e as pessoas que trabalham 
com a bomba. 
A pressão na câmara de vedação dever 1-2 bares 
mais alta que a pressão da bomba. A pressão pode 
ser gerada por: 
• Uma fonte de pressão separada existente. 
Muitas aplicações incorporam sistemas 
pressurizados. 
• Uma bomba separada, por exemplo, bomba 
dosadora. 
34
Carboneto de silício/carboneto de silício 
(SiC/SiC) 
Carboneto de silício/carboneto de silício (SiC/SiC) 
é uma alternativa para o WC/WC e é usada onde 
a resistência à corrosão mais elevada é necessária. 
A combinação de materiais SiC/SiC possui as 
seguintes características: 
• Material muito frágil que exige manipulação 
cuidadosa 
• Extremamente resistente à água 
• Resistência à corrosão extremamente boa. 
SiC (Q 1s, Q 1P e Q 1G ) corrosão difícil, 
independente 
do tipo de líquido bombeado. Entretanto, a 
exceção é água com condutividade deficiente, 
como água desmineralizada, que ataca as 
variantes SiC Q 1s e Q 1P, enquanto que Q 1G é 
resistente à corrosão neste líquido 
• No geral, estas combinações de materiais 
possuem propriedades deficientes para 
funcionamento a seco. Entretanto, o material 
Q 1G / Q 1G material suporta um período de 
funcionamento a seco limitado por causa do 
conteúdo de grafite no material 
Para finalidades diferentes, há diversas variantes de 
SiC/SiC: 
Q 1s, SiC de granulação fina e sinterização direta 
SiC de granulação fina de sinterização direta com 
uma pequena de poros minúsculos. 
Por alguns anos, esta variante de SiC foi usada como 
material padrão para vedação selo mecânico. Os limites 
de pressão e temperatura são ligeiramente menores que 
aqueles do WC/WC. 
Q 1P, SiC de granulação fina, sinterizado, poroso 
É uma variante do SiC de sinterização densa. Esta 
variante de SiC possui poros fechados circulares 
grandes. O grau de porosidade é de 5-15% e o 
tamanho dos poros é 10-50 μm Ra. 
Os limites de pressão e temperatura excedem aqueles do 
WC/WC. 
Consequentemente, em água quente Q 1P / Q 1P 
combinação gera menos ruído que a combinação 
WC/WC. Entretanto, o ruído de vedações de SiC 
poroso é esperado durante o período de desgaste de 
amaciamento de 3 a 4 dias. 
Q 1G SiC auto-lubrificante, sinterizado 
Variantes materiais SiC contendo lubrificantes secos 
estão disponíveis no mercado. A designação QG 
1 
aplica-se ao material SiC, que é apropriado para uso 
em água destilada ou desmineralizada, como oposto 
aos materiais acima. 
Os limites de pressão e temperatura de Q 1G / Q 1G 
são similares a do Q 1P / Q 1P. 
Os lubrificantes secos, por exemplo grafite, reduzem 
o atrito no caso de funcionamento seco, que é de 
importância decisiva para a durabilidade de uma 
vedação durante o funcionamento a seco. 
Características do carboneto de carbono/ 
tungstênio ou carbono/silício 
Vedações com uma face de carbono possuem as 
seguintes características: 
• Material muito frágil que exige manipulação 
cuidadosa 
• Desgaste por líquidos contendo partículas sólidas 
• Boa resistência à corrosão 
• Boas propriedades de funcionamento a seco 
(funcionamento a seco temporário) 
• As propriedades auto-lubrificantes do carbono tornam 
a vedação apropriada para uso mesmo em condições de 
lubrificação insatisfatórias (alta temperatura) sem geração 
de ruído. Entretanto, estas condições causarão desgaste na 
face de carbono da vedação levando à redução da vida útil. 
O desgaste depende da pressão, temperatura, diâmetro 
líquido e desenho da vedação. Velocidades básicas 
reduzem a lubrificação entre as faces da vedação; como 
resultado, pode se esperar aumento de desgaste. Entretanto, 
normalmente este não é o caso porque a distância 
que as faces da vedação têm para se mover é reduzida. 
35
• Carbono impregnado de metal (A) oferece 
resistência à corrosão limitada, mas resistência 
mecânica melhorada, condutividade de calor e 
desse modo, redução do desgaste 
• Com resistência mecânica reduzida, mas maior 
resistência à corrosão, carbono impregnado 
de resina sintética (B) cobre um campo amplo 
de aplicações. O carbono impregnado de resina 
sintética é aprovado para água potável 
• O uso de carbono/SiC para aplicações com água 
quente pode causar bastante desgaste no SiC, 
dependendo da qualidade do carbono e da água. 
Este tipo de desgaste se aplica ao Q1S/carbono. 
O uso de Q1P, Q 1G ou carbono/ WC causa 
muito menos desgaste. Assim, carbono/ WC, 
carbono/Q1P ou carbono/Q1G para sistemas de 
água quente 
1.3.5 Fatores que afetam o desempenho 
da vedação 
Como mencionado anteriormente, nenhuma 
vedação é totalmente pressionada. Nas próximas 
páginas, apresentaremos os fatores que têm 
impacto sobre o desempenho da vedação: 
Consumo de energia, ruído e vazamento. Estes 
fatores serão apresentados individualmente. 
Entretanto, é importante destacar que eles estão 
intimamente relacionados e assim sendo, devem 
ser considerados como um todo. 
Consumo de energia 
Não é novidade que a vedação precisa de energia 
para girar. Os seguintes fatores contribuem para o 
consume de energia, que é a perda de energia de 
uma vedação de selo mecânico: 
36 
• Ação centrífuga de bombeamento das peças 
giratórias. O consume de energia aumenta 
dramaticamente com a velocidade da rotação 
(para a terceira energia). 
• Atrito da face da vedação. O atrito entre as duas 
faces da vedação consiste de 
– atrito no filme de do líquido fino 
– atrito devido aos pontos de contato entre as 
faces da vedação. 
O nível de consumo de energia depende do desenho 
da vedação, condições de lubrificação e materiais 
da face da vedação. 
Perda de energia (W) 
Perda de energia (W) 
3600 
Velocidade (rpm) 
3600 
2000 4000 6000 8000 10000 12000 
Velocidade (rpm) 
0 
250 
200 
150 
100 
50 
0 
Ação de 
bombeamento 
Atrito 
Fig. 1.3.18: Consumo de energia de uma 
vedação de selo mecânico de 12 mm 
A figura 1.3.18 é um exemplo típico de consumo de 
energia de uma vedação de selo mecânico. A figura 
mostra que o atrito de até 3600 rpm é o motivo 
principal do consumo de energia da vedação de selo 
mecânico. 
O consumo de energia é, principalmente em relação 
às caixas de espanque, um problema importante. 
Como se observar no exemplo, substituir uma caixa 
de empanque por uma vedação de selo mecânico 
leva a uma economia de energia considerável, 
consulte a figura 1.3.19. 
0 
250 
200 
150 
100 
50 
0 
2000 4000 6000 8000 10000 12000 
Ação de 
bombeamento 
Atrito 
Seção 1.3 
Retentores de eixos mecânicos
37 
Bomba padrão 50 mLC; eixo 50 mm e 29OO rpm 
Consumo de energia 
Caixa de empanque 2.0 kWh 
Ved. selo mecânico 0.3 kWh 
Vazamento 
Caixa empanque 3.0 l/h (quando montada corretamente) 
Ved. selo mecânico 0.8 ml/h 
Fig. 1.3.19: Caixa de empanque versus vedação de 
selo mecânico 
Ruído 
Bar 
25 
20 
15 
10 
5 
0 
Ruído 
Faixa de operação 
10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 °C 
Fig. 1.3.20: Relação entre faixa de operação 
e velocidade 
Velocidade 3000 rpm 
Velocidade 1800 rpm 
Velocidade 1200 rpm 
Velocidade 600 rpm 
Bar 
25 
20 
15 
10 
5 
0 
Faixa de operação 
10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 °C 
Velocidade 3000 rpm 
Velocidade 1800 rpm 
Velocidade 1200 rpm 
Velocidade 600 rpm 
Ruído 
A escolha dos materiais da face da vedação 
é decisiva para o funcionamento e vida da 
vedação de selo mecânico. A geração de ruído 
é resultado das condições de lubrificação 
deficientes em vedações que manipulam 
líquidos de baixa viscosidade. A viscosidade da 
água diminui com o aumento da temperatura. 
Isto significa que as condições de lubrificação 
diminuem conforme a temperatura aumenta. 
Se o líquido bombeado atinge ou excede a 
temperatura de ebulição, o líquido na parte 
da face da vedação evapora, que resulta em 
um diminuição adicional nas condições de 
lubrificação. Uma redução na velocidade tem o 
mesmo efeito, consulte a figura 1.3.20. 
Vazamento 
Inversamente, menos vazamento significa 
piores condições de lubrificação e aumento 
de atrito. Na prática, a quantidade de 
vazamento de perda de energia que ocorre 
nas vedações de selo mecânicos pode variar. 
O motivo é que o vazamento depende de fatores 
que são impossíveis de quantificar teoricamente 
por causa do tipo das faces da vedação, tipo de 
líquido, mola, carga,etc. Portanto, a figura 1.3.21 
deve ser entendida como uma orientação. 
Para a leitura correta da curva da taxa de 
vazamento (figura 1.3.21), é necessário seguir 
os quatro passos abaixo: 
Passo 1: Ler a pressão – neste caso 5 bares 
Passo 2: Vedação não balanceada de 30 mm 
Passo 3: Velocidade 3000 rpm 
Passo 4: Taxa de vazamento 0,06 ml/h 
Fig. 1.3.21: Taxas de vazamento
Capítulo 1. Desenho de bombas e motores 
Seção 1.4: Motores 
1.4.1 Normas 
1.4.2 Partida no motor 
1.4.3 Tensão de alimentação 
1.4.4 Conversor de frequência 
1.4.5 Proteção do motor
Motores são usados em muitas aplicações ao redor 
do mundo. A finalidade de um motor elétrico é 
criar rotação, ou seja, converter energia elétrica em 
energia mecânica. As bombas funcionam com energia 
mecânica que é fornecida por motores elétricos. 
1.4.1 Padrões 
NEMA 
A National Electrical Manufacturers Association 
(NEMA) estabelece padrões para uma ampla gama 
de produtos elétricos, incluindo motores. A NEMA 
está principalmente associada a motores usados na 
América do Norte. Os padrões representam as práticas 
industriais gerais e são apoiados pelos fabricantes 
de equipamentos elétricos. Os padrões podem ser 
encontrados na Publicação de Padrões da NEMA No. 
MG1. Alguns motores grandes podem não se encaixar 
nas padrões da NEMA. 
Diretrizes e métodos de proteção – motores Ex 
Fig. 1.4.1: Motor elétrico 
Fig. 1.4.2: Padrões NEMA e IEC 
IEC 
A International Electrotechnical Commission 
(IEC) estabelece padrões para motores usados 
em muitos países do mundo. O padrão IEC 60034 
contém os práticas elétricas recomendadas que 
foram desenvolvidos pelos países participantes 
da IEC. 
Seção 1.4 
Motores 
40
ATEX (ATmosphère EXplosible) refere-se a duas 
diretrizes européias sobre risco de explosão 
dentro de áreas diferentes. A diretriz ATEX envolve 
equipamento elétrico, mecânico, hidráulico e 
pneumático. Quanto ao equipamento mecânico, os 
requisitos de segurança na diretriz ATEX asseguram 
que os componentes de bombas, como vedações 
de eixos e rolamentos não aquecem e inflamam 
gás e poeira. A primeira diretriz ATEX (94/9/ EC) 
trata de requisitos para equipamentos para uso 
em áreas com risco de explosão. O fabricante deve 
satisfazer os requisitos e classificar seus produtos 
em categorias. A segunda diretriz ATEX (99/92/EC) 
trata dos requisitos mínimos de segurança e saúde 
que o usuário deve satisfazer, ao trabalhar em 
áreas com risco de explosão. Diferentes técnicas 
são usadas para prevenir que o equipamento 
elétrico se torne uma fonte de ignição. No caso de 
motores elétricos, os tipos de proteção d (à prova de 
fogo), e (segurança aumentada) e nA (sem faíscas) 
são aplicados em relação a gás e DIP (a prova de 
ignição por poeira) é aplicado em relação à poeira.. 
Motores a prova de fogo 
proteção tipo EExd (de) 
Em primeiro lugar, motores a prova de fogo 
EExd (tipo de) são equipamentos de categoria 
2G para uso na zona 1. A carcaça do estator e 
as flanges isolam as peças do motor a prova de 
fogo que podem incendiar em uma atmosfera 
potencialmente explosiva. Devido ao isolamento, 
o motor é capaz de suportar a pressão que 
acompanha a explosão de uma mistura explosiva 
dentro do motor. A propagação da explosão para a 
atmosfera ao redor do isolamento é assim evitada, 
pois a explosão é resfriada através das passagens 
de chamas. O tamanho das passagens é definido 
na norma EN 50018. A temperatura da superfície 
do isolamento a prova de fogo deve estar sempre 
de acordo com as classes de temperatura. 
Motores de segurança aumentada 
proteção tipo EEx (e) 
Motores de segurança aumentada (tipo e) são 
equipamentos categoria 2G para uso na zona 1. Estes 
motores não são a prova de fogo e não construídos 
para suportar uma explosão interna. A construção 
deste motor é baseada na segurança contra 
Usuário Fabricante 
Zonas: 
Gás (G): 0, 1 e 2 
Poeira (D): 20, 21 e 22 
Risco 
Constante 
Risco 
Potencial 
Risco 
Menor 
Equipamento 
Categoria 3 
(3G/3D) 
Equipamento 
Categoria 2 
(2G/2D) 
Equipamento 
Categoria 1 
(1G/1D) 
Zona: 
0 ou 20 
Zona: 
1 ou 21 
Zona: 
1 ou 21 
Zona: 
2 ou 22 
Zona: 
2 ou 22 
Fig 1.4.3: : A ligação entre as zonas e categorias de 
equipamentos é um requisito mínimo Se as regras 
nacionais forem mais rígidas, elas são aquelas que 
devem ser seguidas. 
Fig 1.4.4: A explosão 
ocorre dentro do motor 
e levado para fora do 
motor pelas passagens de 
chamas. A classificação 
da temperatura para 
motores à prova de fogo 
é válida para superfícies 
externas. 
Fig 1.4.5: Para maior 
segurança, não 
pode ocorrer faíscas 
nos motores EExe. 
A classificação da 
temperatura cobre as 
superfícies internas e 
externas. 
Fig 1.4.6: Com motores 
sem faísca ExnA, 
provavelmente não 
ocorre ignição. 
41
possíveis temperaturas excessivas e ocorrência 
de faíscas e arcos durante a operação normal e 
quando um erro previsível ocorre. A classificação 
de temperatura para segurança aumentada dos 
motores é válida tanto para superfície interna 
quanto externa, e portanto é importante observar 
a temperatura de enrolamento do estator. 
Motores antifaíscas – proteção tipo Ex(nA) 
Motores antifaíscas (tipo nA) são equipamento 
categoria 3G para uso em zona 2. Esses motores 
não podem de maneira alguma inflamar uma 
atmosfera potencialmente explosiva em operação 
normal ver figura 1.4.6. 
Prova de Poeira Inflamável (DIP) 
Dois tipos de motores de Prova de Poeira 
Inflamável existem: 2D/categoria 2 equipamentos 
e 3D/categoria 3 equipamentos. 
2D/categoria 2 equipamentos 
De modo a evitar que a eletricidade estática cause 
ignição, a ventoinha de arrefecimento numa 
categoria de motor 2 DIP para uso em zona 21 
(área com perigo potencial de explosão) é feito 
de metal. Da mesma forma, para minimizar o 
risco de ignição, o terminal de terra externo está 
sujeito a exigências de construção mais severas. 
A temperatura externa da superfície do recinto 
é a que está indicada na placa do motor e 
corresponde ao desempenho de funcionamento 
durante as piores condições permitidas para 
o motor. Motores para uso na zona 21 (área 
com perigo potencial de explosão) tem que ser 
protegido IP65, que é completamente protegido 
contra poeira. 
3D/categoria 3 equipamentos 
Tipo de 
proteção 
Código 
Padrões Uso em A TEX 
T 
CENELEC Principio Aplicação 
categoria/ 
Zona 
EN 
IEC 
60079 
Requisitos 
gerais 
- 50014 - 0 - Requisitos elétricos básicos Todos equipamentos 
Imersão Óleo o 50015 - 6 Categoria 2 
Zona 1 
Componentes elétricos imersos em óleo 
excluindo atmosfera explosiva de ignição Transformadores 
Pressurizado p 50016 - 2 Categoria 2 
Zona 1 
Equipamento do receptáculo é purgado 
para remover atmosfera explosiva e 
pressurizado para evitar o ingresso da 
atmosfera circundante 
Comutação e 
gabinetes de controle, 
motores graneds 
Preenchido pó q 50017 - 5 Categoria 2 
Zona 1 
Partes elétricas são circundadas com pó 
por ex. quartzo para evitar contato com 
atmosfera explosiva 
Aparelhos elétricos, ex. 
capacitores, fusíveis. 
À prova de fogo d 50018 - 1 Categoria 2 
Zona 1 
Equipamento elétrico do receptáculo o qual, 
se há uma explosão interna não inamará 
a atmosfera circundante 
Maior 
segurança 
e 50019 - 7 
Métodos adicionais são usados para 
eliminar arcos, fagulhas, e superfície quente 
capaz de inamar atmosfera inamável 
Segurança 
Intrínseca 
ia 
ib 
50020 
50020 
- 11 
- 11 
Categoria 1 
Zona 0 
Categoria 2 
Zona 1 
Energia elétrica em no equipamento está 
limitada de modo que os circuitos não 
podem inamar uma atmosfera por faíscas 
ou aquecimento 
Equipamento de 
medida e controle, por 
ex. sensores, 
instrumentação 
Encapsulamento m 50028 - 18 Categoria 2 
Zona 1 
Componentes elétricos incorporados em 
material aprovado para evitar contato com 
atmosfera explosiva 
Aparelhos de medida 
e controle, válvulas 
solenoides 
Tipo de 
proteçcão 
nA 50021 - 15 Categoria 3 
Zona 2 Sem formação de arco e sem faísca 
Nota: Grupo II Atmosferas Pó são cobertas pela CENELEC EN 50281-1 E EN 50281-2 
Motores CA, painéis de 
controle, equipamentos 
de iluminação 
Categoria 2 
Zona 1 
Motores CA, terminais 
e cx. de conexão, equip. 
de iluminação, motores 
tipo gaiola de esquilo 
Motores CA, caixas 
terminais, aparelhos 
de iluminação 
Fig 1.4.7: Padrões e métodos de proteção 
42 
Seção 1.4 
Motores
A temperatura indicada na categoria 3 
motor DIP para uso em zona 22 (áreas com 
menos perigo de explosão) corresponde ao 
desempenhos de funcionamento sob as piores 
condições permitidas para aquele motor 
especifico. Um motor para uso em zona 22 tem 
que ser protegido IP 55, que é protegido contra 
poeira. A proteção IP é a única diferença entre 
equipamento categoria 2D e equipamento 
categoria 3D. 
Montagem 
(Montagem Internacional – IM) 
Existem três modos diferentes de montagem: 
motor de montagem em pedestal, motor 
com flange de fixação com flange de orifício 
livre (FF) e motor com flange de fixação com 
flange de orifício roscados (FT). A figura 1.4.8 
mostra as diferentes formas de montagem 
de um motor e as normas que se aplicam 
para as fixações. A montagem de motores 
é estabelecida de acordo com os seguintes 
padrões: 
• IEC 60034-7 Código I, ou seja. designação IM 
seguida pelo código DIN 42590 anteriormente 
usado 
• IEC 60034-7, Código II 
Classe de proteção 
(Proteção contra a Entrada – IP) 
A classe de proteção determina os graus 
de proteção do motor contra a entrada de 
objetos sólidos e água. A classe de proteção 
é determinada por meio de duas letras IP 
seguidas por dois dígitos, por exemplo IP55. 
O primeiro dígito corresponde a proteção 
contra contato e entrada de objetos sólidos e o 
segundo digito a proteção contra a entrada de 
água, ver figura 1.4.9. 
Furos de drenagem permitem a fuga de água 
que possa ter entrado no estator, por exemplo, 
por condensação. 
Quando o motor está instalado num ambiente 
úmido, o furo da drenagem inferior deve ser 
aberto. Abrir o furo de drenagem muda de 
classe da caixa do motor de IP55 para IP44. 
Motor de 
montagem em 
pedestal 
IM B3 
IM 1001 
Motor com 
flange de 
fixação com 
flange de 
orifício livre 
IM B5 
IM 3001 
IM V1 
IM 3011 
Motor com 
flange de 
fixação 
com flange 
de orifício 
roscados 
IM B14 
IM 3601 
IM V18 
IM 3611 
IM B35 
IM 2001 
Fig 1.4.8: Diferentes tipos de montagem 
Fig 1.4.9: A classe de proteção é determinada por meio de 
dois dígitos IP seguidos por duas letras; por exemplo IP55 
43
Tamanho do chassi 
Figura 1.4.11 dá uma visão geral da relação 
entre o tamanho do chassi, extremidade do 
eixo, potencia do motor e tipo de flange 
e tamanho. Para motores de tamanho de 
chassi 63 até e incluindo 315M. a relação está 
especificada em EN 50347. Para motores com 
tamanho de chassi 315L e maior, nenhum 
padrão cobre esta relação. A figura mostra 
onde no motor os diferentes valores que 
formam o tamanho do chassi são medidos. 
Flanges e extremidade do eixo estão de 
acordo com EN 50347 e IEC 60072-1. Algumas 
bombas têm um acoplamento, o que requer 
uma extremidade de eixo do motor lisa ou 
uma extensão do eixo especial que não está 
definido nas normas. 
Classe de Isolamento 
A classe de isolamento é definida na norma 
IEC 60085 e diz algo sobre o quanto robusto 
o sistema de isolamento é para temperaturas. 
A vida de um material isolante é altamente 
dependente da temperatura à qual ele 
é exposto. Os vários materiais e sistemas 
isolantes estão classificados em classes de 
isolamento dependendo de suas habilidades 
a resistir a altas temperaturas. 
100mm 
IEC 100L (Neste caso L = 140 mm) 
140 mm 
Distância entre 
orifícios 
B3 
Fig 1.4.10: Tamanho chassi 
Classe 
B 
F 
H 
Temperatura 
ambiente máxima 
(°C) 
40 
40 
40 
Aumento máximo 
de temperatura 
(K) 
80 
105 
125 
Zona de 
sobretemperatura 
(K) 
10 
10 
15 
Temperatura 
máx. de enrolamento 
(Tmax) (°C) 
130 
155 
180 
Fig 1.4.12: Diferentes classes de isolamento e seus 
aumentos de temperatura em voltagem nominal e carga 
44 
Seção 1.4 
Motores
Fig 1.4.11: A relação entre o tamanho do chassi e entrada de energia 
45
Partida direta 
Como o nome sugere, a partida direta significa 
que o arranque do motor é feito diretamente 
conectado diretamente à fonte na tensão nominal. 
A partida direta é adequada para fornecimentos 
estáveis e mecanicamente rígido e sistema de 
eixo bem dimensionados, por exemplo bombas. 
Sempre que formos aplicar o método de partida 
direta é importante consultar a autoridades locais. 
Partida estrela-triângulo 
O objetivo deste método de inicialização, que 
é usado em motores de indução trifásicos, é 
reduzir a corrente de inicialização. Numa posição, 
o fornecimento de corrente para os enrolamentos 
do estator é conectado em estrela (Y) para a 
inicialização. Em outras posições, o fornecimento 
de corrente é reconectado aos enrolamentos em 
delta (Δ) uma vez que o motor ganhou velocidade. 
Inicialização por autotransformador 
Como o nome indica, a inicialização 
por autotransformador utiliza um 
autotransformador. O autotransformador é 
colocado em série com o motor durante a partida 
e varia a tensão para cima até tensão nominal 
entre dois a quatro passos. 
Partida suave 
Uma partida suave é, como você esperaria, um 
dispositivo que garante uma partida suave de 
um motor. Isso é feito pelo aumento da tensão 
até um tempo de aumento de tensão pré-determinado. 
Partida por conversor de frequência 
Conversores de frequência são designados para 
alimentação continua de motores, mas eles 
também podem ser usado para partida suave. 
1.4.2 Inicialização do motor 
Distinguimos entre modos diferentes de 
inicialização do motor: partida direto, partida 
estrela-triângulo, partida por autotransformador, 
partida suave e partida conversor de frequência. 
Cada um desses métodos tem seus prós e contras, 
ver figura 1.4.13. 
Fig 1.4.13: Método de inicialização 
46 
Seção 1.4 
Motores
1.4.3 Tensão de alimentação 
A tensão nominal do motor encontra-se 
dentro de certo intervalo de tensão. A figura 
1.4.14 mostra exemplos típicos de tensão para 
motores de 50 Hz e 60 Hz. 
De acordo com a norma internacional IEC 
60038, o motor tem que ser capaz de operar 
com uma tolerância de tensão principal de ± 
10%. 
Para motores que são designados conforme 
a norma IEC 60034-1 com uma ampla faixa 
de tensão, por exemplo, 380-415V, a tensão 
principal tem uma tolerância de ± 5%. 
A temperatura máxima admissível para 
a real classe de isolamento não é excedida 
quando o motor é operado dentro da faixa de 
tensão nominal. Para condições nos limites 
extremos, a temperatura sobre tipicamente 
aproximadamente 10 Kelvin.. 
1.4.4 Conversor de frequência 
Conversores de frequência são 
habitualmente usados para controlar a 
velocidades das bombas, ver capitulo 4. 
O conversor de frequência converte a tensão 
de alimentação em uma nova tensão e 
frequência, fazendo que o motor funcione 
a uma velocidade diferente. Este modo de 
regular a frequência pode resultar em alguns 
problemas: 
• Ruído acústico do motor, que é às vezes 
transmitido para o sistema como ruído 
perturbador 
• Picos de alta tensão na saída do conversor de 
frequência para o motor 
Fig 1.4.14: Tensões Típicas 
Fig 1.4.15: Tensões principais de acordo com IEC 60038 
47
Isolamento para motores com conversor de 
frequência 
Em conexão com motores com conversores de 
frequência, nós distinguimos entre diferentes tipos 
de motores, com diferentes tipos de isolamento. 
Motores sem isolamento de fase 
Para motores construídos sem o uso de isolamento 
de fase, tensões contínuas (RMS) acima de 
460 V podem aumentar o risco de descargas 
perturbadoras nos enrolamentos e, portanto, a 
destruição do motor. Isso se aplica a todos os 
motores construídos de acordo com esses princípios. 
A operação contínua com picos de tensão acima de 
650 V pode causar danos ao motor. 
Motores com isolamento de fase 
Em motores trifásicos, o isolamento de fase 
normalmente é usado e consequentemente, 
precauções específicas não são necessárias se o 
fornecimento de tensão é menor do que 500V. 
Motores com isolamento reforçado 
Em conexão com tensões de alimentação entre 
500 V e 690V, o motor tem que ter isolamento 
reforçado ou ser protegido com filtros delta U/ 
delta t. Para alimentação de tensões de 690V 
e maiores, o motor tem que ser equipado com 
ambos os filtros de isolamento reforçado delta 
U/delta t. 
Motores com rolamentos isolados 
De modo a evitar fluxos de corrente prejudiciais 
através dos rolamentos, os rolamentos do motor 
tem que ser eletricamente isolados. Isso se aplica 
para motores de chassi de tamanho 280 e acima. 
Isolamento de fase também 
conhecido como papel de fase 
Fig 1.4.16: Estator com isolamento de fase 
48 
Seção 1.4 
Motores
Eficiência do motor 
De modo geral, motores elétricos são bastante 
eficientes. Alguns motores têm eficiências de 
potencia eletricidade-para-eixo de 80-93% 
dependendo do tamanho do motor e as vezes 
até mais altas para motores maiores. Existem 
dois tipos de perda de energia em motores 
elétricos: perdas dependentes da carga e perdas 
independentes da carga. 
Perdas dependentes da carga variam com o 
quadrado da corrente e cobrem: 
• Perdas do enrolamento do estator 
(perdas de cobre) 
• Perdas do rotor (perdas por escorregamento) 
• Perdas por dispersão 
(em diferentes partes do motor) 
Perdas independentes da carga no motor se 
referem a: 
• Perdas de ferro (perdas do núcleo) 
• Perdas mecânicas (fricção) 
Diferentes classificações de motor categorizam 
motores de acordo com a eficiência. As mais 
importantes são CEMEP na UE (EFF1, EFF2 e EFF3) 
e EPAct nos EUA. 
Motores podem falhar por causa da 
sobrecarga por um longo período e, portanto 
a maioria dos motores são intencionalmente 
superdimensionados e apenas operam entre 75% a 
80% de sua capacidade de carga total. Nesse nível 
de carga, a eficiência do motor e fator de potência 
permanecem relativamente altos. Mas quando a 
carga do motor é menos do que 25%, a eficiência e 
fator de potencia diminuem. 
A eficiência do motor cai rapidamente abaixo de 
certa porcentagem da carga nominal. Assim, é 
importante dimensionar o motor de forma que 
as perdas associadas com o funcionamento do 
motor muito abaixo da sua capacidade nominal 
sejam minimizadas. É comum escolher um motor 
de bomba que satisfaça os requisitos de potencia 
da bomba. 
1.4.5 Proteção do motor 
Os motores quase sempre são protegidos contra 
temperaturas abrangentes as quais podem causar danos 
ao sistema de isolamento. Dependendo da construção 
do motor e da aplicação a proteção térmica também 
pode ter outras funções, por exemplo, prevenir que 
temperaturas danosas no conversor de frequência se ele 
está montado no motor. 
O tipo de proteção térmica vária com o tipo do motor. 
A construção do motor juntamente com o consumo 
de potencia deve ser levada em consideração quando 
escolhendo a proteção térmica. De modo geral, os 
motores tem que ser protegidos contra as seguintes 
condições: 
Erros que causam aumento lento de tem-peratura 
nos enrolamentos: 
• Sobrecarga lenta 
• Longos períodos de inicialização 
• Resfriamento reduzido/falta de resfriamento 
• Temperatura ambiente aumentada 
• Partidas e paradas frequentes 
• Flutuação de frequência 
• Flutuação de tensão 
Erros causando aumento rápido de temper-atura 
nos enrolamentos: 
• Rotor bloqueado 
• Falha de fase 
Por cento da carga nominal 
Porcento 
50 5 00 5 50 
00 
0 
0 
40 
0 
0. 
0. 
0.4 
0 
Eciência 
Fator de potencia 
Cos j 
75 5 5 75 
Por cento da carga nominal 
5 
75 
7 5 
75 
7 
Eciência % 
Fig 1.4.17: Eficiência 
vs fator de 
potência da carga 
vs carga (desenho 
esquemático) 
Fig 1.4.18: A relação 
entre eficiência e 
carga nominal de 
motores de tamanhos 
diferentes (desenho 
esquemático) 
49
Proteção Térmica (TP) 
De acordo com a norma IEC 60034-11, a proteção 
térmica do motor tem que estar indicada na 
placa com a designação TP. A figura 1.4.19 mostra 
uma visão geral das designações TP. 
Fig 1.4.19: Designações TP 
Termistores PTC 
Termistores PTC (Termistores de Coeficiente de 
Temperatura Positiva) podem ser equipados 
nos enrolamentos de um motor durante a 
produção ou adaptados depois. Geralmente, 3 
PTCs são montados em série; 1 em cada fase 
de enrolamento. Eles podem ser comprados 
com temperaturas de disparo variando de 90ºC 
a 180ºC em 5 níveis de graus. PTCs têm que 
estar conectados a um relé de termistor, que 
detecta o aumento rápido na resistência do 
termistor quando ele alcança sua temperatura 
de disparo. Estes dispositivos são não-lineares. 
Na temperatura ambiente, a resistência de com 
conjunto de 3 será de aproximadamente 200-300 
ohms, e isso aumentará rapidamente quando ter 
termistor alcança sua temperatura de disparo. Se 
a temperatura aumentar mais o termistor PTC 
pode atingir vários milhares de ohms. Os relés do 
termistor normalmente são configurados para 
disparar a 3000 ohms ou são pré-configurados 
para disparar de acordo com o que a norma DIN 
44082 prescreve. A designação TP para PTCs para 
motores menores do que 11kW é TP 211 se os 
PTCs estão ajustados nos enrolamentos. Se os 
PTCs são retroajustados, a designação TP é TP 111. 
A designação TP para PTCs para motores maiores 
que 11 kW normalmente é TP111. 
Interruptores térmicos e termostatos 
Interruptores térmicos são pequenas chaves 
bimetálicas que comutam devido à temperatura. 
Eles estão disponíveis com uma ampla gama de 
temperaturas de disparo; normalmente dos tipos 
aberto e fechado. O tipo mais comum é o fechado. 
Um ou dois em série são geralmente montados 
nos enrolamentos como termistores e podem ser 
diretamente conectados ao circuito da bobina 
contator principal. Desta forma, nenhum relé é 
necessário. Este tipo de proteção é mais barato 
do que termistores, mas, por outro lado, é menos 
sensível e não é capaz de detectar uma falha de 
rotor bloqueado. 
Interruptores térmicos também são conhecidos 
como interruptores Thermik, Klixon e PTO 
(Proteção Térmica a Abertura). Interruptores 
térmicos sempre levam uma designação TP111. 
Motores monofásicos 
Motores monofásicos normalmente vêm com 
proteção térmica incorporada. A proteção 
térmica normalmente tem um restabelecimento 
automático. Isso sugere que o motor tem que ser 
conectado à rede elétrica de um modo que garanta 
que acidentes causados pelo restabelecimento 
automático sejam evitados. 
Motores trifásicos 
Motores trifásicos tem que ser protegidos de 
acordo com os regulamentos locais. Este tipo de 
motor normalmente tem contatos incorporados 
para reinicialização nos circuito de controle 
externo. 
50
51 
Aquecimento de Paralisação 
Um elemento de aquecimento garante o 
aquecimento de paralisação do motor. O elemento 
de aquecimento é especialmente usado em 
conexão com aplicações que trabalham com 
umidade e condensação. Ao utilizar o aquecimento 
de paralisação, o motor está mais quente do que o 
ambiente e assim, a umidade relativa do ar dentro 
do motor é sempre inferior a 100%. 
Manutenção 
O motor deve ser verificado em intervalos 
regulares. 
É importante manter o motor limpo de modo a 
garantir a ventilação adequada. Se a bomba é 
instalada em um ambiente empoeirado, ela deve 
ser limpa e verificada regularmente. 
Rolamentos 
Normalmente, motores têm um rolamento 
bloqueado na extremidade de acionamento e 
um rolamento com folga axial na extremidade 
sem acionamento. A folga axial é exigida, devido 
às tolerâncias de produção, expansão térmica 
durante operação, etc. Os rolamentos do motor 
são mantidos no lugar por arruelas de pressão 
onduladas na extremidade sem acionamento, ver 
figura 1.4.21. 
O rolamento fixo na extremidade de acionamento 
pode ser tanto um rolamento radial de esferas ou 
um rolamento de contato angular. 
As folgas e tolerâncias de rolamentos são 
apresentadas de acordo com ISO 15 e ISO 
492. Como os fabricantes de rolamentos tem 
que cumprir estas normas, os rolamentos são 
internacionalmente permutáveis. 
De modo a rodar livremente, um rolamento 
de esferas deve ter certa folga interna entre a 
canalização e as esferas. Sem essa folga interna, 
as esferas podem ou ter dificuldade para rodar 
ou ficarem presas e serem incapazes de rodar. 
Por outro lado, demasiada folga interna resultará 
em um rolamento instável que pode gerar ruído 
excessivo ou permitir que o eixo oscile. 
Dependendo de para qual tipo de bomba o motor 
está adaptado, o rolamento radial de esferas 
na extremidade de acionamento deve ter folga 
C3 ou C4. Rolamentos com folga C4 são menos 
sensíveis ao calor e tem capacidade de carga 
axial aumentada. 
O rolamento transportando as forças axiais da 
bomba pode ter folga C3 se: 
• a bomba tem alivio hidráulico completo ou parcial 
• a bomba tem muitos períodos de operação breve 
• a bomba tem longos períodos de inatividade 
Rolamentos C4 são usados para bombas com 
forças axiais altas flutuantes. Rolamentos de 
contato angular são usados se a bomba exerce 
fortes forças axiais unidirecionais. 
Fig 1.4.21: Desenho de corte transversal do motor 
1.4.20: Estator com elemento de aquecimento
52 
Seção 1.4 
Motores 
Motores com rolamentos 
permanentemente lubrificados 
Para rolamentos fechados permanentemente 
lubrificados, utilize um dos seguintes tipos de 
graxa resistentes a altas temperaturas: 
• Graxa a base de lítio 
• Graxa a base de poliureia 
As especificações técnicas devem corresponder à 
norma DIN – 51825 K2 ou melhor. A viscosidade 
básica do óleo deve ser maior do que: 
• 50 cSt (10-6m2/sec) a 40°C e 
• 8 cSt (mm2/sec) a 100°C 
Por exemplo, Kluberquiet BQH 72-102 com uma 
razão de preenchimento de graxa de: 30 -40%. 
Motores com sistema de lubrificação 
Normalmente motores de chassi com tamanho 
160 e maiores tem bocais lubrificantes para os 
rolamentos tanto na extremidade de acionamento 
quanto na extremidade sem acionamento. 
Os bocais lubrificantes são visíveis e de fácil 
acesso. 
O motor é projetado de tal modo que: 
• há um fluxo de graxa em torno do rolamento 
• graxa nova entra no rolamento 
• a graxa velha é removida do rolamento 
Motores com sistemas de lubrificação são 
fornecidos com uma instrução de lubrificação, 
por exemplo como uma etiqueta na tampa da 
ventoinha. Além disso, as instruções são dadas 
nas instruções de instalação e operação. 
O lubrificante com frequência é a base de 
lítio, graxa de alta temperatura, por exemplo 
EXXON UNIREX N3 ou Shell Alvania Graxa G3. A 
viscosidade básica do óleo deve ser 
• maior que 50 cSt (10-6m2/sec) a 40°C e 
• 8 cSt (mm2/sec) a 100°C 
Fig:1.4.22: Tipos típicos de rolamento em motores de bomba
Capitulo 1. Design de bombas e motores 
Seção 1.5: Líquidos 
1.5.1 Líquidos viscosos 
1.5.2 Líquidos não newtonianos 
1.5.3 O impacto de líquidos viscosos no 
desempenho de uma bomba centrifuga 
1.5.4 Selecionando a bomba certa para um 
liquido com anticongelante 
1.5.5 Exemplo de calculo 
1.5.6 Seleção de bombas assistida por 
computador para líquidos densos e viscosos
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  • 2.
  • 3.
  • 4. MANUAL DE BOMBA Copyright 2004 GRUNDFOS Management A/S. Todos os direitos reservados. As leis de direitos autorais e tratados internacionais protegem este material. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida sob qualquer forma ou por qualquer meio sem prévia permissão por escrito da GRUNDFOS Management A/S. Isenção de Responsabilidade Tomamos todo cuidado necessário para garantir a exatidão do conteúdo deste ma terial, entretanto, a GRUNDFOS Management A/S não será responsável por qualquer perda, quer seja direta, indireta, incidental ou consequente que possa surgir do uso ou confiança depositada sobre qualquer conteúdo deste material.
  • 5. Introdução A indústria fabril tem uma elevada demanda pesada por bombas, quando se trata de uma ótima operação, alta confiabilidade e baixo consumo de energia. Por esse motivo, a Grundfos desenvolveu o Manual de Bomba, que, de maneira simples, aborda com várias considerações ao dimensionar bombas e sistemas de bombas. Elaboramos um manual para engenheiros e técnicos que trabalham com o projeto e instalação de bombas e sistemas de bombas, contendo respostas para uma ampla variedade de perguntas técnicas específicas sobre as bombas. O Manual de Bombas pode ser lido do princípio ao fim ou parcialmente sobre tópicos específicos. O manual está dividido em 5 capítulos, os quais abordam as diferentes fases do projeto de sistemas de bombas. No capítulo 1 fazemos uma apresentação geral de diferentes tipos de bombas e componentes. Aqui também descrevemos quais precauções tomar ao lidar com líquidos viscosos. Além disso, os materiais mais usados, assim como os diferentes tipos de corrosão são apresentados aqui. As terminologias mais importantes relacionadas à leitura do desempenho das bombas são apresentadas no capítulo 2. O Capítulo 3 aborda os sistemas hidráulicos e alguns dos fatores mais importantes a considerar para se obter uma ótima operação do sistema de bombas. Visto que é frequentemente necessário ajustar o desempenho da bomba por meio de vários métodos de ajuste, estes métodos são abordados no capítulo 4. O capítulo 5 descreve os custos do ciclo de vida uma vez que o consumo de energia desempenha um papel importante nas bombas e sistemas de bombas de hoje. Esperamos sinceramente que você faça uso do Manual de Bomba e o considere útil no seu trabalho diário. Diretor de Segmento Especialista em Aplicação Mogens Roy Olesen Christian R. Bech
  • 6. Capítulo 1 Design de bombas e motores.................................7 Seção 1.1 Construção de bombas................................................8 1.1.1 A bomba centrífuga...............................................................8 1.1.2 Curvas das bombas................................................................ 9 1.1.3 Características da bomba centrífuga...........................11 1.1.4 Tipos mais comuns de bombas de sucção axial e em linha ................................................... 12 1.1.5 Tipos de rotores (forças axiais) ....................................... 14 1.1.6 Tipos de carcaças (forças radiais)................................... 15 1.1.7 Bombas monoestágio....................................................... 15 1.1.8 Bombas multiestágio..........................................................16 1.1.9 Bombas com acoplamento longo e curto 16 Seção 1.2 Tipos de bombas..........................................................17 1.2.1 Bombas padrão .................................................................... 17 1.2.2 Bombas bi-partida............................................................. 17 1.2.3 Bombas hermeticamente seladas ............................. 18 1.2.4 Bombas sanitárias ..............................................................20 1.2.5 Bombas de efluentes ....................................................... 21 1.2.6 Bombas imersíveis ............................................................ 22 1.2.7 Bombas submersas .......................................................... 23 1.2.8 Bombas de descolamento positivo .............................24 Seção 1.3 Vedações de eixos mecânicos...............................27 1.3.1 Componentes e função da vedação de eixo mecânico.................................................................29 1.3.2 Vedações de eixos mecânicos balanceados e não balanceados .............................................................30 1.3.3 Tipos de vedações de eixos mecânicos....................... 31 1.3.4 Combinações de materiais da face da vedação.............................................................................34 1.3.5 Fatores que afetam o desempenho da vedação.............................................................................36 Seção 1.4 Motores.......................................................................... 39 1.4.1Padrões ..................................................................................... 40 1.4.2 Partida no motor................................................................. 46 1.4.3 Tensão de alimentação.................................................... 47 1.4.4 Conversor de frequência................................................. 47 1.4.5 Proteção do motor............................................................. 49 Seção 1.5 Líquidos............................................................................53 1.5.1 Líquidos viscosos............................................................................ 54 1.5.2 Líquidos Não Newtonianos ...................................................... 55 1.5.3 Impacto dos líquidos viscosos sobre o desempenho de uma bomba centrífuga......................................................... 55 1.5.4 Seleção da bomba correta para um líquido com anticongelante ......................................................................56 1.5.5 Exemplo de cálculo ....................................................................... 58 1.5.6 Seleção da bomba com auxílio de computador para líquidos densos e viscosos................................................ 58 Seção 1.6 Materiais........................................................................ 59 1.6.1 O que é corrosão?..................................................................60 1.6.2 Tipos de corrosão...................................................................61 1.6.3 Metais e ligas metálicas.....................................................65 1.6.4 Cerâmica...................................................................................71 1.6.5 Plástico.......................................................................................71 1.6.6 Borracha....................................................................................72 1.6.7 Revestimentos........................................................................73 Capítulo 2 Instalação e leitura do desempenho .....................................................................................75 Seção 2.1 Instalação da bomba ................................................76 2.1.1 Nova instalação.....................................................................76 2.1.2 Substituição-instalação existente .................................76 2.1.3 Fluxo do tubo para instalação de bomba única..........................................................................77 2.1.4 Limitação de ruídos e vibrações......................................78 2.1.5 Nível de som (L)......................................................................81 Seção 2.2 Desempenho da bomba .........................................83 2.2.1 Termos hidráulicos................................................................83 2.2.2 Termos elétricos.....................................................................90 2.2.3 Propriedades dos líquidos.................................................93 Índice
  • 7. Capítulo 3 Sistema hidráulico......................................................95 Seção 3.1 Características do sistema .......................................96 3.1.1 Resistências únicas...............................................................97 3.1.2 Sistemas abertos e fechados ............................................98 Seção 3.2 Bombas conectadas em série e paralelas............101 3.2.1 Bombas em paralelo..........................................................101 3.2.2 Bombas conectadas em série........................................103 Capítulo 4 Ajuste do desempenho das bombas......................................................................................105 Seção 4.1 Ajuste do desempenho das bombas.................106 4.1.1 Controle por estrangulamento....................................107 4.1.2 Controle de desvio.............................................................107 4.1.3 Modificação do diâmetro do rotor.............................108 4.1.4 Controle de velocidade....................................................108 4.1.5 Comparação dos métodos de ajuste.........................110 4.1.6 Eficiência geral do sistema da bomba......................111 4.1.7 Exemplo: Consumo de energia relativo quando o fluxo é reduzido em 20%...........................111 Seção 4.2 Soluções para bomba com velocidade controlada ...................................................114 4.2.1 Controle de pressão constante....................................114 4.2.2 Controle de temperatura constante..........................115 4.2.3 Pressão do diferencial constante em um sistema de circulação..............................................115 4.2.4 Controle da pressão diferencial com compensada por fluxo .........................................116 Seção 4.3 Vantagens do controle de velocidade......................................................................117 Seção 4.4 Vantagens das bombas com conversor de frequência integrado .......................... 118 4.4.1 Curvas de desempenho de bombas com velocidade controlada.....................................................119 4.4.2 Bombas com velocidade controlada em diferentes sistemas ..........................................................119 Seção 4.5 Conversor de frequência.......................................122 4.5.1 Funções e características básicas.................................122 4.5.2 Componentes do conversor de frequência......................................................................122 4.5.3 Condições especiais referentes aos conversores de frequência.............................................124 Capítulo 5 Cálculo dos custos do ciclo de vida ...............................................................................127 Seção 5.1 Equação de custos do ciclo de vida....................128 5.1.1 Custos iniciais, preço de compra (Cic)..........................129 5.1.2 Custos de Instalação e comissionamento (Cin).....................................................129 5.1.3 Custos de energia (Ce)........................................................130 5.1.4 Custos operacionais (Co)...................................................130 5.1.5 Custos ambientais (Cenv)...................................................130 5.1.6 Custos de manutenção e reparos (Cm)......................131 5.1.7 Custos de tempo de parada, perda de produção (Cs)...................................................131 5.1.8 Custos de desmantelamento e descarte (Co)......................................................................131 Seção 5.2 Cálculo dos custos do ciclo de vida – um exemplo ...................................132 Apêndice............................................................................................133 A) Notações e unidades........................................................134 B) Tabelas de conversão de unidades.............................135 C) Prefixos SI e alfabeto grego...........................................136 D) Pressão do vapor e densidade da água em diferentes temperaturas........................................137 E) Orifício .................................................................................138 F) Mudança na pressão estática devido à mudança do diâmetro do cano...............................139 G) Injetores.................................................................................140 H) Nomograma para perdas de carga em curvas e válvulas............................................141 I) Nomograma para perda do tubo de água limpa a 20˚C.............................................................142 J) Sistema periódico..............................................................143 K) Padrões de bombas..........................................................144 L) Viscosidade para líquidos diferentes como função da temperatura do líquido................145 Índice remissivo.............................................................................151
  • 8. Capítulo 1. Design de bombas e motores Seção 1.1: Construção da bomba 1.1.1 A bomba centrífuga 1.1.2 Curvas da bomba 1.1.3 Características da bomba centrífuga 1.1.4 Tipos mais comuns de bombas de sucção axial e em linha 1.1.5 Tipos de rotor (forças axiais) 1.1.6 Tipos de carcaças (forças radiais) 1.1.7 Bombas monoestágio 1.1.8 Bombas multiestágio 1.1.9 Bombas com acoplamento longo e curto Seção 1.2 Tipos de bombas 1.2.1 Bombas padrão 1.2.2 Bombas bi-partida 1.2.3 Bombas hermeticamente seladas 1.2.4 Bombas sanitárias 1.2.5 Bombas de efluentes 1.2.6 Bombas imersíveis 1.2.7 Bombas submersa 1.2.8 Bombas de deslocamento positivo
  • 9. Seção 1.1 Construção da bomba 1.1.1 Bomba centrífuga Em 1689, o físico Denis Papin inventou a bomba centrífuga e este tipo de bomba é o mais usado ao redor do mundo. A bomba centrífuga é construída sobre um princípio simples: O líquido é levado até o cubo do rotor e, através da força centrífuga, ele é lançado na direção da periferia dos rotores. A construção é razoavelmente barata, robusta e simples e sua alta velocidade possibilita conectar a bomba diretamente a um motor assíncrono. A bomba centrífuga oferece um fluxo de líquido uniforme e pode facilmente ser acelerado sem causar danos a bomba. Agora, vamos observar a figura 1.1.1, que mostra o fluxo do líquido através da bomba. A entrada da bomba leva o líquido para o centro do rotor giratório de onde é lançado para a periferia. Esta construção oferece alta eficiência e é apropriada para lidar com líquidos puros. As bombas, que têm que lidar com líquidos impuros, como bombas de efluentes, são equipadas com um rotor que é construído especialmente para evitar que objetos fiquem armazenados no interior da bomba, consulte a seção 1.2.5. Se ocorrer diferença de pressão no sistema enquanto a bomba centrífuga não estiver funcionando, o líquido ainda consegue passar através da mesma devido ao seu desenho aberto. Como se pode ver na figura 1.1.2, a bomba centrífuga pode ser classificada em diferentes grupos: Bombas de fluxo radial, bombas de fluxo misto e bombas de fluxo axial. As bombas de fluxos radial e as bombas de fluxo misto são os tipos mais comuns utilizados. Portanto, iremos nos concentrar somente nestes tipos de bombas nas próximas páginas. Entretanto, apresentaremos brevemente a bomba de deslocamento positivo na seção 1.2.8. As diferentes exigências de desempenho das bombas centrífugas, especialmente em relação à altura manométrica total, fluxo e instalação, junto com as exigências de operação econômica, são somente algumas das razões porque existem tantos tipos de bombas. A Figura 1.1.3 mostra os diferentes tipos de bombas em relação ao fluxo e pressão. Fig. 1.1.1: O fluxo do líquido através da bomba Bomba de fluxo radial Bomba de fluxo misto Bomba de fluxo axial Fig. 1.1.2: Diferentes tipos de bombas centrífugas H [m] 1 2 10000 6 4 2 1000 6 4 2 100 6 4 2 10 6 4 2 4 6 Bombas de fluxo radial multiestágios Bombas de fluxo radial monoestágios 10 Bombas de fluxo misto Bombas de fluxo axial 2 46 100 2 46 10002 46 10000 100000 Q [m3/h] Fig. 1.1.3: Fluxo e altura manométrica total para diferentes tipos de bombas centrífugas 8
  • 10. 1.1.2 Curvas das bombas Antes de aprofundarmos no mundo da construção e tipos de bombas apresentaremos as características básicas das curvas de desempenho das bombas. O desempenho de uma bomba centrífuga é mostrado por um conjunto de curvas de desempenho. As curvas de desempenho para uma bomba centrífuga são mostradas na figura 1.1.4. Altura manométrica total, consumo de energia, eficiência de consumo e NPSH são mostrados como uma função no fluxo. Normalmente, as curvas das bombas nas apostilas de dados cobrem somente a parte da bomba. Portanto, o consumo de energia, o valor P2 que também está listado nas apostilas de dados, cobre somente a energia que entra na bomba – consulte a figura 1.1.4. O mesmo vale para o valor eficiência, que cobre somente a parte da bomba (η = ηP). Em alguns tipos de bombas com motor integrado e conversor de frequência possivelmente integrado, por exemplo, bombas com motor blindado (consulte a seção 1.2.3), a curva de consumo de energia e a curva η cobrem o motor e a bomba. Neste caso, é o valor P1 que deve ser levado em consideração. No geral, as curvss das bombas são projetadas de acordo com o ISO 9906 Anexo A, que especifica as tolerâncias das curvas: • Q +/- 9%, • H +/-7%, • P +9% • -7%. Mostramos a seguir uma breve apresentação das diferentes curvas de desempenho de bombas. Altura manométrica total, a curva QH A curva QH mostra a altura manométrica total, que a bomba é capaz de executar em um determinado fluxo. A altura manométrica total é medida em metros de coluna de líquido/metros [mLC]; normalmente a unidade metro [m] é aplicada. A vantagem de se usar a unidade [m] como unidade de medida da altura manométrica total da bomba é que a curva QH não é afetada pelo tipo de líquido que bomba tem que manejar, consulte a seção 2.2 para mais informações. H [m] η [%] 50 40 70 Eficiência 60 50 40 30 20 10 0 12 10 8 6 4 2 30 20 10 0 0 10 20 30 40 50 60 70 Q [m 3/h] P2 [kW] 10 8 6 4 2 0 NPSH (m) Consum o de energia NPSH Fig. 1.1.4: Curvas de desempenho típicas para uma bomba centrífuga. Altura manométrica total, consumo de energia, eficiência e NPSH são mostrados como uma função do fluxo Q P1 M P2 H 3~ ηM ηP Fig. 1.1.5: As curvas para consumo de energia e eficiência normalmente cobrem somente a parte da bomba da unidade – i.e. P2 e ηP H [m] 60 50 40 30 20 10 0 0 10 20 30 40 50 60 70 80 Q [m3/h Fig. 1.1.6: Curva QH típica para uma bomba centrífuga; fluxo baixo resulta em altura manométrica total alta e fluxo alto resulta em altura manométrica total baixa 9
  • 11. Eficiência, a curva η A eficiência é a relação entre a energia fornecida e a quantidade de energia utilizada. No mundo das bombas, a eficiência ηP é a relação entre a energia, que a bomba fornece para a água (PH) e a entrada de energia no eixo (P2): onde: ρ é a densidade do líquido em kg/m3, g é a aceleração da gravidade em m/s2, Q é o fluxo em m3/h e H é a altura manométrica total em m. Para água a 20oC e com Q medido em m3/h e H em m, a energia hidráulica pode ser calculada como: Como aparece a partir da curva de eficiência, a eficiência depende do ponto de operação da bomba. Portanto, é importante selecionar uma bomba que seja compatível com os requisitos de fluxo e que assegure que a bomba esteja funcionando na área de fluxo mais eficiente. Consumo de energia, a curva P2 A relação entre o consumo de energia da bomba e o fluxo é mostrada na figura 1.1.8. A curva P2 da maioria das bombas centrífugas é semelhante à curva na figura 1.1.8 onde o valor P2 aumenta quando o fluxo aumenta. Curva NPSH (Altura Manométrica de Sucção Positiva Líquida) O valor NPSH de uma bomba é a pressão mínima absoluta (consulte a seção 2.2.1) que deve estar presente no lado de sucção da bomba para evitar cavitação. O valor NPSH é medido em [m] e depende do fluxo; quando o fluxo aumenta, o valor NPSH também aumenta; figura 1.1.9. Para mais informações sobre cavitação e NPSH, vá para a seção 2.2.1. η [%] 80 70 60 50 40 30 20 10 0 0 10 20 30 40 50 60 70 Q [m 3/h] Fig. 1.1.7: Curva de eficiência de uma bomba centrífuga típica P2 [kW] 10 8 6 4 2 0 0 10 20 30 40 50 60 70 Q [m 3/h] Fig. 1.1.8: Curva de consumo de energia de uma bomba centrífuga típica NPSH [m] 10 8 6 4 2 0 0 10 20 30 40 50 60 70 Q [m 3/h] ηp = PH P2 = ρ . g . Q . H P2 x 3600 Fig. 1.1.9: Curva NPSH de bomba centrífuga típica PH = 2.72 . Q . H [W] 10 Seção 1.1 Construção da bomba = Q . H . g .ρ 3600 x ηp P2
  • 12. 1.1.3 Características da bomba centrífuga A bomba centrífuga possui várias características e as mais importantes serão apresentadas nesta seção. Mais adiante neste capítulo forneceremos uma descrição mais detalhada dos diferentes tipos de bombas. • Número de fases Dependendo do número de rotores na bomba, uma bomba centrífuga pode ser uma bomba monoestágio ou uma bomba multiestágio. • Posição do eixo da bomba As bombas monoestágio e multiestágio são produzidas com eixos de bomba verticais ou horizontais. Estas bombas normalmente são normalmente designadas como bombas horizontais ou verticais. Para mais informações, vá para seção 1.1.4. • Rotores de sucção simples ou de sucção dupla Dependendo da construção do rotor, uma bomba pode ser equipada com um rotor de sucção simples ou rotor de sucção dupla. Para mais informações, vá para a seção 1.1.5. • Acoplamento de estágios Os estágios da bomba podem ser arranjados de duas maneiras diferentes: em série e em paralelo, consulte a figura 1.1.10. • Construção da carcaça da bomba Diferenciamos entre dois tipos de carcaça de bomba: Carcaça Voluta e carcaça de canal de retorno com palhetas guia. Para mais informações, vá para a seção 1.1.6. Fig 1.1.10: Bomba dupla com rotores acoplados em paralelo 11
  • 13. Seção 1.1 Construção da bomba 1.1.4 Tipos mais comuns de bomba de sucção axial e em linha Sucção axial Horizontal Monoestágio Multiestágio Acoplamento curto Acoplamento curto Acoplamento longo Bomba de sucção axial = O líquido entra diretamente no rotor. A entrada e a saída possuem um ângulo de 90°. Consulte a seção 1.1.9 Bomba em linha = O líquido passa diretamente pela bomba em linha. O cano de sucção e o cano de descarga são colocados opostos um ao outro e podem ser montados diretamente no sistema de encanamento Bomba com carcaça bipartida = Bomba com carcaça dividida axialmente. Consulte a seção 1.2.2 Bomba horizontal = Bomba com eixo horizontal Bomba vertical = Bomba com eixo vertical Bomba monoestágio = Bomba com rotor único. Consulte a seção 1.1.7 Bomba multiestágio = Bomba com vários rotores acoplados em série. Consulte a seção 1.1.8 Bomba com acoplamento longo = Bomba conectada ao motor através de um acoplamento flexível. O motor e a bomba possuem construções de rolamentos separados. Consulte a seção 1.1.9 Bomba com acoplamento curto = bomba conectada ao motor através de um acoplamento rígido. Consulte a seção 1.1.9 12
  • 14. Em linha Horizontal / Vertical Multiestágio Monoestágio Bipartida Monoestágio Acoplamento longo Acoplamento curto Acoplamento curto Acoplamento longo Horizontal 13
  • 15. 1.1.5 Tipos de rotores (forças axiais) A bomba centrífuga gera pressão que exerce forças sobre as peças fixas e giratórias da bomba. As peças das bombas são feitas para suportar essas forças. Se as forças axiais e radiais não forem contrabalanceadas na bomba, as forças devem ser consideradas ao selecionar o sistema de acionamento da bomba (rolamento de contato angular no motor). Em bombas equipadas com rotor de sucção simples, podem ocorrer grandes forças axiais, figuras 1.1.11 e 1.1.12. Estas forças são balanceadas em uma das seguintes formas: • Mecanicamente por meio de rolamentos de impulso. Estes tipos de rolamentos são especialmente projetados para absorver as forças axiais dos rotores • Por meio de orifícios de balanceamento no rotor, consulte a figura 1.1.13 • Por meio de regulagem do acelerador a partir de um anel de vedação montado na traseira dos rotores, consulte a figura 1.1.14 • Impacto dinâmico a partir da traseira do rotor, consulte a figura 1.1.15 • O impacto axial sobre a bomba pode ser evitado usando rotores de sucção dupla (consulte a figura 1.1.16). Fig. 1.1.13: Balanceando as forças axiais em uma bomba centrífuga monoestágio com orifícios de balanceamento somente Fig. 1.1.14: Balanceando as forças axiais em uma bomba centrífuga monoestágio com lacuna de vedação no lado de descarga e orifícios de balanceamento Fig. 1.1.15: Balanceando as forças axiais em uma bomba centrífuga monoestágio com lâminas na traseira dos rotores Fig. 1.1.16: Balanceando as forças axiais em um sistema de rotor de sucção duplo Fig. 1.1.11: : Rotor de sucção simples Fig. 1.1.12: Bomba padrão com rotor de sucção simples Forças Axiais Seção 1.1 Construção da Bomba 14
  • 16. 1.1.6 Tipos de carcaças (forças radiais) As forças radiais resultam da pressão estática na carcaça. Portanto, podem ocorrer deflexões axiais que levam à interferência entre o rotor e a carcaça. A magnitude e a direção da força radial dependem da taxa do fluxo e altura manométrica total. Ao projetar a carcaça da bomba, é possível controlar as forças radiais hidráulicas. Vale a pena mencionar dois tipos de carcaças: a carcaça voluta simples e a carcaça voluta dupla. Como se pode observar na figura 1.1.18, as duas carcaças têm o formato de voluta. A diferença entre as duas é que a voluta dupla possui uma palheta guia. A bomba de voluta simples é caracterizada por uma pressão simétrica na voluta no ponto de eficiência ótimo, que leva à carga radial zero. Em todos os outros pontos, a pressão ao redor do rotor não é regular e consequentemente há presença de força radial. Como se pode observar na figura 1.1.19, a carcaça voluta dupla desenvolve uma força de reação radial baixa constante em qualquer capacidade. Os canais de retorno (figura 1.1.20) são usados em bombas multiestágio e têm a mesma função básica que as carcaças volutas. O líquido é levado de um rotor para o outro ao mesmo tempo, a rotação da água é reduzida e a pressão dinâmica é transformada em pressão estática. Devido ao projeto circular da carcaça do canal, não há forças radiais presentes. 1.1.7 Bombas monoestágio Geralmente, as bombas monoestágio são usadas em aplicações que não exigem uma altura manométrica total de mais de 150 m. Normalmente, as bombas monoestágio operam no intervalo de 2-100 m. As bombas monoestágio são caracterizadas por fornecer uma altura manométrica baixa em relação ao fluxo, consulte a figura 1.1.3. A bomba monoestágio é produzida no desenho vertical e horizontal, consulte as figuras 1.1.21 e 1.1.22. Fig. 1.1.17: Rotor de Forças radiais Carcaça Voluta Carcaça voluta dupla 1.0 Q /Qopt Força Radial Carcaça voluta dupla sucção simples Fig. 1.1.19: Força radial para carcaça voluta simples e dupla Fig. 1.1.22: Bomba com acoplamento curto em linha monoestágio vertical Fig. 1.1.21: Bomba com acoplamento curto de sucção axial monoestágio Fig. 1.1.20: Bomba em linha multiestágio vertical com carcaça de canal de retorno Canal de retorno 15 Fig. 1.1.18: Carcaça voluta simples
  • 17. Fig. 1.1.25: Bomba com acoplamento longo com acopla mento básico Fig. 1.1.26: Bomba com acoplamento longo com acopla mento de espaçador 1.1.8 Bombas multiestágio Bombas multiestágio são usadas em instalações onde uma altura manométrica elevada é necessária. Diversas fases são conectadas em série e o fluxo é guiado desde a saída de uma fase até a entrada da próxima. A altura manométrica final que uma bomba multiestágio pode proporcionar é igual à soma da pressão que cada estágio pode proporcionar. A vantagem das bombas multiestágio é que elas proporcionam uma altura manométrica elevada em relação ao fluxo. Como as bombas monoestágio, as bombas multiestágio estão disponíveis nas versões vertical e horizontal, consulte as figuras 1.1.23 e 1.1.24. 1.1.9 Bombas com acoplamento longo e bombas com acoplamento curto Bombas com acoplamento longo Bombas com acoplamento longo são bombas com acoplamento flexível que conecta a bomba e o motor. Este tipo de acoplamento está disponível como acoplamento básico ou como acoplamento de espaçador. Se a bomba estiver conectada ao motor por um acoplamento básico, é necessário desmontar o motor quando a bomba precisar de manutenção. Portanto, é necessário alinhar a bomba na montagem, consulte a figura 1.1.25. Por outro lado, se a bomba estiver equipada com um acoplamento de espaçador, é possível fazer a manutenção na bomba sem desmontar o motor. Deste modo, o alinhamento não é um problema, consulte a figura 1.1.26. Bombas com acoplamento curto Estas bombas podem ser construídas nas duas maneiras a seguir: A bomba tem o rotor montado diretamente sobre o eixo estendido do motor ou a bomba tem um motor padrão e um acoplamento rígido ou acoplamento de espaçador, consulte as figuras 1.1.27 e 1.1.28. Fig. 1.1.24: Bomba de sucção axial multiestágio Fig. 1.1.23: Bomba horizontal em linha multiestágio vertical Fig. 1.1.27: Bomba com acoplamento curto com acoplamento rígido Fig. 1.1.28: Diferentes tipos de acoplamento Tipo acoplam ento básic o Bomba com acoplamento longo com acoplamento flexível Bomba com acoplamento curto com acoplamento rígido Acoplam ento de espaçador (opci)onal Seção 1.1 Construção da bomba 16
  • 18. Fig. 1.2.1:Bomba padrão com acoplamento longo Fig. 1.2.2: Bomba padrão com eixo simples Fig. 1.2.3: Bomba com carcaça bipartida com acoplamento longo Fig. 1.2.4: Bomba com carcaça bipartida com rotor de sucção dupla Seção 1.2 Tipos de bomba 1.2.1 Bombas padrão Poucas normas internacionais tratam de bombas centrífugas. Na verdade, muitos países possuem seus próprios padrões, que mais ou menos sobrepõem uns aos outros. Uma bomba padrão é aquela compatível com as regulamentações oficiais, como, por exemplo, o ponto de operação da bomba. Relacionamos abaixo alguns exemplos de padrões internacionais para bombas: • EN 733 (DIN 24255) se aplica às bombas centrífugas de sucção axial, também conhecidas como bombas de água padrão com pressão nominal (PN) de 10 bar. • EN 22858 (ISO 2858) se aplica às bombas centrífugas, também conhecidas como bombas químicas padrão com pressão nominal (PN) de 16 bar, consulte o apêndice K. As normas mencionadas acima cobrem as dimensões de instalação e os pontos de operação de diferentes tipos de bombas. Quanto às peças hidráulicas destas bombas, elas variam de acordo com o fabricante - deste modo, não há padrões internacionais determinados para estas peças. Bombas, que são projetadas de acordo com os padrões, oferecem vantagens ao usuário final relacionadas à instalação, assim como serviço, peças de reposição e manutenção. 1.2.2 Bombas com carcaça bipartida Uma bomba com carcaça bipartida é uma bomba cuja carcaça é dividida axialmente em duas partes. A Figura 1.2.4 mostra uma bomba monoestágio com carcaça bipartida com rotor de sucção dupla. A construção com entrada dupla elimina as forças axiais e assegura uma expectativa de vida útil mais longa dos rolamentos. Geralmente, as bombas com carcaça bipartida são mais eficientes, tem manutenção mais fácil e uma faixa de desempenho ampla. 17
  • 19. Seção 1.2 Tipos de bomba 1.2.3 Bombas hermeticamente seladas Não é de surpreender que a guia de entrada do eixo da bomba deve ser selada. Geralmente, isto é feito através de um retentor mecânico do eixo, consulte a figura 1.2.5. A desvantagem do retentor mecânico do eixo são suas propriedades deficientes quando se trata de manipulação líquidos tóxicos e agressivos, que, consequentemente, levam a vazamento. Até certo ponto estes problemas podem ser resolvidos usando um retentor mecânico duplo do eixo. Outra solução para estes problemas é usar uma bomba hermeticamente selada. Diferenciamos estes dois tipos de bombas hermeticamente seladas: Bombas com motor blindado e bombas com acionamento magnético. Informações adicionais sobre estas bombas são encontradas nos próximos parágrafos. Bombas com motor blindado Uma bomba com motor blindado é uma bomba hermeticamente selada com o motor e a bomba integrados em uma unidade sem retentor, consulte as figuras 1.2.6 e 1.2.7. O líquido bombeado entra na câmara do rotor que é separado do estator por uma blindagem fina do rotor. O rotor pode servir como uma barreira hermeticamente selada entre o líquido e o motor. As bombas químicas são feitas de materiais como plástico ou aço inoxidável que podem suportar líquidos agressivos. O tipo mais comum de motor blindado é a bomba circuladora. Este tipo de bomba é usado tipicamente em circuitos de aquecimento, pois sua construção produz baixo ruído e a operação é livre de manutenção. Liquido Retentor Atmosfera Fig. 1.2.5: Exemplo de bomba padrão com retentor mecânico do eixo Blindagem do motor Fig. 1.2.6: Bomba química com motor blindado Blindagem do Motor Fig. 1.2.7: Bomba circuladora com motor blindado 18
  • 20. Bombas com acionamento magnético Nos últimos anos, as bombas com acionamento magnético têm se tornado cada vez mais populares para transferência de líquidos tóxicos e agressivos. Como mostrado na figura 1.2.8, a bomba com acionamento magnético é composta por dois grupos de magnetos; um magneto interno e um magneto externo. Uma blindagem não magnetizada pode separar estes dois grupos. A blindagem serve como uma barreira hermeticamente selada entre o líquido e a atmosfera. Como ilustrado na figura 1.2.9, o magneto externo é conectado ao acionamento da bomba e o magneto externo é conectado ao eixo da bomba. Por meio disto, o torque do acionamento da bomba é transmitido para o eixo da bomba. O líquido bombeado serve como lubrificante para os rolamentos da bomba. Portanto, ventilação suficiente é crucial para os rolamentos. Magnetos externos Magnetos internos Blindagem Fig. 1.2.8: Construção do acionamento magnético Magnetos internos Blindagem Magnetos externos Fig. 1.2.9: Bomba multiestágio com acionamento magnético 19
  • 21. Fig. 1.2.10: Bomba sanitária Fig.1.2.11: Bomba sanitária com canal lateral de auto-escorvamento 1.2.4 Bombas sanitárias As bombas sanitárias são usadas principalmente por indústrias de alimentos, bebidas, farmacêuticas e de biotecnologia onde é muito importante que o líquido bombeado seja manipulado suavemente e que as bombas sejam fáceis de limpar. Para atender as exigências de processamento destas indústrias, as bombas devem ter uma superfície áspera entre 3,2 e 0,4 μm Ra. Isto pode ser melhor obtido usando aço inoxidável forjado ou laminado rolado como materiais de construção, consulte a figura 1.2.12. Estes materiais possuem uma superfície compacta não porosa que pode ser facilmente trabalhada para atender os vários requisitos de acabamento de superfície. As principais características das bombas sanitárias são facilidade de limpeza e de manutenção. Os fabricantes líderes de bombas sanitárias projetaram suas bombas para atender os padrões a seguir: EHEDG – [Grupo de Design de Equipamento Higiênico Europeu] QHD – [Design Higiênico Qualificado] 3-A – Padrões Sanitários: 3A0/3A1: Padrão Industrial/Higiênico Ra ≤ 3.2 μm 3A2: Padrão Estéril Ra ≤ 0.8 μm 3A3: Padrão Estéril Ra ≤ 0.4 μm Areia fundida Fundição de precisão Aço rolado Fig.1.2.12: Aspereza da superfície do material Seção 1.2 Tipos de bomba 20
  • 22. Fig. 1.2.14: Bomba de efluentes para instalações secas Rotor de vórtice Rotor de canal simples Rotor de canal duplo Fig.1.2.13: Detalhe de uma bomba de esgoto para instalações úmidas 1.2.5 Bombas de efluentes Uma bomba de efluentes é um equipamento lacrado com uma bomba e um motor. Devido a sua construção, a bomba de efluentes é apropriada para instalação submersa em poços. Trilhos duplos com sistema de autoacoplamento normalmente são usados em instalações submersas. O sistema de autoacoplamento facilita a manutenção, reparo e substituição da bomba. Devido à construção da bomba, não é necessário entrar no poço para executar o serviço. Na verdade, é possível conectar e desconectar a bomba automaticamente de fora do poço. As bombas de efluentes também podem ser instaladas secas como bombas convencionais em instalações horizontais ou verticais. Da mesma forma, este tipo de instalação é de fácil manutenção e reparo e proporciona operação ininterrupta da bomba no caso de inundação da poço seco, consulte a figura 1.2.14. Normalmente, as bombas de efluentes têm que ser capazes de manejar partículas grandes. Portanto, elas são equipadas com rotores especiais para evitar bloqueio e entupimento. Existem vários tipos de rotores: rotores de canal simples, rotores de canal duplo, rotores de três e quatro canais e rotores de vórtice. A Figura 1.2.15 mostra os diferentes desenhos de rotores. As bombas de efluentes geralmente são produzidas com um motor seco, com proteção IP68 (para mais informações sobre classes de IP, vá para a seção 1.4.1). O motor e a bomba possuem um eixo estendido comum com um sistema de retentor mecânico duplo do eixo em uma câmara de óleo intermediária, consulte a figura 1.2.13. As bombas de efluentes podem operar intermitenteou continuamente de acordo com a instalação em questão. 21
  • 23. 1.2.6 Bombas imersíveis A bomba imersível é um tipo de bomba onde uma parte dela fica submersa no líquido bombeado e o motor é mantido seco. Normalmente, as bombas imersíveis são montadas no topo ou na parede de tanques ou reservatórios. As bombas imersíveis são usadas, por exemplo, na indústria de máquinas, ferramenta de solda, esmerilhadoras, centros de usinagem e unidades de resfriamento ou em outras aplicações envolvendo tanques e reservatórios, lavanderias industriais e sistemas de filtragem. As bombas para tornos podem ser divididas em dois grupos: Bombas para o lado limpo do filtro e bombas para o lado sujo do filtro. As bombas com rotores fechados normalmente são usadas para o lado limpo do filtro por que fornecem alta eficiência e alta pressão se necessário. Bombas com rotores abertos ou semi-abertos normalmente são usadas para o lado sujo do filtro por que podem lidar com cavacos e partículas. Fig. 1.2.16: Bomba imersível Seção 1.2 Tipos de bomba 22
  • 24. Fig. 1.2.17: Bomba submersível 1.2.7 Bombas submersas Há dois tipos de bombas submersas: A bomba submersa para sondagem com motor submersível e a bomba de poços profundos com motor seco, que é conectado à bomba por eixo longo. Estas bombas normalmente são usadas junto com o fornecimento e irrigação de água. Os dois tipos de bombas são feitos para serem instalados em poços submersos estreitos, assim sendo, possuem um diâmetro reduzido, que as tornam mais longas do que outros tipos de bombas,consulte a figura 1.2.17. As bombas submersas são especialmente projetadas para serem submersas em líquido e desse modo são equipadas com motor submersível, com proteção de IP68. A bomba é produzida nas versões monoestágio e multiestágio (a versão multiestágio sendo a mais comum) e é equipada com uma válvula de retenção no cabeçote. Atualmente, a bomba de poço profundo tem sido mais ou menos substituída pelo tipo de bomba submersível. O eixo longo da bomba de poço profundo é uma desvantagem, que dificulta a instalação e execução do serviço. Como o motor da bomba de poço profundo é refrigerado a ar, a bomba frequentemente é utilizada em aplicações industriais para bombear água quente de tanques abertos. A bomba submersível não opera em altas temperaturas por que o motor fica submerso no líquido que tem que resfriá-lo. 23
  • 25. 1.2.8 Bombas de deslocamento positivo A bomba de deslocamento positivo fornece um fluxo constante aproximado a uma velocidade fixa, apesar das mudanças na contrapressão. Existem dois tipos de bombas de deslocamento positivo: • Bombas rotativas • Bombas reciprocantes A diferença no desempenho entre uma bomba centrífuga, uma bomba rotativa e uma bomba reciprocante está ilustrada à direita, figura 1.2.18. Dependendo do tipo de bomba que você estiver lidando, uma pequena alteração na contrapressão da bomba resulta em diferenças no fluxo. O fluxo de uma bomba centrífuga mudará consideravelmente, o fluxo de uma bomba rotativa mudará um pouco enquanto que o fluxo de uma bomba reciprocante não mudará nada. Mas por que existe uma diferença entre as curvas de bombas para bombas reciprocantes e bombas rotativas? A superfície da face de vedação real é maior para bombas rotativas do que para bombas reciprocantes. Então, apesar de as duas bombas serem projetadas com as mesmas tolerâncias, a perda da bomba rotativa é maior. Fig. 1.2.18: Relação típica entre fluxo e altura manométrica para 3 tipos diferentes de bombas: 1) Bombas centrífugas 2) Bombas rotativas 3) Bombas reciprocantes Q H H 1 3 2 3 2 1 As bombas são tipicamente projetadas com as melhores tolerâncias possíveis para obter a eficiência e capacidade de sucção mais alta possível. Entretanto, em alguns casos, é necessário aumentar as tolerâncias, por exemplo, quando as bombas têm que lidar com líquidos altamente viscosos, líquidos contendo partículas e líquidos de alta temperatura. As bombas de deslocamento vibram, o que significa que o volume do fluxo dentro de um ciclo não é constante. A variação no fluxo e a velocidade levam à flutuação de pressão devido à resistência no sistema de tubulação e nas válvulas. Seção 1.2 Tipos de bomba 24
  • 26. Bombas dosadoras As bombas dosadoras pertencem à família de bombas de deslocamento positivo e tipicamente é do tipo de diafragma. As bombas de diafragma não apresentam vazamento por que o diafragma forma uma vedação entre o líquido e os arredores. A bomba de diafragma está equipada com duas válvulas de retenção – uma no lado de sucção e uma no lado de descarga da bomba. Em relação às bombas de diafragma menores, o diafragma é ativado pela biela, que é conectada a um eletroímã. Com isso, a bobina recebe a quantidade exata de cursos necessários, consulte a figura 1.2.21. Em relação às bombas de diafragma maiores, o diafragma é tipicamente montado na biela, que é ativado por um eixo de comando. O eixo de comando é girado por meio de um motor assíncrono padrão, consulte a figura 1.2.22. O fluxo de uma bomba de diafragma é ajustado alterando a extensão do curso e/ou a frequência dos cursos. Se for necessário aumentar a área de operação, os conversores de frequência podem ser conectados às bombas de diafragma maiores, consulte a figura 1.2.22. Há outro tipo de bomba de diafragma. Neste caso, o diafragma é ativado por uma biela excentricamente acionada por um motor escalonador ou motor assíncrono, figuras 1.2.20 e 1.2.23. Ao usar o acinamento de um motor escalonador, a área dinâmica da bomba aumenta e melhora sua precisão consideravelmente. Com esta construção, não é mais necessário ajustar a extensão do curso da bomba por que a biela é montada diretamente no diafragma. O resultado é que as condições de sucção são otimizadas e os recursos de operação são excelentes. Portanto, é simples controlar os lados de sucção e de descarga da bomba. Comparado às bombas de diafragma com acionamento eletromagnético tradicional que fornecem pulsações potentes, bombas de diafragma acionadas por motor escalonador possibilitam obter uma dosagem de aditivo mais estável. Fig. 1.2.20: Bomba dosadora Fig.1.2.21: Mola de retorno da solenoide + 1.2.22: Mola de retorno de acionamento do came 1.2.23: Acionamento da manivela + 25
  • 27. Capítulo 1. Desenho de bombas e motores Seção 1.3: Retentores do eixo mecânico 1.3.1 Componentes e função do retentor do eixo mecânico 1.3.2 Vedações de eixo balanceado e não balanceado 1.3.3 Tipos de retentores de eixos mecânicos 1.3.4 Combinações de materiais da face do retentor 1.3.5 Fatores que afetam o desempenho do retentor
  • 28. Seção 1.3 Retentores de eixos mecânicos A partir da metade da década de 1950 os reten-tores de eixos mecânicos ganharam terreno em favor do método de vedação tradicional l- Caixa de empanque. Comparados às caixas de empan-que, os retentores dos eixos mecânicos oferecem as seguintes vantagens: • Elas se mantêm firmes nos menores deslocamentos e vibrações no eixo • Eles não requerem ajuste • As faces do retentor proporcionam uma pequena quantidade de atrito e assim perda de potência • O eixo não desliza sobre nenhum componente da vedação e deste modo não é danificado por causa de desgaste (custos de reparo reduzidos). O retentor de eixo mecânico é a peça da bomba que separa o líquido da atmosfera. Na figura 1.3.1 pode-se observar alguns exemplos onde o retentor do eixo mecânico é montado em diferentes tipos de bombas. A maioria dos retentores de eixos mecânicos é produzida de acordo com a norma europeia EN 12756. Antes de escolher um retentor de eixo, há certas coisas que você deve saber sobre o líquido e assim a resistência do retentor ao líquido: • Determinar o tipo de líquido • Determinar a pressão a que o retentor de eixo será exposto • Determinar a velocidade a que o retentor de eixo será exposto • Determinar as dimensões internas Apresentaremos nas páginas seguintes como um retentor de eixo mecânico funciona, os diferentes tipos de retentor, de que tipo de material os retentores de eixo mecânico são feitos e que fatores afetam o desempenho dos retentores de eixos mecânicos. 28 Fig. 1.3.1: Bombas com retentores de eixos mecânicos
  • 29. 1.3.1 Componentes e função do retentor de eixo mecânico O retentor de eixo mecânico é formado por dois componentes principais: uma parte giratória e uma parte estacionária; e consiste das peças listadas na figura 1.3.2. A Figura 1.3.3 mostra onde as diferentes peças estão localizadas no retentor. • A parte estacionária do retentor é fixada na carcaça da bomba. A parte giratória do retentor é fixada no eixo da bomba e gira quando a bomba está em operação. • As duas faces do retentor primário são empurradas uma contra a outra pela mola e pressão do líquido. Durante operação um filme líquido é produzido na lacuna estreita entre as duas faces do retentor. Este filme evapora antes de entrar na atmosfera, tornando o líquido do retentor do eixo mecânico firme, consulte a figura 1.3.4. • O retentor secundário impede que haja vazamento entre a montagem e o eixo. • A mola une as faces do retentor mecanicamente. • A mola retentora transmite torque do eixo para o retentor. Em relação aos retentores de eixo dos foles mecânicos, o torque é transferido diretamente pelos foles. Lacuna de vedação Durante a operação, o líquido forma um filme lubrificante entre as faces da vedação. Este filme lubrificante consiste de um filme hidrostático e um filme hidrodinâmico. • O elemento hidrostático é gerado pelo líquido bombeado que é forçado para dentro da lacuna entre as duas fases. • O filme lubrificante hidrodinâmico é criado pela pressão gerada pela rotação do eixo. Face do retentor (retentor primário) Retentor secundário Mola Mola retentora (transmissão de torque) Base (faces do retentor, retentor primário) Retenro estático (retentor secundário) Fig. 1.3.2: Componentes do retentor de eixo mecânico Parte estacionária Retenetor do eixo mecânico Designação Parte giratória Parte estacionária Retentor secundário Retentor primário Peça giratória Eixo Retentor secundário Retentor primário Mola Mola retentora Fig. 1.3.3: Principais componentes do retentor do eixo mecânico Força líquida Força da mola Vapor Filme de lubrificação Evaporação inicia Fig. 1.3.4: Retentor do erixo mecânico em operação 29
  • 30. Seção 1.3 Retentores do eixo mecânico Fig. 1.3.5: Relação ideal entre as propriedades de lubrificação fina e vazamento limitado Forças da mola Forças hidráulicas Fig. 1.3.6: Interação de forças sobre a vedação de eixo balanceada Área de Contato das faces da vedação Forças hidráulicas Fig. 1.3.7: Interação de forças sobre a vedação de eixo não balanceada A Área de Contato das faces da vedação B A B A espessura do filme lubrificante depende da velocidade da bomba, da temperatura do líquido, da viscosidade do líquido e das forças axiais da vedação de selo mecânico. O líquido é constantemente trocado na lacuna de vedação por causa • da evaporação do líquido para a atmosfera • movimento circular do líquido A figura 1.3.5 mostra relação ideal entre as propriedades de lubrificação fina e vazamento limitado. Como se pode observar, a relação ideal é quando o filme de lubrificação cobre toda a lacuna de vedação, exceto por uma zona de evaporação estreita próximo ao lado atmosférico da vedação de selo mecânico. Vazamentos devido a depósitos nas faces da vedação são observados com frequência. Ao usar refrigerantes, os depósitos são criados rapidamente pela evaporação no lado de atmosfera da vedação. Quando o líquido evapora na zona de evaporação, sólidos microscópicos no líquido permanecem na lacuna de vedação como depósitos criados por desgaste. Estes depósitos são observados em muitos tipos de líquidos. Mas quando o líquido bombeado tem a tendência para cristalização, isso pode se tornar um problema. A melhor maneira de prevenir o desgaste é selecionar faces de vedação feitas de material rígido, como carboneto de tungstênio (WC) ou carboneto de silício (SiC). A estreita lacuna de vedação entre estes materiais (aprox. 0.3 μm Ra) minimize o risco de sólidos entrarem na lacuna de vedação, minimizando com isso a quantidade de acúmulo de depósitos. 1.3.2 Vedações de eixos balanceadas e não balanceadas Para obter uma pressão de face aceitável entre as faces de vedação primárias, há dois tipos de vedação de eixo: balanceada e não balanceada. Vedação de eixo balanceada A figura 1.3.6 mostra uma vedação de eixo balanceada indicando onde as forças interagem sobre a vedação. Vedação de eixo não balanceada A figura 1.3.7 mostra uma vedação de eixo não balanceada indicando onde as forças interagem sobre a vedação. Várias forças diferentes causam um impacto axial sobre as faces da vedação. A força da mola e a força hidráulica do líquido bombeado pressionam a vedação enquanto que a força do filme lubrificante na lacuna de vedação neutraliza isso. Em relação à alta pressão do líquido, as forças podem ser tão potentes que o lubrificante na vedação não consegue neutralizar o contato entre as faces da vedação. Como a força hidráulica é proporcional à área que a pressão do líquido afeta, o impacto axial pode ser reduzido somente conseguindo uma redução da área com pressão. 30
  • 31. 0 20 40 60 80 100 120 140 Taxas de desgaste comparativas válidas para água 0 20 40 60 80 100 120 140 Temperatura (oC) Fig. 1.3.8: Taxa de desgaste para razões diferentes de balanceamento K = 1.15 K = 1.00 K = 0.85 Temperatura (oC) Taxas de desgaste comparativas válidas para água K = 1.15 K = 1.00 K = 0.85 Fig. 1.3.9: Anel de vedação Vantagens e desvantagens do anel de vedação Vantagens: Apropriado para líquidos quentes e aplicações de alta pressão Desvantagens: Depósitos no eixo, como ferrugem, podem impedir o movimento axial do anel de vedação Fig. 1.3.10: Vedação de fole de borracha Vantagens e desvantagens da vedação de fole de borracha Vantagens: Insensível a depósitos, como ferrugem, no eixo Apropriada para bombear líquidos contendo sólidos Desvantagens: Imprópria para líquidos quentes e aplicações de alta pressão Vedação de fole de borracha com geometria de foles dobráveis A razão de balanceamento (K) de uma vedação de selo mecânico é definida como a relação entre a área A e a área (B) : K=A/B K = Razão de balanceamento A = Área exposta à pressão hidráulica B = Área de contato das faces da vedação Para vedações de eixo balanceadas, a razão de balanceamento geralmente é K=0.8 e para vedações de eixo não balanceadas a razão de balanceamento normalmente é K=1.2. 1.3.3 Tipos de vedações de selo mecânicos Apresentamos abaixo uma descrição breve dos principais tipos de vedações de eixos: anel de vedação, fole de vedação e a vedação de uma unidade – o cartucho de vedação. Anéis de vedação Em um anel de vedação, a vedação entre o eixo giratório e a face de vedação giratória é feita através de um anel de vedação (figura 1.3.9). O anel de vedação deve ser capaz de deslizar livremente na direção axial para absorver deslocamentos axiais como resultado das mudanças de temperatura e desgaste. O posicionamento Incorreto do assentamento estacionário pode resultar em atrito, resultando em desgaste necessário no anel de vedação e no eixo. Os anéis de vedação são feitos de diferentes tipos de borracha como NBR, EPDM e FKM, dependendo das condições operacionais. Vedação de fole Uma característica comum das vedações de foles é um fole de metal ou borracha que funciona como um elemento de vedação dinâmico entre o anel giratório e o eixo. Vedações de foles de borracha Os foles de vedação de borracha (consulte a figura 1.3.10) podem ser feitos com diferentes tipos de borracha, como NBR, EPDM e FKM, dependendo das condições operacionais. Dois princípios geométricos diferentes são usados para o desenho dos foles de borracha: • Foles de rolo • Foles dobráveis. 31
  • 32. 32 Vedações de fole de metal Em uma vedação de selo mecânico comum, a mola produz a força de fechamento necessária para fechar as faces da vedação. Em uma vedação de fole de metal (figura 1.3.11) a mola foi substituída por fole de metal com uma força semelhante. O fole de metal atua tanto como uma vedação dinâmica entre o anel giratório e o eixo e como uma mola. O fole possui uma quantidade de ondulações que proporciona a eles o força desejada. Vedações de cartucho Em uma vedação de selo mecânico, todas as peças formam uma unidade compacta sobre a luva do eixo, pronta para ser instalada. A vedação de cartucho oferece muitos benefícios comparados às vedações de eixos mecânicas convencionais, figura 1.3.12. Descarga Em certas aplicações, é possível estender o desempenho da vedação de selo mecânico instalando uma descarga, consulte afigura 1.3.13. A descarga pode abaixar a temperatura da vedação de selo mecânico e impedir a formação de depósitos. A descarga pode ser instalada internamente ou externamente. A descarga interna é feita quando um fluxo pequeno do lado de descarga da bomba é desviado para a área da vedação. A descarga interna é usada principalmente para prevenir a geração extra de calor em aplicações de aquecimento. A descarga externa é feita por um líquido de limpeza e é usado para assegurar uma operação livre de problemas ao lidar com líquidos abrasivos ou sólidos que causam entupimento. Fig. 1.3.11: : Vedação de fole com cartucho de metal Vantagens e desvantagens da vedação de fole de cartucho de metal Vantagens: Insensíveis a depósitos, como ferrugem e cal no eixo Apropriada para líquidos quentes e aplicações de alta pressão Baixa razão de balanceamento leva a baixa taxa de desgaste e consequentemente vida mais longa Desvantagens: Falha por fadiga da vedação de selo mecânico pode ocorrer quando a bomba não está corretamente alinhada Pode ocorrer fadiga como resultado de pressões ou temperaturas excessivas Vantagens da vedação de cartucho: • Manutenção fácil e rápida • O desenho protege as faces da vedação • Mola pré-carregada • Manipulação segura Fig. 1.3.12: Vedação de cartucho Fig 1.3.13: Dispositivo de descarga de uma vedação de selo mecânico simples Seção 1.3 Retentores de eixos mecânicos
  • 33. 33 Retentores de eixos mecânicos duplos Os retentores de eixos mecânicos duplos são usadas quando a expectativa de vida de retentores de eixos mecânicos simples é insuficiente devido ao desgaste causado por sólidos ou pressões e temperaturas muito altas / baixas. Além disso, as vedações de selo mecânicos são usadas com líquidos tóxicos, agressivos e explosivos para proteger os arredores. Há dois tipos de retentores de eixos mecânicos duplos: A vedação de selo mecânico em tandem e a vedação dupla em um arranjo sequencial. Vedação dupla em tandem Este tipo de vedação dupla consiste de retentores de eixos mecânicos montadas em tandem, que é uma atrás da outra, colocadas em uma câmara de vedação separada, consulte a figura 1.3.14. O arranjo de vedação em tandem deve ser equipado com um sistema de liquido de resfriamento para • absorver vazamento • monitorar a taxa de vazamento • lubrificar e resfriar a vedação para prevenir congelamento • proteger contra funcionamento a seco • estabilizar o filme lubrificante • impedir a entrada de ar na bomba no caso de vácuo A pressão do líquido de resfriamento deve sempre ser mais baixa que a pressão do líquido. Tandem - circulação Circulação do líquido de resfriamento via tanque sem pressão, consulte a figura 1.3.14. O líquido de resfriamento do tanque elevado é circulado pela ação do termossifão e/ou ação de bombeamento na vedação. Tandem - terminal Líquido de resfriamento de um tanque elevado, consulte a figura 1.3.15. Não dissipação de calor do sistema. Tandem - drenagem O líquido de resfriamento flui diretamente pela câmara de vedação para ser coletado para reuso, ou direcionado para drenagem, consulte a figura 1.3.16. • • Fig. 1.3.14: Arranjo de vedação em tandem com circulação de liquido de resfriamento • • Fig. 1.3.15: Arranjo de vedação em tandem com terminal de líquido de resfriamento • • • • • • • • • • • • • • Fig. 1.3.16: Arranjo com vedação em tandem com líquido de resfriamento para drenagem
  • 34. 1.3.4 Combinações de materiais da face da vedação Apresentamos abaixo a descrição das combinações de materiais mais importantes usadas em retentores de eixos mecânicos para aplicações industriais: Carboneto de tungstênio/carboneto de tungstênio, carboneto de silício/carboneto de silício e carboneto de carbono/ tungstênio ou carboneto de carbono/silício. Carboneto de tungstênio/carboneto de tungstênio (WC/WC) Carboneto de tungstênio cementado cobre o tipo de metais duros que são baseados em uma fase do carboneto de tungstênio duro (WC) e geralmente uma fase de aglutinante metálico mais macio. O termo correto é carboneto de tungstênio cementado, entretanto, o termo abreviado para carboneto de tungstênio (WC) é usado para conveniência. WC com liga de cobalto (Co) é somente resistente à corrosão na água se a bomba incorporar base metal como ferro fundido. WC com liga de crômio-níquel-molibdênio é tem resistência à corrosão igual à EN 14401. WC sem ligas sinterizadas tem a resistência à corrosão mais elevada. Entretanto, a resistência à corrosão em líquidos, como hipoclorito não é tão alta. O par de materiais WC/WC possui as seguintes características: • Extremamente resistente a desgaste • Muito robusto, resiste à manipulação bruta • Propriedades de funcionamento a seco deficientes. No caso de funcionamento a seco, a temperatura aumenta para várias centenas de graus Celsius em poucos minutos e consequentemente danifica os anéis de vedação. Se determinada temperatura e pressão forem excedidas, a vedação pode gerar ruído. Ruído é uma indicação de condições operacionais deficientes que a longo prazo podem causar desgaste na vedação. Os limites de uso dependem do diâmetro e desenho da face da vedação. Para uma combinação da face da vedação WC/WC, o período de tempo esperado para aparecimento de ruído pode durar de 3-4 semanas, embora tipicamente, não há ocorrência de ruído nos primeiros 3-4 dias. Seção 1.3 Retentores de eixos mecânicos Barreira de pressão do líquido • Câmara de vedação com barreira de pressão do líquido Líquido bombeado Fig. 1.3.17: Arranjo de vedação sequencial Vedação dupla sequencial Este tipo de vedação é a solução ideal para manipular líquidos abrasivos, agressivos, explosivos que causariam desgaste, dano ou bloqueio em uma vedação de selo mecânico. A vedação dupla sequencial consiste de duas vedações de eixos montadas em sequência em uma câmara de vedação separada, consulte a figura 1.3.17. Este tipo de vedação protege o ambiente ao redor e as pessoas que trabalham com a bomba. A pressão na câmara de vedação dever 1-2 bares mais alta que a pressão da bomba. A pressão pode ser gerada por: • Uma fonte de pressão separada existente. Muitas aplicações incorporam sistemas pressurizados. • Uma bomba separada, por exemplo, bomba dosadora. 34
  • 35. Carboneto de silício/carboneto de silício (SiC/SiC) Carboneto de silício/carboneto de silício (SiC/SiC) é uma alternativa para o WC/WC e é usada onde a resistência à corrosão mais elevada é necessária. A combinação de materiais SiC/SiC possui as seguintes características: • Material muito frágil que exige manipulação cuidadosa • Extremamente resistente à água • Resistência à corrosão extremamente boa. SiC (Q 1s, Q 1P e Q 1G ) corrosão difícil, independente do tipo de líquido bombeado. Entretanto, a exceção é água com condutividade deficiente, como água desmineralizada, que ataca as variantes SiC Q 1s e Q 1P, enquanto que Q 1G é resistente à corrosão neste líquido • No geral, estas combinações de materiais possuem propriedades deficientes para funcionamento a seco. Entretanto, o material Q 1G / Q 1G material suporta um período de funcionamento a seco limitado por causa do conteúdo de grafite no material Para finalidades diferentes, há diversas variantes de SiC/SiC: Q 1s, SiC de granulação fina e sinterização direta SiC de granulação fina de sinterização direta com uma pequena de poros minúsculos. Por alguns anos, esta variante de SiC foi usada como material padrão para vedação selo mecânico. Os limites de pressão e temperatura são ligeiramente menores que aqueles do WC/WC. Q 1P, SiC de granulação fina, sinterizado, poroso É uma variante do SiC de sinterização densa. Esta variante de SiC possui poros fechados circulares grandes. O grau de porosidade é de 5-15% e o tamanho dos poros é 10-50 μm Ra. Os limites de pressão e temperatura excedem aqueles do WC/WC. Consequentemente, em água quente Q 1P / Q 1P combinação gera menos ruído que a combinação WC/WC. Entretanto, o ruído de vedações de SiC poroso é esperado durante o período de desgaste de amaciamento de 3 a 4 dias. Q 1G SiC auto-lubrificante, sinterizado Variantes materiais SiC contendo lubrificantes secos estão disponíveis no mercado. A designação QG 1 aplica-se ao material SiC, que é apropriado para uso em água destilada ou desmineralizada, como oposto aos materiais acima. Os limites de pressão e temperatura de Q 1G / Q 1G são similares a do Q 1P / Q 1P. Os lubrificantes secos, por exemplo grafite, reduzem o atrito no caso de funcionamento seco, que é de importância decisiva para a durabilidade de uma vedação durante o funcionamento a seco. Características do carboneto de carbono/ tungstênio ou carbono/silício Vedações com uma face de carbono possuem as seguintes características: • Material muito frágil que exige manipulação cuidadosa • Desgaste por líquidos contendo partículas sólidas • Boa resistência à corrosão • Boas propriedades de funcionamento a seco (funcionamento a seco temporário) • As propriedades auto-lubrificantes do carbono tornam a vedação apropriada para uso mesmo em condições de lubrificação insatisfatórias (alta temperatura) sem geração de ruído. Entretanto, estas condições causarão desgaste na face de carbono da vedação levando à redução da vida útil. O desgaste depende da pressão, temperatura, diâmetro líquido e desenho da vedação. Velocidades básicas reduzem a lubrificação entre as faces da vedação; como resultado, pode se esperar aumento de desgaste. Entretanto, normalmente este não é o caso porque a distância que as faces da vedação têm para se mover é reduzida. 35
  • 36. • Carbono impregnado de metal (A) oferece resistência à corrosão limitada, mas resistência mecânica melhorada, condutividade de calor e desse modo, redução do desgaste • Com resistência mecânica reduzida, mas maior resistência à corrosão, carbono impregnado de resina sintética (B) cobre um campo amplo de aplicações. O carbono impregnado de resina sintética é aprovado para água potável • O uso de carbono/SiC para aplicações com água quente pode causar bastante desgaste no SiC, dependendo da qualidade do carbono e da água. Este tipo de desgaste se aplica ao Q1S/carbono. O uso de Q1P, Q 1G ou carbono/ WC causa muito menos desgaste. Assim, carbono/ WC, carbono/Q1P ou carbono/Q1G para sistemas de água quente 1.3.5 Fatores que afetam o desempenho da vedação Como mencionado anteriormente, nenhuma vedação é totalmente pressionada. Nas próximas páginas, apresentaremos os fatores que têm impacto sobre o desempenho da vedação: Consumo de energia, ruído e vazamento. Estes fatores serão apresentados individualmente. Entretanto, é importante destacar que eles estão intimamente relacionados e assim sendo, devem ser considerados como um todo. Consumo de energia Não é novidade que a vedação precisa de energia para girar. Os seguintes fatores contribuem para o consume de energia, que é a perda de energia de uma vedação de selo mecânico: 36 • Ação centrífuga de bombeamento das peças giratórias. O consume de energia aumenta dramaticamente com a velocidade da rotação (para a terceira energia). • Atrito da face da vedação. O atrito entre as duas faces da vedação consiste de – atrito no filme de do líquido fino – atrito devido aos pontos de contato entre as faces da vedação. O nível de consumo de energia depende do desenho da vedação, condições de lubrificação e materiais da face da vedação. Perda de energia (W) Perda de energia (W) 3600 Velocidade (rpm) 3600 2000 4000 6000 8000 10000 12000 Velocidade (rpm) 0 250 200 150 100 50 0 Ação de bombeamento Atrito Fig. 1.3.18: Consumo de energia de uma vedação de selo mecânico de 12 mm A figura 1.3.18 é um exemplo típico de consumo de energia de uma vedação de selo mecânico. A figura mostra que o atrito de até 3600 rpm é o motivo principal do consumo de energia da vedação de selo mecânico. O consumo de energia é, principalmente em relação às caixas de espanque, um problema importante. Como se observar no exemplo, substituir uma caixa de empanque por uma vedação de selo mecânico leva a uma economia de energia considerável, consulte a figura 1.3.19. 0 250 200 150 100 50 0 2000 4000 6000 8000 10000 12000 Ação de bombeamento Atrito Seção 1.3 Retentores de eixos mecânicos
  • 37. 37 Bomba padrão 50 mLC; eixo 50 mm e 29OO rpm Consumo de energia Caixa de empanque 2.0 kWh Ved. selo mecânico 0.3 kWh Vazamento Caixa empanque 3.0 l/h (quando montada corretamente) Ved. selo mecânico 0.8 ml/h Fig. 1.3.19: Caixa de empanque versus vedação de selo mecânico Ruído Bar 25 20 15 10 5 0 Ruído Faixa de operação 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 °C Fig. 1.3.20: Relação entre faixa de operação e velocidade Velocidade 3000 rpm Velocidade 1800 rpm Velocidade 1200 rpm Velocidade 600 rpm Bar 25 20 15 10 5 0 Faixa de operação 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 °C Velocidade 3000 rpm Velocidade 1800 rpm Velocidade 1200 rpm Velocidade 600 rpm Ruído A escolha dos materiais da face da vedação é decisiva para o funcionamento e vida da vedação de selo mecânico. A geração de ruído é resultado das condições de lubrificação deficientes em vedações que manipulam líquidos de baixa viscosidade. A viscosidade da água diminui com o aumento da temperatura. Isto significa que as condições de lubrificação diminuem conforme a temperatura aumenta. Se o líquido bombeado atinge ou excede a temperatura de ebulição, o líquido na parte da face da vedação evapora, que resulta em um diminuição adicional nas condições de lubrificação. Uma redução na velocidade tem o mesmo efeito, consulte a figura 1.3.20. Vazamento Inversamente, menos vazamento significa piores condições de lubrificação e aumento de atrito. Na prática, a quantidade de vazamento de perda de energia que ocorre nas vedações de selo mecânicos pode variar. O motivo é que o vazamento depende de fatores que são impossíveis de quantificar teoricamente por causa do tipo das faces da vedação, tipo de líquido, mola, carga,etc. Portanto, a figura 1.3.21 deve ser entendida como uma orientação. Para a leitura correta da curva da taxa de vazamento (figura 1.3.21), é necessário seguir os quatro passos abaixo: Passo 1: Ler a pressão – neste caso 5 bares Passo 2: Vedação não balanceada de 30 mm Passo 3: Velocidade 3000 rpm Passo 4: Taxa de vazamento 0,06 ml/h Fig. 1.3.21: Taxas de vazamento
  • 38. Capítulo 1. Desenho de bombas e motores Seção 1.4: Motores 1.4.1 Normas 1.4.2 Partida no motor 1.4.3 Tensão de alimentação 1.4.4 Conversor de frequência 1.4.5 Proteção do motor
  • 39. Motores são usados em muitas aplicações ao redor do mundo. A finalidade de um motor elétrico é criar rotação, ou seja, converter energia elétrica em energia mecânica. As bombas funcionam com energia mecânica que é fornecida por motores elétricos. 1.4.1 Padrões NEMA A National Electrical Manufacturers Association (NEMA) estabelece padrões para uma ampla gama de produtos elétricos, incluindo motores. A NEMA está principalmente associada a motores usados na América do Norte. Os padrões representam as práticas industriais gerais e são apoiados pelos fabricantes de equipamentos elétricos. Os padrões podem ser encontrados na Publicação de Padrões da NEMA No. MG1. Alguns motores grandes podem não se encaixar nas padrões da NEMA. Diretrizes e métodos de proteção – motores Ex Fig. 1.4.1: Motor elétrico Fig. 1.4.2: Padrões NEMA e IEC IEC A International Electrotechnical Commission (IEC) estabelece padrões para motores usados em muitos países do mundo. O padrão IEC 60034 contém os práticas elétricas recomendadas que foram desenvolvidos pelos países participantes da IEC. Seção 1.4 Motores 40
  • 40. ATEX (ATmosphère EXplosible) refere-se a duas diretrizes européias sobre risco de explosão dentro de áreas diferentes. A diretriz ATEX envolve equipamento elétrico, mecânico, hidráulico e pneumático. Quanto ao equipamento mecânico, os requisitos de segurança na diretriz ATEX asseguram que os componentes de bombas, como vedações de eixos e rolamentos não aquecem e inflamam gás e poeira. A primeira diretriz ATEX (94/9/ EC) trata de requisitos para equipamentos para uso em áreas com risco de explosão. O fabricante deve satisfazer os requisitos e classificar seus produtos em categorias. A segunda diretriz ATEX (99/92/EC) trata dos requisitos mínimos de segurança e saúde que o usuário deve satisfazer, ao trabalhar em áreas com risco de explosão. Diferentes técnicas são usadas para prevenir que o equipamento elétrico se torne uma fonte de ignição. No caso de motores elétricos, os tipos de proteção d (à prova de fogo), e (segurança aumentada) e nA (sem faíscas) são aplicados em relação a gás e DIP (a prova de ignição por poeira) é aplicado em relação à poeira.. Motores a prova de fogo proteção tipo EExd (de) Em primeiro lugar, motores a prova de fogo EExd (tipo de) são equipamentos de categoria 2G para uso na zona 1. A carcaça do estator e as flanges isolam as peças do motor a prova de fogo que podem incendiar em uma atmosfera potencialmente explosiva. Devido ao isolamento, o motor é capaz de suportar a pressão que acompanha a explosão de uma mistura explosiva dentro do motor. A propagação da explosão para a atmosfera ao redor do isolamento é assim evitada, pois a explosão é resfriada através das passagens de chamas. O tamanho das passagens é definido na norma EN 50018. A temperatura da superfície do isolamento a prova de fogo deve estar sempre de acordo com as classes de temperatura. Motores de segurança aumentada proteção tipo EEx (e) Motores de segurança aumentada (tipo e) são equipamentos categoria 2G para uso na zona 1. Estes motores não são a prova de fogo e não construídos para suportar uma explosão interna. A construção deste motor é baseada na segurança contra Usuário Fabricante Zonas: Gás (G): 0, 1 e 2 Poeira (D): 20, 21 e 22 Risco Constante Risco Potencial Risco Menor Equipamento Categoria 3 (3G/3D) Equipamento Categoria 2 (2G/2D) Equipamento Categoria 1 (1G/1D) Zona: 0 ou 20 Zona: 1 ou 21 Zona: 1 ou 21 Zona: 2 ou 22 Zona: 2 ou 22 Fig 1.4.3: : A ligação entre as zonas e categorias de equipamentos é um requisito mínimo Se as regras nacionais forem mais rígidas, elas são aquelas que devem ser seguidas. Fig 1.4.4: A explosão ocorre dentro do motor e levado para fora do motor pelas passagens de chamas. A classificação da temperatura para motores à prova de fogo é válida para superfícies externas. Fig 1.4.5: Para maior segurança, não pode ocorrer faíscas nos motores EExe. A classificação da temperatura cobre as superfícies internas e externas. Fig 1.4.6: Com motores sem faísca ExnA, provavelmente não ocorre ignição. 41
  • 41. possíveis temperaturas excessivas e ocorrência de faíscas e arcos durante a operação normal e quando um erro previsível ocorre. A classificação de temperatura para segurança aumentada dos motores é válida tanto para superfície interna quanto externa, e portanto é importante observar a temperatura de enrolamento do estator. Motores antifaíscas – proteção tipo Ex(nA) Motores antifaíscas (tipo nA) são equipamento categoria 3G para uso em zona 2. Esses motores não podem de maneira alguma inflamar uma atmosfera potencialmente explosiva em operação normal ver figura 1.4.6. Prova de Poeira Inflamável (DIP) Dois tipos de motores de Prova de Poeira Inflamável existem: 2D/categoria 2 equipamentos e 3D/categoria 3 equipamentos. 2D/categoria 2 equipamentos De modo a evitar que a eletricidade estática cause ignição, a ventoinha de arrefecimento numa categoria de motor 2 DIP para uso em zona 21 (área com perigo potencial de explosão) é feito de metal. Da mesma forma, para minimizar o risco de ignição, o terminal de terra externo está sujeito a exigências de construção mais severas. A temperatura externa da superfície do recinto é a que está indicada na placa do motor e corresponde ao desempenho de funcionamento durante as piores condições permitidas para o motor. Motores para uso na zona 21 (área com perigo potencial de explosão) tem que ser protegido IP65, que é completamente protegido contra poeira. 3D/categoria 3 equipamentos Tipo de proteção Código Padrões Uso em A TEX T CENELEC Principio Aplicação categoria/ Zona EN IEC 60079 Requisitos gerais - 50014 - 0 - Requisitos elétricos básicos Todos equipamentos Imersão Óleo o 50015 - 6 Categoria 2 Zona 1 Componentes elétricos imersos em óleo excluindo atmosfera explosiva de ignição Transformadores Pressurizado p 50016 - 2 Categoria 2 Zona 1 Equipamento do receptáculo é purgado para remover atmosfera explosiva e pressurizado para evitar o ingresso da atmosfera circundante Comutação e gabinetes de controle, motores graneds Preenchido pó q 50017 - 5 Categoria 2 Zona 1 Partes elétricas são circundadas com pó por ex. quartzo para evitar contato com atmosfera explosiva Aparelhos elétricos, ex. capacitores, fusíveis. À prova de fogo d 50018 - 1 Categoria 2 Zona 1 Equipamento elétrico do receptáculo o qual, se há uma explosão interna não inamará a atmosfera circundante Maior segurança e 50019 - 7 Métodos adicionais são usados para eliminar arcos, fagulhas, e superfície quente capaz de inamar atmosfera inamável Segurança Intrínseca ia ib 50020 50020 - 11 - 11 Categoria 1 Zona 0 Categoria 2 Zona 1 Energia elétrica em no equipamento está limitada de modo que os circuitos não podem inamar uma atmosfera por faíscas ou aquecimento Equipamento de medida e controle, por ex. sensores, instrumentação Encapsulamento m 50028 - 18 Categoria 2 Zona 1 Componentes elétricos incorporados em material aprovado para evitar contato com atmosfera explosiva Aparelhos de medida e controle, válvulas solenoides Tipo de proteçcão nA 50021 - 15 Categoria 3 Zona 2 Sem formação de arco e sem faísca Nota: Grupo II Atmosferas Pó são cobertas pela CENELEC EN 50281-1 E EN 50281-2 Motores CA, painéis de controle, equipamentos de iluminação Categoria 2 Zona 1 Motores CA, terminais e cx. de conexão, equip. de iluminação, motores tipo gaiola de esquilo Motores CA, caixas terminais, aparelhos de iluminação Fig 1.4.7: Padrões e métodos de proteção 42 Seção 1.4 Motores
  • 42. A temperatura indicada na categoria 3 motor DIP para uso em zona 22 (áreas com menos perigo de explosão) corresponde ao desempenhos de funcionamento sob as piores condições permitidas para aquele motor especifico. Um motor para uso em zona 22 tem que ser protegido IP 55, que é protegido contra poeira. A proteção IP é a única diferença entre equipamento categoria 2D e equipamento categoria 3D. Montagem (Montagem Internacional – IM) Existem três modos diferentes de montagem: motor de montagem em pedestal, motor com flange de fixação com flange de orifício livre (FF) e motor com flange de fixação com flange de orifício roscados (FT). A figura 1.4.8 mostra as diferentes formas de montagem de um motor e as normas que se aplicam para as fixações. A montagem de motores é estabelecida de acordo com os seguintes padrões: • IEC 60034-7 Código I, ou seja. designação IM seguida pelo código DIN 42590 anteriormente usado • IEC 60034-7, Código II Classe de proteção (Proteção contra a Entrada – IP) A classe de proteção determina os graus de proteção do motor contra a entrada de objetos sólidos e água. A classe de proteção é determinada por meio de duas letras IP seguidas por dois dígitos, por exemplo IP55. O primeiro dígito corresponde a proteção contra contato e entrada de objetos sólidos e o segundo digito a proteção contra a entrada de água, ver figura 1.4.9. Furos de drenagem permitem a fuga de água que possa ter entrado no estator, por exemplo, por condensação. Quando o motor está instalado num ambiente úmido, o furo da drenagem inferior deve ser aberto. Abrir o furo de drenagem muda de classe da caixa do motor de IP55 para IP44. Motor de montagem em pedestal IM B3 IM 1001 Motor com flange de fixação com flange de orifício livre IM B5 IM 3001 IM V1 IM 3011 Motor com flange de fixação com flange de orifício roscados IM B14 IM 3601 IM V18 IM 3611 IM B35 IM 2001 Fig 1.4.8: Diferentes tipos de montagem Fig 1.4.9: A classe de proteção é determinada por meio de dois dígitos IP seguidos por duas letras; por exemplo IP55 43
  • 43. Tamanho do chassi Figura 1.4.11 dá uma visão geral da relação entre o tamanho do chassi, extremidade do eixo, potencia do motor e tipo de flange e tamanho. Para motores de tamanho de chassi 63 até e incluindo 315M. a relação está especificada em EN 50347. Para motores com tamanho de chassi 315L e maior, nenhum padrão cobre esta relação. A figura mostra onde no motor os diferentes valores que formam o tamanho do chassi são medidos. Flanges e extremidade do eixo estão de acordo com EN 50347 e IEC 60072-1. Algumas bombas têm um acoplamento, o que requer uma extremidade de eixo do motor lisa ou uma extensão do eixo especial que não está definido nas normas. Classe de Isolamento A classe de isolamento é definida na norma IEC 60085 e diz algo sobre o quanto robusto o sistema de isolamento é para temperaturas. A vida de um material isolante é altamente dependente da temperatura à qual ele é exposto. Os vários materiais e sistemas isolantes estão classificados em classes de isolamento dependendo de suas habilidades a resistir a altas temperaturas. 100mm IEC 100L (Neste caso L = 140 mm) 140 mm Distância entre orifícios B3 Fig 1.4.10: Tamanho chassi Classe B F H Temperatura ambiente máxima (°C) 40 40 40 Aumento máximo de temperatura (K) 80 105 125 Zona de sobretemperatura (K) 10 10 15 Temperatura máx. de enrolamento (Tmax) (°C) 130 155 180 Fig 1.4.12: Diferentes classes de isolamento e seus aumentos de temperatura em voltagem nominal e carga 44 Seção 1.4 Motores
  • 44. Fig 1.4.11: A relação entre o tamanho do chassi e entrada de energia 45
  • 45. Partida direta Como o nome sugere, a partida direta significa que o arranque do motor é feito diretamente conectado diretamente à fonte na tensão nominal. A partida direta é adequada para fornecimentos estáveis e mecanicamente rígido e sistema de eixo bem dimensionados, por exemplo bombas. Sempre que formos aplicar o método de partida direta é importante consultar a autoridades locais. Partida estrela-triângulo O objetivo deste método de inicialização, que é usado em motores de indução trifásicos, é reduzir a corrente de inicialização. Numa posição, o fornecimento de corrente para os enrolamentos do estator é conectado em estrela (Y) para a inicialização. Em outras posições, o fornecimento de corrente é reconectado aos enrolamentos em delta (Δ) uma vez que o motor ganhou velocidade. Inicialização por autotransformador Como o nome indica, a inicialização por autotransformador utiliza um autotransformador. O autotransformador é colocado em série com o motor durante a partida e varia a tensão para cima até tensão nominal entre dois a quatro passos. Partida suave Uma partida suave é, como você esperaria, um dispositivo que garante uma partida suave de um motor. Isso é feito pelo aumento da tensão até um tempo de aumento de tensão pré-determinado. Partida por conversor de frequência Conversores de frequência são designados para alimentação continua de motores, mas eles também podem ser usado para partida suave. 1.4.2 Inicialização do motor Distinguimos entre modos diferentes de inicialização do motor: partida direto, partida estrela-triângulo, partida por autotransformador, partida suave e partida conversor de frequência. Cada um desses métodos tem seus prós e contras, ver figura 1.4.13. Fig 1.4.13: Método de inicialização 46 Seção 1.4 Motores
  • 46. 1.4.3 Tensão de alimentação A tensão nominal do motor encontra-se dentro de certo intervalo de tensão. A figura 1.4.14 mostra exemplos típicos de tensão para motores de 50 Hz e 60 Hz. De acordo com a norma internacional IEC 60038, o motor tem que ser capaz de operar com uma tolerância de tensão principal de ± 10%. Para motores que são designados conforme a norma IEC 60034-1 com uma ampla faixa de tensão, por exemplo, 380-415V, a tensão principal tem uma tolerância de ± 5%. A temperatura máxima admissível para a real classe de isolamento não é excedida quando o motor é operado dentro da faixa de tensão nominal. Para condições nos limites extremos, a temperatura sobre tipicamente aproximadamente 10 Kelvin.. 1.4.4 Conversor de frequência Conversores de frequência são habitualmente usados para controlar a velocidades das bombas, ver capitulo 4. O conversor de frequência converte a tensão de alimentação em uma nova tensão e frequência, fazendo que o motor funcione a uma velocidade diferente. Este modo de regular a frequência pode resultar em alguns problemas: • Ruído acústico do motor, que é às vezes transmitido para o sistema como ruído perturbador • Picos de alta tensão na saída do conversor de frequência para o motor Fig 1.4.14: Tensões Típicas Fig 1.4.15: Tensões principais de acordo com IEC 60038 47
  • 47. Isolamento para motores com conversor de frequência Em conexão com motores com conversores de frequência, nós distinguimos entre diferentes tipos de motores, com diferentes tipos de isolamento. Motores sem isolamento de fase Para motores construídos sem o uso de isolamento de fase, tensões contínuas (RMS) acima de 460 V podem aumentar o risco de descargas perturbadoras nos enrolamentos e, portanto, a destruição do motor. Isso se aplica a todos os motores construídos de acordo com esses princípios. A operação contínua com picos de tensão acima de 650 V pode causar danos ao motor. Motores com isolamento de fase Em motores trifásicos, o isolamento de fase normalmente é usado e consequentemente, precauções específicas não são necessárias se o fornecimento de tensão é menor do que 500V. Motores com isolamento reforçado Em conexão com tensões de alimentação entre 500 V e 690V, o motor tem que ter isolamento reforçado ou ser protegido com filtros delta U/ delta t. Para alimentação de tensões de 690V e maiores, o motor tem que ser equipado com ambos os filtros de isolamento reforçado delta U/delta t. Motores com rolamentos isolados De modo a evitar fluxos de corrente prejudiciais através dos rolamentos, os rolamentos do motor tem que ser eletricamente isolados. Isso se aplica para motores de chassi de tamanho 280 e acima. Isolamento de fase também conhecido como papel de fase Fig 1.4.16: Estator com isolamento de fase 48 Seção 1.4 Motores
  • 48. Eficiência do motor De modo geral, motores elétricos são bastante eficientes. Alguns motores têm eficiências de potencia eletricidade-para-eixo de 80-93% dependendo do tamanho do motor e as vezes até mais altas para motores maiores. Existem dois tipos de perda de energia em motores elétricos: perdas dependentes da carga e perdas independentes da carga. Perdas dependentes da carga variam com o quadrado da corrente e cobrem: • Perdas do enrolamento do estator (perdas de cobre) • Perdas do rotor (perdas por escorregamento) • Perdas por dispersão (em diferentes partes do motor) Perdas independentes da carga no motor se referem a: • Perdas de ferro (perdas do núcleo) • Perdas mecânicas (fricção) Diferentes classificações de motor categorizam motores de acordo com a eficiência. As mais importantes são CEMEP na UE (EFF1, EFF2 e EFF3) e EPAct nos EUA. Motores podem falhar por causa da sobrecarga por um longo período e, portanto a maioria dos motores são intencionalmente superdimensionados e apenas operam entre 75% a 80% de sua capacidade de carga total. Nesse nível de carga, a eficiência do motor e fator de potência permanecem relativamente altos. Mas quando a carga do motor é menos do que 25%, a eficiência e fator de potencia diminuem. A eficiência do motor cai rapidamente abaixo de certa porcentagem da carga nominal. Assim, é importante dimensionar o motor de forma que as perdas associadas com o funcionamento do motor muito abaixo da sua capacidade nominal sejam minimizadas. É comum escolher um motor de bomba que satisfaça os requisitos de potencia da bomba. 1.4.5 Proteção do motor Os motores quase sempre são protegidos contra temperaturas abrangentes as quais podem causar danos ao sistema de isolamento. Dependendo da construção do motor e da aplicação a proteção térmica também pode ter outras funções, por exemplo, prevenir que temperaturas danosas no conversor de frequência se ele está montado no motor. O tipo de proteção térmica vária com o tipo do motor. A construção do motor juntamente com o consumo de potencia deve ser levada em consideração quando escolhendo a proteção térmica. De modo geral, os motores tem que ser protegidos contra as seguintes condições: Erros que causam aumento lento de tem-peratura nos enrolamentos: • Sobrecarga lenta • Longos períodos de inicialização • Resfriamento reduzido/falta de resfriamento • Temperatura ambiente aumentada • Partidas e paradas frequentes • Flutuação de frequência • Flutuação de tensão Erros causando aumento rápido de temper-atura nos enrolamentos: • Rotor bloqueado • Falha de fase Por cento da carga nominal Porcento 50 5 00 5 50 00 0 0 40 0 0. 0. 0.4 0 Eciência Fator de potencia Cos j 75 5 5 75 Por cento da carga nominal 5 75 7 5 75 7 Eciência % Fig 1.4.17: Eficiência vs fator de potência da carga vs carga (desenho esquemático) Fig 1.4.18: A relação entre eficiência e carga nominal de motores de tamanhos diferentes (desenho esquemático) 49
  • 49. Proteção Térmica (TP) De acordo com a norma IEC 60034-11, a proteção térmica do motor tem que estar indicada na placa com a designação TP. A figura 1.4.19 mostra uma visão geral das designações TP. Fig 1.4.19: Designações TP Termistores PTC Termistores PTC (Termistores de Coeficiente de Temperatura Positiva) podem ser equipados nos enrolamentos de um motor durante a produção ou adaptados depois. Geralmente, 3 PTCs são montados em série; 1 em cada fase de enrolamento. Eles podem ser comprados com temperaturas de disparo variando de 90ºC a 180ºC em 5 níveis de graus. PTCs têm que estar conectados a um relé de termistor, que detecta o aumento rápido na resistência do termistor quando ele alcança sua temperatura de disparo. Estes dispositivos são não-lineares. Na temperatura ambiente, a resistência de com conjunto de 3 será de aproximadamente 200-300 ohms, e isso aumentará rapidamente quando ter termistor alcança sua temperatura de disparo. Se a temperatura aumentar mais o termistor PTC pode atingir vários milhares de ohms. Os relés do termistor normalmente são configurados para disparar a 3000 ohms ou são pré-configurados para disparar de acordo com o que a norma DIN 44082 prescreve. A designação TP para PTCs para motores menores do que 11kW é TP 211 se os PTCs estão ajustados nos enrolamentos. Se os PTCs são retroajustados, a designação TP é TP 111. A designação TP para PTCs para motores maiores que 11 kW normalmente é TP111. Interruptores térmicos e termostatos Interruptores térmicos são pequenas chaves bimetálicas que comutam devido à temperatura. Eles estão disponíveis com uma ampla gama de temperaturas de disparo; normalmente dos tipos aberto e fechado. O tipo mais comum é o fechado. Um ou dois em série são geralmente montados nos enrolamentos como termistores e podem ser diretamente conectados ao circuito da bobina contator principal. Desta forma, nenhum relé é necessário. Este tipo de proteção é mais barato do que termistores, mas, por outro lado, é menos sensível e não é capaz de detectar uma falha de rotor bloqueado. Interruptores térmicos também são conhecidos como interruptores Thermik, Klixon e PTO (Proteção Térmica a Abertura). Interruptores térmicos sempre levam uma designação TP111. Motores monofásicos Motores monofásicos normalmente vêm com proteção térmica incorporada. A proteção térmica normalmente tem um restabelecimento automático. Isso sugere que o motor tem que ser conectado à rede elétrica de um modo que garanta que acidentes causados pelo restabelecimento automático sejam evitados. Motores trifásicos Motores trifásicos tem que ser protegidos de acordo com os regulamentos locais. Este tipo de motor normalmente tem contatos incorporados para reinicialização nos circuito de controle externo. 50
  • 50. 51 Aquecimento de Paralisação Um elemento de aquecimento garante o aquecimento de paralisação do motor. O elemento de aquecimento é especialmente usado em conexão com aplicações que trabalham com umidade e condensação. Ao utilizar o aquecimento de paralisação, o motor está mais quente do que o ambiente e assim, a umidade relativa do ar dentro do motor é sempre inferior a 100%. Manutenção O motor deve ser verificado em intervalos regulares. É importante manter o motor limpo de modo a garantir a ventilação adequada. Se a bomba é instalada em um ambiente empoeirado, ela deve ser limpa e verificada regularmente. Rolamentos Normalmente, motores têm um rolamento bloqueado na extremidade de acionamento e um rolamento com folga axial na extremidade sem acionamento. A folga axial é exigida, devido às tolerâncias de produção, expansão térmica durante operação, etc. Os rolamentos do motor são mantidos no lugar por arruelas de pressão onduladas na extremidade sem acionamento, ver figura 1.4.21. O rolamento fixo na extremidade de acionamento pode ser tanto um rolamento radial de esferas ou um rolamento de contato angular. As folgas e tolerâncias de rolamentos são apresentadas de acordo com ISO 15 e ISO 492. Como os fabricantes de rolamentos tem que cumprir estas normas, os rolamentos são internacionalmente permutáveis. De modo a rodar livremente, um rolamento de esferas deve ter certa folga interna entre a canalização e as esferas. Sem essa folga interna, as esferas podem ou ter dificuldade para rodar ou ficarem presas e serem incapazes de rodar. Por outro lado, demasiada folga interna resultará em um rolamento instável que pode gerar ruído excessivo ou permitir que o eixo oscile. Dependendo de para qual tipo de bomba o motor está adaptado, o rolamento radial de esferas na extremidade de acionamento deve ter folga C3 ou C4. Rolamentos com folga C4 são menos sensíveis ao calor e tem capacidade de carga axial aumentada. O rolamento transportando as forças axiais da bomba pode ter folga C3 se: • a bomba tem alivio hidráulico completo ou parcial • a bomba tem muitos períodos de operação breve • a bomba tem longos períodos de inatividade Rolamentos C4 são usados para bombas com forças axiais altas flutuantes. Rolamentos de contato angular são usados se a bomba exerce fortes forças axiais unidirecionais. Fig 1.4.21: Desenho de corte transversal do motor 1.4.20: Estator com elemento de aquecimento
  • 51. 52 Seção 1.4 Motores Motores com rolamentos permanentemente lubrificados Para rolamentos fechados permanentemente lubrificados, utilize um dos seguintes tipos de graxa resistentes a altas temperaturas: • Graxa a base de lítio • Graxa a base de poliureia As especificações técnicas devem corresponder à norma DIN – 51825 K2 ou melhor. A viscosidade básica do óleo deve ser maior do que: • 50 cSt (10-6m2/sec) a 40°C e • 8 cSt (mm2/sec) a 100°C Por exemplo, Kluberquiet BQH 72-102 com uma razão de preenchimento de graxa de: 30 -40%. Motores com sistema de lubrificação Normalmente motores de chassi com tamanho 160 e maiores tem bocais lubrificantes para os rolamentos tanto na extremidade de acionamento quanto na extremidade sem acionamento. Os bocais lubrificantes são visíveis e de fácil acesso. O motor é projetado de tal modo que: • há um fluxo de graxa em torno do rolamento • graxa nova entra no rolamento • a graxa velha é removida do rolamento Motores com sistemas de lubrificação são fornecidos com uma instrução de lubrificação, por exemplo como uma etiqueta na tampa da ventoinha. Além disso, as instruções são dadas nas instruções de instalação e operação. O lubrificante com frequência é a base de lítio, graxa de alta temperatura, por exemplo EXXON UNIREX N3 ou Shell Alvania Graxa G3. A viscosidade básica do óleo deve ser • maior que 50 cSt (10-6m2/sec) a 40°C e • 8 cSt (mm2/sec) a 100°C Fig:1.4.22: Tipos típicos de rolamento em motores de bomba
  • 52. Capitulo 1. Design de bombas e motores Seção 1.5: Líquidos 1.5.1 Líquidos viscosos 1.5.2 Líquidos não newtonianos 1.5.3 O impacto de líquidos viscosos no desempenho de uma bomba centrifuga 1.5.4 Selecionando a bomba certa para um liquido com anticongelante 1.5.5 Exemplo de calculo 1.5.6 Seleção de bombas assistida por computador para líquidos densos e viscosos