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SUS - PATRIMÔNIO DO POVO
Patrocínio: Apoio Cultural:
Apoio:
Cantigas e Músicas
Populares
2013
Apresentação
Este caderno foi especialmente elaborado para os participantes das
atividades da Tenda Paulo Freire que ainda não conhecem algumas
das cantigas e músicas disseminadas pelos educadores populares e
cuidadores durante eventos e ações relacionadas à Educação
Popular em Saúde.
Nosso intuito é de colaborar para que estas e outras canções
possam penetrar pelos canais da sensibilidade, tocar os corações das
pessoas, enriquecer seu aprendizado e, de alguma forma, se
capilarizar nos territórios do Brasil a fora.
Seus autores são gente como a gente, ou foram nossos ancestrais.
Além de brincantes e mestres na arte de despertar a consciência
crítica do público, marcam história e/ou carregam consigo a
amorosidade e a solidariedade em relação a todos os seres. Seus
atos afetivos, artísticos, culturais, espirituais e cenopoéticos nos
ensinam naturalmente a dialogar com nossas próprias experiências,
a respeitar o outro e a compreender que cada um possui uma
dimensão infinita de potências (destrutivas e construtivas).
Pensando na composição de uma sociedade mais justa e equânime,
acreditamos que a diversidade de culturas e crenças traz em si um
caldeirão de possibilidades humanizadas de transformação
individual e coletiva, no campo da Saúde Pública e nas demais áreas.
Para tanto, sugerimos começar pelo exercício da convivência entre
semelhantes e também junto aos reconhecidos como diferentes. A
partir daí, teremos a vivência do aprendizado partilhado como
exemplo de caminho, que segue indefinidamente rumo à evolução.
Tal proposta educacional transborda as paredes das salas de aula,
dos consultórios e das instituições de saúde, pois considera o
“saber-de-experiência-feito” como ponto de partida e base da
produção do conhecimento, segundo o Manifesto da Universidade
Popular de Arte e Ciência (UPAC).
Esta rede de coletivos e entidades é composta por militantes,
estudantes, profissionais e cidadãos que se apropriam das práticas
tradicionais de cuidado, da cultura popular e da ciência como forças
de valorização da nossa identidade e como estratégia de
emancipação social efetiva.
Paulo Freire, Nise da Silveira, Baruch de Spinoza, Nelson Vaz, Amir
Haddad, José Pacheco, Heloísa Helena, Drummond, Humberto
Maturana, Vera Dantas, Ray Lima, Júnio Santos e tantos outros
contribuíram e contribuem com a construção desses diferentes
modos de ser e de fazer éticos. Suas obras nos remetem ao afeto, ao
cuidado, ao conhecimento e à alegria como recursos fundamentais à
existência humana e, infelizmente, ainda tão carentes na política.
Lembram-nos da bagagem social sagrada, que não necessariamente
precisa ser pautada pela moeda e pela exclusão.
Sendo assim, aprendendo e ensinando, façamos uso da liberdade
que temos para despertar novos olhares, conquistar outros espaços,
ajudar a construir e a concretizar, dentre tantas coisas, relações
sociais e políticas públicas mais favoráveis à transformação que
desejamos para o mundo. Cantemos e dancemos!
Thamara Fernandes
Secretária Geral da UPAC
Qual a tua cor?
Ray Lima
Chegue mais perto ator, atriz,
Companheiro, companheira dia-a-dia
Venha logo homem
Deixa de bobagem BIS
A arte é nossa linguagem
De tecer cidadania.
Qual a tua cor?
Preto, vermelho ou amarelo?
Importa não, vale mais tua vontade BIS
De vir comigo fazer arte na cidade
Com o cidadão que de nós espera amor.
Chegue mais perto ator, atriz,
Companheiro, companheira dia-a-dia
Venha logo homem
Deixa de bobagem BIS
A arte é nossa linguagem
De tecer cidadania.
Qual a tua cor?
Preto, vermelho ou amarelo?
Importa não, vale mais tua vontade BIS
De vir comigo aprender a ser feliz
Na inquietude que nos traz um grande amor.
Eu tô na rua
Júnio Santos
Eu tô na rua
Pra brincar de roda
Cantando moda pra lhe atrair
Desfilando a fantasia do povo
Venho de novo
Te fazer sorrir
Saia pra rua (2x)
Venha se divertir
Com o teatro que é um festejo
E os brincantes já estão aqui.
Escuta
Ray Lima
Escuta, escuta
O outro, a outra já vem BIS
Escuta e acolhe
Cuidar do ouro faz bem.
Molambos
Ray Lima
Bocados de mulambos molhados manchando o chão
Bocados de mulambos molhados manchando o chão
Mas o que tinha dentro
Era gente ainda, BIS
Era gente ainda.
Cometa loucuras
Filippo Rodrigo, Júnio Santos, Patrícia Caetano
Nem tudo que cai do céu é estrela
Nem tudo que cai do céu é cometa
Cometaaaaa loucuras (BIS)
Nem tudo que reluz é ouro
Nem tudo que balança cai
Nem toda brincadeira tem um fundo de verdade
Nem tudo que entra sai
Cometaaaaa loucuras (BIS)
Nem tudo que é claro é dia
Nem tudo que é escuro é noite
Nem tudo que rima é poesia
Nem tudo que é chicote é açoite
Cometaaaaa loucuras (BIS)
Folia do hospício
Vitor Nina, Jadiel Lima
O louco carnaval chegou
E o povo afinal dançou
Vamo acordar para vida
Com vontade nada é difícil
De mãos dadas, sorriso aberto BIS
Ocupando o hospício.
Está louco, disse o doutor
Enlouqueça, disse o poeta
Não há nada escrito na testa BIS
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Você e Eu
Edu Viola
Eu vim aqui
Pra falar de você e de mim
Eu vim assim
Pra falar de você e de mim
Eu os vejo rindo
Rindo, rindo
Eu me vejo rindo
Rindo, rindo
Nada continua como está
Junio Santos
Nada continua como está
Tudo está sempre mudando
O mundo é uma bola de idéias
Se transformando, nos transformando. BIS
Abra a cabeça
Saia do escuro
Não tenha medo
Do seu futuro
Faça o que sabe
Pra se cuidar
A vida não pode parar
O mundo não vai acabar!
Cura
Edu Viola
Chora, chora morena
Torna a chorar morena
Põe a mão na cabeça
Morena põe a mão na cintura
Dá um sapateadinho
Mais um requebradinho
Morena diz adeus ao povo
Pega na mão de todos
Chora, chora, chora.
Ritual coletivo
Somos um círculo
Dentro de um círculo
Sem início e sem fim
Cidadania já
(Cirandas da Vida)
Chega de só pensar,
Tá na hora de agir
Chega de só chorar,
Tá na hora de sorrir
Chega de só lutar,
Tá na hora de conquistar
Chega de silêncio,
Tá na hora de gritar
Cidadania já! (4X)
Me dê amor
Ray Lima
Um novo amor está pra nascer
Ninguém sabe dizer pra quem
Mas se é amor, deixa vir meu bem
Porque amor nem todo mundo tem.
Uma relíquia, uma relíquia é o amor (4X)
Quem tem amor, pelo amor de Deus?
Me dê amor, pelo amor de Deus
Cura essa dor, pelo amor de Deus
Me dê amor, pelo amor de Deus!
Uma relíquia, uma relíquia é seu amor (4X)
Quem nunca amou, pelo amor de Deus
Chegou a hora, abrace o seu
Tá sem amor, pelo amor de Deus
Não fique só, lhe oferto o meu.
Uma relíquia, uma relíquia é o meu amor (4X)
Horizontal cotidiano
Ray Lima
Franzinos meninos
Trouxas na cabeça
Buxo nas costelas
Panela sem feijão.
Toinha e seu Tonho choram quando amanhece
Irrigam de lágrima e suor o resto no sol
O pó
Da sombra que réstea no arrebol,
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Caravana SUS
Johnson Soares, Ray Lima
De sonhação
O SUS é feito; BIS
Com crença e luta
O SUS se faz.
Saúde é coisa de branco?
Saúde é coisa de preto?
Saúde é coisa de gente?
Saúde comporta gueto?
De sonhação
O SUS é feito; BIS
Com crença e luta
O SUS se faz.
Saúde é coisa de elite?
O SUS é coisa do povo?
O acesso tem um limite?
O SUS é vida pra todos?
De sonhação
O SUS é feito; BIS
Com crença e luta
O SUS se faz.
Toda doença é complexa
Do nascedouro ao finzinho
Porque nasce em ser complexo
Não há reta nem convexo
Não despreze um só caminho.
De sonhação
O SUS é feito; BIS
Com crença e luta
O SUS se faz.
Diz aí meu Brasil!
O SUS é teu por inteiro
Ou sonho de iluminado?
E o povo brasileiro
O que sabe, o que nos diz,
É o SUS um legado?
De sonhação
O SUS é feito; BIS
Com crença e luta
O SUS se faz.
Se cada causa é uma causa,
O descaso como fica?
Pela vida a gente briga
A gente vive, a gente ama.
Mas se acaso transformarem-se
Em muro as diferenças
Nada justificará
Morrer pela indiferença.
De sonhação
O SUS é feito; BIS
Com crença e luta
O SUS se faz.
Corpo meu, minha morada
Ray Lima
Corpo meu, minha morada
Corpo meu, minha morada
Desde que o sol explodiu
Minha alma em estilhaços
A natureza estende os braços
Renasce o mundo em desafio.
Se tivesse
Ray Lima
Se eu tivesse que nascer
Eu nasceria
Se eu tivesse que viver
Eu viveria
Se eu tivesse que morrer
Eu morreria
E se eu tivesse que matar
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Nossa história
Ray Lima
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Se eu for contar, você duvida.
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De infeliz a esperançoso,
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Fé e organização,
Arrebentou cadeados,
Ocupou os descampados
De litoral, cerrado, sertão
De litoral, cerrado, sertão.
Quero saúde humanizada
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Ai saúde por onde tu andarás BIS
Ai saúde chega de olhar pra trás
Já faz um tempo que não caio nos teus braços
E sem abraços não dá mais pra caminhar
Romper as grades, acabar com o sofrimento
Por um fim nos lamentos
É reclame popular
Quero saúde humanizada
Quero atitude, quero parar de implorar
Quero direito sem preconceitos
É meu direito lhe pedir para mudar
É meu direito lhe pedir para mudar.
Marinheiro
Oh marinheiro é hora BIS
É hora de trabalhar
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Cirandas da vida
Ray Lima
Abre tua roda ciranda
Agita essa roda ciranda
Gira sem medo cirandas (REFRÃO)
Cirandas da vida estão sempre a girar
Vida que é vida não pode parar.
Cirandas da vida já sabe o que quer
Trilhando na praia, no sol da maré
Cantando e dançando o que há, o que é
Pirambu, Serrinha, Palmeira, Jardim
REFRÃO
Cirandas da vida não é salvação
Mas é luta, é fé e participação
É a arte do encontro da articulação
De povo e cidade, utopia e ação
REFRÃO
Cirandas de sonhos, cultura, trabalho
Saberes, pessoas, conflito, harmonia
Cirandas da vida circulam poderes
Semeiam cuidados e cidadania
REFRÃO
Quanto o povo cria e não sai na imprensa
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Quanto pensa e faz, quanto sonha e inventa
De amor sabe tanto e a imprensa não diz
REFRÃO
Sem canto e alegria ciranda não é
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Cirandas da vida, rotina e prazer
Cirandeiro é assim, quem não é há de ser
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Do povo as pegadas são ruas de sonhos
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REFRÃO
Ciranda do caminho
Johnson Soares
Ai Cirandá!
Ai cirandê!
Nessa roda eu também quero entrar
Ai Cirandá!
Ai cirandê!
Pari passu, nos teus braços rodar.
Tu me ensinas que eu te ensino
O caminho no caminho
Com tuas pernas, minhas pernas andam mais.
Ritual de louvor
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Salve o povo da água
Salve o povo do fogo
Salve o povo do ar
Ó muito obrigado! (4X)
Salve o povo da terra
Salve o povo da água
Salve o povo do fogo
Salve o povo do ar
Ó venha nos curar! (4X)
Ritual de resgate
Volta pra mim, meu curumim (2X)
Meu curumim, meu curumim.
Fica comigo, meu curumim (2X)
Meu curumim, meu curumim.
Brinca comigo, meu curumim (2X)
Meu curumim, meu curumim.
Cura-me, meu curumim (2X)
Meu curumim, meu curumim.
Lâminas
Ray Lima
Lâmina de corte fácil
Lâmina de cortar faces
Faces de palavras, face ao mundo
Facetas da vida
Lâminas, lâminas
Lami, lami, lami – nados.
Ritual de libertação
Quem deu esse nó não soube dar
Quem deu esse nó não soube dar
Esse nó tá dado e eu desato já
Esse nó tá dado e eu desato já!
Oh desenrola essa corrente, BIS
Deixa o índio trabalhar.
Utopia II
Ray Lima
A vida é o fluxo da história,
O movimento da maré,
Ré, ré, ré,
Ré, ré, ré, ré, ré, ré.
Na vida, rola a brincadeira,
Rola a bola do universo,
Rola a prosa, rola o verso,
Saúde vem da in-formação,
Das ciências, do cuidado,
Do saber acumulado, seu doutor,
Da cultura popular.
Cuidar do outro é cuidar de mim
Johnson Soares, Júnio Santos, Ray Lima
Gritava um homem da rua
Cantando com sua voz
Embargada de pigarro
Em sua língua rota e nua:
Lá no tempo em que nasci,
Logo aprendi algo assim:
Cuidar do outro é cuidar de mim,
Cuidar do outro é cuidar de mim,
Cuidar do outro é cuidar de mim,
Cuidar de mim é cuidar do mundo.
Se cuido um pouco de tudo,
De mim, de mim quase nada;
Eu preciso me incluir,
É hora de me amar;
É sabido, viver é bom,
Viver é bom pra quem sabe amar.
Lá no tempo em que nasci,
Logo aprendi algo assim:
Cuidar do outro é cuidar de mim,
Cuidar do outro é cuidar de mim,
Cuidar do outro é cuidar de mim,
Cuidar de mim é cuidar do mundo.
Outro mundo, outros tempos;
Outros fins, outro começo;
Sabidos são os afetos,
O amor é terapêutico.
Lá no tempo em que nasci,
Logo aprendi algo assim:
Cuidar do outro é cuidar de mim,
Cuidar do outro é cuidar de mim,
Cuidar do mundo é cuidar de mim,
Cuidar de mim é cuidar do mundo.
Utopia I
Ray Lima
Ponta de pé.
Pise no chão.
Alongue o braço.
Estique a mão.
Toque no céu.
Aí, pegue o sol,
Agarre o sol,
Pegue com a mão.
Eu quero pegar o sol.
Você se queima. 3X
Você se queima.
Ai, ai, ai.
Ai, ai, ai.
Eu te avisei.
Eu te avisei.
E agora, o que fazer?
É só curar a queimação,
Buscar de novo o sol,
Pegar o sol,
Pegar com a mão.
Ô meu!
Ray Lima, Cirandas da Vida
Se o tempo, nosso tempo
Não te agrada, te degrada
Não te basta, te desgasta
O que te afasta da idéia
Menos fácil de muda-la?
Ô meu! Ô meu!
Já ouvi essa história
Minha memória é reprimida
Mas quando a gente lembra
Os nervos em demência se abalam
A gente ganha voz
A gente ganha vida
E pensa e lembra e pensa
Não fui eu
Ô meu! Ô meu!
Esse mundo não é nada engraçado
Ray Lima
Esse mundo não é nada engraçado
Ricos fingem entediar-se com o mercado
E o mercado quanto mais nervoso
Tanto mais os pobres nadam em marés
E o mercado quanto mais nervoso
Tanto mais os pobres nadam em marés de alegria
Domam suas fantásticas utopias
Com chicotadas de embriaguês sem pão.
No balão
Johnson Soares, Ray Lima
No balão, cirandas
A girar no céu.
No balão, o abraço
Cirandeiro, chão.
No balão, a vida na palma da mão.
No balão, a vida na palma da mão.
No balão, a força
Da imaginação,
Cirandando giros
De irmanação.
No balão, a vida na palma da mão.
No balão, a vida na palma da mão.
No balão, o sonho
A nos tirar do chão.
Neste sonho, asas
À revolução.
No balão, a vida na palma da mão.
No balão, a vida na palma da mão.
No balão, leveza
No balão, ação
Amorosidade,
Gesto, construção.
No balão, a vida na palma da mão.
No balão, a vida na palma da mão.
Saúde
Junio Santos
Saúde, tchu ru ru,
Tem que ser boa para todos.
Tchu ru ru.
Ainda há gente sem comer
A nossa luta é pra valer,
Tchu ru ru ru ru.
Saúde não é bula e ambulância.
A ficha cai, o caso é grave, o tempo avança.
É dever da gestão, do controle social
Ouvir o território, o movimento social.
Saúde, tchu ru ru,
Mais que remédio é atitude.
Tchu ru ru.
Participação é pra valer
Reforma agrária do saber,
Tchu ru ru ru ru.
Cidadania e saúde andam juntas
Na sua inquietação em mil perguntas.
É dever do bom gestor, é dever do cidadão
Romper com o marasmo, que é pai da servidão.
Saúde, tchu ru ru,
Mais que remédio é atitude.
Tchu ru ru.
Ainda há gente sem comer
Mais que esmola quer saber.
Tchu ru ru ru ru.
A rede
Junio Santos, Ray Lima
Nas malhas da rede eu vou, eu vou
Balançar pra vida vir
Com o tempo avançar.
Nas malhas da rede eu vou, eu vou
Navegando na maré
Da cultura popular.
Essa rede é do homem
Essa rede é da mulher
Essa rede é inclusiva
Pode vir donde vier
Saúde é cidadania
Trabalhador sonha e tem fé.
Nas malhas da rede eu vou, eu vou
Balançar pra vida vir
Com o tempo avançar.
Nas malhas da rede eu vou, eu vou
Navegando na maré
Da cultura popular.
Nossa rede é unida
É erudita, é popular
A rede é libertadora
Sabe aonde quer chegar
Nela cabem as diferenças
E os saberes do lugar.
Nas malhas da rede eu vou, eu vou
Balançar pra vida vir
Com o tempo avançar.
Nas malhas da rede eu vou, eu vou
Navegando na maré
Da cultura popular.

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Cantigas e músicas populares do SUS

  • 1. SUS - PATRIMÔNIO DO POVO Patrocínio: Apoio Cultural: Apoio: Cantigas e Músicas Populares 2013
  • 2. Apresentação Este caderno foi especialmente elaborado para os participantes das atividades da Tenda Paulo Freire que ainda não conhecem algumas das cantigas e músicas disseminadas pelos educadores populares e cuidadores durante eventos e ações relacionadas à Educação Popular em Saúde. Nosso intuito é de colaborar para que estas e outras canções possam penetrar pelos canais da sensibilidade, tocar os corações das pessoas, enriquecer seu aprendizado e, de alguma forma, se capilarizar nos territórios do Brasil a fora. Seus autores são gente como a gente, ou foram nossos ancestrais. Além de brincantes e mestres na arte de despertar a consciência crítica do público, marcam história e/ou carregam consigo a amorosidade e a solidariedade em relação a todos os seres. Seus atos afetivos, artísticos, culturais, espirituais e cenopoéticos nos ensinam naturalmente a dialogar com nossas próprias experiências, a respeitar o outro e a compreender que cada um possui uma dimensão infinita de potências (destrutivas e construtivas). Pensando na composição de uma sociedade mais justa e equânime, acreditamos que a diversidade de culturas e crenças traz em si um caldeirão de possibilidades humanizadas de transformação individual e coletiva, no campo da Saúde Pública e nas demais áreas. Para tanto, sugerimos começar pelo exercício da convivência entre semelhantes e também junto aos reconhecidos como diferentes. A partir daí, teremos a vivência do aprendizado partilhado como exemplo de caminho, que segue indefinidamente rumo à evolução. Tal proposta educacional transborda as paredes das salas de aula, dos consultórios e das instituições de saúde, pois considera o “saber-de-experiência-feito” como ponto de partida e base da produção do conhecimento, segundo o Manifesto da Universidade Popular de Arte e Ciência (UPAC). Esta rede de coletivos e entidades é composta por militantes, estudantes, profissionais e cidadãos que se apropriam das práticas tradicionais de cuidado, da cultura popular e da ciência como forças de valorização da nossa identidade e como estratégia de emancipação social efetiva. Paulo Freire, Nise da Silveira, Baruch de Spinoza, Nelson Vaz, Amir Haddad, José Pacheco, Heloísa Helena, Drummond, Humberto Maturana, Vera Dantas, Ray Lima, Júnio Santos e tantos outros contribuíram e contribuem com a construção desses diferentes modos de ser e de fazer éticos. Suas obras nos remetem ao afeto, ao cuidado, ao conhecimento e à alegria como recursos fundamentais à existência humana e, infelizmente, ainda tão carentes na política. Lembram-nos da bagagem social sagrada, que não necessariamente precisa ser pautada pela moeda e pela exclusão. Sendo assim, aprendendo e ensinando, façamos uso da liberdade que temos para despertar novos olhares, conquistar outros espaços, ajudar a construir e a concretizar, dentre tantas coisas, relações sociais e políticas públicas mais favoráveis à transformação que desejamos para o mundo. Cantemos e dancemos! Thamara Fernandes Secretária Geral da UPAC
  • 3. Qual a tua cor? Ray Lima Chegue mais perto ator, atriz, Companheiro, companheira dia-a-dia Venha logo homem Deixa de bobagem BIS A arte é nossa linguagem De tecer cidadania. Qual a tua cor? Preto, vermelho ou amarelo? Importa não, vale mais tua vontade BIS De vir comigo fazer arte na cidade Com o cidadão que de nós espera amor. Chegue mais perto ator, atriz, Companheiro, companheira dia-a-dia Venha logo homem Deixa de bobagem BIS A arte é nossa linguagem De tecer cidadania. Qual a tua cor? Preto, vermelho ou amarelo? Importa não, vale mais tua vontade BIS De vir comigo aprender a ser feliz Na inquietude que nos traz um grande amor. Eu tô na rua Júnio Santos Eu tô na rua Pra brincar de roda Cantando moda pra lhe atrair Desfilando a fantasia do povo Venho de novo Te fazer sorrir Saia pra rua (2x) Venha se divertir Com o teatro que é um festejo E os brincantes já estão aqui. Escuta Ray Lima Escuta, escuta O outro, a outra já vem BIS Escuta e acolhe Cuidar do ouro faz bem. Molambos Ray Lima Bocados de mulambos molhados manchando o chão Bocados de mulambos molhados manchando o chão Mas o que tinha dentro Era gente ainda, BIS Era gente ainda.
  • 4. Cometa loucuras Filippo Rodrigo, Júnio Santos, Patrícia Caetano Nem tudo que cai do céu é estrela Nem tudo que cai do céu é cometa Cometaaaaa loucuras (BIS) Nem tudo que reluz é ouro Nem tudo que balança cai Nem toda brincadeira tem um fundo de verdade Nem tudo que entra sai Cometaaaaa loucuras (BIS) Nem tudo que é claro é dia Nem tudo que é escuro é noite Nem tudo que rima é poesia Nem tudo que é chicote é açoite Cometaaaaa loucuras (BIS) Folia do hospício Vitor Nina, Jadiel Lima O louco carnaval chegou E o povo afinal dançou Vamo acordar para vida Com vontade nada é difícil De mãos dadas, sorriso aberto BIS Ocupando o hospício. Está louco, disse o doutor Enlouqueça, disse o poeta Não há nada escrito na testa BIS Além do amor. Você e Eu Edu Viola Eu vim aqui Pra falar de você e de mim Eu vim assim Pra falar de você e de mim Eu os vejo rindo Rindo, rindo Eu me vejo rindo Rindo, rindo Nada continua como está Junio Santos Nada continua como está Tudo está sempre mudando O mundo é uma bola de idéias Se transformando, nos transformando. BIS Abra a cabeça Saia do escuro Não tenha medo Do seu futuro Faça o que sabe Pra se cuidar A vida não pode parar O mundo não vai acabar!
  • 5. Cura Edu Viola Chora, chora morena Torna a chorar morena Põe a mão na cabeça Morena põe a mão na cintura Dá um sapateadinho Mais um requebradinho Morena diz adeus ao povo Pega na mão de todos Chora, chora, chora. Ritual coletivo Somos um círculo Dentro de um círculo Sem início e sem fim Cidadania já (Cirandas da Vida) Chega de só pensar, Tá na hora de agir Chega de só chorar, Tá na hora de sorrir Chega de só lutar, Tá na hora de conquistar Chega de silêncio, Tá na hora de gritar Cidadania já! (4X) Me dê amor Ray Lima Um novo amor está pra nascer Ninguém sabe dizer pra quem Mas se é amor, deixa vir meu bem Porque amor nem todo mundo tem. Uma relíquia, uma relíquia é o amor (4X) Quem tem amor, pelo amor de Deus? Me dê amor, pelo amor de Deus Cura essa dor, pelo amor de Deus Me dê amor, pelo amor de Deus! Uma relíquia, uma relíquia é seu amor (4X) Quem nunca amou, pelo amor de Deus Chegou a hora, abrace o seu Tá sem amor, pelo amor de Deus Não fique só, lhe oferto o meu. Uma relíquia, uma relíquia é o meu amor (4X) Horizontal cotidiano Ray Lima Franzinos meninos Trouxas na cabeça Buxo nas costelas Panela sem feijão. Toinha e seu Tonho choram quando amanhece Irrigam de lágrima e suor o resto no sol O pó Da sombra que réstea no arrebol, Capuchos de algodão.
  • 6. Caravana SUS Johnson Soares, Ray Lima De sonhação O SUS é feito; BIS Com crença e luta O SUS se faz. Saúde é coisa de branco? Saúde é coisa de preto? Saúde é coisa de gente? Saúde comporta gueto? De sonhação O SUS é feito; BIS Com crença e luta O SUS se faz. Saúde é coisa de elite? O SUS é coisa do povo? O acesso tem um limite? O SUS é vida pra todos? De sonhação O SUS é feito; BIS Com crença e luta O SUS se faz. Toda doença é complexa Do nascedouro ao finzinho Porque nasce em ser complexo Não há reta nem convexo Não despreze um só caminho. De sonhação O SUS é feito; BIS Com crença e luta O SUS se faz. Diz aí meu Brasil! O SUS é teu por inteiro Ou sonho de iluminado? E o povo brasileiro O que sabe, o que nos diz, É o SUS um legado? De sonhação O SUS é feito; BIS Com crença e luta O SUS se faz. Se cada causa é uma causa, O descaso como fica? Pela vida a gente briga A gente vive, a gente ama. Mas se acaso transformarem-se Em muro as diferenças Nada justificará Morrer pela indiferença. De sonhação O SUS é feito; BIS Com crença e luta O SUS se faz.
  • 7. Corpo meu, minha morada Ray Lima Corpo meu, minha morada Corpo meu, minha morada Desde que o sol explodiu Minha alma em estilhaços A natureza estende os braços Renasce o mundo em desafio. Se tivesse Ray Lima Se eu tivesse que nascer Eu nasceria Se eu tivesse que viver Eu viveria Se eu tivesse que morrer Eu morreria E se eu tivesse que matar Eu poesia. (5X) Nossa história Ray Lima Nossa história é tão antiga! Se eu for contar, você duvida. Desde os tempos de Zumbi, Balaios e Cariris, Nosso povo passa fome Sem terra, casa, sem nome Nascemos nesse país. De infeliz a esperançoso, O trabalhador rural Dando provas de coragem, Fé e organização, Arrebentou cadeados, Ocupou os descampados De litoral, cerrado, sertão De litoral, cerrado, sertão. Quero saúde humanizada Elias Silva, Johnson Soares, Júnio Santos Ai saúde por onde tu andarás BIS Ai saúde chega de olhar pra trás Já faz um tempo que não caio nos teus braços E sem abraços não dá mais pra caminhar Romper as grades, acabar com o sofrimento Por um fim nos lamentos É reclame popular Quero saúde humanizada Quero atitude, quero parar de implorar Quero direito sem preconceitos É meu direito lhe pedir para mudar É meu direito lhe pedir para mudar. Marinheiro Oh marinheiro é hora BIS É hora de trabalhar É o céu, é a terra, é o ar BIS Oh marinheiro olha o balanço do mar.
  • 8. Cirandas da vida Ray Lima Abre tua roda ciranda Agita essa roda ciranda Gira sem medo cirandas (REFRÃO) Cirandas da vida estão sempre a girar Vida que é vida não pode parar. Cirandas da vida já sabe o que quer Trilhando na praia, no sol da maré Cantando e dançando o que há, o que é Pirambu, Serrinha, Palmeira, Jardim REFRÃO Cirandas da vida não é salvação Mas é luta, é fé e participação É a arte do encontro da articulação De povo e cidade, utopia e ação REFRÃO Cirandas de sonhos, cultura, trabalho Saberes, pessoas, conflito, harmonia Cirandas da vida circulam poderes Semeiam cuidados e cidadania REFRÃO Quanto o povo cria e não sai na imprensa De estética, de fé, de negócio e ciência Quanto pensa e faz, quanto sonha e inventa De amor sabe tanto e a imprensa não diz REFRÃO Sem canto e alegria ciranda não é Cirandas da vida sem sonho não sei Cirandas da vida, rotina e prazer Cirandeiro é assim, quem não é há de ser REFRÃO Cirandas são trilhas, caminhos humanos Do povo as pegadas são ruas de sonhos Fortaleza bela abrindo as janelas Futuro almejado, cidade sonhada. REFRÃO Ciranda do caminho Johnson Soares Ai Cirandá! Ai cirandê! Nessa roda eu também quero entrar Ai Cirandá! Ai cirandê! Pari passu, nos teus braços rodar. Tu me ensinas que eu te ensino O caminho no caminho Com tuas pernas, minhas pernas andam mais.
  • 9. Ritual de louvor Salve o povo da terra Salve o povo da água Salve o povo do fogo Salve o povo do ar Ó muito obrigado! (4X) Salve o povo da terra Salve o povo da água Salve o povo do fogo Salve o povo do ar Ó venha nos curar! (4X) Ritual de resgate Volta pra mim, meu curumim (2X) Meu curumim, meu curumim. Fica comigo, meu curumim (2X) Meu curumim, meu curumim. Brinca comigo, meu curumim (2X) Meu curumim, meu curumim. Cura-me, meu curumim (2X) Meu curumim, meu curumim. Lâminas Ray Lima Lâmina de corte fácil Lâmina de cortar faces Faces de palavras, face ao mundo Facetas da vida Lâminas, lâminas Lami, lami, lami – nados. Ritual de libertação Quem deu esse nó não soube dar Quem deu esse nó não soube dar Esse nó tá dado e eu desato já Esse nó tá dado e eu desato já! Oh desenrola essa corrente, BIS Deixa o índio trabalhar. Utopia II Ray Lima A vida é o fluxo da história, O movimento da maré, Ré, ré, ré, Ré, ré, ré, ré, ré, ré. Na vida, rola a brincadeira, Rola a bola do universo, Rola a prosa, rola o verso, Saúde vem da in-formação, Das ciências, do cuidado, Do saber acumulado, seu doutor, Da cultura popular.
  • 10. Cuidar do outro é cuidar de mim Johnson Soares, Júnio Santos, Ray Lima Gritava um homem da rua Cantando com sua voz Embargada de pigarro Em sua língua rota e nua: Lá no tempo em que nasci, Logo aprendi algo assim: Cuidar do outro é cuidar de mim, Cuidar do outro é cuidar de mim, Cuidar do outro é cuidar de mim, Cuidar de mim é cuidar do mundo. Se cuido um pouco de tudo, De mim, de mim quase nada; Eu preciso me incluir, É hora de me amar; É sabido, viver é bom, Viver é bom pra quem sabe amar. Lá no tempo em que nasci, Logo aprendi algo assim: Cuidar do outro é cuidar de mim, Cuidar do outro é cuidar de mim, Cuidar do outro é cuidar de mim, Cuidar de mim é cuidar do mundo. Outro mundo, outros tempos; Outros fins, outro começo; Sabidos são os afetos, O amor é terapêutico. Lá no tempo em que nasci, Logo aprendi algo assim: Cuidar do outro é cuidar de mim, Cuidar do outro é cuidar de mim, Cuidar do mundo é cuidar de mim, Cuidar de mim é cuidar do mundo. Utopia I Ray Lima Ponta de pé. Pise no chão. Alongue o braço. Estique a mão. Toque no céu. Aí, pegue o sol, Agarre o sol, Pegue com a mão. Eu quero pegar o sol. Você se queima. 3X Você se queima. Ai, ai, ai. Ai, ai, ai. Eu te avisei. Eu te avisei. E agora, o que fazer? É só curar a queimação, Buscar de novo o sol, Pegar o sol, Pegar com a mão.
  • 11. Ô meu! Ray Lima, Cirandas da Vida Se o tempo, nosso tempo Não te agrada, te degrada Não te basta, te desgasta O que te afasta da idéia Menos fácil de muda-la? Ô meu! Ô meu! Já ouvi essa história Minha memória é reprimida Mas quando a gente lembra Os nervos em demência se abalam A gente ganha voz A gente ganha vida E pensa e lembra e pensa Não fui eu Ô meu! Ô meu! Esse mundo não é nada engraçado Ray Lima Esse mundo não é nada engraçado Ricos fingem entediar-se com o mercado E o mercado quanto mais nervoso Tanto mais os pobres nadam em marés E o mercado quanto mais nervoso Tanto mais os pobres nadam em marés de alegria Domam suas fantásticas utopias Com chicotadas de embriaguês sem pão. No balão Johnson Soares, Ray Lima No balão, cirandas A girar no céu. No balão, o abraço Cirandeiro, chão. No balão, a vida na palma da mão. No balão, a vida na palma da mão. No balão, a força Da imaginação, Cirandando giros De irmanação. No balão, a vida na palma da mão. No balão, a vida na palma da mão. No balão, o sonho A nos tirar do chão. Neste sonho, asas À revolução. No balão, a vida na palma da mão. No balão, a vida na palma da mão. No balão, leveza No balão, ação Amorosidade, Gesto, construção. No balão, a vida na palma da mão. No balão, a vida na palma da mão.
  • 12. Saúde Junio Santos Saúde, tchu ru ru, Tem que ser boa para todos. Tchu ru ru. Ainda há gente sem comer A nossa luta é pra valer, Tchu ru ru ru ru. Saúde não é bula e ambulância. A ficha cai, o caso é grave, o tempo avança. É dever da gestão, do controle social Ouvir o território, o movimento social. Saúde, tchu ru ru, Mais que remédio é atitude. Tchu ru ru. Participação é pra valer Reforma agrária do saber, Tchu ru ru ru ru. Cidadania e saúde andam juntas Na sua inquietação em mil perguntas. É dever do bom gestor, é dever do cidadão Romper com o marasmo, que é pai da servidão. Saúde, tchu ru ru, Mais que remédio é atitude. Tchu ru ru. Ainda há gente sem comer Mais que esmola quer saber. Tchu ru ru ru ru. A rede Junio Santos, Ray Lima Nas malhas da rede eu vou, eu vou Balançar pra vida vir Com o tempo avançar. Nas malhas da rede eu vou, eu vou Navegando na maré Da cultura popular. Essa rede é do homem Essa rede é da mulher Essa rede é inclusiva Pode vir donde vier Saúde é cidadania Trabalhador sonha e tem fé. Nas malhas da rede eu vou, eu vou Balançar pra vida vir Com o tempo avançar. Nas malhas da rede eu vou, eu vou Navegando na maré Da cultura popular. Nossa rede é unida É erudita, é popular A rede é libertadora Sabe aonde quer chegar Nela cabem as diferenças E os saberes do lugar. Nas malhas da rede eu vou, eu vou Balançar pra vida vir Com o tempo avançar. Nas malhas da rede eu vou, eu vou Navegando na maré Da cultura popular.