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TEATRO E TRÂNSITO: UMA COMBINAÇÃO PERFEITA NA
ARTE DE EDUCAR.
DOS SANTOS, GLEISON LUIZ.
INTRODUÇÃO
Toda prática pedagógica de ensino requer métodos e metodologias variadas,
criatividade efervescente e sistematização do conteúdo de forma clara e coerente. Diante
desse desafio do ensino-aprendizagem, em torná-lo mais atrativo, nos deparamos com alguns
aspectos pedagógicos que podem estimular o prazer de aprender.
No decorrer dos tempos o teatro tem se, se mostrado como uma ferramenta de grande
valor pedagógico para que o processo de ensino aprendizagem alcance o seu objetivo; não só
na fase da infância, da adolescência, como também na fase adulta. Essa estratégia pode ser
usada de inúmeras formas e maneiras, para que o objetivo desejado seja alcançado de forma
mais pedagógica possível.
E, ao nos depararmos com o trânsito percebemos as falhas nesse processo de
aprendizagem, ou esquecimento mesmo, por conta do conhecimento não ter se firmando na
mente do condutor. Diante dessa constatação e dos altos índices de acidentes e infrações;
nossa reflexão passa a ser: como alterar essa triste realidade? Teria o lúdico espaço para
ensinar fatos aos condutores, bem como também aos novos condutores? Seria essa a forma de
preparar os futuros usuários do trânsito?
Não queremos aqui, questionar os métodos utilizados pelos Centros de Formação de
Condutores – os CFCs; doravante usados neste corpus, mas trazer uma reflexão sobre outras
maneiras de trabalhar a formação preventiva de novos condutores e levar os atuais condutores
à uma autorreflexão de suas ações no trânsito e as consequências das mesmas. Para esse
intento temos o teatro trabalhado no espaço escolar como método preventivo e reflexivo de
educação, pois sabemos que ao mostrarmos uma verdade a criança ela compartilha em casa e
cobra de seus pais. Respeitando os limites necessários no processo de aprendizagem a cada
faixa etária, teremos em um futuro próximo motoristas com atitudes modificadas, visto que as
atitudes observadas no trânsito hoje acabam sendo cultural, conforme FRANCO afirma:
A escola como instrumento de apropriação do saber, assume mais um
papel representativo na sociedade: a Educação para o Trânsito, que
não pode ser isolada do contexto da cidade em que tem lugar, mas sim
estar ligada ao contexto social cultural mais amplo. Trânsito é
pedestre, passageiros, ciclista, catador de papel e demais condutores.
Preparar culturalmente a sociedade para o Trânsito Viário, é
transformar a historia em favor da preservação da vida. ( 2000, p.2)
Mas, nenhum projeto de educação para o Trânsito destinado às escolas deve ter como
objetivo formar futuros motoristas. Isto porque não existe na lei alguma determinação que
todas as pessoas devem ser motoristas. Essas ações pedagógicas nas escolas têm como função
analisar, refletir e debater sobre às leis de trânsito e do espaço público; sobre a convivência
entre as pessoas pelas ruas e os veículos, a tolerância, a igualdade de direitos, a
responsabilidade, a solidariedade, a harmonia entre ambos, e outros valores de suma
importância para tornar o trânsito mais humano.
TEATRO
Podemos ver no teatro um sistema de ensino estabelecido, trata-se, antes, de um
instrumento onde notaremos a importância do teatro e seu papel verdadeiro na formação de
personalidade das crianças e dos adolescentes como potenciais condutores, e, dos adultos
como condutores de fato, mas, também o testemunho de nossa fé na educação pela arte.
Há muito tempo que o teatro está sendo usado como método de ensino; e, através do
processo de educação vem sendo deslumbrado. Pensadores e educadores vêm há muito
tempo percorrendo diversos caminhos na tentativa de encontrar aquele que realmente coloque
a arte a serviço da educação. Dizia que mesmo as crianças de tenra idade deviam participar de
todas as formas de jogo adequadas ao seu nível de desenvolvimento, pois sem essa atmosfera
lúdica, elas jamais seriam adultos educados e bons cidadãos. Em tratando de aprendizagem
cujas as bases são as práticas, vivenciadas em todos os momentos e, por este motivo, se
tornam difíceis ver mudanças quando essas práticas já estão arraigadas, conforme nos orienta
os estudos de JEAN PIAGET:
Só podemos olhar o outro e sua história, se temos conosco uma abertura de
aprendiz que se observa em sua própria história. Nesse sentido, a ação de
olhar é um ato de estudar a si próprio, a realidade, o grupo, à luz que nos
inspira, pois sempre só vejo o que sei. (PIAGET apud ARANHA, 1996)
Podemos observar que o fator exemplos dos pais para os filhos, tem deixando uma
lacuna enorme quanto à educação para o trânsito, afastando efetivamente a possibilidade de
melhorias no trânsito, segurança e mudanças reais no comportamento daqueles que o
compõem.
Os gregos achavam que a educação deveria começar de maneira lúdica e sem qualquer
ar de constrangimento, sobretudo para que as crianças pudessem desenvolver aa tendência
natural de seu caráter. Aristóteles e Platão deram grande destaque ao jogo na educação,
considerando-o de máxima importância, pois acreditava que educar era preparar para a vida,
proporcionando ao mesmo tempo prazer.
O teatro para os romanos era uma imitação que teria um proposito educacional se
pudesse ensinar lições morais. O grande pensador Horácio, considerava o teatro uma forma
não só de entretenimento, mas também de educação: “Todo louvor obtém o poeta que une
informação com prazer, ao mesmo tempo iluminando e instruindo o leitor/espectador.”
Voltando o olhar para a história vamos encontrar diversos filósofos nas mais distintas
épocas destacando a importância do teatro na formação humana, através dos jogos de
expressão.
Leibniz apoiava o teatro como condição de que fosse instrutivo. Era de opinião que a
melhor tragédia purificava a autocompaixão e produzia o altruísmo. Já para Locke, o
conhecimento advinha de percepção dos sentidos, estando implícita a ideia de que a arte
deveria ser prática.
O significado da arte, dos jogos de expressão; é diferente para adultos e crianças. Para
a criança, a arte é principalmente um meio de expressão. A criança é um ser extremamente
dinâmico: à medida que ser desenvolve e modifica sua forma de encarar o mundo, sua
expressão também se modifica. A arte desempenha um papel fundamental na educação das
crianças. Quando a criança desenha, faz uma escultura ou dramatiza uma situação, transmite
com isso parte de si mesma: nos mostra como sente, como pensa e como vê. É um enorme
prazer expressar os próprios sentimentos e emoções através da arte. Até crianças muito
pequenas podem sentir essa satisfação. Para crianças maiores e adolescentes, a arte é também
um meio de apreciar e entender outros tipos de cultura, percebendo quais valores de uma
sociedade influenciaram as que se seguiam.
As atividades de expressão propostas às crianças ou adolescentes desenvolvem sua
capacidade de observação, percepção e imaginação, aptidões consideradas fundamentais para
a apreciação da vida ao redor.
A criança aprende atuando, o clima adequado para a criança atuar deve oferecer ampla
liberdade e respeito. A criança e criadora por natureza. Somente podem contestar os que
nunca observaram uma criança em seus jogos livres ou aqueles já marcados pela ação
esclerosante de um ambiente opressor. Na criança, como no homem adulto, o espirito sopra
para onde ele quer e como quer, as sopra. A menos que o adulto sufoque na sua teimosia de
dirigir tudo.
As atividades de expressão artística são excelentes recursos para auxiliar o
crescimento, não somente afetivo e psicomotor como também cognitivo do indivíduo. O
objetivo básico dessas atividades é desenvolver a auto expressão do homem, isto é, oferecer-
lhe oportunidades de atuar efetivamente no mundo: opinar, criticar e sugerir. Ainda mais que
em nossa sociedade, existe um senso comum de que a competição é necessária para estimular
o progresso. No entanto, quando estendida ao trânsito, ela gera conflito e desrespeito. Assim,
a Educação deve desenvolver atitudes cooperativas e fazer com que esses conceitos sejam
aplicados ai viver social, remetendo a uma nova visão das questões complexas do
comportamento do homem no trânsito.
Para que esse objetivo seja plenamente atingido, é necessário que ofereça a criança
e/ou ao aluno/candidato varias oportunidades de atuação espontânea, num clima de liberdade.
Somente assim, as atividades de expressão poderão concorrer para que esses libere sua
espontaneidade e desenvolva sua personalidade, assimilando a cultura. Promovendo assim,
debates com foco prefixados, estimulando o desenvolvimento do espirito critico do aluno.
Ao desenvolver atividades de expressão artística, baseadas no jogo teatral, não se
pretende formar um artista, mas um ser espontâneo, vivo, dinâmico, capaz de exteriorizar seus
pensamentos, sentimentos e sensações. O objetivo das atividades teatral é formar um ser
social, apto a construir gradualmente sua própria escala de valores e desenvolver seu senso
estético, desta forma, o encontro do equilíbrio entre o indivíduo e a sociedade, pois se as
atividades oferecidas se inserem num contexto contemporâneo e social, isto é, se o aqui e o
agora o estimulam a ir abandonando seu egocentrismo, ele passa a relacionar-se mais com o
outro e com o próprio meio.
TRÂNSITO
O que é trânsito? Uma simples pergunta que leva o interlocutores a uma resposta
simples e, nas maiorias das vezes equivocadas. Muitos responderiam assim: “trânsito é: lugar
por onde andam os carros e que tem causados muito acidentes”. É essa resposta que
encontramos no senso comum da população. Mas trânsito é muito mais do que isso, vai além,
nos revela o direito de ir e vir, nos reporta a mobilidade, que é o principio básico desse direito.
Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, CTB; no seu Artigo 1º em seu § 1º:
O trânsito de qualquer natureza nas vias terrestres do território nacional,
abertas à circulação, rege-se por este Código.
§ 1º Considera-se trânsito a utilização das vias por pessoas, veículos e
animais, isolados ou em grupos, conduzidos ou não, para fins de circulação,
parada, estacionamento e operação de carga ou descarga. (2008, p.9)
Como o passar dos anos, com a evolução dos meios de transportes, a malha viária tem
se tornando ineficiente, e com isso o número de imprudências tem aumentado
vertiginosamente, e os condutores tem apresentado uma ineficiência no ato de conduzir seus
veículos, essa falta de qualidade dos condutores pode estar relacionada a sua formação nos
CFCs, que segue a legislação e cumpre as horas que a mesma pedem, mas o trânsito não
envolve apenas a legislação, somos humanos e necessitamos de aprender como lidar com
situações adversas a nossa rotina.
Mas, o trânsito não se resume apenas à condutores de veículos automotores, o trânsito
está relacionado à todos nós que usamos das calhas viárias e das calçadas para transitarmos,
desta forma, todos nós temos responsabilidade de sabermos como usar o trânsito e termos a
consciência de que transitar com segurança é um dever de todo cidadão. Porém, de acordo
com Vasconcellos (1998) “o trânsito é o conjunto de todos os deslocamentos diários feitos
pelas calçadas e vias da cidade, e que parece nas ruas na forma da movimentação geral dos
pedestres e veículos”.
E, não podemos esquecer que nossas crianças utilizam o trânsito o tempo todo, e por
esta razão, elas fazem parte de um dos grupos de risco, provavelmente o mais importante e
vulnerável, pois elas, não sabem se proteger e defender das ocorrências do trânsito. Essa
atenção com as crianças se torna necessário por dois importantes motivos, o primeiro é que
elas são os condutores em potenciais; nossos futuros condutores, e, o outro motivo é que as
crianças então sempre em busca de independência, o que é normal no processo de
desenvolvimento humano.
As crianças no trânsito estão expostas o tempo todo ao fator risco, conforme
ROZESTRATEN, (1988):
• As crianças não reagem como um adulto;
• Não enxergam e não percebem como os adultos quanto à maneira como um carro se
aproxima;
• Confundem o “ver” com o “ser visto”;
• Tem um campo visual mais estreito;
• Tem baixa estatura;
• Confundem tamanhos com distâncias;
• Têm dificuldade para distinguir sons, principalmente se misturada;
• São distraídas;
• Só ouve o que lhe interessa;
• Não compreendem a relação entre causa e efeito;
• Não avaliam distância, tempo e velocidade.
Assim como a educação através da leitura, abre novos horizontes ampliando e
proporcionando transformação do ser humano para o mundo, da mesma forma a educação
para trânsito necessita de um processo de alfabetização para aprender a ler as ruas, as
avenidas, rodovia, e outros elementos que compõem o trânsito e facilita o ir e vir, pois; educar
para o trânsito é, antes de tudo, a transformação de posturas adquiridas ao longo dos anos.
Como dispõe no CTB, que foi sancionado no dia 23 de setembro de 1997, em seu
Capitulo VI, sobre a obrigatoriedade da educação de Trânsito:
Art. 74. A educação para o trânsito é direito de todos e constitui dever
prioritário para os componentes do Sistema Nacional de Trânsito.
§ 1º É obrigatória a existência de coordenação educacional em cada
órgão ou entidade componente do Sistema Nacional de Trânsito.
§ 2º Os órgãos ou entidades executivos de trânsito deverão promover,
dentro de sua estrutura organizacional ou mediante convênio, o
funcionamento de Escolas Públicas de Trânsito, nos moldes e padrões
estabelecidos pelo CONTRAN.
Art. 75. O CONTRAN estabelecerá, anualmente, os temas e os
cronogramas das campanhas de âmbito nacional que deverão ser
promovidas por todos os órgãos ou entidades do Sistema Nacional de
Trânsito, em especial nos períodos referentes às férias escolares,
feriados prolongados e à Semana Nacional de Trânsito.
§ 1º Os órgãos ou entidades do Sistema Nacional de Trânsito deverão
promover outras campanhas no âmbito de sua circunscrição e de
acordo com as peculiaridades locais.
§ 2º As campanhas de que trata este artigo são de caráter permanente,
e os serviços de rádio e difusão sonora de sons e imagens explorados
pelo poder público são obrigados a difundi-las gratuitamente, com a
frequência recomendada pelos órgãos competentes do Sistema
Nacional de Trânsito.
Art. 76. A educação para o trânsito será promovida na pré-escola e
nas escolas de 1º, 2º e 3º graus, por meio de planejamento e ações
coordenadas entre os órgãos e entidades do Sistema Nacional de
Trânsito e de Educação, da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios, nas respectivas áreas de atuação.
Parágrafo único. Para a finalidade prevista neste artigo, o Ministério
da Educação e do Desporto, mediante proposta do CONTRAN e do
Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras, diretamente ou
mediante convênio, promoverá:
I - a adoção, em todos os níveis de ensino, de um currículo
interdisciplinar com conteúdo programático sobre segurança de
trânsito;
II - a adoção de conteúdos relativos à educação para o trânsito nas
escolas de formação para o magistério e o treinamento de professores
e multiplicadores;
III - a criação de corpos técnicos interprofissionais [sic] para
levantamento e análise de dados estatísticos relativos ao trânsito;
IV - a elaboração de planos de redução de acidentes de trânsito junto
aos núcleos interdisciplinares universitários de trânsito, com vistas à
integração universidades sociedade na área de trânsito.
Art. 77. No âmbito da educação para o trânsito caberá ao Ministério
da Saúde, mediante proposta do CONTRAN, estabelecer campanha
nacional esclarecendo condutas a serem seguidas nos primeiros
socorros em caso de acidente de trânsito.
Parágrafo único. As campanhas terão caráter permanente por
intermédio do Sistema Único de Saúde - SUS, sendo intensificadas
nos períodos e na forma estabelecidos no art. 76.
Art. 78. Os Ministérios da Saúde, da Educação e do Desporto, do
Trabalho, dos Transportes e da Justiça, por intermédio do CONTRAN,
desenvolverão e implementarão programas destinados à prevenção de
acidentes.
Parágrafo único. O percentual de dez por cento do total dos valores
arrecadados destinados à Previdência Social, do Prêmio do Seguro
Obrigatório de Danos Pessoais causados por Veículos Automotores de
Via Terrestre - DPVAT, de que trata a Lei nº 6.194, de 19 de
dezembro de 1974, serão repassados mensalmente ao Coordenador do
Sistema Nacional de Trânsito para aplicação exclusiva em programas
de que trata este artigo.
Art. 79. Os órgãos e entidades executivos de trânsito poderão firmar
convênio com os órgãos de educação da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, objetivando o cumprimento das
obrigações estabelecidas neste capítulo.
Na prática, sabemos que não existem atividades realizadas nas escolas e colégios. Para
que, tais atividades possam ser realizadas o educador precisará tomar a iniciativa. E uma das
maneiras mais fácil para transmitir conceitos complexos como é o sistema de trânsito, é o
teatro que através de imitações; ou criando e recriando, ele descobre seus dois mundos, o
interior e o exterior. É do encontro desses dois mundos que nasce a expressão, que é utilizada
no processo de transmissão dos conceitos e práticas relacionadas ao trânsito.
TEATRO E TRÂNSITO
A combinação teatro e trânsito tem se revelado de grande relevância e com resultados
promissores; principalmente quando desenvolvidos em parceria com as escolas, sejam
públicas ou privadas. O intuito dessa cooperação entre os órgãos de trânsito e os
estabelecimentos de ensino, não é ensinar a pessoa a se tornar um condutor, pelo contrario,
através dos jogos lúdicos ensinar as crianças, adolescente, jovens e os adultos em geral a se
tornarem cidadãos conscientes de sua responsabilidade para com o trânsito, pois, como bem
sabemos o trânsito não é composto apenas por motoristas, mas sim, por todos que transitam,
seja pelas ruas e avenidas ou pelas calçadas.
Com esse pensamento o teatro vem como uma ferramenta pedagógica, tanto para a
criança quanto para os adultos, o aprender “brincando” é bem mais fácil para se memorizar as
normas e conceitos. Além de, nos levar a refletir e observar o que tem o que está acontecendo
ao nosso redor e a cobrar; quer seja de nossos pais, que seja de nossos amigos ou até de nós
mesmo à termos mais compromisso com nossos deveres de usuário do trânsito.
No estado do Mato Grosso, existe um projeto desenvolvido pela Policia Rodoviária
Federal, PRF em parceria com a Secretária Estadual de Educação e Cultura – Seduc,
juntamente com o Departamento Estadual de Trânsito – Detran, que é realizado com as
escolas e ainda os projetos sociais de caráter educativo que uni a educação, o teatro e o
trânsito, num festival denominado de FETRAN – Festival Estudantil Temático Teatro para o
Trânsito que tem como objetivo sensibilizar crianças e adolescentes quanto à necessidade de
conhecer as normas e leis que regem o trânsito, bem como desenvolver os princípios de
cidadania, auxiliando-os a se tornarem participantes do trânsito, com consciência e
comprometidos com a segurança dos mesmos. No regulamento do 11º Fetran encontramos o
que tange ao objetivo:
Sensibilizar e conscientizar a população, em especial, crianças e
adolescentes sobre seus direitos e deveres enquanto usuários das vias
terrestres, com a finalidade de formar cidadãos comprometidos com a
segurança no trânsito e o bom convívio social, por meio das artes cênicas,
fomentando a produção cultural e artística no ambiente escolar e a
sensibilização dos indivíduos quanto a responsabilidade de todos na
construção de um trânsito seguro. (http://www.mt.fetran.com.br/).
Hoje, além do Mato Grosso o fetran é realizado em outros estados da união, sendo
que, no estado do Mato Grosso do Sul; o mesmo já está em sua 5ª edição. Nos dois estados
são realizadas etapas seletivas para a final nas Capitais, essas etapas envolvem todas as
escolas e a cidade no geral, mobilizando a todos em prol de um trânsito melhor e consciente.
CONCLUSÃO
Diante do que foi exposto aqui, podemos perceber que os jogos lúdicos é uma grande
ferramenta no que diz respeito a educar as futuras gerações e conscientizar as presentes
gerações de que todos nós somos responsáveis por um trânsito seguro e melhor. Temos nas
crianças os verdadeiros fiscais de trânsito, pois quando elas aprendem o certo não aceitam que
seja feito de outra maneira.
Observando o projeto do Fetran durante anos, percebemos que a educação começa
desde cedo, com “brincadeiras” que nos ensinam grandes lições da realidade. Podemos
presenciar no palco do teatro grandes representações do palco da vida, que nos fizeram refletir
sobre nossa conduta no trânsito. Mas há uma diferença entre o palco do teatro e o palco da
vida, no primeiro, mesmo tendo representado uma tragédia, após o fechamento da cortina
tudo volta ao normal, enquanto que no segundo, as consequências e as dores permanece
eternamente.
Seja no palco da vida, seja no palco do teatro, todos temos a responsabilidade de
educar e sermos educados, para uma convivência harmoniosa e segura no trânsito.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
ARANHA, M. L. de A. Filosofia da Educação. 3ª edição, São Paulo: 1996, Ed, Moderna.
BRASIL, Código de Trânsito Brasileiro. Código de Trânsito Brasileiro: instituído pela Lei
nº 9.503, de 23-9-97 - 3ª edição - Brasília: 2008, DENATRAN.
REVERBEL, Olga. Um Caminho do Teatro na Escola. Série Pensamento e Ação no
Magistério, 2ª edição, São Paulo: 1989; Ed. Scipione.
ROZESTRATEN, R. J. A. Psicologia do Trânsito: Conceitos e Processos básicos. São
Paulo: 1988, EDUSP.
VASCONCELOS, E. A. O que é Trânsito. 3ª edição, São Paulo: 1985; Brasiliense.
http://www.mt.fetran.com.br/ 15/04/2014 – 23h37

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Teatro e trânsito

  • 1. TEATRO E TRÂNSITO: UMA COMBINAÇÃO PERFEITA NA ARTE DE EDUCAR. DOS SANTOS, GLEISON LUIZ. INTRODUÇÃO Toda prática pedagógica de ensino requer métodos e metodologias variadas, criatividade efervescente e sistematização do conteúdo de forma clara e coerente. Diante desse desafio do ensino-aprendizagem, em torná-lo mais atrativo, nos deparamos com alguns aspectos pedagógicos que podem estimular o prazer de aprender. No decorrer dos tempos o teatro tem se, se mostrado como uma ferramenta de grande valor pedagógico para que o processo de ensino aprendizagem alcance o seu objetivo; não só na fase da infância, da adolescência, como também na fase adulta. Essa estratégia pode ser usada de inúmeras formas e maneiras, para que o objetivo desejado seja alcançado de forma mais pedagógica possível. E, ao nos depararmos com o trânsito percebemos as falhas nesse processo de aprendizagem, ou esquecimento mesmo, por conta do conhecimento não ter se firmando na mente do condutor. Diante dessa constatação e dos altos índices de acidentes e infrações; nossa reflexão passa a ser: como alterar essa triste realidade? Teria o lúdico espaço para ensinar fatos aos condutores, bem como também aos novos condutores? Seria essa a forma de preparar os futuros usuários do trânsito? Não queremos aqui, questionar os métodos utilizados pelos Centros de Formação de Condutores – os CFCs; doravante usados neste corpus, mas trazer uma reflexão sobre outras maneiras de trabalhar a formação preventiva de novos condutores e levar os atuais condutores à uma autorreflexão de suas ações no trânsito e as consequências das mesmas. Para esse intento temos o teatro trabalhado no espaço escolar como método preventivo e reflexivo de educação, pois sabemos que ao mostrarmos uma verdade a criança ela compartilha em casa e cobra de seus pais. Respeitando os limites necessários no processo de aprendizagem a cada
  • 2. faixa etária, teremos em um futuro próximo motoristas com atitudes modificadas, visto que as atitudes observadas no trânsito hoje acabam sendo cultural, conforme FRANCO afirma: A escola como instrumento de apropriação do saber, assume mais um papel representativo na sociedade: a Educação para o Trânsito, que não pode ser isolada do contexto da cidade em que tem lugar, mas sim estar ligada ao contexto social cultural mais amplo. Trânsito é pedestre, passageiros, ciclista, catador de papel e demais condutores. Preparar culturalmente a sociedade para o Trânsito Viário, é transformar a historia em favor da preservação da vida. ( 2000, p.2) Mas, nenhum projeto de educação para o Trânsito destinado às escolas deve ter como objetivo formar futuros motoristas. Isto porque não existe na lei alguma determinação que todas as pessoas devem ser motoristas. Essas ações pedagógicas nas escolas têm como função analisar, refletir e debater sobre às leis de trânsito e do espaço público; sobre a convivência entre as pessoas pelas ruas e os veículos, a tolerância, a igualdade de direitos, a responsabilidade, a solidariedade, a harmonia entre ambos, e outros valores de suma importância para tornar o trânsito mais humano. TEATRO Podemos ver no teatro um sistema de ensino estabelecido, trata-se, antes, de um instrumento onde notaremos a importância do teatro e seu papel verdadeiro na formação de personalidade das crianças e dos adolescentes como potenciais condutores, e, dos adultos como condutores de fato, mas, também o testemunho de nossa fé na educação pela arte. Há muito tempo que o teatro está sendo usado como método de ensino; e, através do processo de educação vem sendo deslumbrado. Pensadores e educadores vêm há muito tempo percorrendo diversos caminhos na tentativa de encontrar aquele que realmente coloque a arte a serviço da educação. Dizia que mesmo as crianças de tenra idade deviam participar de todas as formas de jogo adequadas ao seu nível de desenvolvimento, pois sem essa atmosfera lúdica, elas jamais seriam adultos educados e bons cidadãos. Em tratando de aprendizagem cujas as bases são as práticas, vivenciadas em todos os momentos e, por este motivo, se tornam difíceis ver mudanças quando essas práticas já estão arraigadas, conforme nos orienta os estudos de JEAN PIAGET:
  • 3. Só podemos olhar o outro e sua história, se temos conosco uma abertura de aprendiz que se observa em sua própria história. Nesse sentido, a ação de olhar é um ato de estudar a si próprio, a realidade, o grupo, à luz que nos inspira, pois sempre só vejo o que sei. (PIAGET apud ARANHA, 1996) Podemos observar que o fator exemplos dos pais para os filhos, tem deixando uma lacuna enorme quanto à educação para o trânsito, afastando efetivamente a possibilidade de melhorias no trânsito, segurança e mudanças reais no comportamento daqueles que o compõem. Os gregos achavam que a educação deveria começar de maneira lúdica e sem qualquer ar de constrangimento, sobretudo para que as crianças pudessem desenvolver aa tendência natural de seu caráter. Aristóteles e Platão deram grande destaque ao jogo na educação, considerando-o de máxima importância, pois acreditava que educar era preparar para a vida, proporcionando ao mesmo tempo prazer. O teatro para os romanos era uma imitação que teria um proposito educacional se pudesse ensinar lições morais. O grande pensador Horácio, considerava o teatro uma forma não só de entretenimento, mas também de educação: “Todo louvor obtém o poeta que une informação com prazer, ao mesmo tempo iluminando e instruindo o leitor/espectador.” Voltando o olhar para a história vamos encontrar diversos filósofos nas mais distintas épocas destacando a importância do teatro na formação humana, através dos jogos de expressão. Leibniz apoiava o teatro como condição de que fosse instrutivo. Era de opinião que a melhor tragédia purificava a autocompaixão e produzia o altruísmo. Já para Locke, o conhecimento advinha de percepção dos sentidos, estando implícita a ideia de que a arte deveria ser prática. O significado da arte, dos jogos de expressão; é diferente para adultos e crianças. Para a criança, a arte é principalmente um meio de expressão. A criança é um ser extremamente dinâmico: à medida que ser desenvolve e modifica sua forma de encarar o mundo, sua expressão também se modifica. A arte desempenha um papel fundamental na educação das crianças. Quando a criança desenha, faz uma escultura ou dramatiza uma situação, transmite com isso parte de si mesma: nos mostra como sente, como pensa e como vê. É um enorme prazer expressar os próprios sentimentos e emoções através da arte. Até crianças muito pequenas podem sentir essa satisfação. Para crianças maiores e adolescentes, a arte é também
  • 4. um meio de apreciar e entender outros tipos de cultura, percebendo quais valores de uma sociedade influenciaram as que se seguiam. As atividades de expressão propostas às crianças ou adolescentes desenvolvem sua capacidade de observação, percepção e imaginação, aptidões consideradas fundamentais para a apreciação da vida ao redor. A criança aprende atuando, o clima adequado para a criança atuar deve oferecer ampla liberdade e respeito. A criança e criadora por natureza. Somente podem contestar os que nunca observaram uma criança em seus jogos livres ou aqueles já marcados pela ação esclerosante de um ambiente opressor. Na criança, como no homem adulto, o espirito sopra para onde ele quer e como quer, as sopra. A menos que o adulto sufoque na sua teimosia de dirigir tudo. As atividades de expressão artística são excelentes recursos para auxiliar o crescimento, não somente afetivo e psicomotor como também cognitivo do indivíduo. O objetivo básico dessas atividades é desenvolver a auto expressão do homem, isto é, oferecer- lhe oportunidades de atuar efetivamente no mundo: opinar, criticar e sugerir. Ainda mais que em nossa sociedade, existe um senso comum de que a competição é necessária para estimular o progresso. No entanto, quando estendida ao trânsito, ela gera conflito e desrespeito. Assim, a Educação deve desenvolver atitudes cooperativas e fazer com que esses conceitos sejam aplicados ai viver social, remetendo a uma nova visão das questões complexas do comportamento do homem no trânsito. Para que esse objetivo seja plenamente atingido, é necessário que ofereça a criança e/ou ao aluno/candidato varias oportunidades de atuação espontânea, num clima de liberdade. Somente assim, as atividades de expressão poderão concorrer para que esses libere sua espontaneidade e desenvolva sua personalidade, assimilando a cultura. Promovendo assim, debates com foco prefixados, estimulando o desenvolvimento do espirito critico do aluno. Ao desenvolver atividades de expressão artística, baseadas no jogo teatral, não se pretende formar um artista, mas um ser espontâneo, vivo, dinâmico, capaz de exteriorizar seus pensamentos, sentimentos e sensações. O objetivo das atividades teatral é formar um ser social, apto a construir gradualmente sua própria escala de valores e desenvolver seu senso estético, desta forma, o encontro do equilíbrio entre o indivíduo e a sociedade, pois se as atividades oferecidas se inserem num contexto contemporâneo e social, isto é, se o aqui e o
  • 5. agora o estimulam a ir abandonando seu egocentrismo, ele passa a relacionar-se mais com o outro e com o próprio meio. TRÂNSITO O que é trânsito? Uma simples pergunta que leva o interlocutores a uma resposta simples e, nas maiorias das vezes equivocadas. Muitos responderiam assim: “trânsito é: lugar por onde andam os carros e que tem causados muito acidentes”. É essa resposta que encontramos no senso comum da população. Mas trânsito é muito mais do que isso, vai além, nos revela o direito de ir e vir, nos reporta a mobilidade, que é o principio básico desse direito. Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, CTB; no seu Artigo 1º em seu § 1º: O trânsito de qualquer natureza nas vias terrestres do território nacional, abertas à circulação, rege-se por este Código. § 1º Considera-se trânsito a utilização das vias por pessoas, veículos e animais, isolados ou em grupos, conduzidos ou não, para fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga. (2008, p.9) Como o passar dos anos, com a evolução dos meios de transportes, a malha viária tem se tornando ineficiente, e com isso o número de imprudências tem aumentado vertiginosamente, e os condutores tem apresentado uma ineficiência no ato de conduzir seus veículos, essa falta de qualidade dos condutores pode estar relacionada a sua formação nos CFCs, que segue a legislação e cumpre as horas que a mesma pedem, mas o trânsito não envolve apenas a legislação, somos humanos e necessitamos de aprender como lidar com situações adversas a nossa rotina. Mas, o trânsito não se resume apenas à condutores de veículos automotores, o trânsito está relacionado à todos nós que usamos das calhas viárias e das calçadas para transitarmos, desta forma, todos nós temos responsabilidade de sabermos como usar o trânsito e termos a consciência de que transitar com segurança é um dever de todo cidadão. Porém, de acordo com Vasconcellos (1998) “o trânsito é o conjunto de todos os deslocamentos diários feitos pelas calçadas e vias da cidade, e que parece nas ruas na forma da movimentação geral dos pedestres e veículos”. E, não podemos esquecer que nossas crianças utilizam o trânsito o tempo todo, e por esta razão, elas fazem parte de um dos grupos de risco, provavelmente o mais importante e
  • 6. vulnerável, pois elas, não sabem se proteger e defender das ocorrências do trânsito. Essa atenção com as crianças se torna necessário por dois importantes motivos, o primeiro é que elas são os condutores em potenciais; nossos futuros condutores, e, o outro motivo é que as crianças então sempre em busca de independência, o que é normal no processo de desenvolvimento humano. As crianças no trânsito estão expostas o tempo todo ao fator risco, conforme ROZESTRATEN, (1988): • As crianças não reagem como um adulto; • Não enxergam e não percebem como os adultos quanto à maneira como um carro se aproxima; • Confundem o “ver” com o “ser visto”; • Tem um campo visual mais estreito; • Tem baixa estatura; • Confundem tamanhos com distâncias; • Têm dificuldade para distinguir sons, principalmente se misturada; • São distraídas; • Só ouve o que lhe interessa; • Não compreendem a relação entre causa e efeito; • Não avaliam distância, tempo e velocidade. Assim como a educação através da leitura, abre novos horizontes ampliando e proporcionando transformação do ser humano para o mundo, da mesma forma a educação para trânsito necessita de um processo de alfabetização para aprender a ler as ruas, as avenidas, rodovia, e outros elementos que compõem o trânsito e facilita o ir e vir, pois; educar para o trânsito é, antes de tudo, a transformação de posturas adquiridas ao longo dos anos. Como dispõe no CTB, que foi sancionado no dia 23 de setembro de 1997, em seu Capitulo VI, sobre a obrigatoriedade da educação de Trânsito: Art. 74. A educação para o trânsito é direito de todos e constitui dever prioritário para os componentes do Sistema Nacional de Trânsito. § 1º É obrigatória a existência de coordenação educacional em cada órgão ou entidade componente do Sistema Nacional de Trânsito. § 2º Os órgãos ou entidades executivos de trânsito deverão promover, dentro de sua estrutura organizacional ou mediante convênio, o funcionamento de Escolas Públicas de Trânsito, nos moldes e padrões estabelecidos pelo CONTRAN.
  • 7. Art. 75. O CONTRAN estabelecerá, anualmente, os temas e os cronogramas das campanhas de âmbito nacional que deverão ser promovidas por todos os órgãos ou entidades do Sistema Nacional de Trânsito, em especial nos períodos referentes às férias escolares, feriados prolongados e à Semana Nacional de Trânsito. § 1º Os órgãos ou entidades do Sistema Nacional de Trânsito deverão promover outras campanhas no âmbito de sua circunscrição e de acordo com as peculiaridades locais. § 2º As campanhas de que trata este artigo são de caráter permanente, e os serviços de rádio e difusão sonora de sons e imagens explorados pelo poder público são obrigados a difundi-las gratuitamente, com a frequência recomendada pelos órgãos competentes do Sistema Nacional de Trânsito. Art. 76. A educação para o trânsito será promovida na pré-escola e nas escolas de 1º, 2º e 3º graus, por meio de planejamento e ações coordenadas entre os órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito e de Educação, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, nas respectivas áreas de atuação. Parágrafo único. Para a finalidade prevista neste artigo, o Ministério da Educação e do Desporto, mediante proposta do CONTRAN e do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras, diretamente ou mediante convênio, promoverá: I - a adoção, em todos os níveis de ensino, de um currículo interdisciplinar com conteúdo programático sobre segurança de trânsito; II - a adoção de conteúdos relativos à educação para o trânsito nas escolas de formação para o magistério e o treinamento de professores e multiplicadores; III - a criação de corpos técnicos interprofissionais [sic] para levantamento e análise de dados estatísticos relativos ao trânsito; IV - a elaboração de planos de redução de acidentes de trânsito junto aos núcleos interdisciplinares universitários de trânsito, com vistas à integração universidades sociedade na área de trânsito. Art. 77. No âmbito da educação para o trânsito caberá ao Ministério da Saúde, mediante proposta do CONTRAN, estabelecer campanha nacional esclarecendo condutas a serem seguidas nos primeiros socorros em caso de acidente de trânsito. Parágrafo único. As campanhas terão caráter permanente por intermédio do Sistema Único de Saúde - SUS, sendo intensificadas nos períodos e na forma estabelecidos no art. 76. Art. 78. Os Ministérios da Saúde, da Educação e do Desporto, do Trabalho, dos Transportes e da Justiça, por intermédio do CONTRAN, desenvolverão e implementarão programas destinados à prevenção de acidentes. Parágrafo único. O percentual de dez por cento do total dos valores arrecadados destinados à Previdência Social, do Prêmio do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais causados por Veículos Automotores de Via Terrestre - DPVAT, de que trata a Lei nº 6.194, de 19 de dezembro de 1974, serão repassados mensalmente ao Coordenador do
  • 8. Sistema Nacional de Trânsito para aplicação exclusiva em programas de que trata este artigo. Art. 79. Os órgãos e entidades executivos de trânsito poderão firmar convênio com os órgãos de educação da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, objetivando o cumprimento das obrigações estabelecidas neste capítulo. Na prática, sabemos que não existem atividades realizadas nas escolas e colégios. Para que, tais atividades possam ser realizadas o educador precisará tomar a iniciativa. E uma das maneiras mais fácil para transmitir conceitos complexos como é o sistema de trânsito, é o teatro que através de imitações; ou criando e recriando, ele descobre seus dois mundos, o interior e o exterior. É do encontro desses dois mundos que nasce a expressão, que é utilizada no processo de transmissão dos conceitos e práticas relacionadas ao trânsito. TEATRO E TRÂNSITO A combinação teatro e trânsito tem se revelado de grande relevância e com resultados promissores; principalmente quando desenvolvidos em parceria com as escolas, sejam públicas ou privadas. O intuito dessa cooperação entre os órgãos de trânsito e os estabelecimentos de ensino, não é ensinar a pessoa a se tornar um condutor, pelo contrario, através dos jogos lúdicos ensinar as crianças, adolescente, jovens e os adultos em geral a se tornarem cidadãos conscientes de sua responsabilidade para com o trânsito, pois, como bem sabemos o trânsito não é composto apenas por motoristas, mas sim, por todos que transitam, seja pelas ruas e avenidas ou pelas calçadas. Com esse pensamento o teatro vem como uma ferramenta pedagógica, tanto para a criança quanto para os adultos, o aprender “brincando” é bem mais fácil para se memorizar as normas e conceitos. Além de, nos levar a refletir e observar o que tem o que está acontecendo ao nosso redor e a cobrar; quer seja de nossos pais, que seja de nossos amigos ou até de nós mesmo à termos mais compromisso com nossos deveres de usuário do trânsito. No estado do Mato Grosso, existe um projeto desenvolvido pela Policia Rodoviária Federal, PRF em parceria com a Secretária Estadual de Educação e Cultura – Seduc, juntamente com o Departamento Estadual de Trânsito – Detran, que é realizado com as escolas e ainda os projetos sociais de caráter educativo que uni a educação, o teatro e o trânsito, num festival denominado de FETRAN – Festival Estudantil Temático Teatro para o Trânsito que tem como objetivo sensibilizar crianças e adolescentes quanto à necessidade de
  • 9. conhecer as normas e leis que regem o trânsito, bem como desenvolver os princípios de cidadania, auxiliando-os a se tornarem participantes do trânsito, com consciência e comprometidos com a segurança dos mesmos. No regulamento do 11º Fetran encontramos o que tange ao objetivo: Sensibilizar e conscientizar a população, em especial, crianças e adolescentes sobre seus direitos e deveres enquanto usuários das vias terrestres, com a finalidade de formar cidadãos comprometidos com a segurança no trânsito e o bom convívio social, por meio das artes cênicas, fomentando a produção cultural e artística no ambiente escolar e a sensibilização dos indivíduos quanto a responsabilidade de todos na construção de um trânsito seguro. (http://www.mt.fetran.com.br/). Hoje, além do Mato Grosso o fetran é realizado em outros estados da união, sendo que, no estado do Mato Grosso do Sul; o mesmo já está em sua 5ª edição. Nos dois estados são realizadas etapas seletivas para a final nas Capitais, essas etapas envolvem todas as escolas e a cidade no geral, mobilizando a todos em prol de um trânsito melhor e consciente. CONCLUSÃO Diante do que foi exposto aqui, podemos perceber que os jogos lúdicos é uma grande ferramenta no que diz respeito a educar as futuras gerações e conscientizar as presentes gerações de que todos nós somos responsáveis por um trânsito seguro e melhor. Temos nas crianças os verdadeiros fiscais de trânsito, pois quando elas aprendem o certo não aceitam que seja feito de outra maneira. Observando o projeto do Fetran durante anos, percebemos que a educação começa desde cedo, com “brincadeiras” que nos ensinam grandes lições da realidade. Podemos presenciar no palco do teatro grandes representações do palco da vida, que nos fizeram refletir sobre nossa conduta no trânsito. Mas há uma diferença entre o palco do teatro e o palco da vida, no primeiro, mesmo tendo representado uma tragédia, após o fechamento da cortina tudo volta ao normal, enquanto que no segundo, as consequências e as dores permanece eternamente. Seja no palco da vida, seja no palco do teatro, todos temos a responsabilidade de educar e sermos educados, para uma convivência harmoniosa e segura no trânsito. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
  • 10. ARANHA, M. L. de A. Filosofia da Educação. 3ª edição, São Paulo: 1996, Ed, Moderna. BRASIL, Código de Trânsito Brasileiro. Código de Trânsito Brasileiro: instituído pela Lei nº 9.503, de 23-9-97 - 3ª edição - Brasília: 2008, DENATRAN. REVERBEL, Olga. Um Caminho do Teatro na Escola. Série Pensamento e Ação no Magistério, 2ª edição, São Paulo: 1989; Ed. Scipione. ROZESTRATEN, R. J. A. Psicologia do Trânsito: Conceitos e Processos básicos. São Paulo: 1988, EDUSP. VASCONCELOS, E. A. O que é Trânsito. 3ª edição, São Paulo: 1985; Brasiliense. http://www.mt.fetran.com.br/ 15/04/2014 – 23h37