SlideShare a Scribd company logo
1 of 5
Download to read offline
30 medicina fetal e neonatal
NASCER E CRESCERrevista do hospital de crianças maria pia
ano 2004, vol. XIII, n.º 1
Desproporção Ventricular Pré-Natal
Um achado importante, mas sempre patológico?
Mónica Rebelo1
, Ana C. Ferreira2
, António J. Macedo2
, Graça Nogueira1
, Sashicanta Kaku2
1
Serviço de Cardiologia Pediátrica - Hospital Santa
Marta
2
Serviço de Pediatria 2 - Hospital Dona Estefânia
RESUMO
O ecocardiograma fetal permite o
diagnóstico pré-natal da maioria das
cardiopatiascongénitas.Adesproporção
ventricular, com predomínio patológico
do ventrículo direito sobre o ventrículo
esquerdo, é um achado diagnóstico
importante,que,nãosendosempresinal
de doença, pode estar associado a
cardiopatiacongénita,nomeadamentea
situações de obstáculo à entrada ou à
saída do ventrículo esquerdo. Após o
nascimento põe-se, muitas vezes, a
dúvida da capacidade de recuperação
do ventrículo esquerdo e a decisão
terapêutica nem sempre é consensual.
Palavras-chave:cardiologiapediá-
trica,desproporçãoventricular;diagnós-
tico pré-natal; ventrículo esquerdo hipo-
plásico.
Nascer e Crescer 2004; 13 (1): 30-34
INTRODUÇÃO
A maioria das malformações car-
díacaspodemserdetectadasporecocar-
diografia fetal.1
A desproporção ventri-
cular (DV) é um achado importante, que
pode sugerir a existência de cardiopatia
congénita (CC). 2,3
Nos dois primeiros
trimestres de gestação, no feto normal,
os dois ventrículos devem ter tamanhos
iguais, uma vez que trabalham nas
mesmas condições de carga e os seus
volumes são próximos, sendo a com-
pliance e contractilidade também seme-
lhantes.4
No entanto, nas últimas 10
semanas pode haver predominância do
ventrículo direito (VD), um pouco menos
contráctilecomplacentequeoventrículo
esquerdo (VE). 4,5
Definição
Para se falar em DV é necessário
ter em conta as medidas normais dos
ventrículosduranteagestação.6
Sempre
que exista uma predominância do VD
com VE de dimensões inferiores às
padronizadas para determinada idade
gestacional,diz-sequehádesproporção
ventricular.
As medições efectuadas em modo
M são mais precisas que em bidimen-
sional,masénecessárioquesejamfeitas
com a angulação correcta, num corte
perpendicular ao septo interventricular,
no plano de curto eixo dos ventrículos.
Existem tabelas com medidas padrão de
acordo com a idade de gestação. 6
Diagnóstico Diferencial
A DV pode ou não acompanhar-se
de cardiopatia estrutural.
A - DV com cardiopatia congéni-
ta: 2,4,7,8
1- Por obstáculo à entrada do VE
a. Retorno venoso pulmonar anó-
mala (RVPA)
b. Persistência da Veia cava supe-
rior esquerda com drenagem no seio
coronário (VCSE ao SC)
c. Restrição do Foramen Ovale
d. Estenose mitral
e. Fibroelastose isolada
2 - Por obstáculo à saída do VE
a. Coartação da Aorta
b. Estenose Aórtica
c.Síndromacoraçãoesquerdohipo-
plásico (SCEH)
B - DV sem cardiopatia congénita e
com hipoplasia funcional do VE
Existem situações de DV sem
cardiopatia,comoahérniadiafragmática
congénita que, numa fase precoce da
gestação,podeapresentardesproporção
ventricular9
. Noutras situações, a des-
proporçãotemregressãopósnatal,falan-
do-se, nestes casos, em hipoplasia fun-
cional do VE.
Circulação Fetal Normal
Nofetonormal,osangueoxigenado
proveniente da veia cava inferior prefe-
rencialmente para a aurícula esquerda
(AE) e ventrículo esquerdo (VE) através
doforamenovale.Osangueproveniente
da veia cava inferior abdominal dirige-se
preferencialmente para a válvula tricus-
pide e ventrículo direito10. São, assim,
privilegiadas as circulações coronária e
cerebral.
A presença de uma anomalia que
interfira com a circulação fetal pode
implicar o desenvolvimento de uma DV.
FisiopatologiadaDVcompredomínio
direito
Na vida fetal, quando existe obstá-
culo à entrada ou à saída do VE, o VD
pode substituir ou complementar o VE
para assegurar a perfusão da aorta, pelo
canalarterial.Emsituaçõesdeobstáculo
à entrada do VE ocorre diminuição do
enchimento do VE com consequente
diminuição do seu crescimento, tornan-
do-se pequeno.11
Nos obstáculos à saída, um au-
mento da pós-carga leva à hipertrofia do
VE que se torna menos complacente, o
que vai determinar uma redução no
enchimento ventricular, com conse-
31medicina fetal e neonatal
NASCER E CRESCERrevista do hospital de crianças maria pia
ano 2004, vol. XIII, n.º 1
quenteinterferêncianoseucrescimento.
Constitui-se,assim,umciclovicioso
em que o VE vai ficando cada vez mais
pequeno.11
Veremosdeseguidaafisiopatologia
de algumas situações em particular.
❑RetornoVenosoPulmonarAnómalo
No feto, ainda que por ausência de
ventilação pulmonar, o sangue que vem
pelas veias pulmonares à aurícula
esquerda seja diminuto, ele é essencial
para o crescimento adequado das
estruturas esquerdas10
juntando-se ao
sangue que vem do foramen ovale.
Nas anomalias do retorno venoso
pulmonar, as veias pulmonares podem
drenar na AD pela veia cava superior
(39-47%), pelo seio coronário (16-18%),
pela veia cava inferior (13-24%) ou
mesmo directamente (2-15%). 12
Em todas estas situações há dimi-
nuição do enchimento do VE e conse-
quentemente do seu crescimento.10
O diagnóstico pré-natal do RVPA é
difícil.13
Os sinais indirectos no ecocar-
diograma fetal são: predominância do
VD, aurícula esquerda pequena, predo-
mínio da artéria pulmonar em relação à
aorta e, por vezes, dilatação do seio
coronário. No entanto, a chave diagnós-
tica é a ausência das veias pulmonares
a entrarem na aurícula esquerda e a
visualização do colector da drenagem
anómala.1,6,14
❑ Veia Cava Superior Esquerda com
drenagem no Seio Coronário (VCSE
ao SC)
Em situações de VCSE com drena-
gem no SC o fluxo de sangue para o VE
encontra-se comprometido por dois
mecanismos possíveis:
1 - Na AE, a protuberância do tecto
do seio coronário causa obstáculo pré-
mitral, impedindo o fluxo da AE para o
VE; 4
2-Naaurículadireita(AD),aentrada
do fluxo do ductus venosus para o FO
fica comprometida pelo fluxo do SC ou
mesmo por alterações anatómicas das
válvulas venosas de Eustáquio e de
Thebesius.
Ecograficamenteépossívelavisua-
lização da dilatação do seio coronário.
❑ Foramen Ovale Restritivo
AanálisedofluxoatravésdoFO,no
feto, é muito importante no diagnóstico
de DV patológica. Qualquer aumento na
pressão da AE, in utero, condiciona uma
diminuiçãodofluxointer-auriculardireito-
esquerdo (D-E) através do FO e, nos
casosmaisgraves,mesmoumainversão
dofluxo.Ascausaspossíveisdeaumento
de pressão da AE, in utero, incluem as
situações de obstrução à entrada e à
saída de fluxo no VE. No entanto, a
restrição ou encerramento precoce do
FO, primários, diminui o fluxo de sangue
para o VE, podendo resultar em hipo-
plasia do VE.15
❑ Coartação da Aorta
Acoartaçãodaaorta,(fig.1)depen-
dendo da gravidade, comporta-se como
uma situação de aumento da pressão no
VE e AE e diminuição ou mesmo
inversão,dofluxoD-EnoForamenOvale.
Nos casos importantes há pois DV.
Na avaliação cardíaca pré-natal, a
coartaçãodaaortaéumdosdiagnósticos
com mais falsos negativos e falsos
positivos.7
Os falsos negativos são
frequentes quando a lesão é isolada
sem hipoplasia da crossa, tornando-se
apenas evidente após o encerramento
do canal arterial. Os falsos positivos
surgem sobretudo em situações de DV
detectada no terceiro trimestre.4
A sensi-
bilidade do achado ecográfico de DV no
diagnóstico de coartação da aorta é de
61% quando detectado antes das 34
semanas de gestação, descendo para
21% após as 34 semanas.6
Os aspectos ecográficos que suge-
remestediagnósticosão:predominância
do VD em relação ao VE, predominância
da artéria pulmonar (AP) em relação à
aorta (Ao) com relação Ao/AP anormal,
arco Ao estreito em relação ao canal
arterial, relação artéria carótida/ arco
aórtico aumentada, shunt esquerdo-
direitonoFOeentalhenoarcoaórtico.6,14
A realização de ecocardiogramas seria-
dos ajuda no diagnóstico, uma vez que o
VE, a raiz da aorta, o arco aórtico e o
istmo aórtico podem tornar-se cada vez
mais pequenos durante a evolução da
gestação de um feto com coartação.7,15
❑ Estenose Valvular Aórtica e Atrésia
da Válvula Aórtica
Em situações de estenose valvular
aórtica (Fig. 2) há obstáculo à saída do
ventrículo esquerdo com comprometi-
mento a montante, o que leva a que
grande parte do fluxo siga para o VD,
através do FO. Quanto maior for a
gravidade da estenose, maior é o com-
promisso deste fluxo.10
Assim, o contributo do VD para o
fluxo do canal arterial aumenta. Em
situações de estenose muito grave, a
irrigaçãodaAoascendenteéassegurada
pelo fluxo retrógrado proveniente do
canal arterial. O mesmo acontece em
situaçõesdeatrésiaaórticacomhipopla-
sia do VE.10
Osachadosecográficosdependem
da gravidade da estenose sendo os dois
últimos sinais de grande gravidade6
:
- VE ligeiramente hipertrofiado com
insuficiência mitral ligeira,
-Fluxoturbulentoatravésdaválvula
aórtica,
- Válvula aórtica espessada,
-Arcoaórticode dimensõesinferio-
res às normais,
- VE pequeno, ou então, dilatado
comcontractilidadediminuídaeaumento
da ecogenicidade das paredes e mús-
culos papilares por fibroelastose,
- Inversão do fluxo no arco aórtico.
-Inversãodofluxonoforamenovale.
❑ Síndroma Coração Esquerdo Hipo-
plásico (SCEH)
O termo SCEH (Fig. 3) engloba um
espectro de lesões em que a principal
característica é a hipoplasia do VE,
associada a atrésia ou estenose grave
da entrada ou saída do VE. Mais fre-
quentemente, o SCEH consiste em
atrésiaaórticacomousematrésiamitral,
mas existem casos de atrésia mitral com
válvula aórtica patente. Numa minoria
de situações, ambas as válvulas (aórtica
e mitral) estão patentes, mas as es-
32 medicina fetal e neonatal
NASCER E CRESCERrevista do hospital de crianças maria pia
ano 2004, vol. XIII, n.º 1
truturas esquerdas são muito hipoplá-
sicas. Este último grupo pode ser conco-
mitante com situações de coartação da
aorta grave durante a vida fetal.8,10
Ecograficamente, nas situações de
atrésia aórtica e mitral, o VE é difícil de
visualizar e a AE é pequena. Há um
predomínionítidodasestruturasdireitas.
Quando a válvula aórtica está
patente, em situação de atrésia mitral
com comunicação interventricular (CIV),
a raiz da aorta pode ser normal ou
ligeiramente hipoplásica e detecta-se
fluxoanterógradonaaortaascendente.6,8
Natrissomia18estasituaçãoéfrequente.
O encerramento prematuro do FO
foi considerado como causa do SCEH.
No entanto, na maioria dos fetos com
este diagnóstico, o FO encontra-se pa-
tente,mascomshuntesquerdo-direito.8,16
Estratégia Terapêutica Pós-natal
A estratégia terapêutica pós-natal
vai depender da capacidade do VE em
recuperar as dimensões e suportar a
circulação sistémica.11,17
Nas situações de verdadeira hipo-
plasiadoVE,muitasvezesacompanhada
deatrésiadaaórticae/oumitral,éimpos-
sível ao VE manter o débito cardíaco
adequado.
Nas situações em que a válvula
aórtica e mitral são permeáveis, esta
questãolevanta-sequandoasdimensões
do VE são inferiores ao normal. Nestes
casos, mesmo sem cardiopatia (hipo-
plasia funcional do VE) a instituição de
prostaglandinas ao recém-nascido
durante vários dias é importante para
promover o crescimento do ventrículo
esquerdo. Vários parâmetros têm sido
propostos para determinar se o débito
cardíacoseráadequado,nomeadamente
a medida do anel da válvula aórtica, o
tamanho de VE em diástole, o volume do
VE. 10,11,18,19
No entanto, o que mais tem
sido valorizado é o valor (score) obtido
através da aplicação dos critérios
propostos por Rhodes et al10,20
segundo
a seguinte fórmula:
SCORE = 14,0(BSA) + 0,943(Ao
R/m2
) + 4,78(LAR) + 0,157(MVA/m2
) –
12,03; sendo BSA a superfície corporal,
AoRodiâmetrodaraizdaaortaindexada
Figura 1 - Ecocardiograma fetal plano das 4 câmaras e das
grandes artérias. Coartação da aorta.
Desproporção ventricular com predomínio do ventrículo
esquerdo (VE) sobre o direito (VD) e da aorta (Ao) sobre a
artéria pulmonar (Ap).
Figura 2 - A - Ecocardiograma fetal M e 2D. Estenose aórtica valvular
crítica.
Ventrículo esquerdo (VE) dilatado e hipocontráctil, predominando
sobre o ventrículo direito (VD).
B - Doppler no foramen ovale (FO) mostrando shunt predominante-
mente invertido.
33medicina fetal e neonatal
NASCER E CRESCERrevista do hospital de crianças maria pia
ano 2004, vol. XIII, n.º 1
à superfície corporal, LAR a razão entre
o longo eixo do VE e o longo eixo do
coração, MVA a área da válvula mitral
indexada à superfície corporal.
Um score inferior a (-)0,35 é indi-
cativo de inviabilidade da reparação
biventricular.
As dificuldades no cálculo deste
“score” decorrem do facto de ser neces-
sário proceder a várias medidas num
coraçãopequenotendo,porisso,grande
potencial de erro. Além disso, e indepen-
dentemente de qualquer medida, a
presença de fibroelastose endocárdica,
insuficiência mitral ou fluxo retrógrado
no arco aórtico são sinais de mau pro-
gnóstico, pouco compatíveis com sobre-
vivêncianumacorrecçãocirúrgicabiven-
tricular.
CONCLUSÃO
A DV pré-natal pode ou não estar
associadaapatologia.Umavezdiagnos-
ticada, o seguimento ecográfico é
importante, dada a evolução das lesões
ao longo da gestação. O grau de hipo-
plasiapós-natalé,provavelmente,deter-
minado pela altura da gestação em que
surgealesãoobstrutivatantomaisgrave
quanto mais precocemente surgir.15
PRENATAL VENTRICULAR DISPRO-
PORTION - AN IMPORTANT CLUE,
BUT ALWAYS PATHOLOGIC?
ABSTRACT
Sonographic examination of fetal
heart has proved to be capable of detec-
5 - Sharland GK, Allan LD: Normal fetal
cardiacmeasurementsderivedbycross-
sectional echocardiography. Ultrasound
Obstet Gynecol 1992 May 1; 2(3):
175-81.
6 - Sharland GK, Allan LD. Foetal Echo-
cardiography, 2001 London
7 - Brown DL, Durfree SM, Hornberger
LK: Ventricular Discrepancy as a sono-
graphic Sign of Coarctation of the Fetal
Aorta:Howreliableisit?JUltrasounMed
1997; 16:95-99.
8 - Sharland G: Antenatal Diagnosis of
Hypoplastic Left Heart Síndrome. In:
Congenital Heart Disease. Boerhaave
Course, 2003: 101-103.
9-Correia-PintoJ,BaptistaMJ,Estevão-
Costa J, Carvalho JL, Ferreira A, Areias
JC, Leite-Moreira A: Heart-Related Indi-
ces in Experimental Diaphragmatic Her-
nia J Pediatr Surg 2000; 35: 1449-1452.
10-RudolphAM.In:CongenitalDiseases
oftheHeart:Clinical-PhysiologicalConsi-
derations. New York. Futura Publishing
Company, 2001; 5-11; 453-455.
11 - Sidi D, Obstructions Gauches
Périnatales.In:KachanerJ,SidiDeditors.
ObstructionsGauches:ProgrèsetDéve-
loppements. XIX Séminaire de Cardio-
logie Pédiatrique, 1998: 26-30.
12 -Moss and Adams. In: Heart Disease
in Infants, Children and Adolescents.
Philadelphia. Lippincott Williams and
Wilkins, 2001; 752- 756.
13 - Allan LD, Chita SK, Sharland GK,
Fagg NLK, Anderson RH, Crawford DC.
The accuracy of fetal echocardiography
in the diagnosis of congenital disease.
Int J Cardiol 1989;25:279-88.
14 - Allan LD, Sharland GK: The eco-
cardiographicdiagnosisoftotallyanoma-
louspulmonaryvenousconnectioninthe
fetus. Heart 2001;85:433-437.
15 -Hornberger LK, Sahn DJ, Kleinman
CS, et al: Antenatal diagnosis of coar-
taction of the aorta: A multicenter expe-
rience. J Am Coll Cardiol 1994; 23:
417-23.
16-Gittenberger-de-GrootAC :Morphol-
ogy of the Hypoplastic Left Heart. In:
Congenital Heart Disease. Boerhaave
Course, 2003: 53-58.
Figura 3 - Ecocardiograma fetal em dois fetos com síndrome de
coração esquerdo hipoplásico, com predomínio das estruturas
direitas sobre as esquerdas.
AD - aurícula direita.
ting most major congenital heart defects.
Disparity of ventricular size, with the left
ventricle being relatively smaller, is an
importantcluethatsuggeststhepresence
of congenital heart disease, such as inlet
andoutletobstructionofleftventricle;but
disproportiondoesnotalwaysmeanheart
disease. After birth, the surgical therapy
is not always consensual; there is often a
serious question as to whether the left
ventricle is capable of maintaining an
adequate systemic output.
Key-words: pediatric cardiology;
ventricular disporpotion; hypoplastic left
ventricle; prenatal diagnosis.
Nascer e Crescer 2004; 13 (1): 30-34
BIBLIOGRAFIA
1 - Papa M, Camesasca C, Santoro F,
Zoia E, Fragasso G, Giannico S, Chier-
chia SL: Fetal echocardiography in
detecting anomalous pulmonary venous
connection: four false positive cases. Br
Heart J 1995; 73:355-358.
2 -Ferreira M, Macedo AJ, Trigo C, Lima
M:Aspectosevolutivosdadesproporção
ventricular durante a vida fetal. Livro de
Resumos do Congresso Português de
Cardiologia 1995.
3-BenacerrafBR,SaltzmanDH,Sanders
SP: Sonographic Sign Suggesting the
prenatal Diagnosis of Coarctation of the
Aorta. J Ultrasound Med 1989; 8:65-69.
4 - Le Bidois J: Obstructions Gauches
Périnatales.In:KachanerJ,SidiDeditors.
ObstructionsGauches:ProgrèsetDéve-
loppements. XIX Séminaire de Cardio-
logie Pédiatrique, 1998: 26-30.
34 medicina fetal e neonatal
NASCER E CRESCERrevista do hospital de crianças maria pia
ano 2004, vol. XIII, n.º 1
Correspondência:
Professor Doutor Sashicanta Kaku
Serviço de Cardiologia Pediátrica do
Hospital de Santa Marta
Rua de Santa Marta
1169-024 Lisboa
cardio.ped@hsmarta.min-saude.pt
17 - Hornberger LK, Sanders SP, Rein
AJ, Spevak PJ, Parness IA, Colan SD:
Left Obstructive Lesions and Left Venri-
cularGrowthintheMidtrimesterFetus-A
longitudinal study. Circulation 1995;
92:1531-38.
18 -Simpson JM, Sharland GK : Natural
history and outcome of aortic stenosis
diagnosed prenatally. Heart 1997;77:
205-210.
19 -Tchervenkov CI: Two-ventricular re-
pair for Hypoplastic left heart syndrome.
Semin Thorac Cardiovasc Surg Pediatr
Card Surg Annu 2001;4:83-93.
20 - Rhodes LA, Colan SD, Perry SB,
Jonas RA, Sanders SP: Predictors of
survival in neonates with critical aortic
stenosis. Circulation 1991 Dec; 84(6):
2325-35.

More Related Content

What's hot

Cardiopatias congenitas
Cardiopatias congenitasCardiopatias congenitas
Cardiopatias congenitasdapab
 
Defeito de septo interatrial total
Defeito de septo interatrial totalDefeito de septo interatrial total
Defeito de septo interatrial totalenzofaversani
 
Cardiopatias congênitas original
Cardiopatias congênitas originalCardiopatias congênitas original
Cardiopatias congênitas originalCarlos Carvalho
 
Cardiopatias congênitas cianóticas2
Cardiopatias congênitas cianóticas2Cardiopatias congênitas cianóticas2
Cardiopatias congênitas cianóticas2Vanessa Boeira
 
Avaliação cardiovascular do neonato
Avaliação cardiovascular do neonatoAvaliação cardiovascular do neonato
Avaliação cardiovascular do neonatogisa_legal
 
Cardiopatias Congênitas Cianogênicas
Cardiopatias Congênitas CianogênicasCardiopatias Congênitas Cianogênicas
Cardiopatias Congênitas CianogênicasSueli Mazzero Polizel
 
Cardiopatias com hiperfluxo pulmonar FMRP USP
Cardiopatias com hiperfluxo pulmonar FMRP USPCardiopatias com hiperfluxo pulmonar FMRP USP
Cardiopatias com hiperfluxo pulmonar FMRP USPJoão Antônio Granzotti
 
Aula cardiopatia completa[1]
Aula cardiopatia completa[1]Aula cardiopatia completa[1]
Aula cardiopatia completa[1]LAC
 
Cardiopatias Congênitas
Cardiopatias CongênitasCardiopatias Congênitas
Cardiopatias CongênitasMel Medina
 
Dietoterapia nas cardiopatias congênitas
Dietoterapia nas cardiopatias congênitasDietoterapia nas cardiopatias congênitas
Dietoterapia nas cardiopatias congênitasgisa_legal
 
Coarctação da Aorta, Arco Aórtico interrompido e Estenose Pulmonar,
Coarctação da Aorta, Arco Aórtico interrompido e Estenose Pulmonar, Coarctação da Aorta, Arco Aórtico interrompido e Estenose Pulmonar,
Coarctação da Aorta, Arco Aórtico interrompido e Estenose Pulmonar, João Antônio Granzotti
 
Tetralogia de Fallot (T4F)
Tetralogia de Fallot (T4F)Tetralogia de Fallot (T4F)
Tetralogia de Fallot (T4F)Paulo Sérgio
 
CARDIOPATIAS CONGENITAS ACIANÓTICAS FMRP USP JA GRANZOTTI
CARDIOPATIAS CONGENITAS ACIANÓTICAS   FMRP USP JA GRANZOTTICARDIOPATIAS CONGENITAS ACIANÓTICAS   FMRP USP JA GRANZOTTI
CARDIOPATIAS CONGENITAS ACIANÓTICAS FMRP USP JA GRANZOTTIJoão Antônio Granzotti
 
Tetralogia de Fallot Resumo
Tetralogia de Fallot ResumoTetralogia de Fallot Resumo
Tetralogia de Fallot ResumoNeuzelito Filho
 
Urgencia cardiológicas na Infâcia FMRP USP
Urgencia cardiológicas na Infâcia FMRP USPUrgencia cardiológicas na Infâcia FMRP USP
Urgencia cardiológicas na Infâcia FMRP USPJoão Antônio Granzotti
 
Malformações congênitas cianogênicas
Malformações congênitas cianogênicasMalformações congênitas cianogênicas
Malformações congênitas cianogênicasresenfe2013
 

What's hot (20)

Cardiopatias congenitas
Cardiopatias congenitasCardiopatias congenitas
Cardiopatias congenitas
 
Tetralogia de Fallot
Tetralogia de FallotTetralogia de Fallot
Tetralogia de Fallot
 
Defeito de septo interatrial total
Defeito de septo interatrial totalDefeito de septo interatrial total
Defeito de septo interatrial total
 
Cardiopatias congênitas original
Cardiopatias congênitas originalCardiopatias congênitas original
Cardiopatias congênitas original
 
Atresia pulmonar
Atresia pulmonarAtresia pulmonar
Atresia pulmonar
 
Cardiopatias congênitas cianóticas2
Cardiopatias congênitas cianóticas2Cardiopatias congênitas cianóticas2
Cardiopatias congênitas cianóticas2
 
Coarctação da Aorta, Estenose Pulmonar
Coarctação da Aorta, Estenose PulmonarCoarctação da Aorta, Estenose Pulmonar
Coarctação da Aorta, Estenose Pulmonar
 
Avaliação cardiovascular do neonato
Avaliação cardiovascular do neonatoAvaliação cardiovascular do neonato
Avaliação cardiovascular do neonato
 
Cardiopatias Congênitas Cianogênicas
Cardiopatias Congênitas CianogênicasCardiopatias Congênitas Cianogênicas
Cardiopatias Congênitas Cianogênicas
 
Cardiopatias com hiperfluxo pulmonar FMRP USP
Cardiopatias com hiperfluxo pulmonar FMRP USPCardiopatias com hiperfluxo pulmonar FMRP USP
Cardiopatias com hiperfluxo pulmonar FMRP USP
 
Aula cardiopatia completa[1]
Aula cardiopatia completa[1]Aula cardiopatia completa[1]
Aula cardiopatia completa[1]
 
Caso clínico lacard
Caso clínico lacardCaso clínico lacard
Caso clínico lacard
 
Cardiopatias Congênitas
Cardiopatias CongênitasCardiopatias Congênitas
Cardiopatias Congênitas
 
Dietoterapia nas cardiopatias congênitas
Dietoterapia nas cardiopatias congênitasDietoterapia nas cardiopatias congênitas
Dietoterapia nas cardiopatias congênitas
 
Coarctação da Aorta, Arco Aórtico interrompido e Estenose Pulmonar,
Coarctação da Aorta, Arco Aórtico interrompido e Estenose Pulmonar, Coarctação da Aorta, Arco Aórtico interrompido e Estenose Pulmonar,
Coarctação da Aorta, Arco Aórtico interrompido e Estenose Pulmonar,
 
Tetralogia de Fallot (T4F)
Tetralogia de Fallot (T4F)Tetralogia de Fallot (T4F)
Tetralogia de Fallot (T4F)
 
CARDIOPATIAS CONGENITAS ACIANÓTICAS FMRP USP JA GRANZOTTI
CARDIOPATIAS CONGENITAS ACIANÓTICAS   FMRP USP JA GRANZOTTICARDIOPATIAS CONGENITAS ACIANÓTICAS   FMRP USP JA GRANZOTTI
CARDIOPATIAS CONGENITAS ACIANÓTICAS FMRP USP JA GRANZOTTI
 
Tetralogia de Fallot Resumo
Tetralogia de Fallot ResumoTetralogia de Fallot Resumo
Tetralogia de Fallot Resumo
 
Urgencia cardiológicas na Infâcia FMRP USP
Urgencia cardiológicas na Infâcia FMRP USPUrgencia cardiológicas na Infâcia FMRP USP
Urgencia cardiológicas na Infâcia FMRP USP
 
Malformações congênitas cianogênicas
Malformações congênitas cianogênicasMalformações congênitas cianogênicas
Malformações congênitas cianogênicas
 

Viewers also liked

El agricultor
El agricultorEl agricultor
El agricultor24utopia
 
O parafuso10
O parafuso10O parafuso10
O parafuso10siaromjo
 
La InvestigacióN De Mercad1
La InvestigacióN De Mercad1La InvestigacióN De Mercad1
La InvestigacióN De Mercad1Carlos Vallejo
 
Proposta - Encontro boêmio (Ideia Inovadora)
Proposta - Encontro boêmio (Ideia Inovadora)Proposta - Encontro boêmio (Ideia Inovadora)
Proposta - Encontro boêmio (Ideia Inovadora)Aline Diniz
 
Los Reinos de la Vida
Los Reinos de la VidaLos Reinos de la Vida
Los Reinos de la VidaArguedas
 
Psicologia social 2011
Psicologia social 2011Psicologia social 2011
Psicologia social 2011tsuda
 

Viewers also liked (9)

El agricultor
El agricultorEl agricultor
El agricultor
 
O parafuso10
O parafuso10O parafuso10
O parafuso10
 
La InvestigacióN De Mercad1
La InvestigacióN De Mercad1La InvestigacióN De Mercad1
La InvestigacióN De Mercad1
 
Proposta - Encontro boêmio (Ideia Inovadora)
Proposta - Encontro boêmio (Ideia Inovadora)Proposta - Encontro boêmio (Ideia Inovadora)
Proposta - Encontro boêmio (Ideia Inovadora)
 
Sublime
SublimeSublime
Sublime
 
Feliz pascoa para_amigos
Feliz pascoa para_amigosFeliz pascoa para_amigos
Feliz pascoa para_amigos
 
Los Reinos de la Vida
Los Reinos de la VidaLos Reinos de la Vida
Los Reinos de la Vida
 
Palestra Endomkt UCL
Palestra Endomkt   UCLPalestra Endomkt   UCL
Palestra Endomkt UCL
 
Psicologia social 2011
Psicologia social 2011Psicologia social 2011
Psicologia social 2011
 

Similar to Desproporção ventricular

Cardiopatias complexas do conceito à evolução
Cardiopatias complexas   do conceito à evoluçãoCardiopatias complexas   do conceito à evolução
Cardiopatias complexas do conceito à evoluçãogisa_legal
 
Fisioterapia Neonatal
Fisioterapia NeonatalFisioterapia Neonatal
Fisioterapia NeonatalMel Medina
 
Avaliação cardiovascular do neonato
Avaliação cardiovascular do neonatoAvaliação cardiovascular do neonato
Avaliação cardiovascular do neonatogisa_legal
 
Restrição pré natal do FO
Restrição pré natal do FORestrição pré natal do FO
Restrição pré natal do FOgisa_legal
 
Hipertensão pulmonar
Hipertensão pulmonarHipertensão pulmonar
Hipertensão pulmonarLuana Braga
 
Alterações cardíacas em crianças com sida correlação clínico patológica
Alterações cardíacas em crianças com sida   correlação clínico patológicaAlterações cardíacas em crianças com sida   correlação clínico patológica
Alterações cardíacas em crianças com sida correlação clínico patológicagisa_legal
 
Anestesia para criança cardiopata submetida à cirurgia não cardíaca
Anestesia para criança cardiopata submetida à cirurgia não cardíacaAnestesia para criança cardiopata submetida à cirurgia não cardíaca
Anestesia para criança cardiopata submetida à cirurgia não cardíacagisa_legal
 
Emergências em adultos com cc
Emergências em adultos com ccEmergências em adultos com cc
Emergências em adultos com ccgisa_legal
 
Preview cardiopatias congenitas no periodo neonatal
Preview   cardiopatias congenitas no periodo neonatalPreview   cardiopatias congenitas no periodo neonatal
Preview cardiopatias congenitas no periodo neonatalgisa_legal
 
Preview cardiopatias congenitas no periodo neonatal
Preview   cardiopatias congenitas no periodo neonatalPreview   cardiopatias congenitas no periodo neonatal
Preview cardiopatias congenitas no periodo neonatalgisa_legal
 
Ecg nos rn e na 1° infância
Ecg nos rn e na 1° infânciaEcg nos rn e na 1° infância
Ecg nos rn e na 1° infânciagisa_legal
 
História ex e diag diferencial das cardiopatias na infância
História ex e diag diferencial das cardiopatias na infânciaHistória ex e diag diferencial das cardiopatias na infância
História ex e diag diferencial das cardiopatias na infânciagisa_legal
 
Cardiopatias congênitas e gravidez
Cardiopatias congênitas e gravidezCardiopatias congênitas e gravidez
Cardiopatias congênitas e gravidezgisa_legal
 
Associação entre as síndromes de Noonan e Wolf-Parkinson-White
Associação entre as síndromes de Noonan e Wolf-Parkinson-WhiteAssociação entre as síndromes de Noonan e Wolf-Parkinson-White
Associação entre as síndromes de Noonan e Wolf-Parkinson-WhiteCarlos Volponi Lovatto
 
Síndromes Cardíacas - Semiologia cardiológica
Síndromes Cardíacas - Semiologia cardiológicaSíndromes Cardíacas - Semiologia cardiológica
Síndromes Cardíacas - Semiologia cardiológicabpvg7bmdp2
 
Valvulopatias
Valvulopatias  Valvulopatias
Valvulopatias LAC
 
Circulacao_Fetal_e_Neonatal.pptx
Circulacao_Fetal_e_Neonatal.pptxCirculacao_Fetal_e_Neonatal.pptx
Circulacao_Fetal_e_Neonatal.pptxDraRaysaLinsCaldas
 
Comunicação interatrial do tipo seio coronário e civ sem vcs ep
Comunicação interatrial do tipo seio coronário e civ sem vcs epComunicação interatrial do tipo seio coronário e civ sem vcs ep
Comunicação interatrial do tipo seio coronário e civ sem vcs epgisa_legal
 
DISFUN_CARDIAC.pptx
DISFUN_CARDIAC.pptxDISFUN_CARDIAC.pptx
DISFUN_CARDIAC.pptxSilvaDaniel4
 

Similar to Desproporção ventricular (20)

Cardiopatias complexas do conceito à evolução
Cardiopatias complexas   do conceito à evoluçãoCardiopatias complexas   do conceito à evolução
Cardiopatias complexas do conceito à evolução
 
Fisioterapia Neonatal
Fisioterapia NeonatalFisioterapia Neonatal
Fisioterapia Neonatal
 
Avaliação cardiovascular do neonato
Avaliação cardiovascular do neonatoAvaliação cardiovascular do neonato
Avaliação cardiovascular do neonato
 
Restrição pré natal do FO
Restrição pré natal do FORestrição pré natal do FO
Restrição pré natal do FO
 
Hipertensão pulmonar
Hipertensão pulmonarHipertensão pulmonar
Hipertensão pulmonar
 
Alterações cardíacas em crianças com sida correlação clínico patológica
Alterações cardíacas em crianças com sida   correlação clínico patológicaAlterações cardíacas em crianças com sida   correlação clínico patológica
Alterações cardíacas em crianças com sida correlação clínico patológica
 
Anestesia para criança cardiopata submetida à cirurgia não cardíaca
Anestesia para criança cardiopata submetida à cirurgia não cardíacaAnestesia para criança cardiopata submetida à cirurgia não cardíaca
Anestesia para criança cardiopata submetida à cirurgia não cardíaca
 
Emergências em adultos com cc
Emergências em adultos com ccEmergências em adultos com cc
Emergências em adultos com cc
 
Preview cardiopatias congenitas no periodo neonatal
Preview   cardiopatias congenitas no periodo neonatalPreview   cardiopatias congenitas no periodo neonatal
Preview cardiopatias congenitas no periodo neonatal
 
Preview cardiopatias congenitas no periodo neonatal
Preview   cardiopatias congenitas no periodo neonatalPreview   cardiopatias congenitas no periodo neonatal
Preview cardiopatias congenitas no periodo neonatal
 
Ecg nos rn e na 1° infância
Ecg nos rn e na 1° infânciaEcg nos rn e na 1° infância
Ecg nos rn e na 1° infância
 
História ex e diag diferencial das cardiopatias na infância
História ex e diag diferencial das cardiopatias na infânciaHistória ex e diag diferencial das cardiopatias na infância
História ex e diag diferencial das cardiopatias na infância
 
Sc jped 2003
Sc jped 2003Sc jped 2003
Sc jped 2003
 
Cardiopatias congênitas e gravidez
Cardiopatias congênitas e gravidezCardiopatias congênitas e gravidez
Cardiopatias congênitas e gravidez
 
Associação entre as síndromes de Noonan e Wolf-Parkinson-White
Associação entre as síndromes de Noonan e Wolf-Parkinson-WhiteAssociação entre as síndromes de Noonan e Wolf-Parkinson-White
Associação entre as síndromes de Noonan e Wolf-Parkinson-White
 
Síndromes Cardíacas - Semiologia cardiológica
Síndromes Cardíacas - Semiologia cardiológicaSíndromes Cardíacas - Semiologia cardiológica
Síndromes Cardíacas - Semiologia cardiológica
 
Valvulopatias
Valvulopatias  Valvulopatias
Valvulopatias
 
Circulacao_Fetal_e_Neonatal.pptx
Circulacao_Fetal_e_Neonatal.pptxCirculacao_Fetal_e_Neonatal.pptx
Circulacao_Fetal_e_Neonatal.pptx
 
Comunicação interatrial do tipo seio coronário e civ sem vcs ep
Comunicação interatrial do tipo seio coronário e civ sem vcs epComunicação interatrial do tipo seio coronário e civ sem vcs ep
Comunicação interatrial do tipo seio coronário e civ sem vcs ep
 
DISFUN_CARDIAC.pptx
DISFUN_CARDIAC.pptxDISFUN_CARDIAC.pptx
DISFUN_CARDIAC.pptx
 

Desproporção ventricular

  • 1. 30 medicina fetal e neonatal NASCER E CRESCERrevista do hospital de crianças maria pia ano 2004, vol. XIII, n.º 1 Desproporção Ventricular Pré-Natal Um achado importante, mas sempre patológico? Mónica Rebelo1 , Ana C. Ferreira2 , António J. Macedo2 , Graça Nogueira1 , Sashicanta Kaku2 1 Serviço de Cardiologia Pediátrica - Hospital Santa Marta 2 Serviço de Pediatria 2 - Hospital Dona Estefânia RESUMO O ecocardiograma fetal permite o diagnóstico pré-natal da maioria das cardiopatiascongénitas.Adesproporção ventricular, com predomínio patológico do ventrículo direito sobre o ventrículo esquerdo, é um achado diagnóstico importante,que,nãosendosempresinal de doença, pode estar associado a cardiopatiacongénita,nomeadamentea situações de obstáculo à entrada ou à saída do ventrículo esquerdo. Após o nascimento põe-se, muitas vezes, a dúvida da capacidade de recuperação do ventrículo esquerdo e a decisão terapêutica nem sempre é consensual. Palavras-chave:cardiologiapediá- trica,desproporçãoventricular;diagnós- tico pré-natal; ventrículo esquerdo hipo- plásico. Nascer e Crescer 2004; 13 (1): 30-34 INTRODUÇÃO A maioria das malformações car- díacaspodemserdetectadasporecocar- diografia fetal.1 A desproporção ventri- cular (DV) é um achado importante, que pode sugerir a existência de cardiopatia congénita (CC). 2,3 Nos dois primeiros trimestres de gestação, no feto normal, os dois ventrículos devem ter tamanhos iguais, uma vez que trabalham nas mesmas condições de carga e os seus volumes são próximos, sendo a com- pliance e contractilidade também seme- lhantes.4 No entanto, nas últimas 10 semanas pode haver predominância do ventrículo direito (VD), um pouco menos contráctilecomplacentequeoventrículo esquerdo (VE). 4,5 Definição Para se falar em DV é necessário ter em conta as medidas normais dos ventrículosduranteagestação.6 Sempre que exista uma predominância do VD com VE de dimensões inferiores às padronizadas para determinada idade gestacional,diz-sequehádesproporção ventricular. As medições efectuadas em modo M são mais precisas que em bidimen- sional,masénecessárioquesejamfeitas com a angulação correcta, num corte perpendicular ao septo interventricular, no plano de curto eixo dos ventrículos. Existem tabelas com medidas padrão de acordo com a idade de gestação. 6 Diagnóstico Diferencial A DV pode ou não acompanhar-se de cardiopatia estrutural. A - DV com cardiopatia congéni- ta: 2,4,7,8 1- Por obstáculo à entrada do VE a. Retorno venoso pulmonar anó- mala (RVPA) b. Persistência da Veia cava supe- rior esquerda com drenagem no seio coronário (VCSE ao SC) c. Restrição do Foramen Ovale d. Estenose mitral e. Fibroelastose isolada 2 - Por obstáculo à saída do VE a. Coartação da Aorta b. Estenose Aórtica c.Síndromacoraçãoesquerdohipo- plásico (SCEH) B - DV sem cardiopatia congénita e com hipoplasia funcional do VE Existem situações de DV sem cardiopatia,comoahérniadiafragmática congénita que, numa fase precoce da gestação,podeapresentardesproporção ventricular9 . Noutras situações, a des- proporçãotemregressãopósnatal,falan- do-se, nestes casos, em hipoplasia fun- cional do VE. Circulação Fetal Normal Nofetonormal,osangueoxigenado proveniente da veia cava inferior prefe- rencialmente para a aurícula esquerda (AE) e ventrículo esquerdo (VE) através doforamenovale.Osangueproveniente da veia cava inferior abdominal dirige-se preferencialmente para a válvula tricus- pide e ventrículo direito10. São, assim, privilegiadas as circulações coronária e cerebral. A presença de uma anomalia que interfira com a circulação fetal pode implicar o desenvolvimento de uma DV. FisiopatologiadaDVcompredomínio direito Na vida fetal, quando existe obstá- culo à entrada ou à saída do VE, o VD pode substituir ou complementar o VE para assegurar a perfusão da aorta, pelo canalarterial.Emsituaçõesdeobstáculo à entrada do VE ocorre diminuição do enchimento do VE com consequente diminuição do seu crescimento, tornan- do-se pequeno.11 Nos obstáculos à saída, um au- mento da pós-carga leva à hipertrofia do VE que se torna menos complacente, o que vai determinar uma redução no enchimento ventricular, com conse-
  • 2. 31medicina fetal e neonatal NASCER E CRESCERrevista do hospital de crianças maria pia ano 2004, vol. XIII, n.º 1 quenteinterferêncianoseucrescimento. Constitui-se,assim,umciclovicioso em que o VE vai ficando cada vez mais pequeno.11 Veremosdeseguidaafisiopatologia de algumas situações em particular. ❑RetornoVenosoPulmonarAnómalo No feto, ainda que por ausência de ventilação pulmonar, o sangue que vem pelas veias pulmonares à aurícula esquerda seja diminuto, ele é essencial para o crescimento adequado das estruturas esquerdas10 juntando-se ao sangue que vem do foramen ovale. Nas anomalias do retorno venoso pulmonar, as veias pulmonares podem drenar na AD pela veia cava superior (39-47%), pelo seio coronário (16-18%), pela veia cava inferior (13-24%) ou mesmo directamente (2-15%). 12 Em todas estas situações há dimi- nuição do enchimento do VE e conse- quentemente do seu crescimento.10 O diagnóstico pré-natal do RVPA é difícil.13 Os sinais indirectos no ecocar- diograma fetal são: predominância do VD, aurícula esquerda pequena, predo- mínio da artéria pulmonar em relação à aorta e, por vezes, dilatação do seio coronário. No entanto, a chave diagnós- tica é a ausência das veias pulmonares a entrarem na aurícula esquerda e a visualização do colector da drenagem anómala.1,6,14 ❑ Veia Cava Superior Esquerda com drenagem no Seio Coronário (VCSE ao SC) Em situações de VCSE com drena- gem no SC o fluxo de sangue para o VE encontra-se comprometido por dois mecanismos possíveis: 1 - Na AE, a protuberância do tecto do seio coronário causa obstáculo pré- mitral, impedindo o fluxo da AE para o VE; 4 2-Naaurículadireita(AD),aentrada do fluxo do ductus venosus para o FO fica comprometida pelo fluxo do SC ou mesmo por alterações anatómicas das válvulas venosas de Eustáquio e de Thebesius. Ecograficamenteépossívelavisua- lização da dilatação do seio coronário. ❑ Foramen Ovale Restritivo AanálisedofluxoatravésdoFO,no feto, é muito importante no diagnóstico de DV patológica. Qualquer aumento na pressão da AE, in utero, condiciona uma diminuiçãodofluxointer-auriculardireito- esquerdo (D-E) através do FO e, nos casosmaisgraves,mesmoumainversão dofluxo.Ascausaspossíveisdeaumento de pressão da AE, in utero, incluem as situações de obstrução à entrada e à saída de fluxo no VE. No entanto, a restrição ou encerramento precoce do FO, primários, diminui o fluxo de sangue para o VE, podendo resultar em hipo- plasia do VE.15 ❑ Coartação da Aorta Acoartaçãodaaorta,(fig.1)depen- dendo da gravidade, comporta-se como uma situação de aumento da pressão no VE e AE e diminuição ou mesmo inversão,dofluxoD-EnoForamenOvale. Nos casos importantes há pois DV. Na avaliação cardíaca pré-natal, a coartaçãodaaortaéumdosdiagnósticos com mais falsos negativos e falsos positivos.7 Os falsos negativos são frequentes quando a lesão é isolada sem hipoplasia da crossa, tornando-se apenas evidente após o encerramento do canal arterial. Os falsos positivos surgem sobretudo em situações de DV detectada no terceiro trimestre.4 A sensi- bilidade do achado ecográfico de DV no diagnóstico de coartação da aorta é de 61% quando detectado antes das 34 semanas de gestação, descendo para 21% após as 34 semanas.6 Os aspectos ecográficos que suge- remestediagnósticosão:predominância do VD em relação ao VE, predominância da artéria pulmonar (AP) em relação à aorta (Ao) com relação Ao/AP anormal, arco Ao estreito em relação ao canal arterial, relação artéria carótida/ arco aórtico aumentada, shunt esquerdo- direitonoFOeentalhenoarcoaórtico.6,14 A realização de ecocardiogramas seria- dos ajuda no diagnóstico, uma vez que o VE, a raiz da aorta, o arco aórtico e o istmo aórtico podem tornar-se cada vez mais pequenos durante a evolução da gestação de um feto com coartação.7,15 ❑ Estenose Valvular Aórtica e Atrésia da Válvula Aórtica Em situações de estenose valvular aórtica (Fig. 2) há obstáculo à saída do ventrículo esquerdo com comprometi- mento a montante, o que leva a que grande parte do fluxo siga para o VD, através do FO. Quanto maior for a gravidade da estenose, maior é o com- promisso deste fluxo.10 Assim, o contributo do VD para o fluxo do canal arterial aumenta. Em situações de estenose muito grave, a irrigaçãodaAoascendenteéassegurada pelo fluxo retrógrado proveniente do canal arterial. O mesmo acontece em situaçõesdeatrésiaaórticacomhipopla- sia do VE.10 Osachadosecográficosdependem da gravidade da estenose sendo os dois últimos sinais de grande gravidade6 : - VE ligeiramente hipertrofiado com insuficiência mitral ligeira, -Fluxoturbulentoatravésdaválvula aórtica, - Válvula aórtica espessada, -Arcoaórticode dimensõesinferio- res às normais, - VE pequeno, ou então, dilatado comcontractilidadediminuídaeaumento da ecogenicidade das paredes e mús- culos papilares por fibroelastose, - Inversão do fluxo no arco aórtico. -Inversãodofluxonoforamenovale. ❑ Síndroma Coração Esquerdo Hipo- plásico (SCEH) O termo SCEH (Fig. 3) engloba um espectro de lesões em que a principal característica é a hipoplasia do VE, associada a atrésia ou estenose grave da entrada ou saída do VE. Mais fre- quentemente, o SCEH consiste em atrésiaaórticacomousematrésiamitral, mas existem casos de atrésia mitral com válvula aórtica patente. Numa minoria de situações, ambas as válvulas (aórtica e mitral) estão patentes, mas as es-
  • 3. 32 medicina fetal e neonatal NASCER E CRESCERrevista do hospital de crianças maria pia ano 2004, vol. XIII, n.º 1 truturas esquerdas são muito hipoplá- sicas. Este último grupo pode ser conco- mitante com situações de coartação da aorta grave durante a vida fetal.8,10 Ecograficamente, nas situações de atrésia aórtica e mitral, o VE é difícil de visualizar e a AE é pequena. Há um predomínionítidodasestruturasdireitas. Quando a válvula aórtica está patente, em situação de atrésia mitral com comunicação interventricular (CIV), a raiz da aorta pode ser normal ou ligeiramente hipoplásica e detecta-se fluxoanterógradonaaortaascendente.6,8 Natrissomia18estasituaçãoéfrequente. O encerramento prematuro do FO foi considerado como causa do SCEH. No entanto, na maioria dos fetos com este diagnóstico, o FO encontra-se pa- tente,mascomshuntesquerdo-direito.8,16 Estratégia Terapêutica Pós-natal A estratégia terapêutica pós-natal vai depender da capacidade do VE em recuperar as dimensões e suportar a circulação sistémica.11,17 Nas situações de verdadeira hipo- plasiadoVE,muitasvezesacompanhada deatrésiadaaórticae/oumitral,éimpos- sível ao VE manter o débito cardíaco adequado. Nas situações em que a válvula aórtica e mitral são permeáveis, esta questãolevanta-sequandoasdimensões do VE são inferiores ao normal. Nestes casos, mesmo sem cardiopatia (hipo- plasia funcional do VE) a instituição de prostaglandinas ao recém-nascido durante vários dias é importante para promover o crescimento do ventrículo esquerdo. Vários parâmetros têm sido propostos para determinar se o débito cardíacoseráadequado,nomeadamente a medida do anel da válvula aórtica, o tamanho de VE em diástole, o volume do VE. 10,11,18,19 No entanto, o que mais tem sido valorizado é o valor (score) obtido através da aplicação dos critérios propostos por Rhodes et al10,20 segundo a seguinte fórmula: SCORE = 14,0(BSA) + 0,943(Ao R/m2 ) + 4,78(LAR) + 0,157(MVA/m2 ) – 12,03; sendo BSA a superfície corporal, AoRodiâmetrodaraizdaaortaindexada Figura 1 - Ecocardiograma fetal plano das 4 câmaras e das grandes artérias. Coartação da aorta. Desproporção ventricular com predomínio do ventrículo esquerdo (VE) sobre o direito (VD) e da aorta (Ao) sobre a artéria pulmonar (Ap). Figura 2 - A - Ecocardiograma fetal M e 2D. Estenose aórtica valvular crítica. Ventrículo esquerdo (VE) dilatado e hipocontráctil, predominando sobre o ventrículo direito (VD). B - Doppler no foramen ovale (FO) mostrando shunt predominante- mente invertido.
  • 4. 33medicina fetal e neonatal NASCER E CRESCERrevista do hospital de crianças maria pia ano 2004, vol. XIII, n.º 1 à superfície corporal, LAR a razão entre o longo eixo do VE e o longo eixo do coração, MVA a área da válvula mitral indexada à superfície corporal. Um score inferior a (-)0,35 é indi- cativo de inviabilidade da reparação biventricular. As dificuldades no cálculo deste “score” decorrem do facto de ser neces- sário proceder a várias medidas num coraçãopequenotendo,porisso,grande potencial de erro. Além disso, e indepen- dentemente de qualquer medida, a presença de fibroelastose endocárdica, insuficiência mitral ou fluxo retrógrado no arco aórtico são sinais de mau pro- gnóstico, pouco compatíveis com sobre- vivêncianumacorrecçãocirúrgicabiven- tricular. CONCLUSÃO A DV pré-natal pode ou não estar associadaapatologia.Umavezdiagnos- ticada, o seguimento ecográfico é importante, dada a evolução das lesões ao longo da gestação. O grau de hipo- plasiapós-natalé,provavelmente,deter- minado pela altura da gestação em que surgealesãoobstrutivatantomaisgrave quanto mais precocemente surgir.15 PRENATAL VENTRICULAR DISPRO- PORTION - AN IMPORTANT CLUE, BUT ALWAYS PATHOLOGIC? ABSTRACT Sonographic examination of fetal heart has proved to be capable of detec- 5 - Sharland GK, Allan LD: Normal fetal cardiacmeasurementsderivedbycross- sectional echocardiography. Ultrasound Obstet Gynecol 1992 May 1; 2(3): 175-81. 6 - Sharland GK, Allan LD. Foetal Echo- cardiography, 2001 London 7 - Brown DL, Durfree SM, Hornberger LK: Ventricular Discrepancy as a sono- graphic Sign of Coarctation of the Fetal Aorta:Howreliableisit?JUltrasounMed 1997; 16:95-99. 8 - Sharland G: Antenatal Diagnosis of Hypoplastic Left Heart Síndrome. In: Congenital Heart Disease. Boerhaave Course, 2003: 101-103. 9-Correia-PintoJ,BaptistaMJ,Estevão- Costa J, Carvalho JL, Ferreira A, Areias JC, Leite-Moreira A: Heart-Related Indi- ces in Experimental Diaphragmatic Her- nia J Pediatr Surg 2000; 35: 1449-1452. 10-RudolphAM.In:CongenitalDiseases oftheHeart:Clinical-PhysiologicalConsi- derations. New York. Futura Publishing Company, 2001; 5-11; 453-455. 11 - Sidi D, Obstructions Gauches Périnatales.In:KachanerJ,SidiDeditors. ObstructionsGauches:ProgrèsetDéve- loppements. XIX Séminaire de Cardio- logie Pédiatrique, 1998: 26-30. 12 -Moss and Adams. In: Heart Disease in Infants, Children and Adolescents. Philadelphia. Lippincott Williams and Wilkins, 2001; 752- 756. 13 - Allan LD, Chita SK, Sharland GK, Fagg NLK, Anderson RH, Crawford DC. The accuracy of fetal echocardiography in the diagnosis of congenital disease. Int J Cardiol 1989;25:279-88. 14 - Allan LD, Sharland GK: The eco- cardiographicdiagnosisoftotallyanoma- louspulmonaryvenousconnectioninthe fetus. Heart 2001;85:433-437. 15 -Hornberger LK, Sahn DJ, Kleinman CS, et al: Antenatal diagnosis of coar- taction of the aorta: A multicenter expe- rience. J Am Coll Cardiol 1994; 23: 417-23. 16-Gittenberger-de-GrootAC :Morphol- ogy of the Hypoplastic Left Heart. In: Congenital Heart Disease. Boerhaave Course, 2003: 53-58. Figura 3 - Ecocardiograma fetal em dois fetos com síndrome de coração esquerdo hipoplásico, com predomínio das estruturas direitas sobre as esquerdas. AD - aurícula direita. ting most major congenital heart defects. Disparity of ventricular size, with the left ventricle being relatively smaller, is an importantcluethatsuggeststhepresence of congenital heart disease, such as inlet andoutletobstructionofleftventricle;but disproportiondoesnotalwaysmeanheart disease. After birth, the surgical therapy is not always consensual; there is often a serious question as to whether the left ventricle is capable of maintaining an adequate systemic output. Key-words: pediatric cardiology; ventricular disporpotion; hypoplastic left ventricle; prenatal diagnosis. Nascer e Crescer 2004; 13 (1): 30-34 BIBLIOGRAFIA 1 - Papa M, Camesasca C, Santoro F, Zoia E, Fragasso G, Giannico S, Chier- chia SL: Fetal echocardiography in detecting anomalous pulmonary venous connection: four false positive cases. Br Heart J 1995; 73:355-358. 2 -Ferreira M, Macedo AJ, Trigo C, Lima M:Aspectosevolutivosdadesproporção ventricular durante a vida fetal. Livro de Resumos do Congresso Português de Cardiologia 1995. 3-BenacerrafBR,SaltzmanDH,Sanders SP: Sonographic Sign Suggesting the prenatal Diagnosis of Coarctation of the Aorta. J Ultrasound Med 1989; 8:65-69. 4 - Le Bidois J: Obstructions Gauches Périnatales.In:KachanerJ,SidiDeditors. ObstructionsGauches:ProgrèsetDéve- loppements. XIX Séminaire de Cardio- logie Pédiatrique, 1998: 26-30.
  • 5. 34 medicina fetal e neonatal NASCER E CRESCERrevista do hospital de crianças maria pia ano 2004, vol. XIII, n.º 1 Correspondência: Professor Doutor Sashicanta Kaku Serviço de Cardiologia Pediátrica do Hospital de Santa Marta Rua de Santa Marta 1169-024 Lisboa cardio.ped@hsmarta.min-saude.pt 17 - Hornberger LK, Sanders SP, Rein AJ, Spevak PJ, Parness IA, Colan SD: Left Obstructive Lesions and Left Venri- cularGrowthintheMidtrimesterFetus-A longitudinal study. Circulation 1995; 92:1531-38. 18 -Simpson JM, Sharland GK : Natural history and outcome of aortic stenosis diagnosed prenatally. Heart 1997;77: 205-210. 19 -Tchervenkov CI: Two-ventricular re- pair for Hypoplastic left heart syndrome. Semin Thorac Cardiovasc Surg Pediatr Card Surg Annu 2001;4:83-93. 20 - Rhodes LA, Colan SD, Perry SB, Jonas RA, Sanders SP: Predictors of survival in neonates with critical aortic stenosis. Circulation 1991 Dec; 84(6): 2325-35.