Este documento apresenta um resumo sobre o período histórico do mercantilismo na Europa entre os séculos XV e XVIII. Ele descreve as principais características desta política econômica como a acumulação de metais preciosos, balança comercial favorável e protecionismo alfandegário. O documento também discute como diferentes países europeus adotaram versões do mercantilismo de acordo com suas peculiaridades, como o bulionismo na Espanha e o colbertismo na França.
1. INSTITUTO MACAPAENSE DE MELHOR ENSINO SUPERIOR
ANA GABRIELA CAMPOS ALMEIDA
BRUNA EMANUELLE COSTA DE NEVES
LARISSA FREITAS FARIAS
MARIELEN DE OLIVEIRA FARIAS
WANESSA STEFHANIE SANTOS DA SILVA
MERCANTILISMO
MACAPÁ – AP
2014
2. ANA GABRIELA CAMPOS ALMEIDA
BRUNA EMANUELLE COSTA DE NEVES
LARISSA FREITAS FARIAS
MARIELEN DE OLIVEIRA FARIAS
WANESSA STEFHANIE SANTOS DA SILVA
MERCANTILISMO
Trabalho de pesquisa da disciplina de Economia,
ministrada pelo professor Lineu Facundes
apresentado pela turma de segundo semestre de
nutrição do turno da tarde (N2TA), no Instituto
Macapaense de Melhor Ensino Superior.
MACAPÁ – AP
2014
3. INTRODUÇÃO
O mercantilismo foi a política econômica adotada pela Europa durante o
período chamado de Antigo Regime, onde o governo absolutista interferia muito na
economia dos países. Esse governo queria atingir o desenvolvimento econômico a
partir do acúmulo de riquezas: metais preciosos, fortalecer o estado, e enriquecer a
burguesia.
Essa época foi marcada pelas grandes navegações, pelo fim do feudalismo e
pelo desenvolvimento das práticas comerciais, porém também foi uma época de
escravidão, onde surgiram os latifúndios e a alta taxação de produtos importados
exigidos pelo rei.
4. MERCANTILISMO
O Mercantilismo aconteceu ao longo do período da transição do feudalismo
para o capitalismo do século XV ao XVIII nos principais países da Europa. Esse
período foi marcado pela rigorosa intervenção do Estado no plano econômico e
pelas grandes navegações. Para alguns autores, o mercantilismo é o ponto de
partida para o pensamento econômico. Consistiu-se numa série de medidas para
unificar o mercado interno formar fortes Estados Nacionais
A partir do século XVI, com a consolidação dos
laços de dependência mútua entre o jogo das
trocas e o jogo das guerras, assim como a
unificação monetária sob a égide e o monopólio
estatal, formulou-se um a nova economia política
do Sistema Mundial, partindo do momento lógico
e histórico e m que o poder político se encontrou
com o poder no mercado e recortou as fronteiras
dos primeiros Estados/economias nacionais.
(BERCOVICI, 2010).
Podemos destacar como as principais características do mercantilismo:
Metalismo
Foi a cumulação de estoques metálicos e pedras preciosas, principalmente
ouro e prata, quanto mais tesouro tinha um reino mais poderoso ele era
considerado. Esses estoques de metais preciosos constituíam a própria expressão
da riqueza nacional.
Balança comercial favorável
Desde aquela época os mercantilistas compreendiam a importância das
trocas comerciais entre os países, o que formou um comércio em escala mundial.
Primeiramente prevaleceu o controle sobre o total de contratos comerciais assinados
entre nacionais e estrangeiros, e depois, formou-se a teoria da “balança comercial
favorável”, a ideia era para exportar mais do que importar e desta forma entraria
mais moedas do que sairia, deixando o país em boa situação financeira.
Incentivo à produção manufatureira
A manufatura é uma atividade muito importante para a política mercantilista,
que foi incentivada pelo Estado, através de leis disciplinadoras do trabalho e pela
aquisição de matérias-primas. Como o produto industrializado era mais lucrativo do
que matérias-primas, a exportação desses manufaturados era o caminho certo para
5. o lucro. Um bom exemplo da importância dessa atividade era os altos preços dos
produtos manufaturados no comércio internacional.
Incentivo à construção naval
O comércio marítimo assume uma grande importância durante esse período.
Começam as preocupações com a segurança do Estado, principalmente mostrada
pela Inglaterra, e começa também aparecer uma maior importância para o comércio
colonial. O Estado contribuiu para essas atividades com melhorias portuárias e
facilitando a entrada de matérias-primas necessárias à construção naval.
Protecionismo alfandegário
As barreiras protecionistas tratam-se da restrição ao máximo à entrada de
produtos estrangeiros, gerando uma proteção do artigo nacional e dos mercados
nacionais. Os reis criavam impostos e taxas para evitar ao máximo a entrada de
produtos vindos do exterior, isso também evitava a saída de moedas para outros
países.
Colonialismo
A exploração de territórios conquistados era incentivada neste período. O
monopólio se garantia a exclusividade comercial sobre as colônias. As colônias
europeias deveriam fazer comércio apenas com suas metrópoles. Era uma garantia
de vender caro e comprar barato, isso possibilitava grandes lucros ao capital
mercantil metropolitano.
O significado do mercantilismo (Bercovici, 2010 apud Fiori), foi o de um
sistema de poder voltado para a unificação e homogeneização do mercado interno,
ao mesmo tempo foi um a política e um instrumento de competição e de guerra entre
os Estados.
Observamos essa competição quando notamos que em alguns países
adotou-se uma denominação particular para o Mercantilismo, como: Bulionismo na
Espanha, Colbertismo na França e Cameralismo na Alemanha, cada país assumia
as características do mercantilismo de acordo com a sua peculiaridade.
6. CONCLUSÃO
De acordo com o estudo apresentado notamos que o mercantilismo foi uma
grande fase de mudança entre o feudalismo e capitalismos, as suas principais
características foram assumidas de diferentes modos pelas potências europeias de
acordo com as peculiaridades de cada país, alguns se ligavam mais a exploração
colonial, na obtenção de metais preciosos, nas atividades marítimas e comerciais e
uns optaram por incentivar a produção manufatureira.
Podemos observar que o mercantilismo gera uma concepção que identifica a
riqueza e o poder de um Estado com a quantidade de metais preciosos por ele eram
acumulados e guardados, e para isso precisavam desenvolver ao máximo as
exportações de produtos que eram pagos em ouro e prata (na maioria das vezes
manufaturados) e reduzir ao mínimo as importações, aumentando as taxas
alfandegarias.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DIAS, Reinaldo. RODRIGUES, Waldemar. Comércio Exterior Teoria e
Gestão. Atlas. São Paulo: 2004.
DEYON, Pierre; MOTA, Teresa Cristina Silveira da. O Mercantilismo.
Editora: Perspectiva. 4ª edição, 2009. ISBN: 9788527302777