O ciberjornalismo lusófono não tem um padrão que o caracterize globalmente, no que diz respeito ao aproveitamento das potencialidades do meio.
Pelo contrário, a diversidade é tão grande quanto a disparidade de níveis de desenvolvimento dos vários países.
Estas são as principais conclusões do estudo "Ciberjornalismo na Lusofonia: Contributo para um Mapeamento", apresentado hoje (06-07-2013) na Conferência Internacional Interfaces da Lusofonia, na Universidade do Minho, em Braga.
O estudo foi realizado pelo ObCiber, em colaboração com Grupo Novos Medios (Galiza) e investigadores do Brasil, Cabo Verde e Moçambique.
2. Equipa
• Fernando Zamith, ObCiber/Universidade do Porto, Portugal
• Isabel Reis, ObCiber/Universidade do Porto, Portugal
• Pedro Jerónimo, ObCiber/Universidade do Porto, Portugal
• Catarina Osório, ObCiber, Portugal
• Xosé Pereira Fariña, Grupo Novos Medios, Universidade de
Santiago de Compostela, Galiza
• Moisés Limia, Grupo Novos Medios, Universidade de Santiago de
Compostela, Galiza
• Ben-Hur Demeneck, Universidade de São Paulo, Brasil
• Silvino Lopes Évora, Universidade de Cabo Verde e Universidade
Jean Piaget de Cabo Verde
• Celestino Vaz Joanguete, Universidade Eduardo
Mondlane, Moçambique
3. Objetivos
• Verificar em que medida os cibermeios (sites
noticiosos) dos países lusófonos aproveitam as
potencialidades jornalísticas da Internet, e se
há diferenças significativas de país para país
• Saber que potencialidades são mais e menos
aproveitadas
• Comparar os resultados com os obtidos
noutros estudos baseados na mesma
metodologia
4. Questões
• Será que há um padrão que caracteriza o
ciberjornalismo lusófono, no que diz respeito
ao aproveitamento das potencialidades do
meio?
• Ou a diversidade é tão grande quanto a
disparidade de níveis de desenvolvimento dos
vários países?
5. Metodologia
• Aplicação da versão mais recente da grelha de
medição do aproveitamento das
potencialidades da Internet proposta por
Zamith (2011: 88-112), com cada amostra
“nacional” controlada por dois investigadores
(novidade deste estudo)
6. Amostra pretendida
• A amostra pretendida seria constituída por
quatro cibermeios (um título originário da
imprensa, um da rádio, um da TV e um
nascido na Internet) de cada um dos oito
estados-membros da Comunidade dos Países
de Língua Portuguesa, a que seriam acrescidos
a Galiza, pela proximidade linguística, e uma
amostra de cibermeios produzidos nas/para as
diásporas de língua portuguesa
7. Critérios de seleção da amostra
Maior audiência:
• online (preferencialmente)
• no meio tradicional
• perceção do investigador/fonte (na ausência de
métricas credíveis)
• Fontes usadas:
Netscope, IBOPE/Nielsen, IVC, outras métricas de
audiência nacionais, investigadores, delegados da
Lusa
8. Amostra real
• 36 cibermeios (4 x 9 países/comunidades) analisados
entre 22 de abril e 08 de maio de 2013
• Timor-Leste teve de ser excluído, por ausência de
cibermeios em língua portuguesa
• Nalguns países, foi necessário substituir algum dos
meios originais (rádio e/ou TV) pelo site da agência
noticiosa ou por outro cibermeio (de imprensa ou só
online) devido a atividade intermitente
• A amostra da diáspora ficou desequilibrada para o lado
das comunidades portuguesas, por dificuldade em
encontrar cibermeios das outras diásporas
9. Resultados por país/comunidade
1. Portugal
2. Galiza
3. Brasil
4. Moçambique
5. Angola
6. Diáspora
7. Cabo Verde
8. Guiné-Bissau
9. São Tomé
48
40,5
38,75
20
17
16
14,5
8,25
5,25
10. 0 10 20 30 40 50 60
São Tomé
Guiné-Bissau
Cabo Verde
Diáspora
Angola
Moçambique
Brasil
Galiza
Portugal
Aproveitamento por país/comunidade (%)
22. 0 10 20 30 40 50 60
Vitrina
Jornal Tropical
RNA
Rádio Solmansi
Telanon
Mundo Lusíada
Rádio Alfa
Inforpress
Guiné_Bissau
A Semana
Jornal de Angola
Club-K
Galicia Confidencial
Radio Galega
TVG
UOL
Renascença
La Voz de Galicia
23. Cibermeios – Top 10
0 10 20 30 40 50 60
Radio Galega
CBN
TVG
Folha São Paulo
UOL
SAPO Notícias
Renascença
RTP Notícias
La Voz de Galicia
Público
24. 11º a 20º
0 5 10 15 20 25 30 35
Guiné_Bissau
Mundo Português
A Semana
PALOP News
Jornal de Angola
RM
Club-K
Rede Globo
Galicia Confidencial
Verdade
25. 21º a 30º
0 2 4 6 8 10 12 14 16
Rádio Solmansi
Notícias
Telanon
Notícias do Norte
Mundo Lusíada
TVM
Rádio Alfa
RTC
Inforpress
TPA
26. 31º a 36º
0 1 2 3 4 5 6 7
Vitrina
Telev. G.B.
Jornal Tropical
STP Press
RNA
Gazeta de Notícias
27. Interatividade
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18
Jornal de Angola
Club-K
Mundo Português
Guiné_Bissau
Galicia Confidencial
RTP Notícias
Folha São Paulo
CBN
La Voz de Galicia
UOL
Verdade
Público
28. Hipertextualidade
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18
RM
PALOP News
Folha São Paulo
Radio Galega
RTP Notícias
TVG
Galicia Confidencial
SAPO Notícias
UOL
Público
La Voz de Galicia
29. Multimedialidade
0 2 4 6 8 10 12 14
Club-K
TVG
Público
Folha São Paulo
RTP Notícias
La Voz de Galicia
PALOP News
Renascença
UOL
SAPO Notícias
30. Instantaneidade
0 2 4 6 8 10 12 14
RM
TVG
UOL
Folha São Paulo
Rede Globo
La Voz de Galicia
Público
RTP Notícias
Renascença
SAPO Notícias
CBN
31. Ubiquidade
0 1 2 3 4 5 6 7
Jornal de Angola
Verdade
UOL
Rede Globo
CBN
Público
RTP Notícias
Renascença
La Voz de Galicia
SAPO Notícias
Folha São Paulo
32. Memória
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
Verdade
Mundo Português
Rede Globo
Renascença
SAPO Notícias
UOL
Galicia Confidencial
Folha São Paulo
RTP Notícias
Radio Galega
TVG
Público
La Voz de Galicia
33. Personalização
0 2 4 6 8 10 12
Jornal de Angola
Público
SAPO Notícias
Renascença
Verdade
TVG
Radio Galega
RTP Notícias
Folha São Paulo
CBN
34. Criatividade
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5
Jornal de Angola
Club-K
PALOP News
La Voz de Galicia
TVG
Radio Galega
RTP Notícias
SAPO Notícias
Público
35. Será que há um
padrão que
caracteriza o
ciberjornalismo
lusófono, no que
diz respeito ao
aproveitamento das
potencialidades do
meio?
Conclusões
Globalmente, não.
36. Ou a diversidade
é tão grande
quanto a
disparidade de
níveis de
desenvolvimento
dos vários
países?
Conclusões
Sim, sem dúvida.
38. Conclusões
• Clivagem clara entre 2 grupos:
– Europa/América
– África/Diáspora
• Ordenação das potencialidades idêntica à de
outros estudos:
– Memória e Instantaneidade com melhor
aproveitamento
– As 3 mais consensuais potencialidades do meio com
pior aproveitamento