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Reação exotérmica de
autodefesa do besouro
bombardeiro
O besouro-bombardeiro recebeu esse nome devido ao som
explosivo que emite quando ameaçado, soltando até 30 rajadas
químicas, quentes, azuladas e barulhentas de quinona.
O mecanismo de defesa do “besouro-bombardeiro” (Brachynus crepitans) é um jato quente
lançado quando duas glândulas se abrem ao exterior no final do abdômen.
Cada glândula controla duas bolsas, uma com solução aquosa de hidroquinona e outra com
peróxido de hidrogênio.
Quando atacado os produtos químicos são misturados numa terceira câmara, revestida com
amianto - (Mg,Fe,Ni)3Si2O5(OH)4 - e nela enzimas aceleram a reação exotérmica:
A potência com que o disparo é feito deveria
lançá-lo para longe, mas fotografias feitas
com câmara lenta mostram que o jato é
expelido em pulsos.
São 1.000 pequenas explosões que juntas são
suficientes para afastar o atacante ao mesmo
tempo deixar o inseto com as patas ainda
bem firmes no solo.
A energia liberada de 204 Kj/mol eleva a temperatura da mistura a 100 C°.
Girando a extremidade do abdômen, o inseto dirige o jato, na forma de uma fina
nuvem, na direção ao predador.
Além do efeito térmico a quinona é um repelente de insetos e animais.
Um besouro-bombardeiro possui carga suficiente em seu corpo para produzir de
20 a 30 descargas em rápida sucessão.
Minúsculas e precisas válvulas internas controlam a quantidade das substâncias
químicas que serão misturadas no ‘caldeirão’ (bolsa de amianto) e ejetadas, pois se
a reação química não for completa o besouro explodirá internamente.
Apesar do minúsculo tamanho das câmaras (menos de 1 milímetro), o besouro
pode mudar a velocidade, direção e consistência do jato tóxico.
Em termos científicos, o nome que
se dá a um mecanismo que precisa
de todas as suas partes para que o
sistema opere é “Complexidade
Irredutível”, termo, cunhado pelo
bioquímico Michael Behe.
Todos os detalhes tem devem
estar presentes desde o princípio
(na Criação) ou o sistema no seu
todo não funcionará.
Neste sistema não pode faltar uma das partes, daí não poder resultar duma
evolução faseada e gradual.
Este tipo de sistema integrado é do tipo “tudo ou nada”; um besouro que
arrebentasse com o seu abdômen após o primeiro disparo não estaria vivo para
continuar a desenvolver o sistema de fogo.
O besouro que somente conseguisse disparar quando o atacante se encontrasse
suficientemente perto não estaria vivo para aprimorar a operacionalidade do
disparo químico.
O besouro bombardeiro é um problema tão sério para a teoria da evolução
aleatória que alguns militantes evolucionistas contestaram até a ocorrência da
explosão, mas o fato observável é que esta bomba química deixa marcas/manchas
na superfície para onde é direcionada.
O besouro bombardeiro é uma evidência clara de que as criaturas foram criadas
totalmente funcionais – e não são o resultado de processos aleatórios graduais.
Veja o vídeo https://www.youtube.com/watch?v=c2UYOjJasYM
A Lei de Hess trata de determinar a variação de entalpia, tendo em vista que ela depende
apenas dos estados inicial e final.
(Fuvest-SP) O “besouro bombardeiro” espanta seus predadores expelindo uma solução quente.
Quando ameaçado, em seu organismo ocorre a mistura de soluções aquosas de hidroquinona,
peróxido de hidrogênio e enzimas, que promovem uma reação exotérmica, representada por:
C6H4(OH)2(aq) + H2O2(aq) → C6H4O2(aq) + 2 H2O(l)
O calor envolvido nessa transformação pode ser calculado, considerando-se os processos:
C6H4(OH)2(aq) → C6H4O2(aq) + H2(g) ΔH = +177 kJ . mol-1
H2O(l) + ½ O2(g) → H2O2(aq) ΔH = +95 kJ . mol-1
H2O(l) → ½ O2(g) + H2(g) ΔH = +286 kJ . mol-1
Assim sendo, o calor envolvido na reação que ocorre no organismo do besouro é:
a) -558 kJ . mol-1
b) -204 kJ . mol-1
c) -177 kJ . mol-1
d) +558 kJ . mol-1
e) +585 kJ . mol-1

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Defesa química do besouro bombardeiro

  • 1. Reação exotérmica de autodefesa do besouro bombardeiro O besouro-bombardeiro recebeu esse nome devido ao som explosivo que emite quando ameaçado, soltando até 30 rajadas químicas, quentes, azuladas e barulhentas de quinona.
  • 2. O mecanismo de defesa do “besouro-bombardeiro” (Brachynus crepitans) é um jato quente lançado quando duas glândulas se abrem ao exterior no final do abdômen. Cada glândula controla duas bolsas, uma com solução aquosa de hidroquinona e outra com peróxido de hidrogênio. Quando atacado os produtos químicos são misturados numa terceira câmara, revestida com amianto - (Mg,Fe,Ni)3Si2O5(OH)4 - e nela enzimas aceleram a reação exotérmica: A potência com que o disparo é feito deveria lançá-lo para longe, mas fotografias feitas com câmara lenta mostram que o jato é expelido em pulsos. São 1.000 pequenas explosões que juntas são suficientes para afastar o atacante ao mesmo tempo deixar o inseto com as patas ainda bem firmes no solo.
  • 3. A energia liberada de 204 Kj/mol eleva a temperatura da mistura a 100 C°. Girando a extremidade do abdômen, o inseto dirige o jato, na forma de uma fina nuvem, na direção ao predador. Além do efeito térmico a quinona é um repelente de insetos e animais. Um besouro-bombardeiro possui carga suficiente em seu corpo para produzir de 20 a 30 descargas em rápida sucessão.
  • 4. Minúsculas e precisas válvulas internas controlam a quantidade das substâncias químicas que serão misturadas no ‘caldeirão’ (bolsa de amianto) e ejetadas, pois se a reação química não for completa o besouro explodirá internamente. Apesar do minúsculo tamanho das câmaras (menos de 1 milímetro), o besouro pode mudar a velocidade, direção e consistência do jato tóxico. Em termos científicos, o nome que se dá a um mecanismo que precisa de todas as suas partes para que o sistema opere é “Complexidade Irredutível”, termo, cunhado pelo bioquímico Michael Behe. Todos os detalhes tem devem estar presentes desde o princípio (na Criação) ou o sistema no seu todo não funcionará.
  • 5. Neste sistema não pode faltar uma das partes, daí não poder resultar duma evolução faseada e gradual. Este tipo de sistema integrado é do tipo “tudo ou nada”; um besouro que arrebentasse com o seu abdômen após o primeiro disparo não estaria vivo para continuar a desenvolver o sistema de fogo. O besouro que somente conseguisse disparar quando o atacante se encontrasse suficientemente perto não estaria vivo para aprimorar a operacionalidade do disparo químico. O besouro bombardeiro é um problema tão sério para a teoria da evolução aleatória que alguns militantes evolucionistas contestaram até a ocorrência da explosão, mas o fato observável é que esta bomba química deixa marcas/manchas na superfície para onde é direcionada. O besouro bombardeiro é uma evidência clara de que as criaturas foram criadas totalmente funcionais – e não são o resultado de processos aleatórios graduais. Veja o vídeo https://www.youtube.com/watch?v=c2UYOjJasYM
  • 6. A Lei de Hess trata de determinar a variação de entalpia, tendo em vista que ela depende apenas dos estados inicial e final. (Fuvest-SP) O “besouro bombardeiro” espanta seus predadores expelindo uma solução quente. Quando ameaçado, em seu organismo ocorre a mistura de soluções aquosas de hidroquinona, peróxido de hidrogênio e enzimas, que promovem uma reação exotérmica, representada por: C6H4(OH)2(aq) + H2O2(aq) → C6H4O2(aq) + 2 H2O(l) O calor envolvido nessa transformação pode ser calculado, considerando-se os processos: C6H4(OH)2(aq) → C6H4O2(aq) + H2(g) ΔH = +177 kJ . mol-1 H2O(l) + ½ O2(g) → H2O2(aq) ΔH = +95 kJ . mol-1 H2O(l) → ½ O2(g) + H2(g) ΔH = +286 kJ . mol-1 Assim sendo, o calor envolvido na reação que ocorre no organismo do besouro é: a) -558 kJ . mol-1 b) -204 kJ . mol-1 c) -177 kJ . mol-1 d) +558 kJ . mol-1 e) +585 kJ . mol-1