Repositórios institucionais como ambientes de acesso aberto nas universidades.
Apresentação realizada em 7 de outubro de 2014 durante a XX Semana do Livro e da Biblioteca, realizada pela Biblioteca da UNESP, Campus de Bauru.
Aborda o acesso aberto, repositórios institucionais e o Repositório Institucional UNESP: http://base.repositorio.unesp.br/
Repositórios institucionais como ambientes de acesso aberto
1. XX Semana do Livro e da Biblioteca – UNESP Bauru, 7 out. 2014
Repositórios institucionais
como ambientes de acesso
aberto nas universidades
Fabrício Silva Assumpção
Repositório Institucional UNESP
3. Comunicação científica formal
Pre-print
(versão submetida
pelo autor)
Post-print
(versão aceita para a
publicação)
Versão
publicada
4. Comunicação científica formal
Artigo científico como principal meio para a
comunicação científica formal.
O papel do publicador/editor: assegurar a revisão
pelos pares, publicar, distribuir.
O custo da informação científica: o financiamento
da pesquisa, a publicação e o acesso.
Acesso restrito à informação. Menor
impacto.
5. Mudanças...
Crescimento do número de publicações (e dos
custos!)
Facilidades da publicação eletrônica
Custo menor em relação ao impresso
Maior alcance
...
Popularização do acesso à Internet / Web
6. Budapest Open Access Initiative (BOAI)
Acesso aberto: “[...] disponibilização livre e
pública na internet, permitindo a quaisquer
usuários ler, baixar, copiar, distribuir,
imprimir, buscar ou vincular aos textos
completos desses artigos, indexá-los,
processá-los como dados em software, ou
utilizá-los em qualquer propósito dentro da
lei, sem barreiras financeiras, legais ou
técnicas que não sejam as do simples acesso
à internet.”
7. Budapest Open Access Initiative (BOAI)
“A única limitação sobre a reprodução e
a distribuição e o único papel do
copyright neste domínio deve ser para
dar aos autores o controle sobre a
integridade de sua obra e o direito de
serem propriamente reconhecidos e
citados.”
9. Entraves
Em muitos casos, para que o artigo seja publicado,
o autor deve ceder os direitos de cópia e de
distribuição (copyright) ao publicador.
Dependendo do termo assinado, o autor fica
impedido de disponibilizar seu trabalho em
qualquer lugar (sites pessoais e institucionais,
repositórios, envio por e-mail, etc.).
E o acesso aberto, como fica?
10. Novos modelos de negócio
Assinatura
Disponibilização em site pessoal
Acesso
fechado
Acesso aberto
Sem liberdades
Gratis
Acesso
aberto
Assinatura
Todos os direitos
reservados
Acesso aberto
Liberdades
Libre
Assinatura
Arquivamento do pre-print
Assinatura
Distribuição pessoal
(com ou sem embargo)
Assinatura
Arquivamento do post-print
(com ou sem embargo)
Assinatura
Arquivamento após embargo
Assinatura
Arquivamento da versão publicada
Híbrido (assinatura
e acesso aberto)
11. Novos modelos de negócio
Via verde
Acesso restrito na página do publicador.
Possibilidade de disponibilizar em repositórios.
Via dourada
Acesso aberto na página do publicador.
12. Repositórios digitais
“Os repositórios digitais são criados para
facilitar o acesso à produção científica. São
bases de dados desenvolvidas para reunir,
organizar e tornar mais acessível a produção
científica dos pesquisadores.”
(LEITE et al., 2012, p. 7)
16. Repositórios institucionais
“Um repositório institucional de acesso aberto
constitui um serviço de informação científica -
em ambiente digital e interoperável - dedicado
ao gerenciamento da produção científica e/ou
acadêmica de uma instituição (universidades
ou institutos de pesquisa).”
(LEITE et al., 2012, p. 7)
17. Repositórios institucionais
“Contempla a reunião, armazenamento,
organização, preservação, recuperação e,
sobretudo, a ampla disseminação da
informação científica produzida na
instituição.”
(LEITE et al., 2012, p. 7)
18. Benefícios
Aumenta a visibilidade da produção institucional.
Auxilia na elaboração de indicadores.
“Prestação de contas” à sociedade.
Facilita a identificação de plágios.
Auxilia na memória institucional.
...
19. O que não é...
“Todo repositório institucional de acesso aberto
pode ser considerado um tipo de biblioteca digital.
Entretanto, nem toda biblioteca digital pode ser
considerada um repositório institucional.”
(LEITE et al., 2012, p. 7)
Repositórios não cumprem as funções dos
periódicos:
Não validam, não revisam e não publicam...
Disponibilizam!
21. Implantar... e desenvolver!
Um repositório institucional não se restringe a ter
um ambiente digital.
Políticas (estabilidade)
Infraestrutura tecnológica
Equipe
Comunidade
Implantação e desenvolvimento
22. Autoarquivamento é possível?
Autoarquivamento e autoarquivamento mediado
Obrigatório ou opcional
Quem pode/deve submeter?
O que pode ser submetido?
Qualidade: quem revisará?
Direitos autorais:
Os autores estão cientes dos seus direitos?
O publicador explicita quais são as liberdades
dadas aos autores e aos leitores?
25. Contexto brasileiro
Universidades públicas como principais
responsáveis pela ciência brasileira.
Agências de fomento/financiamento
principalmente públicas.
País em desenvolvimento: relação entre
informação e desenvolvimento.
31. Repositórios Institucionais no Brasil
Repositórios institucionais em instituições de ensino
superior (dados de agosto de 2013)
49 repositórios
396.881 itens
18,8% - LUME - Repositório Digital da UFRGS
13,6% - Biblioteca Digital da UNICAMP
10,4% - Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
9,4% - Acervo Digital da UNESP
8,3% - Repositório Institucional da UFSC
(MURAKAMI; FAUSTO, 2013)
35. Repositório Institucional UNESP
“Armazenar, preservar, disseminar e
possibilitar o acesso aberto, como bem
público global, à produção científica,
acadêmica, artística, técnica e
administrativa da Universidade.”
repositorio.unesp.br
Lançado em outubro de 2013
43. Desafios
Como desenvolver o Repositório
Institucional UNESP?
Divulgação e conscientização
Garantir a atualidade e a qualidade dos dados:
refletir a Universidade
Autoarquivamento de dissertações e teses
44. Minha percepção...
O Repositório evidencia a necessidade de políticas
institucionais
Forma de citação da universidade, unidades,
departamentos, etc.
Política de informação
Depósito de dissertações e teses
Depósito de TCC
Harmonização/unificação dos processos
45. Desafios e reflexões
Políticas de acesso aberto requerem
conscientização
Direitos autorais
Acesso aberto: maior impacto?
Repositórios: maior impacto?
Desenvolvimento de um repositório
institucional
46. Boas notícias para o
acesso aberto!
Software livre (Open source)
Dados abertos (Open data)
Recursos Educacionais Abertos (REA)
Governo aberto (Open government)
Ciência aberta (Open science)
Open knowledge
...
47. Referências
KURAMOTO, H. Blog do Kuramoto. Disponível em:
<http://kuramoto.blog.br>. 2014. Acesso em: 01 out. 2014.
LEITE, F. et al. Boas práticas para a construção de repositórios
institucionais da produção científica. Brasília: Ibict, 2012. Disponível
em: <http://livroaberto.ibict.br/handle/1/703>. Acesso em: 01 out.
2014.
MURAKAMI, T. R. M.; FAUSTO, S. Panorama atual dos Repositórios
Institucionais das Instituições de Ensino Superior no Brasil. InCID:
Revista de Ciência da Informação e Documentação, Ribeirão Preto, v. 4,
n. 2, p. 185-201, jul./dez. 2013. Disponível em:
<http://dx.doi.org/10.11606/issn.2178-2075.v4i2p185-201>. Acesso em:
01 out. 2014.
49. XX Semana do Livro e da Biblioteca – UNESP Bauru, 7 out. 2014
Obrigado!
Fabrício Silva Assumpção
assumpcao.f@gmail.com | fabricioassumpcao.com
Editor's Notes
E quando a gente fala dessa relação entre informação e desenvolvimento, a gente tem que lembrar também como no Brasil existem níveis muito diferentes de desenvolvimento e de acesso à informação: uma coisa somos nós aqui numa universidade estadual paulista, que, por mais que a gente reclame e tal, tem muito recurso; outra coisa é quem está em uma universidade no interior do norte, do nordeste, em uma universidade particular e até quem está fora de uma universidade (que é a maior parte da população).
Então, como anda a situação no Brasil no que diz respeito ao acesso aberto e aos repositórios.