O documento discute o conceito de indulgência em três partes: 1) Define indulgência como não julgar os defeitos alheios e ocultá-los; 2) Discute perdão como pedir força para não pecar novamente e reparar erros; 3) Pede que sejamos severos conosco e indulgentes com os outros, observando nossos próprios defeitos em vez de criticar os alheios.
2. INDULGÊNCIA Este estudo tem por finalidade a conceituação da Indulgência, do seu inter-relacionamento com muitas outras virtudes ou sentimentos e dos variados aspectos práticos de sua extraordinária importância, como precioso instrumento da reforma íntima ou transformação moral, e da conseqüente libertação do Espírito imperecível, em sua jornada incessante, a caminho da Luz e da Paz.
4. Conceito Básico Indulgência: a) Virtude, sentimento doce e fraternal (ESE) b) Não ver os defeitos de outrem, ou, se os vê, evita falar deles, divulgá-los (ESE) c) A indulgência, é a condescendência em relação a outrem, seja de referência às suas opiniões ou comportamento, ao direito de crer no que lhe aprouver, pautando as suas atitudes nas linhas que lhe pareçam mais compatíveis ao modo de ser, desde que não firam os sentimentos alheios, nem atentem contra as regras da dignidade humana. (ESTUDOS ESPÍRITAS - JOANNA DE ÂNGELIS)
5. Objetivos do Estudo a) Entender e compreender o que é a indulgência. b) Estimular o exercício diário da Indulgência, por ser esta uma das mais nobres formas de praticar a Caridade moral. c) Compreender a necessidade da Indulgência como um dos fundamentos indispensáveis à nossa reforma íntima. d) Enfatizar que sem a Indulgência impossível nos será atender à consagrada divisa contida na frase-símbolo da Codificação Espírita: “Fora da caridade não há salvação.”
6. Desenvolvimento Para que tenhamos um melhor aproveitamento, devido o assunto ser vastíssimo, o estudo será dividido em quatro partes, cada uma parte correspondente a um item do evangelho, sendo estudado cada item por semana, sendo acrescentado a cada item, mensagens dentro do tema, vídeos,slides,etc...
7. Etapas do Estudo Estas quatro etapas estudadas ficarão definidas desta forma: 1 - Primeira parte do estudo: Indulgência (Julgamento) Referente ao capitulo X Item 16 do ESE 2 - Segunda parte do estudo: Indulgência (Perdão) Referente ao capítulo X item 17 do ESE 3 -Terceira parte do estudo: Indulgência (Vigilância) Referente ao capítulo X Item 18 do ESE 4 - Quarta parte do estudo: Indulgência (Permanente) Referente ao livro: Viver e amar, (Divaldo Pereira Franco/ Joana de Angelis)
8. ESTUDO:Em quatro etapas do item 16, 17,18 do capítulo X do Evangelho Segundo o Espiritismo Um texto do livro Viver e Amar (Joana de Ângelis/Divaldo P. Franco)
9. Questionário 1 - O que é indulgência? 2 - Que benefícios proporcionamos ao próximo sendo indulgentes? 3 - E quanto a nós próprios, que benefícios ela nos proporciona? 4 - Como estamos com a indulgência em nossas vidas?
10. Indulgência (Julgamento) Item 16 16 –Espíritas, queremos hoje vos falar da indulgência, esse sentimento tão doce, tão fraternal,que todo homem deve ter para com os seus irmãos, mas que tão poucos praticam. A indulgência não vê os defeitos alheios, e se os vê, evita comentá-los e divulgá-los. Oculta-os, pelo contrário, evitando que se propaguem, e se a malevolência os descobre, tem sempre uma desculpa à mão para os disfarçar, mas uma desculpa plausível, séria, e não daquelas que, fingindo atenuar a falta, a fazem ressaltar com pérfida astúcia. (José, Espírito Protetor, Bordéus 1863)
11. Indulgência (Julgamento) Por que vedes um argueiro no olho do vosso irmão, vós que não vedes uma trave no vosso olho? Ou como dizeis ao vosso irmão: Deixe-me tirar um argueiro do vosso olho, vós que tendes uma trave no vosso? Hipócritas, tirai primeiramente a trave do vosso olho, e então vereis como podereis tirar o argueiro do olho do vosso irmão." (São Mateus: V de 3 a 5) .
12. Indulgência (Perdão) Item 17 * Que solicitais ao Senhor quando lhe pedis perdão? Somente o esquecimento de vossas faltas? Esquecimento de que nada vos deixas, pois se Deus se contentasse de esquecer as vossas faltas, não vos puniria, mas também não vos recompensaria. A recompensa não pode ser pelo bem que não fez, e menos ainda pelo mal que se tenha feito, mesmo que esse mal fosse esquecido. Pedindo perdão para as vossas transgressões, pedis o favor de sua graça, para não cairdes de novo, e a força necessária para entrardes numa nova senda, numa senda de submissão e de amor, na qual podereis juntar a reparação ao arrependimento. (João, Bispo de Bordéus, 1862)
13. Indulgência (Perdão) Se contra vós pecou vosso irmão, ide fazer-lhe sentir a falta em particular, a sós com ele, se vos atender, tereis ganho o vosso irmão. Então, aproximando-se dele, disse-lhe Pedro: "Senhor, quantas vezes perdoarei a meu irmão, quando houver pecado contra mim? Até sete vezes?" Respondeu-lhe Jesus: “Não vos digo que perdoeis até sete vezes, mas até setenta vezes sete vezes." (S. Mateus, cap. XVIII, vv. 15, 21 e 22)
14. Indulgência (Vigilância) Item 18 18 – Queridos amigos, sede severos para vós mesmos e indulgentes para as fraquezas alheias. Essa é também uma forma de praticar a santa caridade, que bem poucos observam. Todos vós tendes más tendências a vencer, defeitos a corrigir, hábitos a modificar. Todos vós tendes um fardo mais ou menos pesado que alijar, para subir ao cume da montanha do progresso. Por que, pois, ser tão clarividentes quando se trata do próximo, e tão cegos quando se trata de vós mesmos? Quando deixareis de notar, no olho de vosso irmão, um argueiro que o fere, sem perceber a trave que vos cega e vos faz caminhar de queda em queda? (DUFÉTRE, Bispo de Nevers , Bordéus)
15. Indulgência (Vigilância) “Quantas dissensões e funestas disputas se teriam evitado com um pouco de moderação e menos suscetibilidade!Quantas doenças e enfermidades decorrem da intemperança e dos excessos de todo gênero!” (ESE Capitulo V, item 4)
16. Indulgência (Permanente) Escasseia, cada vez mais, no comportamento humano, a indulgência.Relevante para o êxito da criatura em si mesma e em relação ao próximo, o pragmatismo negativo dos interesses imediatos vem, a pouco e pouco, desacreditando-a, deixando-a à margem.
17. Indulgência (Permanente) Tentando substituí-la, as criaturas imprevidentes colocam nos lábios a mordacidade no trato com o semelhante, a falsa superioridade, a ofensa freqüente, a hipocrisia em arremedos de tolerância. A indulgência para com as faltas alheias é perfeita compreensão da própria fragilidade, a refletir-se no erro de outrem, entendendo que todos necessitam de oportunidade para recuperar-se, e facultando-a sem assumir rígido comportamento de censor ou injustificável postura de benfeitor.
18. A Indulgência é um sentimento de humanidade que vige em todas as pessoas, aguardando desdobramento e vitalidade que somente o esforço de cada qual logra realizar.É calma e natural, fraterna e gentil, brotando como linfa cristalina alcance do sedento.Generosa, não guarda qualquer ressentimento, olvidando as ofensas a benefício do próprio agressor
19. Indulgência (Permanente) A indulgência pacifica o infrator, auxiliando-o a crescer em espírito e abre áreas de simpatia naquele que a proporciona.Virtude do sentimento, a indulgência revela sabedoria da razão Agredido pela ignorância do poviléu, ou pela astúcia farisaica, ou pela covardia dos amigos, ou pela pusilanimidade de Pilatos, Jesus foi indulgente para com todos, não obstante jamais houvesse recebido ou necessitasse da indulgência de quem quer que fosse. Viver e Amar: (Joana de Angelis e Divaldo P. Franco)