2. Doenças prostáticas e DS
•
Próstata : do Grego “Protos” - “em primeiro “ ou “em frente de”
•
Importante contributo para a sexualidade masculina
•
Secreção prostática – alcalina – efeito protector dos espermatozóides
•
Tónus muscular na uretra membranosa – câmara de ejecção
•
A ejaculação é essencial para a saúde reprodutiva e a próstata produz cerca de 85
a 90% do volume do ejaculado
Na Atlas of Prostatic Diseases – 3ª edition
Roger S. Kirby MD – St.George s Hospital - 2003
3. Doenças prostáticas e DS
Estudos epidemiológicos mundiais estabeleceram uma relação entre
HBP, LUTS, DE e Disfunção Ejaculadora e Idade.
•
Estudo de Colónia feito por Braun et al. – 72% dos homens com DE
sofrem de LUTS. Eur. Urology 2003, 44: 588-94
•
Em Espanha, Martins Morales, estabeleceu relação entre DE e doenças
prostáticas. J.Urology 2001. 166: 569 – 574
•
MSAM -7 ( Multinational Survey of Aging Male ), estudo conduzido por Rosen et al.
Que avaliou a relação entre Disfunção Sexual e LUTS em 7 países.
Eur. Urology 2003 44 : 637 – 649
4. Doenças prostáticas e DS
Obesidade /índice
corporal
Hiperinsulinémia
da actividade do Rho/Rho-kinase
Bing W, Cheng S. et al.
Am J. Physiol Renal Physiol 2003
Arteriosclerose pélvica
Tarcan T. Azadzoi KM et al. J. Urol. 1999
Idade
Sedentarismo
Tónus simpático
L.Loyd and McVary - J. Urology. 2002.
Redução do NOS/NO
HTA e Diabetes
Bloch W et al. Prostate 1997, 33 : 1-8
Klotz T, Bloch W et al. Urology 1997, 36 : 318-22
HBP
HBP, LUTS
LUTS
e DE
DE
5. LUTS/HBP e DS
• A maioria dos estudos clínicos mostram que 60-85% dos
homens com LUTS são sexualmente activos e estão
interessados em preservar e cerca de 50-80% sofrem de DE
ou DEj
6. Repercussões sexuais
• Disfunção eréctil
• Disfunção ejaculatória
• Diminuição do volume do
sémen
• Alterações do orgasmo
• Climatúria
• Alterações da libido
•
•
•
•
Encurtamento peniano
Encurvamento peniano
Atrofia testicular
Infertilidade
7. Tratamento farmacológico da HBP e DS
α bloqueantes : alfusozina
doxasozina
tansulosina
terazosina
Silodosina
inibidores da 5α reductase : finasteride
dutasteride
fitoterapia : serenoa repens
pygeum africanum
cucurbita pepo
Ejaculação retrógrada- 10-40%
10% - diminuição da libido e do
volume do ejaculado, disfunção
eréctil e ginecomastia
Sem efeitos secundários
12. Hormonoterapia e DS
Tratamento
•
•
•
•
Bloqueio intermitente
Reinicio da actividade sexual
Apoio psicológico,
Recuperação da erecção com iPDE5,vácuo, ICI, muse e
prótese, com taxas de eficácia muito baixas (cerca de 20%) e
que não melhora a libido;
• Práticas sexuais alternativas (Wlaker et al, 2011)
14. Tratamento cirúrgico da HBP e DS
Ejaculação retrógrada – 60 a 99 %
5 a 10 % de DE
Han M, et al. (2002). Retropubic and suprapubic open
prostatectomy. In PC Walsh et al., eds., Campbell's
Urology, 8th ed., vol. 2, pp. 1423–1434. Philadelphia: W.B.
Saunders
15. Terapêuticas minimamente invasivas da HBP e DS
TUMT
0% DE
10 % ejaculação retrógrada
0% a 8% de DE
DE ???
30% a 70%- ejaculação retrógrada
.
Reich O, Bachmann A, Siebels M, Hofstetter A,, J Urol 2004;173:158-160
Int. j.Impot. Res. 2007 19(6) 544-550
Anne D. Wally MD – Brookes ST. et al BMJ May 2002
TUNA
16. Tratamento cirúrgico do cancro da próstata e DS
29 a 100 % de DE
100% de Eja.
100 % de DE e Eja.
Testosterona 20 ng/dl
ORQUIDECTOMIA
18. Tratamento do cancro da prostáta e
Disfunção sexual
Radioterapia
Braquiterapia
iPDE
25 % D.E.- colagéneo c.cavernosos
-alt. componente fibroelástico das
trabéculas -↓ capacidade eréctil
70 % aos 3 anos
J.Sex.Med 2006:3: 354-365
15% DE até ao 1º ano
40% DE tardia entre 1 e 2 a.
50 a 70% DE - Rx combinada
Matzkin H, Kaver I, Stenger A. et al. Harafuah 2001 Aug 140
Talcott JÁ, Clark JÁ, Stark PC,Mitchell SP. J.Urol 2001 166 (2)
Menick GS, Butler WM et al.Int.J.Radiat.Oncol.Biol.Phys
2002, 52: 839-902
19. Tratamento ablativo do cancro da próstata e DS
75 % DE
IDiblásio MD et al. University of
Tennessee - Menphis
Crioablação
HIFU
20 a 50% de DE
Desnaturação proteíca e
Destruíção da membrana
Lipídica
Uchide T, Ohkusa, Yamoshita et al.
Int.J.Urol. 2006 13-228-233
20.
21. Tratamento da DE pós cirurgia
Estratégia
• Aplicação cuidada da técnica cirúrgica
• Mapeamento nervoso intraoperatório
“CaverMap” (baixa especificidade)
•
•
•
•
•
•
Ampliação do campo cirúrgico
Enxerto nervoso
Tratamento das comorbilidades
Alteração do estilo de vida
Medidas de reabilitação sexual precoce
Instituição de tratamentos dirigidos para a DE
22. DE pós Cirurgia pélvica
Reabilitação sexual
“Fisioterapia peniana”
• IIC de PGE (5-20ng) 3 vezes por semana
61% de respostas satisfatórias
• IIC de PGE + sildenafil
• Sildenafil ou vardenafil ou tadalafil
Aumenta a amplitude e duração das erecções nocturnasaumenta a
oxigenação dos tecidos e diminui a fibrose
23. Tratamento da DE pós-cirurgia
Modalidades terapêuticas
•
•
•
•
•
Terapêutica farmacológica
Injecção intracavernosa
MUSE
Dispositivo de vácuo
Prótese peniana
24. Inibidores da 5 - PDE
• Actualmente:
Inibidores da 5-fosfodiesterase disponíveis:
Sildenafil (Viagra®)
Tadalafil (Cialis®)
40-80% de taxa de satisfação
Martin-Morales et al, 2007
Vardenafil (Levitra®)
74% nas companheiras
Montorsi e Althof, 2004
Terapêutica de primeira linha
25. Tratamento da DE pós-cirurgia
Eficácia- 85%
Eficácia- 30-50%
Eficácia- 70-94%
Satisfação-Doente- 80-90%; Parceira- 70-80%
26. Climatúria
•
•
•
•
•
Ejaculação de urina durante o orgasmo
Alt da anatomia uretral e incompetência do colo vesical
90% de doentes após PR
Volume variável (3-120 ml)
Não tem relação com o grau de nerve sparing
(Aboussaly, 2006)
27. Climatúria- tratamento
• Medidas comportamentais (diminuição da ingestão de fluidos
e esvaziar a bexiga antes das relações sexuais)
• Preservativo
• Imipramina
• Fisioterapia do pavimento pélvico
• Dispositivos de constrição peniana
• Cirurgia de incontinência
31. Doenças prostáticas e DS
Prostatite crónica – Sínd. doloroso pélvico crónico
–
–
–
–
–
Afecta aproximadamente 10 a 14% dos homens em qualquer idade
52% - D.E. periódica ou redução da libido
Dor durante o acto sexual e ou ejaculação
Ejaculação prematura
Receio de infectar a parceira (o)
J.Ku. S.Kim and S.Parck – Urology 2005 vol 66(4) 693-701
Mehik A, Helstrom P, Sarpole A et al. BJU 2001 int 88:35-38
Rosenbloom D.- Calif Med 82: 454-457 - 1995
32. Doenças prostáticas e DS
HBP - Hipertrofia Benigna Prostática
•
O crescimento da próstata - HBP - é dependente da idade
•
Os sintomas urinários – LUTS – e a D.E. são altamente prevalentes
no idoso e comprometem a QoL
•
Quanto mais severos são os LUTS, mais nítida é a D.E.
•
É inequívoco que LUTS e DE têm interligações. Qual o mecanismo?
•
70% dos homens com LUTS relacionados com HBP têm DE
•
O tratamento com I5PDE melhora a DE, melhora a QoL e melhora
os sintomas irritativos e obstrutivos dos LUTS
•
Talvez então LUTS e DE sejam manifestações da mesma doença
Wallancien G. et al: J.Urol. 2003, 169 : 2257 – 2261
Linder et al. Urology 1991; 38::26-8
33. Alterações do orgasmo
Autor
Ano
Cirurgia
Disfunção do orgasmo
Dubelman
2010
PR
33% de anorgasmia
Barnas
2004
PR
37% anorgasmia
37% diminuição da intensidade do orgasmo
14% de dor
Goriunon
1997
RTU-P
23% de dor
Koheman
1996
PR
14 de dor
82% diminuição da intensidade do orgasmo
Steg
1988
RTU-P
36% d alts do orgasmo