O documento discute a teoria dos "laços fortes e fracos" de Mark Granovetter, explicando que laços fracos entre grupos sociais heterogêneos promovem a mobilização coletiva ao conectar diferentes "pontos de ebulição". Quanto maior a diversidade desses pontos de tolerância, maior a capacidade de um movimento reunir diferentes segmentos da sociedade.
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Mark Granovetter
Mark Granovetter (1943 - ) sociólogo
americano, professor da universidade de
Stanford criou, na década de 80 a teoria dos
“strong & weak ties” (laços fortes e fracos)
De acordo com essa teoria, durante a nossa
vida estabelecemos diferentes tipos de
relacionamentos (laços fortes e fracos), com
diferentes grupos sociais. http://en.wikipedia.org/wiki/Mark_Granovetter
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Laços fortes são estabelecidos com pessoas
mais próximas a nós, com as mesmas crenças,
costumes, visões e valores.
Laços fracos são estabelecidos com outras
pessoas com as quais não nos relacionamos
com a mesma intensidade.
Porém, é através desses laços “fracos” que nos
conectamos a outras realidades, oportunidades
e somos expostos a novos fatores de inovação.
Laços Fortes e Fracos
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O curioso é que os laços fracos
funcionam como bridges entre
diferentes clusters sociais, como
numa rede neural.
Esse tipo de relacionamento “fraco”
foi impulsionado nos últimos tempos
através das redes sociais virtuais.
Exemplo: Facebook.
A força dos laços fracos
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Outro ponto fundamental da teoria de
Granovetter é o conceito de
Threshold, segundo o qual cada indíviduo tem
um fator de tolerância (limite) ou “ponto de
ebulição”
Assim, a ação coletiva de um ou vários grupos
sociais é desencadeada a partir do momento
em que o “ponto de ebulição” individual é
ultrapassado, gerando uma reação em cadeia
por toda a rede.
“Ponto de Ebulição” (Threshold)
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Diversidade e Mobilização
Agora, curiosa mesmo é a constatação de que
quanto maior a diversidade de “pontos de
ebulição” (Thresholds), maior a capacidade de
mobilização de diferentes grupos sociais.
Isso ajuda a explicar como uma manifestação de
grupos sociais heterogêneos acontece.
É diferente, por exemplo, de uma manifestação
organizada por poucos sindicatos homogêneos,
verdadeiros clusters.
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Exemplo1: Apatia Mobilização = 0
No exemplo ao lado, X representa um grupo
social composto por 4 (I)ndivíduos: a1,a2,a3,a4
Cada indivíduo tem seu próprio nível de
tolerância (T) frente a um determinado
contexto social e político.
Nesse exemplo, todos esperam que pelo menos
01 (uma) pessoa se mobilize, mas como o
grupo é bastante homogêneo e T>0 para todos,
nada acontece.
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Exemplo2: Baixa mobilização
No exemplo ao lado, Y também representa um
grupo homogêneo, mas repare que o grau de
tolerância de a1 é baixíssimo (T=0)
Indivíduos a2, a3, a4 esperam que pelo menos
2 pessoas se mobilizem, o que não acontece.
Somente a1 se mobiliza (porque T=0),
independente da ação dos outros indvíduos.
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Exemplo3: Alta mobilização
O grupo Z representa um grupo heterogêneo
Laços fracos foram criados rapidamente através
das redes virtuais;
Repare que o grau de tolerância (T) é muito
diversificado:
• a1: “vai para a rua” de qualquer jeito.
• a2: se pelo menos 1 pessoa “se mexer”, também vou.
• a3: só sai da “zona de conforto”, se 02 saírem.
• a4: é conservador, mas também tem seu limite (T=3)
Mobilização total
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Conclusão
As redes virtuais criaram novas “sinapses
sociais” em grupos heterogêneos.
Os laços fracos criados através dessas
redes virtuais geram bridges entre
clusters sociais heterogêneos.
Quanto maior a variedade de limites de
tolerância em um grupo social, maior a
capacidade de mobilização.
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Referência Bibliográfica
Stanford University Dept. of Sociology
http://www.stanford.edu/dept/soc/people/mgranovetter/
“The Strenght of Weak Ties”
http://stanford.io/tck4D