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CURVAS HORIZONTAIS COM TRANSIÇÃO
5. Introdução 
A definição do traçado de uma estrada por 
meio de linhas retas concordando diretamente 
com curvas circulares cria problemas nos pontos 
de concordância. 
Assim, é necessário que tanto nos PCs quanto 
nos PTs, exista um trecho com curvatura 
progressiva para cumprir as seguintes funções:
a)Permitir uma variação contínua da 
superelevação 
Na tangente não há superelevação, ou seja 
inclinação transversal. No trecho circular, há 
necessidade de superelevação. Seria 
impossível construir uma estrada nessas 
condições, pois teríamos um degrau no PC.
A criação de um trecho de curvatura 
variável entre a tangente e a curva circular 
permite uma variação contínua da inclinação 
transversal da pista até atingir a superelevação 
no trecho circular.
b) Criar uma variação contínua de aceleração 
centrípeta na passagem do trecho reto para o 
trecho circular. 
A força centrípeta Fc= m.V2/R, em que m é a 
massa do veículo,V, a velocidade e R, o raio da 
curva, seu valor é nulo na reta e, dependendo do 
raio pode assumir um valor significativo após o 
PC.
O aparecimento de uma força transversal 
de maneira brusca causa impacto no veículo e 
em seus ocupantes, acarretando desconforto 
para estes e falta de estabilidade para o 
veículo.
c) Gerar uma traçado que possibilite ao 
veículo manter-se no centro de sua faixa de 
rolamento. 
Uma curva de raio variável possibilita que 
a trajetória do veículo coincida com o traçado 
ou pelo menos, aproxime-se bastante dele.
d) Proporcionar um trecho fluente, sem 
descontinuidade da curvatura e esteticamente 
agradável 
Essas curvas de curvatura progressiva são 
chamadas de curvas de transição e possuem raio 
instantâneo variando de ponto para ponto desde 
o valor Rc (em concordância com o trecho circular 
de raio Rc) até o valor infinito (em concordância 
com o trecho reto).
Fig. 1 Perspectiva de curva horizontal
5.1 Tipos de Curva de Transição 
Do ponto de vista teórico, o que se deseja é 
limitar a ação da força centrífuga sobre o veículo, 
para que sua intensidade não ultrapasse um 
determinado valor. Isso se consegue através da 
utilização de uma curva de transição intercalada 
entre o alinhamento reto (trecho em tangente) e 
a curva circular.
As curvas mais usadas são: 
a)CLOTÓIDE (também denominada ESPIRAL) 
b)LEMNISCATA DE BERNOUILLE, 
c)PARÁBOLA CÚBICA
Fig. 2 Curvas de raio variável
5.2 Características geométricas da 
Espiral 
Entre as diversas curvas que podem ser usadas 
como transição, a clotóide é a mais vantajosa do ponto 
de vista técnico. 
Sendo a espiral uma curva de equação R.L=K onde, 
R é o raio, L, o comprimento percorrido e K uma 
constante. O valor a ser adotado para a constante K 
está relacionado ao comprimento escolhido para a 
transição e ao raio do trecho circular.
Chamando Ls o comprimento da curva de 
transição, nos pontos de concordância das 
espirais com a circular, o raio instantâneo da 
espiral será Rc , definindo o valor de K: 
K  Ls .Rc 
Cada valor de K corresponde a uma 
determinada curva dentro da família das 
clotóides.
Equações utilizadas
O valor de TT localiza os pontos TS e ST em 
relação ao PI; o valor de Q, abscissa do centro, 
serve para localizar o centro O’ em relação ao 
TS(ou ST); o valor de p mede o afastamento da 
curva circular em relação às tangentes. 
Fig. 3 Curva com transição
5.3 Comprimento de Transição 
Um dos motivos para usar a curva de 
transição é evitar o impacto pelo 
aparecimento brusco de uma força transversal.
Se fizermos um gráfico da força centrípeta 
ao longo de um traçado com curva circular 
simples teremos uma figura como a seguinte:
De nada adiantaria introduzirmos uma 
variação gradativa da força centrípeta se essa 
variação fosse muito rápida. O gráfico ficaria 
assim:
É necessário que a variação da aceleração 
centrípeta não ultrapasse uma taxa máxima, 
para que haja segurança e conforto. A essa 
taxa máxima corresponderá um comprimento 
mínimo de transição:
Critérios para estabelecer o 
comprimento mínimo 
a) Critério dinâmico: Consiste em estabelecer a 
taxa máxima de variação de aceleração 
centrípeta por unidade de tempo, que 
representaremos por J na relação:
Na condição mais desfavorável, quando J = 
Jmáx e V = Vp, tem-se:
Estabeleceu para J o valor máximo de 0,6 
m/s2. Substituindo o valor de j e 
transformando a velocidade para Km/h fica:
Critério de Tempo: estabelece o tempo 
mínimo de dois segundos para o giro do volante 
e, consequentemente, para o percurso de 
transição. 
Usando Vp em km/h e Lsmin em metros, 
temos:
Critério estético: estabelece que a diferença 
de greide entre a borda e o eixo não deve 
ultrapassar um certo valor, que depende da 
velocidade de projeto: 
onde e em (%) é a superelevação e lf em (m) é a 
largura da faixa de trafego.
Comprimento Máximo 
Para obter o comprimento máximo, que 
corresponde a SC=CS, basta impor dc = 0 
na equação . 
Temos 
Sendo
Comprimento Desejável 
Para obter o comprimento desejável 
utiliza-se a fórmula: 
V 
Rc 
Lsdes 
3 
 0,072 .
5.4Concordância da curva de transição 
Para que seja geometricamente possível a 
concordância da transição com a tangente e a 
curva circular é necessário criar um espaço, 
que chamaremos de afastamento (p), entre a 
curva circular e a tangente.
A cada valor de K na equação R.L = K 
corresponde uma única curva de transição. 
Adotado um valor Ls para o comprimento de 
transição e conhecendo-se o raio Rc da curva 
circular, fica definida a constante K = Rc . Ls e 
também o afastamento p. 
Concordância da curva de transição
Há três maneiras de conseguir o afastamento p 
a)Com a redução do raio Rc da curva circular. 
Método do centro conservado. 
b) Mantendo a curva circular em sua posição 
original e afastando as tangentes a uma distância 
p. Método do centro e raio conservados.
c) Afastando o centro (O) da curva circular para 
uma nova posição (O’), de forma que seja 
conseguido o afastamento desejado (p) 
conservando o raio e as tangentes. Método do 
raio conservado. 
Métodos para a obtenção do afastamento
O método do raio conservado é, 
geralmente, o mais usado, apresentando a 
vantagem de não alterar o raio 
preestabelecido para a curva circular nem a 
posição das tangentes.
5.5 Estacas dos Pontos Notáveis da 
Curva 
Conhecida a estaca do PI, temos 
Estaca do TS = estaca do PI – TT 
Estaca do SC = estaca do TS + Ls 
Estaca do CS = estaca do SC + Dc 
Estaca do ST = estaca do CS + Ls
5.6 Desenho da Curva 
As tangentes e o raio circular são 
conhecidos previamente ; estabelecido o 
comprimento de transição (Ls), fica 
determinada a constante da espiral (K = Ls . 
Rc). 
Calculamos então, os parâmetros na 
seguinte ordem: Ѳs, Xs, Ys, Q, p, TT.
Marcamos o segmento TT do PI para trás, 
determinando o ponto TS. Por simetria, 
determinamos o ponto ST na segunda tangente. 
A partir do TS, marcamos os segmentos Q e 
Xs, fazendo o mesmo em sentido inverso, a parir 
do ST. Pelos dois pontos obtidos com o segmento 
Q, traçamos perpendiculares às tangentes, cujo 
cruzamento é o centro da circunferência(O’).
Com o centro em O’ e o raio Rc traçamos a 
circunferência. A distância do centro à tangentes 
será (Rc + p). 
A seguir, pelos pontos obtidos com o 
segmento Xs, traçamos perpendiculares às 
tangentes e marcamos sobre estas o segmento Ys, 
obtendo os pontos SC e CS, que devem ficar 
sobre a circunferência.
Traçamos o arco entre o CS e o SC também 
as clotóides, entre TS e o SC e entre o CS e o 
ST, concordando nos extremos e passando 
pelo centro do afastamento p.
5.7 Locação da Curva 
A locação da curva de transição pode ser feita de 
duas formas: 
a) Com o uso das coordenadas X e Y calculadas com 
as equações da seção 5.2 com origem no TS (ou ST), o 
eixo x na direção da respectiva tangente e o sentido 
do TS(ou ST) para o PI. 
Locação da curva de transição
b) Pelas deflexões d em cada ponto. 
Para facilitar a locação, constrói-se uma 
tabela como a seguir.
Os valores de L, Ѳ, X, Y e d são calculados pelas 
equações: 
L = distância do TS (ou ST) ao ponto considerado, ao 
longo da curva. 
L 
  
Rc Ls 
 
2 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
     ... 
 
10 216 
1 
2 4   
X L 
 
 
 
 
 
 
 
3 5    
     ... 
 
3 42 1320 
Y L 
Y 
X 
d  def lexão arctg
Para locar pelas coordenadas, basta medir 
X ao longo da tangente e Y na perpendicular, 
determinando o ponto.
5.8 Curvas Horizontais com transição 
Assimétrica 
Curvas horizontais com espirais não simétricas são 
curvas circulares com transição, nas quais o comprimento 
escolhido para a transição de entrada é diferente do 
comprimento da transição de saída, isto é, em vez de a 
curva ter um Ls único para as duas transições a transição de 
entrada tem um comprimento Ls1 e a de saída, um 
comprimento Ls2. Curvas desse tipo são desaconselhadas 
em traçados de estradas, sendo usadas apenas em casos 
especiais.
Calculo das Transições não simétricas 
Conhecida a posição das tangentes (deflexão 
AC), a posição do PI (estaca do PI), o raio da curva 
circular Rc e escolhidos os valores Ls1 e Ls2 dos 
primeiros comprimentos das transições, podemos 
calcular os elementos Ѳs, Xs, Ys, Q, e p para cada 
uma das transições, usando as equações das 
seção 5.2
Sendo consequentemente, 
2 1 Ls Ls  2 1 pp 
isto é, a circular terá afastamentos diferentes 
em relação às tangentes .
Chamando a diferença entre os 
afastamentos. 
teremos as tangentes totais: 
e o comprimento do trecho circular:
Curva horizontal com transição assimétrica
5.9 Transição entre duas Curvas 
Circulares 
Trata-se da concordância entre duas 
curvas circulares consecutivas de raios 
diferentes, como mostra a Figura abaixo. 
Transição entre curvas circulares
Analogamente à transição entre reta e 
curva circular, usaremos um trecho de clotóide 
(espiral) para a concordância entre as 
circulares de raio Rc1 e RC2 figura a seguir. 
Trecho da clotóide utilizado entre curvas circulares
5.9.1 Parâmetros da curva 
Dada uma curva composta por duas 
circulares de raios Rc1 e RC2, a condição 
necessária para concordá-las com o uso de 
uma curva de transição é que uma esteja 
contida na outra.
Definindo um valor adequado para Ls 
(comprimento do trecho de transição) 
analogamente à concordância entre a curva 
circular e tangente, temos: 
Equação da espiral R . L = K 
Adotando índice 1 para os parâmetros da 
curva 1, índice 2 para os da curva 2 chamando de:
L1 o comprimento da espiral entre a 
origem A e o ponto CS (início da transição 
entre as curvas); 
L2 o comprimento da espiral entre a 
origem A e o ponto SC (fim da transição entre 
as curvas);
Calculados os afastamentos p1 e p2 (entre as 
circunferências e a tangente de referência) 
podemos calcular o afastamento pc entre as 
curvas circulares medido sobre a linha que une 
os centos O1 e O2 das curvas.
= ângulo de transição relativo ao trecho de 
espiral compreendido entre os pontos CS e SC. 
ou
O significado dos parâmetros calculados pode ser visto na 
figura abaixo 
Parâmetros da curva
5.9.2Locação da curva 
Dadas duas curvas circulares de raios Rc1 e RC2, a 
inclusão da transição entre elas tem a seguinte 
sequência de operações. 
a) Manter a circular de raio maior em sua posição 
original e afastar a curva de raio menor. Supondo se 
Rc1 o raio maior, mudamos o centro O2 para a posição 
O2 sobre a reta O1 O2, que dista pc de O2, criando o 
afastamento.
b) Marcar os pontos CS e SC com o uso dos 
ângulos aeb, respectivamente. 
c) Determinar a posição da tangente de referência 
com o uso do ângulo Ѳc e do comprimento Rc1 + 
p1 (a tangente de referência será perpendicular á 
reta BO1). 
d) Sobre a tangente de referência, marcar o ponto 
A à distância Q1 do ponto B.
e) Qualquer ponto da espiral pode ser 
determinado por suas coordenadas X e Y em 
relação á tangente de referência e à origem A, 
para qualquer L compreendido no intervalo 
L1  L  L2
Referências Bibliográficas 
PIMENTA C. R. T.; OLIVEIRA M. P. Projeto 
Geométrico de Rodovias. Editora Rima, São 
Carlos, 2004.

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Estradas

  • 2. 5. Introdução A definição do traçado de uma estrada por meio de linhas retas concordando diretamente com curvas circulares cria problemas nos pontos de concordância. Assim, é necessário que tanto nos PCs quanto nos PTs, exista um trecho com curvatura progressiva para cumprir as seguintes funções:
  • 3. a)Permitir uma variação contínua da superelevação Na tangente não há superelevação, ou seja inclinação transversal. No trecho circular, há necessidade de superelevação. Seria impossível construir uma estrada nessas condições, pois teríamos um degrau no PC.
  • 4. A criação de um trecho de curvatura variável entre a tangente e a curva circular permite uma variação contínua da inclinação transversal da pista até atingir a superelevação no trecho circular.
  • 5. b) Criar uma variação contínua de aceleração centrípeta na passagem do trecho reto para o trecho circular. A força centrípeta Fc= m.V2/R, em que m é a massa do veículo,V, a velocidade e R, o raio da curva, seu valor é nulo na reta e, dependendo do raio pode assumir um valor significativo após o PC.
  • 6. O aparecimento de uma força transversal de maneira brusca causa impacto no veículo e em seus ocupantes, acarretando desconforto para estes e falta de estabilidade para o veículo.
  • 7. c) Gerar uma traçado que possibilite ao veículo manter-se no centro de sua faixa de rolamento. Uma curva de raio variável possibilita que a trajetória do veículo coincida com o traçado ou pelo menos, aproxime-se bastante dele.
  • 8. d) Proporcionar um trecho fluente, sem descontinuidade da curvatura e esteticamente agradável Essas curvas de curvatura progressiva são chamadas de curvas de transição e possuem raio instantâneo variando de ponto para ponto desde o valor Rc (em concordância com o trecho circular de raio Rc) até o valor infinito (em concordância com o trecho reto).
  • 9. Fig. 1 Perspectiva de curva horizontal
  • 10. 5.1 Tipos de Curva de Transição Do ponto de vista teórico, o que se deseja é limitar a ação da força centrífuga sobre o veículo, para que sua intensidade não ultrapasse um determinado valor. Isso se consegue através da utilização de uma curva de transição intercalada entre o alinhamento reto (trecho em tangente) e a curva circular.
  • 11. As curvas mais usadas são: a)CLOTÓIDE (também denominada ESPIRAL) b)LEMNISCATA DE BERNOUILLE, c)PARÁBOLA CÚBICA
  • 12. Fig. 2 Curvas de raio variável
  • 13. 5.2 Características geométricas da Espiral Entre as diversas curvas que podem ser usadas como transição, a clotóide é a mais vantajosa do ponto de vista técnico. Sendo a espiral uma curva de equação R.L=K onde, R é o raio, L, o comprimento percorrido e K uma constante. O valor a ser adotado para a constante K está relacionado ao comprimento escolhido para a transição e ao raio do trecho circular.
  • 14. Chamando Ls o comprimento da curva de transição, nos pontos de concordância das espirais com a circular, o raio instantâneo da espiral será Rc , definindo o valor de K: K  Ls .Rc Cada valor de K corresponde a uma determinada curva dentro da família das clotóides.
  • 16.
  • 17. O valor de TT localiza os pontos TS e ST em relação ao PI; o valor de Q, abscissa do centro, serve para localizar o centro O’ em relação ao TS(ou ST); o valor de p mede o afastamento da curva circular em relação às tangentes. Fig. 3 Curva com transição
  • 18. 5.3 Comprimento de Transição Um dos motivos para usar a curva de transição é evitar o impacto pelo aparecimento brusco de uma força transversal.
  • 19. Se fizermos um gráfico da força centrípeta ao longo de um traçado com curva circular simples teremos uma figura como a seguinte:
  • 20. De nada adiantaria introduzirmos uma variação gradativa da força centrípeta se essa variação fosse muito rápida. O gráfico ficaria assim:
  • 21. É necessário que a variação da aceleração centrípeta não ultrapasse uma taxa máxima, para que haja segurança e conforto. A essa taxa máxima corresponderá um comprimento mínimo de transição:
  • 22. Critérios para estabelecer o comprimento mínimo a) Critério dinâmico: Consiste em estabelecer a taxa máxima de variação de aceleração centrípeta por unidade de tempo, que representaremos por J na relação:
  • 23. Na condição mais desfavorável, quando J = Jmáx e V = Vp, tem-se:
  • 24. Estabeleceu para J o valor máximo de 0,6 m/s2. Substituindo o valor de j e transformando a velocidade para Km/h fica:
  • 25. Critério de Tempo: estabelece o tempo mínimo de dois segundos para o giro do volante e, consequentemente, para o percurso de transição. Usando Vp em km/h e Lsmin em metros, temos:
  • 26. Critério estético: estabelece que a diferença de greide entre a borda e o eixo não deve ultrapassar um certo valor, que depende da velocidade de projeto: onde e em (%) é a superelevação e lf em (m) é a largura da faixa de trafego.
  • 27. Comprimento Máximo Para obter o comprimento máximo, que corresponde a SC=CS, basta impor dc = 0 na equação . Temos Sendo
  • 28. Comprimento Desejável Para obter o comprimento desejável utiliza-se a fórmula: V Rc Lsdes 3  0,072 .
  • 29. 5.4Concordância da curva de transição Para que seja geometricamente possível a concordância da transição com a tangente e a curva circular é necessário criar um espaço, que chamaremos de afastamento (p), entre a curva circular e a tangente.
  • 30. A cada valor de K na equação R.L = K corresponde uma única curva de transição. Adotado um valor Ls para o comprimento de transição e conhecendo-se o raio Rc da curva circular, fica definida a constante K = Rc . Ls e também o afastamento p. Concordância da curva de transição
  • 31. Há três maneiras de conseguir o afastamento p a)Com a redução do raio Rc da curva circular. Método do centro conservado. b) Mantendo a curva circular em sua posição original e afastando as tangentes a uma distância p. Método do centro e raio conservados.
  • 32. c) Afastando o centro (O) da curva circular para uma nova posição (O’), de forma que seja conseguido o afastamento desejado (p) conservando o raio e as tangentes. Método do raio conservado. Métodos para a obtenção do afastamento
  • 33. O método do raio conservado é, geralmente, o mais usado, apresentando a vantagem de não alterar o raio preestabelecido para a curva circular nem a posição das tangentes.
  • 34. 5.5 Estacas dos Pontos Notáveis da Curva Conhecida a estaca do PI, temos Estaca do TS = estaca do PI – TT Estaca do SC = estaca do TS + Ls Estaca do CS = estaca do SC + Dc Estaca do ST = estaca do CS + Ls
  • 35. 5.6 Desenho da Curva As tangentes e o raio circular são conhecidos previamente ; estabelecido o comprimento de transição (Ls), fica determinada a constante da espiral (K = Ls . Rc). Calculamos então, os parâmetros na seguinte ordem: Ѳs, Xs, Ys, Q, p, TT.
  • 36. Marcamos o segmento TT do PI para trás, determinando o ponto TS. Por simetria, determinamos o ponto ST na segunda tangente. A partir do TS, marcamos os segmentos Q e Xs, fazendo o mesmo em sentido inverso, a parir do ST. Pelos dois pontos obtidos com o segmento Q, traçamos perpendiculares às tangentes, cujo cruzamento é o centro da circunferência(O’).
  • 37. Com o centro em O’ e o raio Rc traçamos a circunferência. A distância do centro à tangentes será (Rc + p). A seguir, pelos pontos obtidos com o segmento Xs, traçamos perpendiculares às tangentes e marcamos sobre estas o segmento Ys, obtendo os pontos SC e CS, que devem ficar sobre a circunferência.
  • 38. Traçamos o arco entre o CS e o SC também as clotóides, entre TS e o SC e entre o CS e o ST, concordando nos extremos e passando pelo centro do afastamento p.
  • 39. 5.7 Locação da Curva A locação da curva de transição pode ser feita de duas formas: a) Com o uso das coordenadas X e Y calculadas com as equações da seção 5.2 com origem no TS (ou ST), o eixo x na direção da respectiva tangente e o sentido do TS(ou ST) para o PI. Locação da curva de transição
  • 40. b) Pelas deflexões d em cada ponto. Para facilitar a locação, constrói-se uma tabela como a seguir.
  • 41. Os valores de L, Ѳ, X, Y e d são calculados pelas equações: L = distância do TS (ou ST) ao ponto considerado, ao longo da curva. L   Rc Ls  2 2              ...  10 216 1 2 4   X L        3 5         ...  3 42 1320 Y L Y X d  def lexão arctg
  • 42. Para locar pelas coordenadas, basta medir X ao longo da tangente e Y na perpendicular, determinando o ponto.
  • 43. 5.8 Curvas Horizontais com transição Assimétrica Curvas horizontais com espirais não simétricas são curvas circulares com transição, nas quais o comprimento escolhido para a transição de entrada é diferente do comprimento da transição de saída, isto é, em vez de a curva ter um Ls único para as duas transições a transição de entrada tem um comprimento Ls1 e a de saída, um comprimento Ls2. Curvas desse tipo são desaconselhadas em traçados de estradas, sendo usadas apenas em casos especiais.
  • 44. Calculo das Transições não simétricas Conhecida a posição das tangentes (deflexão AC), a posição do PI (estaca do PI), o raio da curva circular Rc e escolhidos os valores Ls1 e Ls2 dos primeiros comprimentos das transições, podemos calcular os elementos Ѳs, Xs, Ys, Q, e p para cada uma das transições, usando as equações das seção 5.2
  • 45.
  • 46. Sendo consequentemente, 2 1 Ls Ls  2 1 pp isto é, a circular terá afastamentos diferentes em relação às tangentes .
  • 47. Chamando a diferença entre os afastamentos. teremos as tangentes totais: e o comprimento do trecho circular:
  • 48. Curva horizontal com transição assimétrica
  • 49. 5.9 Transição entre duas Curvas Circulares Trata-se da concordância entre duas curvas circulares consecutivas de raios diferentes, como mostra a Figura abaixo. Transição entre curvas circulares
  • 50. Analogamente à transição entre reta e curva circular, usaremos um trecho de clotóide (espiral) para a concordância entre as circulares de raio Rc1 e RC2 figura a seguir. Trecho da clotóide utilizado entre curvas circulares
  • 51. 5.9.1 Parâmetros da curva Dada uma curva composta por duas circulares de raios Rc1 e RC2, a condição necessária para concordá-las com o uso de uma curva de transição é que uma esteja contida na outra.
  • 52. Definindo um valor adequado para Ls (comprimento do trecho de transição) analogamente à concordância entre a curva circular e tangente, temos: Equação da espiral R . L = K Adotando índice 1 para os parâmetros da curva 1, índice 2 para os da curva 2 chamando de:
  • 53. L1 o comprimento da espiral entre a origem A e o ponto CS (início da transição entre as curvas); L2 o comprimento da espiral entre a origem A e o ponto SC (fim da transição entre as curvas);
  • 54.
  • 55. Calculados os afastamentos p1 e p2 (entre as circunferências e a tangente de referência) podemos calcular o afastamento pc entre as curvas circulares medido sobre a linha que une os centos O1 e O2 das curvas.
  • 56. = ângulo de transição relativo ao trecho de espiral compreendido entre os pontos CS e SC. ou
  • 57. O significado dos parâmetros calculados pode ser visto na figura abaixo Parâmetros da curva
  • 58. 5.9.2Locação da curva Dadas duas curvas circulares de raios Rc1 e RC2, a inclusão da transição entre elas tem a seguinte sequência de operações. a) Manter a circular de raio maior em sua posição original e afastar a curva de raio menor. Supondo se Rc1 o raio maior, mudamos o centro O2 para a posição O2 sobre a reta O1 O2, que dista pc de O2, criando o afastamento.
  • 59. b) Marcar os pontos CS e SC com o uso dos ângulos aeb, respectivamente. c) Determinar a posição da tangente de referência com o uso do ângulo Ѳc e do comprimento Rc1 + p1 (a tangente de referência será perpendicular á reta BO1). d) Sobre a tangente de referência, marcar o ponto A à distância Q1 do ponto B.
  • 60. e) Qualquer ponto da espiral pode ser determinado por suas coordenadas X e Y em relação á tangente de referência e à origem A, para qualquer L compreendido no intervalo L1  L  L2
  • 61. Referências Bibliográficas PIMENTA C. R. T.; OLIVEIRA M. P. Projeto Geométrico de Rodovias. Editora Rima, São Carlos, 2004.