O documento discute a falta de participação da sociedade nos processos decisórios do Estado, que acabam beneficiando pequenos grupos em detrimento do coletivo. Argumenta que as instituições educacionais servem para produzir mão de obra barata para os empresários, em vez de formar cidadãos críticos. Defende uma reforma educacional que dê mais liberdade de gestão às escolas e inclua a comunidade nos processos de decisão.
EDUCAÇÃO - REFORMAR PRECISA-SE: LIBTALKS CC 20230710
Estado
1. Estado, Liberdade de Gestão e Processo Decisórios:
Entende-se por Estado a população de uma Nação, mas no pensamento de
senso comum o “Estado” são os governantes. Pois a sociedade e as instituições
educacionais, não se preocupam em participar das decisões por eles tomadas
existindo uma grande contradição nos processos de decisões. As quais nem sempre
são em favor do coletivo, mas em beneficio de um pequeno grupo de pessoas;
querem somente que o “verdadeiro estado” tenha uma visão maquiada de todo o
sistema.
Nossos governos são assistencialistas, “protegendo” o povo, para assim continuar
deixando-o na escuridão do que realmente está por trás dos processos que usam
para tomar as decisões. Até hoje todas as mudanças foram impostas de cima para
baixo, e nunca o inverso, por isso se queremos mudança temos que começar por
nós e no universo que estamos inseridos. Partimos do princípio que votamos para
eleger nossos representantes, não somos chamados para participar dos processos
decisórios das ações que serão tomadas por eles. Concordo que o Estado tem que
ajudar os mais necessitados, pois é seu dever, mas em alguns casos quer se afastar
da sociedade, deixando de lado os seus deveres e obrigações.
Acabam possuindo uma liberdade gestão, sem que se precisem dar explicações
para a sociedade, agindo de acordo com o interesse de um pequeno grupo que se
acha mais poderoso, do que toda uma nação, que até hoje vem manipulando e
ludibriando a população. Pegamos por exemplo nosso sistema educacional, que
serve para produzir mão de obra, e é isso que os “grandes empresários” querem,
pois um povo mal instruído é fácil de serem exploradas, quantas mais pessoas na
miséria mais baixo será o valor do salário que irão pagar. Estamos tão impregnados
em uma cultura capitalista e individualista que nos esquecemos do coletivo. A visão
do capitalismo não permite que se participe da vida publica, e se façam políticas de
interesse popular.
Se analisarmos, por exemplo, as escolas, elas não tem uma liberdade de gestão e
nem podem tomar as decisões por si mesmas, pois a comunidade não participa
efetivamente dos processos de gestão. Sempre foi imposto o que elas devem fazer,
deixando as APPs de fora. Sendo assim precisamos de uma reforma educacional,
para que tenhamos uma sociedade mais critica e participativa; em todos os setores
do que se constitui o Estado.
Em suma, a sociedade brasileira largou o negro ao seu próprio destino, deitando
sobre seus ombros a responsabilidade de reeducar-se e de transformar-se para
2. corresponder aos novos padrões e ideais de homem, criados pelo advento do
trabalho livre, do regime republicano e do capitalismo (FERNANDES, 1978, p. 20).
Para Hegel, o Estado deveria ser a expressão dos interesses coletivos,
assumindo um papel universalizador das vontades e interesses particulares. Neste
sentido, o universal, o coletivo se concretiza através da unidade dos variados
interesses individuais e particulares, sendo o Estado o encarregado de manter essa
unidade, sem anular, ao mesmo tempo, identidades e oposições.
Qualit@s Revista Eletrônica ISSN 1677 4280 Vol.1. N°1 (2011)
Aluno: Fernando Henning
Disciplina: Sociologia da Educação
Professor: Felipe Onisto