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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE PATOS DE MINAS – UNIPAM
CURSO: ENGENHARIA CIVIL
DISCIPLINA: INFORMATICA APLICADA ENGENHARIA I
PROFESSOR:

ECONOMIA DE ENERGIA

FERNANDA VELOSO
PATOS DE MINAS
2013
FERNANDA VELOSO

ECONOMIA DE ENERGIA
PATOS DE MINAS
2013
ECONOMIA DE ENERGIA
A eletricidade é um dos grandes vilões do meio ambiente, sendo a principal causa do
aquecimento global que tanto vem preocupando cientistas e especialistas. Sem a eletricidade,
o homem não teria se desenvolvido, criado máquinas ou inventado novas formas de se
comunicar. Não teria chegado à Lua, viveria com menos conforto e não teria à sua disposição
tantas formas de transporte. A informática, os supercomputadores e todo um mundo de
possibilidades não existiriam. No entanto, a energia nem sempre é uma fonte inesgotável –
tanto que o Brasil pode vir a ter problemas nesse setor já a partir de 2008, segundo
especialistas.
Segundo o professor, todas as etapas da indústria energética causam
impactos ao meio ambiente e à saúde humana. A extração de recursos como
petróleo, carvão, biomassa ou hidroeletricidade muda os padrões de uso do
solo, dos recursos hídricos, altera a cobertura vegetal e a composição
atmosférica. Sua produção e uso liberam substâncias – muitas delas, com
propriedades cumulativas – que comprometem a sobrevivência do ser
humano, da fauna e flora.

O efeito estufa
O efeito estufa é o fenômeno que faz com que a temperatura da Terra seja maior do
que seria na ausência de atmosfera. Dentro de um limite, ele mantém a estabilidade da
temperatura e é fundamental para a existência de vida sobre o planeta, mas seu agravamento
provoca o que chamamos de aquecimento global.
Como resultado, a Terra recebe quase o dobro de energia da atmosfera do que recebe
do Sol e, por isso, sua temperatura é cerca de 30ºC mais quente do que seria sem a presença
desses gases – muitos deles produzidos naturalmente por erupções vulcânicas, decomposição
de matérias orgânicas e pela fumaça de grandes incêndios. Mas a poluição, advinda de
atividades humanas, tem uma grande parcela de culpa nessa história.
O fenômeno recebeu esse nome porque seu espessamento lembra muito uma estufa de
vidro para plantas, como aquelas onde são cultivadas orquídeas. Entre as consequências
catastróficas do aquecimento do clima provocado pelo efeito estufa, estão o derretimento das
calotas polares e de geleiras, que eleva o nível de oceanos e lagos, submergindo ilhas e
amplas áreas litorâneas densamente povoadas; a intensificação dos processos de
desertificação e de proliferação de insetos em regiões tropicais e subtropicais; o
desaparecimento de espécies animais e vegetais com a destruição de seus habitats naturais; e a
multiplicação de fenômenos da natureza trágicos de grandes proporções, incluindo secas,
inundações e furacões.
Na tentativa de evitar maiores desastres, 84 países assinaram em 1997 o Protocolo de
Kyoto, que determina redução de, em média, 5,2% na emissão de gases nocivos na atmosfera.
O que a eletricidade tem a ver com isso?
De acordo com o professor Jannuzzi, o setor energético é responsável por
grande parte dos gases lançados na atmosfera: por 75% do dióxido de
carbono lançado à atmosfera, 41% do chumbo, 85% das emissões de enxofre
e aproximadamente 76% dos óxidos de nitrogênio. A produção de
eletricidade em termoelétricas representa cerca de um terço das emissões
mundiais de dióxido de carbono, sendo seguida pelos setores de transporte e
industrial. E mesmo as hidroelétricas, consideradas fontes “limpas” de
energia, têm lá seus problemas.

Apesar de ajudarem a regularizar cheias, promoverem a irrigação e a navegabilidade
de rios, explica o professor, elas também trazem impactos irreversíveis ao meio ambiente,
como mudanças na composição e propriedades químicas da água, mudanças na temperatura,
concentração de sedimentos e outras modificações que afetam, entre outras coisas, a
densidade de populações de peixes, mudando os ciclos de reprodução. Quanto maior o nível
de atividade econômica de um país, maior é o seu consumo de energia.
Ainda segundo Jannuzzi, nem mesmo as chamadas fontes alternativas –
solar, eólica e biomassa, por exemplo – estão totalmente isentas de impactos
ambientais, embora menores. A utilização em larga escala de painéis
fotovoltaicos ou biomassa altera o uso do solo; as baterias químicas para
armazenagem da eletricidade representam sérios problemas de contaminação
por chumbo e outros metais pesados. Nesse ponto, boa parte das indústrias
de computação e telefonia móvel já está eliminando tais componentes de
suas baterias. O Greenpeace, organização não-governamental de defesa do
meio ambiente, oferece uma lista das empresas mais “verdes” no link:
"www.greenpeace.org":http://www.greenpeace.org/international/campaigns/t
oxics/electronics.
A questão no Brasil
Mesmo sendo bem avaliado mundialmente por causa da baixa emissão de gases estufa
(a base energética é composta principalmente por hidrelétricas, fontes consideradas limpas, e
a tendência é de pouco aumento no futuro), o Brasil sempre ilustra as discussões sobre o
superaquecimento global, principalmente por deter grande parte da floresta amazônica. O país
assinou a carta de ratificação do protocolo de Kyoto em julho de 2002.
Em 1998, a Eletrobrás, empresa de economia mista cujo maior acionista é o governo
federal, criou o Comitê Coordenador das Atividades de Meio Ambiente do Setor Elétrico –
COMASE
("www.eletrobras.com.br/EM_MeioAmbiente":http://www.eletrobras.com.br/EM_MeioAmbi
ente) com a missão de ampliar sua atuação institucional na área. O comitê durou apenas até o
final dos anos 90, mas deixou como legado o Subcomitê de Meio Ambiente – SCMA (antigo
Comitê de Meio Ambiente do Grupo Eletrobrás – COMAGE), colegiado composto por
representantes da área de meio ambiente das empresas do grupo.
Outra iniciativa da Eletrobrás é o Procel, Programa Nacional de Conservação de
Energia Elétrica (www.eletrobras.com.br/procel), criado em 1985 pelos Ministérios de Minas
e Energia e da Indústria e Comércio para promover a racionalização da produção e do
consumo de energia elétrica. A idéia é eliminar os desperdícios e reduzir os custos e os
investimentos do setor, que entre 1986 e 2005 somaram R$ 858,25 milhões. As metas do
Procel são o desenvolvimento tecnológico, segurança energética, eficiência econômica, novos
parâmetros incorporados à cidadania e a redução de impactos ambientais.
O papel do Procel na redução dos impactos ambientais é permitir que a demanda de
energia elétrica cresça no país sem que a oferta seja ampliada na mesma proporção. Uma
parte dessa demanda, defende o programa, deve ser atendida pelo que se pode chamar de
“energia virtual", obtida por meio de ações de conservação de energia e de diminuição nas
perdas na transmissão e na distribuição. Com isso, mais atividades passam a ser realizadas
com a mesma quantidade de energia, aumentando a eficiência energética de lâmpadas,
motores, eletrodomésticos e também reduzindo o consumo de prédios públicos e das
residências. O Procel possui, inclusive, um projeto para a criação de um prédio inteligente no
Rio de Janeiro, em parceria com a Light, a Construtora Prima e o Cepel-Centro de Pesquisas
de Energia Elétrica da Eletrobrás.
Em 1993, a entidade criou o Selo Procel, conferido a produtos que apresentam os
melhores níveis de eficiência energética. Atualmente, recebem o selo equipamentos como
refrigeradores, freezer, ar-condicionado, máquina de lavar roupas, coletor solar plano, reatores
eletromagnéticos e lâmpadas fluorescentes compactas e circulares.
Computação “Verde”

No campo da computação, que avança a passos largos no quesito eficiência energética,
como poderemos ver nos próximos módulos.
O consumo de energia aumentou por causa da popularização da internet, diz a matéria,
mas também pela forma como os computadores sempre foram projetados para maximizar o
desempenho a qualquer custo. Para se ter uma idéia, o consumo médio de um servidor cresceu
de 150 watts para 400 watts nos últimos dez anos. Mas, aos poucos, chips com vários núcleos
e sistemas de resfriamento mais eficientes começam a dominar o mercado em busca de
soluções mais eficientes nesse campo. É a chamada “computação verde”, como gosta o
Greenpeace, entrando em campo.
Tecnologia versus Energia
A elevação dos custos com energia e a falta de espaço para máquinas nas empresas
colocaram os fabricantes de computadores em uma encruzilhada: quem não desenvolver
equipamentos que reúnam melhor eficiência energética e maior desempenho corre o risco de
perder a competitividade. Ao mesmo tempo, essas questões impulsionam a indústria de
condicionamento de ar a criar novas tecnologias.
O custo do imóvel – seja próprio ou alugado – pesa bastante na hora de uma empresa
pensar em sua estrutura de TI. Por isso, nos últimos anos, muitas indústrias migraram para os
servidores blade – máquinas compactas de troca a quente que se empilham, como módulos
independentes (cada uma com seu próprio processador, memória, controladores de rede,
sistema operacional, aplicativos e capacidade de armazenamento), em um único rack. A
economia de espaço e a facilidade de integração aumentaram a popularidade desses
servidores, mas criaram outro problema: como compartilham energia, ventilação, drives,
comutadores e portas, quanto maior o número de máquinas empilhadas, maior é a quantidade
de calor produzida por seus processadores.

Novos materiais
Recentemente, a indústria anunciou avanços na produção de transistores que
permitirão que os chips possam se tornar cada vez menores e mais poderosos. Pesquisadores
estão substituindo o silício pelo háfnio, metal de transição com alta capacidade de absorção de
nêutrons, sendo por esse motivo já muito utilizado na produção de barras de controle de
reatores nucleares. De acordo com a agência de notícia Reuters, o material regula o fluxo de
eletricidade pelos transistores e é a primeira alteração nos materiais básicos de produção
destes componentes desde a década de 1960.
Com o háfnio, os fabricantes de chips poderão levar adiante os planos de produção de
circuitos com apenas 45 nanômetros (já em estudo) ou mesmo 22 nanômetros, um marco em
miniaturização. Os primeiros produtos com o novo componente químico devem começar a
chegar ao mercado ainda em 2007. Mas o háfnio não beneficia apenas a nanotecnologia: a
camada de silício que atualmente recobre os transistores tem apenas cinco átomos de
espessura, o que acaba causando problemas como vazamento de eletricidade e menor duração
da bateria. Para os cientistas que avaliam o novo produto, será possível aumentar a velocidade
dos chips em mais e 20% e reduzir o vazamento de energia em 80%, aproximadamente.
Se quanto menor é o chip, menos energia ele gasta, então basta que a indústria se
dedique a novas técnicas de miniaturização para resolver o problema, certo? Em parte. Há
alguns anos, por exemplo, um dos maiores problemas apontados pelos cientistas era o fato de
o sinal do clock, cilindro de Quartzo incrustado na placa-mãe responsável pela sincronização
de todos os componentes de um computador, permanecer sempre ativo enviando impulsos
elétricos. Segundo o especialista Carlos Morimoto, a situação começou a mudar com o
lançamento do primeiro Pentium, em 1993 – a partir de então, com a ajuda de aplicativos
especializados, é possível desligar partes do processador que não estiverem em uso no
momento, reduzindo o gasto de energia.
Virtualização
A virtualização, ou rodar diversos sistemas operacionais lado a lado em um único
servidor, transformando-o em diversos a fim de ocupar sua capacidade de processamento
(geralmente ociosa), figura entre os primeiros lugares em qualquer lista das principais
tendências de TI para os próximos anos. O IDC, por exemplo, aponta que a área de infraestrutura na América Latina está caminhando para o modelo de Dynamic IT, porque as
empresas querem aprender a aplicar melhor sua infra-estrutura de hardware, software e
serviços.
Muitos fabricantes de hardware e software, bem como integradoras, já estão
oferecendo a seus clientes a tecnologia como solução para a questão do espaço, e têm sido
bem aceitas. Uma das poucas polêmicas sobre o tema é que ele mudará o jeito como software
e hardware são cobrados e forçará a criação de um novo modelo de preços, não mais baseado
em usuários ou licenças – mas muitos avanços ainda devem ser feitos nessa área.Com o
crescimento da discussão em torno da eficiência energética, a virtualização de servidores
aparece também como uma solução alternativa para o problema. Segundo a Vmware, uma das
líderes neste segmento, o benefício está em acabar com a ociosidade do sistema (estimativas
mostram a média de utilização de uma máquina física por mês é de apenas 5% a 15 %) ao
permitir a redução drástica do número de servidores físicos. É possível, por exemplo,
transformar 100 máquinas em oito - um servidor físico pode ser capaz de abrigar, em média,
12 servidores virtuais ao mesmo tempo, cada um executando uma tarefa diferente.
O datacenter, aquele lugar tipicamente entediante composto por fileiras e fileiras de
computadores idênticos, saiu do anonimato e de repente começou a freqüentar as páginas do
New York Times e do Wall Street Journal e outdoors em estradas e aeroportos. O motivo:
servidores modernos gastam mais combustível que um carro do tipo SUV (utilitário). Imagine
sua picape consumindo litros e mais litros de gasolina enquanto permanece quietinha na
garagem. É o que acontece com essas máquinas em 80% do tempo. O cenário piorou com o
aumento de servidores por metro quadrado a uma taxa de 15% ao ano. É tanto calor produzido
que, para impedir que o datacenter se transforme em uma caldeira, as empresas gastam 125%
a mais de energia apenas para resfriar o ambiente. Estimativas da empresa apontam que, a
cada máquina virtualizada, o cliente consegue economizar anualmente cerca de US$ 290 em
eletricidade e US$ 360 em custos de refrigeração. O Provident Bank, dos EUA, por exemplo,
reduziu o consumo de energia em 13.000 watts.
Eficiência da energia
Eficiência é o que se tem quando há um saldo positivo na relação entre os resultados
obtidos e os recursos empregados. Por exemplo, se uma fábrica sabe como produzir mais,
utilizando bem a sua matéria-prima, sem desperdícios, podemos dizer que ela tem um modelo
de produção eficiente. Mas se essa fábrica começar a produzir menos e gastar mais, o seu
modelo passará a ser ineficiente.
Usar a energia de forma eficiente é buscar o máximo de desempenho dos aparelhos e
processos com o mínimo de consumo de nossas reservas naturais. Veja como é possível fazer
isso nas nossas casas, no comércio, na indústria e nos serviços públicos:
Nas residências: Se utilizarmos lâmpadas e eletrodomésticos eficientes em nossas casas e
fizermos um esforço para mudar nossos hábitos, gastaremos apenas a energia absolutamente
necessária para que possamos ter uma vida confortável e segura.
No comércio: Nos estabelecimentos comerciais, podem ser instalados equipamentos
apropriados para a conservação dos produtos comercializados. Além disso, é preciso escolher
os materiais mais adequados para acomodar cada um deles e dar atenção especial aos sistemas
de refrigeração e iluminação.
Na indústria: É possível aumentar ainda mais a eficiência das máquinas e dos produtos,
aperfeiçoando as rotinas de manutenção dos equipamentos e instalações das indústrias. Assim,
as fábricas não só economizam energia e matéria-prima, como também investem na criação
de empregos e no aperfeiçoamento do seu produto final.
Nos serviços públicos: É necessário dar maior atenção aos sistemas de iluminação pública e
transporte, sem esquecer a segurança e o conforto da população. Mudar os hábitos e os
horários em escritórios e edifícios públicos é outra medida que pode ser tomada sem prejuízo
para o desenvolvimento do país.
Dicas de economia de energia
Todos nós podemos ajudar a combater o desperdício. Economizando energia elétrica,
ajudamos a preservar o meio ambiente, ampliamos o tempo de vida dos recursos nãorenováveis e adiamos a construção de usinas e a implantação de novas linhas de transmissão.
Conheça algumas pequenas mudanças de hábito e atitudes que fazem a diferença:
o

Se possível, não use aparelhos elétricos durante o horário de pico, ou seja, o horário de
maior consumo de energia (das 18h às 21h);

o

Evite deixar os equipamentos em stand-by (modo de espera). Desligue os aparelhos da
tomada quando não estiverem sendo usados;

o

Na hora da compra, prefira eletrodomésticos com o Selo Procel, que indica aos
consumidores quais são os modelos que consomem menos energia;

o

Evite o uso de benjamins. O acúmulo de ligações na mesma tomada pode causar o seu
aquecimento e aumentar as perdas elétricas;
o

Para o aquecimento de água dê preferência aos aquecedores solares. Além da
economia na conta de luz, você estará ajudando a preservar o meio ambiente.

Ar condicionado
o

Desligue o aparelho quando o ambiente estiver desocupado;

o

Mantenha janelas e portas fechadas quando o ar condicionado estiver funcionando;

o

Evite o calor do sol no ambiente, fechando cortinas e persianas;

o

Não tape a saída de ar do aparelho;

o

Proteja a parte externa do ar condicionado da incidência do sol, sem bloquear as
grades de ventilação.

Lâmpadas e iluminação
o

Evite acender lâmpadas durante o dia. Use melhor a luz do sol, abrindo bem janelas,
cortinas e persianas;

o

Apague as lâmpadas dos ambientes desocupados;

o

Teto e paredes internas pintados com cores claras refletem melhor a luz, diminuindo a
necessidade de iluminação artificial;

o

As lâmpadas fluorescentes são mais eficientes que as lâmpadas comuns.

Televisão
o

Desligue o aparelho se não houver ninguém assistindo;

o

Evite dormir com a televisão ligada. Se ela tiver recursos de programação, use o timer.

Computador
o

Utilize os recursos de economia de energia para desligar o monitor e colocar o
computador em estado de espera se eles permanecerem sem uso após um determinado
tempo;

o

Não deixe monitor, impressora, caixa de som, estabilizador e outros acessórios do
computador ligados sem necessidade.

Celular, câmera e notebook
o

Não deixe o aparelho "dormir" carregando. Retire da tomada quando a bateria estiver
carregada.

Chuveiro elétrico
o

Não use o chuveiro elétrico em horários de pico (das 18h às 21h), pois é um dos
aparelhos que mais consomem energia;

o

Quando não estiver fazendo frio, deixe a chave na posição "Verão";

o

Feche a torneira quando se ensaboar e procure reduzir o tempo do banho. Economizar
água também é importante.

Geladeira e freezer
o

Não deixe a porta aberta sem necessidade ou por tempo prolongado;

o

Arrume os alimentos para que sejam rapidamente encontrados e deixe espaço entre
eles para o ar poder circular;

o

Não forre as prateleiras, pois isso dificulta a circulação de ar;

o

Não use as serpentinas atrás do aparelho para secar panos de prato e roupas.
É importante lembrar que evitar o desperdício não é racionar energiae não

compromete necessariamente a qualidade de vida ou a produtividade e o desenvolvimento do
país.
Utilizar a energia elétrica com eficiência significa combater o desperdício,
consumindo apenas o necessário e preservando os recursos naturais do planeta. Com pequenas
mudanças nos nossos hábitos e atitudes, podemos gerar grandes resultados e contribuir para a
formação de uma sociedade mais sustentável.
Economia de energia elétrica: mitos e verdades
Pequenas mudanças nos hábitos diários e uso dos aparelhos eletrodomésticos podem
reduzir a sua conta de luz no final do mês. A importância de controlar o consumo está
nãoapenas em economizar dinheiro, mas também em evitar o desperdício.
“Daqui a 300 anos, a vida será diferente. Nossos netos vão reclamar
da nossa geração, que foi a primeira a conhecer o problema das mudanças
climáticas e do uso da energia e ainda não deu sinais definitivos de que vai
resolver o problema”, afirma Agenor Gomes PintoGarcia, consultor em
eficiência energética e autor do livro Leilão de Eficiência Energética no
Brasil.

As lâmpadas fluorescentes são mais econômicas do que as incandescentes (amarelas)?
E as lâmpadas de LED?
Numa escala de mais a menos econômicas e eficientes, os especialistas destacam as lâmpadas
de LED, em primeiro lugar, seguidas das fluorescentes – compactas e tubulares, e, por último,
as incandescentes. No entanto, se compararmos o preço pago pelo consumidor na hora da
compra da lâmpada, a diferença significativa do valor do produto leva muitas pessoas a
comprarem as lâmpadas amarelas. Como as de LED ainda estão em desenvolvimento, o seu
valor na hora da compra ainda não proporciona uma relação positiva de custo (preço da
lâmpada) x benefício (energia economizada) para a maioria da população. Assim, optar pelas
fluorescentes ainda é a melhor escolha.

Computadores: o que gasta menos energia, deixar ligado 24h ou ligar e desligar cada
vez que vai usar? E com o monitor do computador, é o mesmo procedimento?
Se o tempo de pausa entre um uso e outro do computador for pequeno, em torno de 15
minutos, por exemplo, não vale à pena ligar e desligar todos os componentes. Apenas desligar
o monitor, que consome bastante energia, já ajuda na economia. Agora se as pausas entre os
usos forem longas, mais de uma hora, os especialistas aconselham desligar tudo. Outra opção
é programá-los para entrar em modo de espera ou desligamento automático após uma hora
sem uso, para o caso de o usuário esquecê-lo ligado. Se puder optar entre um computador e
um laptop ou notebook prefira esses últimos, que são muito mais econômicos.

O mito de que ligar e desligar os aparelhos e as lâmpadas consome mais energia do
que manter ligado é verdade?
É relativo, segundo os especialistas, pois dependerá do tempo que você os deixar ligado
desnecessariamente. Segundo Garcia, a melhor prática é apagar a luz sempre que sair do
aposento, “pois nunca se sabe ao certo quanto tempo vai se passar fora”. Ele explica que,
embora haja um pico na hora do ligamento, sua duração é mínima (energia é sempre a
composição de potência e tempo), então a energia gasta é desprezível.
O chuveiro é mesmo o vilão da conta de luz?
A característica dos chuveiros elétricos é consumir muita eletricidade em um período curto de
tempo. Os dois fatores mais importantes são a potência do equipamento e o tempo de banho.
“Atualmente temos chuveiros de até 12.000 watts, que, durante o banho, equivalem a 200
lâmpadas acesas ao mesmo tempo”, relata Jannuzzi. No sul do Brasil, onde faz mais frio e
usa-se os chuveiros no modo inverno, a média de consumo desse equipamento costuma
responder por cerca de 1/3 do consumo de eletricidade de uma residência. Para economizar é
preciso tomar banhos mais curtos ou ter outro sistema para aquecer a água, como a energia
solar. Dependendo do custo do gás na região, a energia solar pode ser uma opção eficiente.

O microondas também é um dos grandes consumidores de energia elétrica em casa?
O microondas é outro exemplo de aparelho com grande potência, mas com curto período de
utilização – demora-se menos esquentando um copo de leite ou um prato de comida do que
tomando banho. Por isso, não costuma pesar muito na conta de luz. “A menos que se tenha o
mau hábito de usá-lo para cozinhar, em vez de só para aquecer, seu consumo não é tão alto.
Conheci uma pessoa que o usava só pela preguiça de lavar panelas. Nesse caso, é melhor
lavá-las, com certeza!”, esclarece Garcia.

Chuveiro e ar-condicionado 220 volts gastam menos energia que os de 110 volts?
Os especialistas afirmam que a diferença no consumo de energia entre aparelhos 220 volts e
110 volts é pequena e não afeta de maneira significativa o consumo. No entanto, Jannuzzi
destaca que em 220 volts os equipamentos vão funcionar melhor, ter um bom desempenho,
além de prolongar a sua vida útil.

Abrir a geladeira várias vezes ao dia gasta mais energia?
O grande problema nessa questão da abertura da geladeira é muito mais o tempo que se gasta
com ela aberta do que a quantidade de vezes que se abre a porta. Claro que a cada abertura há
uma troca de calor do interior do equipamento com o ambiente, que está mais quente, e se
gasta mais energia para resfriá-la em seguida. Dessa forma, quanto menos tempo a porta for
mantida aberta, mais economia de energia será feita. Outro desperdício muito comum em
geladeiras decorre do desgaste da borracha vedadora, por onde o ar frio escapa e o ar quente
entra. Para testar se sua geladeira está em boas condições, coloque uma folha de papel e feche
a porta: se conseguir retirar a folha com a porta fechada está na hora de trocar a borracha.

Ao usar o ferro de passar roupa, é melhor passar muitas peças a cada vez ou todo dia
passar uma peça?
A maior parte da energia gasta ao passar a roupa é na hora de esquentar o ferro. Uma vez que
o ferro esteja quente é melhor passar a maior quantidade possível de roupas. O professor
Garcia destaca a semelhança entre o ferro e a máquina de lavar roupas: “Ela deve ser usada
sempre próxima à sua capacidade máxima para economizar água e energia. Pesar o lote de
roupas com uma balança é uma boa maneira de verificar se a quantidade separada é ideal”.

É mito ou não que os aparelhos que mantemos plugados na tomada, mesmo quando
desligados, continuam gastando energia?
É verdade! O professor Jannuzzi ressalta que “a melhor opção de economia é desconectar os
aparelhos da tomada, pois mesmo os melhores equipamentos, nessa situação, consomem 1
watt/hora. Cada aparelho conectado consome durante o ano todo 8,7 quilowatts. Como
pagamos cerca de 40 centavos por quilowatt/hora (preço no Rio de Janeiro), isso representa
um gasto próximo de 4 reais/ano por aparelho”.Lembra que o apelido desse desperdício é
“energia vampira” e que ela já preocupa os responsáveis pelas políticas energéticas. “Cada um
gasta um pouquinho, porém, como hoje em dia há muitos aparelhos, a energia gasta no total
acaba sendo significativa”. Uma dica para aparelhos relacionados, por exemplo TV, DVD,
modem de TV a cabo ou satélite – é liga-los todos a uma só régua de tomadas. Basta desligar
a régua ao fim do dia para economizar.

Quando chamar o elevador, faz diferença chamar apenas um deles ou quantos tiver no
andar? Elevadores, afinal, gastam muita energia?
Os especialistas garantem que faz diferença no consumo de energia chamar mais de um
elevador ao mesmo tempo, e que esse gasto, por estar diluído nas contas de condomínio, passa
despercebido. Uma boa prática é deixar só um elevador ligado durante a noite ou ter
equipamentos que fazem com que só um elevador se desloque a cada chamada. Por seu lado,
o usuário deve sempre evitar chamar vários elevadores ao mesmo tempo. Outra boa
alternativa é usar as escadas sempre que possível, pois além de poupar energia elétrica,
diminui-se o sedentarismo.

CONCLUSÃO
É importante lembrar que evitar o desperdício não é racionar energia e não
compromete necessariamente a qualidade de vida ou a produtividade e o desenvolvimento do
país.
Utilizar a energia elétrica com eficiência significa combater o desperdício,
consumindo apenas o necessário e preservando os recursos naturais do planeta. Com pequenas
mudanças nos nossos hábitos e atitudes, podemos gerar grandes resultados e contribuir para a
formação de uma sociedade mais sustentável.
REFERÊNCIAS
Disponível em: http://www.oeco.org.br/reportagens/25211-economia-de-energia-eletricamitos-e-verdades. Acesso em: 17/11/2013
Disponível em:

http://www.nextgenerationcenter.com/detalle-

curso/Economia_de_Energia.aspx?PageID=1. Acesso em: 17/11/2013
Disponível em: http://www.eletrobras.com/elb/natrilhadaenergia/economia-deenergia/main.asp. Acesso em: 17/11/2013

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  • 1. CENTRO UNIVERSITÁRIO DE PATOS DE MINAS – UNIPAM CURSO: ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA: INFORMATICA APLICADA ENGENHARIA I PROFESSOR: ECONOMIA DE ENERGIA FERNANDA VELOSO
  • 2. PATOS DE MINAS 2013 FERNANDA VELOSO ECONOMIA DE ENERGIA
  • 3. PATOS DE MINAS 2013 ECONOMIA DE ENERGIA A eletricidade é um dos grandes vilões do meio ambiente, sendo a principal causa do aquecimento global que tanto vem preocupando cientistas e especialistas. Sem a eletricidade, o homem não teria se desenvolvido, criado máquinas ou inventado novas formas de se comunicar. Não teria chegado à Lua, viveria com menos conforto e não teria à sua disposição tantas formas de transporte. A informática, os supercomputadores e todo um mundo de possibilidades não existiriam. No entanto, a energia nem sempre é uma fonte inesgotável – tanto que o Brasil pode vir a ter problemas nesse setor já a partir de 2008, segundo especialistas. Segundo o professor, todas as etapas da indústria energética causam impactos ao meio ambiente e à saúde humana. A extração de recursos como petróleo, carvão, biomassa ou hidroeletricidade muda os padrões de uso do solo, dos recursos hídricos, altera a cobertura vegetal e a composição atmosférica. Sua produção e uso liberam substâncias – muitas delas, com propriedades cumulativas – que comprometem a sobrevivência do ser humano, da fauna e flora. O efeito estufa O efeito estufa é o fenômeno que faz com que a temperatura da Terra seja maior do que seria na ausência de atmosfera. Dentro de um limite, ele mantém a estabilidade da temperatura e é fundamental para a existência de vida sobre o planeta, mas seu agravamento provoca o que chamamos de aquecimento global. Como resultado, a Terra recebe quase o dobro de energia da atmosfera do que recebe do Sol e, por isso, sua temperatura é cerca de 30ºC mais quente do que seria sem a presença desses gases – muitos deles produzidos naturalmente por erupções vulcânicas, decomposição de matérias orgânicas e pela fumaça de grandes incêndios. Mas a poluição, advinda de atividades humanas, tem uma grande parcela de culpa nessa história. O fenômeno recebeu esse nome porque seu espessamento lembra muito uma estufa de
  • 4. vidro para plantas, como aquelas onde são cultivadas orquídeas. Entre as consequências catastróficas do aquecimento do clima provocado pelo efeito estufa, estão o derretimento das calotas polares e de geleiras, que eleva o nível de oceanos e lagos, submergindo ilhas e amplas áreas litorâneas densamente povoadas; a intensificação dos processos de desertificação e de proliferação de insetos em regiões tropicais e subtropicais; o desaparecimento de espécies animais e vegetais com a destruição de seus habitats naturais; e a multiplicação de fenômenos da natureza trágicos de grandes proporções, incluindo secas, inundações e furacões. Na tentativa de evitar maiores desastres, 84 países assinaram em 1997 o Protocolo de Kyoto, que determina redução de, em média, 5,2% na emissão de gases nocivos na atmosfera. O que a eletricidade tem a ver com isso? De acordo com o professor Jannuzzi, o setor energético é responsável por grande parte dos gases lançados na atmosfera: por 75% do dióxido de carbono lançado à atmosfera, 41% do chumbo, 85% das emissões de enxofre e aproximadamente 76% dos óxidos de nitrogênio. A produção de eletricidade em termoelétricas representa cerca de um terço das emissões mundiais de dióxido de carbono, sendo seguida pelos setores de transporte e industrial. E mesmo as hidroelétricas, consideradas fontes “limpas” de energia, têm lá seus problemas. Apesar de ajudarem a regularizar cheias, promoverem a irrigação e a navegabilidade de rios, explica o professor, elas também trazem impactos irreversíveis ao meio ambiente, como mudanças na composição e propriedades químicas da água, mudanças na temperatura, concentração de sedimentos e outras modificações que afetam, entre outras coisas, a densidade de populações de peixes, mudando os ciclos de reprodução. Quanto maior o nível de atividade econômica de um país, maior é o seu consumo de energia. Ainda segundo Jannuzzi, nem mesmo as chamadas fontes alternativas – solar, eólica e biomassa, por exemplo – estão totalmente isentas de impactos ambientais, embora menores. A utilização em larga escala de painéis fotovoltaicos ou biomassa altera o uso do solo; as baterias químicas para armazenagem da eletricidade representam sérios problemas de contaminação por chumbo e outros metais pesados. Nesse ponto, boa parte das indústrias de computação e telefonia móvel já está eliminando tais componentes de suas baterias. O Greenpeace, organização não-governamental de defesa do meio ambiente, oferece uma lista das empresas mais “verdes” no link: "www.greenpeace.org":http://www.greenpeace.org/international/campaigns/t oxics/electronics.
  • 5. A questão no Brasil Mesmo sendo bem avaliado mundialmente por causa da baixa emissão de gases estufa (a base energética é composta principalmente por hidrelétricas, fontes consideradas limpas, e a tendência é de pouco aumento no futuro), o Brasil sempre ilustra as discussões sobre o superaquecimento global, principalmente por deter grande parte da floresta amazônica. O país assinou a carta de ratificação do protocolo de Kyoto em julho de 2002. Em 1998, a Eletrobrás, empresa de economia mista cujo maior acionista é o governo federal, criou o Comitê Coordenador das Atividades de Meio Ambiente do Setor Elétrico – COMASE ("www.eletrobras.com.br/EM_MeioAmbiente":http://www.eletrobras.com.br/EM_MeioAmbi ente) com a missão de ampliar sua atuação institucional na área. O comitê durou apenas até o final dos anos 90, mas deixou como legado o Subcomitê de Meio Ambiente – SCMA (antigo Comitê de Meio Ambiente do Grupo Eletrobrás – COMAGE), colegiado composto por representantes da área de meio ambiente das empresas do grupo. Outra iniciativa da Eletrobrás é o Procel, Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (www.eletrobras.com.br/procel), criado em 1985 pelos Ministérios de Minas e Energia e da Indústria e Comércio para promover a racionalização da produção e do consumo de energia elétrica. A idéia é eliminar os desperdícios e reduzir os custos e os investimentos do setor, que entre 1986 e 2005 somaram R$ 858,25 milhões. As metas do Procel são o desenvolvimento tecnológico, segurança energética, eficiência econômica, novos parâmetros incorporados à cidadania e a redução de impactos ambientais. O papel do Procel na redução dos impactos ambientais é permitir que a demanda de energia elétrica cresça no país sem que a oferta seja ampliada na mesma proporção. Uma parte dessa demanda, defende o programa, deve ser atendida pelo que se pode chamar de “energia virtual", obtida por meio de ações de conservação de energia e de diminuição nas perdas na transmissão e na distribuição. Com isso, mais atividades passam a ser realizadas com a mesma quantidade de energia, aumentando a eficiência energética de lâmpadas, motores, eletrodomésticos e também reduzindo o consumo de prédios públicos e das residências. O Procel possui, inclusive, um projeto para a criação de um prédio inteligente no Rio de Janeiro, em parceria com a Light, a Construtora Prima e o Cepel-Centro de Pesquisas de Energia Elétrica da Eletrobrás. Em 1993, a entidade criou o Selo Procel, conferido a produtos que apresentam os melhores níveis de eficiência energética. Atualmente, recebem o selo equipamentos como
  • 6. refrigeradores, freezer, ar-condicionado, máquina de lavar roupas, coletor solar plano, reatores eletromagnéticos e lâmpadas fluorescentes compactas e circulares. Computação “Verde” No campo da computação, que avança a passos largos no quesito eficiência energética, como poderemos ver nos próximos módulos. O consumo de energia aumentou por causa da popularização da internet, diz a matéria, mas também pela forma como os computadores sempre foram projetados para maximizar o desempenho a qualquer custo. Para se ter uma idéia, o consumo médio de um servidor cresceu de 150 watts para 400 watts nos últimos dez anos. Mas, aos poucos, chips com vários núcleos e sistemas de resfriamento mais eficientes começam a dominar o mercado em busca de soluções mais eficientes nesse campo. É a chamada “computação verde”, como gosta o Greenpeace, entrando em campo. Tecnologia versus Energia A elevação dos custos com energia e a falta de espaço para máquinas nas empresas colocaram os fabricantes de computadores em uma encruzilhada: quem não desenvolver equipamentos que reúnam melhor eficiência energética e maior desempenho corre o risco de perder a competitividade. Ao mesmo tempo, essas questões impulsionam a indústria de condicionamento de ar a criar novas tecnologias. O custo do imóvel – seja próprio ou alugado – pesa bastante na hora de uma empresa pensar em sua estrutura de TI. Por isso, nos últimos anos, muitas indústrias migraram para os servidores blade – máquinas compactas de troca a quente que se empilham, como módulos independentes (cada uma com seu próprio processador, memória, controladores de rede, sistema operacional, aplicativos e capacidade de armazenamento), em um único rack. A economia de espaço e a facilidade de integração aumentaram a popularidade desses servidores, mas criaram outro problema: como compartilham energia, ventilação, drives, comutadores e portas, quanto maior o número de máquinas empilhadas, maior é a quantidade de calor produzida por seus processadores. Novos materiais
  • 7. Recentemente, a indústria anunciou avanços na produção de transistores que permitirão que os chips possam se tornar cada vez menores e mais poderosos. Pesquisadores estão substituindo o silício pelo háfnio, metal de transição com alta capacidade de absorção de nêutrons, sendo por esse motivo já muito utilizado na produção de barras de controle de reatores nucleares. De acordo com a agência de notícia Reuters, o material regula o fluxo de eletricidade pelos transistores e é a primeira alteração nos materiais básicos de produção destes componentes desde a década de 1960. Com o háfnio, os fabricantes de chips poderão levar adiante os planos de produção de circuitos com apenas 45 nanômetros (já em estudo) ou mesmo 22 nanômetros, um marco em miniaturização. Os primeiros produtos com o novo componente químico devem começar a chegar ao mercado ainda em 2007. Mas o háfnio não beneficia apenas a nanotecnologia: a camada de silício que atualmente recobre os transistores tem apenas cinco átomos de espessura, o que acaba causando problemas como vazamento de eletricidade e menor duração da bateria. Para os cientistas que avaliam o novo produto, será possível aumentar a velocidade dos chips em mais e 20% e reduzir o vazamento de energia em 80%, aproximadamente. Se quanto menor é o chip, menos energia ele gasta, então basta que a indústria se dedique a novas técnicas de miniaturização para resolver o problema, certo? Em parte. Há alguns anos, por exemplo, um dos maiores problemas apontados pelos cientistas era o fato de o sinal do clock, cilindro de Quartzo incrustado na placa-mãe responsável pela sincronização de todos os componentes de um computador, permanecer sempre ativo enviando impulsos elétricos. Segundo o especialista Carlos Morimoto, a situação começou a mudar com o lançamento do primeiro Pentium, em 1993 – a partir de então, com a ajuda de aplicativos especializados, é possível desligar partes do processador que não estiverem em uso no momento, reduzindo o gasto de energia. Virtualização A virtualização, ou rodar diversos sistemas operacionais lado a lado em um único servidor, transformando-o em diversos a fim de ocupar sua capacidade de processamento (geralmente ociosa), figura entre os primeiros lugares em qualquer lista das principais tendências de TI para os próximos anos. O IDC, por exemplo, aponta que a área de infraestrutura na América Latina está caminhando para o modelo de Dynamic IT, porque as empresas querem aprender a aplicar melhor sua infra-estrutura de hardware, software e serviços.
  • 8. Muitos fabricantes de hardware e software, bem como integradoras, já estão oferecendo a seus clientes a tecnologia como solução para a questão do espaço, e têm sido bem aceitas. Uma das poucas polêmicas sobre o tema é que ele mudará o jeito como software e hardware são cobrados e forçará a criação de um novo modelo de preços, não mais baseado em usuários ou licenças – mas muitos avanços ainda devem ser feitos nessa área.Com o crescimento da discussão em torno da eficiência energética, a virtualização de servidores aparece também como uma solução alternativa para o problema. Segundo a Vmware, uma das líderes neste segmento, o benefício está em acabar com a ociosidade do sistema (estimativas mostram a média de utilização de uma máquina física por mês é de apenas 5% a 15 %) ao permitir a redução drástica do número de servidores físicos. É possível, por exemplo, transformar 100 máquinas em oito - um servidor físico pode ser capaz de abrigar, em média, 12 servidores virtuais ao mesmo tempo, cada um executando uma tarefa diferente. O datacenter, aquele lugar tipicamente entediante composto por fileiras e fileiras de computadores idênticos, saiu do anonimato e de repente começou a freqüentar as páginas do New York Times e do Wall Street Journal e outdoors em estradas e aeroportos. O motivo: servidores modernos gastam mais combustível que um carro do tipo SUV (utilitário). Imagine sua picape consumindo litros e mais litros de gasolina enquanto permanece quietinha na garagem. É o que acontece com essas máquinas em 80% do tempo. O cenário piorou com o aumento de servidores por metro quadrado a uma taxa de 15% ao ano. É tanto calor produzido que, para impedir que o datacenter se transforme em uma caldeira, as empresas gastam 125% a mais de energia apenas para resfriar o ambiente. Estimativas da empresa apontam que, a cada máquina virtualizada, o cliente consegue economizar anualmente cerca de US$ 290 em eletricidade e US$ 360 em custos de refrigeração. O Provident Bank, dos EUA, por exemplo, reduziu o consumo de energia em 13.000 watts. Eficiência da energia Eficiência é o que se tem quando há um saldo positivo na relação entre os resultados obtidos e os recursos empregados. Por exemplo, se uma fábrica sabe como produzir mais, utilizando bem a sua matéria-prima, sem desperdícios, podemos dizer que ela tem um modelo de produção eficiente. Mas se essa fábrica começar a produzir menos e gastar mais, o seu modelo passará a ser ineficiente. Usar a energia de forma eficiente é buscar o máximo de desempenho dos aparelhos e processos com o mínimo de consumo de nossas reservas naturais. Veja como é possível fazer isso nas nossas casas, no comércio, na indústria e nos serviços públicos:
  • 9. Nas residências: Se utilizarmos lâmpadas e eletrodomésticos eficientes em nossas casas e fizermos um esforço para mudar nossos hábitos, gastaremos apenas a energia absolutamente necessária para que possamos ter uma vida confortável e segura. No comércio: Nos estabelecimentos comerciais, podem ser instalados equipamentos apropriados para a conservação dos produtos comercializados. Além disso, é preciso escolher os materiais mais adequados para acomodar cada um deles e dar atenção especial aos sistemas de refrigeração e iluminação. Na indústria: É possível aumentar ainda mais a eficiência das máquinas e dos produtos, aperfeiçoando as rotinas de manutenção dos equipamentos e instalações das indústrias. Assim, as fábricas não só economizam energia e matéria-prima, como também investem na criação de empregos e no aperfeiçoamento do seu produto final. Nos serviços públicos: É necessário dar maior atenção aos sistemas de iluminação pública e transporte, sem esquecer a segurança e o conforto da população. Mudar os hábitos e os horários em escritórios e edifícios públicos é outra medida que pode ser tomada sem prejuízo para o desenvolvimento do país. Dicas de economia de energia Todos nós podemos ajudar a combater o desperdício. Economizando energia elétrica, ajudamos a preservar o meio ambiente, ampliamos o tempo de vida dos recursos nãorenováveis e adiamos a construção de usinas e a implantação de novas linhas de transmissão. Conheça algumas pequenas mudanças de hábito e atitudes que fazem a diferença: o Se possível, não use aparelhos elétricos durante o horário de pico, ou seja, o horário de maior consumo de energia (das 18h às 21h); o Evite deixar os equipamentos em stand-by (modo de espera). Desligue os aparelhos da tomada quando não estiverem sendo usados; o Na hora da compra, prefira eletrodomésticos com o Selo Procel, que indica aos consumidores quais são os modelos que consomem menos energia; o Evite o uso de benjamins. O acúmulo de ligações na mesma tomada pode causar o seu aquecimento e aumentar as perdas elétricas;
  • 10. o Para o aquecimento de água dê preferência aos aquecedores solares. Além da economia na conta de luz, você estará ajudando a preservar o meio ambiente. Ar condicionado o Desligue o aparelho quando o ambiente estiver desocupado; o Mantenha janelas e portas fechadas quando o ar condicionado estiver funcionando; o Evite o calor do sol no ambiente, fechando cortinas e persianas; o Não tape a saída de ar do aparelho; o Proteja a parte externa do ar condicionado da incidência do sol, sem bloquear as grades de ventilação. Lâmpadas e iluminação o Evite acender lâmpadas durante o dia. Use melhor a luz do sol, abrindo bem janelas, cortinas e persianas; o Apague as lâmpadas dos ambientes desocupados; o Teto e paredes internas pintados com cores claras refletem melhor a luz, diminuindo a necessidade de iluminação artificial; o As lâmpadas fluorescentes são mais eficientes que as lâmpadas comuns. Televisão o Desligue o aparelho se não houver ninguém assistindo; o Evite dormir com a televisão ligada. Se ela tiver recursos de programação, use o timer. Computador o Utilize os recursos de economia de energia para desligar o monitor e colocar o computador em estado de espera se eles permanecerem sem uso após um determinado tempo; o Não deixe monitor, impressora, caixa de som, estabilizador e outros acessórios do computador ligados sem necessidade. Celular, câmera e notebook
  • 11. o Não deixe o aparelho "dormir" carregando. Retire da tomada quando a bateria estiver carregada. Chuveiro elétrico o Não use o chuveiro elétrico em horários de pico (das 18h às 21h), pois é um dos aparelhos que mais consomem energia; o Quando não estiver fazendo frio, deixe a chave na posição "Verão"; o Feche a torneira quando se ensaboar e procure reduzir o tempo do banho. Economizar água também é importante. Geladeira e freezer o Não deixe a porta aberta sem necessidade ou por tempo prolongado; o Arrume os alimentos para que sejam rapidamente encontrados e deixe espaço entre eles para o ar poder circular; o Não forre as prateleiras, pois isso dificulta a circulação de ar; o Não use as serpentinas atrás do aparelho para secar panos de prato e roupas. É importante lembrar que evitar o desperdício não é racionar energiae não compromete necessariamente a qualidade de vida ou a produtividade e o desenvolvimento do país. Utilizar a energia elétrica com eficiência significa combater o desperdício, consumindo apenas o necessário e preservando os recursos naturais do planeta. Com pequenas mudanças nos nossos hábitos e atitudes, podemos gerar grandes resultados e contribuir para a formação de uma sociedade mais sustentável. Economia de energia elétrica: mitos e verdades Pequenas mudanças nos hábitos diários e uso dos aparelhos eletrodomésticos podem reduzir a sua conta de luz no final do mês. A importância de controlar o consumo está nãoapenas em economizar dinheiro, mas também em evitar o desperdício. “Daqui a 300 anos, a vida será diferente. Nossos netos vão reclamar da nossa geração, que foi a primeira a conhecer o problema das mudanças climáticas e do uso da energia e ainda não deu sinais definitivos de que vai resolver o problema”, afirma Agenor Gomes PintoGarcia, consultor em
  • 12. eficiência energética e autor do livro Leilão de Eficiência Energética no Brasil. As lâmpadas fluorescentes são mais econômicas do que as incandescentes (amarelas)? E as lâmpadas de LED? Numa escala de mais a menos econômicas e eficientes, os especialistas destacam as lâmpadas de LED, em primeiro lugar, seguidas das fluorescentes – compactas e tubulares, e, por último, as incandescentes. No entanto, se compararmos o preço pago pelo consumidor na hora da compra da lâmpada, a diferença significativa do valor do produto leva muitas pessoas a comprarem as lâmpadas amarelas. Como as de LED ainda estão em desenvolvimento, o seu valor na hora da compra ainda não proporciona uma relação positiva de custo (preço da lâmpada) x benefício (energia economizada) para a maioria da população. Assim, optar pelas fluorescentes ainda é a melhor escolha. Computadores: o que gasta menos energia, deixar ligado 24h ou ligar e desligar cada vez que vai usar? E com o monitor do computador, é o mesmo procedimento? Se o tempo de pausa entre um uso e outro do computador for pequeno, em torno de 15 minutos, por exemplo, não vale à pena ligar e desligar todos os componentes. Apenas desligar o monitor, que consome bastante energia, já ajuda na economia. Agora se as pausas entre os usos forem longas, mais de uma hora, os especialistas aconselham desligar tudo. Outra opção é programá-los para entrar em modo de espera ou desligamento automático após uma hora sem uso, para o caso de o usuário esquecê-lo ligado. Se puder optar entre um computador e um laptop ou notebook prefira esses últimos, que são muito mais econômicos. O mito de que ligar e desligar os aparelhos e as lâmpadas consome mais energia do que manter ligado é verdade? É relativo, segundo os especialistas, pois dependerá do tempo que você os deixar ligado desnecessariamente. Segundo Garcia, a melhor prática é apagar a luz sempre que sair do aposento, “pois nunca se sabe ao certo quanto tempo vai se passar fora”. Ele explica que, embora haja um pico na hora do ligamento, sua duração é mínima (energia é sempre a composição de potência e tempo), então a energia gasta é desprezível.
  • 13. O chuveiro é mesmo o vilão da conta de luz? A característica dos chuveiros elétricos é consumir muita eletricidade em um período curto de tempo. Os dois fatores mais importantes são a potência do equipamento e o tempo de banho. “Atualmente temos chuveiros de até 12.000 watts, que, durante o banho, equivalem a 200 lâmpadas acesas ao mesmo tempo”, relata Jannuzzi. No sul do Brasil, onde faz mais frio e usa-se os chuveiros no modo inverno, a média de consumo desse equipamento costuma responder por cerca de 1/3 do consumo de eletricidade de uma residência. Para economizar é preciso tomar banhos mais curtos ou ter outro sistema para aquecer a água, como a energia solar. Dependendo do custo do gás na região, a energia solar pode ser uma opção eficiente. O microondas também é um dos grandes consumidores de energia elétrica em casa? O microondas é outro exemplo de aparelho com grande potência, mas com curto período de utilização – demora-se menos esquentando um copo de leite ou um prato de comida do que tomando banho. Por isso, não costuma pesar muito na conta de luz. “A menos que se tenha o mau hábito de usá-lo para cozinhar, em vez de só para aquecer, seu consumo não é tão alto. Conheci uma pessoa que o usava só pela preguiça de lavar panelas. Nesse caso, é melhor lavá-las, com certeza!”, esclarece Garcia. Chuveiro e ar-condicionado 220 volts gastam menos energia que os de 110 volts? Os especialistas afirmam que a diferença no consumo de energia entre aparelhos 220 volts e 110 volts é pequena e não afeta de maneira significativa o consumo. No entanto, Jannuzzi destaca que em 220 volts os equipamentos vão funcionar melhor, ter um bom desempenho, além de prolongar a sua vida útil. Abrir a geladeira várias vezes ao dia gasta mais energia? O grande problema nessa questão da abertura da geladeira é muito mais o tempo que se gasta com ela aberta do que a quantidade de vezes que se abre a porta. Claro que a cada abertura há uma troca de calor do interior do equipamento com o ambiente, que está mais quente, e se gasta mais energia para resfriá-la em seguida. Dessa forma, quanto menos tempo a porta for
  • 14. mantida aberta, mais economia de energia será feita. Outro desperdício muito comum em geladeiras decorre do desgaste da borracha vedadora, por onde o ar frio escapa e o ar quente entra. Para testar se sua geladeira está em boas condições, coloque uma folha de papel e feche a porta: se conseguir retirar a folha com a porta fechada está na hora de trocar a borracha. Ao usar o ferro de passar roupa, é melhor passar muitas peças a cada vez ou todo dia passar uma peça? A maior parte da energia gasta ao passar a roupa é na hora de esquentar o ferro. Uma vez que o ferro esteja quente é melhor passar a maior quantidade possível de roupas. O professor Garcia destaca a semelhança entre o ferro e a máquina de lavar roupas: “Ela deve ser usada sempre próxima à sua capacidade máxima para economizar água e energia. Pesar o lote de roupas com uma balança é uma boa maneira de verificar se a quantidade separada é ideal”. É mito ou não que os aparelhos que mantemos plugados na tomada, mesmo quando desligados, continuam gastando energia? É verdade! O professor Jannuzzi ressalta que “a melhor opção de economia é desconectar os aparelhos da tomada, pois mesmo os melhores equipamentos, nessa situação, consomem 1 watt/hora. Cada aparelho conectado consome durante o ano todo 8,7 quilowatts. Como pagamos cerca de 40 centavos por quilowatt/hora (preço no Rio de Janeiro), isso representa um gasto próximo de 4 reais/ano por aparelho”.Lembra que o apelido desse desperdício é “energia vampira” e que ela já preocupa os responsáveis pelas políticas energéticas. “Cada um gasta um pouquinho, porém, como hoje em dia há muitos aparelhos, a energia gasta no total acaba sendo significativa”. Uma dica para aparelhos relacionados, por exemplo TV, DVD, modem de TV a cabo ou satélite – é liga-los todos a uma só régua de tomadas. Basta desligar a régua ao fim do dia para economizar. Quando chamar o elevador, faz diferença chamar apenas um deles ou quantos tiver no andar? Elevadores, afinal, gastam muita energia?
  • 15. Os especialistas garantem que faz diferença no consumo de energia chamar mais de um elevador ao mesmo tempo, e que esse gasto, por estar diluído nas contas de condomínio, passa despercebido. Uma boa prática é deixar só um elevador ligado durante a noite ou ter equipamentos que fazem com que só um elevador se desloque a cada chamada. Por seu lado, o usuário deve sempre evitar chamar vários elevadores ao mesmo tempo. Outra boa alternativa é usar as escadas sempre que possível, pois além de poupar energia elétrica, diminui-se o sedentarismo. CONCLUSÃO É importante lembrar que evitar o desperdício não é racionar energia e não compromete necessariamente a qualidade de vida ou a produtividade e o desenvolvimento do país. Utilizar a energia elétrica com eficiência significa combater o desperdício, consumindo apenas o necessário e preservando os recursos naturais do planeta. Com pequenas mudanças nos nossos hábitos e atitudes, podemos gerar grandes resultados e contribuir para a formação de uma sociedade mais sustentável.
  • 16. REFERÊNCIAS Disponível em: http://www.oeco.org.br/reportagens/25211-economia-de-energia-eletricamitos-e-verdades. Acesso em: 17/11/2013 Disponível em: http://www.nextgenerationcenter.com/detalle- curso/Economia_de_Energia.aspx?PageID=1. Acesso em: 17/11/2013 Disponível em: http://www.eletrobras.com/elb/natrilhadaenergia/economia-deenergia/main.asp. Acesso em: 17/11/2013