2. DIÁRIO DA REGIÃO Silvio Pardo
Editorial
A revista deste domingo começa com uma boa notícia
para quem busca felicidade e plenitude: um congresso
voltado exatamente a esse assunto, com a participação de
alguns dos coachs mais reconhecidos do país. O evento
acontece em agosto e seu diferencial é o fato de ser on-line
e gratuito. A edição segue com uma reportagem que
desvenda os benefícios oferecidos pela ioga e a meditação
no tratamento de pessoas que sofrem de estresse
pós-traumático, transtorno que repercute na qualidade física
e mental. Ainda no campo holístico, a reportagem “Terapia
do som” mostra que os mantras, milenares vibrações
energéticas produzidas através da emissão de sons, de fato
funcionam. Por fim, especialistas explicam o lado bom e o
lado ruim de lidar com conflitos. O bom é que encará-los
pode ajudar a aliviar as tensões e fortalecer as relações. O
ruim é que os conflitos podem abrir ainda mais uma ferida se
o assunto em questão não for tratado com cuidado,
delicadeza e consideração. Pense nisso. Um ótimo domingo!
13
Odontologista escreve sobre recessões
ou retrações gengivais, problemas que
podem afetar dentes naturais, com ou
sem prótese, e implantes de titânio
18
Divulgação
Novela “O Rebu” marca os 50 anos de
carreira de Tony Ramos, que começou
em esquetes na extinta TV Tupi
24
Além dos encantos de Lisboa,
você vai gostar da hospitalidade
portuguesa
Poesia
É proibido chorar sem aprender,
Levantar-se um dia sem saber o que fazer
Ter medo de suas lembranças.
É proibido não rir dos problemas
Não lutar pelo que se quer.
Abandonar tudo por medo.
Não transformar sonhos em realidade.
É proibido não demonstrar amor.
Fazer com que alguém pague por tuas dúvidas e mau-humor.
É proibido deixar os amigos.
(...)
Ter medo da vida e de seus compromissos,
Não viver cada dia como se fosse um último suspiro.
É proibido sentir saudades de alguém sem se alegrar,
Esquecer seus olhos, seu sorriso, só porque seus caminhos se
desencontraram.
(...)
Não ter um momento para quem necessita de você,
Não compreender que o que a vida te dá, também te tira.
É proibido não buscar a felicidade.
Não viver sua vida com uma atitude positiva,
Não pensar que podemos ser melhores,
Não sentir que sem você este mundo não seria igual.
Trechos do texto “É Proibido”, atribuído a Pablo Neruda
Agência O Globo/Divulgação
Turismo
Guilherme Baffi
Televisão
Vida, felicidade
e paz de espírito
Diretor de Redação
Décio Trujilo
decio.trujilo@diariodaregiao.com.br
Editor-chefe
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Diagramação
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Tratamento de Imagens
Edson Saito, Luciana Nardelli
e Luis Antonio
Matérias
Agência Estado
Agência O Globo
2 / São José do Rio Preto, 20 de julho de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO
3. FELICIDADE
E PLENITUDE
Congresso nacional on-line e gratuito, em agosto, reúne
especialistas em autorrealização a fim de elucidar novos
caminhos para quem busca ser feliz
Gisele Bortoleto
gisele.bortoleto@diariodaregiao.com.br
Você busca ter muito mais felicidade, mas
não sabe como? Os maiores e mais importan-tes
experts no assunto estarão reunidos no 1º
Congresso Nacional da Felicidade e Plenitude
(Conafep), on-line e gratuito, transmitido pela
internet entre os dias 4 e 10 de agosto. Serão
mais de 20 palestrantes que, durante sete dias,
vão ensinar fórmulas para transformar sua vi-da
em felicidade e plenitude.
De acordo com o organizador do evento, o
professor e palestrante Cesar Campos, foram
convidados para este evento os maiores ex-perts
em autorrealização, felicidade, plenitude
e autoconhecimento.
Os participantes irão aprender como as re-centes
descobertas das neurociências podem
agilizar e potencializar nossas realizações e
conquistas com as emoções positivas, talentos
e virtudes. Os participantes irão aprender téc-nicas,
conceitos, ferramentas e informações so-bre
o assunto. As vagas são limitadas e as ins-crições
podem ser feitas pela internet, no ende-reço
www.conafep.com.br.
(Confira a programação nas páginas 4 e 5)
Evento
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 20 de julho de 2014 / 3
4. SEGUNDA, DIA 4/8
9 HORAS
GENTE COMPETENTE
FAZ DIFERENTE!
Os três passos para você
aprender a aumentar sua
capacidade criatividade e usar
suas competências, talento e
vocação para alavancar mais
felicidade (na carreira, nos
relacionamentos, na vida
familiar)
Palestrante: Deborah Capell,
educadora corporativa
14 HORAS
O SUCESSO É SER FELIZ
As sete leis universais para
uma vida plena e feliz. Palestra
altamente motivacional, em que
o alto astral e a interação
constroem o ambiente ideal para
se conhecer os atalhos para ser
realmente feliz
Palestrante: Edvaldo Almeida,
master coach especializado
em liderança
19 HORAS
CÓDIGOS E ENIGMAS DA
FELICIDADE
Você irá aprender sobre a
relação da riqueza com a
felicidade e será convidado a
buscar técnicas para viver
melhor cada momento
Palestrante: Jorge Proença,
autor dos livros “Códigos e
Enigmas da Felicidade” e
“Planejamento Pessoal e
Administração do Tempo”
TERÇA-FEIRA, DIA 5/8
9 HORAS
CINCO PASSOS PARA SAIR DA
ZONA DE CONFORTO E
CONSTRUIR MAIS FELICIDADE
Nessa palestra, você estará
frente à frente com uma
mentalidade que vai trazer mais
leveza, paz e sensação de
felicidade para sua vida
Palestrante: Paula Quintão,
escritora, publicitária, mestre
em ciência da informação
14 HORAS
OS TRÊS PILARES DA
REALIZAÇÃO
Técnicas de coaching,
PNL, neurociência e experiência
pessoal mostram como nosso
cérebro pode ser o maior aliado
ou pior inimigo na conquista
dos sonhos
Palestrante: Geronimo Theml,
idealizador do programa
Profissão Coach
19 HORAS
CONSTRUÇÃO CONSCIENTE -
MUDANDO SUA REALIDADE
COM O PODER DA FELICIDADE
Como criar uma vida
extraordinária cheia de
abundância, liberdade, paixão
e propósito
Palestrante: Diego Araújo,
empresário, desenvolveu o
método de Construção
Consciente
QUARTA, DIA 6/8
9 HORAS
NEUROLIDERANÇA:
O CÉREBRO DO LÍDER VOLTADO
PARA A COLETIVIDADE E PARA
RESULTADOS QUE TRAGAM A
SENSAÇÃO DE REALIZAÇÃO
E FELICIDADE
Como pensam e se
comunicam os líderes? Como os
liderados percebem e recebem a
comunicação? Como nosso
cérebro pode nos ajudar ou
“travar” a evolução?
Palestrante: Alex Born,
pesquisador, neurocientista,
considerado o “pai do
neuromarketing no Brasil”
14 HORAS
THE HUMAN SCORECARD -
RESULTADOS PELO
ENGAJAMENTO
O Human Scorecard
destina-se a promover o
entendimento do papel efetivo
das pessoas na estratégia
das empresas
Palestrante: Roberto Rooney
Zabeo, diretor executivo de
empresas no Brasil e no exterior
19 HORAS
FELICIDADE NÃO É TER TEMPO
LIVRE - DESFAZENDO O MAIOR
MITO SOBRE A FELICIDADE E O
QUE ISSO TEM A VER COM O
SUCESSO. O QUE FAZER PARA
TER SUCESSO?
As recentes descobertas da
neurociência acerca do nosso
cérebro, nossas emoções e o
que tudo isso tem a ver com
felicidade
Palestrante: Flavia Abarran,
escritora, life coach e empresária
1º CONGRESSO NACIONAL DA
FELICIDADE E PLENITUDE
4 / São José do Rio Preto, 20 de julho de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO
5. QUINTA, DIA 7/8
9 HORAS
COMO SUPERAR OS
ESTADOS LIMITANTES PARA
TER UMA VIDA PLENA
Como despertar seus
próprios recursos internos e
dicas quentes de como quebrar
estados limitantes
Palestrante: Nivaldo Silva, tem
formação em psicanálise, PNL,
hipnose, manobras articulares e
reflexoterapia
14 HORAS
FLORESCER - EQUILÍBRIO DA
VIDA PESSOAL E PROFISSIONAL
A importância dos
pensamentos e das construções
positivas em nossas vidas
Palestrante: Andre Reis, master
coach e orientador vocacional
19 HORAS
AS CINCO ETAPAS PARA
ACABAR COM A
PROCRASTINAÇÃO E SER MAIS
FELIZ
Procrastinar é deixar de
fazer o que precisa fazer e
ocupar o tempo com qualquer
outra coisa. É difícil ser
feliz assim
Palestrante: Mizuji Kajii,
especialista em mudança
pessoal, coach com
certificação internacional
SEXTA-FEIRA, DIA 8/8
9 HORAS
RELACIONAMENTO QUE
TRANSFORMA
Como podemos ter um
relacionamento harmônico
dentro de casa com nossa
família? Como ter um bom
relacionamento conjugal? Essas
perguntas serão abordadas
Palestrante: Willian Magalhães,
master trainer em PNL, master
coach e hipnoterapeuta
14 HORAS
A GRANDE SACADA PARA SER
PLENO E FELIZ NO AMOR
Conheça as diferenças
fundamentais entre esses
desejos: felicidade, plenitude
e amor
Palestrante: Rosana Braga,
especialista em
relacionamentos, autora dos
livros “Faça o Amor Valer a Pena”
e “O Poder da Gentileza”
19 HORAS
AS SETE ATITUDES ESSENCIAIS
PARA SER FELIZ NA VIDA
PROFISSIONAL
A palestra abordará sete
condutas poderosas que
promovem a felicidade em ação,
tais como: inteligência sábia,
autoconsciência, cultivo de
valores, entre outras -
Palestrante: Rosane de Souza
Obino, psicóloga, executive e
life coach
SÁBADO, DIA 9/8
9 HORAS
COMO TIRAR PROVEITO DO
DISCURSO POSITIVO E USAR A
COMUNICAÇÃO A FAVOR DA
FELICIDADE
Palavras e expressões
negativas podem ser
ressignificadas para que a
comunicação ajude a transformar
o estado emocional
Palestrante: Aurea Regina de
Sá, coach de prosperidade
14 HORAS
OS SABOTADORES DA
FELICIDADE
Compreensão dos
mecanismos internos que
dificultam suas ações voltadas
para a felicidade
Palestrante: Elisa de Barros,
psicóloga e coach de
prosperidade
16 HORAS
OS SEGREDOS DA VIDA A DOIS -
AS CINCO ATITUDES
FUNDAMENTAIS PARA VIVER
FELIZ NO CASAMENTO
Como ter atitudes mais
saudáveis em seu
relacionamento, tornando-se
uma pessoa equilibrada, madura
e feliz consigo mesma
Palestrante: Ricardo Dih Ribeiro,
psicanalista
19 HORAS
FATORES CRÍTICOS DE
SUCESSO PARA O TRABALHO
NESTE SÉCULO
A palestra mostra a
influência da leitura e da escrita,
entre outros fatores, no
desempenho profissional neste
século
Palestrante: Francisco Pereira
França Neto, 32 anos de trabalho
na área educacional
DOMINGO, DIA 10/8
9 HORAS
RAIVA E FELICIDADE
Nesta palestra, você saberá
que a raiva pode levá-lo a outros
sentimentos menos
qualificativos
Palestrante: Elza Conte,
personal & professional
coach e palestrante
14 HORAS
NEUROCIÊNCIA E MEDITAÇÃO
NA BUSCA DA FELICIDADE
INTERIOR
A neurociência mostra que
podemos treinar a nossa mente
para produzir e identificar
nossas melhores emoções
Palestrante: Marcelo Csermak,
mestre e doutorando em
psicobiologia
16 HORAS
COMO TER UMA AUTOESTIMA
INABALÁVEL - APRENDENDO A
GOSTAR DE SI MESMO
A forma como nos sentimos
acerca de nós mesmos é algo
que afeta crucialmente todos os
aspectos da nossa vida
Palestrante: Flávio de Souza,
trainer coach
Stock images/Divulgação
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 20 de julho de 2014 / 5
6. Terapia
ALÍVIO PARA
A ALMA
Ioga pode ser uma ferramenta eficaz para reestruturar
emocionalmente pessoas abaladas pelo
Transtorno do Estresse Pós-Traumático
Elen Valereto
elen.valereto@diariodaregiao.com.br
Ioga faz bem para a alma, a
mente e o corpo. Tão importan-te
que é fundamental na recupe-ração
da saúde e reestruturação
emocional das pessoas que pro-curam
a prática. Um dos alí-vios
está associado ao tratamen-to
do Transtorno do Estresse
Pós-Traumático (TEPT).
O TEPT tem grande reper-cussão
na saúde física e mental
e nos relacionamentos sociais,
familiares e profissionais. Pesa-delos,
medo, vigilância, ansie-dade,
respiração acelerada e
“flashbacks” são alguns dos sin-tomas
de quem desenvolveu es-te
grave problema.
De acordo com a 5ª edição
do Manual de Diagnóstico e Es-tatística
de Transtornos Men-tais,
o DSM, da Associação
Americana de Psiquiatria, de-vem
ser considerados, para o
diagnóstico, os eventos de vio-lência
direta (doméstica, psico-lógica,
urbana), testemunha ou
através do conhecimento de um
evento altamente estressante de
risco a um familiar, amigo ou
pessoa próxima. Para a confir-mação,
porém, é preciso que o
tempo de 30 dias tenha transcor-rido
do acontecimento.
Todos os dias, infelizmen-te,
milhares de pessoas são ex-postas
a vários tipos de situa-ções
que se enquadram em
TEPT, como assaltos, seques-tros,
estupros, assédios e assas-sinatos,
por exemplo. Para isso,
é preciso também que haja ou-tros
fatores ambientais viven-ciados
pela pessoa.
A doença é muito comum
ainda em combatentes do exer-cício.
Tanto que várias pesqui-sas
já foram feitas com solda-dos
americanos que estiveram
no Iraque e Afeganistão, que
acabam precisando de trata-mento
específico para o estres-se
pós-traumático sofrido com
a vivência (e sobrevivência)
nos campos de guerra.
Há um centro especializado
em atender e estudar vítimas
de extrema violência, o Progra-ma
de Atendimento e Pesquisa
em Violência – Prove –, da Uni-versidade
Federal de São Paulo
(Unifesp), sob coordenação do
psiquiatra Marcelo Feijó. Ou-tros
transtornos, porém, como
da ansiedade e personalidade,
também são atendidos, e ga-nham
reforço no tratamento pe-lo
controle da respiração com a
aplicação das técnicas de ioga.
Como a TEPT é uma condi-ção
grave e que compromete a
qualidade de vida de quem so-fre
da doença, a medicação e a
psicoterapia podem ser reco-mendados
pelo profissional
médico. A ioga pode ser um
tratamento complementar,
que ajudará em uma recupera-ção
mais rápida.
A contribuição efetiva da
ioga tem explicação no forneci-mento
de ferramentas inter-nas
e externas que conseguem,
juntas, dissolver camadas de
tensão, conflitos, dores e sofri-mento
que ficam registrados
na musculatura e nos proces-sos
fisiológicos.
Só o trabalho de rela-xamento
que envolve par-te
da aula é capaz de redu-zir
em 50% o cortisol produzi-do
pelo organismo. “A ioga abre
caminhos e espaço para uma no-va
consciência. Cria força física
e mental”, afirma a terapeuta
corporal Lilian Cruz, do Corpo
Consciência, de Rio Preto.
O fisioterapeuta e professor
de ioga Diogo Monteiro, da Fi-sio
e Yoga, concorda. Segundo
ele, a prática da ioga, além da
meditação, garante técnicas de
respiração, concentração, relaxa-mento
e exercícios físicos, agin-do
diretamente nos problemas.
“No caso do TEPT, as pes-soas
apresentam sintomas, co-mo
ansiedade, medo, dor de ca-beça,
dificuldade de concentra-ção,
distúrbio de sono, entre ou-tros.
Todas essas técnicas têm
um efeito muito grande no
equilíbrio emocional, psicológi-co
e mental, o que consequente-mente
alivia todos esses sinto-mas”,
diz Monteiro.
A consciência da respira-ção,
por exemplo, influencia
nos sistema nervoso e endócri-no
e na liberação de hormônios
na corrente sanguínea. O que
acontece é uma desaceleração
geral nas áreas mental, emocio-nal
e energética, assim como
também trabalha a postura da
prática, pois, ao ativar a respira-ção,
modifica seu modo atual:
se estiver rápida, ficará mais
dentro do tom.
Da mesma forma, a concen-tração
é outro fator importante
que participa de todo o processo
desenvolvido pela ioga. É ela
quem dá um descanso e tira o fo-co
do que continua causando o
tormento, pois tira o foco da si-tuação
de estresse, já que a aten-ção
está voltada para o que está
sendo praticado na aula de ioga.
6 / São José do Rio Preto, 20 de julho de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO
7. DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 20 de julho de 2014 / 7
Purificação
O desenvolvimento das
principais ferramentas de ioga,
e todas as demais disponíveis
quando a prática é mais conhe-cida,
é garantir a purificação e
a compreensão sem dor dos sen-tidos.
“As próprias posturas, co-mo
a do guerreiro, trazem metá-foras
de força, estabilidade, to-lerância
e paciência”, diz a tera-peuta
corporal Lilian Cruz.
Segundo ela, não será qual-quer
coisa, mesmo um grande
trauma, que poderá balançar a
pessoa, pois ela ficará mais resi-liente
e uma “guerreira” para a vi-da.
O ressentimento e a situação
que antes eram remoídos e revivi-dos
a todo instante perdem a fixa-ção.
Isso acontece porque o pa-drão
de resposta será transforma-do
com a reformulação hormo-nal
e emocional.
“A pessoa não mudará o
mundo lá fora, mas mudará seu
comportamento, pois processa-rá
tudo de forma diferente. Fi-cará
mais resistente a respeito
desses e outros possíveis trau-mas,
pois enfrentará a situação
de estresse com suas ferramen-tas.
É desenvolver o equilíbrio
do corpo e da mente, e quando
faz isso, o autoconhecimento
vai sendo reforçado”, explica a
terapeuta corporal. (EV)
GESTANTES
Um estudo do ano passado, de
autoria da pesquisadora americana
Tiffany Field, do Instituto de
Pesquisa do Toque, que pertence ao
Departamento de Medicina da
Universidade de Miami, apontou
que grávidas deprimidas foram
favorecidas com a prática de tai
chi e ioga. Durante 12 semanas,
as mulheres participaram de
sessões de apenas 20 minutos. O
resultado foi um sinal menor dos
sinais de depressão, como a
queda da ansiedade e
melhora do sono
BENEFÍCIOS
Respiração: tem influência
no funcionamento adequado dos
sistemas nervoso e endócrino,
desacelerando o ritmo atual
Postura: está associada à
respiração, favorecendo sua
realização correta
Concentração: o foco nos
exercícios posturais e de respiração dá
uma trégua no sofrimento do trauma
Mantras: são palavras de poder
que limpam a consciência de traumas
e experiências negativas vividas
O problema de estresses e
traumas vividos, que podem pro-vocar
o Transtorno do Estresse
Pós-Traumático (TEPT), não é
somente a experiência negativa
em si, mas como ela é revivida e a
fixação daqueles acontecimentos.
Tudo isso pode torná-los sempre
presentes, capaz de gerar mais sin-tomas
desagradáveis, como o esta-do
de alerta.
A meditação é uma das técni-cas
usadas pela ioga para o equilí-brio
geral. Pessoas com alterações
nos sistemas do organismo – co-moo
nervoso – são mais ansiosas,
nervosas, têm mais tensões mus-culares
e não possuem controle
na própria respiração.
No caso da prática de ioga pa-ra
o auxílio do TEPT, o fisiotera-peuta
e professor de ioga Diogo
Monteiro explica que é importan-te
observar que algumas modali-dades
optam por focar mais no
trabalho físico ou outras na medi-tação,
por exemplo. “É interessan-te
conversarcom o professor e ex-por
sua condição para saber se
aquela modalidade é a mais ade-quada
a sua necessidade.” (EV)
Saiba
Meditação
8. Conheça a força dos
mantras, vibrações
energéticas
produzidas por
sons sagrados
capazes de aquietar
coração e mente
e proporcionar
bem-estar emocional
8 / São José do Rio Preto, 20 de julho de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO
Gisele Bortoleto
gisele.bortoleto@diariodaregiao.com.br
Quer afugentar as nuvens escuras
da sua mente e aliviar o peso do cora-ção?
A receita pode ser mais simples
do que imagina. Entoe um mantra
uma, duas, 50, 100 vezes, quantas fo-rem
necessárias. Esses milenares
sons sagrados têm o poder de afastar
a negatividade, criar encantamentos
e atrair boas vibrações e até mesmo
curas. Isso acontece porque pensar
(ou falar) uma frase repetidamente
nos coloca em um estado automático
que reduz as ondas cerebrais, esvazia
a mente do turbilhão de pensamen-tos
que passam a cada minuto por
nossa cabeça e traz uma sensação de
relaxamento profundo.
A palavra mantra já diz muito.
Tem origem no sânscrito e significa
controle da mente (manas: mente;
tra: controle). É uma terapia do som.
Repeti-los, garantem religiões como
o budismo e hinduísmo, são parte
fundamental para o restabelecimen-to
das energias.
Para quem não sabe, não há nada
de sobrenatural: os mantras são vi-brações
energéticas produzidas por
sons sagrados. Garantem os estudiosos
quesão capazes deaquietar amentee apa-ziguar
o coração, o que assegura um pro-fundo
bem-estar emocional, aquele que
tanto necessitamos no dia a dia. Entoadas
repetidas vezes, essas sílabas de origem
hinduaindatêm opoder de elevar a cons-ciência,
funcionando como um meio de
comunicação com o plano espiritual.
“Mantra significa ‘instrumento
do pensamento’. Os sons mântricos
são o melhor instrumento para purifi-car
a mente. Mas cabe lembrar que a
repetição de um som não é um fim
em si mesmo: ela se faz em função do
resultado: estabilidade do pensamen-to
e reflexão sobre a identidade real”,
diz Pedro Kupfer, professor de hatha
ioga, autor de vários livros sobre o as-sunto.
Se nos observarmos no dia a dia,
iremos reparar que em muitos mo-mentos
ficamos sob tensão, com a
consciência atenta apenas ao exterior
e ainda com um diálogo interior, um
ruído constante na mente, como um
rádio que não desliga. Esse ruído de
fundo forma a paisagem interior, o
substrato das nossas experiências
mentais. “Não é possível mudarmos
essa paisagem apenas querendo calar
a mente no grito: precisamos usar a
ferramenta adequada. Os mantras
nos ensinam a separar-nos das expe-riências
e influências externas, nos le-vam
para o silêncio e nos abrem o es-paço
interior. Eles predispõem a
mente para meditar e nos conectam,
através da reflexão em seus significa-dos,
com nossa verdadeira identida-de”,
explica.
“Quando você está nervoso ou de-sorientado
emocionalmente, cantar
ou recitar um mantra de forma ins-pirada
pode transformar sua ener-gia”,
diz o lama Sogyal Rimpoche,
sacerdote budista, em “O Livro Ti-betano
do Viver e do Morrer” (ed.
Palas Athena).
Pela capacidade de acalmar a men-te,
os mantras integram a rotina da me-ditação.
Achave está em entoá-los mui-tas
vezes – centenas até – para entrarem
sua vibração sonora. Eles também trans-formam
positivamente a forma como
vemos as situações externas, segundo
Rimpoche.
Mas mão é preciso ser budista ou
seguir qualquer outra religião para
entoá-los. Não é necessário nem sa-ber
o significado das palavras, garan-tem
os estudiosos. O resultado, is-so
também foi demonstrado nos es-tudos,
é igual, mesmo quando não
se sabe o que o mantra significa.
Dizem os mantra-vid (conheci-mentos
dos mantras) que são mais
invocações mágicas do que orações
religiosas propriamente. Mantras
são palavras de poder, que através
do som podem mudar a vibração
do ambiente. Servem também para
fortalecer a vontade da pessoa, condi-cionando
a mente para que consiga
algo que quer.
Márcia de Luca, fundadora do
Centro Integrado de Yoga, Medita-ção
e Ayurveda, em São Paulo (Ciy-mam),
explica que não precisamos
entoar os mantras apenas diante das
dificuldades. Existem fórmulas para
várias finalidades: proteger, energi-zar,
dar poder, para cada divindade,
e assim por diante. “A vibração dos
sons reconectam nossas células com
o poder do seu significado”, afirma.
Américo Barbosa, um estudioso
de mantras desde 1975, defendeu
tese de doutorado na Pontifícia
Universidade Católica de São Pau-lo
(PUC) sobre o tema. Segundo
ele, o mantra é uma fórmula sono-ra
objetiva, que começou a ser utili-zado
há mais de 4 mil anos, no Va-le
do Indo (antes da Índia). Nesta
época, as pessoas já usavam os man-tras
para atingir estados mentais e
emocionais específicos. “Hoje,
os cientistas já admitem que
a matéria é uma espécie de
música composta por
nodos ressonantes que
formam uma espécie
de sinfonia nas mo-léculas”,
explica.
Espiritualidade
TERAPIA
DO SOM
9. DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 20 de julho de 2014 / 9
Antes de iniciar o ritual,
que pode ser feito em qualquer
momento do dia, sente-se num
lugar confortável, com as per-nas
cruzadas na posição de ló-tus,
e mantenha a postura re-ta.
“Respire profundamente
por alguns minutos para rela-xar
e começar a entoá-lo com
a mente mais quieta. Quanto
mais silenciosa ela estiver,
mais poderoso será o efeito”,
afirma Márcia de Luca. Ten-te
repetir o mantra escolhido
diariamente, com um senti-mento
de gratidão e respeito,
durante dez minutos. Quan-do
estiver mais “treinado”,
aumente o tempo para 20 mi-nutos,
e assim por diante.
Não consegue arrumar uma
brecha na agenda para recitar
um mantra? Pratique enquan-to
caminha ou fique parado no
congestionamento. Embora
não seja o cenário nem a situa-ção
ideal, é melhor do que na-da.
Entre uma sílaba (palavra
ou verso...) e outra, fique aten-to
à respiração: a entrada e a saí-da
do ar devem ser pausadas,
uniformes e feitas de preferên-cia
pelas narinas. (GB)
Mantra para a
prosperidade - OM SRI
MAHALAKSHMYAI NAMAH
Mantra para o
desenvolvimento intelectual -
OM SRI SARASWATTI NAMAH
Mantra para
proporcionar força,
crescimento, bem estar
espiritual, físico, mental e
emocional - OM NARAYANAYA
VIDMAHE VASUDEVAYA DHI
MAHI TANNO VISHNU
PRACHODAYA
Mantra para elevar o
estado de ânimo - OM HRIM
BRAHMAYA NAMAH
Mantra para ter paz,
coragem e poder - OM KLIM
KRISHNAYA NAMAH
Mantra revitalizante -
AUM BRING HANSAH
SURYAYE NAMAH AUM
Mantra para obter
vitória - HÃMURÃBI ÕM
SHIKTË SANSALA
PHRÃSHIVATA
Mantra para equilibrar
as energias do ambiente -
RAM YAM KAM
Fonte: Anjos de Luz
(www.anjosdeluz.net)
Mantras e religiões
Oestudioso Américo Barbo-sa
ressalta que a bíblia, o mais fa-moso
livro das religiões ociden-tais,
tem inúmeros mantras,
mas nem percebemos. Algumas
religiões determinam que seus
seguidores façam suas orações
em voz alta. O verdadeiro poder
do Alcorão, livro sagrado do isla-mismo,
segundo seus seguido-res,
permanece em sua recitação
oral, já que é feito para ser lido
em voz alta e melodiosa.
Todas as vezes que Jesus fa-zia
a cura, ele praticava a ciên-cia
da palavra falada: “Eu sou a
ressurreição e a vida”.
“Esse é um mantra fantásti-co
que podemos direcioná-lo
para qualquer coisa que quiser-mos”,
diz. Devemos repetir:
“eu sou, eu sou, eu sou a ressur-reição
e a vida de...”.
A ciência da palavra falada,
diferente do pensamento positi-vo,
trabalha o sentimento posi-tivo.
“Quando você entoa, você
está colocando um sentimento
da palavra, do pensamento e da
mente”, explica Barbosa. Quan-tas
vezes e por quanto tempo
devemos entoar um mantra?
“Digamos que o tempo necessá-rio
para você atingir seu objeti-vo,
e sempre em múltiplos de
três”, diz. (GB)
Como
fazer
Tipos de
mantra
Religiões e filosofias deri-vadas
do hinduísmo – como
o budismo tibetano, o corea-no
e o japonês – também uti-lizam
mantras como forma
de meditação e de contato
com o plano superior. Se
considerarmos que há um
grupo de sons sagrados que
funcionam como uma ora-ção,
podemos dizer que até
o catolicismo faz uso dos
mantras – afinal, rezar o ter-ço
significa entoar o Pai-
Nosso e a Ave-Maria repeti-das
vezes, hábito que tran-quiliza
o coração e também a
mente.
No Brasil, os mantras hin-dus
são adotados sobretudo
pelos praticantes de ioga, já
que fazem parte dessa técnica
milenar. No entanto, qual-quer
pessoa pode “soltar a
voz” e experimentar os benefí-cios,
pois recitar as sílabas sa-gradas
não deixa de ser uma
prática meditativa. (GB)
O poder da palavra
10. Comunicação
VAI ENCARAR?
Aprenda a olhar para
os conflitos como
oportunidade de
amadurecimento, e
saber quando vale a
pena levar a ‘batalha’
adiante
Gisele Bortoleto
gisele.bortoleto@diariodaregiao.com.br
No dia a dia, por mais que
tenhamos respeito pelos limi-tes
alheios e habilidade no tra-to
de questões de dominação e
controle, conflitos fazem par-te
da vida. Mas é possível, em
vez de fugir do inevitável, fa-zer
o possível para minimizar
os danos que esses embates
possam causar.
O conflito surge quando há
a necessidade de escolha entre
situações que podem ser consi-deradas
incompatíveis. Aconte-ce
quando duas ou mais pes-soas
defendem pontos de vistas
opostos e batem o pé naquilo
que creem ser o certo. Na verda-de,
podem ser experiências in-ternas
(entramos em luta com
nós mesmos) ou externas, isto
é, podemos estar mais ou me-nos
em desacordo, a propósito
de uma questão qualquer, com
nós mesmos ou com outra pes-soa.
Mas o que faz diferença
não são os conflitos, mas o mo-do
como lidamos com eles.
“Os conflitos têm muito a
nos ensinar. São grandes mes-tres
na escola do autoconheci-mento.
Chegam muitas vezes
sem que percebamos sua apro-ximação,
já que este é um pa-drão
automático de nossos com-portamentos,
outras vezes
são esperados e até desejados
conscientemente por seus pro-tagonistas.
Sim, tem pessoas
que se acostumaram a viver as-sim,
em constante conflito, e
depois que isso vira um hábito,
dificilmente será alterado. Vi-vem
nesta adrenalina de estar
constantemente preparados
pra guerra, e batem no peito
dizendo que não levam desa-foro
para casa, transforman-do
tudo num campo de bata-lha”,
explica a master e exec-tuive
coach Regiane Martins.
Outros, por sua vez, pagam
pra não se envolver em um
conflito, fogem dele e, ao seu
menor sinal, batem em retira-da
e criam mil desculpas para
se desvencilhar.
Ambos os extremos, po-rém
são prejudiciais. Viver
com muitos conflitos ou ne-nhum
conflito são modelos
desajustados à vivência da co-munidade
moderna. “Princi-palmente
porque viver sem
qualquer tipo de conflito po-de
significar viver dizendo
sim a tudo, inclusive ao que
deveria dizer não”, ressalta.
“O conflito é um choque, se-ja
de opiniões ou de situações.
Temos que tomar cuidado para
que o objetivo não se distorça”,
explica o psicólogo cognitivo-comportamental
Alexandre Ca-prio.
O objetivo é resolver um
problema. Mas se o choque de
opinião ou situação transforma-se
em choque de egos, haverá
problemas.
O conflito tem uma caracte-rística
própria, que é a condi-ção
da pessoa ficar dividida en-tre
uma situação e outra, entre
uma necessidade e outra, entre
um objeto e outro que satisfará
sua necessidade, principalmen-te
quando há, internamente,
dois ou mais desejos em luta.
“O que deve haver é disposi-ção
e ao mesmo tempo exercício
permanente do diálogo. O erro
de impor é tão erro quanto o erro
de aceitar a imposição”, diz o es-critor
Eugênio Mussak.
Segundo ele, quando ama-durecemos,
melhoramos nos-sa
capacidade de dialogar.
Com a maturidade, nos faze-mos
entender melhor, e en-tendemos
com mais qualida-de
as informações que recebe-mos.
Mas não se esqueça que
maturidade tem menos a ver
com a idade e mais com a expe-riência,
com a educação.
“Viverei melhor quanto
melhor dialogar com a plurali-dade
do mundo. A profissão, o
trabalho, a família, o amor, o
sexo, o dinheiro, a vida, a mor-te.
Da qualidade do diálogo
vem a qualidade da vida. O diá-logo
bem sucedido acalma,
amansa, amaina, aveluda, ale-gra.
Do diálogo vem a lógica e
também a emoção.”
“É possível utilizar a diver-gência
para gerar soluções satis-fatórias
pa-ra
ambas as
partes, melhorando a
qualidade dos relacionamentos
na família, na escola e no traba-lho.
Aprenda a atacar o proble-ma
sem atacar as pessoas, a
aperfeiçoar a boa escuta para au-mentar
a confiança e a colabora-ção
para resolver o problema, a
desenvolver clareza e eficácia
na comunicação para encon-trar
os pontos em comum nas
divergências”, explica a psicólo-ga
Maria Teresa Maldonado,
psicoterapeuta e autora do li-vro
“O Bom Conflito” (ed.
Guerra e Paz).
10 / São José do Rio Preto, 20 de julho de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO
11. Aprenda a
atacar o
problema
sem atacar
as pessoas
Maria Teresa Maldonado,
psicóloga
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 20 de julho de 2014 / 11
O lado ruim
O lado
bom
Ao consideramos que conflitos fa-zem
parte da vida, é natural deduzir
que eles contêm dádivas muitas vezes
preciosas. Se for saudavelmente ex-presso,
alivia a tensão, nos aju-da
a seguir em frente, a sair
em busca de novos recur-sos
e a construir com
mais solidez relaciona-mentos
em qualquer es-fera,
inclusive.
Por muitos serem
desconfortáveis, esses emba-tes
nos obrigam a aprender e cres-cer.
No campo pessoal, funcionam
como força propulsora para que pro-curemos
internamente recursos ex-tras
e novos estímulos e ap-tidões.
Nos relacionamentos,
os conflitos podem ser si-nais
muitos positivos, no mí-nimo
por fazerem com que o
outro se sinta confortável, se-guro
e fortalecido o bastante pa-ra
se expressar.
“O conflito é positivo quando
trombamos com alguma imprevisi-bilidade
nas nossas vidas (ou, no ca-so
de uma empresa, do mercado) e
unimos forças para lidar com aqui-lo”,
afirma Alexandre Caprio. Nós
só crescemos por meio dos desafios
que surgem, dos problemas. Não
existe superação sem obstáculo.
“São os conflitos que trabalham
no sentido de despertar nas pessoas
uma nova percepção, novas reflexões,
nos convidando a observar novos pa-radigmas,
nos tiram da zona de con-forto
e nos ajudam a crescer e amadu-recer,
inclusive emocionalmente”,
diz Regiane Martins. (GB)
Ainda que os con-flitos
muitas vezes pos-sam
servir a propósitos
bons, também podem facil-mente
se tornar destrutivos e
desagradáveis se não forem tra-tados
com cuidado, delicadeza
e consideração.
Isso porque as pessoas são
sensíveis, magoam-se com faci-lidade.
Esta é uma dificuldade,
porque nem sempre é fácil li-dar
com uma pessoa ferida. Es-ses
embates consomem ener-gias
preciosas e causam, muitas
vezes, o afastamento das pes-soas.
Eles podem também ser
cruéis e nocivos, gerar descon-fiança
e ódio e causar danos ir-reparáveis.
“Quando as pessoas seguem
direções opostas às coletivas, as
desavenças começam, principal-mente
porque não há uma inten-ção
de se trabalhar pelo grupo,
mas por si mesmo”, explica o psi-cólogo
Alexandre Caprio.
Nesses casos, o conflito po-de
ser secretamente promovido
por algumas pessoas, seja para
prejudicar alguém ou a equipe
como um todo.
“São negativos no sentido
de luta, guerra e o conflito por
si só. São aqueles em que temos
dois oponentes, cada um com
sua razão total e irrestrita, com
o simples e mortal objetivo de
vencer a batalha”, diz a master
e executive coach Regiane Mar-tins.
Nestes casos, falta cons-ciência,
é apenas uma queda de
braço, muitas vezes um jogo de
vaidades vazio sem qualquer va-lor
agregado. (GB)
12. 12 / São José do Rio Preto, 20 de julho de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO
Dicas de livros
1 - Lembre-se que você não é dono
da verdade. Você tem uma forma de
perceber o mundo baseado em sua
experiência. Mas pode potencializá-la com
a experiência e percepção de outras
pessoas. Escute o que elas têm a dizer
sem interrompê-las, sem se sentir
contrariado ou agredido e, depois, faça
uma análise neutra de tudo o que ela
disse. Feio não é mudar de ideia, feio é
não ter ideia para mudar
2 - Peça “feedback” para as pessoas
que estão ao seu redor. Peça para que
elas sejam francas quando notarem algo
que você poderia melhorar em você. Essa
é a melhor chance para crescer e adquirir,
cada vez mais, o respeito daqueles com
quem convive
3 - Se escolheu pertencer a um
grupo, aja pelos interesses desse grupo e
não contra eles. Lembre-se que você foi
contratado para resolver problemas, não
para criá-los
4 - Procure solucionar suas questões
pessoais em ambiente adequado, como a
terapia. Se o problema é uma
determinada pessoa, procure ter uma
conversa franca com ela, sem exaltações.
Explique como você se sente. Grande
parte dos problemas são causados por
falha de comunicação
5 - Leve os conflitos sempre para
uma mesa de reunião. Reclamar pelas
costas não resolverá nada, pelo contrário,
só criará mais indisposição. Lembre-se: a
forma como você trata os outros retornará
a você da mesma forma
6 - Descubra seus valores e viva por
eles. Pergunte-se: o que há de mais
importante para mim na vida? Que
emoções você busca constantemente
vivenciar?
7 - Pergunte-se o que você ganha e o
que perde com aquele conflito. E, então,
perceba se ele continua valendo a pena.
“O que eu ganho com isso?” “O que eu
perco com isso?”
8 - Mantenha a calma: equilíbrio
emocional é fator determinante de
melhores resultados na resolução de
conflitos. Não resolva nada de cabeça
quente. Crie uma estratégia para se
afastar e poder retomar o estado de
consciência normal antes de qualquer
reação desastrosa. Quer desabafar?
Escreva uma carta e depois queime,
mande um e-mail pra você mesmo e
extravase,
escreva tudo
o que pensa
sobre a pessoa e
o conflito, mas
cuidado: este desabafo é
só para você e não para mostrar
aos outros ou a seu oponente
9 - Assertividade: perceba o
que realmente está acontecendo.
Seja claro sobre o que pensa a respeito
do conflito e do seu outro participante.
Na dúvida, pergunte, entenda o que o
outro está tentando dizer e certifique-se
de que ele entendeu o que você disse,
afinal, a responsabilidade pela
comunicação é do comunicador
10 - Coloque seu foco na solução do
conflito e não no problema. Busque uma
estratégia de paz. Cabe a cada um de nós
mudar as perguntas que nos fazemos
diante do conflito para que o resultado
passe a ser diferente. Ao invés de se
perguntar “Por que comigo?”, melhore sua
pergunta, “Como posso resolver isso?”
“Como poderia acabar com este conflito
agora mesmo?”
Fonte: Alexandre Caprio e Regiane Martins
“O BOM CONFLITO - APRENDA
COMO OS CONFLITOS PODEM
SER UMA OPORTUNIDADE DE
MUDANÇA E CRESCIMENTO”
Autor: Maria Tereza Maldonado
Editora: Guerra e Paz
Sinopse: Para a maioria das
pessoas, conflitos remetem para
ideias negativas como confusão
e desordem; poucas os
associam a uma oportunidade de
mudança, de descoberta e
aprendizagem. Maria Tereza
Maldonado define bom conflito
como a maneira de utilizar as
divergências para criar soluções
que satisfaçam todas as partes
envolvidas num
desentendimento. A obra reúne
opiniões de profissionais de
diversas áreas, histórias e
situações reais, e faz uma
análise minuciosa sobre as
várias etapas dos conflitos e as
melhores formas de resolvê-los
“CONFLITOS: OPORTUNIDADE
OU PERIGO? A ARTE DE
TRANSFORMAR CONFLITOS EM
RELACIONAMENTOS SADIOS”
Autor: Ernst W. Janzen
Editora: Esperança
Sinopse: Conflitos acontecem e
estão presentes no trabalho, na
família, na igreja e em nossos
relacionamentos. Lidar com
conflitos de forma construtiva é
algo que pode ser aprendido.
Existem princípios divinos que
podem fazer com que sejamos
reais pacificadores
“COMO VIVER SOB PRESSÃO”
Autor: Philipa Davies
Editora: Publifolha
Sinopse: Como lidar com
conflitos é um dos temas
abordados no livro. O título
apresenta métodos e técnicas
para lidar com responsabilidades
do dia a dia e o estresse gerado
por problemas e conflitos na vida
profissional e pessoal
DEZ CONSELHOS
13. DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 20 de julho de 2014 / 13
SOBRE RECESSÃOOU
RETRAÇÃO GENGIVAL
O correto diagnóstico das doenças periodontais e peri-implantares
vem sendo esquecido e substituído pelo uso de enxertos ósseos e
gengivais, como se fossem os salvadores de tudo
Silvio Pardo
Odontologista
Praticamente todos os dias,
nos atendimentos clínicos, so-mos
questionados e comunica-dos
por pacientes sobre um pro-blema
que há alguns anos é te-ma
de discussões e palestras
nos cursos e congressos de
odontologia. Estamos falando
das recessões ou retrações gen-givais,
situação que pode ocor-rer
não só nos dentes naturais,
com ou sem próteses, como
também nos implantes de
titânio que substituíram den-tes
perdidos ou ausentes.
O periodontista, especialis-ta
que previne e trata as doen-ças
gengivais, recebe os pacien-tes
já com as recessões instala-das,
e as preocupações iniciais
dos pacientes são as mesmas:
estética, quando a linha do sor-riso
é média e alta, mostrando a
raiz do dente no sorriso aberto;
dor, com variações térmicas;
mecânicas, dentes mal posicio-nados,
e químicas. Nos casos
mais avançados, mobilidade
dos dentes envolvidos e exposi-ção
de roscas dos implantes.
As alterações térmicas são
os alimentos e líquidos com
temperaturas diferentes da do
ambiente, as mecânicas, quan-do
algum alimento mais duro e
até a escova dental encostam
na recessão, as químicas são os
alimentos ácidos, como por
exemplo os cítricos e os ácidos
produzidos pelos micro-orga-nismos
do biofilme presentes
na nossa boca. Os dentes mal
posicionados, quando estão fo-ra
no envelope ósseo, têm maior
chance de ter recessões em rela-ção
aos dentes que têm paredes ós-seas
espessas ao seu redor.
Tudo isso os pacientes já sa-bem,
por observação, nos rela-tam
o que escrevi acima e per-guntam
sobre enxertos ósseos,
gengivais, resinas e lentes de
contato para recobrir as
recessões. Mas estamos falando
dos tratamentos das recessões.
E as causas?
O que está acontecendo é
uma inversão de valores. O cor-reto
diagnóstico das doenças
periodontais e peri-implanta-res,
procurando se identificar
especificamente as causas, se-jam
elas locais ou sistêmicas,
vem sendo esquecido e substi-tuído
pelo uso de enxertos ós-seos
e gengivais, como se eles
fossem os salvadores de tudo,
independente da origem real
da doença que acomete muitos
pacientes. Assim, despreza-se o
correto entendimento da doen-ça
para se abraçar de imediato
o tratamento.
Ora, como poderemos tratar
aquilo que não compreendemos?
A primeira informação que
quem quer prevenir recessão
gengival tem de ter é que toda
recessão é uma perda ou dimi-nuição
do osso que envolve a
raiz do dente ou implante, com
acompanhamento da gengiva,
ou seja, o osso desapareceu e só
depois a gengiva retraiu. Nun-ca
você vai ver uma recessão
gengival sem perda óssea, mas
pode haver perda óssea sem
recessão.
Usar fio ou fita dental entre
os dentes, escovas extramacias
com auxílio de um evidencia-dor
de placa bacteriana para se
“acertar” o alvo, visitar o espe-cialista
em periodontia periodi-camente
para realização de lim-pezas
e orientações de controle
de biofilme, ajustes oclusais, fe-char
as concavidades no dente
próximas às gengivas para dimi-nuir
a impacção de alimentos e
retenção de biofilme, não inge-rir
dietas ácidas várias vezes ao
dia para não alterar o pH da bo-ca
e, quando ingerir, esperar 30
minutos antes de escovar os
dentes, usar um enxaguante
com flúor para melhorar os
prismas que compõem o esmal-te
dos dentes são algumas medi-das
(caseiras) que você deve
por em prática e fazer rotineira-mente.
Caso a ponta dos dentes
incisivos e caninos estejam gas-tas,
há necessidade de restaurá-las
para que, nos movimentos
da mandíbula para frente e pa-ra
os lados, os dentes posterio-res
(pré-molares e molares) não
toquem, evitando assim que te-nham
microfraturas que geram
recessões gengivais.
Tanto as reabsorções ósseas
periodontais e perimplantares
merecem e devem ser tratadas.
Entretanto, o tratamento pode
não passar necessariamente
por enxertos. Se conseguirmos
eliminar a progressão das doen-ças
periodontais/peri-implanta-res,
identificando e removendo
o fator causal e dessa maneira
fazendo com que a perda óssea
pare de acontecer, já será um
benefício, e o dente ou implan-te
poderá ser mantido na boca
por muitos anos.
Guilherme Baffi
Stock Images/Divulgação
14. Negociante de joias
Regina Duarte faz participação especial em “Império”, nova novela da Globo, que estreia amanhã
Agência Estado
A veterana Regina Duarte
faz uma participação especial
na novela “Império”, que es-treia
no próximo dia 21 na TV
Globo. A atriz fará a negocian-te
de joias Maria Joaquina, que
surge em cena nos primeiros ca-pítulos
para ensinar o protago-nista
José Alfredo (Chay Sue-de)
a ficar rico.O convite foi fei-to
pelo autor da trama, Aguinal-do
Silva, por quem ela diz ter
um carinho imenso. Foi o nove-lista
quem criou duas persona-gens
marcantes da carreira da
“Namoradinha do Brasil”: a
viúva Porcina, de “Roque San-teiro”
(1985), e Raquel, de “Va-le
Tudo” (1988).
“Tenho duas dívidas imen-sas,
impagáveis e imensuráveis
com o Aguinaldo, que são es-sas
duas grandes mulheres pa-ra
as quais dei vida na TV”,
confidencia a atriz, que, aos
67 anos, aparecerá somente
em quatro capítulos da nova
novela das nove e não tem da-ta
para voltar à televisão de-pois
dessa participação que
ela diz ser “afetiva”. “Tinha
muita vontade de voltar a tra-balhar
com ele”, diz Regina.
A trama começa com cenas
gravadas em diferentes loca-ções:
Monte Roraima (na trípli-ce
fronteira entre Brasil, Vene-zuela
e Guiana), Genebra (Suí-ça),
Petrópolis (Rio de Janeiro)
e Carrancas (Minas Gerais). No
entanto,Regina gravou todas as
suas sequências em um antigo
palacete na rua das Laranjei-ras,
no bairro de Laranjeiras,
no Rio. “Ela indica os cami-nhos
de como José Alfredo po-de
se tornar um homem rico.
Que sorte a dela e que sorte a
dele”, diverte-se a atriz ao co-mentar
como Maria Joaquina
será inserida em “Império”.
A personagem é uma mu-lher
misteriosa, que ajuda José
Alfredo na primeira fase do fo-lhetim
a construir sua fortuna.
Maria Joaquina tem um sota-que
levemente português para
ficar claro que ela morou gran-de
parte da vida em Portugal, li-dando
com pedras preciosas.
“Ela é um meteoro. Passa rapi-damente
pela novela, mas dei-xa
sua marca”, adianta a atriz.
Prestes a completar 50
anos de carreira, já que sua es-treia
foi em “A Deusa Venci-da”,
de 1965, Regina Duarte
afirma que tem vontade de en-frentar
muitos desafios ainda
diante das câmeras. “É um
universo inesgotável esse dos
personagens. Seria infindá-vel
a lista de mulheres que eu
gostaria de fazer. Ainda te-nho
uma energia imensa den-tro
de mim”, comenta.
Ela conta que analisa algu-mas
possibilidades de traba-lhos
tanto para a TV como para
o cinema, mas tem aproveitado
ao máximo o tempo livre com
seus netos. Regina é avó de cin-co
crianças, com idades entre
três meses de vida e oito anos.
O caçula é João Gabriel, filho
da atriz Regiane Alves e João
Gomez. “Quando não estou tra-balhando,
o meu tempo é total-mente
para eles e do jeito que
eles querem. Topo todas as pro-postas,
as brincadeiras e fico
bem babona, como qualquer
avó. Com eles, eu volto a ser
criança”, revela.
Mas a atriz é uma vovó ante-nada.
Recentemente, ela virou
hit na internet com dois vídeos
divertidos. A veterana conta
que tem duas contas no Insta-gram
porque tem dois telefo-nes.
“Fui obrigada a criar a se-gunda
porque esqueci a senha
da primeira. Vou transformar
em uma só. Tenho bastante
gente me seguindo e estou fe-liz.
É uma porta de comunica-ção
com um público que me
acompanha há muitos anos.”
Volta à TV
Divulgação
TV - 14 / São José do Rio Preto, 20 de julho de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO
15. “Já experimentei
uma vez só e me
dá uma dor de
cabeça, parece
que vai explodir”
Roberto Justus, apresentador da Record, so-bre
medicamentos contra impotência se-xual,
no programa “Agora É Tarde” (Band)
“Sou sexy
quando estou
mais natural”
Camila Pitanga, atriz, em entrevista à
revista “Joyce Pascowitch”
“Tenho vontade
de ser pai. O
negócio é
encontrar a mãe”
Paulinho Vilhena, ator, ao site
do programa “Esquenta!” (Globo)
“Não preciso
deles (TV Globo)
para nada, eles
(TV Globo) é que
precisam de
mim. Eu,
por exemplo,
poderia ter salvo
em família”
Alexandre Frota, ator,
em entrevista ao portal “iG”
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 20 de julho de 2014 / 15 - TV
“Muitos artistas
são dominados
pela vaidade, pelo
ego, mas eu não.
Guardo minha
vaidade no espelho
do meu quarto”
Gilberto Gil, cantor, à revista “Quem”
“Após três filhos,
a mãe fica bem
mais relaxada”
Ana Paula Tabalipa, atriz, que está em sua
quarta gestação, ao site “Ego”
“Na internet, eu já
recebi cantada de
outra mulher, mas,
na rua, não”
Tainá Müller, que interpreta a homossexual
Marina de “Em Família” (Globo), no programa
“Altas Horas” (Globo)
“Os brasileiros
relembram a data
de quatro em quatro
anos. Para nós essa
dor é permanente”
Hélio de La Peña, humorista, sobre a morte do
colega Bussunda, ao site do jornal “O Globo” (RJ)
“Do coração,
eu não morro”
Renato Aragão, humorista, que sofreu um
infarto em março, ao jornal “O Globo” (RJ)
“Tem dias que estou
nervosa porque tenho
problema aqui,
problema ali e preciso
trabalhar. Esquecem
que tenho só 18 anos”
Bruna Marquezine, atriz de “Em Família”
(Globo), ao jornal “Extra” (RJ)
Fique Ligado
FRASES
Divulgação
16. Alexandre Nero envelhece para ser o
protagonista forte e durão de “Império”
Agência Estado
Em “Império”, Alexandre Nero en-tra
em cartaz no horário nobre bem di-ferente
do mau-caráter que viveu em
“Além do Horizonte”, novela das se-te
da Globo que terminou no dia 2
de maio. Na pele de José Alfredo,
o Comendador, ele mostrará uma
nova faceta na TV, com direito a
uma roupagem bem distante da
sua realidade. O personagem é
um homem de 50 anos, de ori-gem
humilde, que constrói um
império após uma frustração
amorosa.
Nero passou por um pro-cesso
de caracterização e cons-trução
que o tornaram uma espé-cie
de “poderoso chefão brasilei-ro”.
José Alfredo é o primeiro prota-gonista
do ator na Globo. Ele es-treou
na emissora em 2008, na nove-la
“A Favorita”, e, de lá para cá,
vem galgando seu lugar ao sol.
O caminho que Nero percorreu
foi o de dar o melhor de si a cada opor-tunidade.
Com Aguinaldo Silva, autor
da nova novela das nove, ele brilhou
na pele do motorista Baltazar, em “Fi-na
Estampa” (2011). No entanto, o
ator confidencia que chegou a acredi-tar
que os boatos de que seria o “moci-nho”
de “Império” eram mentira.
Mesmo tendo de emendar um tra-balho
no outro, ele afirma que conse-guiu
ter o tempo necessário para “lapi-dar”
essa pedra bruta que é o José Alfre-do.
O personagem é um pai de família,
multimilionário, que construiu seu im-pério
por meios não lícitos. “Ele con-segue
com o poder muitas coisas
que ele não tinha. O pensamento do
José Alfredo é muito simples. Ele dá
valor ao dinheiro porque as pessoas
dão”, adianta Nero.
O Comendador tem três filhos, fru-tos
do casamento com Maria Marta
(Lília Cabral): José Pedro (Caio Blat),
Maria Clara (Andreia Horta) e João
Lucas (Daniel Rocha). Logo depois,
ele descobrirá que do grande amor que
viveu na juventude teve mais uma her-deira,
Cristina (Leandra Leal).
Pergunta - Você desejava ser
protagonista? Buscava uma opor-tunidade
como esta?
Alexandre Nero - Não era algo
que eu almejava. Não vejo o protago-nista
com esse peso todo. Hoje, uma
novela é bem diferente do que era
antigamente. Eu sou o protagonista
porque a novela se chama “Impé-rio”
e traz a história de uma rede de
lojas Império. A partir daí, as histó-rias
começam a se desenrolar. Essa
coisa de ser protagonista não é rou-bar
a cena. Muitas vezes, o protago-nista
é o que menos faz gol. Ele está
ali mais para jogar no meio-campo,
passando a bola para quem vai fazer
o gol.
Pergunta - Como foi o processo
de caracterização para chegar nes-te
homem que é mais velho do que
você?
Nero - Existem uns truques para au-mentar
a idade que a gente está fazen-do,
mas eu não vou revelar. Tem um
branco a mais no cabelo, um peso que
o personagem carrega nas costas, e a
maneira como ele anda. Tenho de to-mar
cuidado porque isso foi bastante
pensado pela nossa equipe. Como a
Entrevista
PODEROSO
CHEFÃO À
BRASILEIRA
TV - 16 / São José do Rio Preto, 20 de julho de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO
17. gente iria fazer esse cara, que é pai dessas
pessoas com tais idades? Primeiro, é
necessário lembrar que eu não sou
criança. Eu tenho 44 anos e esse perso-nagem
tem 50 anos. A diferença é mui-to
pequena.
Pergunta - Mas vocês são muito di-ferentes?
Nero - Eu sou um cara contemporâ-neo.
Sou um artista, eu me visto de um
jeito que esse cara jamais iria se vestir.
Tenho tatuagem. Eu sou jovial, um jo-vem
senhor. Ele é mais tradicional. Po-rém,
a gente não pode pensar que ainda
hoje um homem de 50 anos é como era o
meu pai quando tinha 50 anos. Um se-nhor,
um avô... O Papinha (Rogério Go-mes,
diretor da novela) tem 60 anos, é jo-vem,
é surfista. Hoje, um homem de 50
anos é um homem bem cuidado. O José
Alfredo é um cara forte. Tivemos que
pensar nisso. Um cara que passe a idade
que tem, mas que tenha muita força.
Pergunta - Você tem medo de enve-lhecer?
Como encara a passagem dos
anos?
Nero - Eu adoro ter cabelo branco,
olheira, ruga etc. Não tenho problema al-gum
com isso.
Pergunta - A relação do José Alfredo
com a Maria Marta é meio “gato e ra-to”
e terá muito humor, certo?
Nero - Tem essa coisa do “gato e ra-to”,
mas se tratando de Aguinaldo (autor
da trama) vai ter sempre humor. O nove-lista
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 20 de julho de 2014 / 17 - TV
tem uma acidez típica dele. Todas
as cenas, por mais trágicas que sejam,
têm humor. Nossas cenas serão bem dra-máticas,
mas também têm humor. Já gra-vamos
coisas muito pesadas. As brigas
deles são tão exageradas, que quem tiver
assistindo vai achar engraçado.
Pergunta - Como você, que é de
Curitiba (PR), chegou ao sotaque per-nambucano
do personagem?
Nero - Curitiba é infestada de per-nambucanos.
Isso gerou uma facilida-de
para eu fazer esse sotaque. Mas é
claro que eu fui atrás. Pesquisei isso
por meio de filmes e estudei
prosódia. Tive o cuidado de não mis-turar
o Nordeste como se fosse uma
coisa só. Os sotaques são parecidos,
mas têm suas peculiaridades. Para o
nosso ouvido, pode parecer a mesma
coisa, mas, para eles, não. Eu posso
até não acertar, mas eu tentei. O sota-que
do José Alfredo não é cearense,
não é baiano, é pernambucano.
Pergunta - José Alfredo tem quatro
filhos adultos na novela, mas você não
é pai. Você se imagina nesta situação?
Nero - Eu me vejo. Ele é bem
paizão dos três filhos, inclusive da
quarta filha que ele vai descobrir
que tem depois. Eu me acho muito
parecido com ele, um sobrevivente
como o personagem, e até nessa coisa
de não ser amoroso. Ele não abraça
facilmente, não chora facilmente, não
ri facilmente, não se deixa ser tocado
com facilidade. Todas as emoções do Co-mendador
estão presas nele.
Pergunta - José Alfredo encontra
um amor mais para frente ou o par ro-mântico
dele é mesmo a Maria Marta?
Nero - O par romântico é a persona-gem
da Lília Cabral, ex-mulher dele.
Eles têm essa relação afetiva e o Co-mendador
ainda gosta dela. Ele tem
um respeito muito grande por ela, a
mulher que estava ao seu lado duran-te
a conquista desse império. Só que
José Alfredo sabe que Maria Marta
quer roubá-lo. Ele não confia nela.
Pergunta - Por que ele mantém uma
relação com a Maria Isis, personagem
de Marina Ruy Barbosa? O Comenda-dor
é infiel?
Nero - Essa é uma relação que
aconteceu. Ele conheceu a menina
por acaso e gostou dela. José Alfredo
está separado, só não oficializou a se-paração
por motivos de mau-caratis-mo
da Maria Marta, que não abre
mão do dinheiro. Ele tem rabo preso
com ela porque fez negociatas de
joias e outros trambiques, além de
matar uma pessoa, mesmo que seja
em legítima defesa. Ele fala para a ex-mulher
que tem uma amante. Ele é
honesto, não esconde isso dela. E
também a relação com a Maria Isis
não é só desejo porque ele também
precisa de alguém.
Existem uns
truques para
aumentar a idade.
Umbranco a mais
no cabelo,um
peso que o
personagem
carrega nas
costas, a maneira
como ele anda.
Isso foi bastante
pensado pela
nossa equipe
Fotos: Divulgação
18. Tony Ramos
fala da
oportunidade
de interpretar
personagem
antiético e o
sentimento
de estreia
após 50 anos
de carreira
TV - 18 / São José do Rio Preto, 20 de julho de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO
Globo
NOMEIO
DO REBU Divulgação
19. Agência Estado
Estreias sempre mexem com
Tony Ramos. Mas o ator confessa
que, com “O Rebu”, novelas das
23 horas da Globo, viveu - e ainda
vive - um sentimento mais inten-so.
A novela marca os 50 anos de
carreira de Tony, que começou na
televisão em esquetes na extinta
TV Tupi, em 1964. E agora, cinco
décadas depois, tem a chance de
interpretar um papel que nem sem-pre
teve oportunidade nos folhe-tins:
o de um homem antiético e
extremamente ambicioso.
Na história de George Moura e
Sérgio Goldenberg - uma adapta-ção
da obra original de Bráulio Pe-droso,
exibida pela Globo em 1974
-, Carlos Braga é um engenheiro
brilhante que, após anos de uma
sociedade próspera com Angela
(Patricia Pillar) e seu marido, mor-to
em um acidente, se vê ameaça-do
por ela. A empresária passa a
plantar notícias na imprensa so-bre
um dossiê contra o sócio. E o
conteúdo desse documento é um
dos segredos que a trama policial
guarda para o decorrer de seus ca-pítulos.
“É um enredo surpreen-dente
que me cativou desde o iní-cio.
Eu não sei o que vai aconte-cer,
acho que ninguém sabe. Pelo
menos não até quando o autor de-cidir
que isso é preciso”, despista
o veterano, mostrando-se comple-tamente
entrosado com o clima de
mistério que paira na novela.
Na primeira versão de “O Re-bu”,
Carlos foi interpretado por Jo-sé
Lewgoy. Mas Tony garante que
não tem lembranças do período.
“Eu fazia teatro de terça a domin-go
e ainda gravava novela na Tu-pi.
Era inviável acompanhar nove-las”,
lembra. E fez questão tam-bém
de, uma vez que acertou sua
participação na novela, não buscar
referências nos vídeos com cenas
da trama original. Uma decisão
que, apesar de se tornar um con-senso
no grupo, foi tomada pes-soalmente
por Tony antes mesmo
de trocar ideias com os colegas de
elenco e direção.
“Quando você faz um remake,
precisa começar do zero. Deve ser
como se fosse a primeira vez que
aquilo está sendo feito. Foi assim
que agi em ‘Cabocla’ e funcio-nou”,
defende.
Com a agenda comprometida
até setembro em função de “O Re-bu”,
Tony já sabe o que vai fazer
assim que terminar de gravar suas
cenas. O ator interpretou o prota-gonista
do filme “Getúlio” - sobre
os últimos dias de vida de Getúlio
Vargas, que entrou em cartaz nes-te
ano no Brasil - e vai viajar para
a Europa, onde participará do lan-çamento
do longa em Portugal.
Na entrevista abaixo, ele fala
um pouco sobre suas expectativas
a respeito da repercussão de “O
Rebu” e do orgulho por comemo-rar
um momento tão especial de
sua trajetória profissional com
um trabalho denso e fora dos pa-drões
da tevê e, ao mesmo tempo,
retratando uma fase tão decisiva
da política nacional no cinema.
“São duas tramas que falam de
ambição e, principalmente, do po-der
desmedido. Acho que ambas
propõem uma reflexão interessan-te
para quem assiste e instigante
para quem participa do trabalho”,
avalia.
Pergunta - “O Rebu” foi uma
novela bastante ousada para
1974, ano em que sua primeira
versão foi exibida. Quais são
suas expectativas para a reper-cussão
dessa trama policial nos
dias de hoje?
Tony Ramos - A gente sempre
espera o melhor, mas acho que é o
tipo de novela que vai surpreen-der
todo mundo. Olha, quem apos-ta
nisso ou naquilo para “O Re-bu”,
esqueça. Tudo é novo. Hoje
temos comportamentos diferentes
e vivemos uma era totalmente de-pendente
da informática. Há cami-nhos
novos para se desenvolver es-sa
trama policial que fala sobre o
poder transformador do homem e,
ao mesmo tempo, sua ambição des-medida.
Pergunta - Carlos Braga está
longe de ser um mocinho, papel
em que normalmente as pessoas
estão acostumadas a te ver. O
que pensa sobre isso?
Ramos - Já me perguntaram se
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 20 de julho de 2014 / 19 - TV
ele é um vilão. Na verdade, essa é
a clássica pergunta que sempre
pinta quando chega um trabalho
novo Mas o que é um vilão e o que
é um herói hoje? Eu mesmo me
pergunto. As pessoas se acostuma-ram
com a definição clássica de vi-lão,
que é a do bandido que faz
maldades. Para mim, vilão pode
ser psicopata, sociopata ou passar
por uma situação que o leva a isso.
O Carlos Braga comete atitudes
absurdas,como ele diz, em nome
de 40 mil empregos. Mas isso não
justifica a postura antiética dele.
Sendo que, para ele, existe uma
justificativa. É uma moral absolu-tamente
antiética. Essa é uma ca-racterística
bem forte e prazerosa
para mim.
Pergunta - Para você, “O Re-bu”
é uma comemoração aos
seus 50 anos de carreira, com-pletados
no final de junho?
Ramos - Esses 50 anos já vêm
sendo comemorados lindamente
bem. A começar pelo filme “Getú-lio”.
Foi uma grande surpresa.
Continua em cartaz em algumas
salas e já passou de 60 mil pagan-tes.
Para um filme político, no Bra-sil,
esse resultado é uma grata sur-presa.
E a cereja do meu bolo vem
agora, com esse personagem. Me
sinto muito gratificado.
Pergunta - Você fala de “Ge-túlio”
com imenso orgulho. Por
quê?
Ramos - É um filme que pro-põe
uma reflexão forte sobre políti-ca
e ambição. E não se trata de um
recado para alguém. Não, é só uma
reflexão mesmo. Acho que políti-ca
é um exercício que o cidadão,
dentro de uma democracia, tem
de praticar. “Getúlio” trata de
uma época conturbada, desses 19
últimos dias de Getúlio Vargas,
mas é extremamente atual. É um
filme de época que serve para to-das
as épocas. Assim como “O Re-bu”,
que adaptaram agora, mas foi
uma novela de 1974. E é totalmen-te
atual, moderna.
Pergunta - Você assistiu à no-vela
original?
Ramos - Não havia a menor
possibilidade. Eu fazia teatro à noi-te
e era uma época em que o teatro
era de terça a domingo. Pode soar
estranho, mas já houve isso no Bra-sil!
Uma pena que não seja mais as-sim.
E eu também gravava uma no-vela
(“Ídolo de Pano”, na TV Tu-pi,
em São Paulo). Vim para a Glo-bo
em 1976, há 38 anos. Só depois
que “O Rebu” acabou é que eu co-mecei
na emissora.
Pergunta - Depois de ser con-vidado
para esta adaptação, te-ve
curiosidade de procurar ce-nas
da trama de 1974?
Ramos - Ah, eu não quis saber.
Acho que quando você faz um “re-make”,
precisa começar do zero.
Deve ser como se fosse a primeira
vez que aquilo está sendo feito.
Foi assim com “Cabocla” tam-bém.
E funcionou.
Pergunta - Após 50 anos de
carreira na tevê, o que ainda te
seduz para aceitar um trabalho?
Ramos - O que mais me moti-va
são os próprios projetos. Al-guém,
por exemplo, me chamar e
dizer que quer que eu faça o Getú-lio
Vargas. E, de repente, ver na te-la
o filme passando. Ou querer
que eu faça um papel como o Car-los
Braga, um engenheiro cheio de
artimanhas da novela “O Rebu”.
Ou ainda pensarem em mim para
virar mulher em “Se Eu Fosse Vo-cê”.
É assim que eu toco a minha
vida. Eu nunca compliquei nada,
sempre fui uma equação de primei-ro
grau.
Pergunta - “O Rebu” tem pre-visão
de término para setembro.
O que você pretende fazer de-pois
disso?
Ramos - Vou à Europa. Vamos
lançar “Getúlio” lá. Mas não é
uma viagem de descanso, é de tra-balho
mesmo. Só que sem ter tex-to
para decorar, o que já ajuda a
manter um ritmo menos intenso.
Teremos uma série de entrevistas
com imprensa em Portugal, onde
vamos ficar.
Pergunta - Você vai sozinho?
Ramos - Não, vou com minha
mulher, a Lidiane. Não abro mão
dela! Vai comigo sempre! Ela é mi-nha
boa sombra. Acha que vamos
ficar ela aqui e eu lá? Quando aca-bar
tudo isso em Portugal, a gente
deve ir a Londres para ver alguns
espetáculos.
20. TV - 20 / São José do Rio Preto, 20 de julho de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO
Globo
SENSIBILIDADE
À VISTA
Patricia Pillar acerta cada vez mais
nas escolhas de trabalhos. “O Rebu”
é mais uma prova
Agência Estado
A relação de Patricia Pillar
com a televisão nunca esteve
tão boa. A atriz, que durante
muito tempo preferiu manter
aparições mais espaçadas no
veículo, praticamente não pa-rou
de trabalhar nos últimos
três anos. E, mesmo assim, não
teve dúvidas em dizer “sim”
quando, durante as gravações
da minissérie “Amores Rouba-dos”,
no início de 2014, rece-beu
o convite para viver a em-presária
Angela Mahler, de
“O Rebu”, novela das 23 ho-ras
da Globo.
“A televisão teve de mudar
e, agora, está numa fase muito
interessante. Seria pobre da mi-nha
parte não perceber isso ou
me ausentar nesse momento”,
justifica a atriz, que apresentou
o programa musical “Som Bra-sil”
em 2011 e 2013 e atuou ain-da
na novela “Lado a Lado”,
em 2012.
As lembranças sobre a pri-meira
versão de “O Rebu” são
muito superficiais na mente
de Patricia. Ela recorda de al-guns
atores em seus papéis, co-mo
Bete Mendes, que vivia a
personagem encontrada morta
na piscina, Sílvia. Ou Buza
Ferraz, o bonitão Cauê, que foi
o pivô do assassinato naquela
época. Mas Patricia jura que
passou grande parte da sua vi-da
ouvindo muito sobre a obra
de Bráulio Pedroso.
Isso porque Silvio Pozatto,
ator e grande amigo dela, é um
historiador de teledramaturgia
e fascinado pela história. “Co-nheço
a trama e os personagens
daquela época através da visão
dele. Depois, até descobri que a
Globo usou um de seus textos
no trabalho de pesquisa sobre a
novela”, conta.
Na entrevista abaixo, Patri-cia
fala sobre sua experiência
gravando “O Rebu”, sua forte
ligação com a música e do quan-to
se sente instigada a investir
mais na teledramaturgia.
Pergunta - Como chegou o
convite para integrar o elenco
de “O Rebu”?
Patricia Pillar - Eu fazia
“Amores Roubados” e me fala-ram
da novela. Então já era al-go
que eu sabia há bastante
tempo.Mas os capítulos chega-ram
bem depois. Achei bacana
a proposta, mas não me lem-brava
muito da história. Na
época em que passou, eu era
uma menina. Tinha uns 10
anos e me lembro da Bete Men-des
linda, de cabelo curtinho.
Tenho recordações também
do Buza Ferraz e de outras pes-soas.
Mas não me lembro de
nada concreto.
Pergunta - Esse gênero po-licial
instiga você?
Patricia - Ah, eu acho que
“O Rebu” vai além da trama po-licial.
Para ser sincera, nem
acho que o mais importante ali
seja saber quemmatou. O baca-na
é se apaixonar pelos persona-gens
e entender qual é a trajetó-ria
deles, a história e os segre-dos
de cada um. Essa parte hu-mana,
para mim, é bem mais in-teressante
do que saber quem é
o assassino. Ou a assassina.
Pergunta - Você torce para
que tenha sido a Angela, sua
personagem?
Patricia - Ainda está muito
cedo para isso. Precisamos gra-var
mais, ler mais capítulos e,
aí, ver para onde vai pesar. Mas
esse clima de suspense é bem
gostoso.
Pergunta - Angela é uma
empresária rica, rodeada por
pessoas muito poderosas. Vo-cê
chegou a se inspirar em al-guém
nessa composição?
Patricia - Não, até porque
não conheço ninguém pareci-do
com esse pessoal de “O Re-bu”.
Não frequento esses tipos
de lugares. Eu sou da ralé, da
feira, da padaria, da farmácia,
da banca de jornal...
Pergunta - Você comple-tou
50 anos e vai fazer 30 de
atuação em novelas. Quando
olha para trás, que balanço
faz da sua trajetória?
Patricia - Olho para meu
passado com muito carinho e
afeto. Em “Roque Santeiro”,
não sabia nada da vida e isso
era uma delícia. Quero dizer, já
tinha feito teatro, mas foi mi-nha
primeira experiência na te-levisão,
que é outro mundo. A
gente vai aprendendo com o
tempo. Muitas coisas mudaram
na maneira de você estruturar
uma história. A própria tecno-logia
do HD, a tela que é mais
larga, enfim, tem mil coisas. A
novela antigamente tinha 35
minutos por dia. Hoje, até às
23h20, ainda tem novela pas-sando.
Sou do tempo em que tí-nhamos
um estúdio. As nove-las
eram divididas: uma grava-va
segunda, terça e quarta e a ou-
Fotos: Divulgação
21. tra, quinta, sexta e sábado. Ago-ra
a demanda é bem diferente.
Nós gravamos muito mais. A
quantidade de trabalho, de ce-nas,
de ação, tudo leva mais tem-po.
Tanto em “Amores Rouba-dos”
quanto em “O Rebu”, nós
gravamos praticamente com
uma câmera só, como se grava
cinema. A gente faz de um lado,
do outro, tem o plano
sequência, enfim, é muito mais
trabalhoso no ponto de vista da
luz. A novela mudou muito.
Pergunta - Você tem feito
mais televisão. O que mudou
em você?
Patricia - Em mim não mu-dou
nada. Já na televisão... Ela,
sim, mudou. A televisão teve de
se transformar porque os tempos
são outros. Precisam buscar novi-dade
em tudo. São novas histó-rias
e maneiras de contá-las, ou-tros
profissionais e tudo isso dei-xa
o trabalho muito estimulante.
Comecei no teatro, depois fiz ci-nema
e,por último, vim para a te-levisão.
Então, posso dizer que
novela nunca foi minha finalida-de,
o meu objetivo. Mas fui gos-tando
cada vez mais de fazer. Ho-je
temos várias televisões em
uma só. São diversos produtos
dentro do mesmo meio.
Pergunta - Ao mesmo tem-po,
a internet ampliou a visibi-lidade
dos atores e transfor-mou-
os em celebridades. Co-mo
lida com isso?
Patricia - Não lido com isso.
Sou atriz, profissional, uma
operária. Não vivo esse gla-mour.
Me interessam os perso-nagens,
as histórias e os cole-gas
que estão envolvidos. Essa
outra parte não me afeta. A te-levisão
está numa fase tão inte-ressante
que seria pobre da mi-nha
parte não perceber isso ou
me ausentar desse momento
por outras questões menores.
Na minha carreira, sempre es-tive
onde estavam os projetos
mais instigantes para mim Po-de
parecer estranho, mas nun-ca
escolhi o que fazer. Era tea-tro
quando era a melhor op-ção,
ou cinema, ou tevê. Fui
atrás das coisas que eu queria
fazer. Se tenho feito mais tele-visão
é porque ela tem me da-do
essa oportunidade.
Pergunta - Nos últimos
anos, sua relação com a mú-sica
parece ter se tornado
mais intensa. Você produziu
CDs e DVD, dirigiu clipe e
até um documentário sobre
o Waldick Soriano. De onde
vem esse desejo por traba-lhar
com música?
Patricia - Sempre esteve co-migo,
é algo muito importante
para mim. O Brasil produz
uma música que é uma das coi-sas
mais lindas que a gente
tem. O primeiro filme que fiz,
“Para Viver Um Grande
Amor” (de Miguel Faria Jr. e
Chico Buarque), era um musi-cal.
Fiz várias peças de teatro
onde a gente cantava e que ti-nham
música ao vivo, com o
Hamilton Vaz Pereira. Mas
meus últimos trabalhos, como
o documentário e o “Som Bra-sil”,
tiveram um alcance maior.
Pergunta - Você já pensou
em algum projeto para poder
trabalhar mais essa paixão
por música na televisão? Co-mo
um programa para um ca-nal
a cabo, por exemplo?
Patricia - Eu penso em mui-ta
coisa e estou aberta a tudo.
Quando me apaixono por algo,
vou lá e faço. Produzi agora um
longa chamado “Construção”.
Uma coprodução minha e do
Walter Salles. Gosto de passear
por outras áreas. Mas sou atriz
predominantemente e isso não
vai mudar. E a música tem uma
relação bem legal com meus tra-balhos
na tevê. Meus três últimos
papéis, por exemplo, foram em
produções com trilhas sonoras
fantásticas.
O bacana é
se apaixonar
pelos
personagens
e entender
qual é a
trajetória
deles, a
história e os
segredos de
cada um
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 20 de julho de 2014 / 21 - TV
22. MALHAÇÃO - 17H45
Segunda-feira - Manuela vê a foto
de Megan e Davi na internet. Davi
e Manuela se reconciliam. Jonas
descobre que Gláucia roubou a pul-seira
de Pamela. Verônica conse-gue
os dados de Sandra. Pamela e
Brian anseiam pela inauguração
deseu novo programa. Verônica en-contra
Sandra. Jonas escala Davi
para ir a um seminário na
Califórnia e apresentar o Júnior pa-ra
os acionistas. Jonas comenta
com Brian que lançará um projeto
na inauguração do Regenera. Gláu-cia
promete se vingar de Jonas. Ed-na
descobre que Vicente está ven-dendo
informações sobre jogos e
conta para Verônica. Janaína reve-la
que está grávida. Sandra faz um
telefonema misterioso para falar
sobre Verônica.
Terça-feira - Janaína convida Ma-nuela
para ser a madrinha de seu
filho. Matias chega para fazer a
reprogramação com Brian. Manue-la
não aceita a gravidez de Janaí-na.
Pamela decide enviar Megan
à Califórnia com Davi. Ernesto su-gere
que Barata agende uma ses-são
com Brian. Sandra desapare-ce.
Verônica e Herval se esbarram
em uma viagem de avião e se inte-ressam
um pelo outro. Pamela
orienta Megan a ter paciência pa-ra
conquistar Davi. Rita e Dante
se sensibilizam com os elogios
que Brian faz a Matias. Bóris ten-ta
provocar Davi. Pamela se emo-ciona
com o discurso inicial do
programa. Rita, Dante e Danusa
falam sobre Matias.
Quarta-feira - Lara fica impactada
com o programa de Brian e decide
tentar participar. Jonas elogia Pa-mela
pelo programa. Ernesto aju-da
Lara a fazer um vídeo para en-trar
no Geração Nem-Nem.
Verônica proíbe Vicente de divul-gar
seus vídeos. Matias diz a Davi
que pagará a dívida que tem com
ele do período em que trabalhou
com Cidão. Jonas se lembra de
Verônica. Gláucia afirma a Sílvio
que se vingará da família Avelar e
de Jonas. Todos assistem à entre-vista
de Luene para Shin. Jonas
sente-se mal, e Pamela se deses-pera.
Verônica pede para Barata
conversar com seu filho. Ernesto
afirma que aumentará o fatura-mento
do Varejão do Barata. Ma-nuela
descobre que Davi escon-deu
que teve contato com Megan.
Quinta-feira - Megan tenta colocar
Manuela contra Davi. Verônica
conversa com Herval sobre Vicen-te.
Barata aprova o vídeo que Er-nesto
faz para atrair clientes para
o Varejão. Davi descobre que Jo-nas
faz segredo sobre um projeto.
Edna incentiva Verônica a se en-volver
com Herval. Jonas tem uma
visão com Jack. Ernesto, Elias e
Iracema se preocupam com o
comportamento de Lara. Gaspar e
Moreira se impressionam com os
vídeos de Lara. Verônica deixa Vi-cente
conversando com Herval.
Bóris tenta provocar Ernesto. Mari-sa
fica desanimada com Sílvio. Er-nesto
pensa em fazer uma campa-nha
em todas as filiais do Varejão
do Barata.
Sexta-feira - Edna convence
Verônica a acompanhar Herval a
um evento. Marisa não consegue
animar Sílvio. Davi afirma a Manue-la
que vai ajudá-la a cuidar de Igor.
Verônica e Herval chegam ao even-to,
e Jonas se surpreende ao vê-la.
Dorothy e Brian conversam sobre
a relação superprotetora dela com
o filho. Marisa sonha com Brian.
Lara causa interferência nos pen-samentos
de Brian. Verônica e Her-val
se beijam. Brian ajuda Megan a
reprogramar seu cérebro. Dorothy
decide ir a um grupo de apoio para
mães. Lara implora que Shin a aju-de
a falar com Brian.
Sábado - Brian e Pamela leem a
carta de Lara e sentem compai-xão.
Shin fica com ciúmes de Lara.
Danusa gosta do comportamento
de Matias Dorothy se desentende
com uma das mães da associa-ção.
Herval e Rita se preocupam
ao ver que Vicente faltou à aula pa-ra
ir à Plugar. Danilo tenta seduzir
Alice. Thales conta para Manuela
que Igor e Janaína foram ao médi-co.
Ernesto é demitido. Verônica
marca novo encontro com Herval.
Jonas pensa na jornalista e mente
para Pamela. Ernesto provoca Lud-mila.
Lara invade o pensamento
de Brian novamente. Pamela resol-ve
fazer uma surpresa para Jonas.
Igor avisa a Manuela que Janaína
se sentiu mal.
MEU PEDACINHO DE CHÃO - 18H15
Segunda-feira - Pituca e Serelepe
decidem ir ao orfanato das Antas
com a intenção de descobrir o pa-radeiro
do suposto filho de Epami-nondas
Padre Santo tenta conven-cer
Catarina de que Epa não é o
pai do filho de Matilde. Coronel
Epaminondas manda Izidoro ir
atrás de Pituca e Serelepe pelos
arredores da fazenda. Epa acusa
Giácomo de ter espalhado o boa-to
de que tem outro filho. O coro-nel
coloca Pituca de castigo mas
ela escapa e vai com Serelepe pa-ra
a casa de Mãe Benta. Epami-nondas
acaba concordando em re-ceber
Gina em sua casa, depois
que Ferdinando alerta o pai para a
perda de apoio de Pedro na sua
candidatura.
Terça-feira - Matilde comunica ao
prefeito das Antas que o filho que
ela teve é dele e pede ajuda para
encontrá-lo. Gina e Ferdinando ofi-cializam
o noivado na casa de Epa-minondas.
Matilde conta ao pre-feito
das Antas que descobriu que
seu filho foi adotado por um casal
mais velho, mas que acabou fugin-do
de casa. Epaminondas desco-bre
a identidade do pai do filho de
Matilde. Mãe Benta conta para
Zelão que o prefeito não quer reco-nhecer
a criança de Matilde como
seu filho.
Quarta-feira - Milita diz a Giácomo
que não partiu com Viramundo pa-ra
não deixá-lo sozinho e incentiva
o pai a se casar. Padre Santo fla-gra
Viramundo dormindo no ban-co
da igreja e o rapaz revela que
voltou para buscar Milita. Giáco-mo
permite que Milita se case
com Viramundo. Dona Tê, Pedro,
Epaminondas e Catarina acei-tam
ser padrinhos de Viramun-do
e Milita. Viramundo e Milita
passam a noite de núpcias no
quarto de Juliana. Giácomo sen-te
falta de Milita logo após o ca-samento
da filha.
Quinta-feira - Zelão tenta conver-sar
com Serelepe sobre sua vida.
Tuim afirma a Pituca que Serele-pe
é apaixonado por ela. Gina dis-cute
com Ferdinando ao saber pe-lo
noivo que eles irão morar na ca-sa
de Epaminondas quando casa-rem.
Ferdinando confessa a Rena-to
que não gosta de Dona Tê.
Giácomo aceita contratar Rosinha
para ocupar o lugar de Milita na
cozinha. Pituca decide acompa-nhar
Serelepe e Zelão até a cida-de
das Antas.
Sexta-feira - Catarina comenta
com Epaminondas que preferiria
que ele não estivesse envolvido
em política. Rodapé avisa a Rosi-nha
que Catarina irá demiti-la. Ma-tilde
entrega à irmã Carmem a
certidão de nascimento de seu
filho e pede ajuda pra encontrá-lo.
Giácomo concorda em con-tratar
Rosinha para trabalhar
em tempo integral. Irmã Car-mem
avisa ao prefeito que o ca-sal
que adotou o filho de Matil-de
morreu em um acidente. Izi-doro
reclama com Epaminon-das
sobre a demissão de Rosi-nha
e o coronel resolve chamá-la
de volta. Rosinha se recusa a
voltar a trabalhar para Catarina.
Sábado - Catarina pede a Epami-nondas
para deixar Serelepe
morar com eles. Serelepe estra-nha
quando Pituca diz que Epa-minondas
e Catarina mandaram
buscá-lo para morar com eles
na fazenda. Izidoro fica preocu-pado
com a permanência de Ro-sinha
na venda com Giácomo.
Pedro e Dona Tê convidam Ferdi-nando
para morar na casa de-les.
Izidoro sente ciúmes de Ro-sinha
com Giácomo. Rosinha
não aceita o pedido de casamen-to
de Izidoro. Giácomo elogia a be-leza
de Rosinha.
Segunda-feira - Bianca consegue
despistar Gael e avisa a Duca que
não conseguirá vê-lo. Sol incentiva
Jeff a estudar dança na Ribalta. Mar-celo
conforta Pedro por não ter pas-sado
para a escola de artes. Karina
pede para Duca ajudá-la a treinar.
Sol descobre que precisa pagar
mensalidades na escola de artes.
Nando Rocha se apresenta como
herdeiro de Norma e se declara o no-vo
diretor da escola. Nando tenta se
entender com os professores. Kari-na
se declara para Cobra pensando
ser Duca.
Terça-feira - Cobra insiste em ficar
com Karina, mas Duca chega. Duca
sente ciúmes de Bianca com a tur-ma
da Ribalta. Betee Bianca tentam
descobrir quem é a paixão de Kari-na.
Dandara convida Gael para ir à
inauguração do restaurante
Perfeitão. Jeff tenta conversar com
Lincoln sobre a Ribalta. Bianca in-centiva
Gael a levar Karina para jan-tar
no restaurante de Pedro. Nando
Rocha interrompe o clima romântico
entre Gael e Dandara. Gael liga para
Karina e pergunta por Bianca.
Quarta-feira - Karina mente para o
pai para proteger Bianca. O restau-rante
fica sem luz, e Marcelo e Del-ma
se desesperam. Bete flagra Sol
mexendo em seu dinheiro e a re-preende.
Para salvar os pais, Pedro
tem a ideia de fazer um show com
Nando Rocha no restaurante. Duca
pede Bianca em namoro e os dois
se beijam, observados por Cobra.
Nando convida Pedro para estu-dar
música na Ribalta. Bianca in-centiva
Karina a enfrentar Gael e
fazer o exame de grau. Duca reve-la
a Gael que não fará o exame.
Quinta-feira - Duca conta que Dal-va
passou mal e diz que terá de fi-car
com a avó. Sol se oferece para
cuidar de Dalva paraDuca em
troca de dinheiro para a Ribalta.
Karina conta para Wallace e Co-bra
sobre a rivalidade entre
Lobão,Gael e Duca. José Aldo
chega para o exame na acade-mia
de Gael. Mari passa mal du-rante
a aula de Lucrécia. Duca
estimula Karina a fazer o exame
e enfrentar Gael. Bianca chega
com a turma da Ribalta na aca-demia.
Karina é aprovada no
exame de grau e comemora bei-jando
Duca no meio da quadra.
Sexta-feira - Bianca fica chocada
com o beijo de Karina em Duca e Ja-de
filmaa reação da menina.Todos fi-cam
surpresos com a reação de Kari-na.
Bianca questiona Karina sobre
seus sentimentos por Duca. Cobra
provoca Duca. Karina cobra carinho
do pai, que percebe suas faltas. Duca
se explica para Bianca. Lobão provo-ca
Gael ao lembrar de Ana. Começa o
teste de grau de Duca e Cobra e o na-morado
de Bianca leva a melhor.
Lobão convida Cobra para lutar em
sua academia.
Resumo das novelas
GLOBO
GERAÇÃO BRASIL - 19H30
TV - 22 / São José do Rio Preto, 20 de julho de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO
23. Segunda-feira - Angela e Gilda es-peculam
sobre Oswaldo ser o cul-pado
do crime. O jornalista amea-ça
atirar contra alguns jovens que
atacam um cachorro de rua. Cami-la
se preocupa com o marido. Ro-sa
compra um remédio receitado
pela clínica de reprodução assisti-da.
Pedroso se lembra de que An-gela
perdeu a família em um aci-dente
de helicóptero. Duda pega
uma pasta de couro preta escondi-da
em seu quarto e sai de casa
apressada. Angela questiona Ro-berta
sobre um integrante da equi-pe
de Pierre.
Terça-feira - Angela enfrenta Bra-ga.
Bruno mostra para Angela e Gil-da
um vídeo comprometedor de
Braga e Bernardo. Brandão, Ange-la
e Gilda encontram o carro de
Bruno revirado no estacionamen-to.
Ana Paula obriga Pedroso a dar
informações sobre seu novo caso.
Uma mulher denuncia Oswaldo à
polícia. Braga fala com uma pes-soa
IMPÉRIO - 21H00
influente e exige empenho da
polícia no atentado contra sua só-cia.
Gilda repreende Angela por dei-xar
Duda sair sozinha. Gilda sus-peita
de que um dos empregados
esteja dando informações sobre a
casa para Braga.
Quinta-feira - Gilda comenta com
Angela que Roberta teve um desen-tendimento
com Bruno. Zé Maria e
Brandão procuram pela pessoa
que atirou em Angela. Adão se
preocupa com a possibilidade de
se tornar suspeito do atentado
contra Angela. Maria Angélica
avisa a Vic que o colar de sua
avó foi roubado e ela desconfia
de Alain. Pedroso e sua equipe
chegam à mansão. Fininho vê
Duda chegar à casa da tia de Bru-no
e vai atrás dela. Gilda insinua
para Pedroso que Braga pode
ser o assassino e o delegado
passa a desconfiar da advogada.
Sexta-feira - Duda passa mal. An-gela
relembra da época em que
ela e Duda foram morar juntas. Pe-droso
chama Antenor para fazer a
perícia no corpo. Vic reclama do su-miço
de Kiko. Roberta insiste com
Maria Angélica que Alain é um la-drão.
Kiko tenta seduzir Camila,
mas ela se preocupa com Oswal-do.
Braga fala mal de Vic para
Adão. Braga insinua que a equipe
de Pierre pode ser suspeita dos cri-mes
ocorridos na festa. Adão faz
um corte na mão. Lídia afirma que
Angela pode ser a mandante do cri-me.
Maria Angélica protege Alain.
Segunda-feira - Bernardo fica furioso e
é contido por William. Nelito fica sur-preso
ao ouvir de Bernardo que Gregó-rio
mandou Luciene matar Vitória. Gre-gório
tenta se desculpar com Diana,
masela fica furiosa. Laíza fica ansiosa
paraainauguraçãodobar.Dianaescu-ta
mais uma discussão entre Artur e
Gregório e não se sente bem. Priscila
planejaosúltimos detalhesdeseupla-no
contra Laíza. Paulão não revela a
Barbara e Enzo o plano de Priscila.
Mossoró pede para Diana ir à inaugu-ração
do bar.
Terça-feira - Priscila, Paulão e Enzo se
incomodam com a presença de algu-mas
pessoas no bar. O grupo de neo-nazistas
prepara os últimos detalhes
para o atentado contra Laíza. Edu fica
comciúmes deRenata eCaíque. Zuzu
e Manel discutem. Iago dá força para
Laíza fazer sucesso na nova etapa da
vida dela. Pedro Um e Pedro Dois
lamentam com Clarice por não
poderem ir ao show de Laíza.
Diana se queixa com Rafael de
estar enjoada. Beatriz diz pala-vras
positivas paraMossoró antesda
grande estreia do bar.
Quarta-feira - Priscila se prepara para
o ataque. Uma jaula de ferro cai sobre
Laíza,mantendo-a presa.Neonazistas
atiram bananas sobre Laíza. Guilher-mediz
a Ziggy que não sabe quem é o
mandante da ação e é morto com
uma facada nas costas. Priscila vê a
imprensa e comemora a divulgação
do ato. Quim diz a Zuzu que estava
com o grupo de Priscila e viu que eles
não fizeram nada. Laíza sai da jaula e
é amparada por Mossoró. Neonazis-tascomeçama
atacar Paulo Henrique
com chutes. Rosa tenta impedi-los,
masacaba sendo agredida.
Quinta-feira - Ziggyéflagrado por Lucie-ne,
Nelito e Ricardinho.O treinador diz
que passou mal e por isso se ausen-tou.
Clarice vai até a casa de Bernar-do.
Clarice escuta de Bernardo que
Gregório matou Felipe e telefona para
Iago avisando que está voltando. Ber-nardo
permite que Rafael conte para
Diana que Clarice está no Brasil. Dia-na
sente enjoo novamente. Caíque fi-ca
constrangido com o pedido de Re-beca
para conhecer o trabalho dele.
Matilde conta para Tadeu que vai en-trevistar
Priscilae Paulão sobreo aten-tado
ao bar de Laíza.
Sexta-feira - A pedido de Artur, Catari-na
entrega o endereço da casa de
Laíza. Diana e Gregório assistem
Laíza e Mossoró darem depoimento
na televisão sobre preconceito. Prisci-la
e Paulão provocam Dante, que revi-da
sugerindo uma reunião para que
eles expliquem a participação no ata-queaobardeLaíza.
Caíquelevaumfo-radeEduefica
constrangido.Quimpe-de
que Bárbara confesse que o grupo
é neonazista, mas ela hesita. Enzo e
Bárbara avisam Paulão e Priscila que
foram descobertos porQuim.
Segunda-feira - O Comendador leva
MariaClaraaoMonteRoraimaerelem-bra
sua história. José Alfredo che-ga
à casa de seu irmão Evaldo.
Cora reclama com a irmã Eliane
sobre a presença de seu cunha-do.
José Alfredo se interessa
por Eliane e Cora desconfia. Elia-ne
engravida e Cora convence a
irmã a desistir de fugir com José
Alfredo. Evaldo descobre o caso
entre o irmão e sua esposa. Co-ra
avisa a José Alfredo que sua
irmã está grávida. Sebastião co-nhece
José Alfredo e o chama
para trabalhar com ele em um
garimpo.
Terça-feira - José Alfredo come-ça
a contrabandear diamantes.
Cora insiste em falar com Elia-ne
sobre seu cunhado. Maria
Marta é hostil com José Alfre-do.
A aristocrata descobre que
perdeu sua fortuna. José Alfre-do
encontra uma grande rique-za
no cofre que Sebastião dei-xou
para ele. Maria Marta acei-ta
a ajuda de José Alfredo. Eval-do
discute com Eliane sobre o
nome do filho que está esperan-do.
Maria Marta muda o visual
de José Alfredo. Maria Joaquina
combina a volta de José Alfredo
a Zurique.
Quarta-feira - Eliane tenta falar
com José Alfredo, mas fica im-pactada
ao vê-lo beijar a espo-sa.
Maria Marta anuncia uma no-va
gravidez. Cora implica com
Eliane ao saber que ela viu José
Alfredo. Maria Marta reclama de
o marido querer uma filha. Nas-ce
Maria Clara, a segunda filha
de José Alfredo e Maria Marta.
José Alfredo vai ao garimpo no
Monte Roraima. Maria Marta vai
para o hospital para dar à luz
seu terceiro filho, João Lucas.
Cora repreende Eliane por sair
para trabalhar sem tomar café.
Quinta-feira - Josué consegue tirar
José Alfredo do Monte Roraima e
levá-lo até um médico. Eliane inau-gura
seu quiosque. Cristina ouve
Cora falando mal de José Alfredo.
Maria Marta destrata Josué e leva
o marido para casa. Cora guarda
uma notícia sobre José Alfredo em
um álbum com vários recortes so-bre
o cunhado de sua irmã. Há
uma passagem de tempo. Na fes-ta
de comemoração de vinte anos
da joalheria Império, Maria Marta
e José Alfredo discutem. Cristina
e Elivaldo repreendem a mãe por
não procurar atendimento para
sua doença.
Sexta-feira - João Lucas vai atrás
de Maria Marta na igreja e os dois
discutem José Pedro conta para a
mãe sobre o homem que atrope-lou
na estrada. Elivaldo decide dor-mir
no quiosque. Eliane pensa em
José Alfredo. Vicente procura em-prego
no jornal. Naná conversa
com Xana Summer sobre Vicente.
Lorraine fala para Ismael que viu o
homem que matou seu irmão. Ma-ria
Marta inventa um álibi para Jo-sé
Pedro. Maria Clara fica ansiosa
para chegar ao Monte Roraima.
Enrico se enfurece com sua equi-pe
de cozinha. Cora observa seu
álbum de recortes.
Sábado - José Alfredo se enfurece
com a presença de Maria Marta.
João Lucas sofre com a demora
de sua família para libertá-lo da pri-são.
Cora convence Eliane a ver o
álbum de José Alfredo. Reginaldo
repreende Tuane por desobede-cer
as suas ordens. Orville comple-ta
a falsificação de um quadro pa-ra
expor no leilão. Vicente procura
emprego. Lorraine pensa em chan-tagear
Maria Marta. José Alfredo
revela para Maria Marta que tem
uma amante. José Pedro pede pa-ra
Du depor a favor de João Lucas.
Resumo das novelas
O REBU - 23H00
ViTÓRIA - 21H15
GLOBO
RECORD
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 20 de julho de 2014 / 23 - TV
24. Novos mercados,
bares e restaurantes
animam as ruas do
Chiado e seus
arredores em Lisboa
TURISMO - 24 / São José do Rio Preto, 20 de julho de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO
Turismo
ANTES DO
ANOITECER
25. Agência O Globo
No verão, lisboeta algum interpreta o
pôr do sol como toque de recolher. Quan-do
escurece, por volta de 21h, o calor -
que durante o dia facilmente chega aos 36
graus - arrefece.
É hora de gastar sola de sapato nas pe-dras
portuguesas da charmosa capital.
Do Príncipe Real, passando pelo Bairro
Alto e o Chiado, até o Cais do Sodré, as
calçadas de repente se congestionam.
Fado e vinhos já não resumem a vida
noturna dos alfacinhas, que tocam nos ba-res
(quase) as mesmas músicas da moda
que embalam brasileiros ou americanos;
bebem também gim e cerveja e só voltam
para casa às altas horas.
Agência O Globo
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 20 de julho de 2014 / 25 - TURISMO
26. Lisboa
Lisboa, um grande
destino para juventude
Quando a noite cai, alfacinhas e turistas vão para os novos mercados,
bares e restaurantes do centro da capital portuguesa
Agência O Globo
Lisboa hoje é um dos me-lhores
destinos para jovens. Pri-meiro,
por conta dos albergues
com incrível custo-benefício.
No site Hostelworld, desde
2009, o prêmio de melhor alber-gue
do mundo é entregue a um
lisboeta.
Em 2014, na categoria de al-bergues
médios, seis dos dez
primeiros eram da capital lusa.
Depois, por conta dos custos:
segundo o Índice Europeu de
Mochileiros de 2014, a capital
portuguesa é uma das mais ba-ratas
na Europa Ocidental: está
no 20º lugar entre as 51 capi-tais
pesquisadas no continente.
Os de 20 e poucos anos garan-tem
o público dos bares, mas
não são os únicos na noite.
Como em qualquer cidade,
cada bairro tem seu perfil. No
Príncipe Real, repleto de lojas
de estilistas locais e de produ-tos
gourmet, os bares e restau-rantes
têm nariz empinado.
Pelas ladeiras pontilhadas
de prédios antigos do Bairro Al-to,
os lugares são tão apertadi-nhos
que as ruas ficam toma-das
de gente.
Seguindo ladeira abaixo, a
temperatura só esquenta: o
Chiado faz às vezes de praça da
cidade, que reúne todo tipo de
gente, com restaurantes tradi-cionais
e contemporâneos, bote-cos
e bares badalados.
Chegando ao Cais do Sodré,
a rua Cor-de-Rosa fica engarra-fadíssima
às sextas-feiras e aos
sábados. É o mais perto da La-pa
que se chega deste lado do
Atlântico.
Fotos: Agência O Globo
Rua Rosa, cheia de bares, perto do Cais do Sodré; Lisboa é uma cidade segura, permitindo caminhar mesmo tarde da noite entre os bairros
Já à beira do rio Tejo, os an-tigos
armazéns do Cais do So-dré
deram lugar a bares e casas
noturnas mais modernos.
Longe de prédios residen-ciais,
a região - que acaba de
inaugurar o Mercado da Ribei-ra,
ótimo para o começo da noi-te
- também é onde os mais re-sistentes
veem o dia raiar.
Cidade segura, Lisboa per-mite
caminhar mesmo tarde en-tre
todos esses bairros - o que
muitos turistas e locais fazem
enquanto procuram o seu lugar
na noite lisboeta.
TURISMO - 26 / São José do Rio Preto, 20 de julho de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO
27. DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 20 de julho de 2014 / 27 - TURISMO
Não faltam miradouros,
como chamam os portugue-ses
os mirantes, na cidade
das sete colinas.
No entanto, o mais novo
dos mirantes lisboetas, aber-to
no verão passado, não exi-ge
subir ladeira e fica em fren-te
à grandiosa Praça do Co-mércio,
diante do rio Tejo.
É de elevador (mais dois lan-ces
de escada) que se chega ao to-po
do Arco da Augusta, com vista
de 360° da cidade.Omelhor pon-to
para observar as tais sete coli-nas
e o próprio Castelo de São Jor-ge
numa delas.
Com ocupação limitada, nun-ca
parece cheio em cima - embo-ra,
embaixo, enfrentem-se filas
nos dias mais movimentados. O
ventinho do fim de tarde, combi-nado
à paisagem inesquecível, faz
do mirante o ponto de partida
ideal para uma noite agitada.
Oarco fecha às 19h e já é hora
de buscar um aperitivo. A Ginji-nha
sem Rival, no Rossio (a duas
paradas de metrô do Cais do So-dré),
andou vendo um movimen-to
maior nas suas calçadas nos úl-timos
meses.
Desde 1890, a loja vende no
balcão o licor de ginja (fruta que
lembra cereja). Neste ano, os in-quilinos
foram ameaçados de des-pejo
pelos novos donos, que que-riam
abrir ali um hotel.
Os lisboetas logo se mobili-zaram
e a Câmara do Comércio
interveio.Opúblico bebe à frente
da lojinha doses do licor docinho
que custam 1 euro.Umprograma
delicioso que ajuda a enfrentar o
momentomais difícil da noite: es-colher
onde jantar, entre tantas
ótimas opções. (AG)
Mercado Ribeira, com chefs badalados, reabriu em maio no Cais do Sodré, com nova cara e proposta
As ruelas do Bairro Alto pa-recem
dormir durante o dia.
Durante a noite, o cenário é ou-tro.
Comece na Praça Luís de
Camões, que separa o Chiado
do Bairro Alto, e suba a ladeira
pelas ruas Diário de Notícias
ou da Barroca, que, junto com
as vias transversais, concen-tram
o movimento.
Há de tudo e para todos e
parte da diversão é zanzar até
achar um lugar com a sua ca-ra
- para alguns, é a calçada,
bebendo caipirinha em copo
de plástico.
Mas garanta a visita à Gale-ria
Zé dos Bois (ZDB), na Rua
da Barroca, com uma programa-ção
de shows e exposições de ar-tes
visuais deliciosa - as gale-rias
fecham às 23h.
Depois, o fluxo se muda pa-ra
o bar 49 da ZDB, que funcio-na
até as 3h com festas hips-ters.
Na mesma rua, vale conhe-cer
o Maria Caxuxa, um bar
com clientela fiel que vai lá pa-ra
beber um drinque nas poltro-nas
confortáveis e ouvir a óti-ma
seleção do DJ.
Como o Bairro Alto tem
muitas residências, o movimen-to
se encerra entre 2h e 3h. Os
bares também funcionam mais
ou menos até esse horário na Bi-ca,
um bairro que parece uma
extensão do Alto, mais alterna-tivo
e escuro.
Ali, tente passar no restau-rante
e bar Pharmacia, dentro
do prédio histórico do museu
da Associação Nacional de Far-mácias.
Decorado com móveis
antigos de farmácias, tem uma
carta de drinques “medicinais”
(7 euros), como o LSD (relaxan-te
imediato) de uísque e ginja
ou o Morphina (calmante), de
suco de abacaxi e espumante.
Em outro canto, no Prínci-pe
Real, o recém-aberto Pub
Lisboeta tenta criar no país dos
vinhos a cultura das cervejas ar-tesanais.
Três das marcas mais
conhecidas do país estão à ven-da
lá: Sovina, Maldita e Vadia.
Já descendo a Rua do Ale-crim
em direção ao Cais do So-dré,
os bares ficam abertos até
mais tarde e é para onde todos
rumam pós-Bairro Alto.
A novidade nesse pedaço é
O Bom, o Mau e o Vilão, nome
do filme de Sérgio Leone (“O
bom, o mau e o feio”, em brasi-leiro).
Fica dentro de um casa-rão
antigo, espalhado em vá-rios
ambientes e decorado com
temática de super-heróis.
O bar exibe filmes e fute-bol,
tem shows de jazz e sets
de DJs. (AG)
A movimentada
rua Augusta, do
Centro, vista do
Arco do mesmo
nome
A Praça Luís de
Camões separa
o Chiado do
Bairro Alto e
lota à noite
O Bairro Alto
Pôr do sol no Tejo