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a) Noções Preliminares
- Direito: fenômeno da rotina quotidiana
i. Resguarda, defende, ampara, protege e serve o indivíduo
ii. Agimos ou deixamos de agir por causa do direito
iii. regula as relações dos indivíduos em sociedade
iv. Onde existe sociedade, existe o Direito (ubi societas, ibi jus)
- Homem só numa ilha deserta: senhor de suas atitudes e comportamento.
Ninguém interfere em suas decisões: onde morar, derrubar árvores, se
apoderar de bens, destruí-los, etc.
i. Estabelece distinção entre as atitudes possíveis: justas e injustas e
ninguém pode interferir em suas decisões (julgando-as certas/erradas,
etc)
- Kelsen: onde não há conflito de interesses, não há necessidade de justiça
- Ao desembarcarem na ilha 40 pessoas e se organizarem, teremos uma
sociedade num mesmo território
i. Mesmo que cada um cuide de suas necessidade e interesses, a
qualquer momento poderá haver interferência da atitude de um em
relação aos interesses de outro: pode prevalecer o direito do mais
forte, originando um conflito, ou instalar-se um estado de direito
com regras estabelecidas de acordo com os interesses dessa
sociedade (ubi societas ibi jus)
b) Distinção entre Moral e Direito
Homem que vive isolado = não existe Direito?
- exame das relações e distinção entre Moral e Direito > Filosofia do Direito
- Homem solitário: convive com a sua consciência, com seus pensamentos, sua
religião
- Limite entre a esfera da atividade do Estado e uma esfera própria da liberdade
individual
- Direito: não é suficiente e apropriado para assuntos de pensamento, consciência,
religião
- Atitudes desse homem serão regidas pelas regras ditadas pela sua consciência: dá
faculdade de estabelecer julgamentos morais dos atos realizados
- Juízo moral: ponto de vista voltado para o interior
- Moral: impõe ao sujeito uma escolha entre as ações que pode praticar, mas diz
respeito apenas ao próprio sujeito
- Indivíduo em sociedade: Direito leva a confronto vários atos de vários sujeitos
- Moral: é unilateral
- Direito: é bilateral
- Moral: indica um dever, mas não impõe regras, não há imperatividade de uma
ordem superior, que lhe impõe repressão. A sanção pelo descumprimento da regra moral é
apenas de consciência. Remorso e inquietação são interiores e subjetivos.
- Descumprimento da regra de direito implica sanção e repressão externa e objetiva.
- Direito: comportamento do sujeito é sempre levado em consideração tendo em vista
o comportamento de outrem.
- Obrigação X Faculdade/pretensão
- Coercibilidade da norma: possibilidade de constranger alguém a cumprir a regra –
característica privativa do Direito.
- Regras da moral: vivem principalmente na consciência individual, de maneira
difusa
- Regras de direito: formuladas em códigos e leis
c) Diversos Usos da Palavra “Direito”
- Pelo menos quatro sentidos:
o Norma: “o Direito brasileiro acolhe o divórcio”
o Faculdade: “temos o direito de reclamar do prefeito”
o Na acepção do justo: “A moça se comportou direito”
o Como Ciência: “Estudamos Direito na faculdade”
- Direito como norma é o Direito Positivo: “sistema de normas jurídicas que em
determinado momento histórico regula as relações de um povo” – relações entre:
o Estado e outro Estado
o Indivíduos entre si
o Indivíduos e Estado
- Direito Positivo é o objeto de estudo da nossa disciplina.
d) A divisão do Direito
I. Direito Público
- Critério romano: Segundo Justiniano, o Direito se divide em público e privado.
- Direito Público: “é aquele destinado a disciplinar os interesses gerais da
coletividade”
- Direito Privado: “é aquele que diz respeito aos interesses dos indivíduos”
- Critério romano é o da “utilidade” ou “interesse”
- Assim, onde a utilidade ou interesse da norma for de caráter público, temos Direito
Público e vice-versa.
- Esse critério sofreu críticas.
- Na verdade, sempre que o Direito protege um interesse individual, essa proteção
constitui um interesse coletivo. Ex: direito de autor X incentivo à cultura
- Critério “pragmático e misto”: conjuga prevalência e imediatidade – caráter da
norma não se deduz por sua localização na legislação
- Assim:
o Direito Público “é o ramo do direito objetivo1
que disciplina, em regra, as
relações jurídicas de subordinação em que o interesse público seja
prevalente e imediato”
o Direito Privado “é o ramo do direito objetivo que disciplina, em regra, as
relações jurídicas de coordenação em que o interesse privado seja prevalente
e imediato”
i) Direito Público Externo
- se sub-ramifica em DIP: conjunto de normas jurídicas que tem por finalidade
disciplinar as relações entre Estados soberanos, definindo-lhes direitos e deveres.
“Direito em formação”. “Coercibilidade imprecisa e deficiente”
- regula as relações jurídicas de coordenação, nas quais é prevalente e imediato o
interesse público.
- Segundo Maria Helena Diniz, outra sub-ramificação seria o Direito Internacional
Privado, que rege as relações do Estado com cidadãos pertencentes a Estados
diversos. Para ela, DIPri é ramo do direito público interno apenas no sentido de
conter normas internas de cada país, que autorizam o juiz nacional a aplicar ao fato
interjurisdicional a norma a ele adequada.
ii) Direito Público Interno
- Direito Constitucional: regula as bases do poder imperante no território sobre o
povo
o Complexo de normas jurídicas contidas na constituição, estabelecendo “o
conjunto de princípios jurídicos que designam os órgãos supremos do
Estado e estabelecem o modo de sua criação, suas recíprocas relações e a
posição fundamental do indivíduo diante daqueles órgãos” p. 8
o 3 funções do Estado: legislativa, administrativa e jurisdicional, com meios e
órgãos próprios
o Tudo aquilo pertencente à Constituição que é essencial para o exercício
dessas 3 funções
 O que não é essencial é regulado por outros ramos do Direito Público
1
Direito objetivo: segundo Maria Helena Diniz: “é o complexo de normas jurídicas que regem o
comportamento humano, prescrevendo uma sanção no caso de sua violação”. / Jean-Louis Bergel, TGD: “é o
conjunto de regras que regem a vida em sociedade e cujo respeito é garantido pelo poder público” (costuma-
se confundir com direito positivo, mas é mais abrangente)
- Direito Tributário: disciplina a atividade do poder público (Estado: União, E.M. e
Municípios) de criação, fiscalização e arrecadação de tributos.
o Tributo: “contribuição monetária, direta ou indireta, que os poderes públicos
exigem de cada pessoa física ou jurídica para acudir às despesas da
administração por serviços não especificados”
o Outras denominações:
 Direito financeiro: cuida da atividade financeira do Estado, exceto a
que se refere à tributação
 Direito fiscal: ressalta a matéria de atuação do Fisco
 CTN (1966) : daí a denominação tributário
o Direito Administrativo (p. 9)
 Hely, Ráo
 Atividades da Administração Pública: todas aquelas exercidas pelo
Estado para cumprir seus fins, exceto as financeiras e judiciárias.
o Direito Penal: “complexo de normas jurídicas que visam prevenir e reprimir
os fatos que atentem contra a ordem jurídica e social, define as infrações,
organiza e comina as penas que lhes correspondem, determina as condições
da responsabilidade pena e busca preveni-los mediante aplicação de medidas
chamadas de segurança”
 Regula as relações entre o indivíduo e a sociedade (Estado), que
exerce o poder de punir, defendendo a sociedade contra o crime:
Direito Público
 Subdivisões:
• Direito Penal Econômico: atividades comerciais e industriais
• Direito Penal Militar: atividades militares
o Direito Processual Civil: “conjunto de princípios e normas que regula o
funcionamento da jurisdição civil, pelo qual o Estado resolve os conflitos de
interesses”
 Função jurisdicional: intervenção do Estado numa situação de
conflito de interesses entre pessoas, fixando a interpretação do direito
controvertido e solucionando definitivamente o conflito.
 Tal função é exercida pelo JUIZ por meio do PROCESSO: sucessão
de atos processuais com o fim de buscar a decisão para o conflito,
por meio da sentença.
 Pessoas podem pleitear em JUÍZO seus direitos contra quem esteja
resistindo a esses interesses.
 SENTENÇA vale como lei entre as partes, e é prestação da justiça
o Direito Processual Penal: objeto do processo é o direito penal.
o Direito Judiciário: conjunto sistemático de princípios e normas que regulam
a organização e divisão judiciária. Disciplina atividade dos juízes e órgãos
auxiliares.
o Direito Eleitoral: regras atinentes ao processo eleitoral
II. Direito Privado: disciplina relações entre particulares (até mesmo Estado,
quando não está usando seu poder estatal)
- Direito Civil: normas que disciplinam relações:
o Pessoais puras: Estado e capacidade das pessoas (estado civil, etc)
o De família, patrimoniais e extrapatrimoniais: vínculo de sangue ou
parentesco civil
o Puramente patrimoniais: compra e venda de imóveis, locação, etc.
o Outras subdivisões: consumidor, locação, autoral, do menor
- Direito Comercial: normas que disciplinam relações relativas à profissão do
comércio (terrestre, marítima, aeronáutico e empresarial)
- Direito do Trabalho: disciplina as relações jurídicas entre empregados e
empregadores, em razão do contrato de trabalho, bem como as que disciplinam as
controvérsias oriundas das relações trabalhistas (Direito Processual do Trabalho)
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  • 1. a) Noções Preliminares - Direito: fenômeno da rotina quotidiana i. Resguarda, defende, ampara, protege e serve o indivíduo ii. Agimos ou deixamos de agir por causa do direito iii. regula as relações dos indivíduos em sociedade iv. Onde existe sociedade, existe o Direito (ubi societas, ibi jus) - Homem só numa ilha deserta: senhor de suas atitudes e comportamento. Ninguém interfere em suas decisões: onde morar, derrubar árvores, se apoderar de bens, destruí-los, etc. i. Estabelece distinção entre as atitudes possíveis: justas e injustas e ninguém pode interferir em suas decisões (julgando-as certas/erradas, etc) - Kelsen: onde não há conflito de interesses, não há necessidade de justiça - Ao desembarcarem na ilha 40 pessoas e se organizarem, teremos uma sociedade num mesmo território i. Mesmo que cada um cuide de suas necessidade e interesses, a qualquer momento poderá haver interferência da atitude de um em relação aos interesses de outro: pode prevalecer o direito do mais forte, originando um conflito, ou instalar-se um estado de direito com regras estabelecidas de acordo com os interesses dessa sociedade (ubi societas ibi jus)
  • 2. b) Distinção entre Moral e Direito Homem que vive isolado = não existe Direito? - exame das relações e distinção entre Moral e Direito > Filosofia do Direito - Homem solitário: convive com a sua consciência, com seus pensamentos, sua religião - Limite entre a esfera da atividade do Estado e uma esfera própria da liberdade individual - Direito: não é suficiente e apropriado para assuntos de pensamento, consciência, religião - Atitudes desse homem serão regidas pelas regras ditadas pela sua consciência: dá faculdade de estabelecer julgamentos morais dos atos realizados - Juízo moral: ponto de vista voltado para o interior - Moral: impõe ao sujeito uma escolha entre as ações que pode praticar, mas diz respeito apenas ao próprio sujeito - Indivíduo em sociedade: Direito leva a confronto vários atos de vários sujeitos - Moral: é unilateral - Direito: é bilateral - Moral: indica um dever, mas não impõe regras, não há imperatividade de uma ordem superior, que lhe impõe repressão. A sanção pelo descumprimento da regra moral é apenas de consciência. Remorso e inquietação são interiores e subjetivos. - Descumprimento da regra de direito implica sanção e repressão externa e objetiva. - Direito: comportamento do sujeito é sempre levado em consideração tendo em vista o comportamento de outrem. - Obrigação X Faculdade/pretensão - Coercibilidade da norma: possibilidade de constranger alguém a cumprir a regra – característica privativa do Direito. - Regras da moral: vivem principalmente na consciência individual, de maneira difusa - Regras de direito: formuladas em códigos e leis c) Diversos Usos da Palavra “Direito” - Pelo menos quatro sentidos: o Norma: “o Direito brasileiro acolhe o divórcio” o Faculdade: “temos o direito de reclamar do prefeito” o Na acepção do justo: “A moça se comportou direito” o Como Ciência: “Estudamos Direito na faculdade” - Direito como norma é o Direito Positivo: “sistema de normas jurídicas que em determinado momento histórico regula as relações de um povo” – relações entre: o Estado e outro Estado o Indivíduos entre si o Indivíduos e Estado - Direito Positivo é o objeto de estudo da nossa disciplina. d) A divisão do Direito I. Direito Público
  • 3. - Critério romano: Segundo Justiniano, o Direito se divide em público e privado. - Direito Público: “é aquele destinado a disciplinar os interesses gerais da coletividade” - Direito Privado: “é aquele que diz respeito aos interesses dos indivíduos” - Critério romano é o da “utilidade” ou “interesse” - Assim, onde a utilidade ou interesse da norma for de caráter público, temos Direito Público e vice-versa. - Esse critério sofreu críticas. - Na verdade, sempre que o Direito protege um interesse individual, essa proteção constitui um interesse coletivo. Ex: direito de autor X incentivo à cultura - Critério “pragmático e misto”: conjuga prevalência e imediatidade – caráter da norma não se deduz por sua localização na legislação - Assim: o Direito Público “é o ramo do direito objetivo1 que disciplina, em regra, as relações jurídicas de subordinação em que o interesse público seja prevalente e imediato” o Direito Privado “é o ramo do direito objetivo que disciplina, em regra, as relações jurídicas de coordenação em que o interesse privado seja prevalente e imediato” i) Direito Público Externo - se sub-ramifica em DIP: conjunto de normas jurídicas que tem por finalidade disciplinar as relações entre Estados soberanos, definindo-lhes direitos e deveres. “Direito em formação”. “Coercibilidade imprecisa e deficiente” - regula as relações jurídicas de coordenação, nas quais é prevalente e imediato o interesse público. - Segundo Maria Helena Diniz, outra sub-ramificação seria o Direito Internacional Privado, que rege as relações do Estado com cidadãos pertencentes a Estados diversos. Para ela, DIPri é ramo do direito público interno apenas no sentido de conter normas internas de cada país, que autorizam o juiz nacional a aplicar ao fato interjurisdicional a norma a ele adequada. ii) Direito Público Interno - Direito Constitucional: regula as bases do poder imperante no território sobre o povo o Complexo de normas jurídicas contidas na constituição, estabelecendo “o conjunto de princípios jurídicos que designam os órgãos supremos do Estado e estabelecem o modo de sua criação, suas recíprocas relações e a posição fundamental do indivíduo diante daqueles órgãos” p. 8 o 3 funções do Estado: legislativa, administrativa e jurisdicional, com meios e órgãos próprios o Tudo aquilo pertencente à Constituição que é essencial para o exercício dessas 3 funções  O que não é essencial é regulado por outros ramos do Direito Público 1 Direito objetivo: segundo Maria Helena Diniz: “é o complexo de normas jurídicas que regem o comportamento humano, prescrevendo uma sanção no caso de sua violação”. / Jean-Louis Bergel, TGD: “é o conjunto de regras que regem a vida em sociedade e cujo respeito é garantido pelo poder público” (costuma- se confundir com direito positivo, mas é mais abrangente)
  • 4. - Direito Tributário: disciplina a atividade do poder público (Estado: União, E.M. e Municípios) de criação, fiscalização e arrecadação de tributos. o Tributo: “contribuição monetária, direta ou indireta, que os poderes públicos exigem de cada pessoa física ou jurídica para acudir às despesas da administração por serviços não especificados” o Outras denominações:  Direito financeiro: cuida da atividade financeira do Estado, exceto a que se refere à tributação  Direito fiscal: ressalta a matéria de atuação do Fisco  CTN (1966) : daí a denominação tributário o Direito Administrativo (p. 9)  Hely, Ráo  Atividades da Administração Pública: todas aquelas exercidas pelo Estado para cumprir seus fins, exceto as financeiras e judiciárias. o Direito Penal: “complexo de normas jurídicas que visam prevenir e reprimir os fatos que atentem contra a ordem jurídica e social, define as infrações, organiza e comina as penas que lhes correspondem, determina as condições da responsabilidade pena e busca preveni-los mediante aplicação de medidas chamadas de segurança”  Regula as relações entre o indivíduo e a sociedade (Estado), que exerce o poder de punir, defendendo a sociedade contra o crime: Direito Público  Subdivisões: • Direito Penal Econômico: atividades comerciais e industriais • Direito Penal Militar: atividades militares o Direito Processual Civil: “conjunto de princípios e normas que regula o funcionamento da jurisdição civil, pelo qual o Estado resolve os conflitos de interesses”  Função jurisdicional: intervenção do Estado numa situação de conflito de interesses entre pessoas, fixando a interpretação do direito controvertido e solucionando definitivamente o conflito.  Tal função é exercida pelo JUIZ por meio do PROCESSO: sucessão de atos processuais com o fim de buscar a decisão para o conflito, por meio da sentença.  Pessoas podem pleitear em JUÍZO seus direitos contra quem esteja resistindo a esses interesses.  SENTENÇA vale como lei entre as partes, e é prestação da justiça o Direito Processual Penal: objeto do processo é o direito penal. o Direito Judiciário: conjunto sistemático de princípios e normas que regulam a organização e divisão judiciária. Disciplina atividade dos juízes e órgãos auxiliares. o Direito Eleitoral: regras atinentes ao processo eleitoral II. Direito Privado: disciplina relações entre particulares (até mesmo Estado, quando não está usando seu poder estatal)
  • 5. - Direito Civil: normas que disciplinam relações: o Pessoais puras: Estado e capacidade das pessoas (estado civil, etc) o De família, patrimoniais e extrapatrimoniais: vínculo de sangue ou parentesco civil o Puramente patrimoniais: compra e venda de imóveis, locação, etc. o Outras subdivisões: consumidor, locação, autoral, do menor - Direito Comercial: normas que disciplinam relações relativas à profissão do comércio (terrestre, marítima, aeronáutico e empresarial) - Direito do Trabalho: disciplina as relações jurídicas entre empregados e empregadores, em razão do contrato de trabalho, bem como as que disciplinam as controvérsias oriundas das relações trabalhistas (Direito Processual do Trabalho) Próxima aula: norma jurídica
  • 6. - Direito Civil: normas que disciplinam relações: o Pessoais puras: Estado e capacidade das pessoas (estado civil, etc) o De família, patrimoniais e extrapatrimoniais: vínculo de sangue ou parentesco civil o Puramente patrimoniais: compra e venda de imóveis, locação, etc. o Outras subdivisões: consumidor, locação, autoral, do menor - Direito Comercial: normas que disciplinam relações relativas à profissão do comércio (terrestre, marítima, aeronáutico e empresarial) - Direito do Trabalho: disciplina as relações jurídicas entre empregados e empregadores, em razão do contrato de trabalho, bem como as que disciplinam as controvérsias oriundas das relações trabalhistas (Direito Processual do Trabalho) Próxima aula: norma jurídica