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IV Seminário de Avaliação de Políticas
        Públicas e Qualidade do Gasto

  Secretaria da Fazenda (Sefaz), Secretaria do Planejamento, Gestão e
Participação Cidadã (Seplag), Fundação de Economia e Estatística (FEE),
                          Tribunal de Contas
                      Estado do Rio Grande do Sul



                Porto Alegre – 5-6 de dezembro de 2011



                                           Sonia Nahas de Carvalho
Desenho, tipos de políticas e a posição ocupada
                pela avaliação




 Agenda de governo, formação e gestão de políticas

 Tipologia de políticas públicas

 Avaliação e processo das políticas públicas




                    Sonia Nahas de Carvalho
AGENDA DE GOVERNO, FORMAÇÃO E GESTÃO DE
               POLÍTICAS


           FORMAÇÃO                   GESTÃO


                     Decompostos em:

       Estabelecimento da                     Escolha entre alternativas
       agenda de políticas

  Definição de alternativas
                                           Implementação da decisão

      AVALIAÇÃO DA POLÍTICA E DAS POLÍTICAS


                        Sonia Nahas de Carvalho
Processo complexo e em geral longo

FORMAÇÃO        Introdução da questão na agenda social e
                passagem para a governamental
                Embates entre alternativas de solução
                Apropriação do problema pelos agentes
                Formulação e decisão da política
                Estabelecimento das estratégias de
                implementação

 GESTÃO         Implementação da decisão
                      atividades-meio
                      atividades-fim (execução propriamente dita)




           Sonia Nahas de Carvalho
TIPOLOGIA DE POLÍTICAS


   1. Distributivas
                                            Remete à noção de arenas de
   2. Regulatórias
                                                 políticas públicas
   3. Redistributivas


Referências conceituais
 Uma política pública ou um conjunto de políticas se enquadra em uma
arena e não em outra, pois as categorias para esse enquadramento são
distintas.
Sistemas de participação e de decisão estruturam-se mutuamente e se
interrelacionam à luz do objeto de decisão.
 Portanto, é preciso conhecer o objeto de decisão e as possibilidades
de sua divisão.
                          Sonia Nahas de Carvalho
Objeto de decisão


... que determina a capacidade de sensibilizar atores
políticos, sua forma de atuação e o exato instante em que a
decisão será tomada.
... em função de suas características poderá ocorrer a
ampliação ou limitação dos atores participantes.
... suas características específicas poderão também contribuir
para redefinir o próprio objeto de decisão, distinto daquele
proposto no momento inicial.


                       Sonia Nahas de Carvalho
E o que é objeto de decisão?
  Nada mais é que o resultado do processo que
  transforma questões sociais em problemas
  merecedores de atenção pública.
  Ou seja, problemas que se tornam itens da
  agenda governamental.




                  Sonia Nahas de Carvalho
Que coalizão de forças é necessária para a
emergência de uma política destinada a solucionar
              um dado problema?


 A coalizão de forças existente e novas forças
 eventualmente invocadas são impostas pelo objeto em
 decisão. Em conjunto irão determinar processos de
 participação mais limitados ou que permitam incluir novos
 atores.
 Resultado: alteração ou não do equilíbrio de forças, com
 ou sem deslocamento do objeto proposto no momento
 inicial.
                     Sonia Nahas de Carvalho
Políticas da arena distributiva
Facilmente desagregadas e distribuídas. Em consequência, é inevitável a
multiplicação de interesses e acesso.
Tendem para decisões altamente individualizadas. De baixa
visibilidade, as decisões não proporcionam incentivos à participação.
Em geral, inexistem conflitos, acordos e interesses. Em decorrência, as
coalizões formam-se por pessoas que nada possuem em comum.
Arena clientelista por excelência. A possibilidade de multiplicação de
itens não relacionados uns com os outros permite uma multiplicidade de
contemplados.
A inexistência de confronto direto entre ganhador e perdedor é a melhor
maneira de oferecer proteção e evitar conflito.


                           Sonia Nahas de Carvalho
Políticas da arena regulatória
Como as distributivas, são também específicas e individuais. Porém,
não se prestam a um alto grau de divisibilidade como nas políticas
distributivas.
As decisões individuais ocorrem pelo cumprimento de uma lei mais
geral e, somente assim, tornam-se interrelacionadas dentro dos padrões
mais amplos da lei.
Coalizão típica: surge a partir do conflito e do acordo de interesses
divergentes que normalmente envolvem todo um setor da economia. Na
medida que elas se formam em torno de interesses divididos, as coalizões
mudarão quando houver novos conflitos de interesse ou quando
interesses tiverem sido atendidos.




                           Sonia Nahas de Carvalho
Políticas da arena redistributiva
Altamente agregadas e envolvem grandes categorias sociais.
Por consequência, decisões individuais apresentam-se
interrelacionadas.
Coalizões: tendem a se concentrar em dois polos, que são claros,
estáveis e consistentes, aproximando-se da distinção clássica de
classes sociais.




                           Sonia Nahas de Carvalho
AVALIAÇÃO E PROCESSO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS




Entender políticas públicas pressupõe a noção
   de processo e, como tal, requer revisões
                  periódicas.




                  Sonia Nahas de Carvalho
Processo contínuo de tomada de
             decisões                                 Configuração do
                                                      quadro real das
      Decisões para mais bem ajustar ações ao
                                                     políticas públicas.
                             objeto da política.
          Decisões que podem alterar a política
                            substancialmente.




Uma política pública NÃO se                   Somente na aparência,
 configura como sequência                  formulação, implementação e
      linear de etapas.                   avaliação são etapas distintas.


                                            Portanto, a avaliação é parte
                                            constitutiva do processo da
                                                  política pública
                           Sonia Nahas de Carvalho
1º pressuposto
  Se políticas públicas configuram-se como processo
  contínuo de decisões que se alternam
  permanentemente,
   o objeto central da avaliação é o processo das políticas
  públicas
   e o sistema das políticas públicas é o processo em
  fluxo




                     Sonia Nahas de Carvalho
Dois aspectos a considerar
1. Processo temporal de redefinição dos objetos em jogo,
   como resultado de decisões anteriores.
2. Processo pelo qual se altera a própria definição do que
   é e do que não é objeto de decisão política.




                      Sonia Nahas de Carvalho
2º pressuposto
  Uma intervenção pública – política ou programa –
  desde sua entrada na agenda de governo até sua
  execução final é permeada por redes de poder,
  influência e interesses que não atuam de forma linear.

  Ao contrário, é tenso e conflitivo de tal forma que pode
  alterar a direção prevista originalmente.




                     Sonia Nahas de Carvalho
Se avaliação é parte constitutiva do processo da política
pública, ela não se confunde à etapa final de seu processo.
Como princípio, a avaliação deve se remeter à noção de
análise, pois ela ocorre ao longo de todo o processo, seja
      na formação da agenda,
      na formulação das políticas,
      na implementação da política através de programas,
      nos impactos ou efeitos sociais provocados pelas
       ações públicas.



                       Sonia Nahas de Carvalho
3º pressuposto
  Há sempre a geração e agregação de conhecimento,
  entendido como aporte técnico pelo qual dados são
  processados em informações, necessários à
  definição e delimitação

      de problemas,

      de alternativas de solução e

      de procedimentos de operacionalização para
     tratar problemas.


                  Sonia Nahas de Carvalho
FORMAÇÃO                GESTÃO

                 CONHECIMENTO




 Recurso a metodologias, conceitos e procedimentos
destinados a organizar conflitos, a agregar parâmetros
  técnicos e a contribuir para ampliar a eficiência ao
           processo das políticas públicas.

                    Sonia Nahas de Carvalho
Relação entre as dimensões conhecimento e política para entendimento
das políticas públicas


 1º) superar (se houver) o entendimento de recursos técnicos como
 sinônimo de racionalidade técnica ou de neutralidade.
 2º) afastar-se da visão tecnicista do processo das políticas públicas
     De qualquer forma, recursos técnicos estão disponíveis e
     devem ser utilizados.
 Duas questões
     - Em que medida recursos técnicos contribuem (ou interferem?)
     para a tomada de decisões ao longo de todo o processo das
     políticas públicas?
     - Como a dimensão técnica pode ser incorporada ou apropriada
     no processo das políticas públicas?

                          Sonia Nahas de Carvalho
Possibilidade de resposta
   - Reconhecer a dimensão política.
   Como?
   - Ampliando o escopo analítico: ao lado de análises custo-
   benefício, proposto-realizado promover análises de processo de
   tomada de decisão, identificando razões que fundamentaram
   determinada decisão e não outra e dificuldades encontradas
   durante a execução. Com isso, poder-se-á mais bem qualificar a
   relação entre proposto e realizado e entre custos e benefícios.
   - Ampliando o conhecimento dos processos sociais e das
   estruturas institucionais para além do objeto específico da
   política pública.




                        Sonia Nahas de Carvalho
Diante do exposto, o avaliador precisa perguntar...




                    Sonia Nahas de Carvalho
Quais os objetos de decisão? Por que estes e
  não outros? Como questões se transformam           Formação da Agenda
  em problemas merecedores de decisão
A
  pública?
V
    Qual alternativa de intervenção foi escolhida?
A   Por que esta e não outra? Qual diagnóstico           Formulação
    para qual problema? Que recursos foram
L
    mobilizados?
I
A Objetivos e metas são atingidos? É preciso            Implementação
  rever os mecanismos de funcionamento do
Ç programa? Os objetivos originais foram
  redefinidos? Eles precisam ser revistos?
Ã
  Os efeitos sociais esperados foram
O alcançados? Houve efeitos não esperados?


           Ampliar a efetividade das políticas. Ou seja, garantir quantidade,
           qualidade e alocação de recursos públicos compatíveis ao
           propósito de, pelo menos, melhorar as condições sociais.
Bibliografia de referência

AGUILAR, Maria José e ANDER-EGG, Ezequiel. Avaliação de serviços e
   programas sociais. Petrópolis: Editora Vozes, 1994.
COHEN, Ernesto e FRANCO, Rolando. Avaliação de projetos sociais.
   Petrópolis: Editora Vozes, 1993.
CARVALHO, Sonia Nahas de. Avaliação de programas sociais: balanço das
   experiências e contribuição para o debate. São Paulo em Perspectiva. 17(3-
   4): 185-197, 2003. http://www.seade.gov.br/produtos; www.scielo.br
FIGUEIREDO, M.F. e FIGUEIREDO, A.M.C. Avaliação política e avaliação de
   políticas: Um quadro de referência teórica. Análise & Conjuntura. Belo
   Horizonte, 1 (3), set./dez. 1986, pp. 107-127.
IPEA. Vinte anos da Constituição Federal. Políticas sociais: acompanhamento
   e análise, volume 17. 2010 (3 volumes).
LOWI, T. American business, public policies, case-studies and political theory.
   World Politics, 16(4). Jul 1964.



                              Sonia Nahas de Carvalho
Bibliografia de referência

RODRIGUES, Lea Carvalho . Propostas para uma avaliação em profundidade de
   políticas públicas sociais. AVAL REVISTA AVALIAÇÃO DE POLÍTICAS
   PÚBLICAS, v. 1, p. 1-15, 2008.
SAAVEDRA, Jaime. Importancia de M&A. In: BANCO MUNDIAL, BANCO
   INTERAMERICANO DE DESENVOLVIMENTO. Hacia la institucionalización de
   los sistemas de monitoreo y evaluación en América Latina y el Caribe – II
   Conferencia Regional de M&E. Julho de 2007.
SILVA E SILVA, Maria Ozanira. Avaliação de Políticas e Programas Sociais:
   aspectos conceituais e metodológicos. In: SILVA E SILVA, Maria Ozanira.
   Avaliação de políticas e programas sociais: teoria & prática. São Paulo:
   Veras Editora, 2001.
WORTHEN, B.R.; SANDERS, J.R.; FITZPATRICK, J.L. Avaliação de Programas:
   concepções e práticas. São Paulo: Editora Gente, 2004.




                             Sonia Nahas de Carvalho
ANEXO
Construção da agenda de trabalho
POLÍTICAS PÚBLICAS E AVALIAÇÃO




            Sonia Nahas de Carvalho
AGENDA DE TRABALHO


         Por que construir uma agenda?

          Dar sistematicidade à ampla variedade de estudos de
          avaliação de políticas e programas desenvolvidos.



                   Avaliar a capacidade explicativa dos modelos
                   analíticos utilizados.
Preocupação        Ou como os modelos lidam com:
   central              conteúdo e contexto de programas / políticas?
                        formal e real?
                        “olhar para trás” e “olhar para frente”?


                        Sonia Nahas de Carvalho
 Unicidade ou diversidade de objetivos a considerar nos projetos de
avaliação?
     Dar eficiência às decisões?
     Melhorar a qualidade da ação pública?
     Medir o desempenho dos programas?
     Ampliar a efetividade das políticas?
 Unicidade ou diversidade de modalidades de análise avaliativa?
    De conteúdo (texto)
    De contexto (social, político, econômico, cultural)
    Organizacional (relações de poder, jogo de interesses, estruturas
   burocráticas, etc)
 Perspectivas de institucionalidade da avaliação relacionam-se com
     Existência de planejamento + orçamento (planos setoriais; PPA)?
     Mudança nas formas de gestão pública (Estado com foco em resultados)?
     Uso real dos resultados da avaliação? Retroalimentação no desenho das
    políticas e programas?
                               Sonia Nahas de Carvalho
É preciso distinguir avaliação política e avaliação de políticas públicas?
     Avaliação política – referenciada a juízos de valor, princípios?
     Avaliação de políticas – apoiada nos critérios de eficiência, eficácia e
    efetividade?
 É preciso distinguir avaliação de políticas e avaliação de programas ou
projetos?
     quanto a objetivos?
     quanto a metodologias?
 Quem é o “cliente” da avaliação?
     Exigência das agências multilaterais de financiamento?
     Democratização e controle social?
     Ampliação da eficiência e eficácia e, quem sabe, da efetividade da ação
    pública?


                                Sonia Nahas de Carvalho
Obrigada




                                     Sonia Nahas de Carvalho
                                         sonahas@seade.gov.br
                               sonianahasdecarvalho@gmail.com
Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados - SEADE
                   Sonia Nahas de Carvalho

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Avaliação de Políticas Públicas

  • 1. IV Seminário de Avaliação de Políticas Públicas e Qualidade do Gasto Secretaria da Fazenda (Sefaz), Secretaria do Planejamento, Gestão e Participação Cidadã (Seplag), Fundação de Economia e Estatística (FEE), Tribunal de Contas Estado do Rio Grande do Sul Porto Alegre – 5-6 de dezembro de 2011 Sonia Nahas de Carvalho
  • 2. Desenho, tipos de políticas e a posição ocupada pela avaliação  Agenda de governo, formação e gestão de políticas  Tipologia de políticas públicas  Avaliação e processo das políticas públicas Sonia Nahas de Carvalho
  • 3. AGENDA DE GOVERNO, FORMAÇÃO E GESTÃO DE POLÍTICAS FORMAÇÃO GESTÃO Decompostos em: Estabelecimento da Escolha entre alternativas agenda de políticas Definição de alternativas Implementação da decisão AVALIAÇÃO DA POLÍTICA E DAS POLÍTICAS Sonia Nahas de Carvalho
  • 4. Processo complexo e em geral longo FORMAÇÃO Introdução da questão na agenda social e passagem para a governamental Embates entre alternativas de solução Apropriação do problema pelos agentes Formulação e decisão da política Estabelecimento das estratégias de implementação GESTÃO Implementação da decisão atividades-meio atividades-fim (execução propriamente dita) Sonia Nahas de Carvalho
  • 5. TIPOLOGIA DE POLÍTICAS 1. Distributivas Remete à noção de arenas de 2. Regulatórias políticas públicas 3. Redistributivas Referências conceituais  Uma política pública ou um conjunto de políticas se enquadra em uma arena e não em outra, pois as categorias para esse enquadramento são distintas. Sistemas de participação e de decisão estruturam-se mutuamente e se interrelacionam à luz do objeto de decisão.  Portanto, é preciso conhecer o objeto de decisão e as possibilidades de sua divisão. Sonia Nahas de Carvalho
  • 6. Objeto de decisão ... que determina a capacidade de sensibilizar atores políticos, sua forma de atuação e o exato instante em que a decisão será tomada. ... em função de suas características poderá ocorrer a ampliação ou limitação dos atores participantes. ... suas características específicas poderão também contribuir para redefinir o próprio objeto de decisão, distinto daquele proposto no momento inicial. Sonia Nahas de Carvalho
  • 7. E o que é objeto de decisão? Nada mais é que o resultado do processo que transforma questões sociais em problemas merecedores de atenção pública. Ou seja, problemas que se tornam itens da agenda governamental. Sonia Nahas de Carvalho
  • 8. Que coalizão de forças é necessária para a emergência de uma política destinada a solucionar um dado problema? A coalizão de forças existente e novas forças eventualmente invocadas são impostas pelo objeto em decisão. Em conjunto irão determinar processos de participação mais limitados ou que permitam incluir novos atores. Resultado: alteração ou não do equilíbrio de forças, com ou sem deslocamento do objeto proposto no momento inicial. Sonia Nahas de Carvalho
  • 9. Políticas da arena distributiva Facilmente desagregadas e distribuídas. Em consequência, é inevitável a multiplicação de interesses e acesso. Tendem para decisões altamente individualizadas. De baixa visibilidade, as decisões não proporcionam incentivos à participação. Em geral, inexistem conflitos, acordos e interesses. Em decorrência, as coalizões formam-se por pessoas que nada possuem em comum. Arena clientelista por excelência. A possibilidade de multiplicação de itens não relacionados uns com os outros permite uma multiplicidade de contemplados. A inexistência de confronto direto entre ganhador e perdedor é a melhor maneira de oferecer proteção e evitar conflito. Sonia Nahas de Carvalho
  • 10. Políticas da arena regulatória Como as distributivas, são também específicas e individuais. Porém, não se prestam a um alto grau de divisibilidade como nas políticas distributivas. As decisões individuais ocorrem pelo cumprimento de uma lei mais geral e, somente assim, tornam-se interrelacionadas dentro dos padrões mais amplos da lei. Coalizão típica: surge a partir do conflito e do acordo de interesses divergentes que normalmente envolvem todo um setor da economia. Na medida que elas se formam em torno de interesses divididos, as coalizões mudarão quando houver novos conflitos de interesse ou quando interesses tiverem sido atendidos. Sonia Nahas de Carvalho
  • 11. Políticas da arena redistributiva Altamente agregadas e envolvem grandes categorias sociais. Por consequência, decisões individuais apresentam-se interrelacionadas. Coalizões: tendem a se concentrar em dois polos, que são claros, estáveis e consistentes, aproximando-se da distinção clássica de classes sociais. Sonia Nahas de Carvalho
  • 12. AVALIAÇÃO E PROCESSO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS Entender políticas públicas pressupõe a noção de processo e, como tal, requer revisões periódicas. Sonia Nahas de Carvalho
  • 13. Processo contínuo de tomada de decisões Configuração do quadro real das  Decisões para mais bem ajustar ações ao políticas públicas. objeto da política.  Decisões que podem alterar a política substancialmente. Uma política pública NÃO se Somente na aparência, configura como sequência formulação, implementação e linear de etapas. avaliação são etapas distintas. Portanto, a avaliação é parte constitutiva do processo da política pública Sonia Nahas de Carvalho
  • 14. 1º pressuposto Se políticas públicas configuram-se como processo contínuo de decisões que se alternam permanentemente,  o objeto central da avaliação é o processo das políticas públicas  e o sistema das políticas públicas é o processo em fluxo Sonia Nahas de Carvalho
  • 15. Dois aspectos a considerar 1. Processo temporal de redefinição dos objetos em jogo, como resultado de decisões anteriores. 2. Processo pelo qual se altera a própria definição do que é e do que não é objeto de decisão política. Sonia Nahas de Carvalho
  • 16. 2º pressuposto Uma intervenção pública – política ou programa – desde sua entrada na agenda de governo até sua execução final é permeada por redes de poder, influência e interesses que não atuam de forma linear. Ao contrário, é tenso e conflitivo de tal forma que pode alterar a direção prevista originalmente. Sonia Nahas de Carvalho
  • 17. Se avaliação é parte constitutiva do processo da política pública, ela não se confunde à etapa final de seu processo. Como princípio, a avaliação deve se remeter à noção de análise, pois ela ocorre ao longo de todo o processo, seja  na formação da agenda,  na formulação das políticas,  na implementação da política através de programas,  nos impactos ou efeitos sociais provocados pelas ações públicas. Sonia Nahas de Carvalho
  • 18. 3º pressuposto Há sempre a geração e agregação de conhecimento, entendido como aporte técnico pelo qual dados são processados em informações, necessários à definição e delimitação  de problemas,  de alternativas de solução e  de procedimentos de operacionalização para tratar problemas. Sonia Nahas de Carvalho
  • 19. FORMAÇÃO GESTÃO CONHECIMENTO Recurso a metodologias, conceitos e procedimentos destinados a organizar conflitos, a agregar parâmetros técnicos e a contribuir para ampliar a eficiência ao processo das políticas públicas. Sonia Nahas de Carvalho
  • 20. Relação entre as dimensões conhecimento e política para entendimento das políticas públicas 1º) superar (se houver) o entendimento de recursos técnicos como sinônimo de racionalidade técnica ou de neutralidade. 2º) afastar-se da visão tecnicista do processo das políticas públicas De qualquer forma, recursos técnicos estão disponíveis e devem ser utilizados. Duas questões - Em que medida recursos técnicos contribuem (ou interferem?) para a tomada de decisões ao longo de todo o processo das políticas públicas? - Como a dimensão técnica pode ser incorporada ou apropriada no processo das políticas públicas? Sonia Nahas de Carvalho
  • 21. Possibilidade de resposta - Reconhecer a dimensão política. Como? - Ampliando o escopo analítico: ao lado de análises custo- benefício, proposto-realizado promover análises de processo de tomada de decisão, identificando razões que fundamentaram determinada decisão e não outra e dificuldades encontradas durante a execução. Com isso, poder-se-á mais bem qualificar a relação entre proposto e realizado e entre custos e benefícios. - Ampliando o conhecimento dos processos sociais e das estruturas institucionais para além do objeto específico da política pública. Sonia Nahas de Carvalho
  • 22. Diante do exposto, o avaliador precisa perguntar... Sonia Nahas de Carvalho
  • 23. Quais os objetos de decisão? Por que estes e não outros? Como questões se transformam Formação da Agenda em problemas merecedores de decisão A pública? V Qual alternativa de intervenção foi escolhida? A Por que esta e não outra? Qual diagnóstico Formulação para qual problema? Que recursos foram L mobilizados? I A Objetivos e metas são atingidos? É preciso Implementação rever os mecanismos de funcionamento do Ç programa? Os objetivos originais foram redefinidos? Eles precisam ser revistos? Ã Os efeitos sociais esperados foram O alcançados? Houve efeitos não esperados? Ampliar a efetividade das políticas. Ou seja, garantir quantidade, qualidade e alocação de recursos públicos compatíveis ao propósito de, pelo menos, melhorar as condições sociais.
  • 24. Bibliografia de referência AGUILAR, Maria José e ANDER-EGG, Ezequiel. Avaliação de serviços e programas sociais. Petrópolis: Editora Vozes, 1994. COHEN, Ernesto e FRANCO, Rolando. Avaliação de projetos sociais. Petrópolis: Editora Vozes, 1993. CARVALHO, Sonia Nahas de. Avaliação de programas sociais: balanço das experiências e contribuição para o debate. São Paulo em Perspectiva. 17(3- 4): 185-197, 2003. http://www.seade.gov.br/produtos; www.scielo.br FIGUEIREDO, M.F. e FIGUEIREDO, A.M.C. Avaliação política e avaliação de políticas: Um quadro de referência teórica. Análise & Conjuntura. Belo Horizonte, 1 (3), set./dez. 1986, pp. 107-127. IPEA. Vinte anos da Constituição Federal. Políticas sociais: acompanhamento e análise, volume 17. 2010 (3 volumes). LOWI, T. American business, public policies, case-studies and political theory. World Politics, 16(4). Jul 1964. Sonia Nahas de Carvalho
  • 25. Bibliografia de referência RODRIGUES, Lea Carvalho . Propostas para uma avaliação em profundidade de políticas públicas sociais. AVAL REVISTA AVALIAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS, v. 1, p. 1-15, 2008. SAAVEDRA, Jaime. Importancia de M&A. In: BANCO MUNDIAL, BANCO INTERAMERICANO DE DESENVOLVIMENTO. Hacia la institucionalización de los sistemas de monitoreo y evaluación en América Latina y el Caribe – II Conferencia Regional de M&E. Julho de 2007. SILVA E SILVA, Maria Ozanira. Avaliação de Políticas e Programas Sociais: aspectos conceituais e metodológicos. In: SILVA E SILVA, Maria Ozanira. Avaliação de políticas e programas sociais: teoria & prática. São Paulo: Veras Editora, 2001. WORTHEN, B.R.; SANDERS, J.R.; FITZPATRICK, J.L. Avaliação de Programas: concepções e práticas. São Paulo: Editora Gente, 2004. Sonia Nahas de Carvalho
  • 26. ANEXO Construção da agenda de trabalho POLÍTICAS PÚBLICAS E AVALIAÇÃO Sonia Nahas de Carvalho
  • 27. AGENDA DE TRABALHO Por que construir uma agenda? Dar sistematicidade à ampla variedade de estudos de avaliação de políticas e programas desenvolvidos. Avaliar a capacidade explicativa dos modelos analíticos utilizados. Preocupação Ou como os modelos lidam com: central  conteúdo e contexto de programas / políticas?  formal e real?  “olhar para trás” e “olhar para frente”? Sonia Nahas de Carvalho
  • 28.  Unicidade ou diversidade de objetivos a considerar nos projetos de avaliação?  Dar eficiência às decisões?  Melhorar a qualidade da ação pública?  Medir o desempenho dos programas?  Ampliar a efetividade das políticas?  Unicidade ou diversidade de modalidades de análise avaliativa?  De conteúdo (texto)  De contexto (social, político, econômico, cultural)  Organizacional (relações de poder, jogo de interesses, estruturas burocráticas, etc)  Perspectivas de institucionalidade da avaliação relacionam-se com  Existência de planejamento + orçamento (planos setoriais; PPA)?  Mudança nas formas de gestão pública (Estado com foco em resultados)?  Uso real dos resultados da avaliação? Retroalimentação no desenho das políticas e programas? Sonia Nahas de Carvalho
  • 29. É preciso distinguir avaliação política e avaliação de políticas públicas?  Avaliação política – referenciada a juízos de valor, princípios?  Avaliação de políticas – apoiada nos critérios de eficiência, eficácia e efetividade?  É preciso distinguir avaliação de políticas e avaliação de programas ou projetos?  quanto a objetivos?  quanto a metodologias?  Quem é o “cliente” da avaliação?  Exigência das agências multilaterais de financiamento?  Democratização e controle social?  Ampliação da eficiência e eficácia e, quem sabe, da efetividade da ação pública? Sonia Nahas de Carvalho
  • 30. Obrigada Sonia Nahas de Carvalho sonahas@seade.gov.br sonianahasdecarvalho@gmail.com Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados - SEADE Sonia Nahas de Carvalho