Este documento apresenta um resumo do filme "Ao Mestre com Carinho II" e faz um paralelo com o texto "Desaulando a Prática Pedagógica". O filme conta a história de um professor que ensina alunos problemáticos e consegue transformar seu comportamento através de diálogos e respeito. O texto defende uma educação que promova a autonomia dos alunos e uma relação de parceria entre professores e alunos.
O filme se passa no colégio interno e o professor tenta moldar o caráter e personalidade de seus alunos, baseando na história da cultura grego-romana. Tudo transcorria bem, nas regras e padrões da escola, até a chegada de um aluno indisciplinado e rebelde - Sedgewick Bell - filho de um político influente - senador norte-americano. O professor tenta modificar o caráter deste aluno e ganhar sua confiança. No colégio existia um concurso para escolha do melhor aluno do ano, “Senhor Júlio César”, uma disputa entre os alunos da classe deste professor. O professor observa a mudança repentina comportamental do obstinado aluno e vislumbra um futuro promissor para o jovem, embora com pouco interesse e esforço nos estudos, mas durante a fase de classificação, percebeu certa determinação, por isso, desclassificou injustamente outro aluno para colocá-lo na prova final do concurso. O professor não contava que o aluno Sedgewick fosse desonesto e praticasse uma conduta antiética - “colar” - às respostas das perguntas e ao perceber essa conduta, fez uma pergunta que não estava entre as questões escolhidas, por saber, que não acertaria a resposta, isso aconteceu. A decepção foi enorme por ter contrariado seus princípios, por classificá-lo, preterindo injustamente outro aluno.
DOCÊNCIA NA PRISÃO: PROFESSORES DUPLAMENTE INICIANTES, APRENDENDO COM OS PARE...ProfessorPrincipiante
As reflexões apresentadas neste texto são resultado de observações a partir de
experiências educativas com professores iniciantes e experientes, em espaços de
privação de liberdade, e investigações anteriores sobre o papel da escola na prisão, onde
se buscou compreender a cilada posta entre o real punitivo da prisão e o ideal educativo
da educação escolar. Partindo da premissa de que a educação emancipa os indivíduos, o
professor se coloca como elemento essencial dessa emancipação, visto ser a sala de
aula, espaço onde os aprisionados encontram possibilidade de (re)construção da
identidade forjada pelas rotinas e normas próprias do sistema carcerário. Nesse sentido,
pensar a inserção profissional na docência na prisão, nos leva à compreensão da
complexidade desse processo, visto ser o professor duplamente iniciante na tarefa
educativa, onde aprende com os pares, com o contexto e o aluno. Faz-se necessário
considerar em sua inserção, que aprenda os códigos do contexto e avalie as motivações
peculiares dos indivíduos em privação de liberdade, uma vez que ao lado do ensino de
conteúdos específicos, constrói com eles, um projeto de vida que lhes garanta a
possibilidade de (re)inserção social. A compreensão mais apurada do processo pela
libertação, baseada nos projetos educativos de Enrique Dussel, Ernani Maria Fiori e Paulo Freire, nos permitem pensar caminhos para o inicio da docência no espaço
prisional, dadas as suas especificidades, e o papel do professor como protagonista da
ação dialógica que liberta e une os excluídos que vivem no interior das prisões.
O filme se passa no colégio interno e o professor tenta moldar o caráter e personalidade de seus alunos, baseando na história da cultura grego-romana. Tudo transcorria bem, nas regras e padrões da escola, até a chegada de um aluno indisciplinado e rebelde - Sedgewick Bell - filho de um político influente - senador norte-americano. O professor tenta modificar o caráter deste aluno e ganhar sua confiança. No colégio existia um concurso para escolha do melhor aluno do ano, “Senhor Júlio César”, uma disputa entre os alunos da classe deste professor. O professor observa a mudança repentina comportamental do obstinado aluno e vislumbra um futuro promissor para o jovem, embora com pouco interesse e esforço nos estudos, mas durante a fase de classificação, percebeu certa determinação, por isso, desclassificou injustamente outro aluno para colocá-lo na prova final do concurso. O professor não contava que o aluno Sedgewick fosse desonesto e praticasse uma conduta antiética - “colar” - às respostas das perguntas e ao perceber essa conduta, fez uma pergunta que não estava entre as questões escolhidas, por saber, que não acertaria a resposta, isso aconteceu. A decepção foi enorme por ter contrariado seus princípios, por classificá-lo, preterindo injustamente outro aluno.
DOCÊNCIA NA PRISÃO: PROFESSORES DUPLAMENTE INICIANTES, APRENDENDO COM OS PARE...ProfessorPrincipiante
As reflexões apresentadas neste texto são resultado de observações a partir de
experiências educativas com professores iniciantes e experientes, em espaços de
privação de liberdade, e investigações anteriores sobre o papel da escola na prisão, onde
se buscou compreender a cilada posta entre o real punitivo da prisão e o ideal educativo
da educação escolar. Partindo da premissa de que a educação emancipa os indivíduos, o
professor se coloca como elemento essencial dessa emancipação, visto ser a sala de
aula, espaço onde os aprisionados encontram possibilidade de (re)construção da
identidade forjada pelas rotinas e normas próprias do sistema carcerário. Nesse sentido,
pensar a inserção profissional na docência na prisão, nos leva à compreensão da
complexidade desse processo, visto ser o professor duplamente iniciante na tarefa
educativa, onde aprende com os pares, com o contexto e o aluno. Faz-se necessário
considerar em sua inserção, que aprenda os códigos do contexto e avalie as motivações
peculiares dos indivíduos em privação de liberdade, uma vez que ao lado do ensino de
conteúdos específicos, constrói com eles, um projeto de vida que lhes garanta a
possibilidade de (re)inserção social. A compreensão mais apurada do processo pela
libertação, baseada nos projetos educativos de Enrique Dussel, Ernani Maria Fiori e Paulo Freire, nos permitem pensar caminhos para o inicio da docência no espaço
prisional, dadas as suas especificidades, e o papel do professor como protagonista da
ação dialógica que liberta e une os excluídos que vivem no interior das prisões.
O filme se passa em um colégio interno, em que um professor tenta moldar a personalidade de seus alunos com tradição e honra, baseando na história da cultura grego-romana. Tudo sempre transcorreu bem, de acordo com as regras e padrões da escola, até o dia que ingressa na escola um aluno indisciplinado e rebelde - Sedgewick Bell - filho de um político influente - senador. O professor tenta mudar o caráter deste aluno e ganhar sua confiança. No colégio existia um concurso para escolha do melhor ano do ano, chamado “Senhor Júlio César”, que era uma disputa entre os alunos da classe do professor. O professor observando a mudança repentina de comportamento deste aluno, vislumbrando um futuro brilhante para o jovem, embora com rebeldia e pouco interesse e esforço no estudo, mas durante a fase de classificação, percebeu certa determinação no aluno, com isso, desclassificou injustamente outro aluno para colocá-lo na prova final do concurso. O professor não contava que aquele aluno fosse desonesto e praticasse uma conduta antiética, estava “colando” as respostas das perguntas, porém, praticamente na rodada final da prova oral do concurso fez-lhe uma pergunta que não estava entre as escolhidas, por saber, que possivelmente não acertaria a resposta e assim aconteceu. A decepção foi enorme, pois para esse jovem aluno participar do concurso, o professor foi contra seus princípios, classificou-o, preterindo injustamente outro aluno que tinha sido classificado.
O trabalho trata sobre uma reflexão crítica a respeito do sistema pedagógico tradicional, onde professores e alunos são tratados como reprodutores da ideologia de uma classe dominante, que possui interesses sobre outras classes e que, por meio da alienação exerce e legitima o seu poder. Por conseqüência, ocorre o distanciamento do indivíduo perante a si mesmo e perante os outros, se movendo para a reprodução de uma série de comportamentos, sentimentos e pensamentos de uma cultura massificadora e limitadora da existência. Após esta explanação, o trabalho busca conscientizar e traçar possibilidades de se realizar um trabalho educativo mais consciente e participativo, propondo uma relação humana, participativa, dialética e libertária.
Palavras-chave: ideologia burguesa, alienação, psicologia educacional, dialética.
Trabalho de conclusão do curso de Psicologia, apresentado no final de 2005.
1º Seminário de Práticas Educativas na EducaçãoArlette Basilio
Neste 1º Seminário. pudemos trocar experiência de forma cooperativa, trabalhando a compreensão da criança na escola de forma ativa em atividades interessantes.
O filme se passa em um colégio interno, em que um professor tenta moldar a personalidade de seus alunos com tradição e honra, baseando na história da cultura grego-romana. Tudo sempre transcorreu bem, de acordo com as regras e padrões da escola, até o dia que ingressa na escola um aluno indisciplinado e rebelde - Sedgewick Bell - filho de um político influente - senador. O professor tenta mudar o caráter deste aluno e ganhar sua confiança. No colégio existia um concurso para escolha do melhor ano do ano, chamado “Senhor Júlio César”, que era uma disputa entre os alunos da classe do professor. O professor observando a mudança repentina de comportamento deste aluno, vislumbrando um futuro brilhante para o jovem, embora com rebeldia e pouco interesse e esforço no estudo, mas durante a fase de classificação, percebeu certa determinação no aluno, com isso, desclassificou injustamente outro aluno para colocá-lo na prova final do concurso. O professor não contava que aquele aluno fosse desonesto e praticasse uma conduta antiética, estava “colando” as respostas das perguntas, porém, praticamente na rodada final da prova oral do concurso fez-lhe uma pergunta que não estava entre as escolhidas, por saber, que possivelmente não acertaria a resposta e assim aconteceu. A decepção foi enorme, pois para esse jovem aluno participar do concurso, o professor foi contra seus princípios, classificou-o, preterindo injustamente outro aluno que tinha sido classificado.
O trabalho trata sobre uma reflexão crítica a respeito do sistema pedagógico tradicional, onde professores e alunos são tratados como reprodutores da ideologia de uma classe dominante, que possui interesses sobre outras classes e que, por meio da alienação exerce e legitima o seu poder. Por conseqüência, ocorre o distanciamento do indivíduo perante a si mesmo e perante os outros, se movendo para a reprodução de uma série de comportamentos, sentimentos e pensamentos de uma cultura massificadora e limitadora da existência. Após esta explanação, o trabalho busca conscientizar e traçar possibilidades de se realizar um trabalho educativo mais consciente e participativo, propondo uma relação humana, participativa, dialética e libertária.
Palavras-chave: ideologia burguesa, alienação, psicologia educacional, dialética.
Trabalho de conclusão do curso de Psicologia, apresentado no final de 2005.
1º Seminário de Práticas Educativas na EducaçãoArlette Basilio
Neste 1º Seminário. pudemos trocar experiência de forma cooperativa, trabalhando a compreensão da criança na escola de forma ativa em atividades interessantes.
1. UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA – DCET
DISCIPLINA: ESTÁGIO SUPERVISIONADO II
DOCENTE: CLAUDIA REGINA TEIXEIRA SOUZA
DISCENTES: CHARLENE RODRIGUES, PAULA GABRIELE TRINDADE FREITAS
E TAÍS BRAULIO
CURSO: LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
SEMESTRE: 8º
RESENHA
To sir, with Love II. Ao mestre com carinho I. Produção e direção de James Clavell.
Londres/ Inglaterra. Sony Pictures. 1967. Vídeo.
WITTMANN, Lauro Carlos, MATIOLA, Osmar e MORAIS, Maria José de. Desaulando a
Prática Pedagógica. In: PEREIRA, G.M, M.C.L.(Orgs). O Educador Pesquisador e a
Produção Social do conhecimento. Florianópolis. Insular, 2003, p. 17-20.
O filme “Ao mestre com carinho II”, relata a história de um professor negro de
história (Mark Thachary) que leciona por 28 anos e aceita o desafio de ensinar a uma
classe de alunos tidos como rebeldes e discriminados na sociedade em que viviam.
Esses alunos faziam parte do setor E da escola, setor onde ficavam os piores alunos.
Escrito, dirigido e produzido por James Clavell, o filme traz reflexões sobre alguns
problemas sociais, raciais e como a postura de um educador pode influenciar na vida de
seus alunos.
Mark Thachary ao chegar ao colégio, o encontra completamente sem
manutenção, paredes pinchadas, com alguns professores pintando a sala. O diretor do
colégio o apresenta aos outros professores e em meio a conversas fica sabendo que
nenhum professor quer ensinar aos alunos do setor E, por tratarem de alunos
irresponsáveis e violentos. A escola divide os alunos em dois grupos: os melhores e os
piores, sendo possível perceber a discriminação por parte dos professores e
principalmente do diretor, que não acredita que os alunos do Setor E possam melhorar.
Então Mark se lança ao desafio e inicialmente também é discriminado por sua postura,
completamente diferente do modelo daquela escola, com seus colegas professores não
acreditando na possibilidade de qualquer êxito.
Em sua primeira aula, ele se apresenta deixando claro que naquela sala todos
deveriam respeitar um ao outro, isso é possível ser observado pelo jeito que gostaria de
ser chamado (Sr.Thachary) e como ele se dirigia aos alunos, sempre pelos seus
sobrenomes. No segundo dia de aula o professor conta um pouco da sua “historia” e no
terceiro dia ele pergunta aos seus alunos: “quem é você?”. Com essas aulas iniciais e
seu olhar atento, foi possível conhecer um pouco mais seus alunos e saber qual a melhor
forma de tratá-los e prepará-los para mudanças.
A estratégia adotada por Thackeray são aulas em formas de conversas sobre os
mais diversos temas como, por exemplo, vida, sobrevivência, sexo, trabalho, fazendo
com que cada aluno expressasse suas opiniões, o que de fato sentiam e como eles se
viam. Assim ele conseguiu trabalhar a transformação do comportamento de seus alunos,
2. despertando as qualidades, vocações, dons e criatividade de cada um. Com seu jeito ora
autoritário ora paternal, ele conquista aos poucos o respeito e admiração da turma, que
passou a vê-lo não só como um professor, mas como um amigo e parceiro disposto a
ajudar.
Podemos fazer um paralelo do filme com o texto “Desaulando a prática
pedagógica” escrito por Lauro Carlos Wittmann, Osmar Matiola e Maria José de
Morais, que tem como proposta principal a mudança na relação professor-aluno, a partir
de uma prática pedagógica focada na relação de parceria entre os envolvidos e
preocupada com a formação humana.
Os autores alertam que a educação está em processo permanente de mudança,
bem como os fundamentos, valores e os métodos que sustentaram a profissão docente.
Mesmo que ainda presente, a educação como forma de mera transmissão de
conhecimento onde somente o professor ensina e cabe ao aluno aprender deve, caso não
seja substituída, ser mesclada com uma educação em que o professor é um mediador
promovendo a autonomia intelectual de seus alunos, com professores e alunos fazendo
parte do processo de ensinar e aprender.
O aluno transcende a imagem de um acumulador de conhecimentos e torna um
ser participativo com suas experiências de vida e individualidade trazidas para sala de
aula, dando espaço para uma relação cognitiva-social-afetiva. Este foi o papel deste
Mestre do filme “Ao Mestre com Carinho II”, um modelo de educador, que observou as
atitudes de cada aluno, individualmente, de modo que as conseqüências dos
comportamentos vividos por eles e a sociedade em que viviam, afetou o modo de
interagir em sala de aula. E de forma criativa e com flexibilidade de métodos e critérios,
Sr.Thachary, preocupou-se com a socialização dos alunos e estes responderam de forma
positiva.
As obras são uma ótima oportunidade de leitura e aprendizado não só para
alunos, como para professores atuantes e futuros professores, ensinando como um
professor sob condições adversas (alunos desinteressados, agressivos, com pouca
orientação familiar e sem perspectivas de enxergar a educação como espaço de
aprendizado), consegue obter resultados importantes junto aos estudantes. Além de
transparecer características indispensáveis para o perfil de um bom educador:
compromisso, seriedade e determinação para resolver os problemas em sala.