O documento discute a metodologia do ensino, definindo métodos e técnicas. A metodologia deve levar o aluno à autonomia e emancipação, não sendo um fim em si mesma. As técnicas são mais específicas que os métodos e servem para realizar partes da aprendizagem. Todo método deve seguir as fases de planejamento, execução e avaliação. O objetivo é tornar o aluno independente através do estudo dirigido, supervisionado e livre.
REFLEXÕES DA FORMAÇÃO DOCENTE ATRAVÉS DE OBSERVAÇÃO NA DISCIPLINA EXPERIMENTA...ProfessorPrincipiante
Este artigo tem por objetivo observar uma metodologia de ensino subsidiando
conhecimentos sobre investigação no ensino de química e aprimoração para construção
de instrumento piloto de pesquisa. As observações aconteceram através da disciplina
Experimentação e Ensino de Química (EEQ), que faz parte da matriz curricular do Curso
de licenciatura em Química da Universidade Federal do ABC/UFABC. O desenvolvimento
destas observações faz parte do cronograma de uma pesquisa de mestrado do Programa
de pós-graduação em ensino, história e filosofia das ciências e matemáticas da UFABC,
dentro de uma abordagem qualitativa. A metodologia consiste na observação participante
com registro e anotações sobre 72 horas de aulas durante o terceiro quadrimestre de
2013 em duas turmas, envolvendo um professor em sala/laboratório, uma pesquisadora,
sete alunos e um monitor de laboratório. As observações realizadas levaram a várias
percepções para o trabalho de pesquisa a ser desenvolvida como a importância do
registro áudio visual, prevendo situações problemas, necessidade de aprofundamento na
verificação de formação, concepções prévias dos professores sobre experimentação
tradicional e novas tendências no ensino da química, bem como, uma reflexão crítica a
respeito das documentações oficiais e o ensino de química. Apesar dos alunos
reconhecerem o potencial pedagógico das atividades investigativas, os estudantes na
formação inicial a desconhecem demonstrando que uma modificação substancial do que
se entende por laboratório e a finalidade de atividades investigativas no ensino da
química é um passo importante para as mudanças na formação inicial em Educação
química.
Processo de Ensino e Aprendizagem se caracteriza pela combinação de actividades do professor e dos alunos. Estes, pelo estudo das matérias, sob direcção do professor, vão atingindo progressivamente o desenvolvimento de suas capacidades mentais.
TRABALHO LABORATORIAL E PRÁTICAS DE AVALIAÇÃO DE PROFESSORES DE CIÊNCIAS FÍSI...Marisa Correia
Artigo publicado na revista Ensaio Pesquisa em Educação em Ciências
http://www.portal.fae.ufmg.br/seer/index.php/ensaio/article/viewFile/169/244
http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=129512579010
REFLEXÕES DA FORMAÇÃO DOCENTE ATRAVÉS DE OBSERVAÇÃO NA DISCIPLINA EXPERIMENTA...ProfessorPrincipiante
Este artigo tem por objetivo observar uma metodologia de ensino subsidiando
conhecimentos sobre investigação no ensino de química e aprimoração para construção
de instrumento piloto de pesquisa. As observações aconteceram através da disciplina
Experimentação e Ensino de Química (EEQ), que faz parte da matriz curricular do Curso
de licenciatura em Química da Universidade Federal do ABC/UFABC. O desenvolvimento
destas observações faz parte do cronograma de uma pesquisa de mestrado do Programa
de pós-graduação em ensino, história e filosofia das ciências e matemáticas da UFABC,
dentro de uma abordagem qualitativa. A metodologia consiste na observação participante
com registro e anotações sobre 72 horas de aulas durante o terceiro quadrimestre de
2013 em duas turmas, envolvendo um professor em sala/laboratório, uma pesquisadora,
sete alunos e um monitor de laboratório. As observações realizadas levaram a várias
percepções para o trabalho de pesquisa a ser desenvolvida como a importância do
registro áudio visual, prevendo situações problemas, necessidade de aprofundamento na
verificação de formação, concepções prévias dos professores sobre experimentação
tradicional e novas tendências no ensino da química, bem como, uma reflexão crítica a
respeito das documentações oficiais e o ensino de química. Apesar dos alunos
reconhecerem o potencial pedagógico das atividades investigativas, os estudantes na
formação inicial a desconhecem demonstrando que uma modificação substancial do que
se entende por laboratório e a finalidade de atividades investigativas no ensino da
química é um passo importante para as mudanças na formação inicial em Educação
química.
Processo de Ensino e Aprendizagem se caracteriza pela combinação de actividades do professor e dos alunos. Estes, pelo estudo das matérias, sob direcção do professor, vão atingindo progressivamente o desenvolvimento de suas capacidades mentais.
TRABALHO LABORATORIAL E PRÁTICAS DE AVALIAÇÃO DE PROFESSORES DE CIÊNCIAS FÍSI...Marisa Correia
Artigo publicado na revista Ensaio Pesquisa em Educação em Ciências
http://www.portal.fae.ufmg.br/seer/index.php/ensaio/article/viewFile/169/244
http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=129512579010
Apresentação referente aos Métodos e Modelos de Ensino enquadrada na actividade curricular da u.c. de Processo Educativo: Desenvolvimento e Aprendizagem (PEDA)
As fases da aula ou tecnicamente designadas por funções didácticas exercem um papel muito importante ao longo do Processo de Ensino e Aprendizagem (PEA), por elas operarem como um instrumento que faz com que professor esteja consciente das noções teóricas da sua área de formação, esboçando a sua prática, a fim de transformar o aluno em um sujeito que responda às demandas contemporâneas, tais como: analisar, interpretar, avaliar, sintetizar, comunicar, usar diferentes linguagens, estabelecer relações, propor soluções inovadoras para as situações com as quais defronta etc.
Qualquer tarefa que se pretende realizar no contexto educativo, para que seja feita conforme e de maneira lógica, é necessário que haja uma preparação inicial que mostrará claramente as intenções ou objectivos que se pretende alcançar na tal tarefa e os seus passos subsequentes.
O Processo de Ensino e Aprendizagem envolvem muitas actividades que são executadas ao longo do mesmo processo educativo que comportam acções com vista ao alcance de certos objectivos almejados em cada fase ou mesmo num determinado período de tempo.
Relação entre a didáctica com outras ciênciasJoao Papelo
Este trabalho surge no âmbito de pesquisa para a abordagem dos termos que ditam a cadeira de Didáctica concernente a interdisciplinaridade dela no seu campo de estudo. Como é sabido, esta como outra qualquer área de conhecimento tem buscado uma confiança e conhecimento de outras áreas de saber para incrementar os seus estudos e melhor abordagem dos seus conteúdos.
DIÁLOGOS ENTRE OS SABERES DA PRÁTICA E A TEORIA: O QUE DIZEM OS (AS) ACADÊMIC...ProfessorPrincipiante
As pesquisas sobre o conhecimento que os docentes constroem em sua ação têm sido
alvo de muitos estudos, pois segundo Shön, (2000) o conhecimento profissional pode se
construir na prática, no momento em que os professores (as) “pensam enquanto fazem”.
Essa capacidade de agir na prática é denominada pelo autor como um processo de
reflexão-na-ação, pois nem todas as situações que se tecem nesses contextos estão
transcritas em algum manual técnico. Muitas vezes para encontrar saídas para diversos
problemas de forma competente, o professor pode improvisar, inventar e testar
estratégias situacionais que ele próprio produz.
Zeichner (1995) considera duas categorias que devem ser levadas em conta no estudo
da prática dos professores (as). Uma é a reflexão-na-ação, que se refere aos processos
de pensamento que se realizam na ação, sempre que os professores (as) têm
necessidade de reenquadrar uma situação problemática tomando como base a
informação obtida a partir da ação, desenvolvendo experiências para conseguir as
respostas mais adequadas. A outra é a reflexão-sobre-a-ação que se refere ao processo
de pensamento que ocorre retrospectivamente sobre uma situação problemática e sobre
as reflexões-na-ação produzidas pelo (a) professor (a).
Nesse sentido, acreditamos que o referencial trazido por esses autores possibilita a
criação de instrumentos teóricos capazes de compreender a complexidade dos
fenômenos e ações que se desenvolvem durante as atividades práticas. Monteiro (2001)
alerta para a crítica à racionalidade técnica, a qual tem gerado várias pesquisas que
procuram superar a relação linear e mecânica entre conhecimento técnico científico e a
prática da sala de aula.
As atividades presenciais valorizarão a participação dos participantes pela utilização de metodologias ativas de aprendizagem, tais como Problem Based Learning (PBL), Case Based Learning (CBL) e Team Based Learning (TBL).
A simulação baseia-se na metodologia Problem Based Learning (PBL), na qual os alunos são desafiados a atuar em equipe ao longo de sucessivos ciclos de ação e reflexão.
Visando ao fortalecimento das relações pessoais, a FGV organiza atividades extraclasse e atividades culturais, além de um trabalho integrado de qualidade de vida, com o objetivo de trazer o gestor para o centro da reflexão, não somente sob a perspectiva técnica, mas também humana. Essas atividades estimulam a autorreflexão e maior integração entre os participantes.
Métodos de Ensino - Texto de Libâneo (1994)Mario Amorim
Apresentação do Capítulo 5, sobre 'os Métodos de Ensino', do livro de Didática de José Carlos Libâneo, páginas 149-176.
Fonte: LIBÂNEO, J.C. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.
Apresentação referente aos Métodos e Modelos de Ensino enquadrada na actividade curricular da u.c. de Processo Educativo: Desenvolvimento e Aprendizagem (PEDA)
As fases da aula ou tecnicamente designadas por funções didácticas exercem um papel muito importante ao longo do Processo de Ensino e Aprendizagem (PEA), por elas operarem como um instrumento que faz com que professor esteja consciente das noções teóricas da sua área de formação, esboçando a sua prática, a fim de transformar o aluno em um sujeito que responda às demandas contemporâneas, tais como: analisar, interpretar, avaliar, sintetizar, comunicar, usar diferentes linguagens, estabelecer relações, propor soluções inovadoras para as situações com as quais defronta etc.
Qualquer tarefa que se pretende realizar no contexto educativo, para que seja feita conforme e de maneira lógica, é necessário que haja uma preparação inicial que mostrará claramente as intenções ou objectivos que se pretende alcançar na tal tarefa e os seus passos subsequentes.
O Processo de Ensino e Aprendizagem envolvem muitas actividades que são executadas ao longo do mesmo processo educativo que comportam acções com vista ao alcance de certos objectivos almejados em cada fase ou mesmo num determinado período de tempo.
Relação entre a didáctica com outras ciênciasJoao Papelo
Este trabalho surge no âmbito de pesquisa para a abordagem dos termos que ditam a cadeira de Didáctica concernente a interdisciplinaridade dela no seu campo de estudo. Como é sabido, esta como outra qualquer área de conhecimento tem buscado uma confiança e conhecimento de outras áreas de saber para incrementar os seus estudos e melhor abordagem dos seus conteúdos.
DIÁLOGOS ENTRE OS SABERES DA PRÁTICA E A TEORIA: O QUE DIZEM OS (AS) ACADÊMIC...ProfessorPrincipiante
As pesquisas sobre o conhecimento que os docentes constroem em sua ação têm sido
alvo de muitos estudos, pois segundo Shön, (2000) o conhecimento profissional pode se
construir na prática, no momento em que os professores (as) “pensam enquanto fazem”.
Essa capacidade de agir na prática é denominada pelo autor como um processo de
reflexão-na-ação, pois nem todas as situações que se tecem nesses contextos estão
transcritas em algum manual técnico. Muitas vezes para encontrar saídas para diversos
problemas de forma competente, o professor pode improvisar, inventar e testar
estratégias situacionais que ele próprio produz.
Zeichner (1995) considera duas categorias que devem ser levadas em conta no estudo
da prática dos professores (as). Uma é a reflexão-na-ação, que se refere aos processos
de pensamento que se realizam na ação, sempre que os professores (as) têm
necessidade de reenquadrar uma situação problemática tomando como base a
informação obtida a partir da ação, desenvolvendo experiências para conseguir as
respostas mais adequadas. A outra é a reflexão-sobre-a-ação que se refere ao processo
de pensamento que ocorre retrospectivamente sobre uma situação problemática e sobre
as reflexões-na-ação produzidas pelo (a) professor (a).
Nesse sentido, acreditamos que o referencial trazido por esses autores possibilita a
criação de instrumentos teóricos capazes de compreender a complexidade dos
fenômenos e ações que se desenvolvem durante as atividades práticas. Monteiro (2001)
alerta para a crítica à racionalidade técnica, a qual tem gerado várias pesquisas que
procuram superar a relação linear e mecânica entre conhecimento técnico científico e a
prática da sala de aula.
As atividades presenciais valorizarão a participação dos participantes pela utilização de metodologias ativas de aprendizagem, tais como Problem Based Learning (PBL), Case Based Learning (CBL) e Team Based Learning (TBL).
A simulação baseia-se na metodologia Problem Based Learning (PBL), na qual os alunos são desafiados a atuar em equipe ao longo de sucessivos ciclos de ação e reflexão.
Visando ao fortalecimento das relações pessoais, a FGV organiza atividades extraclasse e atividades culturais, além de um trabalho integrado de qualidade de vida, com o objetivo de trazer o gestor para o centro da reflexão, não somente sob a perspectiva técnica, mas também humana. Essas atividades estimulam a autorreflexão e maior integração entre os participantes.
Métodos de Ensino - Texto de Libâneo (1994)Mario Amorim
Apresentação do Capítulo 5, sobre 'os Métodos de Ensino', do livro de Didática de José Carlos Libâneo, páginas 149-176.
Fonte: LIBÂNEO, J.C. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.
1. UNEB – UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
DISCIPLINA: METODOLOGIA DO ENSINO DE CIÊNCIAS
METODOLOGIA DO ENSINO
1. INTRODUÇÃO
A metodologia do ensino deve ser encarada como um meio e não como um fim, pelo que deve haver, por parte
do professor, disposição para alterá-la, sempre que sua crítica sobre a mesma o sugerir. Assim, não se deve ficar
escravizado à mesma, como se fosse algo sagrado, definido, imutável.
A metodologias do ensino, de modo geral, deve conduzir o educando à auto-educação, à autonomia, à
emancipação intelectual, isto é, deve levá-lo a andar com suas próprias pernas e a pensar com sua própria cabeça.
A metodologia do ensino consta de métodos e técnicas, cuja diferenciação mais acentuada enter ambas será
vista mais adiante.
A metodologia didática tem por objetivo dirigir a aprendizagem do educando para que este incorpore em seu
comportamento aquelas normas, atitudes e valores que o tornem um autêntico cidadão participante e voltado para o
crescente respeito ao próprio homem.
O educando, apesar de toda a liberdade que deve gozar para a sua plena realização, terá de ser orientado para
aquelas metas consideradas válidas para ele e para a sociedade...
A liberdade pela liberdade e a liberdade pelos movimentos desordenados e caprichosos ou inconseqüentes não
conduzem a nada, quando não são prejudiciais ao indivíduo e à sociedade.
A liberdade anárquica não tem sentido em educação, uma vez que esta preconiza uma forma de
comportamento, fruto de reflexão sobre a realidade humana e social, dentro de uma circunstância histórica, visando ao
que mais convém para melhor realização do homem e desenvolvimento social mais eficiente.
Assim, a educação, através de suas normas grais de ação e de sua metodologia didática, procura levar o
educando a assimilar aquele comportamento tido como o mais conseqüente para ele e para a sociedade.
2. MÉTODOS E TÉCNICAS DE ENSINO
A metodologia didática procura apresentar estruturações de passos de atividades didáticas que orientem
adequadamente a aprendizagem do educando.
A metodologia didática, segundo as circunstâncias e o nível de maturidade do educando, pode apresentar
estruturações preponderantemente lógicas ou psicológicas.
Não se fará diferenciação substancial entre método e técnica didática, porque ambos se encontraram muito
próximos, sendo seu objetivo comum levar o educando a seguir um esquema para maior eficiência da aprendizagem.
Vera1
apresenta, em termos gerais, uma diferenciação entre método e técnica, que pode ser utilizada pela
metodologia didática: ‘‘ método é um procedimento geral, baseado em princípios lógicos, que pode ser comum a várias
ciências; técnica é um meio específico usado0 em determinada ciência ou en um aspecto particular desta. Exemplo: o
método dedutivo é usado tanto na Lógica como na Matemática ou na Física Teórica, ao passo que as técnicas de
observação, usadas na Psicologia Social, são próprias desta disciplina’’.
O método talvez se caracterize por aquele conjunto de passos que vai da apresentação da matéria à verificação
da aprendizagem.
Considera-se a técnica como procedimento didático que se presta a ajudar a realizar uma parte da
aprendizagem a que se propòe o método.
Assim, um método de ensino pode fazer uso, no conjunto das suas ações, de uma série de técnicas. Tentando
uma diferenciação mais precisa, pode-se dizer o segointe, a respeito do método didático e da técnica didática:
a) Método didático
É o conjunto de procedimentos escolares lógica e psicologicamente estruturados de que se vale o professor
para orientar a aprendizagem do educando, a fim de que este elabore conhecimentos adquira técnicas ou assuma ma
atitudes e idéias.
Diz-se que o método deve ser logicamente estruturado porque precisa apresentar justificativas para os seus
passos, a fim de que não se baseiem em aspectos secundários ou mesmo caprichosos que devam levar a dirigir a
aprendizagem dos alunos.
Diz-se também que o método deve ser psicologicamente estruturado porque precisa atender a peculiaridades
comportamentais e possibilidades de aprendizagem dos alunos a que se destina, se crianças, adolescentes ou adultos, ou,
ainda, se deficientes, normais ou bem dotados intelectualmente.
1.Asti Vera, Metodologia de la Investigación ( Boenos Aires, Editorial Kapelosz), p. 16.
2. b) Técnicas didáticas
É também o procedimento escolar lógica e psicologicamente estruturado destinado a dirigir aprendizagem do
educando, porém em um setor limitado da fase de estudo de um tema, como na apresentação, elaboração, síntese ou
crítica do referido tema.
Em outras palavras técnica didática é o recurso particular que se vale o professor para a efetivação dos
propósitos do método.
Assim, um método, em seu desenvolvimento, pode lançar mão de uma série de técnicas para a efetivação dos
objetivos que o mesmo tem em mira.
Pelo visto, método de ensino é mais amplo que técnica de ensino. A técnica é mais adstrita à orientação da
aprendizagem em setores mais específicos, ao passo que método de ensino indica aspectos mais gerais da ação didática.
Um método de ensino, para alcançar os seus obietivos, precisA lançar mão de uma ou roais técnicas. Pode-se
mesmo dizer que o método de ensino' se deriva por meio das técnicas.
É preciso esclarecer, no entanto, que auásc todos os métodos de ensino podem assumir o papel de técnica, ao
mesmo tempo que quase todas as técnicas de ensino podem assumir o papel de rnétodr', dependendo da amplitude que
assumem, ao ser orientada a aprendizagem do educando, Se a exposição é aplicada para o estudo de um tema ou
unidade, pode-se dizer que foi empregado o método expositivo. Mas se ela é empregada em dado momento de uma
discussão ou demonstração, pode-se dizer que foi utilizada a técnica expositiva. O mesmo se pode dizer do
interrogatório. Se em todo o transcorrer de uma auia o assunto é estudado com base em perguntas do professor à classe,
pode-se dizer que foi empregado o método ao interrogatório, mas se o mesmo for aplicado apenas em alguns momentos
de uma aula expositiva, pode-se dizer que foi empregada a técnica do interrogatório.
É preciso esclarecer que a palavra técnica pode assumir outra conotação, qual seja a da eficiência. Veja-se esta
frase: Fulano usou como técnica o método expositivo, mas faltou-lhe técnica na demonstração.
Agora, todo método ou técnica de ensino, fundamentalmente, deve efetivar-se por meio da atividade do
educando, fazendo com que este. De modo geral, seja agente da sua própria aprendizagem, e não um simples receptor
de dados e de normas elaborados por outrem.
Assim, métodos e técnicas de ensino devem conduzir o educando a observar, criticar, pesquisar julgar,
concluir, correlacionar, diferenciar, sintetizar, conceituar, refletir.
3. FASES DE UM MÉTODO DE ENSINO
Todo método de ensino tem de acompanhar o esquema de desenvolvimento de um ciclo docente, que
fundamentalmente consta de três partes planejamento, execução e avaliação.
O esquema parece ser o mesmo para todos os métodos, variando, é claro, a maneira de efetivaçao dos estudos
ou execução das tarefas institucionais.
Assim, podem ser consideradas três as partes de qualquer método.
a) Fase do Planejamento — É a fase em que se estabelece o conteúdo a ser estudado e são precisados detalhes
do desenvolvimento da ação didática. Esta fase, de modo geral, fica mais adstrita ao professor, mas pode também ser
efetuada por professor o educandos, bem como, conforme o método, por educandos.
b) Fase da Execução — Esta fase compreende quatro subfasss, quais sejam; subfase da motivação e
apresentação, subfase da realização subfase da elaboração e subfase das conclusões.
subfase da motivação e apresentação, em que a classe, por um processo de motivação, é predisposta para
os trabalhos a serem desenvolvidos, bem como, em linhas gerais, é apresentado o conteúdo ou o sujeito do
estudo a ser efetuado;
subfase da realização, em que se processa o estudo propriamente
dito com base no método que tenha sido escolhido;
subfase da elaboração, em que, após o estudo sistemático do assunto em foco, são realizados trabalhos que
visem à fixação e integração da aprendizagem, através de discussões, exercícios, aplicações etc.;
subfase das conclusões, em que, terminada a fase anterior, a classe é conduzida a tirar conclusões a
respeito dos trabalhos realizados, ou melhor, do conteúdo estudado.
c) Fase de avaliação— Esta é a ultima, fase do método e consta de provas de avaliação ou de outros quaisquer
recursos que permitam ao professor uma avaliação a respeito do estudo efetuado, educando por educando, a fim de
providenciar reajustas no conteúdo ou na metodologia, ratificação da aprendizagem ou recuperação de educandos.
4. MARCHA PARA A AUTONOMIA
É bom lembrar que todo e qualquer método ou técnica de ensino deve ter em mira tornar o educando
independente do professor, de maneira que este possa orientar-se por si em futuros estudos e em sua participação na
sociedade.
O desenvolvimento metodológico, de modo geral, para tornar o educando livre, confiante e responsável,
deveria seguir o caminho do estudo dirigido, estudo supervisionado, a tarefa dirigida e estudo livre.
3. a) Estudo dirigido — O estudo dirigido propriamente dito ou formas outras de estudos procuram, de certa
modo, fornecer "balizamento didático" para o educando efetivar a sua aprendizagem, ao mesmo tempo que lhe vão
conferindo técnicas e consciência de como estudar.
b) Estudo supervisionado — O presente método e outros semelhantes têm por fim permitir trabalhos mais
independentes, com um mínimo de interferência do professor, mas assim mesmo ainda será um trabalhar com o
professor, porém com bastante autonomia.
c) Tarefa dirigida — A tarefa dirigida visa suprir insuficiências constatadas na escolaridade do educando. É
possível que o educando, na sua marcha para a autonomia, revele deficiências que poderão dificultar a concecução deste
objetivo. A tarefa dirigida será uma terapêutica adequada para eliminar ou atenuar essas deficiências.
d) Estudo livre — No estudo livre, o educando é instado a trabalhar completamente livre, podendo fazer uso
total de seu espírito crítico, iniciativa e criatividade, uma vez que estudos ou tarefas são por ele mesmo escolhidos e
desenvolvidos, segundo a sua própria motivação, maneira de ser e perspicácia.
5. SUGESTÕES DE AÇÃO METODOLÓGICA
Se a educação tem por fím levar, o indivíduo a agir na realidade, para enfrentar situações inéditas, atuando de
maneira consciente, eficiente, e responsável, ele tem, de aprender a agir. Ele tem de aprender a agir e a se exercitar nas
suas formas de atuação na realidade, a fim de desenvolver a sua disposição e possibilidades de ação.
A disposição e as possibilidades de ação inerentes à criatura humana precisam ser exercitadas através de uma
aprendizagem ativa, na qual o educando seja convocado a elaborar o seu próprio conhecimento e a estruturar o seu
próprio comportamento, não recebendo passivamente dados, informes, técnicas e valores, totalmente estruturados e com
obrigação, tão-só, de decorá-los e de repetí-los, quando solicitados.
0 ensino ativo deve ter em mente orientar a experiência do educando a fim de levá-lo a aprender por si, o que
possibilitará o desenvolvimento de todas as possilidades promovendo a realização plena de sua personalidade,
explicitando-lhes todas as suas virtualidades.
O educando, através do ensino ativo, além do mais, ganha confiança em si e aproveita mais eficientemente a
sua capacidade de aprendizagem.
O ponto de vista mais importante do ensino talvez esteja em habituar o educando ao esforço da busca, da
pesquisa, da elaborarão e da reflexão. Enfim, em habituar o educando ao esforço consciente para aprender. E o
esforço para aprender por si, através da pesquisa e do reflexo é bem mais proveitoso do que decorar.
A nosso ver, a maneira ativa de aprender predispõe, também. o educando para o trabalho, isto porque, no
ensino ativo, aprender é trabalhar.
O ensino ativo, pois, deve dar ênfase àquelas possibilidades de ação física e mental que todo ser humano
possui, a fim de fortalecê-las e desenvolvê-las, através dos seguintes procedimentos, dentre muitos outros:
a) Observação dos fenômenos desconhecidos e mesmo conhecidos, para descobrir-lhes algo inédito.
b) Recolhimento de dados para constatação de uma realidade, formulação de problema ou hipótese ou mesmo
realização de comparações, coleções, exclusões ou caracterizações.
c) Constatação de fatos ou princípios enunciados.
d) Realização de experiências e recolhimento de dados para chegar ao enunciado de princípios ou leis. ou mesmo
caracterização da fatos.
e) Pesquisas relacionadas com dificuldades ou, indagações surgidas, a fim de resolvê-las, explicá-las ou esclarecê-
las.
f) Solicitação de novas soluções para velhas questões ou soluções para outras novas, tendo em vista desenvolver a
criatividade.
h) Criticar aparelhos ou objetos visando à sua maior praticidade. eficiência, economia ou estética.
g) Levar a deduções a partir de premissas dadas.
i) Levar a induções a partir de dados particulares apresentados ou recolhidos pelo próprio educando.
k)Levar a identificar analogia entre fenômenos diferentes.
l)Propiciar atividades que exijam planejamento total por parte do educando, individualmente, para o
desenvolvimento das mesmas, sendo que os temas dessas atividades podem ser, também, indicados pelo próprio
educando.
m) Propiciar atividades da mesma natureza, mas que exijam trabalho em grupo.
n) Propiciar atividades que levem a discussões, com ênfase na cooperação intelectual dos educandos entre si e
destes com o professor.
o) Estimular sempre que oportuno, o diálogo entre educandos, ou entre professor e educando. Não esquecer, no
entanto, que o diálogo realmente educativo é aquela em que as partes se dispõem e encetar uma caminhada intelectual,
em busca da verdade, sem sutilezas de segundas intenções, imposições ou mistificações.
p) Propiciar oportunidade de debates em que os educandos procurarão demonstrar logicamente a superioridade de
uma tese sobre outra.
q) Propiciar trabalhos que levem o educando a fazer opções. Isto com intenção de desenvolver a iniciativa, libertar
de tutelas, lavar a assumir responsabilidades e a ganhar confiança em si.
r) Orientar para o relacionamento, sempre que possível, dos temas em estudo com as realidades da vida social.
4. s) Propiciar trabalhos livres em que o educando, individualmente ou em grupo possa desenvolver planos de
trabalho de sua exclusiva iniciativa, visando aos mesmos objetivos do item q e à criatividade.
t) Iniciar qualquer estudo, sempre que possível, do contato com a realidade como forma de motivação autentica.
u) Levar à apreensão, em todas as circunstâncias cabíveis, da responsabilidade do educando com relação aos seus
semelhantes, em sentido de respeito crescente por eles e cooperação com os mesmos.
6. RECOMENDAÇÕES METODOLÓGICAS
A metodologia didática, para estar de acordo com os objetivos da educação e das normas de ação didática, deve
procurar atender a algumas recomendações que serão, a seguir, apresentadas:
1. fazer com que o educando participe ativamente nos trabalhos escolares;
2. orientar os estudos, de maneira que o educando pesquise e elabore os conhecimentos;
3. dar um sentido de motivação à apresentação da matéria;
4. realizar trabalho de elaboração da matéria apresentada. Muitas atividades escolares se perdem porque
terminam com a apresentação da matéria, passando-se a outro tema ou unidade, sem que a anterior tenha sofrido
adequada elaboração;
5. Levar o educando a refletir em todas as fases da aprendizagem;
6. sempre que possível, orientar o educando para a observação, a coleta de dados e a pesquisa;
7. propiciar sempre que possível, trabalhos em grupo. Não esquecer de promover discussões, quer os estudos
se processem individualmente ou em grupo, uma vez que estas são excelentes processos da Interação da classe;
8. Realizar, no final do estudo de um tema ou da uma unidade, adequada verificação de aprendizagem. Quanto
a esta, é bom lembrar que deveria ser uma atitude constante do professor preocupar-se com a verificação da
aprendizagem. Aliás, o professor deveria desenvolver uma ação didática obediente ao seguinte trinômio,
simultaneamente ensinar, verificar e retificar;
9. fazer com que estejam presentes a apresentação, a elaboração, a verificação e a apreciação, acompanhando a
marcha da aprendizagem que é:
a) sincrese (apresentação);
b) análise (elaboração);
c) síntese (integração);
d) critica (apreciação);
10. sempre que possível, levar o aluno a elaborar o conhecimento, por meio do seu empenho direto diante de
uma situação problemática adequadamente motivada, para que observe, tente, experimente, compare, selecione,
discrimine, caracterize, identifique, selecione e conclua.
7. OS MÉTODOS DE ENSINO E O EDUCANDO
Há métodos de ensino individualizado, coletivo e de grupo.
Um processo de ensino deveria constar, de maneira ideal, de atividades dessas três modalidades:
individualizada, coletiva e em grupo.
Os métodos de ensino individualizado consistem em se dirigirem diretamente a cada, educando,
individualmente, atendendo às condições pessoais de preparo, de aptidões e de motivação. Os principais métodos de
ensino individualizado são o Plano Dalton, a Técnica Winnetka, o ensino por unidades didátícas de Morrison, a
instrução programada, o ensino personalizado, o estudo dirigido (em sua forma individual), o estudo supervisionado, as
tarefas dirigidas etc.
Os métodos de ensino coletivo são aqueles que se dirigem, ao mesmo tempo e na mesma forma, para todos os
educandos igualmente, procurando atuar, de modo geral, com base no " educando médio" ou na "média classe" ou
"grupo instrucional"... Os principais métodosde ensino coletivo são o expositivo, o das lições marcadas, o da
demonstração, o do ensino pelo rádio e pela televisão etc.
Os métodos de ensino em grupo são aqueles que fazem ênfase na interação dos educandos,interagindo entre si,
em pequenos grupos, cujo funcionamento se baseia na dinâmica de grupo, como o método da discussão, do debate, do
estudo dirigido (em grupo), do painel etc.
Deve-se pensar, no entanto, na elaboração de métodos mistos que, em sua dinâmica, incluam atividades de
caráter individual, em grupo e coletivo, porque estas três situações de vivência de aprendizagem são as que o educando
encontrará pela sua vida afora.
O educando se defrontará, a todo instante, com situações que terá de enfrentar sozinho; outras, em que deverá
atuar articuladamente com outras pessoas, e outras, ainda, em que terá de receber informes já elaborados individual ou
coletivamente.
BIBLIOGRAFIA:
NÉRICI, G. Imídeo. Metodologia do Ensino: uma introdução. São Paulo: Atlas, 1981