O documento resume um encontro de formação de professores sobre alfabetização. Os objetivos do encontro incluem subsidiar a construção de rotinas de alfabetização e compreender a aprendizagem da escrita alfabética como um sistema de notação e não um código. A agenda inclui leituras, discussões sobre rotinas, análise de escritas de alunos e evolução da compreensão do sistema de escrita.
2. OBJETIVOS DO ENCONTRO
SUBSIDIAR A CONSTRUÇÃO DO PLANEJAMENTO DE UMA
ROTINA NA ALFABETIZAÇÃO NA PERSPECTIVA DO
LETRAMENTO.
COMPREENDER A CONCEPÇÃO DE ALFABETIZAÇÃO E DA
APRENDIZAGEM DA ESCRITA ALFABÉTICA NA CONCEPÇÃO DE
UM SISTEMA DE NOTAÇÃO E NÃO DE UM CÓDIGO.
APRESENTAR O PERCURSO EVOLUTIVO DAS CRIANÇAS PARA
COMPREENDER O SEA.
- UMA BREVE REVISÃO SOBRE O SEA, SUAS CONVENÇÕES E A
APROPRIAÇÃO DESSE SISTEMA PELOS APRENDIZES, À LUZ DA
TEORIA DA PSICOGÊNESE DA LÍNGUA ESCRITA.
3. AGENDA DA MANHÃ
- LEITURA LITERÁRIA.
- OBJETIVOS DO ENCONTRO.
- RETOMADA DO TRABALHO PESSOAL.
- LEITURA TEÓRICA.
- ATIVIDADES PERMANENTES, SEQUÊNCIA DE
ATIVIDADES E PROJETOS.
- ESCRITA DOCENTE.
- VÍDEO
- REFLETINDO SOBRE AS ROTINAS
- TROCA DE EXPERIÊNCIAS
6. LEITURA TEÓRICA:
• ANO 1: AS ROTINAS DA ESCOLA E DA SALA DE
AULA: REFERÊNCIAS PARA A ORGANIZAÇÃO DO
TRABALHO DO PROFESSOR ALFABETIZADOR.
• ANO 2: ROTINAS DE ALFABETIZAÇÃO NA
PERSPECTIVA DO LETRAMENTO: A ORGANIZAÇÃO
DO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM.
• ANO 3: ROTINA NA ALFABETIZAÇÃO: INTEGRANDO
DIFERENTES COMPONENTES CURRICULARES.
7. O GRUPO DEVERÁ PLANEJAR
UMA APRESENTAÇÃO DO TEXTO
DESTACANDO
OS PONTOS PRINCIPAIS.
APÓS A LEITURA DOS TEXTOS
8. ROTINA SEMANAL:
2ª feira 3ª feira 4ª feira 5ª feira 6ª feira
Roda de conversa
Livre
Chamada
Registro da Agenda
Calendário
Roda de conversa
Tematizada
Chamada
Registro da Agenda
Calendário
Roda de conversa
Livre
Chamada
Registro da Agenda
Calendário
Roda de conversa
Tematizada
Chamada
Registro da Agenda
Calendário
Roda de conversa
Livre
Chamada
Registro da Agenda
Calendário
Leitura compartilhada:
Conto
Leitura compartilhada:
Texto jornalístico
Leitura compartilhada:
Poesia
Leitura compartilhada:
Curiosidades
Leitura compartilhada:
Adivinhas
Atividade de reflexão sobre o
SEA.
Para alunos com escrita não
alfabética: Ordenação de
quadrinha (versos ou palavras)
Para alunos de escrita
alfabética: Escrita da quadrinha
(letras móveis)
Projeto Sarau de Poesias. Atividade de reflexão sobre o
SEA.
Para alunos com escrita não
alfabética: Ditado cantado
Para alunos de escrita
alfabética: Escrita de letra de
música
Atividade de reflexão sobre o
SEA.
Para alunos com escrita não
alfabética: Leitura de títulos de
histórias: o professor lê trechos
de histórias e os alunos
encontram os títulos na lista
Para alunos de escrita
alfabética: Os alunos leem
trechos de histórias conhecidas
e escrevem os títulos.
Atividade de reflexão sobre o
SEA.
Para alunos com escrita não
alfabética: leitura de lista de
nomes de personagens
Para alunos de escrita
alfabética: Escrita de lista de
nomes de personagens
JOGOS COM NOMES
Para alunos com escrita não
alfabética: Bingo
Para alunos com escrita
alfabética: Forca.
Atividade de escrita:
Escrita de Bilhete ARTES
Atividade de escrita:
Escrita de Bilhete
Projeto Sarau de Poesias. Atividade de escrita:
Escrita de Bilhete
MATEMÁTICA HISTÓRIA E GEOGRAFIA MATEMÁTICA CIÊNCIAS NATURAIS EDUCAÇÃO FÍSICA
11. SEQUÊNCIA DE ATIVIDADES
SÉRIE DE ATIVIDADES
ENVOLVENDO UM MESMO
CONTEÚDO, COM ORDEM
CRESCENTE DE DIFICULDADE,
PLANEJADAS PARA
POSSIBILITAR O
DESENVOLVIMENTO DA
PRÓXIMA.
12. PROJETO DIDÁTICO
CONJUNTO DE AÇÕES PARA A
ELABORAÇÃO DE UM PRODUTO
FINAL QUE TENHA USO PELA
COMUNIDADE ESCOLAR. UMA DE
SUAS CARACTERÍSTICAS É
ENVOLVER A TURMA EM TODAS AS
ETAPAS DO PLANEJAMENTO.
13. O quê você mudaria na sua rotina da
sala de aula após a leitura e
apresentação dos
textos ? Por quê?
•
ESCRITA DOCENTE 1
Refletindo sobre a rotina da sala
de aula
20. Supondo que um dos seus alunos
encontra-se nessa hipótese de escrita,
enumere quais os conhecimentos ele
já possui sobre o sistema de escrita, e
quais outros conhecimentos precisa
aprender.
•
ESCRITA DOCENTE 2
21. As crianças possuem conceitualizações sobre a
natureza da escrita muito antes da intervenção
de um ensino sistemático. Porém, além disso
essas conceitualizações não são arbitrárias,
mas sim possuem uma lógica interna que as
torna explicáveis e compreensíveis sob um
ponto de vista psicogenético.
FERREIRO E TEBEROSKY
PSICOGÊNESE DA LÍNGUA ESCRITA
22. As crianças, os jovens e os adultos não alfabetizados
formulam ideias sobre o funcionamento da língua escrita,
antes mesmo de frequentarem a escola.
Essas teorias internas evoluem por meio de reflexões que
o próprio aluno faz sobre o sistema de escrita ao longo do
tempo e também por meio de interações que realiza com
as informações que o ambiente lhe oferece.
Trata-se de uma evolução conceitual e não exclusivamente
gráfica. Por isso, o professor precisa descobrir o que o
aluno esta pensando sobre a escrita naquele momento,
mais do que avaliar se consegue desenhar bem cada uma
das letras.
Identificar as hipóteses de escrita de cada aluno é
condição primordial para planejar as atividades adequadas
e, principalmente, os agrupamentos produtivos da turma.
24. A criança é também um produtor de
texto desde a tenra idade. Estas
primeiras tentativas de escrita são de
dois tipos: traços ondulados
contínuos, ou uma série de pequenos
círculos ou de linhas verticais.
25. Imitar o ato de escrever é uma
coisa, interpretar a escrita
produzida é outra.
Então, a partir de que momento a
criança dá uma interpretação à
sua escrita?
26. No começo da interpretação da
própria escrita, a criança pode
acompanhar seus desenhos de
outros sinais que representam
seu próprio nome.
28. Neste nível, escrever é reproduzir os
traços típicos da escrita que a criança
identifica como a forma básica da
mesma (imprensa ou cursiva).
No que diz respeito à interpretação da
escrita, neste nível, a intenção
subjetiva do escritor conta mais que
as diferenças objetivas no resultado.
29. Podem aparecer tentativas de
correspondência figurativa entre a escrita
e o objeto referido (realismo nominal).
Neste nível a leitura do escrito é sempre
global, e as relações entre as partes e o
todo estão muito longe de serem
analisáveis: assim, cada letra vale pelo
todo.
32. A hipótese central deste nível é a
seguinte: para poder ler coisas
diferentes (isto é, atribuir significados
diferentes), deve haver uma diferença
objetiva nas escritas.
O progresso gráfico mais evidente é
que a forma dos grafismos é mais
definida, mais próxima à das letras.
33. O fato conceitual mais
interessante é o seguinte: segue-
se trabalhando com a hipótese de
que faz falta uma certa
quantidade mínima de grafismos
para escrever algo e com a
hipótese da variedade de
grafismos
37. Este nível está caracterizado pela
tentativa de dar um valor sonoro a
cada uma das letras que compõem
uma escrita. Nesta tentativa, a criança
passa por um período da maior
importância evolutiva: cada letra vale
por uma sílaba.
Com esta hipótese , a criança dá um
salto qualitativo com respeito aos
níveis precedentes.
38. A mudança qualitativa consiste em que: a)
se supera a etapa de uma
correspondência global entre a forma
escrita e a expressão oral atribuída, para
passar a uma correspondência entre
partes do texto (cada letra) e partes da
expressão oral (recorte silábico do nome);
mas, além disso, b) pela primeira vez a
criança trabalha claramente com a
hipótese de que a escrita representa
partes sonoras da fala.
39. A hipótese silábica pode aparecer tanto
com grafias ainda distantes das formas
das letras como com grafias bem
diferenciadas.
Quando a criança começa a trabalhar
com a hipótese silábica, duas das
características importantes da escrita
anterior podem desaparecer
momentaneamente: as exigências de
variedade e de quantidade mínima de
caracteres.
40. Já quando as letras começam a ser
usadas com um valor silábico fixo, o
conflito entre a hipótese silábica e a
quantidade mínima adquire novas
características
AUO é “pato”
(intercalando a letra U, como
“elemento coringa”, e sem dar-lhe
valor sonoro
47. A criança abandona a hipótese silábica e
descobre a necessidade de fazer uma
análise que vá “mais além” da sílaba pelo
conflito entre a hipótese silábica e a
exigência de quantidade mínima de letras e
o conflito entre as formas gráficas que o
meio lhe propõe e a leitura dessas formas
em termos de hipótese silábica.
(pag. 214)
54. A escrita alfabética constitui o final desta
evolução. Ao chegar a este nível, a
criança já franqueou a “barreira do
código”; compreendeu que cada um dos
caracteres da escrita corresponde a
valores sonoros menores que a sílaba e
realiza sistematicamente uma análise
sonora dos fonemas das palavras que vai
escrever.
(pag. 219)
55. Isto não quer dizer que todas as
dificuldades tenham sido superadas: a
partir desse momento a criança se
defrontará com as dificuldades próprias
da ortografia, mas não terá problemas
de escrita, no sentido estrito.
(pag. 219
58. Supondo que um dos seus alunos
encontra-se nessa hipótese de escrita,
enumere quais conhecimentos ele já
possui sobre o sistema de escrita, e
que outros conhecimentos precisa
aprender?
ESCRITA DOCENTE 2
59. LEITURA TEÓRICA
UNIDADE 03 – ANO 1: A ESCRITA ALFABÉTICA: POR
QUE ELA É UM SISTEMA NOTACIONAL E NÃO UM
CÓDIGO? COMO AS CRIANÇAS DELA SE APROPRIAM?
UNIDADE 03 – ANO 2: A COMPREENSÃO DO SISTEMA
DE ESCRITA ALFABÉTICA E A CONSOLIDAÇÃO DA
ALFABETIZAÇÃO.
UNIDADE 03 – ANO 3: A CONSOLIDAÇÃO DAS
CORRESPONDÊNCIAS LETRA-SOM NO ÚLTIMO ANO
DO CICLO DE ALFABETIZAÇÃO.
60. PROPRIEDADES DO SEA QUE O
APRENDIZ PRECISA RECONSTRUIR
PARA SE TORNAR ALFABETIZADO
(FONTE: MORAIS, 2012). (ANO1 P.10)
61.
62. Hipótese Alfabética x aluno
alfabetizado
Devemos estar atentos para o fato de que ter alcançado uma
hipótese alfabética não é sinônimo de estar alfabetizado. Se
já compreendeu como o SEA funciona, a criança tem agora
que dominar as convenções som-grafia de nossa língua.
Esse é um aprendizado de tipo não conceitual, que vai
requerer um ensino sistemático e repetição, de modo a
produzir automatismos. A consolidação da alfabetização,
direito de aprendizagem a ser assegurado no segundo e
terceiro anos do primeiro ciclo, é o que vai permitir que
nossas crianças leiam e produzam textos, com autonomia.
(ano 1 p.16)
63. ESCRITA DOCENTE
Descreva uma situação- problema
que tenha acontecido com você
enquanto professora alfabetizadora
mesmo que as dúvidas e questões
já tenham sido resolvidas para
você.
65. Considerando a leitura dos textos, a
exibição do vídeo “Apropriação do
Sistema de Escrita Alfabética” e sua
experiência como professora(o), o que
você considera fundamental que seja
trabalhado com seus alunos no ciclo
para que eles aprendam a ler e a
escrever?
ESCRITA DOCENTE 3
66. TRABALHO PESSOAL
- Aplicar a rotina que foi construída com as adaptações necessárias.
- Selecionar uma atividade do livro didático adotado que esteja de acordo com a
proposta trabalhada no PNAIC e trazer para apresentar.
- Leitura dos artigos do livro “Apropriação do sistema de escrita alfabética”. E
Book das publicações do CEEL.
http://www.ufpe.br/ceel/e-books/Alfabetizacao_Livro.pdf
Textos:
Se a escrita alfabética é um sistema notacional (e não um
código), que implicações isto tem para a alfabetização?
Artur Gomes de Morais
Psicogênese da língua escrita: O que é? Como intervir em
cada uma das hipóteses? Uma conversa entre professores
Marília de Lucena Coutinho
68. A AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA TEM COMO
INTENÇÃO ORIENTAR A AÇÃO
PEDAGÓGICA DO PROFESSOR, A FIM DE
POSSIBILITAR O DESENVOLVIMENTO DAS
COMPETÊNCIAS E HABILIDADES
ADEQUADAS E NECESSÁRIAS AOS SEUS
ALUNOS.
69. COMO FAZER O DIAGNÓSTICO DA TURMA
NA ALFABETIZAÇÃO?
71. O PROFESSOR DITA AO ALUNO UMA
PEQUENA LISTA DE QUATRO PALAVRAS
COM AS SEGUINTES CARACTERÍSTICAS:
A PRIMEIRA PALAVRA DEVE SER
POLISSÍLABA, A SEGUNDA TRISSÍLABA, A
TERCEIRA DISSÍLABA E A QUARTA
MONOSSÍLABA. AO FINAL O PROFESSOR
DITA UMA FRASE QUE CONTENHA UMA
DAS PALAVRAS DITADAS.
72. O PROFESSOR DEVE SOLICITAR A
LEITURA DO ALUNO ASSIM QUE ESTE DER
POR TERMINADA A ESCRITA DE CADA
ITEM DA LISTA.