O documento descreve o Grupo Santa Helena, um grupo de pintores modernistas paulistas da década de 1930. Muitos eram imigrantes italianos ou filhos de imigrantes e vinham de origens humildes, trabalhando em atividades manuais. Eles se reuniam nos ateliês de Francisco Rebolo e Mario Zanini para pintar em seus tempos livres. Eram conhecidos como "Artistas Proletários" por terem origens trabalhadoras.
1. Pós semana de 22
Grupo santa helena, Arquitetura modernista, Edifício
Martinelli, gravura.
2. GrupoSanta
helena
Grupo Santa Helena foi o nome atribuído partir de meados da década de 1930, aos pintores
que se reuniam nos ateliês de Francisco Rebolo e Mario Zanini. Os ateliês estavam situados em
um edifício da Praça da Sé, na cidade de São Paulo, denominado "Palacete Santa Helena". Esse
prédio foi demolido em 1971, quando da construção da estação do Metrô da Sé.
O Grupo Santa Helena formou-se de maneira espontânea, sem maiores pretensões e nenhum
compromisso conceitual. A maioria era de origem italiana: Alfredo Volpi e Fúlvio Penacchi
(imigrantes italianos); Aldo Bonadei, Alfredo Rizzotti, Mario Zanini, Clóvis Graciano e
Humberto Rosa (filhos de imigrantes italianos). O grupo ainda contava com paulistas de outras
origens como: Francisco Rebolo (filho de espanhóis) e Manuel Martins (filho de portugueses).
Todos de origem humilde, para sobreviver, exerciam atividades artesanais e proletárias.
AlfredoVolpi e Mario Zanini eram decoradores-pintores de paredes
Francisco Rebolo foi jogador de futebol, decorador-pintor de paredes
Clóvis Graciano era ferroviário
Fulvio Penacchi era dono de açougue
Aldo Bonadei era figurinista e bordador
Alfredo Rizzotti era mecânico e torneiro
Manuel Martins era ourives
Humberto Rosa era professor de desenho
3. GrupoSanta
helena
A pintura era praticada nos finais de semana ou nos momentos de
folga.A origem social humilde e as afinidades profissionais
levaram à Mario de Andrade nomeá-los de “Artistas Proletários” ,
alcunha que perdurou e os caracterizou dentro do movimento
modernista.
Nessa época, algumas associações de pintores foram constituídas
em São Paulo, como a Sociedade Pró-Arte Moderna (Spam) e o
"Clube dos Artistas Modernos" (CAM), englobando os
participantes da Semana de 22. Esses grupos eram formados por
intelectuais e membros da Elite paulista, que mantinham enorme
distância em relação aos integrantes do Santa Helena e de outros
núcleos proletários.