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ORGANIZAÇÃO, MÉTODOS E
SISTEMAS – 01/2013


Professor Euller Barros
Universidade de Brasília
REVISÃO – AULA 05

• Representações Gráficas
  • Organograma
  • Funcionograma

• Componentes da Estrutura Organizacional
  • Responsabilidade x Autoridade
  • Amplitude de Controle e Níveis
    Hierárquicos
Organograma

    “Representação gráfica e abreviada da estrutura da
               organização” (CURY, 2012)




                                                                                                               Professor Euller Barros
 “A função do Organograma é mostrar as pessoas que foram
     agrupadas para a eficiência operacional e mostrar os
        relacionamentos verticais” (RUMMLER, 1992).




             Fonte: CURY, Antonio. Organização e métodos: uma visão holística. 8ª Ed. São Paulo: Atlas, 2012     3
Organograma
• Vantagens:
  •   Apresenta os órgãos componentes da empresa;
  •   Demonstra as relações de interdependência entre os órgãos;
  •   Apresenta os níveis administrativos que compões a organização ;




                                                                                                                      Professor Euller Barros
  •   Demonstra a via hierárquica.

• Desvantagens:
  •   Não demonstra os clientes e sua relação com a empresa
  •   Não apresenta os produtos/serviços fornecidos aos clientes
  •   Não mostra o fluxo de trabalho da empresa
  •   Não considera a estrutura informal existente na empresa



                    Fonte: CURY, Antonio. Organização e métodos: uma visão holística. 8ª Ed. São Paulo: Atlas, 2012     4
Organograma – Regras Gerais

• O organograma deve representar a estrutura existente e atual da
 organização;




                                                                    Professor Euller Barros
• O tamanho dos “retângulos” deve ser proporcional à importância
 hierárquica do órgão;

• Cada “caixa” deve conter o nome da área ou cargo e não nome da
 pessoa que o ocupa;

• Se o organograma apresentado representar apenas parte da
 organização, deve haver linhas abertas para demonstrar
 continuidade
                                                                      5
Tipos de Organogramas
• Serão apresentados alguns tipos de organogramas
  utilizados para representar as organizações:




                                                    Professor Euller Barros
 • Tradicional / Clássico

 • Circular

 • Em Barras

 • Radial
                                                      6
Funcionograma
   “Gráfico de Organização tendo como finalidade principal o
    detalhamento das atividades/tarefas que compõem uma
    função, da qual se originou um órgão no organograma.”




                                                                                                                     Professor Euller Barros
                          (CURY, 2012)

• Vantagens:
  • Permite um conhecimento mais detalhado da organização e suas
    atividades
  • Fornece detalhes para análise das áreas e definição de sua missão
  • Possibilita uma análise comparativa da amplitude de controle entre as
    áreas



                   Fonte: CURY, Antonio. Organização e métodos: uma visão holística. 8ª Ed. São Paulo: Atlas, 2012     7
Amplitude de Controle

          “Amplitude de controle, também denominada amplitude
    administrativa ou ainda amplitude de supervisão, refere-se ao número
     de subordinados que um chefe pode supervisionar pessoalmente, de




                                                                                                                                 Professor Euller Barros
                maneira efetiva e adequada.”(OLIVEIRA, 2007)



   • Não há fórmula exata pra se definir a amplitude de controle ideal
     para cada nível hierárquico.

   • A medida que uma pessoa “sobe” numa estrutura organizacional,
     sua amplitude de controle deveria se tornar menor.

                                                                                                                                   8
Fonte: OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Sistemas, Organização e Métodos: uma abordagem gerencial. São Paulo: Atlas, 2007
Responsabilidade x Autoridade
           “Responsabilidade é a atuação profissional de qualidade nos
    trabalhos e busca de resultados, com ou sem a cobrança por parte de
                        terceiros.” (OLIVEIRA, 2007)




                                                                                                                                 Professor Euller Barros
   • A responsabilidade está focada nos FINS (Resultados)

   • NÃO SE DELEGA RESPONSABILIDADE

   • Compõe o sistema de responsabilidade da empresa:
        • Departamentalização
        • Linha e Assessoria
        • Atribuições das unidades organizacionais

                                                                                                                                   9
Fonte: OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Sistemas, Organização e Métodos: uma abordagem gerencial. São Paulo: Atlas, 2007
Responsabilidade x Autoridade
    “Autoridade é o direito estabelecido de se designar o que deve ser realizado
         em sua área de responsabilidade na empresa.” (OLIVEIRA, 2007)

   • A autoridade está focada nos MEIOS (Processos).




                                                                                                                                 Professor Euller Barros
   • Não se pode ser responsável (fim) pelo resultado de um processo no qual
     você não possuí autoridade (meio).

   • Compõe o sistema de autoridade da empresa:
        •   Delegação
        •   Centralização e Descentralização
        •   Níveis Hierárquicos
        •   Amplitude de Controle

                                                                                                                                 10
Fonte: OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Sistemas, Organização e Métodos: uma abordagem gerencial. São Paulo: Atlas, 2007
AGENDA – AULA 06

• Configurações Organizacionais - Mintzberg
  • Mecanismos de Coordenação
  • Partes da Organização
  • Modelos Organizacionais
Henry Mintzberg
• (1939) é um renomado acadêmico e
  autor na área de administração.
• Ph.D. pela MIT Sloan School of
  Management.
• Professor na McGill University -
  Quebec, Canadá
• Mestre em Gerência no MIT.
• Obras sobre estratégia de Gerência e
  de Negócios, com mais de 140 artigos
  publicados e treze livros no seu
  nome.
Cerâmicas S.A.
• A senhora Marisa fabricava cerâmica no porão de sua casa. Isso
  envolvia um certo número de tarefas distintas, como: amontoar
  a argila; dar-lhe forma de vaso; modelar com uma ferramenta
  enquanto úmida; preparar e depois aplicar o esmalte e; por
  fim, cozer os vasos no forno. A coordenação de todas essas
  tarefas não apresentava problemas, pois ela própria as
  executava.




                Fonte: MINTZBERG, Henry. Criando organizações eficazes. São Paulo: Atlas, 1995 (Com adaptações).
Cerâmicas S.A.
O problema era ser ambiciosa e fazer vasos lindos cujos pedidos
excediam sua capacidade de produção. Por essa razão, ela
contratou a senhorita Paula, interessada em aprender como fazer
vasos. Isto exigia que dona Marisa fizesse a divisão do seu
trabalho. Nesse ínterim, as lojas de artesanato continuavam
pedindo as cerâmicas, motivo pelo qual dona Marisa decidiu que
a senhorita Paula deveria amontoar a argila e preparar o
esmalte, enquanto ela faria o restante. Foi, então, necessária a
coordenação das tarefas, na verdade, um pequeno problema na
micro empresa de duas pessoas, onde elas simplesmente
comunicavam-se informalmente.



                Fonte: MINTZBERG, Henry. Criando organizações eficazes. São Paulo: Atlas, 1995 (Com adaptações).
Cerâmicas S.A.
A comunicação funcionou bem, tanto assim que logo dona
Marisa ficou novamente afogada em pedidos. Novos
empregados foram necessários, ocasião que, prevendo o dia no
qual eles mesmos deveriam modelar os vasos, dona Marisa
decidiu admiti-los diretamente da escola de cerâmica do lugar.
Isso porque considerou o tempo que foi preciso para treinar a
senhorita Paula, enquanto os três novos empregados já de início
sabiam exatamente o que fazer e misturar corretamente.
Mesmo com cinco pessoas a coordenação não apresentava
problemas.



                         Fonte: MINTZBERG, Henry. Criando organizações eficazes. São Paulo: Atlas, 1995.
Cerâmicas S.A.
Entretanto, quando mais dois novos empregados foram contratados os
problemas de coordenação surgiram. Um dia Paula tropeçou em um
balde de esmalte, quebrando cinco vasos e, em outro, dona Marisa,
abrindo o forno, descobriu que os suportes para plantas tinham sido
esmaltados na cor fúcsia por engano. Neste ponto, ela compreendeu
que sete pessoas em uma pequena fábrica de cerâmica não
coordenam suas tarefas por meio do mecanismo simples de
comunicação informal. O que tornou as coisas ainda piores foi o fato
de dona Marisa, chamando para si própria de presidente de Cerâmicas
Ltda., ser forçada a gastar mais e mais tempo com os clientes. Na
verdade, nesses dias ela estava mais para ser vista com vestido chique
do que usando jeans. Por isso, ela nomeou a Paula gerente de oficina,
com o tempo ocupado integralmente para supervisionar e coordenar o
trabalho dos cinco operários da cerâmica.


                           Fonte: MINTZBERG, Henry. Criando organizações eficazes. São Paulo: Atlas, 1995.
Cerâmicas S.A.
A empresa continuou crescendo, e maiores mudanças tiveram lugar
quando foi contratado um analista de tempos e movimentos. Ele
recomendou mudanças, segundo as quais cada pessoa executava uma
só tarefa dentro de uma das linhas de produtos (de
vasos, cinzeiros, suportes para plantas e animais de cerâmica). Dessa
maneira, a primeira fazia um bloco, a segunda lhe dava forma, a
terceira modelava e assim por diante. Com isso, a produção
compunha quatro linhas de montagem, nas quais cada indivíduo
obedecia a um conjunto de instruções padronizadas previamente
preparadas para assegurar a coordenação de todos trabalhos. É claro
que a Cerâmicas Ltda. não mais vendeu para compradores de
artesanatos, e dona Marisa passou a aceitar pedidos somente por
atacado, muitos dos quais vinham de cadeias de lojas de
departamentos.

                           Fonte: MINTZBERG, Henry. Criando organizações eficazes. São Paulo: Atlas, 1995.
Cerâmicas S.A.
A ambição de dona Marisa não tinha limites e, por isso, quando
apareceu a oportunidade de diversificar, ela não a deixou escapar. No
começo foram telhas de barro, depois acessório para banheiros e
finalmente tijolos prensados.
Subsequentemente, a empresa foi separada em três divisões:
produtos de consumo; produtos de construção; e produtos industriais.
Do seu escritório no quinquagésimo quinto andar da Torre da
Cerâmica ela coordenava as atividades das divisões pelo
acompanhamento de seus desempenhos em cada trimestre do ano, e
pessoalmente atuava quando os números dos lucros e taxas de
crescimento caíam abaixo do que tinha sido previsto. Foi quando em
um dia, sentada em sua mesa examinando esses orçamentos, que
dona Marisa, fitando os arranha-céus dos arredores, decidiu mudar o
nome de sua empresa para “Cerâmicas S.A”.


                           Fonte: MINTZBERG, Henry. Criando organizações eficazes. São Paulo: Atlas, 1995.
AGENDA – AULA 06

• Configurações Organizacionais - Mintzberg
  • Mecanismos de Coordenação
  • Partes da Organização
  • Modelos Organizacionais
Os 5 Mecanismos de Coordenação
• Cinco mecanismos de coordenação podem abranger
  as maneiras fundamentais pelas quais as
  organizações coordenam suas tarefas:




                                                                                                 Professor Euller Barros
• Ajustamento Mútuo
• Supervisão Direta
• Padronização:
  • Padronização dos Processos de Trabalho
  • Padronização das Saídas
  • Padronização das Habilidades

                  Fonte: MINTZBERG, Henry. Criando organizações eficazes. São Paulo: Atlas, 1995. 20
Ajustamento Mútuo

                                  G               GERENTE




                                                                                            Professor Euller Barros
  ANALISTA   A




  OPERADOR    O                                      O



             Fonte: MINTZBERG, Henry. Criando organizações eficazes. São Paulo: Atlas, 1995. 21
Ajustamento Mútuo
• Mecanismo inicial de coordenação.

• Utilizado quando há um reduzido número de




                                                                                                  Professor Euller Barros
  funcionários envolvidos na atividade.

• Pode ser utilizado quando o processo é novo ou
  desconhecido.

• Também é utilizado em atividades altamente
  especializadas.

                   Fonte: MINTZBERG, Henry. Criando organizações eficazes. São Paulo: Atlas, 1995. 22
Supervisão Direta

                               G




                                                                                             Professor Euller Barros
          A




           O                                      O



              Fonte: MINTZBERG, Henry. Criando organizações eficazes. São Paulo: Atlas, 1995. 23
Supervisão Direta
• Há a clara definição da cadeia do comando. O
  “supervisor” passa a ser responsável por coordenar nos
  operadores.




                                                                                                    Professor Euller Barros
• Atividades complexas a ponto de não ser possível a
  coordenação.

• Pode ser utilizado em conjunto com a padronização.

• Exemplos:
  • Linha de montagem
  • Gerências Administrativas
                     Fonte: MINTZBERG, Henry. Criando organizações eficazes. São Paulo: Atlas, 1995. 24
Padronização dos Processos

                                   G




                                                                                             Professor Euller Barros
              A




               O                                      O

HABILIDADES            PROCESSO DE
                                                                   SAÍDAS
                        TRABALHO

              Fonte: MINTZBERG, Henry. Criando organizações eficazes. São Paulo: Atlas, 1995. 25
Padronização dos Processos
• Foco nos meios. Detalhamento do fluxo da atividade.

• Ferramentas:




                                                                                                   Professor Euller Barros
  • Fluxograma do Processo
  • Manuais


• Exemplos:
  • Produção em larga escala. Indústria e manufatura.


                    Fonte: MINTZBERG, Henry. Criando organizações eficazes. São Paulo: Atlas, 1995. 26
Padronização das Saídas

                                   G




                                                                                             Professor Euller Barros
              A




               O                                      O

HABILIDADES            PROCESSO DE
                                                                   SAÍDAS
                        TRABALHO

              Fonte: MINTZBERG, Henry. Criando organizações eficazes. São Paulo: Atlas, 1995. 27
Padronização das Saídas
• Saídas = Resultados do trabalho, desempenho

• Foco nos fins e não nos meios




                                                                                                    Professor Euller Barros
• Exemplos:
  • Diretorias e Gerências




                     Fonte: MINTZBERG, Henry. Criando organizações eficazes. São Paulo: Atlas, 1995. 28
Padronização das Habilidades

                                   G




                                                                                             Professor Euller Barros
              A




               O                                      O

HABILIDADES            PROCESSO DE
                                                                   SAÍDAS
                        TRABALHO

              Fonte: MINTZBERG, Henry. Criando organizações eficazes. São Paulo: Atlas, 1995. 29
Padronização das Habilidades
• Funções mais complexas onde não é possível
  padronizar o processo de trabalho ou apenas as
  saídas.




                                                                                                  Professor Euller Barros
• Exemplos:
  • Hospitais
  • Universidades
  • Maquinário especializado



                   Fonte: MINTZBERG, Henry. Criando organizações eficazes. São Paulo: Atlas, 1995. 30
AGENDA – AULA 06

• Configurações Organizacionais - Mintzberg
  • Mecanismos de Coordenação
  • Partes da Organização
  • Modelos Organizacionais
A Organização em 5 Partes

                  Cúpula
                Estratégica




                                                                                              Professor Euller Barros
                  Linha
              Intermediária



                   Núcleo
                 Operacional


                                                                                              32
            Fonte: MINTZBERG, Henry. Criando organizações eficazes. São Paulo: Atlas, 1995.
Núcleo Operacional
                                                                         Núcleo Operacional


• Envolve operadores que executam o trabalho básico
  diretamente relacionado à fabricação dos produtos e à




                                                                                                           Professor Euller Barros
  prestação dos serviços.

• Função: Execução (Atividade Fim)

• Exemplos: Operadores de Máquinas, Montadores, Vendedores




                                                                                                           33
                         Fonte: MINTZBERG, Henry. Criando organizações eficazes. São Paulo: Atlas, 1995.
Cúpula

Cúpula Estratégica                                                           Estratégica




• Assegura que a organização cumpra sua missão de modo
  eficaz e também que atenda às necessidades dos que a




                                                                                                             Professor Euller Barros
  controlam.

• Função: Estratégia (Objetivos, Missão/Visão, Planos)

• Exemplos: Presidente, Conselho de Administração, Diretoria




                                                                                                             34
                           Fonte: MINTZBERG, Henry. Criando organizações eficazes. São Paulo: Atlas, 1995.
Linha Intermediária                                                           Linha
                                                                              Inter
                                                                              mediá
                                                                                ria




• Conecta a cúpula estratégica ao núcleo operacional pela




                                                                                                          Professor Euller Barros
  cadeia de gerentes intermediários que possui autoridade
  formal.

• Função: Coordenação

• Exemplos: Gerentes de Fábrica, Coordenadores de áreas,
  supervisores, gerentes regionais


                                                                                                          35
                        Fonte: MINTZBERG, Henry. Criando organizações eficazes. São Paulo: Atlas, 1995.
Tecnoestrutura

• Na Tecnoestrutura encontramos os analistas que prestam
  serviços à organização atuando sobre as tarefas dos outros.




                                                                                                            Professor Euller Barros
  Estes analistas estão fora do fluxo de trabalho operacional e da
  linha de autoridade formal.
• Os analistas de controle da tecnoestrutura efetivam as formas
  de padronização da organização.

• Função: Padronização

• Exemplos: Qualidade, Programação da Produção, Apoio Técnico
                                                                                                            36
                          Fonte: MINTZBERG, Henry. Criando organizações eficazes. São Paulo: Atlas, 1995.
Assessoria de Apoio


• Unidades especializadas com o fim de dar apoio para a
  organização fora de seu fluxo de trabalho operacional.




                                                                                                           Professor Euller Barros
• Função: Suporte

• Exemplos: Assessoria Jurídica, Relações Públicas, Pesquisa e
  Desenvolvimento, Folha de Pagamento.




                                                                                                           37
                         Fonte: MINTZBERG, Henry. Criando organizações eficazes. São Paulo: Atlas, 1995.
Componentes da Estrutura
Organizacional
Núcleo             Envolve operadores que executam o trabalho básico
Operacional        diretamente relacionado à fabricação dos produtos e à
                   prestação dos serviços.
Cúpula             Assegura que a organização cumpra sua missão de modo
                   eficaz e também que atenda às necessidades dos que a




                                                                                                                Professor Euller Barros
Estratégica
                   controlam.

Linha              Conecta a cúpula estratégica ao núcleo operacional pela
Intermediária      cadeia de gerentes intermediários que possui autoridade
                   formal.

Tecnoestrutura     Os analistas de controle da tecnoestrutura efetivam as
                   formas de padronização da organização.

Assessoria de Apoio Dá apoio à organização sem se envolver no trabalho
                   operacional.


                                                                                                                38
                              Fonte: MINTZBERG, Henry. Criando organizações eficazes. São Paulo: Atlas, 1995.
Próxima Aula

• Análise das Organizações Mintzberg
  (Continuação)




                                       Professor Euller Barros
                                       39

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Configurações Organizacionais - Mintzberg

  • 1. ORGANIZAÇÃO, MÉTODOS E SISTEMAS – 01/2013 Professor Euller Barros Universidade de Brasília
  • 2. REVISÃO – AULA 05 • Representações Gráficas • Organograma • Funcionograma • Componentes da Estrutura Organizacional • Responsabilidade x Autoridade • Amplitude de Controle e Níveis Hierárquicos
  • 3. Organograma “Representação gráfica e abreviada da estrutura da organização” (CURY, 2012) Professor Euller Barros “A função do Organograma é mostrar as pessoas que foram agrupadas para a eficiência operacional e mostrar os relacionamentos verticais” (RUMMLER, 1992). Fonte: CURY, Antonio. Organização e métodos: uma visão holística. 8ª Ed. São Paulo: Atlas, 2012 3
  • 4. Organograma • Vantagens: • Apresenta os órgãos componentes da empresa; • Demonstra as relações de interdependência entre os órgãos; • Apresenta os níveis administrativos que compões a organização ; Professor Euller Barros • Demonstra a via hierárquica. • Desvantagens: • Não demonstra os clientes e sua relação com a empresa • Não apresenta os produtos/serviços fornecidos aos clientes • Não mostra o fluxo de trabalho da empresa • Não considera a estrutura informal existente na empresa Fonte: CURY, Antonio. Organização e métodos: uma visão holística. 8ª Ed. São Paulo: Atlas, 2012 4
  • 5. Organograma – Regras Gerais • O organograma deve representar a estrutura existente e atual da organização; Professor Euller Barros • O tamanho dos “retângulos” deve ser proporcional à importância hierárquica do órgão; • Cada “caixa” deve conter o nome da área ou cargo e não nome da pessoa que o ocupa; • Se o organograma apresentado representar apenas parte da organização, deve haver linhas abertas para demonstrar continuidade 5
  • 6. Tipos de Organogramas • Serão apresentados alguns tipos de organogramas utilizados para representar as organizações: Professor Euller Barros • Tradicional / Clássico • Circular • Em Barras • Radial 6
  • 7. Funcionograma “Gráfico de Organização tendo como finalidade principal o detalhamento das atividades/tarefas que compõem uma função, da qual se originou um órgão no organograma.” Professor Euller Barros (CURY, 2012) • Vantagens: • Permite um conhecimento mais detalhado da organização e suas atividades • Fornece detalhes para análise das áreas e definição de sua missão • Possibilita uma análise comparativa da amplitude de controle entre as áreas Fonte: CURY, Antonio. Organização e métodos: uma visão holística. 8ª Ed. São Paulo: Atlas, 2012 7
  • 8. Amplitude de Controle “Amplitude de controle, também denominada amplitude administrativa ou ainda amplitude de supervisão, refere-se ao número de subordinados que um chefe pode supervisionar pessoalmente, de Professor Euller Barros maneira efetiva e adequada.”(OLIVEIRA, 2007) • Não há fórmula exata pra se definir a amplitude de controle ideal para cada nível hierárquico. • A medida que uma pessoa “sobe” numa estrutura organizacional, sua amplitude de controle deveria se tornar menor. 8 Fonte: OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Sistemas, Organização e Métodos: uma abordagem gerencial. São Paulo: Atlas, 2007
  • 9. Responsabilidade x Autoridade “Responsabilidade é a atuação profissional de qualidade nos trabalhos e busca de resultados, com ou sem a cobrança por parte de terceiros.” (OLIVEIRA, 2007) Professor Euller Barros • A responsabilidade está focada nos FINS (Resultados) • NÃO SE DELEGA RESPONSABILIDADE • Compõe o sistema de responsabilidade da empresa: • Departamentalização • Linha e Assessoria • Atribuições das unidades organizacionais 9 Fonte: OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Sistemas, Organização e Métodos: uma abordagem gerencial. São Paulo: Atlas, 2007
  • 10. Responsabilidade x Autoridade “Autoridade é o direito estabelecido de se designar o que deve ser realizado em sua área de responsabilidade na empresa.” (OLIVEIRA, 2007) • A autoridade está focada nos MEIOS (Processos). Professor Euller Barros • Não se pode ser responsável (fim) pelo resultado de um processo no qual você não possuí autoridade (meio). • Compõe o sistema de autoridade da empresa: • Delegação • Centralização e Descentralização • Níveis Hierárquicos • Amplitude de Controle 10 Fonte: OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Sistemas, Organização e Métodos: uma abordagem gerencial. São Paulo: Atlas, 2007
  • 11. AGENDA – AULA 06 • Configurações Organizacionais - Mintzberg • Mecanismos de Coordenação • Partes da Organização • Modelos Organizacionais
  • 12. Henry Mintzberg • (1939) é um renomado acadêmico e autor na área de administração. • Ph.D. pela MIT Sloan School of Management. • Professor na McGill University - Quebec, Canadá • Mestre em Gerência no MIT. • Obras sobre estratégia de Gerência e de Negócios, com mais de 140 artigos publicados e treze livros no seu nome.
  • 13. Cerâmicas S.A. • A senhora Marisa fabricava cerâmica no porão de sua casa. Isso envolvia um certo número de tarefas distintas, como: amontoar a argila; dar-lhe forma de vaso; modelar com uma ferramenta enquanto úmida; preparar e depois aplicar o esmalte e; por fim, cozer os vasos no forno. A coordenação de todas essas tarefas não apresentava problemas, pois ela própria as executava. Fonte: MINTZBERG, Henry. Criando organizações eficazes. São Paulo: Atlas, 1995 (Com adaptações).
  • 14. Cerâmicas S.A. O problema era ser ambiciosa e fazer vasos lindos cujos pedidos excediam sua capacidade de produção. Por essa razão, ela contratou a senhorita Paula, interessada em aprender como fazer vasos. Isto exigia que dona Marisa fizesse a divisão do seu trabalho. Nesse ínterim, as lojas de artesanato continuavam pedindo as cerâmicas, motivo pelo qual dona Marisa decidiu que a senhorita Paula deveria amontoar a argila e preparar o esmalte, enquanto ela faria o restante. Foi, então, necessária a coordenação das tarefas, na verdade, um pequeno problema na micro empresa de duas pessoas, onde elas simplesmente comunicavam-se informalmente. Fonte: MINTZBERG, Henry. Criando organizações eficazes. São Paulo: Atlas, 1995 (Com adaptações).
  • 15. Cerâmicas S.A. A comunicação funcionou bem, tanto assim que logo dona Marisa ficou novamente afogada em pedidos. Novos empregados foram necessários, ocasião que, prevendo o dia no qual eles mesmos deveriam modelar os vasos, dona Marisa decidiu admiti-los diretamente da escola de cerâmica do lugar. Isso porque considerou o tempo que foi preciso para treinar a senhorita Paula, enquanto os três novos empregados já de início sabiam exatamente o que fazer e misturar corretamente. Mesmo com cinco pessoas a coordenação não apresentava problemas. Fonte: MINTZBERG, Henry. Criando organizações eficazes. São Paulo: Atlas, 1995.
  • 16. Cerâmicas S.A. Entretanto, quando mais dois novos empregados foram contratados os problemas de coordenação surgiram. Um dia Paula tropeçou em um balde de esmalte, quebrando cinco vasos e, em outro, dona Marisa, abrindo o forno, descobriu que os suportes para plantas tinham sido esmaltados na cor fúcsia por engano. Neste ponto, ela compreendeu que sete pessoas em uma pequena fábrica de cerâmica não coordenam suas tarefas por meio do mecanismo simples de comunicação informal. O que tornou as coisas ainda piores foi o fato de dona Marisa, chamando para si própria de presidente de Cerâmicas Ltda., ser forçada a gastar mais e mais tempo com os clientes. Na verdade, nesses dias ela estava mais para ser vista com vestido chique do que usando jeans. Por isso, ela nomeou a Paula gerente de oficina, com o tempo ocupado integralmente para supervisionar e coordenar o trabalho dos cinco operários da cerâmica. Fonte: MINTZBERG, Henry. Criando organizações eficazes. São Paulo: Atlas, 1995.
  • 17. Cerâmicas S.A. A empresa continuou crescendo, e maiores mudanças tiveram lugar quando foi contratado um analista de tempos e movimentos. Ele recomendou mudanças, segundo as quais cada pessoa executava uma só tarefa dentro de uma das linhas de produtos (de vasos, cinzeiros, suportes para plantas e animais de cerâmica). Dessa maneira, a primeira fazia um bloco, a segunda lhe dava forma, a terceira modelava e assim por diante. Com isso, a produção compunha quatro linhas de montagem, nas quais cada indivíduo obedecia a um conjunto de instruções padronizadas previamente preparadas para assegurar a coordenação de todos trabalhos. É claro que a Cerâmicas Ltda. não mais vendeu para compradores de artesanatos, e dona Marisa passou a aceitar pedidos somente por atacado, muitos dos quais vinham de cadeias de lojas de departamentos. Fonte: MINTZBERG, Henry. Criando organizações eficazes. São Paulo: Atlas, 1995.
  • 18. Cerâmicas S.A. A ambição de dona Marisa não tinha limites e, por isso, quando apareceu a oportunidade de diversificar, ela não a deixou escapar. No começo foram telhas de barro, depois acessório para banheiros e finalmente tijolos prensados. Subsequentemente, a empresa foi separada em três divisões: produtos de consumo; produtos de construção; e produtos industriais. Do seu escritório no quinquagésimo quinto andar da Torre da Cerâmica ela coordenava as atividades das divisões pelo acompanhamento de seus desempenhos em cada trimestre do ano, e pessoalmente atuava quando os números dos lucros e taxas de crescimento caíam abaixo do que tinha sido previsto. Foi quando em um dia, sentada em sua mesa examinando esses orçamentos, que dona Marisa, fitando os arranha-céus dos arredores, decidiu mudar o nome de sua empresa para “Cerâmicas S.A”. Fonte: MINTZBERG, Henry. Criando organizações eficazes. São Paulo: Atlas, 1995.
  • 19. AGENDA – AULA 06 • Configurações Organizacionais - Mintzberg • Mecanismos de Coordenação • Partes da Organização • Modelos Organizacionais
  • 20. Os 5 Mecanismos de Coordenação • Cinco mecanismos de coordenação podem abranger as maneiras fundamentais pelas quais as organizações coordenam suas tarefas: Professor Euller Barros • Ajustamento Mútuo • Supervisão Direta • Padronização: • Padronização dos Processos de Trabalho • Padronização das Saídas • Padronização das Habilidades Fonte: MINTZBERG, Henry. Criando organizações eficazes. São Paulo: Atlas, 1995. 20
  • 21. Ajustamento Mútuo G GERENTE Professor Euller Barros ANALISTA A OPERADOR O O Fonte: MINTZBERG, Henry. Criando organizações eficazes. São Paulo: Atlas, 1995. 21
  • 22. Ajustamento Mútuo • Mecanismo inicial de coordenação. • Utilizado quando há um reduzido número de Professor Euller Barros funcionários envolvidos na atividade. • Pode ser utilizado quando o processo é novo ou desconhecido. • Também é utilizado em atividades altamente especializadas. Fonte: MINTZBERG, Henry. Criando organizações eficazes. São Paulo: Atlas, 1995. 22
  • 23. Supervisão Direta G Professor Euller Barros A O O Fonte: MINTZBERG, Henry. Criando organizações eficazes. São Paulo: Atlas, 1995. 23
  • 24. Supervisão Direta • Há a clara definição da cadeia do comando. O “supervisor” passa a ser responsável por coordenar nos operadores. Professor Euller Barros • Atividades complexas a ponto de não ser possível a coordenação. • Pode ser utilizado em conjunto com a padronização. • Exemplos: • Linha de montagem • Gerências Administrativas Fonte: MINTZBERG, Henry. Criando organizações eficazes. São Paulo: Atlas, 1995. 24
  • 25. Padronização dos Processos G Professor Euller Barros A O O HABILIDADES PROCESSO DE SAÍDAS TRABALHO Fonte: MINTZBERG, Henry. Criando organizações eficazes. São Paulo: Atlas, 1995. 25
  • 26. Padronização dos Processos • Foco nos meios. Detalhamento do fluxo da atividade. • Ferramentas: Professor Euller Barros • Fluxograma do Processo • Manuais • Exemplos: • Produção em larga escala. Indústria e manufatura. Fonte: MINTZBERG, Henry. Criando organizações eficazes. São Paulo: Atlas, 1995. 26
  • 27. Padronização das Saídas G Professor Euller Barros A O O HABILIDADES PROCESSO DE SAÍDAS TRABALHO Fonte: MINTZBERG, Henry. Criando organizações eficazes. São Paulo: Atlas, 1995. 27
  • 28. Padronização das Saídas • Saídas = Resultados do trabalho, desempenho • Foco nos fins e não nos meios Professor Euller Barros • Exemplos: • Diretorias e Gerências Fonte: MINTZBERG, Henry. Criando organizações eficazes. São Paulo: Atlas, 1995. 28
  • 29. Padronização das Habilidades G Professor Euller Barros A O O HABILIDADES PROCESSO DE SAÍDAS TRABALHO Fonte: MINTZBERG, Henry. Criando organizações eficazes. São Paulo: Atlas, 1995. 29
  • 30. Padronização das Habilidades • Funções mais complexas onde não é possível padronizar o processo de trabalho ou apenas as saídas. Professor Euller Barros • Exemplos: • Hospitais • Universidades • Maquinário especializado Fonte: MINTZBERG, Henry. Criando organizações eficazes. São Paulo: Atlas, 1995. 30
  • 31. AGENDA – AULA 06 • Configurações Organizacionais - Mintzberg • Mecanismos de Coordenação • Partes da Organização • Modelos Organizacionais
  • 32. A Organização em 5 Partes Cúpula Estratégica Professor Euller Barros Linha Intermediária Núcleo Operacional 32 Fonte: MINTZBERG, Henry. Criando organizações eficazes. São Paulo: Atlas, 1995.
  • 33. Núcleo Operacional Núcleo Operacional • Envolve operadores que executam o trabalho básico diretamente relacionado à fabricação dos produtos e à Professor Euller Barros prestação dos serviços. • Função: Execução (Atividade Fim) • Exemplos: Operadores de Máquinas, Montadores, Vendedores 33 Fonte: MINTZBERG, Henry. Criando organizações eficazes. São Paulo: Atlas, 1995.
  • 34. Cúpula Cúpula Estratégica Estratégica • Assegura que a organização cumpra sua missão de modo eficaz e também que atenda às necessidades dos que a Professor Euller Barros controlam. • Função: Estratégia (Objetivos, Missão/Visão, Planos) • Exemplos: Presidente, Conselho de Administração, Diretoria 34 Fonte: MINTZBERG, Henry. Criando organizações eficazes. São Paulo: Atlas, 1995.
  • 35. Linha Intermediária Linha Inter mediá ria • Conecta a cúpula estratégica ao núcleo operacional pela Professor Euller Barros cadeia de gerentes intermediários que possui autoridade formal. • Função: Coordenação • Exemplos: Gerentes de Fábrica, Coordenadores de áreas, supervisores, gerentes regionais 35 Fonte: MINTZBERG, Henry. Criando organizações eficazes. São Paulo: Atlas, 1995.
  • 36. Tecnoestrutura • Na Tecnoestrutura encontramos os analistas que prestam serviços à organização atuando sobre as tarefas dos outros. Professor Euller Barros Estes analistas estão fora do fluxo de trabalho operacional e da linha de autoridade formal. • Os analistas de controle da tecnoestrutura efetivam as formas de padronização da organização. • Função: Padronização • Exemplos: Qualidade, Programação da Produção, Apoio Técnico 36 Fonte: MINTZBERG, Henry. Criando organizações eficazes. São Paulo: Atlas, 1995.
  • 37. Assessoria de Apoio • Unidades especializadas com o fim de dar apoio para a organização fora de seu fluxo de trabalho operacional. Professor Euller Barros • Função: Suporte • Exemplos: Assessoria Jurídica, Relações Públicas, Pesquisa e Desenvolvimento, Folha de Pagamento. 37 Fonte: MINTZBERG, Henry. Criando organizações eficazes. São Paulo: Atlas, 1995.
  • 38. Componentes da Estrutura Organizacional Núcleo Envolve operadores que executam o trabalho básico Operacional diretamente relacionado à fabricação dos produtos e à prestação dos serviços. Cúpula Assegura que a organização cumpra sua missão de modo eficaz e também que atenda às necessidades dos que a Professor Euller Barros Estratégica controlam. Linha Conecta a cúpula estratégica ao núcleo operacional pela Intermediária cadeia de gerentes intermediários que possui autoridade formal. Tecnoestrutura Os analistas de controle da tecnoestrutura efetivam as formas de padronização da organização. Assessoria de Apoio Dá apoio à organização sem se envolver no trabalho operacional. 38 Fonte: MINTZBERG, Henry. Criando organizações eficazes. São Paulo: Atlas, 1995.
  • 39. Próxima Aula • Análise das Organizações Mintzberg (Continuação) Professor Euller Barros 39