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   Aprendizagens Humanas
   Aprender novas habilidades com significado
   Humanização do atendimento hospitalar
   No âmbito Institucional
   No âmbito clínico (diferente de atendimento na
    clinica)
   Teoria sistêmica
   Pediatria
   Processos de aprendizagens no período de
    internação
   Procedimentos na chegada a unidade
    hospitalar
   Entrei no quarto onde estava um menino. Cumprimentei.Apresentei-me
    como estagiária de Psicopedagogia. A tia que acompanhava o menino
    pediu que eu explicasse o que esse serviço oferecia e foi logo dizendo que
    precisava conseguir uma recarga para o tubo de oxigênio que o menino
    utiliza em casa. Aos poucos fui me inteirando da história de SRH um
    menino com 11 anos, consegue ficar apenas 6 horas sem estar conectado
    ao oxigênio. Segundo relato da mãe teve uma infecção generalizada ao
    nascer o que ocasionou lesões no cérebro e no pulmão. Observei que SRH
    é um menino que apresenta bastante insegurança e comportamento
    infantilizado.
   A partir do que observei procurei no material disponível algo que deixasse o menino mais a vontade para conversar e que pudesse criar um certo vínculo para uma intervenção mais efetiva
    Montamos quebra-cabeça, jogamos memória e dominó. Brincamos de escolinha e percebi que ele reconhece as letra do alfabeto e os numerais até 10 mas ainda não lê sílabas.Após conversar
    com a enfermeira responsável pela pediatria, passei algumas instruções: Poderia ir até a sala de brinquedos, escolher um brinquedo ou um livro de histórias para o acompanhante ler.

   Precisou ir ao banheiro, pediu que eu esperasse o seu retorno que eu não fosse embora porque havia gostado muito de brincar comigo. Tive que prometer que eu esperaria a sua volta e que
    eu brincaria mais um pouco com ele. Tentava adivinhar as palavras escritas nos cartazes do quarto. Uma tia do menino estava acompanhando a internação e parecia saber muito mais sobre
    SRH do que a mãe. Deixei o dominó e o jogo da memória para a tia jogar com ele.
   Entrei no quarto onde estava um menino.
    Cumprimentei.Apresentei-me como estagiária de
    Psicopedagogia. A tia que acompanhava o menino
    pediu que eu explicasse o que esse serviço oferecia
    e foi logo dizendo que precisava conseguir uma
    recarga para o tubo de oxigênio que o menino
    utiliza em casa. Aos poucos fui me inteirando da
    história de SRH um menino com 11 anos,
    consegue ficar apenas 6 horas sem estar conectado
    ao oxigênio. Segundo relato da mãe teve uma
    infecção generalizada ao nascer o que ocasionou
    lesões no cérebro e no pulmão. Observei que SRH
    é um menino que apresenta bastante insegurança
    e comportamento infantilizado.
   Brinquei com a menina PRJ 7 anos primeira série. Ela estava sendo medicada
    devido uma picada de inseto que ocasionou grande alergia. PRJ estava ansiosa
    para sair do hospital e voltar logo para casa. Dizia estar com saudades da escola e
    dos colegas. Perguntava a todo instante quando voltaria para casa. A avó
    materna estava acompanhando a menina porque a mãe e o pai trabalham o dia
    todo. Ofereci bonecas, alguns jogos e alguns livros. PRJ convidou-me para
    brincar de casinha. Montamos duas casinhas. Éramos vizinhas. Ela tinha dois
    filhos e eu tinha apenas um bebê. Tudo foi sendo montado por sugestões da
    menina. “Num determinado momento ela estava visitando a vizinha e disse:”
    tenho que ir, se não ele chega e fica brigando...ele bate nas crianças e eu não gosto
    que ele faça isso.” Então eu digo: “ mas porque ele bate nas crianças?” ela
    responde: “ eu não sei ele se encachaça e daí já viu NE...” tchau eu já vou...foi
    bom ter vindo aqui , sempre é bom ter amigos para conversar...contar estas
    trapaça dele...”nisso a avó que havia saído do quarto estava retornando e eu
    respondi: Tchau amiga! volte sempre pode ser pra conversar, ou tomar um
    chimarrão, traga suas meninas para brincar com meu bebê.” Ela olhou séria e
    disse “tchau vizinha.” A enfermeira chegou para verificar os sinais vitais e levar a
    menina para um exame. Eu me despedi e a deixei com os brinquedos, sugerindo
    que a avó lesse uma história para PRJ.
   É no espaço da transicionalidade que se
    entrelaçam os fios da subjetividade, trama de
    angústia e de esperança. Fios que se
    entrelaçam, se acrescentam e se desfazem,
    adquirindo novas formas e cores, numa dança
    continua. Dança por vezes suave e
    encantadora, por outra vigorosa, agressiva,
    triste ou apaixonada, mas sempre melodia
    expressando o mistério da vida. (WINNICOT,
    1997, p.57)

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Aprendizagens na internação hospitalar

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  • 3. No âmbito Institucional  No âmbito clínico (diferente de atendimento na clinica)
  • 4. Teoria sistêmica  Pediatria  Processos de aprendizagens no período de internação  Procedimentos na chegada a unidade hospitalar
  • 5. Entrei no quarto onde estava um menino. Cumprimentei.Apresentei-me como estagiária de Psicopedagogia. A tia que acompanhava o menino pediu que eu explicasse o que esse serviço oferecia e foi logo dizendo que precisava conseguir uma recarga para o tubo de oxigênio que o menino utiliza em casa. Aos poucos fui me inteirando da história de SRH um menino com 11 anos, consegue ficar apenas 6 horas sem estar conectado ao oxigênio. Segundo relato da mãe teve uma infecção generalizada ao nascer o que ocasionou lesões no cérebro e no pulmão. Observei que SRH é um menino que apresenta bastante insegurança e comportamento infantilizado.  A partir do que observei procurei no material disponível algo que deixasse o menino mais a vontade para conversar e que pudesse criar um certo vínculo para uma intervenção mais efetiva Montamos quebra-cabeça, jogamos memória e dominó. Brincamos de escolinha e percebi que ele reconhece as letra do alfabeto e os numerais até 10 mas ainda não lê sílabas.Após conversar com a enfermeira responsável pela pediatria, passei algumas instruções: Poderia ir até a sala de brinquedos, escolher um brinquedo ou um livro de histórias para o acompanhante ler.  Precisou ir ao banheiro, pediu que eu esperasse o seu retorno que eu não fosse embora porque havia gostado muito de brincar comigo. Tive que prometer que eu esperaria a sua volta e que eu brincaria mais um pouco com ele. Tentava adivinhar as palavras escritas nos cartazes do quarto. Uma tia do menino estava acompanhando a internação e parecia saber muito mais sobre SRH do que a mãe. Deixei o dominó e o jogo da memória para a tia jogar com ele.
  • 6. Entrei no quarto onde estava um menino. Cumprimentei.Apresentei-me como estagiária de Psicopedagogia. A tia que acompanhava o menino pediu que eu explicasse o que esse serviço oferecia e foi logo dizendo que precisava conseguir uma recarga para o tubo de oxigênio que o menino utiliza em casa. Aos poucos fui me inteirando da história de SRH um menino com 11 anos, consegue ficar apenas 6 horas sem estar conectado ao oxigênio. Segundo relato da mãe teve uma infecção generalizada ao nascer o que ocasionou lesões no cérebro e no pulmão. Observei que SRH é um menino que apresenta bastante insegurança e comportamento infantilizado.
  • 7. Brinquei com a menina PRJ 7 anos primeira série. Ela estava sendo medicada devido uma picada de inseto que ocasionou grande alergia. PRJ estava ansiosa para sair do hospital e voltar logo para casa. Dizia estar com saudades da escola e dos colegas. Perguntava a todo instante quando voltaria para casa. A avó materna estava acompanhando a menina porque a mãe e o pai trabalham o dia todo. Ofereci bonecas, alguns jogos e alguns livros. PRJ convidou-me para brincar de casinha. Montamos duas casinhas. Éramos vizinhas. Ela tinha dois filhos e eu tinha apenas um bebê. Tudo foi sendo montado por sugestões da menina. “Num determinado momento ela estava visitando a vizinha e disse:” tenho que ir, se não ele chega e fica brigando...ele bate nas crianças e eu não gosto que ele faça isso.” Então eu digo: “ mas porque ele bate nas crianças?” ela responde: “ eu não sei ele se encachaça e daí já viu NE...” tchau eu já vou...foi bom ter vindo aqui , sempre é bom ter amigos para conversar...contar estas trapaça dele...”nisso a avó que havia saído do quarto estava retornando e eu respondi: Tchau amiga! volte sempre pode ser pra conversar, ou tomar um chimarrão, traga suas meninas para brincar com meu bebê.” Ela olhou séria e disse “tchau vizinha.” A enfermeira chegou para verificar os sinais vitais e levar a menina para um exame. Eu me despedi e a deixei com os brinquedos, sugerindo que a avó lesse uma história para PRJ.
  • 8.
  • 9.
  • 10. É no espaço da transicionalidade que se entrelaçam os fios da subjetividade, trama de angústia e de esperança. Fios que se entrelaçam, se acrescentam e se desfazem, adquirindo novas formas e cores, numa dança continua. Dança por vezes suave e encantadora, por outra vigorosa, agressiva, triste ou apaixonada, mas sempre melodia expressando o mistério da vida. (WINNICOT, 1997, p.57)