Este documento apresenta um glossário de termos relacionados à comunicação com definições de conceitos como análise do discurso, semiótica, teoria da comunicação e descrições de tecnologias como internet, telefonia e satélites. Ele também inclui biografias breves de inventores como Alexander Graham Bell.
2. Prefácio
O nosso projecto, sobre comunicação, foi realizado no âmbito da
disciplina de Português, para promover algum dinamismo e para nos
especializar em apresentações, quer seja na escola quer seja em outros
projectos.
Página 2
3. Disciplinas:
Análise do Discurso
Análise de Conteúdo
Cibercultura
Dialéctica
Estudos Culturais
Hermenêutica
Marketing
Retórica
Semiótica
Teoria da Comunicação
Página 3
4. Análise do Discurso - Análise do Discurso ou Análise de Discursos é uma
prática e um campo da linguística e da comunicação especializado em analisar
construções ideológicas presentes em um texto. É muito utilizada, por exemplo,
para analisar textos da média e as ideologias que trazem em si. A Análise do
Discurso é proposta a partir da filosofia materialista que põe em questão a
prática das ciências humanas e a divisão do trabalho intelectual, de forma
reflexiva.
Análise de Conteúdo - A análise de conteúdo é uma metodologia de análise
de textos que parte de uma perspectiva quantitativa, analisando
numericamente a frequência de ocorrência de determinados termos,
construções e referências em um dado texto. Em Comunicação, é
frequentemente usada como contraponto à análise do discurso, eminentemente
qualitativa.
Cibercultura - O próprio termo Cibercultura tem vários sentidos. Mas se pode
entender por Cibercultura a forma sociocultural que advém de uma relação de
trocas entre a sociedade, a cultura e as novas tecnologias de base micro-
eletrónicas surgidas na década de 70, graças à convergência das
telecomunicações com a informática. A cibercultura é um termo utilizado na
definição dos agenciamentos sociais das comunidades no espaço electrónico
virtual. Estas comunidades estão ampliando e popularizando a utilização da
Internet e outras tecnologias de comunicação, possibilitando assim maior
aproximação entre as pessoas de todo o mundo. Este termo se relaciona
directamente com à dinâmica Política, Antropo-social, Económica e Filosófica
dos indivíduos conectados em rede, bem como a tentativa de englobar os
desdobramentos que este comportamento requisita. A Cibercultura não deve
ser entendida como uma cultura pilotada pela tecnologia. Na verdade, o que há
na era da cibercultura é o estabelecimento de uma relação íntima entre as
novas formas sociais surgidas na década de 60 (a sociedade pós-moderna) e
as novas tecnologias digitais. Ou seja, a Cibercultura é a cultura
contemporânea fortemente marcada pelas tecnologias digitais.
Página 4
5. Dialéctica - (pelo latim dialéctica o dialéctico) era, na Grécia Antiga, a arte do
diálogo, da contraposição e contradição de ideias que leva a outras ideias.
Economia da informação - A Economia da Informação é um campo de estudos
interdisciplinar entre a Economia, a Ciência da informação e a Comunicação
que trata da informação como mercadoria e bem de produção necessária às
actividades económicas no sistema capitalista pós-industrial.
Estudos Culturais - De uma forma geral, chamamos Estudos Culturais à
disciplina que se ocupa do estudo dos diferentes aspectos da cultura,
envolvendo, por exemplo, outras disciplinas como a história, a filosofia, a
sociologia, a etnografia, a teoria da literatura, etc. Trata-se de uma disciplina
académica, cujas origens é possível determinar, sendo habitual ligar essa
origem ao próprio desenvolvimento do pós-modernismo e às suas celebrações
contra a alta-costura e as elites sociais, aos seus debates sobre
multiculturalismo que têm tido particular expressão nos Estados Unidos, à sua
ênfase nos estudos sobre pós-colonialismo, que ajudaram a criar uma nova
disciplina dentro dos Estudos Culturais, e às suas manifestações sobre cultura
popular urbana, por exemplo.
Hermenêutica - é um ramo da filosofia que se debate com a compreensão
humana e a interpretação de textos escritos. A palavra deriva do nome do deus
grego Hermes, o mensageiro dos deuses, a quem os gregos atribuíam a
origem da linguagem e da escrita e considerado o patrono da comunicação e
do entendimento humano.
O termo quot;hermenêuticaquot; provém do verbo grego quot;hermēneueinquot; e significa
quot;declararquot;, quot;anunciarquot;, quot;interpretarquot;, quot;esclarecerquot; e, por último, quot;traduzirquot;.
Significa que alguma coisa é quot;tornada compreensívelquot; ou quot;levada à
compreensãoquot;.
Página 5
6. Marketing - Idiomaticamente, no uso diário, significa: quot;comercializaçãoquot;, mas
também realização. Engloba todo o conjunto de actividades de planeamento,
concepção e concretização, que visam a satisfação das necessidades dos
clientes, presentes e futuras, através de produtos/serviços existentes ou novos
(publicidade).
Retórica - A retórica é a técnica (ou a arte, como preferem alguns) de
convencer o interlocutor através da oratória, ou outros meios de comunicação.
Classicamente, o discurso no qual se aplica a retórica é verbal, mas há
também — e com muita relevância — o discurso escrito e o discurso visual.
Semiótica - A Semiótica (do grego semeiotiké ou quot;a arte dos sinaisquot;) é a ciência
geral dos signos e da semiose que estuda todos os fenómenos culturais como
se fossem sistemas sígnicos, isto é, sistemas de significação. Ocupa-se do
estudo do processo de significação ou representação, na natureza e na cultura,
do conceito ou da ideia. Mais abrangente que a linguística, a qual se restringe
ao estudo dos signos linguísticos, ou seja, do sistema sígnico da linguagem
verbal, esta ciência tem por objecto qualquer sistema sígnico - Artes visuais,
Música, Fotografia, Cinema, Culinária, Vestuário, Gestos, Religião, Ciência,
etc.
Teoria da Comunicação - Teorias da Comunicação são estudos académicos
que pesquisam os efeitos, origens e funcionamento do fenómeno da
Comunicação Social em seus aspectos tecnológicos, sociais, económicos,
políticos e cognitivos. Englobam psicologia, filosofia e sociologia, dependendo
do tipo de abordagem e dos objectivos da pesquisa.
Os estudos em Comunicação Social começaram com a crescente
popularização das tecnologias mediáticas e seu uso durante as experiências
totalitárias da Europa. Em sua primeira fase, concentraram suas atenções
sobre as mensagens da média e seu efeito sobre os indivíduos; na segunda,
enfatizaram o processo de selecção, produção e divulgação das informações
através da média.
Página 6
8. Animação - animar é o acto de animar, dar vivência a algo, provocar
entusiasmo, é uma grande influencia em festas ou locais específicos.
Internet - A Internet é um conglomerado de redes em escala mundial de
milhões de computadores interligados pelo Protocolo de Internet que permite o
acesso a informações e todo tipo de transferência de dados. A Internet é a
principal das novas tecnologias de informação e comunicação.
Máquina de escrever - A máquina de escrever é um instrumento mecânico,
electromecânico ou electrónico com teclas que, quando premidas, causam a
impressão de caracteres num documento, em geral de papel.
O método pelo qual uma máquina de escrever deixa a impressão no papel
varia de acordo com o tipo de máquina. Habitualmente é causado pelo impacto
de um elemento metálico, com um alto-relevo do carácter a imprimir, numa fita
com tinta que em contacto com o papel é depositada na sua superfície.
No fim do século XX tornou-se rara a utilização de máquinas de escrever na
generalidade das empresas e na utilização doméstica, sendo substituídas pelo
computador, que, com processadores de texto, possibilitam efectuar o mesmo
trabalho de modo mais eficiente e rápido.
Página 8
9. Microfone - é um aparelho inventado por Hughes, que torna os sons mais
ténues, aumentando-lhes a intensidade, converte também as ondas sonoras
em sinais eléctricos com variações de frequência iguais ás das duas ondas
sonoras (isto em definição científica)
Podcasting - Podcasting é uma forma de publicação de arquivos de média
digital (áudio, vídeo, foto, pps, etc...) pela Internet, através de um Feed RSS,
que permite aos utilizadores acompanhar a sua actualização. Com isso, é
possível o acompanhamento e/ou download automático do conteúdo de um
Podcast.
Radiotelefonia - A Radiotelefonia é um sistema de comunicação telefónica sem
fio que utiliza ondas radioeléctricas (radiofrequência) para a Radiotransmissão
e Radiorecepção de voz ou dados.
Satélite - Planeta secundário que gira em volta de um planeta principal,
acompanhando-o no seu movimento de translação em torno do Sol; auxiliar na
execução de más obras; companheiro inseparável em posição de dependência.
Telecomunicações - Telecomunicações é a transmissão, emissão ou
recepção, por fio, radioeletricidade, meios ópticos ou qualquer outro processo
eletromagnético, de símbolos, caracteres, sinais, escritos, imagens, sons ou
informações de qualquer natureza. Comunicação é o processo pelo qual uma
informação gerada em um ponto no espaço e no tempo chamado fonte é
transferida a outro ponto no espaço e no tempo chamado destino.
Página 9
10. Telefonia - sistema de transmissão do som à distância por ondas
electromagnéticas ou hertzianas; aparelho receptor de rádio.
Telegrafia - sistema de transmissão de mensagens à distância que utiliza o
método óptico (sinais luminosos) ou eléctrico, propagando impulsos por fios
condutores ou por ondas hertzianas ou electromagnéticas (telegrafia sem fios).
Videocassete - cassete contendo uma fita magnética que regista imagem e
som televisivos, destinada a ser introduzida num aparelho ou leitor de vídeo.
Página
10
11. Inventores
Alexander Graham Bell
Alexander Graham Bell ( Edimburgo, 3 de Março de 1847 — Nova Escócia, 2
de Agosto de 1922) foi um cientista, inventor e fundador da companhia
telefónica Bell.
Historicamente é considerado o inventor do telefone, contudo existem indícios
que apontam como legítimo inventor António Meucci (então pode ser
considerado o aperfeiçoador do telefone), fato este que foi reconhecido
postumamente em 11 de junho de 2002 quando o Congresso dos Estados
Unidos aprovou a resolução No. 269, na qual se reconheceu como o inventor
do telefone.
Bell nasceu na Escócia, numa família ligada ao ensino de elocução: o seu avô
em Londres, seu tio em Dublin, e seu pai, Sr. Alexander Melville Bell, em
Edimburgo, eram todos elocucionistas professados. Este último publicou uma
variedade de trabalhos sobre o assunto, dos quais vários são bem conhecidos,
em especial o seu tratado na linguagem gestual, que apareceu em Edimburgo
em 1868. Neste explica o seu método engenhoso de instruir surdos mudos, por
meio visual, como articular palavras e como ler o que as outras pessoas dizem
pelo movimento dos lábios.
Antes de sair da Escócia, Alexander Graham Bell virou a sua atenção para o
telefone, e no Canadá continuou o seu interesse por máquinas de
comunicação. Projectou um piano que podia transmitir música a uma certa
distância por meio de electricidade. Em 1873 acompanhou seu pai a Montreal,
Quebeque, onde foi empregado a ensinar o seu sistema de linguagem gestual.
A Bell mais velha foi convidada a introduzir o sistema numa grande escola para
mudos em Boston, mas declinou o posto em favor do seu filho, que se tornou
logo famoso nos Estados Unidos pelo seu sucesso neste importante trabalho.
Alexander Graham Bell publicou mais de um tratado sobre o assunto em
Washington, e é principalmente com os seus esforços que os milhares de
surdos mudos na América podem agora falar quase, se não completamente,
tão bem quanto as pessoas que conseguem ouvir.
Página
11
12. Em Boston continuou a sua pesquisa no
mesmo campo, e esforçou-se para
produzir um telefone que emitisse não
somente notas musicais, mas
articulasse a fala. Com financiamento
do seu sogro americano, em 7 de Março
de 1876, o escritório de patentes dos
Estados Unidos concedeu-lhe a patente
número 174.465 que cobre quot;o método
de, e o instrumento para, transmitir sons
vocais ou outros telegraficamente,
causando ondulações eléctricas,
similares às vibrações do ar que
acompanham o som vocal.quot;, ou seja o
telefone. Após ter obtido a patente para
o telefone, Bell continuou suas
experiências em comunicação, que
culminaram na invenção da
photophone-transmissão do som num
feixe de luz -- um precursor dos
sistemas de fibra óptica actuais.
Também trabalhou na pesquisa médica
e inventou técnicas para ensinar o
discurso aos surdos. A dimensão do génio inventivo de Bell fica em parte
patente nas 18 patentes concedidas em seu nome apenas e as doze que
compartilhou com seus colaboradores. Estas incluem 14 para o telefone e o
telégrafo, quatro para o photophone, uma para o fonógrafo, cinco para veículos
aéreos, quatro para hidroaviões, e duas para uma pilha de selénio. Em 1888
era um dos membros fundadores da National Geographic Society e
transformou-se no seu segundo presidente. Era o receptor de muitas honras. O
governo francês conferiu-lhe a decoração da Légion d'honneur (legião de
honra), a Académie française atribuiu-lhe o prémio de Volta de 50 mil francos, a
sociedade real das artes em Londres concedeu-lhe a medalha Albert em 1902,
e a universidade de Würzburg, Baviera, concedeu-lhe o grau de doutoramento
honoris causa.
Morreu em Baddeck, Nova Escócia em 1922.
Página
12
13. Samuel Finley Breese Morse
Samuel Finley Breese Morse (Charlestown, 27
de abril de 1791 — Nova Iorque, 2 de abril de
1872) foi um inventor e pintor de retratos e
cenas históricas estadunidense. Tornou-se
mundialmente célebre pela suas invenções: o
código morse e do telégrafo.
Aos quatro anos de idade mostrava grande
interesse pelo desenho e, aos catorze,
ganhava o seu próprio dinheiro fazendo
desenhos de seus amigos e pessoas da
cidade.
Ainda na época de colégio, Morse escreveu
uma carta aos pais dizendo que queria se
tornar um pintor. Os pais, preocupados com o
futuro do filho, preferiram transformá-lo num
vendedor de livros. Desse modo, Morse
passou a vender livros de dia e a pintar à
noite. Ante a persistência do artista, os pais
decidiram mandar o filho para Londres para que estudasse artes na Royal
Academy.
Ao retornar aos Estados Unidos, casou-se em 1818 e, logo em seguida, vieram
os filhos: dois meninos e uma menina. Morse lutava com dificuldades, uma vez
que à época não havia muitos interessados em retratos.
Em 1825, após o falecimento da sua esposa, Morse retornou à Europa,
levando os seus filhos e uma cunhada.
Em 1826 fundou uma sociedade artística que, em breve, se transformou na
Academia Nacional de Desenho. A partir de 1832 ensinou pintura e escultura
na Universidade de Nova Yorque, atingindo a fama de excelente retratista.
Página
13
14. Auguste Marie Louis Nicholas Lumière e Louis Jean Lumière
Auguste Marie Louis Nicholas Lumière (19 de Outubro de 1862–10 de Abril de
1954) e Louis Jean Lumière (5 de Outubro de 1864–6 de Junho de 1948), os
irmãos Lumière, nasceram em Besançon, na França. Foram eles que
fabricaram o cinematógrafo (cinématographe), sendo frequentemente referidos
como os pais do cinema.
O C I N E MA T Ó G R A F O
Louis e Auguste eram filhos e colaboradores do industrial Antoine Lumière,
fotógrafo e fabricante de películas fotográficas, proprietário da Fábrica Lumière
(Usine Lumière), instalada na cidade francesa de Lyon. Antoine reformou-se
em 1892, deixando a fábrica entregue aos filhos.
Página
14
15. O cinematógrafo era uma máquina de filmar e projector de cinema, invento que
lhes tem sido atribuído mas que na verdade foi inventado por Léon Bouly, em
1892, que terá perdido a patente, de novo registada pelos Lumière a 13 de
Fevereiro de 1895.
São considerados os fundadores da Sétima Arte junto com Georges Méliès,
também francês, este tido como o pai do cinema de ficção. Louis e Auguste
eram ambos engenheiros. Auguste ocupava-se da gerência da fábrica, fundada
pelo pai. Dedicar-se-iam à actividade cinematográfica produzindo alguns
documentários curtos, destinados à promoção do invento, embora
acreditassem que o cinematógrafo fosse apenas um instrumento científico sem
futuro comercial. Casaram-se com duas irmãs e moravam todos na mesma
mansão.
DIVULGAÇÃO D O C I N E MA T Ó G R A F O
A primeira projecção pública de apresentação do invento ocorreu a 28 de
Setembro de 1895 na primeira sala de cinema do mundo, o Eden, que ainda
existe, situado em La Ciotat, no sudeste da França. Mas a verdadeira
divulgação do cinematógrafo, com boa publicidade e entradas pagas, teve
lugar no dia 28 de Dezembro do mesmo ano, em Paris, no Grand Café, situado
no Boulevard des Capucines. O programa incluía dez filmes. A sessão foi
inaugurada com a projecção de La Sortie de l'usine Lumière à Lyon (A Saída
da Fábrica Lumière em Lyon). Méliès esteve presente e interessou-se logo pela
exploração do aparelho.
Os irmãos Lumière fizeram um digressão com o cinematógrafo, em 1896,
visitando Bombaim, Londres e Nova Iorque. As imagens em movimento tiveram
uma forte influência na cultura popular da época: L'Arrivée d'un train en gare de
la Ciotat (Chegada de um Comboio à Estação da Ciotat), filmes de
actualidades, Le Déjeuner de Bébé (O Almoço do Bebé) e outros, incluindo
alguns dos primeiros esboços cómicos, como L'Arroseur arrosé (O quot;Regadorquot;
Regado).
Página
15
16. OUTROS INVENTOS
Os irmãos Lumière desenvolveram também o primeiro processo de fotografia
colorida, o autocromo (‘’autochrome’’), a placa fotográfica seca, em 1896, a
fotografia em relevo (1920), o cinema em relevo (1935), a chamada ‘’Cruz de
Malta’’, um sistema que permite que uma bobine de filme desfile por
intermitência.
AFINIDADES POLÍTICAS
Louis assumiu claramente a sua ideologia política mostrando ser um admirador
de Benito Mussolini, a quem enviou, a 22 de Março de 1935, uma fotografia
sua com uma dedicatória em que referia «a expressão da minha mais profunda
admiração».
Num catálogo do Grupo de Universitários Fascistas, invoca a França e a Itália
exaltando a «amizade que une ambos os nossos países e que uma
comunidade de origem não pode deixar de projectar no futuro».
No que toca o estado das coisas no seu país, declara o seguinte, no Petit
Comtois, a 15 de Novembro de 1940: «Seria um grave erro recusar o regime
de colaboração de que falou o Marechal Pétain nas suas admiráveis
mensagens. Auguste Lumière, o meu irmão, nas páginas em que exalta o
prestígio incomparável, a coragem indomável, o ardor juvenil do Marechal
Pétain e o seu sentido das realidades que devem salvar a pátria, escreveu:
“Para que a era tão desejada de concórdia europeia sobrevenha, é
evidentemente preciso que as condições impostas pelo vencedor não deixem
nenhum fermento de hostilidade irredutível contra si. Mas ninguém poderá
alcançar esse objectivo melhor que o nosso admirável Chefe de Estado,
auxiliado por Pierre Laval, que tantas provas nos deu já da sua clarividência, da
sua habilidade e da sua devoção aos verdadeiros interesses do país”. Vejo as
coisas da mesma maneira. Faço minha esta declaração, inteiramente».
Página
16
17. Gutenberg
Johannes Gensfleisch zur Laden zum Gutemberg (Mogúncia, c. década
de 1390 - 3 de Fevereiro de 1468),
foi um inventor alemão que se
tornou famoso pela sua
contribuição para a tecnologia da
impressão e tipografia.
Foi filho do comerciante
Friele Gensfleisch zu Laden, que
adoptaria mais tarde o nome quot;zum
Gutenbergquot;, homônimo da
comunidade para onde a família se
tinha transferido. Um exemplar da Bíblia de Gutenberg na Biblioteca do Congresso em Washington D.C
Desde jovem revelou uma forte inclinação pela leitura, lendo todos os
livros que os pais possuíam em casa. Os livros, na época, eram escritos à mão,
por monges, alunos e escribas e cada exemplar demorava meses a ser
preparado, sendo o seu preço elevadíssimo e inacessível para a maioria das
pessoas.
Trabalhou como joalheiro, onde dominou a arte da construção de moldes
e da fundição de ouro e prata; por essa experiência os seus tipos eram
excelentes, inclusive artísticamente.
Em 1434, Gutenberg mudou-se para Estrasburgo onde permaneceu
vários anos. Depois de regressar à Mogúncia, associou-se com um
comerciante que o financiou para realizar a impressão da Bíblia.
Não se conhece muito sobre os últimos anos da vida de Gutenberg.
Sabe-se que morreu a 3 de fevereiro de 1468.
Gutenberg é considerado o inventor dos tipos móveis de chumbo
fundido, mais duradouros e resistentes do que os fabricados em madeira, e
portanto reutilizáveis que conferiram uma enorme versatilidade ao processo de
elaboração de livros e outros trabalhos impressos e permitiram a sua
massificação.
A imprensa é outra das contribuições de Gutenberg; com anterioridade
se tinham empregado, também desde a época de Suméria, discos ou cilindros
sobre os quais se tinha lavrado o negativo do texto a imprimir que geralmente
era só a rubrica do dono do cilindro e outorgava certeza de autenticidade às
tabletas que a levavam. As imprensas na Idade Média eram simples tabelas
Página
17
18. gordas e pesadas ou blocos de pedra que se apoiavam sobre a matriz de
impressão já entintada para transferir sua imagem ao pergaminho ou papel. A
imprensa de Gutenberg é uma adaptação daquelas usadas para espremer o
suco das uvas na fabricação do vinho, com as quais Gutenberg estava
familiarizado, pois Mogúncia, onde nasceu e viveu, está no vale do Reno, uma
região vinícola desde a época dos romanos.
Depois da invenção dos tipos e a adaptação da prensa vinícola, Gutenberg
seguiu experimentando com a imprensa até conseguir um aparelho funcional.
Também pesquisou sobre o papel e as tintas. Uns e outras tinham que se
comportar de tal modo que as tintas se absorvessem pelo papel sem escorrer-
se, assegurando a precisão dos traços; precisava-se que o secagem fosse
rápida e a impressão permanente. Por isso, Gutenberg experimentou com
pigmentos a base de azeite, que não só usou para imprimir com as matrizes,
senão também para as capitulares e ilustrações que se realizavam
manualmente- e com o papel de trapo de origem chinesa introduzido na Europa
em sua época.
O primeiro livro impresso por Gutenberg foi a Bíblia, processo que se iniciou
cerca de 1450 e que terá terminado cinco anos depois em Março de 1455.[1]
Para comprovar a magnificência deste inventor alemão do século XV, realiza-
se anualmente, nos EUA, o quot;Festival Gutenbergquot; - uma espécie de Feira de
demonstrações e inovações nas áreas do desenho gráfico, da impressão
digital, da publicação e da conversão de texto - que só comprova que a
invenção do mestre Gutenberg consegue, ainda hoje, cultivar seguidores que,
da sua experiência-base, tentam superar o invento e adaptar as tecnologias
modernas às exigentes necessidades do mundo actual.
Página
18
19. Guglielmo Marconi
Guglielmo Marconi (Bolonha, 25 de abril de 1874 — Roma, 20 de julho de
1937) foi um físico italiano, inventor do primeiro
sistema prático de telegrafia sem fios, em 1896. A
teoria de que as ondas electromagnéticas poderiam
propagar-se no espaço, formulada por James Clerk
Maxwell, e comprovada pelas experiências de
Heinrich Hertz, em 1888, foi utilizada por Marconi
entre 1894 e 1895. Ele tinha apenas vinte anos
quando transformou o celeiro da casa onde morava
em laboratório e estudou os princípios elementares
de uma transmissão radiotelegráfica.
Em 1896, foi para a Inglaterra, depois de verificar
que não havia nenhum interesse por suas
experiências na Itália. Em 1899, teve sucesso na
transmissão sem fios do código Morse através do
canal da Mancha. Dois anos mais tarde, conseguiu
que sinais radiotelegráficos (a letra S do código
Morse) emitidos de Inglaterra, fossem escutados
claramente em St. Johns, no Labrador, atravessando o Atlântico Norte. A partir
daí, fez muitas descobertas básicas na técnica radio. Em 1909, recebeu, com
Karl Ferdinand Braun, o Prêmio Nobel de Física. Em 1929, em reconhecimento
por seu trabalho, recebeu do rei da Itália o título de marquês.
Em Outubro de 1943, a Suprema Corte dos EUA considerou ser falsa a
reclamação de Marconi que afirmava nunca ter lido as patentes de Nikola Tesla
e determinou que não havia nada no trab alho de Marconi que não tivesse sido
anteriormente descoberto por Tesla. Infelizmente, Tesla tinha morrido nove
meses antes.
Página
19
20. Temas e Questões
Convergência tecnológica
Fluxo de Informação
Inclusão digital
Media Alternativa
Media Independente
Sociedade da Informação
Pós-Modernidade
Página
20
21. Convergência tecnológica - é um termo que, de uma maneira geral, é utilizado
para designar a tendência de utilização de uma única infra-estrutura de
tecnologia para prover serviços que, anteriormente, requeriam equipamentos,
canais de comunicação, protocolos e padrões independentes. Faz-se para
permitir que o utilizador aceda às informações de qualquer lugar e através de
qualquer meio de comunicação por uma interface única e as suas evidências
revelam-se em muitos sectores - na economia, na comunicação e na produção,
entre outros. O Deutsche Bank Research define convergência como quot;um
processo de mudança qualitativa que liga dois ou mais mercados existentes e
anteriormente distintosquot;[1].
As tecnologias envolvidas no processo de convergência são, de forma geral,
tecnologias modernas de telecomunicações tais como rádio, televisão, redes
de computadores e de telefonia.
Embora todos os horizontes apontem agora para outro tipo de convergência,
mais alargada e cujas oportunidades de aplicação são ainda mais abrangentes
do que as da Web, o encontro entre a nano tecnologia, biotecnologia e
tecnologia da informação, a atenção deste artigo visa apenas a convergência
em telecomunicações.
Fluxo de Informação - é utilizado por três campos diferentes de conhecimento:
a Semiótica, que considera a influência dos fluxos na construção do discurso; a
Teoria da Informação, fortemente influenciada por modelos matemáticos e de
informática; e a Teoria da Comunicação, que identifica tais fluxos com a
organização geopolítica e geocultural do mundo.
A ideia de Fluxo de Informação diz respeito tanto à quantidade quanto à
qualidade da informação veiculada entre os países, particularmente entre os
grupos de países desenvolvidos (ricos) e subdesenvolvidos (pobres). No pós-
guerra, diversas entidades de pesquisa em comunicação fizeram medições
quantitativas e análises de conteúdo e chegaram à conclusão de que as
informações, principalmente no jornalismo e na média informativa, fluem muito
mais intensamente dos países ricos para os pobres e entre os próprios ricos do
que dos pobres para os ricos e entre os próprios pobres.
Para reverter essa situação desigual, foi proposta nos anos 1970 a criação de
uma Nova Ordem Mundial da Informação e Comunicação - a NOMIC.
Página
21
22. Inclusão Digital ou infoinclusão - é a democratização do acesso às tecnologias
da Informação, de forma a permitir a inserção de todos na sociedade da
informação. Inclusão digital é também simplificar a sua rotina diária, maximizar
o tempo e as suas potencialidades. Um incluído digitalmente não é aquele que
apenas utiliza essa nova linguagem, que é o mundo digital, para trocar e-mails.
Mas aquele que usufrui desse suporte para melhorar as suas condições de
vida.
A Inclusão Digital, para acontecer, precisa de três instrumentos básicos que
são: computador, acesso à rede e o domínio dessas ferramentas pois não
basta apenas o cidadão possuir um simples computador conectado à internet
que iremos considerar ele, um incluído digitalmente. Ele precisa saber o que
fazer com essas ferramentas.
Entre as estratégias inclusivas estão projetos e ações que facilitam o acesso de
pessoas de baixa renda às Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC). A
inclusão digital volta-se também para o desenvolvimento de tecnologias que
ampliem a acessibilidade para usuários com deficiência.
Dessa forma, toda a sociedade pode ter acesso a informações disponíveis na
Internet, e assim produzir e disseminar conhecimento. A inclusão digital insere-
se no movimento maior de inclusão social, um dos grandes objetivos
compartilhados por diversos governos ao redor do mundo nas últimas décadas.
Dois novos conceitos são incorporados as políticas de inclusão digital: a
acessibilidade de todos às TIs (e-Accessibility), neste caso, não somente a
população deficiente; e a competência de uso das tecnologias na sociedade da
informação (e-Competences).
Página
22
23. Média independente - é o tipo de média que não está sob o controle de
grandes grupos de comunicação, e que não está vinculada a compromissos
com anunciantes, grupos políticos ou instituições governamentais. Ela vai em
contra-mão a Média Corporativa (ou quot;Grande Médiaquot;) que frequentemente
distorce os fatos e apresentam uma visão de acordo com quem lhe paga mais.
Em suma, é o tipo de publicação que não se presta necessariamente a
propagar a ideologia dos grupos que dominam a ordem actual da sociedade.
A média independente procura fornecer informações no sentido de promover a
democracia e o livre pensamento.
A média independente se associa a pluralidade de opiniões e a horizontalidade
de opiniões e informações.
Média alternativa - caracteriza-se pela pluralidade e participação das mais
diversas classes sociais, a sua qualidade no que diz respeito mensagem -
receptor fica prejudicada pelo fato de que são poucos os profissionais que
atuam nessa área. O amadorismo e a falta de capacidade técnica, mesmo que
frutos da baixa infraestrutuera, podem fazer da mídia independente uma forma
de comunicação pouco preparada para lidar com o público receptor.
Página
23
24. Tipos de Comunicação:
Comunicação social
Comunicação interpessoal
Comunicação intrapessoal
Comunicação não verbal
Comunicação através de símbolos gráficos
Comunicação Visual
Comunicação Ciberespacial
Comunicação não-violências
Página
24
25. Comunicação Social - A Comunicação Social é um campo de conhecimento
académico que estuda a comunicação humana e questões que envolvem a
interacção entre os sujeitos na sociedade. A comunicação social lida com as
técnicas de transmissão da informação, o formato com que a informação é
transmitida, e os impactos que a informação terá na sociedade e a relação
entre os sujeitos em uma situação comunicativa.
Comunicação Interpessoal - A comunicação interpessoal é um método de
comunicação que promove a troca de informações entre duas ou mais
pessoas.
Cada pessoa, que passamos a considerar interlocutor, troca informações
baseadas no seu repertório cultural, na sua formação educacional, vivências,
emoções e toda a quot;bagagemquot; que traz consigo.
O processo de comunicação prevê, obrigatoriamente, a existência mínima de
um emissor e de um receptor.
Comunicação Intrapessoal - Comunicação intrapessoal é a comunicação que
uma pessoa tem consigo mesma - corresponde ao diálogo interior onde
debatemos as nossas dúvidas, perplexidades, dilemas, orientações e escolhas.
Está, de certa forma, relacionada com a reflexão. Esta é um tipo de
comunicação em que o emissor e o receptor são a mesma pessoa, e pode ou
não existir um meio por onde a mensagem é transmitida.
Comunicação não verbal - Comunicação não-verbal é a comunicação que não
é feita com sinais verbais, que não é feita com a fala nem com a escrita.
Diferentemente da comunicação inconsciente, que pode ser verbal ou não-
verbal.
Comunicação através de símbolos gráficos - O uso da simbologia é uma forma
de comunicação não verbal, por exemplo: sinalização, logótipos, ícones, são
símbolos gráficos constituídos basicamente de formas, cores e tipografia.
Através da combinação destes elementos gráficos é possível exprimir ideias e
conceitos numa linguagem figurativa ou abstracta, o grau de conhecimento de
cada pessoa é que determina qual a sua capacidade de interpretação entre a
linguagem não verbal para uma linguagem verbalizada, falamos do uso dos
simbolos (linguagem não verbal) e seus significados (linguagem verbal).
Página
25
26. Comunicação Visual - Comunicação Visual é todo meio de comunicação
expresso com a utilização de componentes visuais, como: signos, imagens,
desenhos, gráficos, ou seja, tudo que pode ser visto. O termo comunicação
visual é bastante abrangente e não precisa de ser limitado a uma única área de
estudo ou actuação, embora o termo possa ter o mesmo sentido de design
visual.
Comunicação audiovisual: - Comunicação audiovisual é todo o meio de
comunicação expresso com a utilização conjunta de componentes visuais
(signos, imagens, desenhos, gráficos etc.) e sonoros (voz, música, ruído,
efeitos onomatopeicos etc.), ou seja, tudo o que pode ser ao mesmo tempo
visto e ouvido.
Comunicação Ciberespacial - A Comunicação Ciberespacial apresenta a
capacidade de grande escala da Comunicação de massa, ou seja, pode atingir
diversos receptores simultaneamente o que permite a personalização do
conteúdo para cada receptor e as suas necessidades. Este tipo de
comunicação dá a conhecer a personalização, que permite dar estratégia aos
publicitários e um diálogo de maior proximidade com os interesses particulares
do usuário.
Comunicação não-violências - A ''Comunicação Não-Violenta'' (CNV) é um
modelo desenvolvido por Marshall Rosenberg que se preocupa com a
comunicação de maneira eficaz e com empatia, entre os povos. Enfatiza a
importância de expressar com observações, sentimentos, necessidades e
ordens de clareza uns aos outros, de maneira que evitem uma linguagem
classificatória que enquadre os interlocutores ou terceiros.
Aqueles que usam uma comunicação não-violenta (chamada também de
quot;comunicação empáticaquot;) consideram que todas as acções estão originadas
numa tentativa de satisfazer as necessidades humanas, mas evitando o uso do
medo, da falha, da vergonha, da acusação, ou das ameaças.
Página
26
28. Design Gráfico - O Design Gráfico é uma forma de comunicar visualmente,
através de técnicas formais, intrinsecamente ligadas a referências básicas da
Psicologia e Percepção visual. Podemos ainda considerá-lo como um meio de
estruturar e dar forma à comunicação impressa, em que, no geral, se trabalha o
relacionamento entre imagem e texto.
Trata-se de uma profissão levada a cabo pelo Designer Visual, que é
especializado em design gráfico, que estende a sua área de acção aos
diversos meios impressos de comunicação, resultando, mais concretamente,
nas seguintes aplicações:
- Identidade corporativa;
- Design de embalagem;
- Design editorial;
- Sinalética (ou Sinalização);
- Tipografia;
Jornalismo - Jornalismo é a actividade profissional que consiste em lidar com
notícias, dados factuais e divulgação de informações. Também se define o
Jornalismo como a prática de redigir, editar e publicar informações sobre
eventos da actualidade. Jornalismo é uma actividade de Comunicação.
Ao profissional desta área dá-se o nome de jornalista. O jornalista pode actuar
em várias áreas ou veículos de imprensa, como jornais, revistas, televisão,
rádio, websites, weblogs, entre muitos outros.
Página
28
29. Notícia - A notícia é um formato de divulgação de um acontecimento por meios
jornalísticos. Factos políticos, sociais, económicos, culturais, naturais e outros
podem ser notícia se afectarem indivíduos ou grupos significativos para a
imprensa. Geralmente, a notícia tem conotação negativa, justamente por ser
excepcional, anormal ou de grande impacto social, como acidentes, tragédias,
guerras e golpes de estado. Notícias têm valor jornalístico apenas quando
acabaram de acontecer, ou quando não foram noticiadas previamente por
nenhuma outra fonte. A quot;artequot; do Jornalismo é escolher os assuntos que mais
interessam ao público e apresentá-los de modo atraente.
Quatro factores principais que influenciam na qualidade da notícia:
1. Novidade: a notícia deve conter informações novas, e não repetir as que
já são conhecidas;
2. Proximidade: quanto mais próximo do leitor for o local do evento, mais
interesse a notícia tem, porque está directamente ligado com a vida do
leitor;
3. Tamanho: seja muito grande ou mais pequeno atrai a atenção do
público;
4. Relevância: notícia deve ser importante, ou, pelo menos, significativa.
As notícias chegam á imprensa por meio de repórteres, correspondentes,
agências de notícias. Eventualmente, amigos e conhecidos de jornalistas
fornecem denúncias, dicas e pistas, às vezes no anonimato, pelo telefone ou
por e-mail.
Página
29
30. A actividade primária do Jornalismo é a observação e descrição de eventos,
conhecida como reportagem.
• quot;O quêquot; – é o acontecimento ocorrido;
• quot;Quemquot; – é a personagem envolvida;
• quot;Ondequot; – é o local do acontecimento;
• quot;Quandoquot; – é o momento do acontecimento;
• quot;Por quêquot; – é a causa desse acontecimento;
• quot;Comoquot; – é o modo como o acontecimento ocorreu.
A essência do Jornalismo, é a selecção e organização das informações no
produto final (jornal, revista, programa de TV etc.), chamada de edição.
O trabalho jornalístico consiste em captação e tratamento escrito, oral, visual
ou gráfico, da informação em qualquer uma de suas formas e variedades. O
trabalho é normalmente dividido em quatro etapas distintas, cada qual com as
suas funções e particularidades: pauta, apuramento, redacção e edição.
• A pauta é a selecção dos assuntos que serão abordados. É a etapa de
escolha sobre quais os indícios ou sugestões que devem ser
considerados para a publicação final.
• O apuramento é o processo de averiguar a informação em grande
quantidade (dados, nomes, números etc.). É feito com documentos e
pessoas que fornecem informações, chamadas de fontes. A interacção
de jornalistas com as suas fontes envolve frequentemente questões de
confidencialidade.
• A redacção é o tratamento das informações apuradas em forma de texto
verbal. Pode resultar num texto para ser impresso (em jornais, revistas e
sites) ou lido em voz alta (no rádio, na TV e no cinema).
• A edição é a finalização do material redigido em produto de
comunicação, hierarquizando e coordenando o conteúdo de informações
na forma final em que será apresentado. Muitas vezes, é a edição que
confere sentido geral às informações recolhidas nas etapas anteriores.
No jornalismo impresso (jornais e revistas), a edição consiste em rever e
cortar textos de acordo com o espaço de impressão pré-definido. No
radiojornalismo, editar significa cortar e justapor trechos sonoros junto a
textos de locução, o que no telejornalismo ganha o adicional da edição
de imagens em movimento.
Página
30
31. Texto Jornalistico - Tipos de texto Jornalistico
• notícia - de carácter objectivo, composto pelo 'LIDE' e o corpo da notícia:
o No 'LIDE' tenta-se responder a seis perguntas: quem, o quê,
onde, quando, porque, como, a ausência destas pode dever-se a
dados não apurados;
o No corpo da notícia desenvolve-se gradualmente a informação
em cada parágrafo, por isso a informação é cada vez mais
elaborada, detalhada.
• matéria - todo o texto jornalístico de descrição ou narrativa factual.
Dividem-se em matérias quot;quentesquot; (sobre um facto do dia, ou em
andamento) e matérias quot;friasquot; (temas relevantes, mas não
necessariamente novos ou urgentes). Existem ainda os seguintes
subtipos de matérias:
o matéria leve ou feature - texto com informações pitorescas ou
inusitadas, que não prejudicam ou colocam ninguém em risco;
muitas vezes este tipo de matéria gera o entretenimento;
o suíte - é uma matéria que dá sequência ou continuidade a uma
notícia, seja por desdobramento do acontecimento, por conter
novos detalhes ou por acompanhar uma pessoa;
o perfil - texto descritivo de uma personagem, que pode ser uma
pessoa ou uma entidade, um grupo; muitas vezes é apresentado
em formato testemunhal;
o entrevista - é o texto baseado fundamentalmente nas declarações
de um indivíduo a um repórter; quando a edição do texto explicita
as perguntas e as respostas, sequenciadas, chama-se de ping-
pong.
• artigo - texto eminentemente opinativo, e geralmente escrito por
colaboradores ou personalidades convidadas (não jornalistas);
• crónica - texto que regista uma observação ou impressão sobre factos
quotidianos; pode narrar factos reais em formato de ficção;
• nota - texto curto sobre algum acontecimento que seja de relevância
noticiosa, mas que apenas o lide basta para descrever; muito comum
em colunas;
• chamada - texto muito curto na primeira página ou capa que remete à
íntegra da matéria nas páginas seguintes;
• texto-legenda - texto curtíssimo que acompanha uma foto, descrevendo-
a e adicionando a ela alguma informação, mas sem matéria à qual faça
referência; tem valor de uma matéria independente;
Página
31
32. Produção Editorial - Produção Editorial é a transformação de um projecto
original numa publicação atraente. A tarefa de um produtor editorial é
desenvolver e coordenar projectos editoriais, nas mídias impressas, electrónica
e digital, em todos os seus estágios.
A área de actuação em Produção Editorial é bastante ampla, porque a
profissão trata de tudo o que é quot;editávelquot;, podendo englobar todas as mídias.
Dentro de cada uma, o profissional actua em várias etapas do processo de
edição - da selecção de originais à produção gráfica, da consultoria de
tendências editoriais à revisão de um produto.
O campo de actuação em Produção Editorial pode ser confundido em alguns
momentos com o Jornalismo, Publicidade e até o Design Gráfico, mas é
basicamente o da edição de livros, revistas, encartes de CDs e pastas
publicitárias, na mídia impressa, de vídeos, filmes e áudios (tv, cinema e rádio)
na mídia electrónica, e de CDs-ROM e páginas da Internet, na mídia digital.
Página
32
33. Publicidade - A publicidade é uma actividade profissional dedicada à difusão
pública de ideias associadas a empresas, produtos ou serviços,
especificamente, propaganda comercial.
Publicidade é também uma habilitação do curso de graduação em
Comunicação Social.
Publicidade é um termo que pode englobar diversas áreas de conhecimento
que envolvem esta difusão comercial de produtos, em especial actividades
como o planeamento, criação e produção de peças publicitárias. Foi após a
Revolução Francesa (1789), que a publicidade iniciou a trajectória que a levaria
até ao seu estado actual de importância e desenvolvimento.
Hoje, todas as actividades humanas são beneficiadas com o uso da
publicidade: Profissionais liberais, como médicos, engenheiros, divulgam por
meio dela, os seus serviços; os artistas anunciam as suas exposições, os seus
discos, os seus livros, etc., a própria ciência vai utilizando os recursos da
publicidade, promovendo as suas descobertas e os seus congressos por meio
de cartazes, revistas, jornais, filmes, Internet e outros.
Em Portugal o termo publicidade é usado diversas vezes como sinónimo de
propaganda ou para representar a actividade realizada por uma agência de
propaganda.
O termo quot;publicidadequot; refere-se exclusivamente à propaganda de cunho
comercial. É uma comunicação de carácter persuasivo que visa defender os
interesses económicos de uma indústria ou empresa. Já a quot;propagandaquot; tem
um significado mais amplo, pois refere-se a qualquer tipo de comunicação
tendenciosa (as campanhas eleitorais são um exemplo, no campo dos
interesses políticos).
Relações Públicas é a profissão e relações-públicas é o profissional dessa
actividade de comunicação. Relações Públicas contem uma variedade de
funções a serem exercidas para as diversas organizações (sejam elas
privadas, públicas ou do terceiro sector),
Página
33
34. Jornal - Jornal é um meio de comunicação impressa (os vários títulos, como
por exemplo: , O Globo, O Dia, Jornal do Brasil, O Extra, Folha de S. Paulo, O
Estado de S. Paulo, Jornal Brasil em Folhas etc. são chamados de quot;veículos de
comunicaçãoquot;), e tem como característica: o uso de quot;papel de imprensaquot; - mais
barato e de menor qualidade que os utilizados pelas revistas -, as folhas
geralmente não são grampeadas, sendo usado os grampos com frequência em
cadernos especiais e/ou edições destinadas a coleção, e as capas não usam
papel mais grosso (de maior gramatura), como acontece com as revistas, e os
mais importantes possuem periodicidade diária. Os jornais diários da chamada
quot;grande imprensaquot; possuem conteúdo genérico, pois publicam notícias e
informações de interesse público. Mas há também jornais diários com conteúdo
especializado em economia, negócios ou desporto, e outros com periodicidade
semanal, quinzenal, mensal, tanto de conteúdo genêrico, como também
voltados a assuntos específicos destinados a públicos segmentados.
Página
34
36. Contexto - é a relação entre o texto e a situação em que ele ocorre. É o
conjunto de circunstâncias em que se produz a mensagem - lugar e tempo,
cultura do emissor e do receptor, etc. - e que permitem sua correta
compreensão. Também corresponde onde é escrita a palavra, isto é, a oração
onde ela se encontra.
Emissor - Em teoria da informação o emissor é um dos protagonistas do ato da
comunicação. Este, em dado momento, emite uma mensagem para um
receptor ou destinatário.
O emissor normalmente antes de enviar ou até mesmo produzir a mensagem ,
procura descobrir qual o nível de conhecimento do receptor, o seu nível
cultural, a sua instrução, em outras palavras, descobrir o repertório dos
receptores da mensagem.
Feedback - Em administração, feedback é o procedimento que consiste no
provimento de informação à uma pessoa sobre o desempenho, conduta ou
eventualidade executada por ela e objetiva reprimir, reorientar e/ou estimular
uma ou mais ações determinadas, executadas anteriormente (Mascarenhas,
2007, p. 34).
No processo de desenvolvimento da competência interpessoal o feedback é
um importante recurso porque permite que nos vejamos como somos vistos
pelos outros. É ainda, uma atividade executada com a finalidade de maximizar
o desempenho de um indivíduo ou de um grupo. Processualmente, é oriundo
de uma avaliação de Monitoria.
Página
36
37. Mensagem - A Mensagem é, no sentido geral, o objeto da comunicação.
Dependendo do contexto, o termo pode se aplicar tanto ao conteúdo da
informação quanto à sua forma de apresentação.
Na Teoria da Comunicação, uma mensagem é enviada de um emissor para um
receptor. Abaixo há algumas definições comuns:
• Qualquer pensamento ou idéia expressada brevemente em um
linguagem aberta ou secreta (código), preparada numa forma possível
de transmissão por qualquer meio de comunicação.
• Uma quantidade arbitrária de informação cujos início e fim são definidos
ou implicados.
• Informação de registro, uma corrente de dados expressados em uma
linguagem aberta ou encriptada (notação) e preparada em um formato
especificado para a transmissão pretendida por um sistema de
telecomunicações.
Existem diversas formas de um emissor transmitir uma mensagem para o
receptor. Porém, para que a transmissão dessa mensagem tenha sucesso,
alguns cuidados devem ser adotados. É primordial que o emissor conheça a
quot;bagagemquot; cultural, ou mesmo a vivência, do seu receptor para que ele possa
estudar a linguagem que será utilizada para passar a mensagem. Feito isso, a
linguagem do emissor deve ter proximidade com a linguagem do receptor.
Por exemplo, o comunicador de uma emissora de rádio vai direcionar a sua
mensagem para um público jovem de 15 a 25 anos e de classe média. Assim,
ele deverá usar uma linguagem coloquial e correta, deverá pesquisar e fazer o
uso de gírias faladas entre o grupo de amigos desta idade e ter sempre
novidades focadas no interesse dos jovens.
Este método possibilita que o emissor esteja sempre próximo, se torne
aparentemente quot;íntimoquot;, e seja interessante para que o seu receptor aceite e
entenda a mensagem.
Processo - Processo (no latim procedere é verbo que indica a ação de avançar,
ir para frente (pro+cedere)). É conjunto sequencial e peculiar de ações que
objetivam atingir uma meta. É usado para criar, inventar, projetar, transformar,
produzir, controlar, manter e usar produtos ou sistemas.
Página
37
38. Receptor - O receptor é um dos protagonistas do ato da comunicação: aquele
a quem se dirige a mensagem, quem recebe a informação e a decodifica, isto
é, transforma os impulsos físicos (sinais) em mensagem recuperada. A
informação que faz então retornar à fonte-emissora recebe o nome de
retroalimentação ou realimentação. O receptor pode ser humano, tecnológico
ou institucional.
Repertório - Repertório é todo conhecimento armazenado, que modifica e
confirma os ideais do ser. Assim, o ser pode ser definido por sua ideologia, por
suas experiências, por suas ações, enfim, pelo seu repertório individual.
Na Teoria da informação, o conceito de Repertório se refere ao nível de
conhecimento do receptor, o seu nível cultural, a sua instrução. Quando o
repertório utilizado pelo emissor em uma determinada mensagem está em um
nível acima do repertório do receptor, existe incompatibilidade de níveis de
repertório e a apreensão da mensagem em sua totalidade pelo receptor é
impossível.
Ruído - No senso comum, a palavra ruído significa barulho, som ou poluição
sonora não desejada. Na eletrônica o ruído pode ser associado à percepção
acústica, por exemplo de um quot;chiadoquot; característico (ruído branco) ou aos
quot;chuviscosquot; na repepção fraca de um sinal de televisão. De forma parecida a
granulação de uma foto, quando evidente, também tem o sentido de ruído. No
processamento de sinais o ruído pode ser entendido como um sinal sem
sentido (aleatório), sendo importante a relação Sinal/Ruído na comunicação.
Na Teoria da informação o ruído é considerado como portador de informação.
O ruído faz-se presente nos estudos de Acústica, Cibernética, Biologia,
Eletrônica, Computação e Comunicação.
Página
38
40. Assessoria de Comunicação - é
uma actividade de Comunicação
Social que estabelece uma
ligação entre uma entidade
(indivíduo ou instituição) e o
público (a sociedade exposta à
média). Em outras palavras,
Assessoria de Comunicação é
administração de informação.
Designer gráfico - é o profissional habilitado a efectuar actividades relacionadas
ao design gráfico. Logo, o designer gráfico é aquele profissional que traz ordem
estrutural e forma à informação visual impressa. Exemplos de produtos do
trabalho de um designer gráfico são as páginas de um livro ou uma revista, a
configuração visual de uma embalagem, logótipos de empresas e instituições,
fontes tipográficas, entre outros. O escopo de sua actividade pode também se
estender à reflexão das possibilidades de estruturação visual das mensagens e
sua repercussão social: assim como um arquitecto não apenas projecta
edifícios mas também reflecte acerca da organização do contexto urbanístico
de um assentamento humano, é papel do designer gráfico não apenas
desenvolver soluções visuais de comunicação, mas também reflectir acerca do
actual âmbito de produção e consumo de mensagens. São de relevância para
o designer gráfico exercer sua actividade o domínio sobre as tecnologias que
lhe servem de ferramenta, e a construção de um repertório visual e de cultura
geral amplos.
Página
40
41. Editor - segundo o Dicionário Houaiss, é aquele que tem como função publicar
textos, que prepara, de acordo com as normas editoriais, um texto ou uma
selecção de textos para figurar numa publicaçãoEditor de texto é o indivíduo
responsável pela preparação, organização e revisão dos originais de uma obra
para publicação; revisor, copy editor;
Editor literário é a pessoa que prepara e orienta a publicação de uma obra ou
colecção e, em geral, escreve um texto, que apresenta sob a forma de notas ao
texto, prefácio etc.
Editor responsável é quem coordena uma publicação periódica, respondendo
pelo seu conteúdo, embora não seja ela quem o escreve;
Editor de arte é o responsável pela parte gráfica e visual de uma publicação.
O termo deriva do latim editor, editóris, “o que gera, produz, o que causa; autor,
fundador; o que dá jogos, espectáculos”. Foi a fonte culta que, até o invento da
tipografia, era a um tempo o erudito que preparava um texto, criticando-o e
apurando-o, fazia-o copiar em um ou vários exemplares e punha-os em
circulação, à venda; a primeira parte, a erudita, em breve se distinguiria da
segunda, a comercial, o que em inglês tomou as figuras do editor e do
publisher.
Jornalista – Jornalista é o profissional que consiste em lidar com notícias,
dados factuais e divulgação de informações. Também define-se essa profissão
como a prática de colectar, redigir, editar e publicar informações sobre eventos
actuais. Jornalismo é uma actividade de Comunicação. jornalista pode actuar
em várias áreas ou veículos de imprensa, como jornais, revistas, televisão,
rádio, websites, weblogs, assessorias de imprensa, entre muitos outros.
Página
41
42. Produção audiovisual – é uma actividade profissional que consiste em
promover métodos de comunicação audiovisual como os filmes, rádio, livros
etc. Os produtores audiovisuais são aqueles que organizam por exemplo os
filmes, como o seu trabalho diário , como também os livros e a rádio ,
dependendo da sua profissão especifica.
Produção Cultural - é uma actividade profissional que consiste em gerir a
organização de eventos culturais ou a confecção de bens culturais. Produtores
culturais podem organizar shows, exposições de arte, espectáculos de música,
dança, teatro, ou coordenar a gravação de discos, vídeos, programas de TV,
rádio e inúmeras outras actividades de expressão cultural.
Relações públicas - designa a profissão e relações-públicas o profissional
dessa actividade de comunicação. Relações Públicas ofertam uma variedade
de funções a serem exercidas para as diversas organizações (sejam elas
privadas, públicas ou do terceiro sector), sempre com vistas à manutenção do
equilíbrio entre estas e os públicos com os quais interagem.
O objectivo de seu trabalho é o equilíbrio entre a identidade e a imagem de
uma organização, focando a imagem institucional e trabalhando a relação com
a opinião pública.
Argumentista - é a forma escrita de qualquer espectáculo audiovisual, escrito
por um ou vários profissionais que são chamados argumentistas ou guionistas
A descrição objectiva das cenas, sequências e diálogos entre as personagens
do espectáculo são partes essenciais do roteiro. O roteiro é actualmente
utilizado para espectáculos como cinema, teatro ou programas de televisão.
Cada um dos espectáculos antes elaborados em um roteiro, possuem seus
tipos de roteiro. Como, por exemplo, no teatro, o roteiro é dividido em actos. No
cinema, em cenas.
Página
42
44. A comunicação entre as pessoas sempre foi uma necessidade, mas a
comunicação à distância apresentou problemas durante muito tempo. Na
Antiguidade utilizavam-se métodos naturais, como acender fogueiras no cimo
dos montes, para comunicar à distância.
É também muito conhecida a utilização de um código de fumos pelos índios
americanos, com a mesma finalidade de transmitir mensagens.
Outros processos usados durante muito tempo utilizavam animais, como as
carruagens a cavalo ou os cavaleiros, assim como navios e mais tarde o
comboio.
Outro processo visual foi desenvolvido nos princípios da década de 1790 pelo
engenheiro francês Claude Chappe, que inventou a palavra telégrafo (do
grego, “escrever à distância”).
Consistia em transmitir letras, palavras e frases através de um código
visualizado a partir de 3 réguas de madeira articuladas colocadas na parte alta
de um poste ou edifício.
A primeira linha de semáforos data de 1794 e ligava Paris a Lille, distantes de
225 quilómetros.
Este sistema teve larga difusão no século XVIII e princípios do século XIX em
França e noutros países.
Página
44
45. Telegrafo visual
Um destes telégrafos ópticos de semáforos esteve instalado no alto das Torres
de São Suplício em Paris e foi usado para transmitir as notícias das
campanhas napoleónicas.
Estes processos ópticos de comunicação estavam obviamente dependentes
das condições naturais de visibilidade.
Só os processos eléctricos vieram impulsionar de forma ímpar a velocidade e
o alcance da transmissão de mensagens à distância.
Um dos pioneiros foi o médico espanhol Francisco Salvá, de Barcelona. Em
1795 transmitiu mensagens por meio da descarga de um condensador.
Em 1804, o mesmo Salvá criou outro tipo de telégrafo eléctrico constituído por
fios (cada um correspondendo a uma letra), por vasos de água nas
extremidades e por uma pilha de Volta. A letra transmitida era detectada pela
formação de bolhas gasosas formadas no vaso correspondente à letra. As
bolhas eram obtidas por electrólise da água. Com este sistema conseguiu
enviar mensagens até 1 quilómetro de distância.
Em 1812, o Dr. Samuel von Sömmering de Munique, na Alemanha, atingiu 3
quilómetros de distância com um telégrafo do mesmo tipo. O seu sistema era
constituído por 24 fios ligados a 24 voltâmetros que correspondiam às 24 letras
do alfabeto e mais 10 para algarismos.
Em 1832, o diplomata e barão russo Pawel Schilling inventou um sistema de
telégrafo eléctrico com a inovação de necessitar apenas de 6 fios, ao contrário
dos anteriores. As letras transmitidas eram detectadas pelo movimento de
agulhas magnéticas colocadas sobre bobinas. Ao serem percorridas por
corrente, as bobinas produziam campos magnéticos que faziam desviar as
agulhas.
Também os físicos alemães Gauss e Weber fizeram funcionar um telégrafo em
1833, baseado nos movimentos da agulha magnética.
O inglês William Cook viu uma demonstração do telégrafo de Schilling em
1836 em Heidelgerg e construiu vários aparelhos semelhantes, associando-se
a Charles Wheatstone, professor do King’s College de Londres.
O primeiro telégrafo por eles desenvolvido foi patenteado em 1837. Tinha 6 fios
e 5 agulhas magnéticas, donde lhe veio o nome de telégrafo de 5 agulhas.
Página
45
46. As agulhas eram accionadas por electroímanes. Eram accionadas duas
agulhas de cada vez, pois cada letra era definida por duas agulhas. Por
exemplo, a letra H era definida pela primeira e segunda agulhas.
Este sistema foi usado em 1839 em Inglaterra, entre Paddington e West
Drayton, numa distância de 21 quilómetros, servindo para informar as posições
dos comboios. Tornou-se o primeiro serviço telegráfico comercial e foi também
o primeiro uso comercial da electricidade. Para chegar a este ponto foi
necessário o desenvolvimento de várias técnicas, nomeadamente das pilhas
eléctricas, dos electroímanes e do fabrico de fios de cobre em lugar dos fios de
ferro.
Mais tarde, em 1839, Cook e Wheatstone criaram um telégrafo mais simples, o
telégrafo de 2 agulhas. Podia transmitir vinte e duas palavras por minuto.
Nos Estados Unidos, o pintor Samuel Morse inventou um sistema mais prático,
com um interruptor, um electroíman e apenas um fio. Em 1838, Morse registou
uma patente com a descrição do seu telégrafo. Visto usar apenas um fio foi
necessário utilizar um código para cada letra constituído por pontos, traços e
espaços. Os pontos correspondiam a uma acção breve sobre o electroíman, o
traço a uma acção mais longa e o espaço a uma pausa. Assim era a base do
código Morse. Em 1844 este sistema foi experimentado entre Baltimore e
Washington, numa distância de 64 quilómetros, utilizando aquele código. Este
sistema de Morse permitiu um grande desenvolvimento do telégrafo. Em 1852
já havia 64 000 quilómetros de linhas telegráficas no mundo.
Em 1848 Wheatstone construiu o primeiro telégrafo ABC, com um só fio e um
electroíman. Possuía um disco que indicava as letras recebidas.
Em 1851 Wheatstone modificou o modelo para imprimir as letras numa tira de
papel.
Página
46
47. Telegrafo de Morse
Verificou-se que os operadores de Morse facilmente decifravam o código por
audição dos electroímanes, sem recorrer à leitura do papel, o
que levou à adaptação do aparelho de forma a produzir um estalido. Com este
processo a transmissão atingia as trinta palavras por minuto.
Em 1855, o professor inglês Davids Hughes inventou na América o telégrafo
impressor, constituído por um teclado no lado emissor, em que cada tecla
correspondia a uma letra e por uma máquina impressora no lado receptor.
Wheatstone continuou a melhorar os telégrafos, nomeadamente o de Morse.
Um dos aperfeiçoamentos foi a inclusão, em 1858, de uma perfuradora de fita
de papel, o que permitiu atingir quase seiscentas palavras por minuto, pois as
mensagens eram perfuradas na fita antes de serem enviadas.
O aumento do tráfego telegráfico trazia grandes problemas técnicos e
económicos às empresas telegráficas que ansiavam por aumentar a
capacidade de tráfego das suas linhas. As próximas invenções vieram nesse
sentido.
Em 1872, o americano Joseph B. Stearns inventou o telégrafo duplex que
permitia a transmissão de duas mensagens simultâneas pela mesma linha,
uma em cada sentido.
Em 1872 o francês Jean-Maurice-Émile Baudot inventou o telégrafo multiplex,
que veio permitir a transmissão de duas ou mais mensagens simultaneamente,
pela mesma linha e no mesmo sentido.
Edison também desenvolveu um telégrafo duplex, aperfeiçoando o de Stearns
e em 1874 demonstrou o seu telégrafo quadruplex capaz de transmitir
simultaneamente quatro mensagens pelo mesmo fio, duas num sentido e duas
no outro.
Cerca de 1915, foi inventado um sistema em que a máquina perfuradora de
fita tinha um teclado acoplado, havendo na recepção um sistema perfurador de
fita também com teclado. Este sistema, desenvolvido por Creed na Inglaterra e
por Kleinschmidt nos Estados Unidos, dispensava a intervenção do operador e,
além disso, a fita era lida por uma decifradora que imprimia a mensagem numa
fita de papel gomada. Esta fita era depois colada num papel e entregue ao
destinatário.
Em 1931, a empresa americana ATT (American Telephone and Telegraph)
criou um sistema de comunicação utilizando uma máquina de escrever
telegráfica (TWX) ou teleimpressora, permitindo escrever em folha de papel.
Página
47
48. Além disso, passou a ser possível a instalação e a exploração dos
equipamentos pelos assinantes.
Em 1932 os ingleses criaram o telex, um sistema semelhante ao americano.
Na década de 1980 desenvolveu-se um telex de alta velocidade capaz de
transmitir informação a partir de processadores de texto e denominado de
teletexto, podendo aquela ser visualizada num ecrã de televisão.
Página
48
49. Os estudantes :
‘’Não é possível não comunicar… não existe comportamento que não seja
comunicação’’
Página
49