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RESUMOS DO XIII ENCONTRO NACIONAL
DE PESQUISA EM FILOSOFIA DA UFU, IV
ENCONTRO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM
FILOSOFIA DA UFU E DO II ENCONTRO DE
PESQUISA EM FILOSOFIA NO ENSINO MÉDIO
ISSN 2358-615X Junho de 2019
Volume 13 – número 13 IFILO - UFU
ISSN 2358-615X
Resumos do XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia da UFU,
IV Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e do II Encontro
de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio
Volume 13 – número 13
Junho de 2019
IFILO – UFU
Organizadores:
Marcos César Seneda
Fernando Tadeu Mondi Galine
Henrique Florentino Faria Custódio
Laís de Oliveira Franco
Lilia Alves de Oliveira
Lucas Guerrezi Derze Marques
Revisores:
Maryane Stella Pinto
Michel Maywald
Pedro Lemgruber Nascimento
Thales Perente de Barros
XIII ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM FILOSOFIA DA UFU, IV
ENCONTRO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA DA UFU E DO II ENCONTRO DE
PESQUISA EM FILOSOFIA NO ENSINO MÉDIO
O Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia da Universidade Federal de Uberlândia
(UFU) é um evento regular de pesquisa, que visa a fortalecer a inserção regional e nacional da
comunidade filosófica representada pelos grupos e núcleos de pesquisa agregados ao Instituto de
Filosofia (IFILO). O propósito do evento é a intensificação da integração dos estudantes – da
graduação e da pós-graduação – e dos docentes e discentes do Ensino Médio com a comunidade
filosófica nacional. Ao mesmo tempo, o evento pretende atuar decisivamente como fonte de
incentivo para que os estudantes apresentem seus primeiros trabalhos e adquiram, por esse meio,
um pouco da prática da produção de pesquisa especializada. Acentua nossa satisfação, ao organizá-
lo anualmente, o fato de o evento ter se ampliado e se tornado uma mostra significativa do
diversificado e consistente trabalho de pesquisa dos estudantes.
No evento realizado em 2018, nós tivemos a participação de setenta e oito comunicadores e
o envolvimento, como ouvintes, de aproximadamente duzentas e cinquenta pessoas. Neste ano, nós
teremos a décima terceira edição do evento, realização que confirma o compromisso dos estudantes
e do corpo docente do Instituto de Filosofia da UFU com a pesquisa e disseminação do saber
filosófico. Será realizado também, concomitantemente com o XIII Encontro Nacional de Pesquisa
em Filosofia, o IV Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU, que recebeu contribuições
significativas de pesquisadores de diversas universidades nessas suas três primeiras edições. Em
2018 foi ainda realizado o I Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio. Como essa
experiência foi considerada deveras válida, em 2019 decidimos realizar o II Encontro de Pesquisa
em Filosofia no Ensino Médio, com a apresentação de vinte e dois alunos que se prepararam para
participar desse evento. É imensa a nossa satisfação em receber esses alunos no interior do evento
de pesquisa, juntamente com os professores orientadores do Ensino Médio, que já têm coordenado
mesas de apresentações nos anos anteriores. Esperamos, com essa experiência, incentivar a pesquisa
no Ensino Médio, vindo a ampliar e consolidar a presença desses alunos nos próximos eventos.
A conferência de abertura dos eventos deste ano será proferida por Maria Isabel Limongi,
Professora da UFPR, que falará sobre o seguinte tema: “Poder social e autoridade política: sobre o
realismo político de Maquiavel e seu legado (Harrington, Hume e Tocqueville)”. Essa conferência
ocorrerá no dia 04 de junho de 2019 no auditório 5R-C e 5R-D.
O presente caderno, portanto, apresenta o resultado de duas significativas mostras da
pesquisa acadêmica nacional, às quais se soma o trabalho de pesquisa de estudantes do Ensino
Médio, e pretende ser um incentivo para a produção de conhecimento filosófico e um veículo para a
sua divulgação.
ISSN 2358-615X
Comissão Técnico-Científica:
Ana Carolina Gomes Araujo (IFTM)
Ana Gabriela Colantoni (UFG)
César Fernando Meurer (PNPD/Filosofia – UFU)
Dirceu Fernando Ferreira (IFTM)
Evânio Márlon Guerrezi (UNIOESTE)
Fillipa Carneiro Silveira (UFU)
Helio Ázara de Oliveira (UFCG)
Igor Silva Alves (UFU)
Lucas Nogueira Borges (UFU)
Marcos César Seneda (UFU)
Marcio Tadeu Girotti (FATECE)
Paulo Irineu Barreto Fernandes (IFTM)
Comissão Técnica - Ensino Médio
Adriano Geraldo Pinto (E.E.F.E.P.)
Antônio F. Marques Neto (E.E.B.B.)
Gustavo Rodrigues Rosato(E.E.F.A.C.)
Hênia Laura F. Duarte (E.E.R.S. e E.E.S.J.T.- Araguari)
Maria de Lourdes Seneda (E.E.P.A.L.B.)
Paulo Irineu B. Fernandes (I.F.T.M.)
Serginei V. Jerônimo (E.E.P.J.I.S.)
Silvana Damasceno Costa (E.E.J.R.)
Periodicidade: Anual
INSTITUTO DE FILOSOFIA DA UNIVERSIDADE
FEDERAL DE UBERLÂNDIA (IFILO – UFU)
Campus Santa Mônica - Bloco 1U - Sala 125
Av. João Naves de Ávila, 2.121 - Bairro Santa Mônica
Uberlândia - MG - CEP 38408-100
Telefone: (55) 34 3239-4185
http://www.ifilo.ufu.br/
Sumário
II ENCONTRO DE PESQUISA EM FILOSOFIA NO ENSINO MÉDIO
Alexandre Sidnei Santos Silveira...........................................................................................13
Ana Laura de Freitas Nascimento ..........................................................................................14
Ana Luiza de Freitas Nascimento ..........................................................................................15
André Luiz Vicente Silva .......................................................................................................16
Anna Luisa Pereira Fonseca...................................................................................................17
Kauanne Rodrigues Flores Mendes........................................................................................17
Daniel Henrique Fagundes Santos .........................................................................................18
Éviny Bernardes Barbosa.......................................................................................................19
Geovana Ferreira Borges Rodrigues ......................................................................................20
Igor Kauã Alberto Alexandre .................................................................................................21
João Lucas Vieira Nunes........................................................................................................22
José Pedro Campelo Neto ......................................................................................................23
Júlia Reis Novaes Silva..........................................................................................................24
Lorraynne Garcez Pinheiro Leal ............................................................................................25
Lucas Gustavo Terêncio Araújo .............................................................................................26
Marcus Vinícius Torres Silva .................................................................................................26
Luiza de Moura Castro...........................................................................................................27
Marianna Wagatsuma Eduardo ..............................................................................................28
Natália Martins Arantes de Araújo.........................................................................................29
Patrick Mendes Silva..............................................................................................................30
Robson Matheus Santos de Oliveira ......................................................................................31
Vinícius Oliveira Magalhães ..................................................................................................32
XIII ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM FILOSOFIA DA UFU
Adrian Castro Azevedo ..........................................................................................................34
Alan Barbosa Guimarães........................................................................................................35
Alberto Yuri Santos Peixoto...................................................................................................36
Aline Danielle Ferreira...........................................................................................................37
Alysson Lein ..........................................................................................................................38
André Luis Lindquist Figueredo ............................................................................................39
Andrey Augusto Fonseca Farias.............................................................................................40
Andrey Fonseca Andrade .......................................................................................................41
Ângelo Gabriel de Brito de Oliveira ......................................................................................42
Barbara Leandra porto Mota ..................................................................................................43
Bárbara Raffaelle Carvalho Santos ........................................................................................44
Belchior Alves da Silva..........................................................................................................45
Bruna Alexsandra Assis de Araújo.........................................................................................46
Bruno Belém ..........................................................................................................................47
Bruno Cesar Costa Ribeiro Mira............................................................................................48
Bruno César Cunha Cruz........................................................................................................49
Bruno de Novais Oliveira.......................................................................................................50
Clarice Melo Stabenow ..........................................................................................................51
Cláudio de Souza Menezes Júnior .........................................................................................52
Daniel Alves Rodrigues..........................................................................................................53
Danival Lucas da Silva...........................................................................................................54
Dener de Souza Borges ..........................................................................................................55
Diego de Carvalho Sanches....................................................................................................56
Edon Teixeira de Castro .........................................................................................................57
Fabiana Carolina Dias ............................................................................................................58
Gabriel Lima Silva .................................................................................................................59
Gabriela Peixoto Oliveira Barbosa.........................................................................................60
Gabrielle Fernandes Martins..................................................................................................61
Gabryella Couto Ferreira Pacheco .........................................................................................62
Gessé Miranda Celestino dos Santos .....................................................................................63
Giovana Andrade Zanotto ......................................................................................................64
Gleusson Alves Neves Junior.................................................................................................65
Guilherme Carmona Rezende Silva.......................................................................................66
Helton Lima Soares................................................................................................................67
Ian Abrahão Oliveira ..............................................................................................................68
Ian Ademir Rego Gomes........................................................................................................69
Israel Henrique Cavalcante Mendonça ..................................................................................70
Ítalo Pereira do Prado.............................................................................................................71
Ival de Andrade Picanço Neto................................................................................................72
Jefferson Borges Ferreira .......................................................................................................73
Jessica Thainá Ribeiro Viana .................................................................................................74
João Gabriel Moraes De Souza..............................................................................................75
Jorge Luís da Silva .................................................................................................................76
José Carlos Marra...................................................................................................................77
Laís de Oliveira Franco..........................................................................................................78
Leonardo Yuri da Cruz Brandão.............................................................................................79
Letícia Palazzo Rodrigues......................................................................................................80
Lorena Moreira Pinto .............................................................................................................81
Luã Mateus Rocha Gonçalves................................................................................................82
Luana Chuq de Jesus..............................................................................................................83
Lucas Cabral Ferraz de Lima .................................................................................................84
Lucas Guerrezi Derze Marques..............................................................................................85
Lucas Hernandes de Almeida.................................................................................................86
Lucas Igreja Pereira................................................................................................................87
Lucca Fernandes Barroso.......................................................................................................88
Ketlin da Silva Gonçalves......................................................................................................89
Malu Marinho da Silva...........................................................................................................90
Maria Clara Alves Cabral.......................................................................................................91
Marina Barbosa Sá .................................................................................................................92
Michel Pinheiro de Siqueira Maywald...................................................................................93
Nelson Perez de Oliveira Junior.............................................................................................94
Nhadilla Gomes de Caldas Silva............................................................................................95
Nicolle Ferreira da Silva ........................................................................................................96
Olívia Lagua de Oliveira Bellas Fernandes............................................................................97
Paulo Vitor Pinho de Siqueira ................................................................................................98
Paulo Vitor De Souza Queiroz ...............................................................................................99
Pedro Lemgruber Nascimento..............................................................................................100
Pedro Marques Cintra...........................................................................................................101
Públio Dezopa Parreira.........................................................................................................102
Rafael Batista Lopes de Oliveira..........................................................................................103
Rafael Miranda Gonçalves...................................................................................................104
Raphael Souza Borges Junior...............................................................................................105
Rodrigo Ferreira Andrade.....................................................................................................106
Sabrina de Cássia Alencar Gonçalves ..................................................................................107
Shayane Vitoria Silva...........................................................................................................108
Stefany Caroline Pantoja Amorim........................................................................................109
Stieven Max dos Santos Nascimento ...................................................................................110
Suellen Lima ........................................................................................................................ 111
Taila de Abreu Ribeiro .........................................................................................................112
Victor Hugo Amaro Moraes de Lima...................................................................................113
Victor Lucas Caixeta ............................................................................................................114
Vinicius Henrique Silva Franco ...........................................................................................115
Vinicius Williams Silva........................................................................................................116
Vitor Hugo Rebelo da Silva .................................................................................................117
Yohan Brendo Nunes de Albuquerque .................................................................................118
IV ENCONTRO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA DA UFU
Ana Lúcia Feliciano .............................................................................................................120
Anderson Alves Esteves.......................................................................................................121
Arthur Falco de Lima ...........................................................................................................122
Breno Machado Viegas ........................................................................................................123
Breno Tannús Jacob..............................................................................................................124
Bruno Cesar Costa Ribeiro Mira..........................................................................................125
Carlos Eduardo Nicodemos..................................................................................................126
Cristiano Rodrigues Peixoto ................................................................................................127
Dayana Ferreira de Sousa.....................................................................................................128
Diego de Souza Avendano....................................................................................................129
Douglas de Melo Ferreira Torquato .....................................................................................130
Eduardo Leite Neto ..............................................................................................................131
Elizaura Maria Alves da Silva Rihbane................................................................................132
Fabio Julio Fernandes...........................................................................................................133
Fernando Tadeu Mondi Galine.............................................................................................134
Flávio Vieira Curvello..........................................................................................................135
Henrique Florentino Faria Custódio.....................................................................................136
Juliana Paola Diaz Quintero.................................................................................................137
Luciano Gomes Brazil..........................................................................................................138
Marco Aurélio Martins Rodrigues........................................................................................139
Mauro Sérgio Santos da Silva ..............................................................................................140
Rosana Rodrigues de Oliveira..............................................................................................141
Samantha Lau Ferreira Almeida Faiola................................................................................142
Maurício Fernando Pitta.......................................................................................................143
Pierre Tramontini..................................................................................................................144
Vítor Hugo dos Reis Costa...................................................................................................145
João Batista Freire................................................................................................................146
Fabiense Pereira Romão.......................................................................................................147
Felipe Ribeiro.......................................................................................................................148
Gesiel Borges da Silva .........................................................................................................149
José Carlos Souza Ferreira...................................................................................................150
Henia Laura de Freitas Duarte .............................................................................................151
Lorena Fernandes Magalhães...............................................................................................152
Luiza Tornelli Aguiar ...........................................................................................................153
Marcelo Rosa Vieira.............................................................................................................154
Marco Tulio Cunha Vilela....................................................................................................155
Maryane Stella Pinto ............................................................................................................156
Natália Amorim do Carmo...................................................................................................157
Pablo Henrique Santos Figueiredo.......................................................................................158
Philippe Vieira Torres dos Santos ........................................................................................159
Suellen Caroline Teixeira .....................................................................................................160
Yasmim Sócrates do Nascimento.........................................................................................161
∙ Resumos do XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia da UFU, IV Encontro de Pós-Graduação em Filosofia
da UFU e do II Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio, V. 13, n. 13, jun. 2019. ISSN 2358-615X ∙
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II ENCONTRO DE PESQUISA EM FILOSOFIA NO ENSINO MÉDIO
∙ Resumos do XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia da UFU, IV Encontro de Pós-Graduação em Filosofia
da UFU e do II Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio, V. 13, n. 13, jun. 2019. ISSN 2358-615X ∙
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A filosofia apresentada pela cultura pop
Alexandre Sidnei Santos Silveira (Escola Estadual Frei Egídio Parisi)
Orientador: Adriano Geraldo Pinto
Durante a juventude, alguns podem desenvolver um sentimento de dúvida e confusão que já
não existiam desde a infância. Alguém nessa fase, que se afunda em questionamentos sobre seu
meio e existência pode, eventualmente, envelhecer, conformando e desviando-se de tais
pensamentos. Então, tornam-se adultos vazios das dúvidas e de suas repostas. Há, por outro lado,
aqueles que acabam por encontrar alívio nas respostas em um lugar: a filosofia. A filosofia é um
estudo que esclarece e organiza, de forma racional, tudo aquilo que nos envolve. Contudo, como
pode ser introduzida para pessoas em um período tão hiperativo e apático que é a adolescência? A
educação do ensino médio vem tentando fazê-la e consegue. Ainda assim, há aqueles alunos que
não desenvolvem interesse pela matéria ou aqueles que simplesmente decoram para prova e depois
esquecem. Talvez, o modelo antiquado de educação não consiga transmitir tudo o que a filosofia
tem a oferecer, pelo menos não de forma "interessante". Ao mesmo tempo, não é difícil perceber o
interesse da juventude em conteúdos com possíveis cargas filosóficas, como filmes, séries, jogos etc.
Muitas dessas obras possuem conteúdos filosóficos que podem ser introduzidos de forma lúdica e
interessante.
∙ Resumos do XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia da UFU, IV Encontro de Pós-Graduação em Filosofia
da UFU e do II Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio, V. 13, n. 13, jun. 2019. ISSN 2358-615X ∙
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Sartre e as escolhas na perspectiva dos RPG's
Ana Laura de Freitas Nascimento (Escola Estadual Frei Egídio Parisi)
Orientador: Adriano Geraldo Pinto
A liberdade foi teorizada de diversas maneiras ao longo da história da filosofia, este trabalho
pretende discutir o conceito de liberdade em Sartre que está diretamente ligado às escolhas. Porém,
a concepção de liberdade do filósofo difere do senso comum que pensa a liberdade de maneira
ilimitada. As escolhas nas reflexões de Sartre possuem uma limitação, pois, existem interferências e
obstáculos nas nossas escolhas que independem de nós. Apesar disso, há ainda escolha e liberdade,
porque, ainda que haja um número possível de decisões, algo será escolhido. Com isso, faremos
uma relação entre a filosofia de Sartre e os famosos RPG’s ou Role-playing game, que são jogos
onde nos dão liberdade para escolher ou talvez um livre-árbitrio. Utilizaremos aqui o jogo Detroit
Become Human, desenvolvido pela Quantic, um jogo de ação e aventura, onde suas escolhas são
cruciais, até a escolha de uma simples bandeira pode mudar o rumo da história, no desenrolar do
game as escolhas vão ficando cada vez mais difíceis, cada vez ficamos mais próximos da liberdade.
Mostraremos aqui como o conceito de liberdade da filosofia existencialista presentes nas obras de
Sartre está presente nesses jogos.
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da UFU e do II Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio, V. 13, n. 13, jun. 2019. ISSN 2358-615X ∙
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Aristóteles e a sua visão sobre a Katharsis na Arte
Ana Luiza de Freitas Nascimento (Escola Estadual Frei Egídio Parisi)
Orientador: Adriano Geraldo Pinto
Neste trabalho apresentaremos uma discussão que aparece desde os filósofos clássicos sobre
o que seria a katharsis e como ela pode interferir na consciência do ser humano por meio da arte.
Muitos filósofos, como Platão, tinham opiniões desfavoráveis sobre a arte ou mímeses, imitações
como eram chamadas as artes tanto representativas da tragédia e comédia da época, como também a
poesia, esculturas entre outros, considerando-a algo falso que corrompia a sociedade grega. Para
alguns filósofos as pessoas agiam sob influência dessas imitações, ou seja, muitas pessoas eram
induzidas pela arte, mesmo que esta fosse imoral e violenta. Contrariando as ideias desses filósofos,
Aristóteles não era tão pessimista em relação à mimese, o filósofo considerava a arte mais forte até
mesmo que a história, onde a primeira não tem delimitações de possibilidades. Segundo Aristóteles,
ao assistir uma tragédia somos afetados por sentimentos que podem ser positivos ou negativos.
Portanto, através da compaixão e do temor passamos por uma espécie de “purificação”, não só da
alma, mas também do corpo. Aqui elucidaremos os conceitos de mímese e catarse na filosofia
aristotélica, com o objetivo de mostrar a importância da arte na vida humana, para isso utilizaremos
a obra Poética de Aristóteles.
∙ Resumos do XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia da UFU, IV Encontro de Pós-Graduação em Filosofia
da UFU e do II Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio, V. 13, n. 13, jun. 2019. ISSN 2358-615X ∙
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Inteligência Artificial e a Filosofia da Mente: Muito mais que Robôs
André Luiz Vicente Silva (IFTM)
Orientador: Paulo Irineu Barreto Fernandes
Este trabalho apresenta resultados de uma pesquisa sobre Filosofia da Mente e Automação,
com destaque para Inteligência Artificial, Robótica, Lógica (Portas Digitais) e Cognição, a partir do
seguinte problema: desde as primeiras experiências com automação e inteligência artificial,
filósofos, entendidos como teóricos, e cientistas, entendidos como práticos, enfrentam dificuldades
no desenvolvimento de modelos autônomos em relação ao pensamento e à decisão, propondo a
questão: “máquinas podem pensar?”. Porém, o ser humano, em condições razoáveis, pode tomar
decisões autônomas, de pensamento e ação. Que condições presentes nos humanos os tornam
especiais em relação aos autômatos e como a cognição humana pode servir de parâmetro para
máquinas, robôs e modelos de automação? A pesquisa demonstrou que a inteligência do ser humano
se dá na sua capacidade de aprender, levando em consideração as experiências passadas e
informações sobre o seu contexto social, tomando decisões coerentes e levando em conta seu lado
irracional, o que nos leva a estudos sobre a singularidade do indivíduo. Nos desdobramentos do
pensamento e do raciocínio lógico se encontram, também, questões mais profundas, como:
“Máquinas têm sentimentos?” ou “Máquinas identificam mais que padrões?”. São perguntas que
aproximam mais a Filosofia da Mente e a Inteligência Artificial, entrelaçando-as em um estudo
comum.
∙ Resumos do XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia da UFU, IV Encontro de Pós-Graduação em Filosofia
da UFU e do II Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio, V. 13, n. 13, jun. 2019. ISSN 2358-615X ∙
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Filosofia da Mente e Inteligência Artificial: Os Humanos e o medo do domínio
das máquinas
Anna Luisa Pereira Fonseca (IFTM); e
Kauanne Rodrigues Flores Mendes (IFTM)
Orientador: Paulo Irineu Barreto Fernandes
Este trabalho apresenta uma relação entre Filosofia e Inteligência Artificial, e propõe a
questão: “os humanos temem um possível domínio das máquinas?”. Mais do que responder, o
trabalho procura estudar a maneira como esse sentimento aparece em diferentes formas de
expressão humanas, como literatura, filosofia e ficção científica. Uma evidência desse temor está na
formulação das “três leis da robótica”, no livro “Eu, Robô”, de I. Asimov, cujo objetivo é promover
uma convivência pacífica entre humanos e máquinas: 1) um robô não pode ferir um humano ou
permitir que um humano sofra algum mal; 2) os robôs devem obedecer às ordens dos humanos,
exceto nos casos em que tais ordens entrem em conflito com a primeira lei; 3) um robô deve
proteger sua própria existência, desde que não entre em conflito com as leis anteriores. Outra
evidência do medo do domínio das máquinas pode ser encontrada em obras como Matrix e 2001,
nos quais os humanos são controlados ou ameaçados por suas criações. Como a Filosofia nos
auxiliou nessa pesquisa? As inferências iniciais conduzem à seguinte reflexão: o medo do domínio
das máquinas é um desdobramento do medo do desconhecido e também um reflexo do
desconhecimento de si mesmo.
∙ Resumos do XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia da UFU, IV Encontro de Pós-Graduação em Filosofia
da UFU e do II Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio, V. 13, n. 13, jun. 2019. ISSN 2358-615X ∙
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A relação do imperativo categórico de Kant e a cultura da corrupção no Brasil
Daniel Henrique Fagundes Santos (Escola Estadual Messias Pedreiro)
Este trabalho tem como objetivo relacionar o “Imperativo Categórico” exposto na “Crítica
da Razão Prática” de Kant e a cultura de corrupção que perpassa a política brasileira. O autor
aborda na obra citada uma relação entre o agir moral e uma lei universal que o orienta. Tal lei diz
que toda ação moral deve ser capaz de ser universalizada, ou seja, qualquer outro ser humano, em
qualquer outro lugar, nas mesmas circunstâncias, pode tomar uma mesma ação. Nesse sentido,
podemos fazer uma ligação com a cultura de corrupção no Brasil, que vai além, podemos dizer, dos
prédios de governo. Muitas vezes, desconsideramos os delitos individuais e dizemos que a
corrupção é restrita aos nossos representantes políticos. A partir da compressão da ética kantiana,
podemos notar que os problemas no agir moral se estendem ao povo também, daí a noção de
“cultura da corrupção”. Se as ações individuais não se orientam de acordo com a lei universal
kantiana, é evidente que isso se reflete no campo da política também. Ou seja, todo agir moral deve
ser capaz de ser universalizado e, portanto, as ações de toda a população devem ser levadas em
consideração.
∙ Resumos do XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia da UFU, IV Encontro de Pós-Graduação em Filosofia
da UFU e do II Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio, V. 13, n. 13, jun. 2019. ISSN 2358-615X ∙
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Meio ambiente
Éviny Bernardes Barbosa (Escola Estadual Frei Egídio Parisi)
Orientador: Adriano Geraldo Pinto
Neste trabalho mostraremos a importância do meio ambiente em nossas vidas e
correlacionaremos com o pensamento do filósofo Baruch Espinosa. Em sua teoria monista ele
afirma que tudo é constituído da mesma substância, assim, absolutamente tudo é natureza,
igualando também seu significado de Deus à natureza imanente. Faremos um paralelo desse
monismo com o descaso do ser humano que se enxerga separado da natureza e o descaso ecológico
nos dias atuais. Na atualidade há pouco cuidado com o meio-ambiente, problemas como o
desmatamento e a poluição são agravantes, apesar de nossa sobrevivência depender do oxigênio
proveniente da fotossíntese das plantas e a água constituir 75% do nosso corpo, a sociedade de
consumo que vivemos não é sustentável. O objetivo deste trabalho é uma possível relação entre o
monismo espinosiano e o cuidado com o meio ambiente, essa associação é possível já que ao
igualar a natureza ao todo e a Deus, o ser humano é também essa natureza imanente e ao destruir o
mundo à nossa volta essa destruição se volta para nossa existência. A partir disso, suscitaremos a
importância de uma mudança nas nossas ações para com a natureza.
∙ Resumos do XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia da UFU, IV Encontro de Pós-Graduação em Filosofia
da UFU e do II Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio, V. 13, n. 13, jun. 2019. ISSN 2358-615X ∙
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A morte na visão filosófica socrático-platônica
Geovana Ferreira Borges Rodrigues (Escola Estadual Frei Egídio Parisi)
Orientador: Adriano Geraldo Pinto
O trabalho propõe demostrar a morte e suas concepções na visão socrático-platônica, na qual
a morte é um alicerce, pois, permite a ruptura do ser matéria para a conquista do conhecimento
genuíno e liberto na sua forma mais autêntica presente na alma. No mundo físico a alma está
constantemente inquieta e agitada por estar sempre ligada ao corpo e aos bens materiais, mas
quando vincula a si no ato mais puro, vão-se as angústias, e o espírito conquista a sabedoria. Em
Apologia de Sócrates, de autoria de Platão, é suscitada por Sócrates a questão de uma vida sem
filosofia, nesse ponto o mesmo demonstra que é preferível a morte a viver sem pensamentos
reflexivos. Assim, surge um questionamento na defesa socrática que será o objetivo desse trabalho:
seria a morte o maior dos bens? A resposta a essa pergunta será uma relação feita entre a morte e a
imortalidade da alma presente em Fédon de Platão. Com isso, apontaremos possíveis reflexões
sobre autoconhecimento presente na frase “Conhece-te a ti mesmo” e o filosofar para a morte, uma
vez que a filosofia socrático-platônica prioriza a alma e não a vida físico-corporal.
∙ Resumos do XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia da UFU, IV Encontro de Pós-Graduação em Filosofia
da UFU e do II Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio, V. 13, n. 13, jun. 2019. ISSN 2358-615X ∙
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Possibilidades e limites do conhecimento humano
Igor Kauã Alberto Alexandre (Escola Estadual São Judas Tadeu)
Orientadora: Henia Laura de Freitas Duarte
O objetivo deste trabalho é mostrar a preocupação da filosofia com o problema do
conhecimento. Desde o início da Filosofia, a preocupação com o conhecimento foi constante, tanto
que desde Demócrito, que desenvolveu uma teoria sobre o ser ou sobre a natureza, o conhecimento
está presente. E, por esse motivo, funda-se uma Teoria do Conhecimento; isso é, uma construção
intelectual para explicar o conhecimento. Neste trabalho iremos comparar a teoria do conhecimento
de Locke e a de Descartes. A dúvida cartesiana radical leva inicialmente à negação da existência dos
corpos e a elaboração da primeira certeza: a existência do eu ou da res cogitans – “Penso, logo
existo”. Era com ela que Descartes pretendia construir as bases do conhecimento seguro. Locke, por
sua vez, se apoiava na existência das coisas exteriores aos seres humanos, evidenciada pelo fato de
elas os afetarem, causando-lhes ideias. Posto isso, responderemos as seguintes questões: Quais são
as possibilidades e os limites do conhecimento humano? De que certeza podemos partir para
iniciarmos uma investigação científica? Seria possível o conhecimento adquirido pelos sentidos ser
considerado verdadeiro?
∙ Resumos do XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia da UFU, IV Encontro de Pós-Graduação em Filosofia
da UFU e do II Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio, V. 13, n. 13, jun. 2019. ISSN 2358-615X ∙
22
“Virtù” e “Fortuna”: a importância destes conceitos na filosofia política maquiaveliana
João Lucas Vieira Nunes (Escola Estadual Felisberto Alves Carrijo)
Orientadora: Laís Oliveira Rios, Gustavo Rodrigues Rosato
O objetivo deste trabalho é, em primeiro lugar, explicitar os conceitos de “Fortuna” e
“Virtú”, utilizados pelo filósofo italiano do século XV, Nicolau Maquiavel, em sua obra O Príncipe,
publicada em 1531. Segundo o filósofo, “Fortuna” é o destino, ou seja, o curso dos acontecimentos
e, em contraposição, ele emprega o conceito de “Virtú”. “Virtù” pode ser entendida em dois
sentidos, em primeiro simplesmente como uma habilidade natural que pode ser empregada de modo
geral para lidar com o destino, mas também como “Virtú” política, que é a habilidade necessária ao
príncipe para dominar sua “Fortuna” e pode ser compreendida como um complexo de força,
vontade e astúcia usado com o intuito de manter a situação sempre a seu favor para garantir a
permanência Estado. Após a explicitação destes conceitos, eles serão utilizados para que seja
possível a compreensão da postura que o filósofo considera adequada para o príncipe, meio
necessário para a realização do ideal político maquiaveliano que, por fatores históricos apresentados
pelo autor, se baseia na república romana e almeja liberdade, a manutenção dos bons costumes e,
por fim, o objetivo de garantir permanência do Estado.
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A Defesa de Sócrates
José Pedro Campelo Neto (Escola Estadual Bueno Brandão)
Orientador: Antônio Marques
O objetivo principal desta comunicação é analisar as circunstâncias que levou Sócrates ao
julgamento. Ele foi um dos principais filósofos que já existiu, e com sua sabedoria trouxe ao mundo
um novo modo de conhecer. Iremos estudar como foi o processo de seu julgamento e entender a
razão pela qual Sócrates não aceitou um advogado. Durante esse desenvolvimento, faremos
observações sobre o método de sua defesa, e como o filósofo confrontou seus acusadores.
Verificaremos também se foi usada a ironia, maiêutica e aporia, que são características de sua
filosofia para o autoconhecimento. Iremos concluir esta comunicação analisando as consequências
da sua escolha em ser o seu próprio defensor. Como o julgamento afetou aos cidadãos que estavam
acompanhando, qual eram suas reações. Se houve manifestações de apoio ou repulsa por alguém da
platéia ao ser deferida a sua sentença. E por fim a decisão de Sócrates diante a sua sentença, além
de uma análise do seu discurso.
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Santo Agostinho e a busca pela felicidade
Júlia Reis Novaes Silva (Escola Estadual Frei Egídio Parisi)
Orientador: Adriano Geraldo Pinto
Neste trabalho buscamos a relação entre a filosofia cristã e a felicidade, este foi baseado na
obra Confissões de Santo Agostinho, filósofo da época Medieval da fase conhecida como Patrística.
Para o filosofo, a motivação de filosofar é encontrar a felicidade e transcender seus próprios limites.
Em questão, a filosofia não é considerada uma disciplina prática para os problemas do mundo, mas
sobre a procura humana pela beatitude, pois a felicidade que se busca em sua teoria é eterna e
proveniente das coisas divinas. Sobre a beatitude, ela é encontrada nas sagradas escrituras como ato
de fé. Portanto, há um embate entre fé e razão, Agostinho tenta conciliar as duas, porém, a fé é
sempre superior à razão e a última serviria somente como auxiliar na busca pelas verdades eternas
da alma. O ensinamento sobre a fé tem obstáculos como a verdade e razão (a filosofia), isto é, ainda
que a fé não possa ser demonstrada, pode ser explicada pelo crer, tarefa que cabe á razão. O
objetivo desse trabalho então é explicar a concepção de felicidade através da beatitude no
pensamento cristão e distingui-la da felicidade passageira do corpo a partir da leitura das reflexões
de Santo Agostinho.
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FILO (AMOR)
Lorraynne Garcez Pinheiro Leal (Escola Estadual Bueno Brandão)
Orientador: Antônio Marques
Nesta apresentação tenho a satisfação e o foco de lhes mostrar um pouco sobre FILO que
traremos aqui no sentido de amor, hoje, usamos a palavra amor para demonstrar o nosso afeto pela
namorada (o), pelo amigo, parente, etc. O amor é o combustível que alimenta a alma humana.
Nascemos para amar e ser amados. Não apenas no sentido romântico, pois existem basicamente três
tipos de amor: FILÉO, EROS e ÁGAPE. Ao decorrer do texto tenho como objetivo explicar cada
um desses tipos de amor, trazer alguns ensinamentos a respeito e falar um pouco do livro “Pra Lá do
Fim do Mundo" de Larry McMurtry, um livro onde diz muito mais do que sobre o amor de um
homem e uma mulher, a autora retrata a respeito de diferentes tipos de paixões: pelos amigos, pelo
trabalho, pela vida. Pois afinal de contas, é possível se apaixonar diariamente por quem somos, pelo
que fazemos, por amigos, colegas, pelo (a) crush da escola e assim por diante e não sinta a
obrigação de se apaixonar por ninguém, pois ela não existe, trago em mente o objetivo de fazê-los
com que se sintam livres para amarem quem quiser a hora e quando desejarem.
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Infinite Regression: O Problema Ontológico em Platão e os conceitos de Corpo e Alma, a
partir da análise de uma obra de ficção
Lucas Gustavo Terêncio Araújo (IFTM)
Marcus Vinícius Torres Silva (IFTM)
Orientador: Paulo Irineu Barreto Fernandes
O objetivo deste trabalho é apresentar os primeiros resultados de uma pesquisa realizada em
duas partes. 1) O estudo da relação entre os conceitos de corpo de alma, em Platão, com os termos
hardware e software, na computação. Para Platão, o corpo é a prisão da alma. A alma, por sua vez,
contém o verdadeiro conhecimento. Hoje, tais conceitos de corpo e alma admitem uma comparação
com os conceitos de hardware e software, na computação. Pois o hardware é o corpo de uma
máquina, responsável pela sua estrutura concreta; e o software é a parte lógica, cuja função é enviar
instruções. 2) A análise do filme Infinite Regression [WoW, 2010], como exemplo de aplicação, no
campo da arte audiovisual, das ideias desenvolvidas originariamente por Platão, mas que encontram
repercussão nas indagações ontológicas da atualidade, sobre a natureza e o estatuto da realidade. O
filme propõe a hipótese de que uma realidade pode ser elaborada eletronicamente e que seria
possível tomar por real um mundo, do ponto de vista ontológico, não necessariamente real, mas
logicamente verossímil. Conclui-se que, mesmo nessas circunstâncias, o ato do pensar autônomo
seria o legítimo exercício de aproximação da realidade, que supera os enganos dos sentidos.
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Hobbes e Foucault: a coerção como tecnologia social
Luiza de Moura Castro (Escola Estadual José Ignácio de Sousa)
Orientador: Serginei Vasconcelos
A desconfiança que os homens têm uns dos outros, juntamente com a competição e a glória,
são as causas da discórdia, que levam à guerra. A desconfiança leva os homens a atacar primeiro
com medo de serem atacados, e juntamente com a competição e a glória são as causas da discórdia,
que levam à guerra. Isso nos leva à defesa de Hobbes de um contrato em que todos os direitos são
transferidos ao soberano e este detém o poder de fazer as leis. Porém, mesmo estabelecendo tal
contrato, é preciso da espada, isto é, da força, que certifica que essas leis serão cumpridas, já que,
segundo ele: “Pactos, não passando de palavras e vento, não têm força para obrigar, dominar,
constranger ou proteger ninguém, a não ser a que deriva da espada pública”. Do contrário voltariam
ao estado de guerra, “se não for instituído um poder suficientemente grande para nossa segurança,
cada um confiará apenas em sua própria força como proteção contra todos os outros”.
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A política desenvolvida na Grecia antiga e a política desenvolvida no Brasil
Marianna Wagatsuma Eduardo (Escola Estadual Frei Egídio Parisi)
Orientador: Adriano Geraldo Pinto
O presente trabalho tem por finalidade estabelecer uma relação entre a democracia direta
praticada na Grécia Antiga e a democracia indireta desenvolvida nos dias atuais no Brasil,
abordando a contribuição dos sofistas para os debates e o uso da razão. Os sofistas defendiam uma
certa forma de relativismo, quer seja, não possuíam compromisso com a verdade absoluta, de modo
que as circunstâncias do momento eram que determinavam esta ou aquela verdade. Eram
conhecidos como “prostitutos do saber”, pois percorriam as cidades gregas vendendo seus
ensinamentos. Utilizavam a exposição ou monólogo como método de ensino aos interessados. O
principal objetivo desses ensinamentos era desenvolver em seus alunos as habilidades da retórica e
da oratória, a fim de possibilitar sucesso nas discussões. Na Grécia Antiga, utilizava-se a razão
como instrumento para tentar resolver questões políticas e sociais da Polis. As discussões e debates
eram realizadas em praça pública, a Ágora, local este em que apenas uma pequena parte da
população tinha o direito de participar. A democracia na Polis Grega era exercida de forma direta,
ao passo que nos dias atuais a democracia é exercida indiretamente, por representatividade, de
modo que a população elege seus representes por meio do voto.
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Julgamento Moral na Cultura Pop
Natália Martins Arantes de Araújo (Escola Estadual José Ignácio de Sousa)
Orientador: Serginei Vasconcelos
A cada dia a sociedade é apresentada a novos modelos de cidadãos perfeitos, os famosos
heróis. Esses heróis agem de maneira exemplar em qualquer que seja a situação, isso com o objetivo
de inspirar os leitores a seguirem os seus pensamentos morais. Mas quem julga se as ações desses
personagens são eticamente certas ou erradas? Com que base um indivíduo pode julgar a ação do
próximo como “certa” ou “errada”? O princípio base da teoria ética de Peter Singer consiste no fato
de as pessoas deverem considerar os interesses de todos os que estão/ serão envolvidos pelas suas
ações morais, sendo que os interesses de todos devem ser igualmente respeitados. A universalização
é a exigência de desconsiderar somente os números e se colocar no local do próximo, e levar em
conta seus interesses, desejos e ideais. Ao vincular a universalização ao princípio de igualdade de
consideração ele estabelece a base de sua teoria. Mas a pergunta é: esta ética funciona?
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Apolo e Dionísio: a dualidade humana em Nietzsche
Patrick Mendes Silva (Escola Estadual Felisberto Alves Carrijo)
Orientadoras: Laís Franco; Letícia Palazzo, Gabrielle Fernandes, Gustavo Rodrigues Rosato
Friedrich Nietzsche foi um importante filósofo e filólogo alemão. Sua primeira obra foi “O
Nascimento da Tragédia”, publicada em 1872, em qual ele propõe uma tese estética que se baseia
nas características de dois deuses gregos: Apolo e Dionísio. Ele desenvolve os conceitos de
apolíneo e dionisíaco, que pretendemos explicar nesta comunicação. O objetivo deste trabalho é
demonstrar que Nietzsche utiliza esses conceitos para entender que o homem possui internamente
uma disputa amigável entre esses dois lados fundamentais e ativos, ao contrário da dicotomia cristã,
influenciada pelo pensamento platônico do mundo sensível e inteligível, entre o deus perfeito e os
humanos pecadores. Tal dicotomia acaba por causar uma profunda infelicidade nos humanos, visto
que estão negando parte da sua dualidade, a desordem ou dionisíaca, para almejar apenas a ordem,
ou apolínea. Nietzsche nos diz também que caso ocorra o contrário, a valorização apenas do
dionisíaco, os humanos ficariam infelizes da mesma forma. O modo ideal de vivermos, para
Nietzsche, seria rejeitar todas as regras impostas por religiões, especialmente as do cristianismo,
para estarmos em harmonia com a ordem e com a desordem que habita em cada um de nós.
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Não à Escola Sem Partido
Robson Matheus Santos de Oliveira (Escola Estadual João Rezende)
Orientadora: Silvana Damasceno Costa
O projeto de lei “Escola sem partido” tem como objetivo principal, de acordo com as
pesquisas que realizei, de informar e conscientizar os alunos de seus direitos, inclusive os que
correspondem aos deveres do professor. Porém essa ideia não corresponde ao objetivo central desse
projeto de lei, nem mesmo à sua aplicação, pois primeiramente era só conscientizar, agora passou a
ser uma perseguição ao professor e uma limitação à sua forma de ensinar e formar o conhecimento
dos alunos. Para fazer uma crítica a este meio de negação do conhecimento, usarei de duas grandes
filosofias que são: a platônica e a kantiana. Usando as teorias filosóficas de Kant sobre sensibilidade,
entendimento e ética, demonstrarei que o significado de Estado Laico é pluralidade e respeito a
todos, não uma imparcialidade do professor dentro de sala de aula, e com o mito platônico da
caverna vou mostrar que eles estão nos dando uma visão somente da sombra da “coisa”, e na
verdade o que essa “coisa” é está bem distante da sombra mostrada por eles.
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Sobre Filosofia e Arte, Espanto e Beleza: Uma Introdução
Vinícius Oliveira Magalhães (IFTM)
Orientador: Paulo Irineu Barreto Fernandes
Este trabalho apresenta uma reflexão sobre a presença da Filosofia nas manifestações
artísticas em diferentes períodos do desenvolvimento da nossa cultura. A hipótese é: arte e filosofia
se encontram no conceito de beleza e se desenvolvem juntas, embora de maneira nem sempre
dependente uma da outra. A arte ajuda a compor nossa sociedade, entender o passado e
proporcionar novas experiências, em suas distintas aplicações, que fornecem interpretações,
experiências, formas e fins diferentes para cada época, envolvendo dimensões do comportamento
humano, como afetividade, pensamento, criatividade e constituição física e mental. Se, em Platão, a
arte era considerada cópia (mimesis) da cópia de um mundo ideal, em Aristóteles, as manifestações
artísticas passam a ter o poder de ensinar a virtude. No período medieval, por sua vez, as
manifestações artísticas, em sua maioria, expressam a relação com a divindade. A modernidade
proporcionou maior liberdade às manifestações artísticas, na forma de autonomia e, a partir do
Século XX, expressa em movimentos como o surrealismo e na massificação do produto artístico,
como o cinema e a música popular. As inferências iniciais deste trabalho conduzem à seguinte
reflexão: assim como a filosofia nasce do espanto, a arte renova incessantemente, em nós, esse
mesmo espanto.
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XIII ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM FILOSOFIA DA UFU
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Razão & Isonomia & Isocrácia: As influências dos ideais políticos na filosofia grega
Adrian Castro Azevedo (UFPA)
Orientador: Celso Oliveira Vieira
Tomo como suporte as ideias divulgadas nos livros "A Origem do Pensamento Grego" de
Jean Pierre Vernant e nos primeiros volumes de "História da Grécia" de George Grote, obras que
buscam explanar o contexto histórico e social da Grécia antiga, desde sua era de bronze até meados
de seu período clássico, quando se obteve avanços significativos na racionalidade humana em
diversas áreas do conhecimento. O objetivo será demonstrar a maneira como os conceitos de
‘Isonomia’, a igualdade perante a lei, e ‘Isocracia’, igualdade de poder político - gerados na
sociedade grega no processo de formação da Polís pelos seus cidadãos - influenciaram o
pensamento dos primeiros filósofos. Utilizando-se de uma análise do período grego presente nas
obras já citadas, juntamente a uma interpretação de fragmentos e obras de filósofos da antiguidade
grega, o artigo pretende evidenciar a manifestação desses ideais políticos na produção daqueles
pensadores, como no respeito à lei da cidade em Heráclito (B44), na ética relativista de Protágoras e
na Eudaimonia de Aristóteles. Por meio dessa explanação, propõe-se uma reflexão sobre até que
ponto a filosofia consegue se distanciar do meio social; se pode ser alheia e inerte em relação à
sociedade ou se a filosofia é inerente a ela.
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Algumas considerações sobre a Filosofia Trágica e o Teatro da Crueldade
Alan Barbosa Guimarães (UFPA)
Orientador: Rafael Estrela Canto
O presente ensaio tem por objetivo relacionar o Teatro da Crueldade de Antonin Artaud e a
Filosofia Trágica de Clément Rosset, pois consideramos que ambos tenham uma mesma intenção, a
“terrorista”, isto é, uma inclinação a fazer aparecer o pior, enquanto uma maneira de acontecimentos
no mundo, condição do trágico. Nesse sentido, a filosofia de Rosset nos direciona no debate para o
pior, no terror das coisas inapreensíveis, trazendo o caos, o limite é mesmo um desastre humano e
mundano presente em nossas vidas. Ora, pensar o trágico, a fim de associá-lo ao modo de expressão
no Teatro da Crueldade, necessariamente nos leva a dizer que o corpo cênico seja capaz de carregar
e causar afecções trágicas (por meio de compaixão e terror) no homem, excitá-los para o que
classificamos como uma “metafísica das aparições”, que não é senão o encenar de conceitos,
permitindo ao corpo falar e gritar, com a força da crueldade. Segundo Artaud, o problema não está
no público (que pensa pelos sentidos), mas na maneira com que o teatro ocidental teria deixado de
ser mágico e eficaz para trazer ao homem uma ilusão verdadeira do seu interior.
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As Relações do Corpo Propriamente Dito, o Cérebro e o Ambiente na Constituição da Mente,
em uma Diretriz Emergentista
Alberto Yuri Santos Peixoto (UFU)
Orientador: Leonardo Ferreira Almada
Esta comunicação pretende abordar a relação mente-corpo numa perspectiva emergentista da
cognição. O principal foco é buscar compreender os fatores que contribuem na emergência da
mente, entendendo o organismo na sua integralidade, situado no ambiente. Em outras palavras,
pretendo defender mais especificamente: (i) uma noção de emergência na qual a corporeidade
possui um papel de destaque na constituição da mente ou cognição, o que foi negligenciado ao
longo do tempo pela maioria, que não considerava fundamental o papel do corpo na constituição da
mente; (ii) o emergentismo é congruente com o naturalismo, ou seja, não fere o fechamento causal
do mundo dado que processos emergentes existem no mundo natural; (iii) o ambiente e a ação do
indivíduo no ambiente fazem parte de uma grande consideração feita nesta análise, pois o indivíduo
é um ser em ação (en-ação), isto é, o indivíduo altera o ambiente e, em contrapartida, o ambiente
altera o indivíduo.
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Discurso sobre as Ciências e as Artes em Rousseau: Os dilemas Ético-Morais na Atualidade
Aline Danielle Ferreira (UFPA)
Busca-se neste resumo o intuito de estabelecer uma discussão coerente em um futuro artigo
e demarcar os principais argumentos de Rousseau envolvendo moral e ética à época da produção do
discurso com a atual fase dos desenvolvimentos destes dilemas em nossa atualidade, assim como
para os futuros anos da pós-modernidade, pondo em ênfase pontos de destaque primordiais
nacionais e internacionais, tais como: os desenvolvimentos científicos em diversas áreas da atuação
humana, cada vez mais em desenvolvimento formando pares de opostos com seus ganhos e perdas à
sociedade; os avanços da internet como sendo “Terra de ninguém”, articulando situações de desvios
éticos e vulnerabilidades sociais. Por último tópico, mas não menos importante, a consciência e o
reconhecimento dos usos científicos reivindicados por grandes sistemas internacionais que fornece
o progresso ou a degradação de um equilíbrio social. Os argumentos apresentados no Discurso
fornecem dois pontos de polarização dos usos das ciências e das artes; porém, por mais que
Rousseau estabeleça um critério agressivo ao uso dos dois tópicos, ele não sugere a eterna vivência
isolada do humano em estado de natureza, e sim a compreensão de si próprio para relações mais
favoráveis e equilibradas no ambiente social que se estabelece.
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A presença do sincretismo religioso nas imagens de alquimia: o caso do Mutus Liber
Alysson Lein (UFU)
Orientador: José Benedito de Almeida Júnior
O objetivo deste trabalho é analisar o fenômeno do sincretismo religioso que se expressa por
meio da linguagem simbólica das imagens alquímicas. Para tanto, faremos uma análise de algumas
das imagens que compõem o Mutus Liber, demonstrando que há, na composição de imagens na
alquimia, um sincretismo das religiões judaicas e cristãs e das religiões gregas e romanas. Para tanto,
iremos apresentar algumas pranchas do Mutus Liber nas quais é possível identificar imagens que
representam essas religiões. Como referência judaica, temos, no fronstispício, a cena bíblica do
sonho de Jacó, em que ele adormece sobre uma pedra e sonha com a escada que ascende aos céus,
com dois anjos tocando suas trombetas. Como referência cristã há, por exemplo, uma prancha na
qual vemos um casal ajoelhado, direcionada àquilo que é conhecido como forno alquímico. Os
deuses romanos Mercúrio e Saturno representam elementos alquímicos e se encontram também no
Mutus Líber. Por fim, há uma possível referência a Hércules transcendendo seu corpo após a
conclusão dos doze trabalhos, simbolizando a transformação daquele que conclui as etapas do
processo alquímico.
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Espectros de experiências negativas e a transitividade da relação “melhor que”:
incomensurabilidade, vagueza e moneypumps
André Luis Lindquist Figueredo (UFU – CNPq)
Orientador: Alcino E. Bonella
Pretendo, nesta comunicação, explicitar o debate sobre o argumento de espectro proposto
por Larry Temkin (2012). Mais especificamente, sobre o argumento de espectros que são compostos
por alternativas que envolvem experiências negativas. Esse argumento se baseia na inconsistência
entre 4 premissas/visões: (1) para qualquer experiência negativa, é melhor obtê-la do que uma outra
que seja um pouco menos intensa, mas que dure significativamente mais; (2) existe um espectro
contínuo de experiências negativas, que varia de experiências muito intensas e curtas, para
experiências menos intensas e longas; (3) algumas dores são de tal intensidade que nunca será
melhor trocá-las por dores bem menos intensas e mais duradouras; (4) a relação “melhor que”, all
things considered, que relaciona as alternativas desse espectro, é transitiva. Para Temkin, há boas
razões para abandonarmos (4) frente a essa inconsistência. Porém, Toby Handfield (2013) e
Christopher Knapp (2007) argumentam que abandonar (4) acarretaria em deliberações cíclicas e,
consequentemente, em money pumps, e que abandonar (1), por incomensurabilidade (Handfiled) ou
vagueza (Knapp) de certas alternativas desse espectro, é a opção mais plausível para o raciocínio
deliberativo sobre trocas de qualidade por quantidade (a que (1) e (3) dizem respeito).
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Uma análise sobre o conceito de Memória no pensamento de Agostinho de Hipona e Henri
Bergson
Andrey Augusto Fonseca Farias (UFPA)
Orientador: Jonathan Molinari
Este trabalho tem como objetivo analisar e demonstrar a importância do conceito de
memória, expor a relação entre a memória, corpo e alma, levando em consideração o pensamento de
Agostinho de Hipona sobre a faculdade da memória, trabalhado na sua obra Confissões,
especificamente o livro X, pois para ele é na memória que se encontra tudo do homem, suas
experiências passadas, tudo o que ele aprendeu, noção sobre o tempo, tudo em que ele acredita, tudo
o que ele é; analisando também o conceito de memória no pensamento de Henri Bergson, a partir da
obra Matéria e Memória, na qual se pensa a memória como um fenômeno que responde pela
reelaboração do passado no presente, para ele a memória sempre está no presente, o passado sempre
vem ao presente pela memória. Tendo como fundamento esses filósofos, tentarei em seguida
demonstrar como a ideia de tempo possui uma significância na relação da memória com o corpo e a
alma.
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Francis Bacon: Acerca da concepção de vitória sobre a natureza
Andrey Fonseca Andrade (UFPA)
Orientadora: Elizabeth de Assis Dias
O presente estudo tem por objetivo analisar e discutir alguns trechos de obras de Francis
Bacon que aludem à concepção de uma "Vitória sobre a Natureza", que frequentemente é mal
interpretada por alguns autores, como se a mesma estivesse atrelada a uma noção pejorativa de
domínio sobre a natureza por intermédio de técnicas, o que se traduziria em sua famosa fórmula
"Saber é Poder". Teríamos então esta noção de progresso a qualquer custo, inclusive da destruição
da própria natureza, bem próxima ao mau uso feito da ciência através dos tempos, mas que de modo
algum pode ser confundido ou mesmo ser associado com a concepção do lorde chanceler. Para
esclarecer tal concepção de vitória sobre a natureza e, por conseguinte, sustentarmos nossa hipótese,
faz-se uso de alguns aforismos de sua obra magna, o "Novum Organum" bem como de alguns
trechos de outras obras do autor, como: "Progresso do Conhecimento" (1605); "Sabedoria dos
Antigos" (1609) e "Ensaios" (1597).
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Filosofia e cinema: A desumanização do artista segundo Guy Debord dentro de “Perfect Blue”
Ângelo Gabriel de Brito de Oliveira (UFPA)
Tomo como suporte as ideias divulgadas no livro “A sociedade do espetáculo” de Guy
Debord (filósofo marxista francês e fundador do movimento situacionista) e o filme Perfect Blue de
SatoshiKon (diretor japonês, responsável por algumas das maiores animações japonesas, como a já
citada Perfect Blue e Paprika), obras que denunciam o processo predatório de desumanização do
artista dentro do capitalismo, que objetifica seu ofício e sua obra, além de reduzi-lo a um mero
reprodutor da vontade pública. O objetivo deste trabalho será analisar esse processo dentro do filme
através da lente da protagonista Mima Kirigoe, que é vista como mero objeto após abandonar sua
carreira musical para começar uma carreira na televisão, assim demonstrando a principal critica do
filme à indústria e ao life style Idol, que, como espetáculo do capitalismo, apenas intensifica esta
relação predatória. O artigo pretende evidenciar essa relação e este processo sob a luz do filósofo
francês e, assim, chegar a uma raiz lógica desta problemática, por meio da interpretação da obra e
da análise do cenário desta indústria dentro da sociedade japonesa, para enriquecer a análise do
filme.
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A crítica de Antônio Gramsci à relação religião e Estado
Barbara Leandra porto Mota (UFU)
Orientadora: Maria Socorro Ramos Militão
O presente trabalho, que se enquadra na área da Filosofia Política, almeja estabelecer pontos
de intersecção filosófico-políticos a partir da questão religiosa, como elemento de conformação
ideológica que emerge da teoria de Antônio Gramsci. O objetivo é investigar, a partir da obra
gramsciana “A questão da religião”, qual é o paralelo existente entre a religião e o atual cenário
político brasileiro. Cientes de que hoje há uma tentativa de resgate da relação entre religião e Estado,
que remonta ao menos ao período moderno, julgamos importante investigar alguns pontos
essenciais presentes na atual política nacional, em especial naqueles propostos pela chamada
bancada evangélica. Busco uma forma de problematizar retrocessos e prejuízos nessa imersão
religião/Estado/educação. A partir da ideia de Homeschooling, tema de grande discussão no cenário
atual, pergunta-se: e as diferenças de perspectiva e de visão de mundo, serão erradicadas? É viável a
vida privada atingir a vida pública, bem como já questionavam Baudelaire e Benjamin no final do
século XIX e início do século XX? Enfim, essas questões relativas à educação que emergem da
filosofia política e que necessitam, precisam ser reavaliadas, após cem anos. O método que norteará
o estudo é a filosofia da práxis.
∙ Resumos do XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia da UFU, IV Encontro de Pós-Graduação em Filosofia
da UFU e do II Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio, V. 13, n. 13, jun. 2019. ISSN 2358-615X ∙
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A solidão como superação da decadence
Bárbara Raffaelle Carvalho Santos (UFU - FAPEMIG)
Orientador: José Benedito de Almeida Jr.
Este trabalho tem como objetivo examinar a importância da solidão, principalmente na obra
nietzschiana de maturidade Assim Falou Zaratustra (1883-1885). O argumento principal
desenvolve a tese de que o ditirambo de solidão, forma como o próprio Nietzsche define o
Zaratustra em sua autobiografia Ecce Homo (1888), seria um fator central para a superação da
decadência da moral, através do ritmo e das canções na terceira parte da obra. Desta forma,
explicaremos a possibilidade de uma solidão transbordante e criadora como ultrapassagem da moral
ressentida de rebanho. Elucidaremos que essa moral gregária leva consigo um instinto de vingança
e envenenamento, pois carrega o “peso de gravidade” das imposições, sejam elas cristãs ou ético-
políticas, que visam universalizar as ações humanas. Para Nietzsche, essa tentativa de
homogeneizar os comportamentos ceifa todo o movimento e aleatoriedade presente na existência,
porque para ele não há causalidade ou um sentido único. Então relacionaremos a solidão à grande
saúde e à liberdade como forma de superação da doença presente no rebanho que nega a vida e a
terra. Para desenvolvimento deste trabalho contaremos com a leitura direta da obra de Nietzsche,
assim como de estudiosos para a interpretação de seu pensamento.
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Giambattista Vico e sua "autêntica" Filosofia da História
Belchior Alves da Silva (UFU)
Orientador: Sertório de Amorim e Silva Neto
A "autêntica" Filosofia da História na teoria de Vico aponta para novos horizontes, em um
campo de estudos ainda incipiente e sem outros autores que tivessem retratado da mesma forma o
tema. O Autor assenta suas ideias no tempo presente, porém o seu grande trunfo está na revelação
dos acontecimentos passados da história dos povos etruscos e jônios, em seus modos de vida e em
suas trajetórias no tempo, formando aldeias e comunidades, no sentido de se constituírem os
núcleos sociais. Para melhor fundamentar seu pensamento, Vico traz o relato da formação trinitária
dos povos, que é composta por mitos, heróis e homens. O primeiro, os mitos, foco na
transcendência do humano para o divino; o segundo, os heróis, destaque à saga dos seres geniais,
conexão entre deuses e homens, capazes de revolver a terra e promover a formação social como
modelo para o nosso tempo, e o terceiro, os homens, segundo Vico, os responsáveis pela história
das nações. Vico se utiliza da "pena" como se esta fosse um arado sulcando a terra e desvendando
"os tesouros" da humanidade, trazendo em cada "torrão" um acontecimento para ilustrar suas ideias
de um modo novo de fazer ciência.
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Uma perspectiva filosófica do apagamento feminino
Bruna Alexsandra Assis de Araújo (UFU)
O presente trabalho tem como objetivo principal compreender o que fez com que a mulher
ficasse anos luz atrás do homem em inúmeras áreas, como, por exemplo, na filosofia e na ciência, e
como este apagamento do ser feminino na história possui, até hoje, imenso impacto na sociedade.
Para tal, foi feita uma investigação em inúmeros casos históricos, em épocas distintas, como o de
Lise Meitner e Medusa, visando compreender o que foi este apagamento e como ele serviu de
fertilizante a um solo de desigualdades salariais em mesmos cargos e violência doméstica
desenfreada. Ademais, é abordada também a forma com que este apagamento foi sendo modificado
e, atualmente, se transformou em uma aversão ao feminino, tornando possível compreender frases
odiosas destinadas a tal gênero e até mesmo casos de feminicídio. Para evidenciar essa aversão, são
trabalhados autores como Francesco Petrarca que dentre suas produções intelectuais tornou bem
evidente o quanto a mulher representava algo negativo e em como representaria uma grande
melhora se dela fossem tiradas características básicas e naturais, como, por exemplo, a capacidade
de gestar um filho.
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Nick Land, leitor de Heidegger
Bruno Belém (USP)
Orientador: Vladimir Pinheiro Safatle
Nos primeiros anos da década de 1990, ao articular a temática da experiência do sublime
enquanto sede de aniquilação com a do colapso do programa do esclarecimento, o filósofo Nick
Land escreveu algumas das páginas mais perturbadoras sobre a reflexão estética na filosofia
moderna e contemporânea. Em suas leituras de autores como Kant, Nietzsche, Heidegger e Bataille,
o fascismo tem ao menos um momento de verdade: a arte é realmente um perigo, insurreição, aquilo
que não pode ser controlado, nos lançando em direção da única morte que o fascismo é incapaz de
desejar, a saber, a morte daquilo que, em mim, me aparecia como meu – do Eu ao Ocidente. Nesta
comunicação, trata-se de discutir essas problemáticas no pensamento de Heidegger, que vai buscar
através da arte – entendida como dizer da verdade, dizer sobre a enticidade humana – um modo de
reavermos nossa autenticidade e liberdade. No entanto, segundo Land, Heidegger é levado ao limiar
de um caminho que mesmo aquele que tão bem denunciou o sono antropológico do humanismo não
estaria disposto a seguir.
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O poder político do controle, niilismo e suicídio: uma análise sobre o esgotamento do sujeito
contemporâneo
Bruno Cesar Costa Ribeiro Mira
Orientadora: Georgia Amitrano
A presente comunicação visa, a partir do esgotamento do sujeito moderno e diante do
aumento de suicídios no mundo inteiro, analisar o modelo de poder político baseado no controle
ininterrupto sobre a subjetividade dos indivíduos. Para tanto, utilizo os conceitos de poder, controle
e subjetividade, abordados a partir do pensamento de autores pontuais, tais como: Michel Foucault,
Gilles Deleuze e Byung-ChulHan. Para além, também aponto para as possíveis consequências de
um niilismo inerente ao nosso tempo, em que o sujeito, diante da crise perpetrada pelo poder-
controle político sobre sua subjetividade, é acometido pelo esgotamento de suas forças. Este poder-
político usa o discurso de liberdade individual como cerne do processo de controle dos sujeitos
tornando-os ferramentas de auto disciplinamento. Donde entender que o suicídio − tal como
pontuado por Albert Camus − constitui uma fuga da existência ou um salto filosófico. As estruturas
de poder e controle levam o sujeito ao auto aniquilamento, compreendido como algo decisório no
exercício de sua liberdade, ignorando o funcionamento do poder e controle político sobre a vida.
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“Anthropology is philosophy with the people in”: reflexões e implicações epistemológicas
sobre a crise planetária.
Bruno César Cunha Cruz (UFU)
Diante do considerável consenso científico a respeito das mudanças termodinâmicas e
geológicas do Planeta (causadas majoritariamente por questões antrópicas), que faz intensificar as
discussões sobre um certo processo de desvitalização ontológica do ambiente, coletivos de diversas
partes do mundo têm se dedicado tanto a dar respostas para uma mudança de tal situação, quanto a
compreender as consequências físicas, já mensuráveis ou que estão por vir, que podem levar à
dimensionada desarticulação dos quadros espaço temporais da história (ou, popularmente, ao « fim
do mundo »). Alguns desses coletivos chegam a receber agora uma classificação: a de « ‹ciências›
do Antropoceno », estando nelas incluídas, para além das clássicas ciências naturais, a Antropologia
e a Filosofia. Dessa forma, essa comunicação visa, comentando por meio de um debate transversal
entre a epistemologia e a antropologia da ciência, elaborar certas reflexões epistemológicas sobre o
período que faz tais implicações possíveis, a partir de posições teórico-metodológicas agora
tomadas por esses coletivos. Assim, e ancorando-se inicialmente na ideia de simetria (Latour, 1991
[2014]), pretende-se, inclusive (e no caso específico), refletir sobre a necessidade de se imaginar e
se somar aos supramencionados coletivos « with the people » (Ingold, 1992, 2014).
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O esquecimento, em Nietzsche, como força ativa
Bruno de Novais Oliveira (UFU)
Orientador: Humberto A. Guido
O esquecimento, em Nietzsche, não é uma mera contingência da memória, sendo, pelo
contrário, uma característica ativa da fisiologia humana. É o esquecimento que constitui a
capacidade do ser humano se relacionar, de modo presente, com as coisas que lhe afetam, pois sem
o esquecimento se opondo a memória, a vida seria uma digestão constante de acontecimentos que
nos retornam à memória e impedem que nos centremos no presente. O esquecimento é aquilo que
possibilita a capacidade digestiva da fisiologia humana, e não apenas a ausência da memória, e, com
efeito, é a capacidade que permite que os sentimentos sejam tratados na ação e não na reação. O
ressentimento será tratado como efeito da má digestão da consciência, e a má consciência como
efeito do ressentimento, sendo então, o conceito de esquecimento como a pedra base na formação
do que seria, para Nietzsche, uma boa ou má consciência. O objetivo principal desse texto é
demonstrar, portanto, como o esquecimento se relaciona, de maneira ativa, com questões centrais na
filosofia nietzschiana como: ressentimento, má consciência, consciente, inconsciente, memória,
história, genealogia, niilismo, e vontade de potência.
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A educação como libertação e como meio de controle
Clarice Melo Stabenow (UFPA)
De ordem estritamente bibliográfica, esta comunicação visa abordar o Livro V do diálogo A
República de Platão, no qual a questão enfatizada é a educação para as mulheres, que Sócrates
menciona em seu debate com Glauco. Dando a devida atenção de que a educação oferecida para os
homens deve ser a mesma das mulheres, esta é defendida a fim de fortalecer a sociedade, visto que,
todos têm a mesma capacidade de administração e manutenção da pólis a qual pertencem. No mais,
esta comunicação tratará também, da importância deste livro para fomentar o debate da educação
feminina atual, como ela se deu e o papel do feminismo na organização e na efetivação do direito de
estudar. As questões abordadas terão como objetivo a correlação do Livro V da República com a
educação de mulheres, o feminismo como mecanismo na implementação da educação feminina, a
educação como maneira mais rápida de emancipação; a educação como forma de controle patriarcal
sobre as mulheres e por fim, a equidade e importância no incentivo, prática e melhoria na educação
feminina e masculina.
∙ Resumos do XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia da UFU, IV Encontro de Pós-Graduação em Filosofia
da UFU e do II Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio, V. 13, n. 13, jun. 2019. ISSN 2358-615X ∙
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O belo entre o Hípias Maior e O Banquete
Cláudio de Souza Menezes Júnior (UFPA -CNPq)
Orientadora: Jovelina Maria Ramos de Souza
Na presente exposição, pretendemos analisar o tema central do diálogo platônico Hípias
Maior: o belo e sugerir sua relação com o diálogo platônico O Banquete. Para isso, analisamos, no
primeiro texto, as falas de Sócrates e Hípias no que diz respeito à questão do belo: Sócrates tenta
dizer o que é o belo, enquanto Hípias se limita a dizer o que é belo. Nesse jogo dialético, a busca
pela essência da beleza da parte natureza visível desta – à qual o discurso de Hípias se encontra
limitado – e passa por questões éticas. A partir dessa análise, sugerimos uma relação deste debate
com aquele apresentado por Sócrates em O Banquete, em que Sócrates relata os ensinamentos que
obteve de Diotima acerca da essência do belo: as questões apresentadas no Hípias Maior são como
um exórdio à teoria platônica da beleza, que se mostra em pleno desenvolvimento em O Banquete
ao ser reelaborada a partir da teoria das Formas. Assim, por meio desse estudo do Hípias Maior e
sua relação com O Banquete, podemos compreender um pouco mais a concepção platônica de
beleza e trazer uma maior visibilidade ao Hípias Maior, que ainda hoje é pouco estudado – em
comparação com os diálogos ditos autênticos.
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da UFU e do II Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio, V. 13, n. 13, jun. 2019. ISSN 2358-615X ∙
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Do Homo Sacer contemporâneo
Daniel Alves Rodrigues (UFU)
Orientadora: Georgia Cristina Armitrano
O presente trabalho visa analisar, a partir de um resgate dos conceitos aristotélicos de bios e
zoé, como um indivíduo perde seu direito de viver pelo Estado, sem que haja, para isso, assassinato.
Giorgio Agamben (1942-presente), em sua obra Homo Sacer: o poder soberano e a vida nua (1995),
julgou importante resgatar do direito romano a figura do Homo Sacer, a fim de discorrer e atualizar
o debate político acerca dessa imagem romana, oferecendo diversas possibilidades de analogias a
serem formuladas na contemporaneidade. Isso possibilitou abrir janelas para uma leitura mais
crítica da realidade política atual e de suas contradições. É com esse conceito que o autor nos leva a
pensar sobre vulnerabilidade concreta e como e em quais grupos humanos ela se manifesta. O
Homo Sacer diz respeito à vida “matável”, um sujeito que pode ter o direito à vida conjurado por
qualquer cidadão romano, desde que não seja morto em função de rituais religiosos. É uma vida que
sequer merece a morte em função do culto aos deuses. A condição de humanidade do Homo sacer é
questionada por Agamben, relacionando o Homo Sacer à condição de zoé.
∙ Resumos do XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia da UFU, IV Encontro de Pós-Graduação em Filosofia
da UFU e do II Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio, V. 13, n. 13, jun. 2019. ISSN 2358-615X ∙
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As ideias abstratas em Locke como solução para o problema dos universais
Danival Lucas da Silva (UFU)
Orientador: Marcos Seneda
Locke, em sua obra Ensaio acerca do entendimento humano, livro três, capítulo três, associa
as ideias abstratas à origem dos termos gerais que utilizamos em nossa linguagem comum, como,
por exemplo: pássaro, homem e árvore. Para ele, as ideias abstratas são suficientes para resolver o
problema dos universais, isto é, a antiga discussão sobre a origem dos gêneros e das espécies. Uma
vez que todas as coisas que existem são particulares, para Locke, as palavras se tornam gerais ao
serem tomadas como sinais para ideias gerais. Esta pesquisa foi desenvolvida com o objetivo de
aprofundar no estudo das ideias abstratas em Locke e em sua contribuição na busca de uma solução
para o problema dos universais. A apresentação será dividida em quatro partes: 1) Uma breve
exposição do problema dos universais e suas implicações para a história da filosofia; 2) Os pontos
principais da proposta de Locke em relação à origem das ideias abstratas; 3) Correlações entre essa
solução e outras propostas; 4) Críticas à posição de Locke, extraídas de dois artigos: Abstraction
and the Origin of General Ideas de Stephen Laurence e Eric Margolis; General ideas and the
knowability of essence: Interpretations of Locke's theory of knowledge.
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Hume e o ceticismo acerca do mundo
Dener de Souza Borges (UFPA)
Orientador: Luis Eduardo Ramos de Souza
O presente trabalho tem como objetivo analisar os principais argumentos do ceticismo de
David Hume contra a noção geral de existência do mundo e os argumentos apresentados pelos
filósofos para justificar objetos contínuo e distinto da mente. Será utilizado como fonte principal as
obras: Tratado da natureza humana (2009) e Investigações sobre o entendimento humano (2004).
Durante essa análise será examinada o pensamento humeano acerca da natureza das percepções,
mostrando ser sua conclusão contrária ao vulgo e ao sistema filosófico de sua época que buscou
justificar uma dupla existência: percepções e objetos externos, sendo esses responsáveis pelas
primeiras. Em seguida será apresentado o argumento de que a noção de existência continua e
distinta de objetos é uma forte crença que se fundamenta principalmente com as impressões
registradas na memória e ganham força por meio do hábito. Por fim será apresentado as causas,
como Hume demonstra, de um mundo contínuo e distinto da mente, mostrando que essas causas
não são suficientes para sustentar a crença em um mundo externo.
∙ Resumos do XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia da UFU, IV Encontro de Pós-Graduação em Filosofia
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A Diferença entre Noções Comuns e Abstrações na Ética de Espinosa: uma crítica às ideias de
transcendência, finalidade e dever
Diego de Carvalho Sanches (UFPA)
Orientador: Rafael Estrela Canto
O presente artigo tem como objetivo analisar a diferença estabelecida entre noções comuns e
abstrações no livro II da Ética de Espinosa e sua consequência para a crítica de concepções de
caráter ontológico, epistemológico e moral. Partindo do livro II da Ética, buscar-se-á explanar a
diferença entre noções comuns e abstrações e o seu papel na doutrina dos gêneros de conhecimento
de Espinosa. Em seguida, a partir da leitura de Lívio Teixeira, A doutrina dos modos de percepção e
o conceito de abstração na filosofia de Espinosa, será explicitada a maneira como o filósofo
valoriza o conhecimento a partir das noções comuns em detrimento do conhecimento por abstrações,
ou seja, a valorização do conhecimento racional em oposição ao conhecimento imaginativo
inadequado. E, por fim, a partir das leituras de Deleuze, Espinosa: filosofia prática e Espinosa e o
problema da expressão, almeja-se identificar como esta distinção entre noções comuns e abstrações
possibilita uma crítica, no âmbito do conhecimento, das ideias de transcendência, finalidade e dever.
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Os indígenas e o absurdo: uma análise da história dos nativos brasileiros a partir da filosofia
do absurdo de Albert Camus
Edon Teixeira de Castro (UFPA)
Orientador: Ivan Risafi de Pontes
O presente trabalho tem como proposta conectar a filosofia do absurdo de Albert Camus
com o processo de supressão das culturas indígenas - nativos brasileiros, que nos seus primórdios,
levavam uma vida consideravelmente livre e diante daquela perspectiva filosófica, uma vida que
fazia sentido. Abordaremos o contexto histórico, para observar o quanto a vida dos nativos
brasileiros se tornou progressivamente absurda, e de que forma se sucedeu. Analisaremos tais
momentos históricos, a partir da concepção do Absurdo de Albert Camus, que se encontra no seu
ensaio filosófico – O Mito de Sísifo, onde o autor argumenta a respeito daquelas que seriam as
características de uma vida absurda, uma vida ligada a atividades modernas mecanizadas pela
sociedade. Veremos como o absurdo exerceu uma grande consequência sobre os povos indígenas
brasileiros, que até os dias atuais sofrem com a desestruturação e reestruturação das suas culturas.
Por fim, este trabalho pretende elucidar de que forma a sociedade brasileira atual ainda carrega as
consequências de todo o absurdo imposto pelos europeus.
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Kant e Schiller: Pensar Estética Como Uma Contribuição Para a Vida Moral
Fabiana Carolina Dias (UFPA)
Orientador: Pedro Paulo da Costa Corôa
Nossa comunicação tem como objetivo mostrar a possibilidade de se reconhecer a
contribuição da experiência estética para a educação moral do homem, tendo por referência as
perspectivas de Immanuel Kant e Friedrich Schiller, tendo em vista, a aproximação que ambos
fazem entre sentimento estético e sentimento moral. Nesses dois pensadores há ideia de
desenvolvimento dos sentimentos para contribuir com os objetivos ditados pela razão prática. No
caso de Kant a ideia é dada pela percepção de que tanto por meio da estética quanto pela ética a
liberdade é o ponto principal, no primeiro caso para a criação e independência do juízo e, no
segundo, pela autonomia de nossas escolhas. Já para Schiller a efetivação dos mais elevados valores
morais só é possível por um aprimoramento, anterior, do nosso sentido estético, aproximando o
conceito de “Bela Alma” ao ideal ético. Os textos de base para essa exposição são Crítica da
Faculdade de Julgar, de Kant, e a Educação Estética do Homem, de Schiller.
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Filosofia e cinema: a angústia existencial heideggeriana pensada a partir de O Show de
Truman de Peter Weir
Gabriel Lima Silva (UFPA)
O homem, perdido em meio a uma existência inautêntica, refém da força de outrem, com a
degradação da própria identidade, é o que Peter Weir nos traz em O Show de Truman (1998). Esse é
o objeto da análise que proponho fazer no filme acima referido, tendo por referência Martin
Heidegger em Ser e Tempo, especialmente apoiado nos capítulos V e VI da Seção Primeira, onde
ocorre tal tematização. A reflexão incidirá sobre o sentido de uma existência inautêntica: o fato da
existência, o desenvolvimento da existência e a destruição do eu, demonstrando o quanto a mesma
representa uma prisão, que só poder ser superada com o enfrentamento da angústia, de onde provém
o impulso do Dasein para transpor e assumir sua autonomia. E, assim, na recusa de qualquer
predestinação e imposição, e atendo-se à busca do real existir, a angústia passa a ser destacada, na
presente comunicação, como necessidade para a liberdade.
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Condições do ensino de Filosofia nas escolas públicas em Feira de Santana e o impacto da
presença da UEFS
Gabriela Peixoto Oliveira Barbosa (UEFS)
Orientador: Malcom Guimarães Rodrigues
Pensar o ensino público no Brasil não é uma tarefa fácil, pensar o ensino dentro de uma
escola sucateada e sem infraestrutura é uma tarefa mais difícil ainda. O presente trabalho tem por
objetivo apresentar uma análise sobre a prática do ensino de Filosofia nas escolas públicas no
município de Feira de Santana na Bahia, bem como a relevância da atuação e contribuição do
PIBID e da Residência Pedagógica (PRP) nessas escolas. Ademais, caberá refletir sobre uma
proposta filosófica pedagógica, baseada em uma filosofia humanista e transformadora. Decerto, o
ensino de Filosofia nas escolas deve ser levado a sério. Parece-me que a Filosofia precisa ser
transformada numa experiência significativa e não ser reduzida apenas a uma teoria ou ser vista
como um fardo. Na verdade, a Filosofia precisa ser inserida no seio da Educação e só assim dará
bons frutos. É indispensável a preparação e capacitação do professor pra desenvolver o seu papel
com excelência e esse professor precisa encontrar caminhos de abordagens que possa impactar seus
alunos. Afinal, estes precisam serem estimulados para pensar a sua relação com o mundo e tudo o
que o cerca e perceber também de como a Filosofia pode contribuir nisso.
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  • 1. RESUMOS DO XIII ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM FILOSOFIA DA UFU, IV ENCONTRO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA DA UFU E DO II ENCONTRO DE PESQUISA EM FILOSOFIA NO ENSINO MÉDIO ISSN 2358-615X Junho de 2019 Volume 13 – número 13 IFILO - UFU
  • 2. ISSN 2358-615X Resumos do XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia da UFU, IV Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e do II Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio Volume 13 – número 13 Junho de 2019 IFILO – UFU Organizadores: Marcos César Seneda Fernando Tadeu Mondi Galine Henrique Florentino Faria Custódio Laís de Oliveira Franco Lilia Alves de Oliveira Lucas Guerrezi Derze Marques Revisores: Maryane Stella Pinto Michel Maywald Pedro Lemgruber Nascimento Thales Perente de Barros
  • 3. XIII ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM FILOSOFIA DA UFU, IV ENCONTRO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA DA UFU E DO II ENCONTRO DE PESQUISA EM FILOSOFIA NO ENSINO MÉDIO O Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) é um evento regular de pesquisa, que visa a fortalecer a inserção regional e nacional da comunidade filosófica representada pelos grupos e núcleos de pesquisa agregados ao Instituto de Filosofia (IFILO). O propósito do evento é a intensificação da integração dos estudantes – da graduação e da pós-graduação – e dos docentes e discentes do Ensino Médio com a comunidade filosófica nacional. Ao mesmo tempo, o evento pretende atuar decisivamente como fonte de incentivo para que os estudantes apresentem seus primeiros trabalhos e adquiram, por esse meio, um pouco da prática da produção de pesquisa especializada. Acentua nossa satisfação, ao organizá- lo anualmente, o fato de o evento ter se ampliado e se tornado uma mostra significativa do diversificado e consistente trabalho de pesquisa dos estudantes. No evento realizado em 2018, nós tivemos a participação de setenta e oito comunicadores e o envolvimento, como ouvintes, de aproximadamente duzentas e cinquenta pessoas. Neste ano, nós teremos a décima terceira edição do evento, realização que confirma o compromisso dos estudantes e do corpo docente do Instituto de Filosofia da UFU com a pesquisa e disseminação do saber filosófico. Será realizado também, concomitantemente com o XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia, o IV Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU, que recebeu contribuições significativas de pesquisadores de diversas universidades nessas suas três primeiras edições. Em 2018 foi ainda realizado o I Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio. Como essa experiência foi considerada deveras válida, em 2019 decidimos realizar o II Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio, com a apresentação de vinte e dois alunos que se prepararam para participar desse evento. É imensa a nossa satisfação em receber esses alunos no interior do evento de pesquisa, juntamente com os professores orientadores do Ensino Médio, que já têm coordenado mesas de apresentações nos anos anteriores. Esperamos, com essa experiência, incentivar a pesquisa no Ensino Médio, vindo a ampliar e consolidar a presença desses alunos nos próximos eventos. A conferência de abertura dos eventos deste ano será proferida por Maria Isabel Limongi, Professora da UFPR, que falará sobre o seguinte tema: “Poder social e autoridade política: sobre o realismo político de Maquiavel e seu legado (Harrington, Hume e Tocqueville)”. Essa conferência ocorrerá no dia 04 de junho de 2019 no auditório 5R-C e 5R-D. O presente caderno, portanto, apresenta o resultado de duas significativas mostras da pesquisa acadêmica nacional, às quais se soma o trabalho de pesquisa de estudantes do Ensino Médio, e pretende ser um incentivo para a produção de conhecimento filosófico e um veículo para a sua divulgação.
  • 4. ISSN 2358-615X Comissão Técnico-Científica: Ana Carolina Gomes Araujo (IFTM) Ana Gabriela Colantoni (UFG) César Fernando Meurer (PNPD/Filosofia – UFU) Dirceu Fernando Ferreira (IFTM) Evânio Márlon Guerrezi (UNIOESTE) Fillipa Carneiro Silveira (UFU) Helio Ázara de Oliveira (UFCG) Igor Silva Alves (UFU) Lucas Nogueira Borges (UFU) Marcos César Seneda (UFU) Marcio Tadeu Girotti (FATECE) Paulo Irineu Barreto Fernandes (IFTM) Comissão Técnica - Ensino Médio Adriano Geraldo Pinto (E.E.F.E.P.) Antônio F. Marques Neto (E.E.B.B.) Gustavo Rodrigues Rosato(E.E.F.A.C.) Hênia Laura F. Duarte (E.E.R.S. e E.E.S.J.T.- Araguari) Maria de Lourdes Seneda (E.E.P.A.L.B.) Paulo Irineu B. Fernandes (I.F.T.M.) Serginei V. Jerônimo (E.E.P.J.I.S.) Silvana Damasceno Costa (E.E.J.R.)
  • 5. Periodicidade: Anual INSTITUTO DE FILOSOFIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA (IFILO – UFU) Campus Santa Mônica - Bloco 1U - Sala 125 Av. João Naves de Ávila, 2.121 - Bairro Santa Mônica Uberlândia - MG - CEP 38408-100 Telefone: (55) 34 3239-4185 http://www.ifilo.ufu.br/
  • 6. Sumário II ENCONTRO DE PESQUISA EM FILOSOFIA NO ENSINO MÉDIO Alexandre Sidnei Santos Silveira...........................................................................................13 Ana Laura de Freitas Nascimento ..........................................................................................14 Ana Luiza de Freitas Nascimento ..........................................................................................15 André Luiz Vicente Silva .......................................................................................................16 Anna Luisa Pereira Fonseca...................................................................................................17 Kauanne Rodrigues Flores Mendes........................................................................................17 Daniel Henrique Fagundes Santos .........................................................................................18 Éviny Bernardes Barbosa.......................................................................................................19 Geovana Ferreira Borges Rodrigues ......................................................................................20 Igor Kauã Alberto Alexandre .................................................................................................21 João Lucas Vieira Nunes........................................................................................................22 José Pedro Campelo Neto ......................................................................................................23 Júlia Reis Novaes Silva..........................................................................................................24 Lorraynne Garcez Pinheiro Leal ............................................................................................25 Lucas Gustavo Terêncio Araújo .............................................................................................26 Marcus Vinícius Torres Silva .................................................................................................26 Luiza de Moura Castro...........................................................................................................27 Marianna Wagatsuma Eduardo ..............................................................................................28 Natália Martins Arantes de Araújo.........................................................................................29 Patrick Mendes Silva..............................................................................................................30 Robson Matheus Santos de Oliveira ......................................................................................31 Vinícius Oliveira Magalhães ..................................................................................................32
  • 7. XIII ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM FILOSOFIA DA UFU Adrian Castro Azevedo ..........................................................................................................34 Alan Barbosa Guimarães........................................................................................................35 Alberto Yuri Santos Peixoto...................................................................................................36 Aline Danielle Ferreira...........................................................................................................37 Alysson Lein ..........................................................................................................................38 André Luis Lindquist Figueredo ............................................................................................39 Andrey Augusto Fonseca Farias.............................................................................................40 Andrey Fonseca Andrade .......................................................................................................41 Ângelo Gabriel de Brito de Oliveira ......................................................................................42 Barbara Leandra porto Mota ..................................................................................................43 Bárbara Raffaelle Carvalho Santos ........................................................................................44 Belchior Alves da Silva..........................................................................................................45 Bruna Alexsandra Assis de Araújo.........................................................................................46 Bruno Belém ..........................................................................................................................47 Bruno Cesar Costa Ribeiro Mira............................................................................................48 Bruno César Cunha Cruz........................................................................................................49 Bruno de Novais Oliveira.......................................................................................................50 Clarice Melo Stabenow ..........................................................................................................51 Cláudio de Souza Menezes Júnior .........................................................................................52 Daniel Alves Rodrigues..........................................................................................................53 Danival Lucas da Silva...........................................................................................................54 Dener de Souza Borges ..........................................................................................................55 Diego de Carvalho Sanches....................................................................................................56 Edon Teixeira de Castro .........................................................................................................57 Fabiana Carolina Dias ............................................................................................................58 Gabriel Lima Silva .................................................................................................................59 Gabriela Peixoto Oliveira Barbosa.........................................................................................60 Gabrielle Fernandes Martins..................................................................................................61 Gabryella Couto Ferreira Pacheco .........................................................................................62 Gessé Miranda Celestino dos Santos .....................................................................................63
  • 8. Giovana Andrade Zanotto ......................................................................................................64 Gleusson Alves Neves Junior.................................................................................................65 Guilherme Carmona Rezende Silva.......................................................................................66 Helton Lima Soares................................................................................................................67 Ian Abrahão Oliveira ..............................................................................................................68 Ian Ademir Rego Gomes........................................................................................................69 Israel Henrique Cavalcante Mendonça ..................................................................................70 Ítalo Pereira do Prado.............................................................................................................71 Ival de Andrade Picanço Neto................................................................................................72 Jefferson Borges Ferreira .......................................................................................................73 Jessica Thainá Ribeiro Viana .................................................................................................74 João Gabriel Moraes De Souza..............................................................................................75 Jorge Luís da Silva .................................................................................................................76 José Carlos Marra...................................................................................................................77 Laís de Oliveira Franco..........................................................................................................78 Leonardo Yuri da Cruz Brandão.............................................................................................79 Letícia Palazzo Rodrigues......................................................................................................80 Lorena Moreira Pinto .............................................................................................................81 Luã Mateus Rocha Gonçalves................................................................................................82 Luana Chuq de Jesus..............................................................................................................83 Lucas Cabral Ferraz de Lima .................................................................................................84 Lucas Guerrezi Derze Marques..............................................................................................85 Lucas Hernandes de Almeida.................................................................................................86 Lucas Igreja Pereira................................................................................................................87 Lucca Fernandes Barroso.......................................................................................................88 Ketlin da Silva Gonçalves......................................................................................................89 Malu Marinho da Silva...........................................................................................................90 Maria Clara Alves Cabral.......................................................................................................91 Marina Barbosa Sá .................................................................................................................92 Michel Pinheiro de Siqueira Maywald...................................................................................93 Nelson Perez de Oliveira Junior.............................................................................................94 Nhadilla Gomes de Caldas Silva............................................................................................95
  • 9. Nicolle Ferreira da Silva ........................................................................................................96 Olívia Lagua de Oliveira Bellas Fernandes............................................................................97 Paulo Vitor Pinho de Siqueira ................................................................................................98 Paulo Vitor De Souza Queiroz ...............................................................................................99 Pedro Lemgruber Nascimento..............................................................................................100 Pedro Marques Cintra...........................................................................................................101 Públio Dezopa Parreira.........................................................................................................102 Rafael Batista Lopes de Oliveira..........................................................................................103 Rafael Miranda Gonçalves...................................................................................................104 Raphael Souza Borges Junior...............................................................................................105 Rodrigo Ferreira Andrade.....................................................................................................106 Sabrina de Cássia Alencar Gonçalves ..................................................................................107 Shayane Vitoria Silva...........................................................................................................108 Stefany Caroline Pantoja Amorim........................................................................................109 Stieven Max dos Santos Nascimento ...................................................................................110 Suellen Lima ........................................................................................................................ 111 Taila de Abreu Ribeiro .........................................................................................................112 Victor Hugo Amaro Moraes de Lima...................................................................................113 Victor Lucas Caixeta ............................................................................................................114 Vinicius Henrique Silva Franco ...........................................................................................115 Vinicius Williams Silva........................................................................................................116 Vitor Hugo Rebelo da Silva .................................................................................................117 Yohan Brendo Nunes de Albuquerque .................................................................................118 IV ENCONTRO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA DA UFU Ana Lúcia Feliciano .............................................................................................................120 Anderson Alves Esteves.......................................................................................................121 Arthur Falco de Lima ...........................................................................................................122 Breno Machado Viegas ........................................................................................................123 Breno Tannús Jacob..............................................................................................................124 Bruno Cesar Costa Ribeiro Mira..........................................................................................125
  • 10. Carlos Eduardo Nicodemos..................................................................................................126 Cristiano Rodrigues Peixoto ................................................................................................127 Dayana Ferreira de Sousa.....................................................................................................128 Diego de Souza Avendano....................................................................................................129 Douglas de Melo Ferreira Torquato .....................................................................................130 Eduardo Leite Neto ..............................................................................................................131 Elizaura Maria Alves da Silva Rihbane................................................................................132 Fabio Julio Fernandes...........................................................................................................133 Fernando Tadeu Mondi Galine.............................................................................................134 Flávio Vieira Curvello..........................................................................................................135 Henrique Florentino Faria Custódio.....................................................................................136 Juliana Paola Diaz Quintero.................................................................................................137 Luciano Gomes Brazil..........................................................................................................138 Marco Aurélio Martins Rodrigues........................................................................................139 Mauro Sérgio Santos da Silva ..............................................................................................140 Rosana Rodrigues de Oliveira..............................................................................................141 Samantha Lau Ferreira Almeida Faiola................................................................................142 Maurício Fernando Pitta.......................................................................................................143 Pierre Tramontini..................................................................................................................144 Vítor Hugo dos Reis Costa...................................................................................................145 João Batista Freire................................................................................................................146 Fabiense Pereira Romão.......................................................................................................147 Felipe Ribeiro.......................................................................................................................148 Gesiel Borges da Silva .........................................................................................................149 José Carlos Souza Ferreira...................................................................................................150 Henia Laura de Freitas Duarte .............................................................................................151 Lorena Fernandes Magalhães...............................................................................................152 Luiza Tornelli Aguiar ...........................................................................................................153 Marcelo Rosa Vieira.............................................................................................................154 Marco Tulio Cunha Vilela....................................................................................................155 Maryane Stella Pinto ............................................................................................................156 Natália Amorim do Carmo...................................................................................................157
  • 11. Pablo Henrique Santos Figueiredo.......................................................................................158 Philippe Vieira Torres dos Santos ........................................................................................159 Suellen Caroline Teixeira .....................................................................................................160 Yasmim Sócrates do Nascimento.........................................................................................161
  • 12. ∙ Resumos do XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia da UFU, IV Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e do II Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio, V. 13, n. 13, jun. 2019. ISSN 2358-615X ∙ 12 II ENCONTRO DE PESQUISA EM FILOSOFIA NO ENSINO MÉDIO
  • 13. ∙ Resumos do XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia da UFU, IV Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e do II Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio, V. 13, n. 13, jun. 2019. ISSN 2358-615X ∙ 13 A filosofia apresentada pela cultura pop Alexandre Sidnei Santos Silveira (Escola Estadual Frei Egídio Parisi) Orientador: Adriano Geraldo Pinto Durante a juventude, alguns podem desenvolver um sentimento de dúvida e confusão que já não existiam desde a infância. Alguém nessa fase, que se afunda em questionamentos sobre seu meio e existência pode, eventualmente, envelhecer, conformando e desviando-se de tais pensamentos. Então, tornam-se adultos vazios das dúvidas e de suas repostas. Há, por outro lado, aqueles que acabam por encontrar alívio nas respostas em um lugar: a filosofia. A filosofia é um estudo que esclarece e organiza, de forma racional, tudo aquilo que nos envolve. Contudo, como pode ser introduzida para pessoas em um período tão hiperativo e apático que é a adolescência? A educação do ensino médio vem tentando fazê-la e consegue. Ainda assim, há aqueles alunos que não desenvolvem interesse pela matéria ou aqueles que simplesmente decoram para prova e depois esquecem. Talvez, o modelo antiquado de educação não consiga transmitir tudo o que a filosofia tem a oferecer, pelo menos não de forma "interessante". Ao mesmo tempo, não é difícil perceber o interesse da juventude em conteúdos com possíveis cargas filosóficas, como filmes, séries, jogos etc. Muitas dessas obras possuem conteúdos filosóficos que podem ser introduzidos de forma lúdica e interessante.
  • 14. ∙ Resumos do XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia da UFU, IV Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e do II Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio, V. 13, n. 13, jun. 2019. ISSN 2358-615X ∙ 14 Sartre e as escolhas na perspectiva dos RPG's Ana Laura de Freitas Nascimento (Escola Estadual Frei Egídio Parisi) Orientador: Adriano Geraldo Pinto A liberdade foi teorizada de diversas maneiras ao longo da história da filosofia, este trabalho pretende discutir o conceito de liberdade em Sartre que está diretamente ligado às escolhas. Porém, a concepção de liberdade do filósofo difere do senso comum que pensa a liberdade de maneira ilimitada. As escolhas nas reflexões de Sartre possuem uma limitação, pois, existem interferências e obstáculos nas nossas escolhas que independem de nós. Apesar disso, há ainda escolha e liberdade, porque, ainda que haja um número possível de decisões, algo será escolhido. Com isso, faremos uma relação entre a filosofia de Sartre e os famosos RPG’s ou Role-playing game, que são jogos onde nos dão liberdade para escolher ou talvez um livre-árbitrio. Utilizaremos aqui o jogo Detroit Become Human, desenvolvido pela Quantic, um jogo de ação e aventura, onde suas escolhas são cruciais, até a escolha de uma simples bandeira pode mudar o rumo da história, no desenrolar do game as escolhas vão ficando cada vez mais difíceis, cada vez ficamos mais próximos da liberdade. Mostraremos aqui como o conceito de liberdade da filosofia existencialista presentes nas obras de Sartre está presente nesses jogos.
  • 15. ∙ Resumos do XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia da UFU, IV Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e do II Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio, V. 13, n. 13, jun. 2019. ISSN 2358-615X ∙ 15 Aristóteles e a sua visão sobre a Katharsis na Arte Ana Luiza de Freitas Nascimento (Escola Estadual Frei Egídio Parisi) Orientador: Adriano Geraldo Pinto Neste trabalho apresentaremos uma discussão que aparece desde os filósofos clássicos sobre o que seria a katharsis e como ela pode interferir na consciência do ser humano por meio da arte. Muitos filósofos, como Platão, tinham opiniões desfavoráveis sobre a arte ou mímeses, imitações como eram chamadas as artes tanto representativas da tragédia e comédia da época, como também a poesia, esculturas entre outros, considerando-a algo falso que corrompia a sociedade grega. Para alguns filósofos as pessoas agiam sob influência dessas imitações, ou seja, muitas pessoas eram induzidas pela arte, mesmo que esta fosse imoral e violenta. Contrariando as ideias desses filósofos, Aristóteles não era tão pessimista em relação à mimese, o filósofo considerava a arte mais forte até mesmo que a história, onde a primeira não tem delimitações de possibilidades. Segundo Aristóteles, ao assistir uma tragédia somos afetados por sentimentos que podem ser positivos ou negativos. Portanto, através da compaixão e do temor passamos por uma espécie de “purificação”, não só da alma, mas também do corpo. Aqui elucidaremos os conceitos de mímese e catarse na filosofia aristotélica, com o objetivo de mostrar a importância da arte na vida humana, para isso utilizaremos a obra Poética de Aristóteles.
  • 16. ∙ Resumos do XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia da UFU, IV Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e do II Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio, V. 13, n. 13, jun. 2019. ISSN 2358-615X ∙ 16 Inteligência Artificial e a Filosofia da Mente: Muito mais que Robôs André Luiz Vicente Silva (IFTM) Orientador: Paulo Irineu Barreto Fernandes Este trabalho apresenta resultados de uma pesquisa sobre Filosofia da Mente e Automação, com destaque para Inteligência Artificial, Robótica, Lógica (Portas Digitais) e Cognição, a partir do seguinte problema: desde as primeiras experiências com automação e inteligência artificial, filósofos, entendidos como teóricos, e cientistas, entendidos como práticos, enfrentam dificuldades no desenvolvimento de modelos autônomos em relação ao pensamento e à decisão, propondo a questão: “máquinas podem pensar?”. Porém, o ser humano, em condições razoáveis, pode tomar decisões autônomas, de pensamento e ação. Que condições presentes nos humanos os tornam especiais em relação aos autômatos e como a cognição humana pode servir de parâmetro para máquinas, robôs e modelos de automação? A pesquisa demonstrou que a inteligência do ser humano se dá na sua capacidade de aprender, levando em consideração as experiências passadas e informações sobre o seu contexto social, tomando decisões coerentes e levando em conta seu lado irracional, o que nos leva a estudos sobre a singularidade do indivíduo. Nos desdobramentos do pensamento e do raciocínio lógico se encontram, também, questões mais profundas, como: “Máquinas têm sentimentos?” ou “Máquinas identificam mais que padrões?”. São perguntas que aproximam mais a Filosofia da Mente e a Inteligência Artificial, entrelaçando-as em um estudo comum.
  • 17. ∙ Resumos do XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia da UFU, IV Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e do II Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio, V. 13, n. 13, jun. 2019. ISSN 2358-615X ∙ 17 Filosofia da Mente e Inteligência Artificial: Os Humanos e o medo do domínio das máquinas Anna Luisa Pereira Fonseca (IFTM); e Kauanne Rodrigues Flores Mendes (IFTM) Orientador: Paulo Irineu Barreto Fernandes Este trabalho apresenta uma relação entre Filosofia e Inteligência Artificial, e propõe a questão: “os humanos temem um possível domínio das máquinas?”. Mais do que responder, o trabalho procura estudar a maneira como esse sentimento aparece em diferentes formas de expressão humanas, como literatura, filosofia e ficção científica. Uma evidência desse temor está na formulação das “três leis da robótica”, no livro “Eu, Robô”, de I. Asimov, cujo objetivo é promover uma convivência pacífica entre humanos e máquinas: 1) um robô não pode ferir um humano ou permitir que um humano sofra algum mal; 2) os robôs devem obedecer às ordens dos humanos, exceto nos casos em que tais ordens entrem em conflito com a primeira lei; 3) um robô deve proteger sua própria existência, desde que não entre em conflito com as leis anteriores. Outra evidência do medo do domínio das máquinas pode ser encontrada em obras como Matrix e 2001, nos quais os humanos são controlados ou ameaçados por suas criações. Como a Filosofia nos auxiliou nessa pesquisa? As inferências iniciais conduzem à seguinte reflexão: o medo do domínio das máquinas é um desdobramento do medo do desconhecido e também um reflexo do desconhecimento de si mesmo.
  • 18. ∙ Resumos do XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia da UFU, IV Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e do II Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio, V. 13, n. 13, jun. 2019. ISSN 2358-615X ∙ 18 A relação do imperativo categórico de Kant e a cultura da corrupção no Brasil Daniel Henrique Fagundes Santos (Escola Estadual Messias Pedreiro) Este trabalho tem como objetivo relacionar o “Imperativo Categórico” exposto na “Crítica da Razão Prática” de Kant e a cultura de corrupção que perpassa a política brasileira. O autor aborda na obra citada uma relação entre o agir moral e uma lei universal que o orienta. Tal lei diz que toda ação moral deve ser capaz de ser universalizada, ou seja, qualquer outro ser humano, em qualquer outro lugar, nas mesmas circunstâncias, pode tomar uma mesma ação. Nesse sentido, podemos fazer uma ligação com a cultura de corrupção no Brasil, que vai além, podemos dizer, dos prédios de governo. Muitas vezes, desconsideramos os delitos individuais e dizemos que a corrupção é restrita aos nossos representantes políticos. A partir da compressão da ética kantiana, podemos notar que os problemas no agir moral se estendem ao povo também, daí a noção de “cultura da corrupção”. Se as ações individuais não se orientam de acordo com a lei universal kantiana, é evidente que isso se reflete no campo da política também. Ou seja, todo agir moral deve ser capaz de ser universalizado e, portanto, as ações de toda a população devem ser levadas em consideração.
  • 19. ∙ Resumos do XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia da UFU, IV Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e do II Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio, V. 13, n. 13, jun. 2019. ISSN 2358-615X ∙ 19 Meio ambiente Éviny Bernardes Barbosa (Escola Estadual Frei Egídio Parisi) Orientador: Adriano Geraldo Pinto Neste trabalho mostraremos a importância do meio ambiente em nossas vidas e correlacionaremos com o pensamento do filósofo Baruch Espinosa. Em sua teoria monista ele afirma que tudo é constituído da mesma substância, assim, absolutamente tudo é natureza, igualando também seu significado de Deus à natureza imanente. Faremos um paralelo desse monismo com o descaso do ser humano que se enxerga separado da natureza e o descaso ecológico nos dias atuais. Na atualidade há pouco cuidado com o meio-ambiente, problemas como o desmatamento e a poluição são agravantes, apesar de nossa sobrevivência depender do oxigênio proveniente da fotossíntese das plantas e a água constituir 75% do nosso corpo, a sociedade de consumo que vivemos não é sustentável. O objetivo deste trabalho é uma possível relação entre o monismo espinosiano e o cuidado com o meio ambiente, essa associação é possível já que ao igualar a natureza ao todo e a Deus, o ser humano é também essa natureza imanente e ao destruir o mundo à nossa volta essa destruição se volta para nossa existência. A partir disso, suscitaremos a importância de uma mudança nas nossas ações para com a natureza.
  • 20. ∙ Resumos do XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia da UFU, IV Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e do II Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio, V. 13, n. 13, jun. 2019. ISSN 2358-615X ∙ 20 A morte na visão filosófica socrático-platônica Geovana Ferreira Borges Rodrigues (Escola Estadual Frei Egídio Parisi) Orientador: Adriano Geraldo Pinto O trabalho propõe demostrar a morte e suas concepções na visão socrático-platônica, na qual a morte é um alicerce, pois, permite a ruptura do ser matéria para a conquista do conhecimento genuíno e liberto na sua forma mais autêntica presente na alma. No mundo físico a alma está constantemente inquieta e agitada por estar sempre ligada ao corpo e aos bens materiais, mas quando vincula a si no ato mais puro, vão-se as angústias, e o espírito conquista a sabedoria. Em Apologia de Sócrates, de autoria de Platão, é suscitada por Sócrates a questão de uma vida sem filosofia, nesse ponto o mesmo demonstra que é preferível a morte a viver sem pensamentos reflexivos. Assim, surge um questionamento na defesa socrática que será o objetivo desse trabalho: seria a morte o maior dos bens? A resposta a essa pergunta será uma relação feita entre a morte e a imortalidade da alma presente em Fédon de Platão. Com isso, apontaremos possíveis reflexões sobre autoconhecimento presente na frase “Conhece-te a ti mesmo” e o filosofar para a morte, uma vez que a filosofia socrático-platônica prioriza a alma e não a vida físico-corporal.
  • 21. ∙ Resumos do XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia da UFU, IV Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e do II Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio, V. 13, n. 13, jun. 2019. ISSN 2358-615X ∙ 21 Possibilidades e limites do conhecimento humano Igor Kauã Alberto Alexandre (Escola Estadual São Judas Tadeu) Orientadora: Henia Laura de Freitas Duarte O objetivo deste trabalho é mostrar a preocupação da filosofia com o problema do conhecimento. Desde o início da Filosofia, a preocupação com o conhecimento foi constante, tanto que desde Demócrito, que desenvolveu uma teoria sobre o ser ou sobre a natureza, o conhecimento está presente. E, por esse motivo, funda-se uma Teoria do Conhecimento; isso é, uma construção intelectual para explicar o conhecimento. Neste trabalho iremos comparar a teoria do conhecimento de Locke e a de Descartes. A dúvida cartesiana radical leva inicialmente à negação da existência dos corpos e a elaboração da primeira certeza: a existência do eu ou da res cogitans – “Penso, logo existo”. Era com ela que Descartes pretendia construir as bases do conhecimento seguro. Locke, por sua vez, se apoiava na existência das coisas exteriores aos seres humanos, evidenciada pelo fato de elas os afetarem, causando-lhes ideias. Posto isso, responderemos as seguintes questões: Quais são as possibilidades e os limites do conhecimento humano? De que certeza podemos partir para iniciarmos uma investigação científica? Seria possível o conhecimento adquirido pelos sentidos ser considerado verdadeiro?
  • 22. ∙ Resumos do XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia da UFU, IV Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e do II Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio, V. 13, n. 13, jun. 2019. ISSN 2358-615X ∙ 22 “Virtù” e “Fortuna”: a importância destes conceitos na filosofia política maquiaveliana João Lucas Vieira Nunes (Escola Estadual Felisberto Alves Carrijo) Orientadora: Laís Oliveira Rios, Gustavo Rodrigues Rosato O objetivo deste trabalho é, em primeiro lugar, explicitar os conceitos de “Fortuna” e “Virtú”, utilizados pelo filósofo italiano do século XV, Nicolau Maquiavel, em sua obra O Príncipe, publicada em 1531. Segundo o filósofo, “Fortuna” é o destino, ou seja, o curso dos acontecimentos e, em contraposição, ele emprega o conceito de “Virtú”. “Virtù” pode ser entendida em dois sentidos, em primeiro simplesmente como uma habilidade natural que pode ser empregada de modo geral para lidar com o destino, mas também como “Virtú” política, que é a habilidade necessária ao príncipe para dominar sua “Fortuna” e pode ser compreendida como um complexo de força, vontade e astúcia usado com o intuito de manter a situação sempre a seu favor para garantir a permanência Estado. Após a explicitação destes conceitos, eles serão utilizados para que seja possível a compreensão da postura que o filósofo considera adequada para o príncipe, meio necessário para a realização do ideal político maquiaveliano que, por fatores históricos apresentados pelo autor, se baseia na república romana e almeja liberdade, a manutenção dos bons costumes e, por fim, o objetivo de garantir permanência do Estado.
  • 23. ∙ Resumos do XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia da UFU, IV Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e do II Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio, V. 13, n. 13, jun. 2019. ISSN 2358-615X ∙ 23 A Defesa de Sócrates José Pedro Campelo Neto (Escola Estadual Bueno Brandão) Orientador: Antônio Marques O objetivo principal desta comunicação é analisar as circunstâncias que levou Sócrates ao julgamento. Ele foi um dos principais filósofos que já existiu, e com sua sabedoria trouxe ao mundo um novo modo de conhecer. Iremos estudar como foi o processo de seu julgamento e entender a razão pela qual Sócrates não aceitou um advogado. Durante esse desenvolvimento, faremos observações sobre o método de sua defesa, e como o filósofo confrontou seus acusadores. Verificaremos também se foi usada a ironia, maiêutica e aporia, que são características de sua filosofia para o autoconhecimento. Iremos concluir esta comunicação analisando as consequências da sua escolha em ser o seu próprio defensor. Como o julgamento afetou aos cidadãos que estavam acompanhando, qual eram suas reações. Se houve manifestações de apoio ou repulsa por alguém da platéia ao ser deferida a sua sentença. E por fim a decisão de Sócrates diante a sua sentença, além de uma análise do seu discurso.
  • 24. ∙ Resumos do XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia da UFU, IV Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e do II Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio, V. 13, n. 13, jun. 2019. ISSN 2358-615X ∙ 24 Santo Agostinho e a busca pela felicidade Júlia Reis Novaes Silva (Escola Estadual Frei Egídio Parisi) Orientador: Adriano Geraldo Pinto Neste trabalho buscamos a relação entre a filosofia cristã e a felicidade, este foi baseado na obra Confissões de Santo Agostinho, filósofo da época Medieval da fase conhecida como Patrística. Para o filosofo, a motivação de filosofar é encontrar a felicidade e transcender seus próprios limites. Em questão, a filosofia não é considerada uma disciplina prática para os problemas do mundo, mas sobre a procura humana pela beatitude, pois a felicidade que se busca em sua teoria é eterna e proveniente das coisas divinas. Sobre a beatitude, ela é encontrada nas sagradas escrituras como ato de fé. Portanto, há um embate entre fé e razão, Agostinho tenta conciliar as duas, porém, a fé é sempre superior à razão e a última serviria somente como auxiliar na busca pelas verdades eternas da alma. O ensinamento sobre a fé tem obstáculos como a verdade e razão (a filosofia), isto é, ainda que a fé não possa ser demonstrada, pode ser explicada pelo crer, tarefa que cabe á razão. O objetivo desse trabalho então é explicar a concepção de felicidade através da beatitude no pensamento cristão e distingui-la da felicidade passageira do corpo a partir da leitura das reflexões de Santo Agostinho.
  • 25. ∙ Resumos do XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia da UFU, IV Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e do II Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio, V. 13, n. 13, jun. 2019. ISSN 2358-615X ∙ 25 FILO (AMOR) Lorraynne Garcez Pinheiro Leal (Escola Estadual Bueno Brandão) Orientador: Antônio Marques Nesta apresentação tenho a satisfação e o foco de lhes mostrar um pouco sobre FILO que traremos aqui no sentido de amor, hoje, usamos a palavra amor para demonstrar o nosso afeto pela namorada (o), pelo amigo, parente, etc. O amor é o combustível que alimenta a alma humana. Nascemos para amar e ser amados. Não apenas no sentido romântico, pois existem basicamente três tipos de amor: FILÉO, EROS e ÁGAPE. Ao decorrer do texto tenho como objetivo explicar cada um desses tipos de amor, trazer alguns ensinamentos a respeito e falar um pouco do livro “Pra Lá do Fim do Mundo" de Larry McMurtry, um livro onde diz muito mais do que sobre o amor de um homem e uma mulher, a autora retrata a respeito de diferentes tipos de paixões: pelos amigos, pelo trabalho, pela vida. Pois afinal de contas, é possível se apaixonar diariamente por quem somos, pelo que fazemos, por amigos, colegas, pelo (a) crush da escola e assim por diante e não sinta a obrigação de se apaixonar por ninguém, pois ela não existe, trago em mente o objetivo de fazê-los com que se sintam livres para amarem quem quiser a hora e quando desejarem.
  • 26. ∙ Resumos do XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia da UFU, IV Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e do II Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio, V. 13, n. 13, jun. 2019. ISSN 2358-615X ∙ 26 Infinite Regression: O Problema Ontológico em Platão e os conceitos de Corpo e Alma, a partir da análise de uma obra de ficção Lucas Gustavo Terêncio Araújo (IFTM) Marcus Vinícius Torres Silva (IFTM) Orientador: Paulo Irineu Barreto Fernandes O objetivo deste trabalho é apresentar os primeiros resultados de uma pesquisa realizada em duas partes. 1) O estudo da relação entre os conceitos de corpo de alma, em Platão, com os termos hardware e software, na computação. Para Platão, o corpo é a prisão da alma. A alma, por sua vez, contém o verdadeiro conhecimento. Hoje, tais conceitos de corpo e alma admitem uma comparação com os conceitos de hardware e software, na computação. Pois o hardware é o corpo de uma máquina, responsável pela sua estrutura concreta; e o software é a parte lógica, cuja função é enviar instruções. 2) A análise do filme Infinite Regression [WoW, 2010], como exemplo de aplicação, no campo da arte audiovisual, das ideias desenvolvidas originariamente por Platão, mas que encontram repercussão nas indagações ontológicas da atualidade, sobre a natureza e o estatuto da realidade. O filme propõe a hipótese de que uma realidade pode ser elaborada eletronicamente e que seria possível tomar por real um mundo, do ponto de vista ontológico, não necessariamente real, mas logicamente verossímil. Conclui-se que, mesmo nessas circunstâncias, o ato do pensar autônomo seria o legítimo exercício de aproximação da realidade, que supera os enganos dos sentidos.
  • 27. ∙ Resumos do XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia da UFU, IV Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e do II Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio, V. 13, n. 13, jun. 2019. ISSN 2358-615X ∙ 27 Hobbes e Foucault: a coerção como tecnologia social Luiza de Moura Castro (Escola Estadual José Ignácio de Sousa) Orientador: Serginei Vasconcelos A desconfiança que os homens têm uns dos outros, juntamente com a competição e a glória, são as causas da discórdia, que levam à guerra. A desconfiança leva os homens a atacar primeiro com medo de serem atacados, e juntamente com a competição e a glória são as causas da discórdia, que levam à guerra. Isso nos leva à defesa de Hobbes de um contrato em que todos os direitos são transferidos ao soberano e este detém o poder de fazer as leis. Porém, mesmo estabelecendo tal contrato, é preciso da espada, isto é, da força, que certifica que essas leis serão cumpridas, já que, segundo ele: “Pactos, não passando de palavras e vento, não têm força para obrigar, dominar, constranger ou proteger ninguém, a não ser a que deriva da espada pública”. Do contrário voltariam ao estado de guerra, “se não for instituído um poder suficientemente grande para nossa segurança, cada um confiará apenas em sua própria força como proteção contra todos os outros”.
  • 28. ∙ Resumos do XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia da UFU, IV Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e do II Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio, V. 13, n. 13, jun. 2019. ISSN 2358-615X ∙ 28 A política desenvolvida na Grecia antiga e a política desenvolvida no Brasil Marianna Wagatsuma Eduardo (Escola Estadual Frei Egídio Parisi) Orientador: Adriano Geraldo Pinto O presente trabalho tem por finalidade estabelecer uma relação entre a democracia direta praticada na Grécia Antiga e a democracia indireta desenvolvida nos dias atuais no Brasil, abordando a contribuição dos sofistas para os debates e o uso da razão. Os sofistas defendiam uma certa forma de relativismo, quer seja, não possuíam compromisso com a verdade absoluta, de modo que as circunstâncias do momento eram que determinavam esta ou aquela verdade. Eram conhecidos como “prostitutos do saber”, pois percorriam as cidades gregas vendendo seus ensinamentos. Utilizavam a exposição ou monólogo como método de ensino aos interessados. O principal objetivo desses ensinamentos era desenvolver em seus alunos as habilidades da retórica e da oratória, a fim de possibilitar sucesso nas discussões. Na Grécia Antiga, utilizava-se a razão como instrumento para tentar resolver questões políticas e sociais da Polis. As discussões e debates eram realizadas em praça pública, a Ágora, local este em que apenas uma pequena parte da população tinha o direito de participar. A democracia na Polis Grega era exercida de forma direta, ao passo que nos dias atuais a democracia é exercida indiretamente, por representatividade, de modo que a população elege seus representes por meio do voto.
  • 29. ∙ Resumos do XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia da UFU, IV Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e do II Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio, V. 13, n. 13, jun. 2019. ISSN 2358-615X ∙ 29 Julgamento Moral na Cultura Pop Natália Martins Arantes de Araújo (Escola Estadual José Ignácio de Sousa) Orientador: Serginei Vasconcelos A cada dia a sociedade é apresentada a novos modelos de cidadãos perfeitos, os famosos heróis. Esses heróis agem de maneira exemplar em qualquer que seja a situação, isso com o objetivo de inspirar os leitores a seguirem os seus pensamentos morais. Mas quem julga se as ações desses personagens são eticamente certas ou erradas? Com que base um indivíduo pode julgar a ação do próximo como “certa” ou “errada”? O princípio base da teoria ética de Peter Singer consiste no fato de as pessoas deverem considerar os interesses de todos os que estão/ serão envolvidos pelas suas ações morais, sendo que os interesses de todos devem ser igualmente respeitados. A universalização é a exigência de desconsiderar somente os números e se colocar no local do próximo, e levar em conta seus interesses, desejos e ideais. Ao vincular a universalização ao princípio de igualdade de consideração ele estabelece a base de sua teoria. Mas a pergunta é: esta ética funciona?
  • 30. ∙ Resumos do XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia da UFU, IV Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e do II Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio, V. 13, n. 13, jun. 2019. ISSN 2358-615X ∙ 30 Apolo e Dionísio: a dualidade humana em Nietzsche Patrick Mendes Silva (Escola Estadual Felisberto Alves Carrijo) Orientadoras: Laís Franco; Letícia Palazzo, Gabrielle Fernandes, Gustavo Rodrigues Rosato Friedrich Nietzsche foi um importante filósofo e filólogo alemão. Sua primeira obra foi “O Nascimento da Tragédia”, publicada em 1872, em qual ele propõe uma tese estética que se baseia nas características de dois deuses gregos: Apolo e Dionísio. Ele desenvolve os conceitos de apolíneo e dionisíaco, que pretendemos explicar nesta comunicação. O objetivo deste trabalho é demonstrar que Nietzsche utiliza esses conceitos para entender que o homem possui internamente uma disputa amigável entre esses dois lados fundamentais e ativos, ao contrário da dicotomia cristã, influenciada pelo pensamento platônico do mundo sensível e inteligível, entre o deus perfeito e os humanos pecadores. Tal dicotomia acaba por causar uma profunda infelicidade nos humanos, visto que estão negando parte da sua dualidade, a desordem ou dionisíaca, para almejar apenas a ordem, ou apolínea. Nietzsche nos diz também que caso ocorra o contrário, a valorização apenas do dionisíaco, os humanos ficariam infelizes da mesma forma. O modo ideal de vivermos, para Nietzsche, seria rejeitar todas as regras impostas por religiões, especialmente as do cristianismo, para estarmos em harmonia com a ordem e com a desordem que habita em cada um de nós.
  • 31. ∙ Resumos do XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia da UFU, IV Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e do II Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio, V. 13, n. 13, jun. 2019. ISSN 2358-615X ∙ 31 Não à Escola Sem Partido Robson Matheus Santos de Oliveira (Escola Estadual João Rezende) Orientadora: Silvana Damasceno Costa O projeto de lei “Escola sem partido” tem como objetivo principal, de acordo com as pesquisas que realizei, de informar e conscientizar os alunos de seus direitos, inclusive os que correspondem aos deveres do professor. Porém essa ideia não corresponde ao objetivo central desse projeto de lei, nem mesmo à sua aplicação, pois primeiramente era só conscientizar, agora passou a ser uma perseguição ao professor e uma limitação à sua forma de ensinar e formar o conhecimento dos alunos. Para fazer uma crítica a este meio de negação do conhecimento, usarei de duas grandes filosofias que são: a platônica e a kantiana. Usando as teorias filosóficas de Kant sobre sensibilidade, entendimento e ética, demonstrarei que o significado de Estado Laico é pluralidade e respeito a todos, não uma imparcialidade do professor dentro de sala de aula, e com o mito platônico da caverna vou mostrar que eles estão nos dando uma visão somente da sombra da “coisa”, e na verdade o que essa “coisa” é está bem distante da sombra mostrada por eles.
  • 32. ∙ Resumos do XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia da UFU, IV Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e do II Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio, V. 13, n. 13, jun. 2019. ISSN 2358-615X ∙ 32 Sobre Filosofia e Arte, Espanto e Beleza: Uma Introdução Vinícius Oliveira Magalhães (IFTM) Orientador: Paulo Irineu Barreto Fernandes Este trabalho apresenta uma reflexão sobre a presença da Filosofia nas manifestações artísticas em diferentes períodos do desenvolvimento da nossa cultura. A hipótese é: arte e filosofia se encontram no conceito de beleza e se desenvolvem juntas, embora de maneira nem sempre dependente uma da outra. A arte ajuda a compor nossa sociedade, entender o passado e proporcionar novas experiências, em suas distintas aplicações, que fornecem interpretações, experiências, formas e fins diferentes para cada época, envolvendo dimensões do comportamento humano, como afetividade, pensamento, criatividade e constituição física e mental. Se, em Platão, a arte era considerada cópia (mimesis) da cópia de um mundo ideal, em Aristóteles, as manifestações artísticas passam a ter o poder de ensinar a virtude. No período medieval, por sua vez, as manifestações artísticas, em sua maioria, expressam a relação com a divindade. A modernidade proporcionou maior liberdade às manifestações artísticas, na forma de autonomia e, a partir do Século XX, expressa em movimentos como o surrealismo e na massificação do produto artístico, como o cinema e a música popular. As inferências iniciais deste trabalho conduzem à seguinte reflexão: assim como a filosofia nasce do espanto, a arte renova incessantemente, em nós, esse mesmo espanto.
  • 33. ∙ Resumos do XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia da UFU, IV Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e do II Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio, V. 13, n. 13, jun. 2019. ISSN 2358-615X ∙ 33 XIII ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM FILOSOFIA DA UFU
  • 34. ∙ Resumos do XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia da UFU, IV Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e do II Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio, V. 13, n. 13, jun. 2019. ISSN 2358-615X ∙ 34 Razão & Isonomia & Isocrácia: As influências dos ideais políticos na filosofia grega Adrian Castro Azevedo (UFPA) Orientador: Celso Oliveira Vieira Tomo como suporte as ideias divulgadas nos livros "A Origem do Pensamento Grego" de Jean Pierre Vernant e nos primeiros volumes de "História da Grécia" de George Grote, obras que buscam explanar o contexto histórico e social da Grécia antiga, desde sua era de bronze até meados de seu período clássico, quando se obteve avanços significativos na racionalidade humana em diversas áreas do conhecimento. O objetivo será demonstrar a maneira como os conceitos de ‘Isonomia’, a igualdade perante a lei, e ‘Isocracia’, igualdade de poder político - gerados na sociedade grega no processo de formação da Polís pelos seus cidadãos - influenciaram o pensamento dos primeiros filósofos. Utilizando-se de uma análise do período grego presente nas obras já citadas, juntamente a uma interpretação de fragmentos e obras de filósofos da antiguidade grega, o artigo pretende evidenciar a manifestação desses ideais políticos na produção daqueles pensadores, como no respeito à lei da cidade em Heráclito (B44), na ética relativista de Protágoras e na Eudaimonia de Aristóteles. Por meio dessa explanação, propõe-se uma reflexão sobre até que ponto a filosofia consegue se distanciar do meio social; se pode ser alheia e inerte em relação à sociedade ou se a filosofia é inerente a ela.
  • 35. ∙ Resumos do XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia da UFU, IV Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e do II Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio, V. 13, n. 13, jun. 2019. ISSN 2358-615X ∙ 35 Algumas considerações sobre a Filosofia Trágica e o Teatro da Crueldade Alan Barbosa Guimarães (UFPA) Orientador: Rafael Estrela Canto O presente ensaio tem por objetivo relacionar o Teatro da Crueldade de Antonin Artaud e a Filosofia Trágica de Clément Rosset, pois consideramos que ambos tenham uma mesma intenção, a “terrorista”, isto é, uma inclinação a fazer aparecer o pior, enquanto uma maneira de acontecimentos no mundo, condição do trágico. Nesse sentido, a filosofia de Rosset nos direciona no debate para o pior, no terror das coisas inapreensíveis, trazendo o caos, o limite é mesmo um desastre humano e mundano presente em nossas vidas. Ora, pensar o trágico, a fim de associá-lo ao modo de expressão no Teatro da Crueldade, necessariamente nos leva a dizer que o corpo cênico seja capaz de carregar e causar afecções trágicas (por meio de compaixão e terror) no homem, excitá-los para o que classificamos como uma “metafísica das aparições”, que não é senão o encenar de conceitos, permitindo ao corpo falar e gritar, com a força da crueldade. Segundo Artaud, o problema não está no público (que pensa pelos sentidos), mas na maneira com que o teatro ocidental teria deixado de ser mágico e eficaz para trazer ao homem uma ilusão verdadeira do seu interior.
  • 36. ∙ Resumos do XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia da UFU, IV Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e do II Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio, V. 13, n. 13, jun. 2019. ISSN 2358-615X ∙ 36 As Relações do Corpo Propriamente Dito, o Cérebro e o Ambiente na Constituição da Mente, em uma Diretriz Emergentista Alberto Yuri Santos Peixoto (UFU) Orientador: Leonardo Ferreira Almada Esta comunicação pretende abordar a relação mente-corpo numa perspectiva emergentista da cognição. O principal foco é buscar compreender os fatores que contribuem na emergência da mente, entendendo o organismo na sua integralidade, situado no ambiente. Em outras palavras, pretendo defender mais especificamente: (i) uma noção de emergência na qual a corporeidade possui um papel de destaque na constituição da mente ou cognição, o que foi negligenciado ao longo do tempo pela maioria, que não considerava fundamental o papel do corpo na constituição da mente; (ii) o emergentismo é congruente com o naturalismo, ou seja, não fere o fechamento causal do mundo dado que processos emergentes existem no mundo natural; (iii) o ambiente e a ação do indivíduo no ambiente fazem parte de uma grande consideração feita nesta análise, pois o indivíduo é um ser em ação (en-ação), isto é, o indivíduo altera o ambiente e, em contrapartida, o ambiente altera o indivíduo.
  • 37. ∙ Resumos do XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia da UFU, IV Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e do II Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio, V. 13, n. 13, jun. 2019. ISSN 2358-615X ∙ 37 Discurso sobre as Ciências e as Artes em Rousseau: Os dilemas Ético-Morais na Atualidade Aline Danielle Ferreira (UFPA) Busca-se neste resumo o intuito de estabelecer uma discussão coerente em um futuro artigo e demarcar os principais argumentos de Rousseau envolvendo moral e ética à época da produção do discurso com a atual fase dos desenvolvimentos destes dilemas em nossa atualidade, assim como para os futuros anos da pós-modernidade, pondo em ênfase pontos de destaque primordiais nacionais e internacionais, tais como: os desenvolvimentos científicos em diversas áreas da atuação humana, cada vez mais em desenvolvimento formando pares de opostos com seus ganhos e perdas à sociedade; os avanços da internet como sendo “Terra de ninguém”, articulando situações de desvios éticos e vulnerabilidades sociais. Por último tópico, mas não menos importante, a consciência e o reconhecimento dos usos científicos reivindicados por grandes sistemas internacionais que fornece o progresso ou a degradação de um equilíbrio social. Os argumentos apresentados no Discurso fornecem dois pontos de polarização dos usos das ciências e das artes; porém, por mais que Rousseau estabeleça um critério agressivo ao uso dos dois tópicos, ele não sugere a eterna vivência isolada do humano em estado de natureza, e sim a compreensão de si próprio para relações mais favoráveis e equilibradas no ambiente social que se estabelece.
  • 38. ∙ Resumos do XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia da UFU, IV Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e do II Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio, V. 13, n. 13, jun. 2019. ISSN 2358-615X ∙ 38 A presença do sincretismo religioso nas imagens de alquimia: o caso do Mutus Liber Alysson Lein (UFU) Orientador: José Benedito de Almeida Júnior O objetivo deste trabalho é analisar o fenômeno do sincretismo religioso que se expressa por meio da linguagem simbólica das imagens alquímicas. Para tanto, faremos uma análise de algumas das imagens que compõem o Mutus Liber, demonstrando que há, na composição de imagens na alquimia, um sincretismo das religiões judaicas e cristãs e das religiões gregas e romanas. Para tanto, iremos apresentar algumas pranchas do Mutus Liber nas quais é possível identificar imagens que representam essas religiões. Como referência judaica, temos, no fronstispício, a cena bíblica do sonho de Jacó, em que ele adormece sobre uma pedra e sonha com a escada que ascende aos céus, com dois anjos tocando suas trombetas. Como referência cristã há, por exemplo, uma prancha na qual vemos um casal ajoelhado, direcionada àquilo que é conhecido como forno alquímico. Os deuses romanos Mercúrio e Saturno representam elementos alquímicos e se encontram também no Mutus Líber. Por fim, há uma possível referência a Hércules transcendendo seu corpo após a conclusão dos doze trabalhos, simbolizando a transformação daquele que conclui as etapas do processo alquímico.
  • 39. ∙ Resumos do XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia da UFU, IV Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e do II Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio, V. 13, n. 13, jun. 2019. ISSN 2358-615X ∙ 39 Espectros de experiências negativas e a transitividade da relação “melhor que”: incomensurabilidade, vagueza e moneypumps André Luis Lindquist Figueredo (UFU – CNPq) Orientador: Alcino E. Bonella Pretendo, nesta comunicação, explicitar o debate sobre o argumento de espectro proposto por Larry Temkin (2012). Mais especificamente, sobre o argumento de espectros que são compostos por alternativas que envolvem experiências negativas. Esse argumento se baseia na inconsistência entre 4 premissas/visões: (1) para qualquer experiência negativa, é melhor obtê-la do que uma outra que seja um pouco menos intensa, mas que dure significativamente mais; (2) existe um espectro contínuo de experiências negativas, que varia de experiências muito intensas e curtas, para experiências menos intensas e longas; (3) algumas dores são de tal intensidade que nunca será melhor trocá-las por dores bem menos intensas e mais duradouras; (4) a relação “melhor que”, all things considered, que relaciona as alternativas desse espectro, é transitiva. Para Temkin, há boas razões para abandonarmos (4) frente a essa inconsistência. Porém, Toby Handfield (2013) e Christopher Knapp (2007) argumentam que abandonar (4) acarretaria em deliberações cíclicas e, consequentemente, em money pumps, e que abandonar (1), por incomensurabilidade (Handfiled) ou vagueza (Knapp) de certas alternativas desse espectro, é a opção mais plausível para o raciocínio deliberativo sobre trocas de qualidade por quantidade (a que (1) e (3) dizem respeito).
  • 40. ∙ Resumos do XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia da UFU, IV Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e do II Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio, V. 13, n. 13, jun. 2019. ISSN 2358-615X ∙ 40 Uma análise sobre o conceito de Memória no pensamento de Agostinho de Hipona e Henri Bergson Andrey Augusto Fonseca Farias (UFPA) Orientador: Jonathan Molinari Este trabalho tem como objetivo analisar e demonstrar a importância do conceito de memória, expor a relação entre a memória, corpo e alma, levando em consideração o pensamento de Agostinho de Hipona sobre a faculdade da memória, trabalhado na sua obra Confissões, especificamente o livro X, pois para ele é na memória que se encontra tudo do homem, suas experiências passadas, tudo o que ele aprendeu, noção sobre o tempo, tudo em que ele acredita, tudo o que ele é; analisando também o conceito de memória no pensamento de Henri Bergson, a partir da obra Matéria e Memória, na qual se pensa a memória como um fenômeno que responde pela reelaboração do passado no presente, para ele a memória sempre está no presente, o passado sempre vem ao presente pela memória. Tendo como fundamento esses filósofos, tentarei em seguida demonstrar como a ideia de tempo possui uma significância na relação da memória com o corpo e a alma.
  • 41. ∙ Resumos do XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia da UFU, IV Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e do II Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio, V. 13, n. 13, jun. 2019. ISSN 2358-615X ∙ 41 Francis Bacon: Acerca da concepção de vitória sobre a natureza Andrey Fonseca Andrade (UFPA) Orientadora: Elizabeth de Assis Dias O presente estudo tem por objetivo analisar e discutir alguns trechos de obras de Francis Bacon que aludem à concepção de uma "Vitória sobre a Natureza", que frequentemente é mal interpretada por alguns autores, como se a mesma estivesse atrelada a uma noção pejorativa de domínio sobre a natureza por intermédio de técnicas, o que se traduziria em sua famosa fórmula "Saber é Poder". Teríamos então esta noção de progresso a qualquer custo, inclusive da destruição da própria natureza, bem próxima ao mau uso feito da ciência através dos tempos, mas que de modo algum pode ser confundido ou mesmo ser associado com a concepção do lorde chanceler. Para esclarecer tal concepção de vitória sobre a natureza e, por conseguinte, sustentarmos nossa hipótese, faz-se uso de alguns aforismos de sua obra magna, o "Novum Organum" bem como de alguns trechos de outras obras do autor, como: "Progresso do Conhecimento" (1605); "Sabedoria dos Antigos" (1609) e "Ensaios" (1597).
  • 42. ∙ Resumos do XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia da UFU, IV Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e do II Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio, V. 13, n. 13, jun. 2019. ISSN 2358-615X ∙ 42 Filosofia e cinema: A desumanização do artista segundo Guy Debord dentro de “Perfect Blue” Ângelo Gabriel de Brito de Oliveira (UFPA) Tomo como suporte as ideias divulgadas no livro “A sociedade do espetáculo” de Guy Debord (filósofo marxista francês e fundador do movimento situacionista) e o filme Perfect Blue de SatoshiKon (diretor japonês, responsável por algumas das maiores animações japonesas, como a já citada Perfect Blue e Paprika), obras que denunciam o processo predatório de desumanização do artista dentro do capitalismo, que objetifica seu ofício e sua obra, além de reduzi-lo a um mero reprodutor da vontade pública. O objetivo deste trabalho será analisar esse processo dentro do filme através da lente da protagonista Mima Kirigoe, que é vista como mero objeto após abandonar sua carreira musical para começar uma carreira na televisão, assim demonstrando a principal critica do filme à indústria e ao life style Idol, que, como espetáculo do capitalismo, apenas intensifica esta relação predatória. O artigo pretende evidenciar essa relação e este processo sob a luz do filósofo francês e, assim, chegar a uma raiz lógica desta problemática, por meio da interpretação da obra e da análise do cenário desta indústria dentro da sociedade japonesa, para enriquecer a análise do filme.
  • 43. ∙ Resumos do XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia da UFU, IV Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e do II Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio, V. 13, n. 13, jun. 2019. ISSN 2358-615X ∙ 43 A crítica de Antônio Gramsci à relação religião e Estado Barbara Leandra porto Mota (UFU) Orientadora: Maria Socorro Ramos Militão O presente trabalho, que se enquadra na área da Filosofia Política, almeja estabelecer pontos de intersecção filosófico-políticos a partir da questão religiosa, como elemento de conformação ideológica que emerge da teoria de Antônio Gramsci. O objetivo é investigar, a partir da obra gramsciana “A questão da religião”, qual é o paralelo existente entre a religião e o atual cenário político brasileiro. Cientes de que hoje há uma tentativa de resgate da relação entre religião e Estado, que remonta ao menos ao período moderno, julgamos importante investigar alguns pontos essenciais presentes na atual política nacional, em especial naqueles propostos pela chamada bancada evangélica. Busco uma forma de problematizar retrocessos e prejuízos nessa imersão religião/Estado/educação. A partir da ideia de Homeschooling, tema de grande discussão no cenário atual, pergunta-se: e as diferenças de perspectiva e de visão de mundo, serão erradicadas? É viável a vida privada atingir a vida pública, bem como já questionavam Baudelaire e Benjamin no final do século XIX e início do século XX? Enfim, essas questões relativas à educação que emergem da filosofia política e que necessitam, precisam ser reavaliadas, após cem anos. O método que norteará o estudo é a filosofia da práxis.
  • 44. ∙ Resumos do XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia da UFU, IV Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e do II Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio, V. 13, n. 13, jun. 2019. ISSN 2358-615X ∙ 44 A solidão como superação da decadence Bárbara Raffaelle Carvalho Santos (UFU - FAPEMIG) Orientador: José Benedito de Almeida Jr. Este trabalho tem como objetivo examinar a importância da solidão, principalmente na obra nietzschiana de maturidade Assim Falou Zaratustra (1883-1885). O argumento principal desenvolve a tese de que o ditirambo de solidão, forma como o próprio Nietzsche define o Zaratustra em sua autobiografia Ecce Homo (1888), seria um fator central para a superação da decadência da moral, através do ritmo e das canções na terceira parte da obra. Desta forma, explicaremos a possibilidade de uma solidão transbordante e criadora como ultrapassagem da moral ressentida de rebanho. Elucidaremos que essa moral gregária leva consigo um instinto de vingança e envenenamento, pois carrega o “peso de gravidade” das imposições, sejam elas cristãs ou ético- políticas, que visam universalizar as ações humanas. Para Nietzsche, essa tentativa de homogeneizar os comportamentos ceifa todo o movimento e aleatoriedade presente na existência, porque para ele não há causalidade ou um sentido único. Então relacionaremos a solidão à grande saúde e à liberdade como forma de superação da doença presente no rebanho que nega a vida e a terra. Para desenvolvimento deste trabalho contaremos com a leitura direta da obra de Nietzsche, assim como de estudiosos para a interpretação de seu pensamento.
  • 45. ∙ Resumos do XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia da UFU, IV Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e do II Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio, V. 13, n. 13, jun. 2019. ISSN 2358-615X ∙ 45 Giambattista Vico e sua "autêntica" Filosofia da História Belchior Alves da Silva (UFU) Orientador: Sertório de Amorim e Silva Neto A "autêntica" Filosofia da História na teoria de Vico aponta para novos horizontes, em um campo de estudos ainda incipiente e sem outros autores que tivessem retratado da mesma forma o tema. O Autor assenta suas ideias no tempo presente, porém o seu grande trunfo está na revelação dos acontecimentos passados da história dos povos etruscos e jônios, em seus modos de vida e em suas trajetórias no tempo, formando aldeias e comunidades, no sentido de se constituírem os núcleos sociais. Para melhor fundamentar seu pensamento, Vico traz o relato da formação trinitária dos povos, que é composta por mitos, heróis e homens. O primeiro, os mitos, foco na transcendência do humano para o divino; o segundo, os heróis, destaque à saga dos seres geniais, conexão entre deuses e homens, capazes de revolver a terra e promover a formação social como modelo para o nosso tempo, e o terceiro, os homens, segundo Vico, os responsáveis pela história das nações. Vico se utiliza da "pena" como se esta fosse um arado sulcando a terra e desvendando "os tesouros" da humanidade, trazendo em cada "torrão" um acontecimento para ilustrar suas ideias de um modo novo de fazer ciência.
  • 46. ∙ Resumos do XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia da UFU, IV Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e do II Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio, V. 13, n. 13, jun. 2019. ISSN 2358-615X ∙ 46 Uma perspectiva filosófica do apagamento feminino Bruna Alexsandra Assis de Araújo (UFU) O presente trabalho tem como objetivo principal compreender o que fez com que a mulher ficasse anos luz atrás do homem em inúmeras áreas, como, por exemplo, na filosofia e na ciência, e como este apagamento do ser feminino na história possui, até hoje, imenso impacto na sociedade. Para tal, foi feita uma investigação em inúmeros casos históricos, em épocas distintas, como o de Lise Meitner e Medusa, visando compreender o que foi este apagamento e como ele serviu de fertilizante a um solo de desigualdades salariais em mesmos cargos e violência doméstica desenfreada. Ademais, é abordada também a forma com que este apagamento foi sendo modificado e, atualmente, se transformou em uma aversão ao feminino, tornando possível compreender frases odiosas destinadas a tal gênero e até mesmo casos de feminicídio. Para evidenciar essa aversão, são trabalhados autores como Francesco Petrarca que dentre suas produções intelectuais tornou bem evidente o quanto a mulher representava algo negativo e em como representaria uma grande melhora se dela fossem tiradas características básicas e naturais, como, por exemplo, a capacidade de gestar um filho.
  • 47. ∙ Resumos do XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia da UFU, IV Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e do II Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio, V. 13, n. 13, jun. 2019. ISSN 2358-615X ∙ 47 Nick Land, leitor de Heidegger Bruno Belém (USP) Orientador: Vladimir Pinheiro Safatle Nos primeiros anos da década de 1990, ao articular a temática da experiência do sublime enquanto sede de aniquilação com a do colapso do programa do esclarecimento, o filósofo Nick Land escreveu algumas das páginas mais perturbadoras sobre a reflexão estética na filosofia moderna e contemporânea. Em suas leituras de autores como Kant, Nietzsche, Heidegger e Bataille, o fascismo tem ao menos um momento de verdade: a arte é realmente um perigo, insurreição, aquilo que não pode ser controlado, nos lançando em direção da única morte que o fascismo é incapaz de desejar, a saber, a morte daquilo que, em mim, me aparecia como meu – do Eu ao Ocidente. Nesta comunicação, trata-se de discutir essas problemáticas no pensamento de Heidegger, que vai buscar através da arte – entendida como dizer da verdade, dizer sobre a enticidade humana – um modo de reavermos nossa autenticidade e liberdade. No entanto, segundo Land, Heidegger é levado ao limiar de um caminho que mesmo aquele que tão bem denunciou o sono antropológico do humanismo não estaria disposto a seguir.
  • 48. ∙ Resumos do XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia da UFU, IV Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e do II Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio, V. 13, n. 13, jun. 2019. ISSN 2358-615X ∙ 48 O poder político do controle, niilismo e suicídio: uma análise sobre o esgotamento do sujeito contemporâneo Bruno Cesar Costa Ribeiro Mira Orientadora: Georgia Amitrano A presente comunicação visa, a partir do esgotamento do sujeito moderno e diante do aumento de suicídios no mundo inteiro, analisar o modelo de poder político baseado no controle ininterrupto sobre a subjetividade dos indivíduos. Para tanto, utilizo os conceitos de poder, controle e subjetividade, abordados a partir do pensamento de autores pontuais, tais como: Michel Foucault, Gilles Deleuze e Byung-ChulHan. Para além, também aponto para as possíveis consequências de um niilismo inerente ao nosso tempo, em que o sujeito, diante da crise perpetrada pelo poder- controle político sobre sua subjetividade, é acometido pelo esgotamento de suas forças. Este poder- político usa o discurso de liberdade individual como cerne do processo de controle dos sujeitos tornando-os ferramentas de auto disciplinamento. Donde entender que o suicídio − tal como pontuado por Albert Camus − constitui uma fuga da existência ou um salto filosófico. As estruturas de poder e controle levam o sujeito ao auto aniquilamento, compreendido como algo decisório no exercício de sua liberdade, ignorando o funcionamento do poder e controle político sobre a vida.
  • 49. ∙ Resumos do XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia da UFU, IV Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e do II Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio, V. 13, n. 13, jun. 2019. ISSN 2358-615X ∙ 49 “Anthropology is philosophy with the people in”: reflexões e implicações epistemológicas sobre a crise planetária. Bruno César Cunha Cruz (UFU) Diante do considerável consenso científico a respeito das mudanças termodinâmicas e geológicas do Planeta (causadas majoritariamente por questões antrópicas), que faz intensificar as discussões sobre um certo processo de desvitalização ontológica do ambiente, coletivos de diversas partes do mundo têm se dedicado tanto a dar respostas para uma mudança de tal situação, quanto a compreender as consequências físicas, já mensuráveis ou que estão por vir, que podem levar à dimensionada desarticulação dos quadros espaço temporais da história (ou, popularmente, ao « fim do mundo »). Alguns desses coletivos chegam a receber agora uma classificação: a de « ‹ciências› do Antropoceno », estando nelas incluídas, para além das clássicas ciências naturais, a Antropologia e a Filosofia. Dessa forma, essa comunicação visa, comentando por meio de um debate transversal entre a epistemologia e a antropologia da ciência, elaborar certas reflexões epistemológicas sobre o período que faz tais implicações possíveis, a partir de posições teórico-metodológicas agora tomadas por esses coletivos. Assim, e ancorando-se inicialmente na ideia de simetria (Latour, 1991 [2014]), pretende-se, inclusive (e no caso específico), refletir sobre a necessidade de se imaginar e se somar aos supramencionados coletivos « with the people » (Ingold, 1992, 2014).
  • 50. ∙ Resumos do XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia da UFU, IV Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e do II Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio, V. 13, n. 13, jun. 2019. ISSN 2358-615X ∙ 50 O esquecimento, em Nietzsche, como força ativa Bruno de Novais Oliveira (UFU) Orientador: Humberto A. Guido O esquecimento, em Nietzsche, não é uma mera contingência da memória, sendo, pelo contrário, uma característica ativa da fisiologia humana. É o esquecimento que constitui a capacidade do ser humano se relacionar, de modo presente, com as coisas que lhe afetam, pois sem o esquecimento se opondo a memória, a vida seria uma digestão constante de acontecimentos que nos retornam à memória e impedem que nos centremos no presente. O esquecimento é aquilo que possibilita a capacidade digestiva da fisiologia humana, e não apenas a ausência da memória, e, com efeito, é a capacidade que permite que os sentimentos sejam tratados na ação e não na reação. O ressentimento será tratado como efeito da má digestão da consciência, e a má consciência como efeito do ressentimento, sendo então, o conceito de esquecimento como a pedra base na formação do que seria, para Nietzsche, uma boa ou má consciência. O objetivo principal desse texto é demonstrar, portanto, como o esquecimento se relaciona, de maneira ativa, com questões centrais na filosofia nietzschiana como: ressentimento, má consciência, consciente, inconsciente, memória, história, genealogia, niilismo, e vontade de potência.
  • 51. ∙ Resumos do XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia da UFU, IV Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e do II Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio, V. 13, n. 13, jun. 2019. ISSN 2358-615X ∙ 51 A educação como libertação e como meio de controle Clarice Melo Stabenow (UFPA) De ordem estritamente bibliográfica, esta comunicação visa abordar o Livro V do diálogo A República de Platão, no qual a questão enfatizada é a educação para as mulheres, que Sócrates menciona em seu debate com Glauco. Dando a devida atenção de que a educação oferecida para os homens deve ser a mesma das mulheres, esta é defendida a fim de fortalecer a sociedade, visto que, todos têm a mesma capacidade de administração e manutenção da pólis a qual pertencem. No mais, esta comunicação tratará também, da importância deste livro para fomentar o debate da educação feminina atual, como ela se deu e o papel do feminismo na organização e na efetivação do direito de estudar. As questões abordadas terão como objetivo a correlação do Livro V da República com a educação de mulheres, o feminismo como mecanismo na implementação da educação feminina, a educação como maneira mais rápida de emancipação; a educação como forma de controle patriarcal sobre as mulheres e por fim, a equidade e importância no incentivo, prática e melhoria na educação feminina e masculina.
  • 52. ∙ Resumos do XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia da UFU, IV Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e do II Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio, V. 13, n. 13, jun. 2019. ISSN 2358-615X ∙ 52 O belo entre o Hípias Maior e O Banquete Cláudio de Souza Menezes Júnior (UFPA -CNPq) Orientadora: Jovelina Maria Ramos de Souza Na presente exposição, pretendemos analisar o tema central do diálogo platônico Hípias Maior: o belo e sugerir sua relação com o diálogo platônico O Banquete. Para isso, analisamos, no primeiro texto, as falas de Sócrates e Hípias no que diz respeito à questão do belo: Sócrates tenta dizer o que é o belo, enquanto Hípias se limita a dizer o que é belo. Nesse jogo dialético, a busca pela essência da beleza da parte natureza visível desta – à qual o discurso de Hípias se encontra limitado – e passa por questões éticas. A partir dessa análise, sugerimos uma relação deste debate com aquele apresentado por Sócrates em O Banquete, em que Sócrates relata os ensinamentos que obteve de Diotima acerca da essência do belo: as questões apresentadas no Hípias Maior são como um exórdio à teoria platônica da beleza, que se mostra em pleno desenvolvimento em O Banquete ao ser reelaborada a partir da teoria das Formas. Assim, por meio desse estudo do Hípias Maior e sua relação com O Banquete, podemos compreender um pouco mais a concepção platônica de beleza e trazer uma maior visibilidade ao Hípias Maior, que ainda hoje é pouco estudado – em comparação com os diálogos ditos autênticos.
  • 53. ∙ Resumos do XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia da UFU, IV Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e do II Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio, V. 13, n. 13, jun. 2019. ISSN 2358-615X ∙ 53 Do Homo Sacer contemporâneo Daniel Alves Rodrigues (UFU) Orientadora: Georgia Cristina Armitrano O presente trabalho visa analisar, a partir de um resgate dos conceitos aristotélicos de bios e zoé, como um indivíduo perde seu direito de viver pelo Estado, sem que haja, para isso, assassinato. Giorgio Agamben (1942-presente), em sua obra Homo Sacer: o poder soberano e a vida nua (1995), julgou importante resgatar do direito romano a figura do Homo Sacer, a fim de discorrer e atualizar o debate político acerca dessa imagem romana, oferecendo diversas possibilidades de analogias a serem formuladas na contemporaneidade. Isso possibilitou abrir janelas para uma leitura mais crítica da realidade política atual e de suas contradições. É com esse conceito que o autor nos leva a pensar sobre vulnerabilidade concreta e como e em quais grupos humanos ela se manifesta. O Homo Sacer diz respeito à vida “matável”, um sujeito que pode ter o direito à vida conjurado por qualquer cidadão romano, desde que não seja morto em função de rituais religiosos. É uma vida que sequer merece a morte em função do culto aos deuses. A condição de humanidade do Homo sacer é questionada por Agamben, relacionando o Homo Sacer à condição de zoé.
  • 54. ∙ Resumos do XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia da UFU, IV Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e do II Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio, V. 13, n. 13, jun. 2019. ISSN 2358-615X ∙ 54 As ideias abstratas em Locke como solução para o problema dos universais Danival Lucas da Silva (UFU) Orientador: Marcos Seneda Locke, em sua obra Ensaio acerca do entendimento humano, livro três, capítulo três, associa as ideias abstratas à origem dos termos gerais que utilizamos em nossa linguagem comum, como, por exemplo: pássaro, homem e árvore. Para ele, as ideias abstratas são suficientes para resolver o problema dos universais, isto é, a antiga discussão sobre a origem dos gêneros e das espécies. Uma vez que todas as coisas que existem são particulares, para Locke, as palavras se tornam gerais ao serem tomadas como sinais para ideias gerais. Esta pesquisa foi desenvolvida com o objetivo de aprofundar no estudo das ideias abstratas em Locke e em sua contribuição na busca de uma solução para o problema dos universais. A apresentação será dividida em quatro partes: 1) Uma breve exposição do problema dos universais e suas implicações para a história da filosofia; 2) Os pontos principais da proposta de Locke em relação à origem das ideias abstratas; 3) Correlações entre essa solução e outras propostas; 4) Críticas à posição de Locke, extraídas de dois artigos: Abstraction and the Origin of General Ideas de Stephen Laurence e Eric Margolis; General ideas and the knowability of essence: Interpretations of Locke's theory of knowledge.
  • 55. ∙ Resumos do XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia da UFU, IV Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e do II Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio, V. 13, n. 13, jun. 2019. ISSN 2358-615X ∙ 55 Hume e o ceticismo acerca do mundo Dener de Souza Borges (UFPA) Orientador: Luis Eduardo Ramos de Souza O presente trabalho tem como objetivo analisar os principais argumentos do ceticismo de David Hume contra a noção geral de existência do mundo e os argumentos apresentados pelos filósofos para justificar objetos contínuo e distinto da mente. Será utilizado como fonte principal as obras: Tratado da natureza humana (2009) e Investigações sobre o entendimento humano (2004). Durante essa análise será examinada o pensamento humeano acerca da natureza das percepções, mostrando ser sua conclusão contrária ao vulgo e ao sistema filosófico de sua época que buscou justificar uma dupla existência: percepções e objetos externos, sendo esses responsáveis pelas primeiras. Em seguida será apresentado o argumento de que a noção de existência continua e distinta de objetos é uma forte crença que se fundamenta principalmente com as impressões registradas na memória e ganham força por meio do hábito. Por fim será apresentado as causas, como Hume demonstra, de um mundo contínuo e distinto da mente, mostrando que essas causas não são suficientes para sustentar a crença em um mundo externo.
  • 56. ∙ Resumos do XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia da UFU, IV Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e do II Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio, V. 13, n. 13, jun. 2019. ISSN 2358-615X ∙ 56 A Diferença entre Noções Comuns e Abstrações na Ética de Espinosa: uma crítica às ideias de transcendência, finalidade e dever Diego de Carvalho Sanches (UFPA) Orientador: Rafael Estrela Canto O presente artigo tem como objetivo analisar a diferença estabelecida entre noções comuns e abstrações no livro II da Ética de Espinosa e sua consequência para a crítica de concepções de caráter ontológico, epistemológico e moral. Partindo do livro II da Ética, buscar-se-á explanar a diferença entre noções comuns e abstrações e o seu papel na doutrina dos gêneros de conhecimento de Espinosa. Em seguida, a partir da leitura de Lívio Teixeira, A doutrina dos modos de percepção e o conceito de abstração na filosofia de Espinosa, será explicitada a maneira como o filósofo valoriza o conhecimento a partir das noções comuns em detrimento do conhecimento por abstrações, ou seja, a valorização do conhecimento racional em oposição ao conhecimento imaginativo inadequado. E, por fim, a partir das leituras de Deleuze, Espinosa: filosofia prática e Espinosa e o problema da expressão, almeja-se identificar como esta distinção entre noções comuns e abstrações possibilita uma crítica, no âmbito do conhecimento, das ideias de transcendência, finalidade e dever.
  • 57. ∙ Resumos do XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia da UFU, IV Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e do II Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio, V. 13, n. 13, jun. 2019. ISSN 2358-615X ∙ 57 Os indígenas e o absurdo: uma análise da história dos nativos brasileiros a partir da filosofia do absurdo de Albert Camus Edon Teixeira de Castro (UFPA) Orientador: Ivan Risafi de Pontes O presente trabalho tem como proposta conectar a filosofia do absurdo de Albert Camus com o processo de supressão das culturas indígenas - nativos brasileiros, que nos seus primórdios, levavam uma vida consideravelmente livre e diante daquela perspectiva filosófica, uma vida que fazia sentido. Abordaremos o contexto histórico, para observar o quanto a vida dos nativos brasileiros se tornou progressivamente absurda, e de que forma se sucedeu. Analisaremos tais momentos históricos, a partir da concepção do Absurdo de Albert Camus, que se encontra no seu ensaio filosófico – O Mito de Sísifo, onde o autor argumenta a respeito daquelas que seriam as características de uma vida absurda, uma vida ligada a atividades modernas mecanizadas pela sociedade. Veremos como o absurdo exerceu uma grande consequência sobre os povos indígenas brasileiros, que até os dias atuais sofrem com a desestruturação e reestruturação das suas culturas. Por fim, este trabalho pretende elucidar de que forma a sociedade brasileira atual ainda carrega as consequências de todo o absurdo imposto pelos europeus.
  • 58. ∙ Resumos do XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia da UFU, IV Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e do II Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio, V. 13, n. 13, jun. 2019. ISSN 2358-615X ∙ 58 Kant e Schiller: Pensar Estética Como Uma Contribuição Para a Vida Moral Fabiana Carolina Dias (UFPA) Orientador: Pedro Paulo da Costa Corôa Nossa comunicação tem como objetivo mostrar a possibilidade de se reconhecer a contribuição da experiência estética para a educação moral do homem, tendo por referência as perspectivas de Immanuel Kant e Friedrich Schiller, tendo em vista, a aproximação que ambos fazem entre sentimento estético e sentimento moral. Nesses dois pensadores há ideia de desenvolvimento dos sentimentos para contribuir com os objetivos ditados pela razão prática. No caso de Kant a ideia é dada pela percepção de que tanto por meio da estética quanto pela ética a liberdade é o ponto principal, no primeiro caso para a criação e independência do juízo e, no segundo, pela autonomia de nossas escolhas. Já para Schiller a efetivação dos mais elevados valores morais só é possível por um aprimoramento, anterior, do nosso sentido estético, aproximando o conceito de “Bela Alma” ao ideal ético. Os textos de base para essa exposição são Crítica da Faculdade de Julgar, de Kant, e a Educação Estética do Homem, de Schiller.
  • 59. ∙ Resumos do XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia da UFU, IV Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e do II Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio, V. 13, n. 13, jun. 2019. ISSN 2358-615X ∙ 59 Filosofia e cinema: a angústia existencial heideggeriana pensada a partir de O Show de Truman de Peter Weir Gabriel Lima Silva (UFPA) O homem, perdido em meio a uma existência inautêntica, refém da força de outrem, com a degradação da própria identidade, é o que Peter Weir nos traz em O Show de Truman (1998). Esse é o objeto da análise que proponho fazer no filme acima referido, tendo por referência Martin Heidegger em Ser e Tempo, especialmente apoiado nos capítulos V e VI da Seção Primeira, onde ocorre tal tematização. A reflexão incidirá sobre o sentido de uma existência inautêntica: o fato da existência, o desenvolvimento da existência e a destruição do eu, demonstrando o quanto a mesma representa uma prisão, que só poder ser superada com o enfrentamento da angústia, de onde provém o impulso do Dasein para transpor e assumir sua autonomia. E, assim, na recusa de qualquer predestinação e imposição, e atendo-se à busca do real existir, a angústia passa a ser destacada, na presente comunicação, como necessidade para a liberdade.
  • 60. ∙ Resumos do XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia da UFU, IV Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e do II Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio, V. 13, n. 13, jun. 2019. ISSN 2358-615X ∙ 60 Condições do ensino de Filosofia nas escolas públicas em Feira de Santana e o impacto da presença da UEFS Gabriela Peixoto Oliveira Barbosa (UEFS) Orientador: Malcom Guimarães Rodrigues Pensar o ensino público no Brasil não é uma tarefa fácil, pensar o ensino dentro de uma escola sucateada e sem infraestrutura é uma tarefa mais difícil ainda. O presente trabalho tem por objetivo apresentar uma análise sobre a prática do ensino de Filosofia nas escolas públicas no município de Feira de Santana na Bahia, bem como a relevância da atuação e contribuição do PIBID e da Residência Pedagógica (PRP) nessas escolas. Ademais, caberá refletir sobre uma proposta filosófica pedagógica, baseada em uma filosofia humanista e transformadora. Decerto, o ensino de Filosofia nas escolas deve ser levado a sério. Parece-me que a Filosofia precisa ser transformada numa experiência significativa e não ser reduzida apenas a uma teoria ou ser vista como um fardo. Na verdade, a Filosofia precisa ser inserida no seio da Educação e só assim dará bons frutos. É indispensável a preparação e capacitação do professor pra desenvolver o seu papel com excelência e esse professor precisa encontrar caminhos de abordagens que possa impactar seus alunos. Afinal, estes precisam serem estimulados para pensar a sua relação com o mundo e tudo o que o cerca e perceber também de como a Filosofia pode contribuir nisso.