2. Por que chamamos de Índio?
Esse fato é muito curioso! Na época do descobrimento do Brasil,
os portugueses achavam que haviam chegado às Índias, lá no
continente asiático, por isso chamaram esses povos de índios.
3. .
• A cultura indígena esta presente no nosso dia a dia,
como: na fala, no alimento, entre outros. Está
inserido cultura urbana de forma direta e indireta. E
é importante que saibamos sobre seu modo de viver,
suas tradições, seus hábitos e crenças. È de suma
importância que nossos alunos tenham a
oportunidade de conhecer um pouco desta história,
mesmo com as mudanças ocorridas ao longo A
cultura indígena esta presente no nosso dia a dia,
como: na fala, no alimento, entre outros. Está
inserido cultura urbana de forma direta e indireta. E
é importante que saibamos sobre seu modo de viver,
suas tradições, seus hábitos e crenças.da História do
nosso Brasil, do nosso estado e do nosso município.
6. .Lenda do Boitatá
O nome boitatá vem da língua indígena e quer dizer cobra de fogo.
Durante o dia o Boitatá é cego, não enxerga nada, sua visão é perfeita à noite.
Diz a lenda que certa noite a lua não apareceu, nem as estrelas no céu, a escuridão
era total, um breu. Passado algum tempo, o dia não surgiu, pois, o sol também não
apareceu e ficou tudo na escuridão por vários dias.
As pessoas que moravam nos vilarejos estavam passando fome e frio. Não havia
como cortar lenha para os braseiros que mantinham as pessoas aquecidas, nem
como caçar naquela escuridão. Pra piorar tudo, começou a chover sem parar.
A chuva inundou tudo e muitos animais acabaram morrendo.
Uma cobra boiguaçu que dormia num imenso tronco acordou faminta e começou
a comer as únicas coisas que enxergava, os olhos de animais mortos que brilhavam
boiando nas águas.
Alguns dizem que eles brilhavam devido a luz do último dia em que os animais
viram o sol. De tanto olhos brilhantes que a cobra comeu, ela ficou toda brilhante
como fogo e transparente.
A cobra se transformou num monstro incandescente, o Boitatá. Dizem que o
Boitatá assusta as pessoas quando essas viajam na mata à noite. Mas muitos
acreditam que o Boitatá protege as matas contra incêndios. De qualquer forma se
você encontrar um Boitatá use óculos escuros ou feche os olhos e fique bem
parado quase sem respirar.
8. Lenda do Boto
O Boto é uma animal mamífero, parecido com um golfinho, que vive nas águas dos rios.
O Boto-cor-de-rosa rosa que deu origem à lenda do Boto vive nas águas da Bacia
Amazônica Brasileira e do bacia do rio Orinoco na Venezuela. Podem chegar a medir
quase três metros na idade adulta e apresentam podem apresentar coloração rosa,
acinzentada(tucuxi) e preta.
Diz a lenda que ao anoitecer o Boto se transforma em um belo rapaz, alto e forte que sai
das águas a procura de diversão,festas e uma namorada. Vai a várias festas, dança muito,
costuma beber bastante também. Antes do amanhecer ele tem que voltar para o rio, pois
senão transforma-se em boto novamente.
Algumas pessoas relatam que o boto se transforma em um rapaz elegante, bem vestido e
que sempre usa chapéu(para esconder um orifício que possui na cabeça).
Nas festas ele geralmente seduz alguma mulher bonita, casada ou não, a convida para
dançar e depois saem da festa para namorar.
Antes do amanhecer ele retorna ao rio, deixando a namorada que geralmente não torna a
vê-lo. Pouco tempo depois a moça descobre que ficou grávida do tal moço.
Na região Amazônica sempre que uma moça solteira engravida suspeita-se logo que se
trata de um filho do boto.
Dizem que o boto adora as índias e gosta muito de mulheres com roupas vermelhas.
9.
10. • A Lenda do guaraná
• Um casal de índios pertencente a tribo Maués, vivia
junto por muitos anos sem ter filhos mas desejava
muito ser pais. Um dia eles pediram a Tupã para
dar a eles uma criança para completar aquela
felicidade. Tupã, o rei dos deuses, sabendo que o
casal era cheio de bondade, lhes atendeu o desejo
trazendo a eles um lindo menino.
• O tempo passou rapidamente e o menino cresceu
bonito, generoso e bom. No entanto, Jurupari, o
deus da escuridão, sentia uma extrema inveja do
menino e da paz e felicidade que ele transmitia, e
decidiu ceifar aquela vida em flor.
• Um dia, o menino foi coletar frutos na floresta
e Jurupari se aproveitou da ocasião para lançar sua
vingança. Ele se transformou em uma serpente
venenosa e mordeu o menino, matando-o
instantaneamente.
• A triste notícia se espalhou rapidamente. Neste
momento, trovões ecoaram e fortes relâmpagos
caíram pela aldeia. A mãe, que chorava em
desespero, entendeu que os trovões eram uma
mensagem de Tupã, dizendo que ela deveria
plantar os olhos da criança e que deles uma nova
planta cresceria dando saborosos frutos.
• Os índios obedeceram aos pedidos da mãe e
plantaram os olhos do menino. Neste lugar cresceu
o guaraná, cujas sementes são negras, cada uma
com um arilo em seu redor, imitando os olhos
humanos.
11. .
Lenda da Iara
Lenda de origem indígena,muito comum na região Amazônica.
Ela é uma sereia, metade mulher (da cintura pra cima) e metade peixe (da
cintura pra baixo).
Possui longos e lindos cabelos, alguns dizem que parece uma índia com
cabelos negros, outros dizem que possui cabelos loiros ou até ruivos.
Ela hipnotiza os homens com o seu canto e com o seu olhar. Ao ouvirem seu
canto lançam-se nas águas para irem ao seu encontro e na maioria das vezes
acabam morrendo afogados.
Ela sai da sua casa no fundo do mar, ou do lago ou do rio, geralmente no final
da tarde e surge linda e sedutora a procura de um companheiro.
É difícil um homem resistir ao seu canto hipnotizador ou à sua beleza.Por isso
meninos ao se depararem numa situação dessas tapem os ouvidos e procurem
não olhar para ela.
12. .
Lenda da Vitória-Régia
Numa bonita noite uma jovem índia se encantou com o brilho
da lua que refletia no lago.
De tão fascinada que ficou com aquela luz mágica, atirou-se
nas águas e desapareceu para sempre.
A lua se comoveu com a admiração da índia e a transformou
numa linda flor, a Vitória-régia, que flutua nas superfícies das
águas de alguns rios da Amazônia. Essa é uma flor
noturna, abre ao entardecer e se fecha com o raiar do sol.
16. O papel das lendas e mitos na
cultura indígena
• Os índios vivem em aldeias no meio da floresta e são
rodeados por muitos bichos. No seu cotidiano, realizam
tarefas como a caça, a pesca, a lavoura, além de participarem
de festas e rituais em homenagem aos seus deuses: a chuva, o
Sol, a Lua e outros seres inanimados da natureza. E por falar
em Sol e Lua, como você já sabe, o céu tem um papel muito
importante para os índios: é usado como referência para
planejarem as atividades do dia-a-dia. Por isso, desde
pequenos os índios já sabiam como funcionam os ciclos solar
e lunar e a posição de certas estrelas no céu. E não é a
geometria, a física nem a matemática que os ajuda a
identificar o movimento e a posição dos astros. São as lendas
e os mitos de cada tribo que ensinam aos índios tais
conhecimentos!
17. À noite, as crianças sentam ao redor de uma fogueira e ouvem as histórias
contadas pelos mais velhos. As lendas são divertidas e temperadas de muita
imaginação — índios que falam com animais, estrelas que caem na Terra,
guerreiros que vão para o céu. Numa delas a Lua e o Sol, que eram irmãos, se
apaixonaram e como castigo, nunca mais puderam se encontrar. Por isso, até
hoje quando a Lua sai o Sol se esconde. Se você reparar, nessa lenda há mais
do que uma simples explicação para o dia e para a noite. Ela ensina aos
pequenos índios como devem se comportar na tribo, em outras palavras,
ensina que é errado o namoro entre irmãos. Legal, não é mesmo?
20. .
MANGÁ, TOBDAÉ
Essa brincadeira é feita com peteca, mas o modo de brincar dos indígenas tem
certa semelhança com a nossa “queimada”, sendo jogada com quatro ou seis
petecas ao mesmo tempo e com dois jogadores por vez. Ao sinal do
coordenador, os dois jogadores arremessam as petecas na direção do outro
com a intenção de atingi-lo e, ao mesmo tempo, evitar ser atingido por ele.
Quem foi atingido pelas petecas, sai do jogo, cedendo o lugar para outro
participante. Ganha quem ficar mais tempo na brincadeira sem ser atingido.
21. .
• PEIXE PACU
• Um participante é escolhido para ser o pescador, enquanto os
demais deverão formar uma fila que deverá se mexer feito
uma serpente. O pescador corre ao longo da fila para tentar
tocar o último jogador com uma vara ou um pedaço de pau,
que representa a vara de pescar, evitando ser impedindo
pelos outros jogadores.
22. .O GAVIÃO E OS PASSARINHOS
O participante que propôs a brincadeira ganha o papel de gavião. O gavião
desenha na areia uma grande árvore, cheia de galhos. As demais crianças são os
passarinhos. Cada uma delas escolhe um galho e senta-se lá.
Depois de todos acomodados em seus galhos, o gavião sai à caça dos
passarinhos, que deverão sair de seus ninhos batendo os pés no chão e cantando
para provocar o bicho, que vai avançando lentamente. Já bem perto do grupo, o
predador dá um pulo em direção aos pássaros, que deverão fazer várias
manobras para distraí-lo. Quando um dos passarinhos for capturado, ele deverá
ficar em um refúgio escolhido pelo gavião. Ganha a brincadeira o último
participante capturado.
23. A CORRIDA DO SACI
Trace uma linha na terra ou na areia para definir o local de largada e outra, a
uns 100 metros de distância, para definir a meta a ser atingida. O participante
deverá correr em um só pé, sem poder trocar durante a corrida. Quem
conseguir ultrapassar a linha da meta ou chegar mais longe é o vencedor.
25. .• Pintura Corporal Indígena
• Uma das características que mais marcam a cultura indígena, é a pintura corporal
que pode ser vista como tão necessária e importante esteticamente como a
roupa usada pelo “homem branco”. A pintura corporal para os indios tem
sentidos diversos, não somente na vaidade, ou na busca pela estética perfeita,
mas pelos valores que são considerados e transmitidos através desta arte. Feita
de jenipapo, carvão ou urucum, tem como objetivo diferir os povos, determinar a
função de cada um dentro da aldeia e até mostrar o estado civil. Algumas índias
utilizam esse método, por exemplo, para “dizer” que estão interessadas em
encontrar um parceiro.O processo de preparação da tinta consiste em ralar a
fruta com semente e depois misturá-la com outros pigmentos, como o carvão,
para diversificar as cores.Nos dias comuns a pintura pode ser bastante simples,
porém nas festas, nos combates, mostra-se requintada, cobrindo também a
testa, as faces e o nariz. A pintura corporal é função feminina, a mulher pinta os
corpos dos filhos e do marido. Cada etnia tem sua própria marca e se alguma
outra utilizar a mesma, uma luta entre as aldeias pode ocorrer.A etnia Tenharim,
do Amazonas, faz desenhos de bolas em todo o corpo para se caracterizar.
Homens usam desenhos maiores para se diferenciarem das mulheres e imporem
uma posição de liderança. Já na aldeia Tapirapé, do Mato Grosso, homens podem
usar as mesmas figuras das mulheres, mas as mulheres não podem usar as dos
homens. Esta é uma arte muito especial porque não está associada a nenhum fim
utilitário, mas apenas a pura busca da beleza.
26. Indígenas retiram da natureza amazônica a matéria-
prima para produzirem artesanato. Pelas mãos das
comunidades, cipós, sementes e folhas transformam-se
em cestos, colares, pulseiras, esculturas e redes. A
partir da mistura química da floresta, os objetos
também ganham cores.
27. Urucum: o pigmento que vale
ouro• No começo, ele era apenas um pigmento utilizado pelos índios para
enfeitar o corpo. Hoje, é muito mais que isso. Com a proibição de corantes
artificiais, sobretudo na Europa, ourucum se torna um componente
importante para o agronegócio, tanto para o mercado interno, quanto
para o externo.
O corante do urucum está basicamente concentrado em sua semente, que
possuí uma substância chamada bixina. É ela que dá cor aos tecidos e aos
alimentos, tanto produzidos pelas indústrias (têxteis, frigoríficas,
alimentícias e farmacêuticas), como para colorir os alimentos – o usual
colorífico.
28. Pigmentos
• Depende da localidade de cada tribo, pois em cada região eles
tiram pigmentos de plantas nativas,para pintura corporal o
mais comum é Urucum (colorau) para o vermelho, Carvão
vegetal para o Preto, Terra ou argila para o amarelo, extrato
de folhas para o verde, frutas (tipo amora) para o azul e
polvilho de mandioca para o branco, o resto das misturas são
resultado da misturas dessas cores obtidas, eles também
misturam óleo retirado da carnaúba aos pigmentos como
emulsão ou diluentes.
37. Plantas medicinais
• Podemos chamar de plantas medicinais aquelas que possuem
características que ajudam no tratamento de doenças ou que
melhorem as condições de saúde das pessoas.
• Descoberta
• Foram os índios que descobriram a capacidade medicinal
destas plantas. Os europeus, quando chegaram ao Brasil,
aprenderam muito com os indígenas. Os pajés das tribos
indígenas são os grandes conhecedores das ervas e plantas
medicinais. A medicina chinesa também utiliza muito estas
plantas no tratamento de doenças.
39. Agricultura indígena
• Como agricultores, os índios empenham esforços no preparo e plantio da terra, no
cultivo e na colheita.
A derrubada e a queimada da mata são processos habituais para a limpeza das
áreas destinadas ao cultivo da lavoura. Da limpeza só os homens tomam parte.
Antes do contato com os civilizados, as árvores mais grossas eram derrubadas com
fogueiras, perfurando-se o solo à sua volta com a ajuda de paus pontudos ou
bastões de cavar. Hoje, já são utilizados instrumentos de ferro, tais como machados,
facões e enxadas.
Após a derrubada, os índios atiram fogo aos troncos e aos garranchos que estão
próximos. Sobre as cinzas e entre os troncos derrubados se inicia o plantio.
Algumas tribos têm roças razoavelmente grandes e outras, plantações bem
pequenas. Plantam favas, arroz, feijão, diferentes espécies de milho... Cultivam
também a banana-da-terra (banana de fritar), a abóbora e a melancia.
Mas a base da alimentação indígena é mesmo a mandioca, predominando o cultivo
da mandioca-brava, assim chamada porque essa espécie possui um veneno mortal.
Para retirá-lo, há dois processos: ou deixam a mandioca, depois de descascada,
dentro da água até apodrecer, para depois socá-la; ou, depois de lavada, colocam-
na na esteira de buriti, onde será ralada e espremida para que seja eliminado o sumo
venenoso. Após a secagem, a mandioca se transformará em farinha, pão, beiju e
mingau.
48. Você, que está acostumado a pensar que os índios vivem na
floresta, já os imaginou morando no meio do sertão? Ou na beira
da praia? Pois saiba que isso é comum, especialmente na região
Nordeste! Apesar disso, a maioria dos 740 mil indígenas
encontrados hoje no Brasil habita regiões de floresta, em terras
destinadas pelo governo a eles. Muitas dessas terras ficam no
estado do Amazonas, mas também existem grupos indígenas nos
outros estados da região Norte e na região Centro-Oeste, além
do Nordeste e do Sudeste.
49. .
.
Os índios atuais absorveram diversas práticas que não
pertencem à sua cultura. Muitas crianças indígenas
frequentam escolas, mantidas nas aldeias pela Fundação
Nacional do Índio, e aprendem o português. Mas isso não
quer dizer que os indígenas tenham abandonado suas
tradições, como os rituais religiosos e as danças.
“A troca cultural não destrói necessariamente uma
cultura”, explica João Pacheco. “É natural que a primeira
reação do ser humano ao ver as tradições de outro povo
seja a curiosidade e não a hostilidade. Os indígenas têm a
possibilidade de praticar as duas culturas, sem se
tornarem menos índios por causa disso.”
50. Nessas terras, os índios vivem em aldeias, em que geralmente
eles mesmos produzem seu próprio alimento. As famílias se
ajudam e as crianças são criadas livremente. Até aí, nada
diferente dos indígenas que viviam por aqui há 500 anos. Mas
saiba que, nesse tempo, muita coisa mudou. “Os índios não
poderiam ter vivido em contato com o homem branco por cinco
séculos e continuarem exatamente da mesma forma”, explica o
antropólogo João Pacheco de Oliveira, do Museu Nacional da
Universidade Federal do Rio de Janeiro. Quer um exemplo? “É
muito difícil encontrar hoje índios sem roupa em uma aldeia”,
conta.