1. As Sete Quedas Há 25 anos, Sete Quedas desaparecia e ficava para sempre na nossa memória. Organizado por Elô Steffens 20 de Agosto de 2008
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3. Na década de 1950 a cidade de Guaíra começava a se despontar. No detalhe esquerdo superior, o local onde ficavam as quedas. Era impossível passar pelas Sete Quedas sem realizar uma foto. Pracinhas do exército aproveitavam o momento de descanso também para conhecer o monumento natural. Para aproveitar o potencial do Rio Paraná a 5ª Companhia de Fronteira construiu uma usina hidroelétrica aproveitando uma das quedas.
4. Por muitos anos a usina foi o principal gerador de energia da cidade de Guaíra. Apesar de rústicas, as pontes duraram até os últimos dias das Sete Quedas. 1960- O Brasil vivia o final de um ciclo de glamour, mal sabiam as pessoas que o fim das Sete Quedas estava sendo tramado nos bastidores da política. O Rio Paraná se prolongava ainda por mais uns 40 quilômetros em meio a corredeiras e pedras.
5. Irmãs do RS visitando as Sete Quedas No começo não havia muitas pontes, e os turistas apreciavam a beleza de mirantes. Logo no início as quedas se destacaram por sua beleza inigualável .
6. Haviam apenas algumas pontes de ferro . As primeira pontes foram construídas pela empresa Mate Laranjeira, na década de 1920. A maioria eram pontes pênsil. A ponte do Salto 19 foi a que caiu em 1982 matando 26 pessoas.
7. Apesar do perigo os passeios pelas pontes geravam momentos muito agradáveis.
8. O "Canalão" era um espetáculo de som e imagem, toda a água do Rio Paraná correndo por um só lugar. Ponte pênsil presidente Roosevelt, a maior das Sete Quedas com 115 m de comprimento. O tumulto era geral, filas infindáveis de pessoas querendo dar o seu último adeus.
9. A tragédia Com o grande movimento, veio a tragédia, a ponte do Salto 19 não agüentou e caiu, matando dezenas de pessoas. O índio Como era o responsável pela manutenção das pontes no parque, injustamente o índio Perimar Maraguaia Porã foi acusado. Foi preso, mas libertado tempos depois por falta de prova.
10. As caravanas Primeiro eram pequenas caravanas, depois o parque já não suportava o grande número de visitantes. Até mesmo o presidente João Figueiredo, veio em 1982 dar o seu último adeus. João Figueiredo afirmou: "Se eu salvar Sete Quedas, o que vou fazer com aquela tremenda construção de Itaipu?"
11. No dia 13 de outubro de 1982, com o fechamento das comportas da barragem de Itaipu, começava a lenta agonia das cataratas de Guaíra. A beira do rio, as águas foram tomando os bares, quiosques e construções. A imagem turística de outrora, fora substituída pela a da hecatombe. Todos os acessos ao parque foram fechados, lentamente as águas foram subindo e sufocando, as cachoeiras, os animais, as árvores e a população de Guaíra.
12. Aos poucos, a população foi ficando isolada das Sete Quedas, que desapareceu, sozinha, sem o olhar do seu público, que durante anos a prestigiou. A última imagem No final do ano de 1982, quando enfim as águas subiram, somente uma estrada fazia lembrar que ali, naquele lugar, existira uma das maiores belezas naturais do mundo.
13. Logo após a submersão das cataratas sobraram apenas algumas árvores. Só com a enumeração é possível saber onde ficavam as cachoeiras. A sepultura Atualmente um longo espelho de água ocupa o lugar que um dia foi Sete Quedas.
14. O poema de Carlos Drumond de Andrade Em 1982, às vésperas dos 80 anos, o poeta expressa sua inconformidade com a destruição do Salto de Sete Quedas, um patrimônio natural do Brasil e da humanidade.
15. Itaipu A Usina Hidrelétrica de Itaipu Binacional é uma usina hidrelétrica binacional construída pelo Brasil e pelo Paraguai no rio Paraná, no trecho de fronteira entre os dois países, 14 quilômetros ao norte da Ponte da Amizade. A área do projeto se estende desde Foz do Iguaçu, no Brasil, e Cidad del Este, no Paraguai, ao sul, até Guaíra (Brasil) e Salto del Guairá (Paraguai), ao norte. A potência instalada da Usina é de 14.000 MW (megawatts), com 20 unidades geradoras de 700 MW. No ano 2000, a usina atingiu o seu recorde de produção de 93,4 bilhões de quilowatts-hora ( kWh ), sendo responsável pela geração de 95% da energia elétrica consumida no Paraguai e 24% de toda a demanda do mercado brasileiro. A energia gerada por Itaipu e destinada ao Brasil é transmitida pela empresa Furnas Centrais Elétricas S.A. No município de Manoel Ribas - PR, através de uma subestação rebaixadora (750 kV/550 kV), chamada Ivaiporã, 15% da energia gerada por Itaipu é entregue à Eletrosul Centrais Elétricas S.A. Cabe à Eletrosul, entre outras funções, a transmissão desta energia às concessionárias do sul do Brasil e ao estado do Mato Grosso do Sul.