2. O CEREBRO
O cérebro humano é a sede do
pensamento e o centro de controle de
todo o organismo, e suas funções são tanto
espantosas quanto admiráveis. Nele não
são produzidos apenas os pensamentos,
mas é onde se instalam as crenças,
armazenam-se as recordações,
determinam-se os comportamentos e
ajustam-se os estados de alerta e de
humor.
3. Coordenador por excelência
O cérebro coordena os movimentos, os
sentidos de tato, audição, visão, olfato e
paladar; permite a formação das palavras, a
comunicação, a compreensão das
operações numéricas, a harmonização dos
sons, a composição musical, a visualização
das formas no espaço. Tem a capacidade
de planejar com antecedência, de imaginar
e de criar fantasias. Ele revisa também todos
os estímulos provenientes dos órgãos internos
e da superfície corporal, para, em seguida,
responder a esses estímulos, corrigir a posição
do corpo no espaço, o movimento
adequado dos membros, a frequência e o
ritmo do movimento corporal. (Sabatella,
2008)
4. O cérebro apresenta dois
hemisférios: direito e
esquerdo.
Se encontram também no cérebro:
córtex motor, córtex pré-motor e área de
broca, córtex pré-frontal, lobo temporal,
lobo occiptal, cerebelo, tálamo,
hipotálamo, corpo caloso.
Corpo Caloso
maior feixe de fibras existente no cérebro,
faz a comunicação entre os dois
hemisférios.
5. Hemisfério Hemisfério
Direito Esquerdo
Verbal: usa palavras
para designar,
descrever, definir.
Analítico: concebe
as coisas passo a
passo, componente
por componente.
Simbólica: usa
símbolos para
representar coisa,
como desenhos ou
sinais.
Não verbal: percebe
as coisas com um
mínimo de conexões
com palavras.
Sintética: agrupa
elementos para
formar um todo.
Concreta: concebe
cada coisa como
ela é no momento.
6. Abstrata: seleciona
uma pequena parte
das informações e a
usa para representar o
todo.
Temporal: marca o
tempo colocando
elementos em
sequência. Segue
ordenação em suas
ações.
Racional: tira
conclusões baseadas
na razão e nos fatos,
utiliza dados para
formar opinião.
Analógica: vê as
semelhanças entre
elementos;
compreende relações
metafóricas.
Não temporal: não tem
senso de tempo,
sequência ou ordem
de elementos.
Não racional: não
precisa se basear na
razão ou nos fatos; não
se apressa para formar
julgamentos ou
opiniões.
7. Digital: usa números,
como no ato de contar
coisas.
Lógica: tira conclusões
baseadas na lógica: um
elemento segue outro
em ordem lógica.
Linear: pensa em termos
de idéias concatenadas,
um pensamento se
seguindo diretamente a
outro e quase sempre
levando a uma
conclusão convergente.
Espacial: vê como as
coisas se situam em
relação a outras e como
as partes se unem para
formar o todo.
Intuitiva: assimila as
informações “aos saltos”,
muitas vezes à base de
amostras incompletas,
palpites, pressentimentos
ou imagens visuais.
Holística: apreende as
coisa integralmente, de
uma só vez; percebe
configurações e
estruturas globais, o que
muitas vezes o leva a
conclusões divergentes.
8. A aprendizagem nos
hemisférios
Hemisfério Direito
Prefere as
explicações verbais.
Usa a linguagem
para memorizar.
Processa as
informações
sequêncialmente.
Produz idéias
logicamente.
Hemisfério Esquerdo
Prefere as
explanações visuais.
Usa as imagens para
memorizar.
Processa
informações de
forma ampla.
Produz idéias usando
a intuição.
9. O cérebro e seu potencial
adaptativo
De acordo com Gilfoyle (1981), adaptação se
define como contínuo ajuste dos processos
corporais às demandas do ambiente, sucedendo
uma interação entre o indivíduo e um ambiente
de tempo e espaço. Todo indivíduo está dotado
de “desejo de domínio”, isto é, vontade que
todos temos de dominar uma situação. Portanto,
um ambiente ou função que nos desafiem
podem gerar uma pressão que, unidas às forças
motivacionais internas e externas nos leve a
dominar o que desejamos. (Louro, 2006).
10. Plasticidade cerebral
Por o cérebro ser o principal órgão de
adaptação, o sistema nervoso humano
possui um grau de plasticidade superior ao
dos outros órgãos e que se relacionam com
[...] as possibilidades de adaptações motoras
frente a novas situações, criando novos
esquemas de coordenação e fixando-os na
estrutura nervosa. Esse tipo de plasticidade
[...] permite ao homem fugir dos
comportamentos estereotipados. (Hopkins,
1998) e (Le Boulch, 1982).
11. Quatro etapas de adaptação
* Assimilação: recepção dos estímulos e
informações;
* Acomodação: ajuste do corpo para reagir ou
responder aos estímulos recebidos;
* Associação: relacionamento das informações
sensoriais com as ações motoras, comparando as
experiências passadas com as atuais;
* Diferenciação: discriminação das qualidades
comportamentais específicas pertinentes a uma
situação para promover a modificação ou
adaptação requerida.
12. PSICOMOTRICIDADE
PSI – CO – MOTRIC- IDADE
Psicológico
Cognitivo
Motor
Idade
(fases do
desenvolvimento)
13. Psicomotricidade e a
aprendizagem musical
Psicomotricidade é a integração psiquismo
motricidade.
[...] Motricidade pode ser definida como
resultado ação do sistema nervoso sobre
a musculatura, como resposta à
estimulação sensorial. Enquanto que o
psiquismo poderia ser considerado como
o conjunto de sensações, percepções,
imagens, pensamento e afeto.
14. O objetivo da Educação Musical é musicalizar, ou seja,
tornar um indivíduo sensível e receptivo ao fenômeno
sonoro, promovendo nele, ao mesmo tempo, respostas de
índole musical.
A música pode, ao penetrar no homem, romper barreiras
de todo tipo, abrir canais de expressão e comunicação, e
induzir a modificações significativas na mente e corpo.
Violeta de Gainza
15. Relação entre o emocional, cognitivo e ação motora, frente às fases do
desenvolvimento natural do homem (maturação neurológica).
QUERER FAZER
Mental (intenção/ emocional)
PODER FAZER SABER FAZER
(ação motora) Intelectual (cognitivo)
16. Cérebro não é um
computador, é muito melhor.
Barreira de proteção
Falta de oxigênio, baixo níveis de açúcar no sangue
ou substâncias tóxicas podem causar danos no
cérebro em poucos minutos. Porém, esse órgão é
defendido por vários mecanismos que normalmente
podem prevenir problemas. Se o fluxo de sangue
diminui, o cérebro sinaliza e o coração
imediatamente começa a bombear mais sangue
vigorosamente. Se o nível de açúcar no sangue ficar
muito baixo, o cérebro sinaliza as glândulas supra-
renais para liberar adrenalina.
17. DROGA é vírus para o cérebro
Apesar da grande demanda de oxigênio e
nutrientes trazida pelo sangue, as paredes
dos vasos capilares do cérebro são
firmemente lacradas, formando uma barreira
que o protege. Essa barreira limita os tipos de
substâncias que podem passar e, assim, evita
algumas substâncias tóxicas. A penicilina,
muitas drogas usadas na quimioterapia e a
maioria das proteínas não podem passar
para o cérebro, somente em quantias
minúsculas. Por outro lado o álcool, a
cafeína, a nicotina e os antidepressivos
penetram no cérebro através do sangue.
Não há senso de dor dentro do cérebro.
18. Talento ou Superdotação
“A cor do céu depende da hora, do tempo e
de quem olha. Quem diz que o céu é azul
nem desconfia que, de noite, ele pode ser
preto e, quando vai anoitecendo, pode até
ser rosa ou vermelho. Quem diz que o céu é
azul é analfabeto de céu ”
(criança superdotada/talentosa / 06
anos)
19. Dimensões emocionais do
superdotado
“ Eu sou alguém que ninguém conhece. Algumas pessoas vêem
uma parte de mim, outros enxergam outras parte. É como se
eu fosse uma atriz e estivesse representando. O que sou
realmente está dentro de mim. Esses são meus verdadeiros
sentimentos – que eu entendo, mas não sei explicar.”
(criança superdotada/talentosa / 10 anos)
Superdotados são diferentes?
Sim, eles são. São mais em quase tudo: mais curiosos, intensos, desafiadores,
questionadores, frustrados, sensíveis ou apaixonados. Eles sabem mais, aprendem mais
rápido e sentem com maior profundidade.
Sabatella, 2008
20. Atitude, esse é o diferencial
entre o aluno inteligente e o
superdotado.
Aluno Inteligente
• Sabe as respostas,
responde as
perguntas.
• É interessado.
• Presta atenção.
• Gosta da escola,
completa as tarefas.
• Aprecia
companheiros de
mesma idade.
Aluno Superdotado
• Faz perguntas,
questiona as respostas.
• É extremamente
curioso.
• Não presta atenção,
mas sabe as respostas.
• Gosta de aprender;
inicia projetos.
• Prefere adultos ou
companheiros mais
velhos.
21. • É bom de
memorização.
• Atento, esforça-se e
estuda bastante.
• Ouve atenciosamente.
• Entende conceitos: é
técnico.
• Satisfeito com sua
aprendizagem.
• É bom em supor,
adivinhar, levantar
hipóteses.
• Observador sutil,
envolve-se física e
socialmente.
• Mostra opiniões
determinadas
• Constrói abstrações; é
inventor.
• Altamente critico
consigo e com os
outros.
22. • Procura soluções claras
e rápidas.
• Aprende facilmente.
• Compreende
rapidamente.
• Absorve informações: é
receptivo.
• Gosta de terminar um
projeto.
• Explora o problema
profundamente.
• É entediado, já sabe os
conteúdos.
• É extraordinariamente
intuitivo.
• Manipula informações;
é intenso.
• Desfruta mais o
processo do que o
produto.