5. Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação
da Universidade Federal de Juiz de Fora
Coordenação Geral
Lina Kátia Mesquita Oliveira
Coordenador Técnico
Manuel Fernando Palácios da Cunha e Melo
Coordenação Estatística
Tufi Machado Soares
Coordenação de Divulgação dos Resultados
Anderson Córdova Pena
Equipe de Banco de Itens
Verônica Mendes Vieira (Coord.)
Mayra da Silva Moreira
Equipe de Análise e Medidas
Wellington Silva (Coord.)
Ailton Fonseca Galvão
Clayton Vale
Rafael Oliveira
Equipe de Língua Portuguesa
Hilda Aparecida Linhares da Silva Micarello (Coord.)
Josiane Toledo Ferreira Silva (Coord.)
Ana Letícia Duin Tavares
Maika Som Machado
Edson Munck
Maria Tereza Scotton
Equipe de Matemática
Lina Kátia Mesquita Oliveira (Coord.)
Denise Mansoldo Salazar
Mariângela de Assumpção de Castro
Tatiane Gonçalves de Moraes
Mara Sueli Simões Moraes
Nelson Antônio Pirola
Equipe de editoração
Hamilton Ferreira (Coord.)
Clarissa Aguiar
Marcela Zaghetto
Raul Furiatti Moreira
Vinicius Peixoto
6. Sumário
5 Apresentação
Seção 1 - A Avaliação Interna e a Avaliação Externa
7
9 1.1 Avaliação interna e avaliação externa: uma relação complementar
10 1.2 Etapas do processo de avaliação externa
11 Seção 2 - A Construção dos Itens
13 2.1 Etapas do processo de elaboração de itens
14 2.2 Ponto de partida: a Matriz de Referência
18 2.3 O Perfil do Elaborador
2.4 O item e suas partes
18 2.5 Recomendações para a elaboração dos itens
19 2.6 Roteiro Básico para a elaboração de itens
29 Atividades
32
43 Seção 3 - Critérios de Revisão de Itens
45 1 Quanto aos textos
46 2 Quantos aos itens
46 3 Quanto ao enunciado
47 4 Quanto às alternativas
5 Quanto aos gabaritos
47 Atividades
48
61 Anexo I
Detalhamento da Matriz de Referência da 4a série/5o ano do EF
77 Anexo II
Detalhamento das Matrizes de Referência da 8a série/9o ano do EF e do 3o ano EM
99 Anexo III
Quadro de Gêneros
103 Anexo IV
Sugestões de fontes para suportes
111 Anexo V
Formulário para a elaboração de itens
7.
8. Apresentação
Professor,
A avaliação, como você sabe, é parte fundamental do processo de ensino-aprendizagem.
Seus resultados oferecem subsídios, para que os docentes direcionem sua prática, as
escolas reestruturem seus projetos pedagógicos e os sistemas de ensino definam políticas
públicas voltadas para a igualdade de oportunidades educacionais e a qualidade do
ensino ofertado.
Sabemos que, no âmbito da sala de aula, você já dispõe de experiência com a prática
da avaliação. Entretanto, como a avaliação do Sistema educacional em larga escala
apresenta características diferentes daquelas avaliações que se realizam com grupos
reduzidos de estudantes no cotidiano das escolas, este Guia tem o objetivo de oferecer
informações e orientações, para que você conheça um pouco mais sobre a avaliação em
larga escala de natureza externa e dela participe como elaborador de itens.
A primeira seção deste Guia apresenta algumas considerações sobre o processo de
avaliação externa e as etapas a serem percorridas nesse processo.
Na segunda seção, você conhecerá os critérios a serem observados na elaboração de
itens de avaliação em larga escala, as recomendações técnicas e pedagógicas a serem
consideradas na elaboração de bons itens e, ainda, atividades práticas que contribuirão
para que você elabore itens que atendam a tais recomendações.
Os critérios para a revisão dos itens elaborados, assim como orientações sobre como
proceder nessa revisão são apresentados na terceira seção do Guia.
Finalmente, nos anexos, você encontrará uma síntese dos aspectos abordados na segunda
e terceira seções do Guia, uma análise detalhada das Matrizes de Referência para avaliação
em Língua Portuguesa do Saeb (4ª série/5º ano e 8ª série/9º ano do Ensino Fundamental,
3ª série / 3º ano do Ensino Médio), além de sugestões de suportes para a elaboração de
novos itens e informações sobre as planilhas para a elaboração de itens.
Esperamos que as atividades propostas neste Guia, aliadas à sua experiência docente e
à sua sensibilidade, contribuam para que você, professor, torne-se um especialista na
elaboração de itens.
Bom trabalho!
12. 1.1 A avaliação Interna e
Externa: uma relação
complementar
Avaliar é refletir sobre uma determinada realidade, No âmbito escolar, a avaliação externa fornece
visto que os dados e informações gerados pela informações para que gestores da escola e
avaliação possibilitam um julgamento que professores possam realizar um diagnóstico nas
conduz a uma tomada de decisão. áreas em que atuam e planejar ações educativas
mais eficientes.
No âmbito da escola, ocorrem dois processos
de avaliação muito importantes, os quais se No âmbito da gestão do sistema, a partir dos
complementam: a avaliação interna, realizada resultados, governantes e gestores passam
pelo professor, voltada para o desenvolvimento a ter dados que os orientarão tanto no
dos processos de ensino e aprendizagem, e a redirecionamento de trajetórias, quanto no
avaliação externa, que avalia o desempenho planejamento de ações mais específicas.
de um conjunto de estudantes agrupados por
escola ou por sistemas. Na avaliação em larga escala, apesar de os
resultados poderem ser dados individualmente,
Em sala de aula, a fim de avaliar o processo de seu foco é todo o sistema educacional avaliado:
aprendizagem de seus estudantes, tomados a turma, a escola, a regional, o Estado.
individualmente, os professores podem e devem
utilizar diversos instrumentos como, por exemplo, Devemos acrescentar, ainda, que os programas
trabalhos em grupo ou individuais, testes ou de avaliação em larga escala produzem dois
provas com questões de múltipla escolha ou indicadores importantes: (a) a média; e (b) o
questões abertas, dramatizações, observação, percentual de estudantes em cada nível da
relatórios. Esses instrumentos apresentam escala de proficiência. A média é uma maneira
características diferentes, mas têm em comum o de sintetizar o resultado da escola, do Município,
fato de que, por meio deles, é possível avaliar- regional e do Estado. Já o percentual de
da
se a particularidade sobre o progresso de cada estudantes nos níveis de proficiência fornece
estudante e, ao final do ano, atribuir-lhes uma informações a respeito das habilidades já
nota, que varia de 0 a 100 pontos. consolidadas pelo conjunto de estudantes da
rede avaliada.
As avaliações em larga escala, de natureza
externa,utilizam, mais frequentemente, testes
compostos por itens de múltipla escolha
por meio dos quais apenas uma habilidade é
avaliada. Esse tipo de avaliação apresenta três
objetivos básicos: (a) a definição de subsídios
para a formulação de políticas educacionais;
(b) o acompanhamento ao longo do tempo
da qualidade da educação; e (c) a produção de
informações capazes de desenvolver relações
significativas entre as unidades escolares e
órgãos centrais ou distritais de secretarias, bem
como iniciativas dentro das escolas.
9
13. 1.2 Etapas do processo de implementação da avaliação externa
Para melhor compreendermos as características da avaliação externa, apresentaremos as etapas
para a realização de uma avaliação em larga escala de natureza externa.
10
16. 2.1 Etapas do processo de elaboração de itens
A construção de bons itens para compor os testes de proficiência utilizados nos programas de
avaliação em larga escala passa por diversas etapas que envolvem profissionais da educação. A
seguir, veremos um fluxograma que apresenta esse processo.
.
Todos esses procedimentos técnicos e pedagógicos, na construção de itens, são importantes para
garantir a confiabilidade do item, seu poder avaliativo e a eficiência de um programa de avaliação.
13
17. 2.2 Ponto de partida: a
Matriz de Referência
Os testes de avaliação em larga escala têm como Portanto, o texto é o elemento que permite
objetivo aferir a proficiência dos estudantes em que sejam avaliadas essas competências. Dessa
determinada área de conhecimento, em períodos forma, os itens de um teste devem medir o
específicos de escolarização. Assim, é necessária desenvolvimento das múltiplas capacidades
a definição das habilidades e competências que comunicativas e cognitivas de que o indivíduo
serão avaliadas em cada área de conhecimento, deve dispor para responder às exigências de
de modo que possam ser elaborados os itens a sua condição de ser social. O texto não deve,
serem utilizados na composição dos testes. pois, ser utilizado como um pretexto para a
conferência de regras gramaticais.
A definição dessas habilidades é dada pela
Matriz de Referência para avaliação e somente É preciso enfatizarmos que os descritores
com a construção dessa Matriz de Referência não podem ser adotados como um conjunto
é que temos condições de elaborar um teste de indicações básicas para as práticas de
de avaliação em larga escala, visto que é essa ensino-aprendizagem nas escolas, uma vez
Matriz que orienta a elaboração dos itens. que não contêm a análise do conhecimento
da linguagem, as orientações didáticas, as
As Matrizes de Referência do Sistema Nacional estratégias e recursos didáticos, as sugestões
de Avaliação da Educação Básica – Saeb – são como trabalhar os conteúdos, bem como
de
resultado do estudo de Parâmetros Curriculares, não selecionam a progressão de conteúdos por
Diretrizes Curriculares e livros didáticos e da ano ou ciclos. Esse tipo de orientação cabe às
reflexão realizada por professores, pesquisadores Diretrizes, Parâmetros e Matrizes Curriculares.
e especialistas que buscam um consenso a Aos descritores cabe, apenas, a referência para a
respeito das habilidades consideradas essenciais elaboração dos itens que comporão os testes.
em cada etapa do Ensino Fundamental e Médio.
Apresentamos, a seguir, as Matrizes de Referência
As Matrizes de Referência são compostas por um para avaliação em Língua Portuguesa, utilizadas
conjunto de descritores, os quais contemplam pelo Saeb para avaliação da 4ª série/5º ano
dois pontos básicos do que se pretende avaliar: e 8ª sé rie/9º ano do Ensino Funda mental e
o conteúdo programático a ser avaliado em 3ª série / 3º ano do Ensino Médio, para que
cada período de escolarização; e o nível de possamos analisar sua estrutura.
operação mental necessário para a habilidade
avaliada. Tais descritores são selecionados para
compor a Matriz, considerando-se aquilo que
pode ser avaliado por meio de itens de múltipla
escolha.
A Matriz de Referência para avaliação de Língua
Portuguesa tem como foco as práticas de
leitura, as quais se organizam em dois campos
de competências: domínio de estratégias de
leitura de diferentes gêneros (Tópicos 1, 2 e 3
da Matriz de Referência) e domínio de recursos
linguísticos-discursivos na construção de gêneros
(Tópicos 4, 5 e 6 da Matriz de Referência).
14
18. MATRIZ DE REFERÊNCIA - SAEB
LÍNGUA PORTUGUESA - 4ª SÉRIE / 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
TÓPICO E SEUS DESCRITORES
I – PROCEDIMENTOS DE LEITURA
D1 Localizar informações explícitas em um texto.
D3 Inferir o sentido de uma palavra ou expressão.
D4 Inferir uma informação implícita em um texto.
D6 Identificar o tema de um texto.
D11 Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.
II – IMPLICAÇÕES DO SUPORTE, DO GÊNERO E/OU DO ENUNCIADOR NA COMPREENSÃO DO TEXTO
D5 Interpretar texto com auxílio de material gráfico diverso (propagandas, quadrinhos, foto, etc.).
D9 Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros.
III – RELAÇÃO ENTRE TEXTOS
D15 Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratem do mesmo
tema, em função das condições em que ele foi produzido e daquelas em que será recebido.
IV – COERÊNCIA E COESÃO NO PROCESSAMENTO DO TEXTO
D2 Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que contri-
buem para a continuidade de um texto.
D7 Identificar o conflito gerador do enredo e dos elementos que constroem a narrativa.
D8 Estabelecer relações de causa/consequência entre partes e elementos do texto.
D12 Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções, advérbios, etc.
V – RELAÇÕES ENTRE RECURSOS EXPRESSIVOS E EFEITOS DE SENTIDO
D13 Identificar efeitos de ironia ou humor em textos.
D14 Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso de pontuação e de outras notações.
VI – VARIAÇÃO LINGUÍSTICA
D10 Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto.
15
19. MATRIZ DE REFERÊNCIA - SAEB
LÍNGUA PORTUGUESA - 8ª SÉRIE / 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
TÓPICO E SEUS DESCRITORES
I – PROCEDIMENTOS DE LEITURA
D1 Localizar informações explícitas em um texto.
D3 Inferir o sentido de uma palavra ou expressão.
D4 Inferir uma informação implícita em um texto.
D6 Identificar o tema de um texto.
D11 Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.
II – IMPLICAÇÕES DO SUPORTE, DO GÊNERO E/OU DO ENUNCIADOR NA COMPREENSÃO DO TEXTO
D5 Interpretar texto com auxílio de material gráfico diverso (propagandas, quadrinhos, foto, etc.).
D12 Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros.
III – RELAÇÃO ENTRE TEXTOS
D20 Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratem do mesmo
tema, em função das condições em que ele foi produzido e daquelas em que será recebido.
D21 Reconhecer posições distintas entre duas ou mais opniões relativas ao mesmo fato ou ao mesmo tema.
IV – COERÊNCIA E COESÃO NO PROCESSAMENTO DO TEXTO
D2 Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que contri-
buem para a continuidade de um texto.
D7 Identificar a tese de um texto.
D8 Estabelecer relações entre a tese e os argumentos oferecidos para sustentá-la.
D9 Diferenciar as partes principais das secundárias em um texto.
D10 Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que compõem a narrativa.
D11 Estabelecer relação causa/consequência entre partes e elementos do texto.
D15 Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções, advérbios, etc.
V – RELAÇÕES ENTRE RECURSOS EXPRESSIVOS E EFEITOS DE SENTIDO
D16 Identificar efeitos de ironia ou humor em textos.
D17 Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso de pontuação e de outras notações.
D18 Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de uma determinada palavra ou expressão.
D19 Reconhecer o efeito de sentido decorrente da exploração de recursos ortográficos e/ou morfossintá-
ticos.
VI – VARIAÇÃO LINGUÍSTICA
D13 Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto.
16
20. MATRIZ DE REFERÊNCIA - SAEB
LÍNGUA PORTUGUESA - 3ª SÉRIE / 3º ANO DO ENSINO MÉDIO
TÓPICO E SEUS DESCRITORES
I – PROCEDIMENTOS DE LEITURA
D1 Localizar informações explícitas em um texto.
D3 Inferir o sentido de uma palavra ou expressão.
D4 Inferir uma informação implícita em um texto.
D6 Identificar o tema de um texto.
D14 Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.
II – IMPLICAÇÕES DO SUPORTE, DO GÊNERO E/OU DO ENUNCIADOR NA COMPREENSÃO DO TEXTO
D5 Interpretar um texto com auxílio de material gráfico diverso (propagandas, quadrinhos, foto, etc.).
D12 Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros.
III – RELAÇÃO ENTRE TEXTOS
D20 Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam do mesmo
tema, em função das condições em que ele foi produzido e daquelas em que será recebido.
D21 Reconhecer posições distintas entre duas ou mais opiniões relativas ao mesmo fato ou ao mesmo tema.
IV – COERÊNCIA E COESÃO NO PROCESSAMENTO DO TEXTO
D2 Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que contribuem
para a continuidade de um texto.
D7 Identificar a tese de um texto.
D8 Estabelecer relações entre a tese e os argumentos oferecidos para sustentá-la.
D9 Diferenciar as partes principais das secundárias em um texto.
D10 Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa.
D11 Estabelecer relação causa/consequência entre partes e elementos do texto.
D15 Estabelecer relação lógico/discursiva presentes no texto, marcadas por conjunções, advérbios, etc.
V – RELAÇÕES ENTRE RECURSOS EXPRESSIVOS E EFEITOS DE SENTIDO
D16 Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados.
D17 Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de outras notações.
D18 Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de uma determinada palavra ou expressão.
D19 Reconhecer o efeito de sentido decorrente da exploração de recursos ortográficos e/ou morfossintáticos.
VI – VARIAÇÃO LINGUÍSTICA
D13 Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto.
Como você pode observar, as matrizes de referência para avaliação em Língua
Portuguesa estão organi zadas em seis tópicos que, por sua vez, agrupam os
descri tores. Para que bons itens de avaliação sejam elaborados, é fundamental que
se compreenda a que habilidades esses descritores se referem e o que, exatamente,
eles pretendem avaliar.
Veja, nos Anexos I e II, o detalhamento das Matrizes de Referência para avaliação em
Língua Portuguesa.
17
21. 2.3 O perfil do A excelência na elaboração de itens, contudo,
elaborador demanda mais do que isso. É preciso imaginação
e criatividade na invenção de situações que
exijam o conhecimento e as habilidades
Algumas características importantes devem
desejadas. Demanda, principalmente, habilidade
compor o perfil do elaborador de bons itens.
e julgamento, que só vêm com a experiência.
Entre as principais, podemos citar:
• O elaborador deve ter domínio da área de
conhecimento a ser avaliada. Isso significa 2.4 O item e suas
que ele precisa entender o conteúdo escolar
como um meio para se desenvolverem partes
habilidades e competências. Trata-se de
explorar, conforme abordado nos PCNs, o Os itens são elaborados segundo uma Matriz
conteúdo nas suas dimensões conceitual, de Referência, composta por descritores
factual, procedimental e atitudinal, de de desempenho em determinada área de
modo a levar o estudante a mobilizar seus conhecimento. O descritor traduz as habilidades
recursos cognitivos. ou competências esperadas, associando
conteúdos curriculares e operações mentais
desenvolvidas pelos estudantes. A Figura 1
• O elaborador deverá entender os processos apresenta um diagrama que ilustra o processo
de desenvolvimento e aprendizagem que inicial de elaboração dos itens dos testes de
caracterizam os estudantes para os quais proficiência das avaliações em larga escala.
o item será construído. Isso significa
que o professor-elaborador deve estar
familiarizado com os prováveis níveis de
desenvolvimento cognitivo e educacional, a
fim de ajustar a complexidade e o grau de
dificuldade dos itens de modo apropriado e Matriz de
o padrão das alternativas de resposta.
Referência
• O elaborador deve ter o domínio da
linguagem verbal utilizada pelos estudantes
para quem o teste será construído. Ele deve,
além de conhecer o significado das palavras
e usá-las, ser habilidoso no seu emprego, Descritor
de modo a fazer com que elas expressem o Conteúdos/Habilidade
desejado da maneira mais simples possível.
Cognitiva
• O elaborador deve ter a habilidade de
utilizar as técnicas de escrever itens. Para
isso, é preciso que esteja familiarizado
com os diversos tipos de teste e com suas
possibilidades e limitações. Além disso, Item
deve conhecer as características gerais de Avalia um único Descritor
bons itens e precisa estar consciente dos
erros comumente cometidos.
Figura 1
Veja, a seguir, exemplo de item já aplicado em
um teste de proficiência.
18
22. SUPORTE
ENUNCIADO
COMANDO
GABARITO
ALTERNATIVAS
DE RESPOSTAS
Vamos identificar, nesse item, cada uma das partes que o compõem.
O enunciado: é estímulo, para que o estudante mobilize recursos cognitivos, a fim de solucionar
o problema apresentado com base nos dados do suporte e responder ao que é
solicitado pelo comando da resposta. O estímulo pode conter um texto, imagem ou
outros recursos, que recebem o nome de suporte, ou pode apenas apresentar uma
situação-problema, um questionamento ou questão contextualizada. O importante
é que o enunciado, com ou sem suporte, apresente todos os dados e informações
necessários à resolução do item.
Nos testes de proficiência em Matemática, alguns itens não apresentam suporte,
enquanto nos de Língua Portuguesa, a presença do suporte é obrigatória, salvo nos
testes de avaliação da alfabetização.
Nesse item, o enunciado é a situação descrita inicialmente, que contextualiza o
problema. O suporte é representado pela tirinha. O comando para resposta pode
ser dado sob a forma de complementação ou de interrogação. Ele deve ser preciso
e estar nitidamente atrelado à habilidade que se pretende avaliar, explicitando com
clareza a tarefa a ser realizada. Observe que, nesse exemplo, o comando está sob
forma de complementação e solicita que o estudante indique o sentido da palavra
“Hum” na fala do personagem.
As alternativas de resposta: na 4ª série/5ºano e na 8ª série/9º ano do EF, são apresentadas numa lista
de quatro opções, mas apenas uma é a correta - o gabarito. As demais alternativas
são denominadas distratores e devem ser plausíveis, referindo-se a raciocínios
possíveis. No exemplo, você pode verificar se os distratores são plausíveis, analisando
sua compatibilidade em relação ao comando e concluindo se são possibilidades
lógicas de resposta. ( Fonte: Boletim Simave/Proeb 2007, p.21.)
2.5 Recomendações escala é pautado por requisitos técnicos que
buscam estabelecer procedimentos necessários
para elaboração de à clareza e precisão dos instrumentos utilizados
na avaliação.
itens
Para que um item apresente boa qualidade
O processo de construção dos itens de múltipla pedagógica e técnica, é fundamental que
escolha para compor testes de proficiência sejam observadas algumas etapas para sua
utilizados nos programas de avaliação em larga elaboração. Vejamos essas etapas.
19
23. 1º passo: Escolha de um descritor
O primeiro passo no processo de construção dos itens de avaliação em larga escala é a escolha de
um dos descritores da Matriz de Referência.
Para exemplificarmos essa escolha, selecionamos o descritor D1 da Matriz de Referência em Língua
Portuguesa da 4ª série/5º ano do SAEB. Esse descritor diz respeito à habilidade de localizar uma
informação que se encontra explícita em um texto.
Fonte: Teste de 4ª série / 5º ano EF, Língua Portuguesa, SimaveProeb.
No exemplo dado, a informação a ser identificada encontra-se no último verso do poema.
Reafirmamos, aqui, a importância de o elaborador dispor de um conhecimento seguro acerca da
habilidade que o descritor indica. Além disso, deve ser capaz de, a partir de sua experiência e do
conhecimento que possui com relação ao desenvolvimento cognitivo dos estudantes que se encon-
tram na etapa de escolarização avaliada, reconhecer o nível de dificuldade desejado na construção
do item.
20
24. 2º passo: A construção do enunciado
Após a definição do descritor, passamos à construção do enunciado, escolhendo o suporte e
elaborando o comando para resposta.
A. A escolha do suporte
Uma vez definido o descritor, o próximo passo da elaboração de um item de Língua Portuguesa é
a seleção do suporte, ou seja, o texto que será utilizado na elaboração da situação - problema que
se deseja apresentar. A escolha do suporte é uma etapa importante do processo de elaboração do
item, pois ele deve inspirar o elaborador a construir boas situações-problema as quais permitam
identificar aqueles estudantes proficientes na habilidade que se pretende avaliar.
O suporte pode ser retirado de várias fontes, como, por exemplo, livros, jornais, revistas, panfletos,
sites. Devem ser evitados, entretanto, suportes retirados de livros didáticos, também aqueles que
fazem propaganda de algum produto ou marca, bem como textos literários criados pelo próprio
elaborador do item.
A utilização de diferentes suportes atende ao pressuposto de que um teste de proficiência deve
avaliar a capacidade do estudante de ler, extrair informações significativas do que lê, para resolver o
problema solicitado. Quanto mais variados os suportes, maior é a probabilidade de eles atenderem,
de forma mais generalizada, aos contextos dos diferentes grupos que se submetem à avaliação.
É importante que, na escolha do suporte, o elaborador considere, ainda, as situações da vida
cotidiana nas quais a leitura é utilizada com propósitos comunicativos reais. Nesse sentido, pode
ajudar a consulta ao quadro com os diferentes gêneros textuais e as situações nas quais eles se
fazem presentes (Anexo 4).
Vejamos, a seguir, exemplos de alguns itens que apresentam suportes de gêneros textuais
diversos.
Exemplo 1
O
suporte
é um fragmento de
reportagem, retira da de uma
revista de circulação nacional, o
qual é adequado a o período de
escolarização avaliado, tanto no que
diz respeito à linguagem quanto
ao assunto abordado no
texto.
Fonte: Teste de 1º ano EM, Língua Portuguesa, SAERS.
Esse item tem por objetivo avaliar se os estudantes são capazes de localizar uma informação
explícita em um texto, habilidade relacionada no descritor D1 das Matrizes de Referência em Língua
Portuguesa do Saeb/Prova Brasil. 21
25. Exemplo 2
O suporte
é uma história em
quadrinhos retirada
de uma revista bastante
conhecida pelo público
infantil e juvenil.
Fonte: ProJovem. EFNE 03, 2006.
Avalia-se, por meio desse item, a habilidade de o estudante identificar o fato que gera a narrativa
(descritor D7, na Matriz de Referência de Língua Portuguesa da 4ª série / 5º ano e D10, nas Matrizes
de Referência do 9º ano EF e 3ª série / 3º ano EM).
22
26. Exemplo 3
O suporte é uma
letra de música.
Fonte: ProJovem. EFNE 05, dez. 2006.
No Exemplo 3, o item tem por objetivo avaliar a capacidade de o estudante identificar o tema de
um texto – habilidade relacionda no descritor D6 das Matrizes de Referência em Língua Portuguesa
do Saeb/Prova Brasil.
Cabe, aqui, mencionar que NÃO se devem utilizar suportes que apresentem expressões, objetos ou
informações que possam ser identificados como:
- viés cultural, discriminação e preconceito em relação a gênero, etnias, profissões, crenças,
religiões, dentre outras;
- apologia a comportamento e condutas em desacordo com preceitos educativos e legais,
como, por exemplo, drogas, bebida, aborto, crime, arma, incitação à violência e a danos ou
destruição de bem público ou privado.
Os suportes escolhidos devem:
- ser adequados ao período de escolarização avaliado;
- considerar o cotidiano dos estudantes;
-apresentar elemento não-verbal apenas se for imprescindível à construção do sentido do texto.
Deve-se observar um número máximo de itens por suporte e por série:
- 4a série / 5o ano EF até quatro itens;
- 8a série / 9o ano EF até seis itens;
- 3o ano EM até oito itens.
23
27. B. A construção do comando para resposta
O enunciado traz, ainda, o comando para resposta, que deve indicar de forma clara e
objetiva a tarefa a ser realizada em conexão com a habilidade que se pretende avaliar, ou seja, deve
estar diretamente relacionado a um único descritor da Matriz de Referência.
Ao elaborarmos o comando para resposta, devemos afastar todo e qualquer fator que possa
dificultar a compreensão do item pelo estudante. Dessa forma, a escolha cuidadosa do vocabulário
e a objetividade constituem procedimentos fundamentais para a elaboração de um bom item.
Não deve ser, contudo, excessivamente breve, a ponto de sonegar informações importantes para
a resolução da tarefa que será solicitada, nem excessivamente longo, contendo informações
desnecessárias. De forma similar, o vocabulário deve ser adequado ao nível de escolaridade do
estudante avaliado. A utilização de conceitos, fatos e terminologias nas suas formas universalizadas
são garantias para que se evitem comportamentos diferenciados do item, originados de posturas
ideológicas ou especificidades regionais.
Vejamos, agora, o modo como os comandos para resposta podem ser construídos.
Exemplo1
O suporte deste
item é um fragmento
de conto.
O comando para
resposta: interrogação.
Fonte: Teste de 9º ano EF, Língua Portuguesa, Simave/Proeb.
Esse item tem a intenção de avaliar a capacidade de o estudante identificar o fato gerador de uma
narrativa (D7 da Matriz de Referência de Língua Portuguesa do Saeb/Prova Brasil 4a série / 5o ano
EF e D10 das Matrizes de Referência de Língua Portuguesa do Saeb/Prova Brasil 8a série / 9o ano
EF e do 3o ano EM). Analisando o comando, apresentado em forma de interrogação, constatamos
a objetividade do questionamento que indica explicitamente qual a tarefa a ser realizada pelo
estudante.
24
28. Exemplo 2
O suporte deste
item é uma tirinha.
O comando para
resposta: uma frase
incompleta..
Fonte: Teste de 9º ano EF, Língua Portuguesa, Simave/Proeb.
Esse item tem a intenção de avaliar a capacidade de o estudante interpretar um texto que conjuga
linguagem verbal e não-verbal (D5 das Matrizes de Referência de Língua Portuguesa do Saeb/Prova
Brasil). Analisando o comando, apresentado como frase que exige complementação, constatamos a
indicação explícita da tarefa a ser realizada pelo estudante. Essa é uma tarefa mais complexa do que
a apresentada no Exemplo 1, pois apenas o elemento verbal não é suficiente, para que a resposta
seja encontrada. É preciso recorrer à imagem para se chegar à resolução da tarefa.
O comando pa ra
resposta: interrogação.
É fundamental lembrarmos que NÃO se deve:
- utilizar formulações do tipo “pegadinha”, induzindo o estudante ao erro ou dificultando a
resolução do item, nem dicas que levem à resposta correta.
- empregar termos como exceto, falso, incorreto, não ou errado, uma vez que o importante é
avaliar o que estudante aprendeu, e não investigar sobre o que ele não aprendeu.
- utilizar termos como “sempre”, “nunca”, “todo”, “totalmente” ou qualquer outra expressão
determinante.
25
29. 3º. Passo: A construção das alternativas
de resposta
As alternativas de respostas devem ser construídas tendo-se em vista a produção de informações
relevantes sobre o processo de construção da habilidade avaliada. Isso significa que a resposta
correta – o gabarito – deve validar a capacidade do estudante em relação à determinada
habilidade cognitiva. As demais alternativas, os distratores, produzem informações importantes
para a avaliação, na medida em que apontam possíveis caminhos de raciocínio dos estudantes,
delimitando a etapa do desenvolvimento da aprendizagem em que o estudante se encontra. Assim,
os distratores que apresentam soluções supondo erros que os estudantes costumam cometer são
mais plausíveis de serem escolhidos por aqueles que não consolidaram a habilidade requerida,
oferecendo informações sobre as dificuldades encontradas. No caso de distratores que são
imediatamente descartados, a resposta correta surge do processo de eliminação, e não da ação
reflexiva sobre a tarefa solicitada. Portanto, é recomendável que não se proponham alternativas
mutuamente excludentes, nem que sejam construídas de forma a induzir o acerto por exclusão.
Vamos, agora, analisar as alternativas de resposta de dois itens.
Exemplo 1
Gabarito
Fonte: Teste da 3ª série / 3º ano EM, Língua Portuguesa, Simave/Proeb, 2007.
No item apresentado, Exemplo 1, destacamos o gabarito – a resposta correta, as demais alternativas
são os distratores – alternativas incorretas, mas plausíveis.
26
30. Ao analisarmos as alternativas de resposta, podemos observar que todas elas indicam raciocínios
possíveis de serem desenvolvidos pelos estudantes avaliados, permitindo-nos perceber em que
estágio do desenvolvimento da habilidade eles se encontram.
Esse item solicita ao estudante a identificação do tema do texto (D6 das Matrizes de Referência
em Língua Portuguesa do Saeb/Prova Brasil). A resposta a esse questionamento é a alternativa D
– A exaltação do valor da música popular. Para chegar ao tema de um texto, o estudante precisa
mobilizar uma série de recursos cognitivos – ler o texto, fazer sua compreensão global, resumir
mentalmente e inferir o assunto por ele abordado.
Os distratores – alternativas incorretas A, B, C e E – trazem informações presentes no texto, mas
nenhuma delas corresponde ao tema nele desenvolvido. Assim, aqueles que escolheram qualquer
uma dessas alternativas revelam ainda não terem desenvolvido tal habilidade, pois tomaram como
resposta correta informações pontuais presentes no texto, identificando-as como sendo o tema.
Exemplo 2
Gabarito
Fonte: Teste do 9o ano EF, Língua Portuguesa, Simave/Proeb.
Assim como no item do Exemplo 1, destacamos o gabarito – a resposta correta, as demais
alternativas são os distratores – alternativas incorretas, mas plausíveis.
Por meio desse item, avaliamos a capacidade de o estudante distinguir um fato de uma opinião
(D11 da Matriz de Referência em Língua Portuguesa da 4ª série / 5º ano EF e D14 das Matrizes
de Referência do 9º ano EF e 3ª série / 3º ano EM do Saeb/Prova Brasil). Nesse item, o estudante é
solicitado a apontar qual é a opinião das pessoas sobre a princesa. A resposta a esse questionamento
é a alternativa A – “é muito bonita”. Para chegar à resposta, os estudantes deveriam compreender
que a forma verbal “dizem”, que antecede a expressão presente na alternativa A, indica uma opinião.
Os distratores – alternativas incorretas B, C e D – apresentam fatos relativos à caracterização da
personagem. Assim, aqueles que escolheram qualquer uma dessas alternativas revelam ainda não
terem desenvolvido a habilidade de distinguir um fato de uma opinião.
Cabe-nos, ainda, ressaltar que os distratores que apresentam respostas parciais, ou seja, que
apresentam parte da resolução ou parte da resposta correta, podem exercer uma atração improdutiva
sobre o estudante, na medida em que induzem ao erro sem produzir informação mais específica
sobre o estágio de desenvolvimento da habilidade.
27
31. É de suma importância para a formulação das alternativas de resposta que não sejam utilizados
elementos que possam induzir ao erro ou ao acerto, tais como:
- determinantes específicos como: sempre, nunca, completamente e absolutamente;
- associações óbvias, ou opções que sejam idênticas ou semelhantes às palavras contidas no
enunciado;
- inconsistências gramaticais que deem ao examinado pistas para achar a resposta;
- uma opção correta muito chamativa, seja pelo seu conteúdo óbvio ou por sua formatação
especial: extensão diferente das demais, por exemplo;
- duas ou três opções de respostas totalmente implausíveis, o que remete o estudante à res-
posta correta, inevitavelmente.
- opções absurdas ou ridículas.
Os itens elaborados para o 5º e 9º anos EF devem apresentar 4 alternativas; enquanto os itens para
a 3ª série / 3º ano EM, 5 alternativas.
Todas as alternativas devem ser plausíveis.
Algumas considerações importantes
• O enunciado deve conter todas as informações necessárias, para que o estudante resolva o item.
Importante é evitar que o estudante erre o item porque não compreendeu o que lhe estava sendo
perguntado (comando para resposta). Certifique-se de que o comando está efetivamente de acordo
com o descritor.
• Os itens devem ser elaborados numa linguagem apropriada aos estudantes do período de
escolarização avaliado.
• Os itens devem ser elaborados com pontuação correta. Se a instrução for uma frase incompleta,
as alternativas devem começar com letras minúsculas e terminar com ponto apropriado para a
frase. Caso o enunciado seja uma pergunta, as alternativas devem começar com letras maiúsculas.
• A diversificação das fontes abre novas possibilidades de tratar o conteúdo. Vale lembrar a
importância de se considerarem fontes relacionadas ao cotidiano dos estudantes.
• Não se deve empregar a 1ª pessoa na elaboração dos itens.
• Até sua remessa à coordenação do programa, os itens devem ser revisados por seus autores em
momentos diferentes. Esse procedimento contribuirá para melhorar a qualidade do item.
• Não utilizar livros didáticos.
28
32. 2.6 Roteiro básico para a elaboração de itens
Apresentaremos, a seguir, um roteiro de elaboração de
itens de boa qualidade pedagógica e técnica.
Suportes
• Devem ser adequados ao período de escolarização avaliado, no que diz respeito,
por exemplo, à complexidade, ao assunto, etc.
• Devem considerar o cotidiano dos estudantes.
• Devem considerar o tempo para a realização do teste .
• Devem constituir-se fragmentos que permitam a apreensão do sentido global.
• Devem apresentar figuras que possuam boa qualidade gráfica.
• Não é permitida a utilização de textos que apresentem qualquer tipo de viés
cultural e preconceito em relação à etnia, gênero, religião, profissão, crenças
religiosas, etc.
• Não é permitido o emprego de textos que façam apologia a comportamentos e
condutas em desacordo com preceitos educacionais, éticos e legais.
• Não é permitida a utilização de fragmentos que não se constituam como uma
unidade mínima significativa.
• Não é permitida a adaptação de textos pelo elaborador.
• Não é permitida a utilização de textos de autoria do elaborador de itens
• Não é permitida a utilização de textos de propaganda ou de divulgação de
produtos e/ou marcas.
• Devem apresentar referência bibliográfica completa .
• Devem permitir um número máximo de itens conforme o período de escolarização
avaliado: 4ª série / 5º ano EF – 4 itens; 9º ano EF – 6 itens; 3ª série / 3º ano EM
– 8 itens.
• Devem conter títulos (mesmo os fragmentos – textos verbais).
• Devem apresentar figuras que contribuam para a construção de sentido e não
sejam apenas ilustração.
• Devem ser numerados de 05 em 05 linhas (textos verbais).
29
33. Itens
• Devem ser inéditos.
• Devem apresentar 4 alternativas para o 5º e o 9º anos do EF e 5 alternativas para
a 3ª série / 3º ano do EM.
• Devem estar rigorosamente relacionados à Matriz de Referência para avaliação.
• Devem apresentar um único problema.
• Devem ser adequados ao período de escolarização a que se destinam.
• Devem avaliar uma única habilidade.
• Devem ser elaborados sem “pegadinhas”.
• Devem apresentar gabarito.
• Devem apresentar o descritor que avalia a habilidade a ser aferida.
• Devem apresentar enunciado e alternativas estruturados de maneira positiva.
• Devem referir-se a, pelo menos, um texto-base.
• Não é permitida a elaboração de item cujo descritor já tenha sido abordado em
um mesmo texto.
• Não é permitida a utilização de itens que avaliem a capacidade de memorização
• do estudante.
• Não é permitida a apresentação de resposta que depende de outro item.
• Não é permitido o emprego de termos como: “sempre”, “nunca”, “todo(a)”,
“totalmente”,”absolutamente”, “completamente” e “somente”.
• Devem apresentar enunciado e alternativas redigidos conforme a norma culta.
• Devem ser elaborados de modo claro e objetivo.
• Devem apresentar um único gabarito.
• Devem apresentar pontuação conforme o modelo do CAEd.
Enunciado
• Deve apresentar, de modo completo, o problema a ser solucionado.
• Não é permitido o emprego de expressões negativas.
• Não é permitida a elaboração de enunciados que induzam a resposta do
estudante.
• Não é permitida a utilização de expressões como: “Assinale a resposta
correta”, “Qual das alternativas...”, “A alternativa que indica...”, e estruturas
semelhantes.
• Deve deixar clara a habilidade indicada pelo descritor.
• Deve fazer referência, quando necessário, à linha do texto.
• Deve atender à norma culta da língua.
• Não é permitida a redação na 1ª pessoa.
30
34. • Os distratores devem ser plausíveis.
• Devem apresentar paralelismo sintático-semântico.
• Não é permitida a elaboração de alternativas que induzam ao erro.
• Não é permitido o emprego da palavra NÃO ou do prefixo IN-.
• Não é permitida a elaboração de alternativas que apresentem detalhes irrelevantes
ou conteúdos absurdos.
• Não são permitidas alternativas mutuamente excludentes, salvo em casos em que
• o descritor o exigir.
• Não são permitidas alternativas que induzam ao acerto por exclusão.
• Devem ser ordenadas obedecendo-se à progressão textual ou à ordem alfabética.
• Devem ter, aproximadamente, a mesma extensão.
• Devem apresentar um vocabulário adequado ao período de escolarização
avaliado.
• Devem constituir-se como respostas completas.
• Não é permitida a elaboração de alternativas muito longas.
Gabarito
Alternativas de resposta
• Deve corresponder à habilidade indicada pelo descritor.
• Deve ser redigido de modo a não se tornar atrativo em relação aos distratores.
• Deve ter, aproximadamente, a mesma extensão dos distratores.
• Deve apresentar paralelismo sintático e semântico em relação aos distratores.
• Deve ser elaborado, utilizando-se vocabulário adequado ao período de
escolarização avaliado.
• Deve ser redigido de modo claro e objetivo.
31
35. ATIVIDADES
Atividade 1
A seguir, apresentaremos itens que devem ser analisados. Para isso, leve em consideração as
questões dadas, dentre outras.
A. ITENS DA 4a SÉRIE / 5º ANO EF
Item 1 / D11
ENTENDA MELHOR ESSE FENÔMENO
Primeiro o céu fica bem escuro e começa a chover. Aí vem um clarão bem forte, seguido de
um barulho enorme. E a gente toma o maior susto! O nome desse fenômeno, poderoso e
às vezes assustador, é raio. O raio nasce em nuvens grandes e escuras, que têm a parte de
baixo lisa. Elas são conhecidas como cúmulos-nimbos e ficam bem altas, entre 2 e 18 qui-
lômetros do chão. Quando estão cheias de gotículas de água e pequenos pedaços de gelo,
caem grandes tempestades. Com o vento as pedrinhas de gelo batem umas nas outras. Essa
agitação cria partículas de eletricidade na nuvem.
Se uma nuvem com muitas partículas elétricas negativas encontra outra com muitas par-
tículas positivas, elas trocam essas partículas, formando uma corrente elétrica poderosa.
Também pode acontecer de se formar uma corrente elétrica entre uma nuvem e o solo. Nos
dois casos, o resultado final é o raio.
(MOIÓLI, Júlia. Revista Recreio n.411. Janeiro/2008)
A opinião do autor a respeito dos raios é que
A) nascem em grandes nuvens escuras.
B) são fenômenos poderosos e assustadores.
C) são formados por corrente elétrica.
D) surgem num clarão seguido de um barulho.
1. A tarefa indicada nesse item está relacionada ao descritor?
2. O enunciado desse item está claro e preciso?
3. A articulação entre o comando para resposta e as alternativas de resposta propostas no item está
adequada?
4. Os distratores são plausíveis?
5. O que você pode fazer para melhorar a qualidade desse item?
32
36. Item 2 / D1
Leia o quadro abaixo.
BALEIA-AZUL HUMANOS
TAMANHO DO CORPO 35 metros, em média 1,7 metro, em média
PESO DO CÉREBRO 7 quilos, em média 1,3 quilo, em média
De acordo com esse quadro, acima de 35 metros é o
A) peso do cérebro da baleia azul.
B) peso do cérebro do homem.
C) tamanho do corpo da baleia azul.
D) tamanho do corpo do homem
1. A tarefa indicada nesse item está relacionada ao descritor?
2. O enunciado desse item está claro e preciso?
3. A articulação entre o comando para resposta e as alternativas de resposta propostas no item está
adequada?
4. Os distratores são plausíveis?
5. O que você pode fazer para melhorar a qualidade desse item?
33
37. B. ITENS DA 8a SÉRIE / 9º ANO EF
Item 1 / D13
Leia o texto abaixo.
Observando a linguagem do texto, podemos dizer que
A) é a mais adequada para ser usada por todos os brasileiros.
B) a língua sofre variações nos grupos sociais, no tempo e no espaço.
C) é muito usada no cotidiano dos professores das escolas brasileiras.
D) normalmente é empregada por jornalistas em jornais impressos.
1. A tarefa indicada nesse item está relacionada ao descritor?
2. O enunciado desse item está claro e preciso?
3. A articulação entre o comando para resposta e as alternativas de resposta propostas no item está
adequada?
4. Os distratores são plausíveis?
5. O que você pode fazer para melhorar a qualidade desse item?
34
38. Item 2 / D5
Leia o texto e responda às questões.
O texto associado à imagem mostra que
A) desde 1897 não há solução para as dores de cabeça e no corpo.
B) os tipos de relógios e a solução para dores de cabeça mudaram.
C) a solução para as dores de cabeça é a mesma há mais de cem anos.
D) somente em 2007 descobriu-se a solução para as dores de cabeça.
1. A tarefa indicada nesse item está relacionada ao descritor?
2. O enunciado desse item está claro e preciso?
3. A articulação entre o comando para resposta e as alternativas de resposta propostas no item está
adequada?
4. Os distratores são plausíveis?
5. O que você pode fazer para melhorar a qualidade desse item? 35
39. C. ITENS DA 3ª SÉRIE / 3º ANO EM
Item 1 / D4
Leia o texto:
JOVENS, NÃO BANDIDOS
Ontem na Globo, sobre o episódio no Rio:
— Grupo espancou e roubou empregada. Os jovens são de classe média alta ... Jovens
moradores de condomínios de luxo da Barra ... Os jovens são o centro dessa questão
perturbadora ... Agressores.
Dias antes na Globo, sobre um episódio em São Paulo:
— Quadrilha aterrorizou moradores do Morumbi. Assalto a casa de luxo ... Vários bandi-
dos ... Ladrões.
Para um lado, um “grupo” de “jovens”. Para outro, uma “quadrilha” de “bandidos”. Per-
gunta de Xico Vargas, ontem no site Nomínimo:
— Será que temos feito tudo errado e não são a cor, a casa e a carteira que forjam a
bandidagem?
(Nota publicada por Nelson Sá, na coluna Toda Mídia na Folha de S.Paulo em 26/06/2007, p.A14)
O texto mostra que não há neutralidade no uso das palavras, porque
A) as designações diferentes foram utilizadas para nomear acontecimentos parecidos.
B) os sinônimos diferentes marcam a riqueza vocabular da língua portuguesa.
C) os significados veiculados são compreendidos pelos usuários.
D) as nomeações apresentadas trazem uma descrição verdadeira.
1. A tarefa indicada nesse item está relacionada ao descritor?
2. O enunciado desse item está claro e preciso?
3. A articulação entre o comando para resposta e as alternativas de resposta propostas no item está
adequada?
4. Os distratores são plausíveis?
5. O que você pode fazer para melhorar a qualidade desse item?
36
40. Item 2 / D3
Leia o texto e responda às questões
Entrevista
‘EXISTEM CRIMES PIORES’, DIZ PAI DE JOVEM AGRESSOR
Sergio Torres
Da sucursal do Rio
O microempresário Ludovico Ramalho Bruno, 46, disse acreditar que o filho Rubens Arruda, 19, estava alcoolizado ou
drogado quando participou do espancamento da empregada doméstica Sirlei Pinto. “Uma pessoa normal vai fazer
uma agressão dessa?”, perguntou ele após ter sido vítima de um tiroteio na delegacia.
Dono de uma firma de passeios turísticos, Bruno afirmou que o filho não deveria ser preso, para não conviver com
criminosos na cadeia. “Foi uma coisa feia que eles fizeram? Foi. Não justifica o que fizeram. Mas prender, botar preso,
juntar eles com outros bandidos... Essas pessoas que têm estudo, que têm caráter, junto com um cara desses? Existem
crimes piores.”
Se forem indiciados, os acusados vão responder por tentativa de latrocínio (pena de 7 a 15 anos de prisão em caso de
detenção) e lesão corporal dolosa (de 1 a 8 anos de prisão).
Folha: O sr. acredita na acusação contra o seu filho?
Ludovico Ramalho Bruno: Eles não são bandidos. Tem que criar outras instâncias para puni-los. Queria dizer à socie-
dade que nós, pais, não temos culpa nisso. Eles cometeram erro? Cometeram. Mas não vai ser justo manter crianças
que estão na faculdade, estão estudando, trabalham, presos. É desnecessário, vai marginalizar lá dentro. Foi uma coisa
feia o que eles fizeram? Foi. Não justifica o que fizeram. Mas prender, botar preso, juntar eles com outros bandidos...
Essas pessoas que têm estudo, têm caráter, junto com uns caras desses? Existem crimes piores.
Folha: O sr. já falou com ele?
Bruno: Não. É um deslize na vida dele. E vai pagar caro. Está detido, chorando, desesperado. Daqui vai ser transferido.
Peço ao juiz que dê a chance para cuidarmos dos nossos filhos. Peguei a senhora que foi agredida, abracei, chorei com
ela e pedi perdão. Foi a primeira coisa que fiz quando vi a moça, foi o mínimo que pude fazer. Não é justo prender
cinco jovens que estudam, que trabalham, que têm pai e mãe, e juntar bandidos que a gente não sabe de onde vieram.
Imagina o sofrimento desses garotos.
Folha: O sr. acha que eles tinham bebido ou usado droga?
Bruno: Estamos com epidemia de droga. A droga tomou conta do Brasil. O inimigo do brasileiro é a droga. Tem que
legalizar isso. Botar nas farmácias, nos hospitais. Com esse dinheiro que vai ser arrecadado, pagar clínicas, botar os
viciados lá, controlar a droga.
Folha: Mas o sr. acha que eles poderiam estar embriagados ou drogados?
Bruno: Mas é lógico. Uma pessoa normal vai fazer uma agressão dessa? Lógico que não. Lógico que estavam embria-
gados, lógico que poderiam estar drogados. Eu nunca vi [o filho usar droga]. Mas como posso falar de um jovem de
19 anos que está na rua com uma epidemia de droga, com essas festas rave, essas loucuras todas.
Folha: Como é seu filho em casa?
Bruno: Fica no computador, vai à praia, estuda, trabalha comigo. Uma pessoa normal, um garoto normal.
(Folha de S.Paulo, 26/06/2007 p. C4)
Assinale a opção em que há uma correlação inadequada entre a palavra grifada e a sua interpretação.
A) “Foi uma coisa feia o que eles fizeram” ( coisa = agressão).
B) “Juntar eles com outros bandidos” (eles = os jovens agressores).
C) “Essas pessoas que têm estudo” (essas pessoas = bandidos).
D) “junto com um cara desses” (um cara = um bandido).
1. A tarefa indicada nesse item está relacionada ao descritor?
2. O enunciado desse item está claro e preciso?
3. A articulação entre o comando para resposta e as alternativas de resposta propostas no item está adequada?
4. Os distratores são plausíveis?
5. O que você pode fazer para melhorar a qualidade desse item? 37
41. Atividade 2
Propomos, agora, que você faça o seu primeiro exercício de elaboração de itens. A seguir, você
encontrará alguns suportes para a realização de sua tarefa. Para realizá-la, percorra os passos apre-
sentados nesta seção.
A. Exemplos de suportes que podem ser utilizados para a 4a
série / 5º ano EF
Suporte 1
Extraído de http://www.climatempo.com.br/previsao.php?CODCIDADE=558
Suporte 2
O que é Folclore?
Podemos definir o folclore como um conjunto de mitos e lendas que as pessoas pas-
sam de geração para geração. Muitos nascem da pura imaginação das pessoas, prin-
cipalmente dos moradores das regiões do interior do Brasil. Muitas destas histórias fo-
ram criadas para passar mensagens importantes ou apenas para assustar as pessoas.
O folclore pode ser dividido em lendas e mitos. Muitos deles deram origem a festas
populares, que ocorrem pelos quatro cantos do país.
38 Extraído de http://www.suapesquisa.com/folclorebrasileiro/folclore.htm
42. B. Exemplos de suportes que podem ser utilizados para a 8a
série / 9º ano EF
Suporte 1
Extraído de http://www.monica.com.br/comics/tirinhas/tira4.htm
Suporte 2
O LOBO-GUARá
O lobo-guará mede até cerca de 1 metro no ombro e pesa entre 20 e 25 kg. A sua
pelagem característica é avermelhada por todo o corpo, exceto no pescoço, patas e
ponta da cauda que são de cor preta. Ao contrário dos lobos, esta espécie não forma
alcateias e tem hábitos solitários, juntando-se apenas em casais durante a época de
reprodução.
Extraído de http://pt.wikipedia.org/wiki/Lobo-guar%C3%A1
39
43. C. Exemplos de suportes que podem ser utilizados para a
3ª série / 3º ano EM
Suporte 1
Teresa
Manuel Bandeira
A primeira vez que vi Teresa
Achei que ela tinha pernas estúpidas
Achei também que a cara parecia uma perna
Quando vi Teresa de novo
Achei que os olhos eram muito mais velhos que o resto do corpo
(Os olhos nasceram e ficaram dez anos esperando que o resto do corpo nascesse)
Da terceira vez não vi mais nada
Os céus se misturaram com a terra
E o espírito de Deus voltou a se mover sobre a face das águas.
Extraído de: http://www.revista.agulha.nom.br/manuelbandeira01.html
40
44. Suporte 2
RENDA MÍNIMA - UMA IDEIA DA REVOLUÇÃO FRANCESA
A ideia de que todo cidadão tem direito a uma parte da renda produzida pela
sociedade é do economista inglês Thomas Paine. Combatente na Guerra da Inde-
pendência americana e entusiasta da Revolução de 1789, Paine queria estender
para a economia a igualdade da democracia política
por Pierre-Henri de Menthon
A ideia é simples: todo in- Os famintos e o penhorista, guache, irmãos Leseur, século XVIII, Museu Car-
divíduo, do dia de seu nas- navalet, Paris
cimento ao de sua morte,
contribui para a criação da
riqueza do país, e teria, por
consequência, o direito de
receber uma parte disso.
Idealista, o dividendo univer-
sal, que no Brasil se popula-
rizou com o nome de “renda
mínima”, é uma ideia antiga.
Mesmo que alguns acreditem
encontrar vestígios Miseráveisna alimentos e casal entrega prataria da casa a um penhoris-
dele recebem
obra de Thomas More, sua ta. Pobreza nos tempos da Revolução francesa inspirou Paine
paternidade é geralmente
atribuída a um economista de Pas-de-Calais, Paine foi apresentado à Assembleia
Eleito pelo departamento
inglês, que combateu pela
Constituinte
independência dos Estados Unidos pelo foi parlamentar na Revolução Francesa:
no dia 22 de setembro de 1792 e abade Gregório. Nesse dia, na Salle du
Thomas Paine.
Manège, foi
proclamado o ano I da República, e o anglo-americano Thomas Paine tornou-se
personalida-
Paine nasceu em 1737, em Norfolk, Inglaterra. Após ter sido fabricante de espartilhos, mari-
nheiro e alfandegário desembarcou em 1774 em Filadélfia. Desconhecido, arruinado, divorcia-
do, foi tentar a sorte na dinâmica colônia americana. Ele desejava mudar o mundo e publicou em seu prefácio de uma
de internacional. Nas palavras de François Mitterrand,
textos nacoletiva
obra imprensa local.
intitulada Thomas Paine, cidadão do mundo, “como outros, mais familiares, Thomas
Paine foi
http://www2.uol.com.br/historiaviva/reportagens/renda_minima.html
daqueles que fundaram, pela razão e pela ação, os Estados Unidos e a França
republicana”.
41
45. Atividade 3
Escolha, no Anexo IV, um suporte e elabore um item.
Atividade 4
Agora, você deverá escolher suportes com objetivos de elaborar itens com os descritores que foram
previamente determinados.
Mãos à obra!
42
48. Critérios de Revisão de itens
Após a elaboração do item, é fundamental que ele seja
revisado, de modo a garantir sua qualidade pedagógica e
técnica. Por isso, estabelecemos os critérios que devem ser
observados no momento de se fazer a revisão dos itens.
Veremos, a seguir, esses critérios. A sua utilização se assemelha a uma lista de controle de qualidade
cujas etapas devem ser rigorosamente cumpridas. Dessa forma, após a revisão criteriosa, o item
estará pronto para a pré-testagem, e os itens que apresentarem um bom comportamento passarão
a compor o teste.
Se não atenderem
1. QUANTO AOS SUPORTES
ao critério
1.1 Devem ser adequados ao período de escolarização avaliado no que diz Rejeitar
respeito, por exemplo, à complexidade, ao assunto, etc.
1.2 Devem considerar o cotidiano dos estudantes. Rejeitar
1.3 Devem considerar o tempo para a realização do teste . Rejeitar
1.4 Devem constituir-se fragmentos que permitam a apreensão do sentido Rejeitar
global.
1.5 Devem apresentar figuras que possuam boa qualidade gráfica. Rejeitar
Não é permitida a utilização de textos que apresentem qualquer tipo de
1.6 viés cultural e preconceito em relação à etnia, gênero, religião, profissão, Rejeitar
crenças, variantes linguísticas, etc.
Não é permitido o emprego de textos que façam apologia a
1.7 comportamentos e condutas em desacordo com preceitos educacionais, Rejeitar
éticos e legais.
1.8 Não é permitida a utilização de fragmentos que não se constituam como Rejeitar
uma unidade mínima significativa.
1.9 Não é permitida a utilização de textos de autoria do elaborador de itens. Rejeitar
1.10 Não é permitida a utilização de textos de propaganda ou de divulgação Rejeitar
de produtos e/ou marcas.
1.11 Não é permitida a adaptação de textos pelo elaborador. Modificar
1.12 Devem apresentar referência bibliográfica completa . Modificar
Devem permitir um número máximo de itens conforme o período de
1.13 escolarização avaliado: Modificar
4ª série / 5º ano EF – 4 itens; 9º ano EF – 6 itens; 3ª série / 3º ano EM – 8
itens.
1.14 Devem conter títulos (mesmo os fragmentos – textos verbais). Modificar
Modificar
1.15 Devem apresentar figuras que contribuam para a construção de sentido e
não sejam apenas ilustração. (exluir figura)
1.16 Devem ser numerados de 05 em 05 linhas (textos verbais). Modificar
45
49. Se não atenderem
2. QUANTO AOS ITENS
ao critério
2.1 Devem ser inéditos. Rejeitar
2.2 Devem apresentar 4 alternativas para o 5º e o 9º anos EF e 5 alternativas Rejeitar
para a 3ª série / 3º ano EM.
2.3 Devem estar rigorosamente relacionados à Matriz de Referência para Rejeitar
avaliação.
2.4 Devem apresentar um único problema. Rejeitar
2.5 Devem ser adequados ao período de escolarização a que se destinam. Rejeitar
2.6 Devem avaliar uma única habilidade.
Rejeitar
2.7 Devem ser elaborados sem “pegadinhas”. Rejeitar
2.8 Devem apresentar gabarito. Rejeitar
2.9 Devem apresentar o descritor que avalia a habilidade a ser aferida. Rejeitar
2.10 Devem apresentar enunciado e alternativas estruturados de maneira Rejeitar
positiva.
2.11 Devem referir-se a, pelo menos, um texto-base. Rejeitar
2.12 Não é permitida a elaboração de item cujo descritor já tenha sido Rejeitar
abordado em um mesmo texto.
2.13 Não é permitida a utilização de itens que avaliem a capacidade de Rejeitar
memorização do estudante.
2.14 Não é permitida a apresentação de resposta que depende de outro item. Rejeitar
Não é permitido o emprego de termos como: “sempre”, “nunca”,
2.15 “todo(a)”, “ totalmente”,”absolutamente”, “completamente” e Rejeitar
“somente”, etc.
2.16 Devem apresentar enunciado e alternativas redigidos conforme a norma Modificar
culta.
2.17 Devem ser elaborados de modo claro e objetivo. Modificar
2.18 Devem apresentar um único gabarito. Modificar
2.19 Devem apresentar pontuação conforme o modelo do CAEd. Modificar
Se não atender ao
3. QUANTO AO ENUNCIADO
critério
3.1 Deve apresentar, de modo completo, o problema a ser solucionado. Rejeitar
3.2 Não é permitido o emprego de expressões negativas.
Rejeitar
3.3 Não é permitida a elaboração de enunciados que induzam a resposta do Rejeitar
estudante.
Não é permitida a utilização de expressões como: “Assinale a resposta
3.4 correta”, “Qual das alternativas...”, “A alternativa que indica...”, e Rejeitar
estruturas semelhantes.
3.5 Deve deixar clara a habilidade indicada pelo descritor. Modificar
3.6 Deve fazer referência, quando necessário, à linha do texto. Modificar
3.7 Deve atender à norma culta da língua.
Modificar
3.8 Não é permitida a redação na 1ª pessoa. Modificar
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50. Se não atenderem
4. QUANTO ÀS ALTERNATIVAS
ao critério
4.1 Os distratores devem ser plausíveis. Rejeitar
4.2 Devem apresentar paralelismo sintático-semântico. Rejeitar
4.3 Não é permitida a elaboração de alternativas que induzam ao erro. Rejeitar
4.4 Não é permitido o emprego da palavra NÃO ou do prefixo IN-. Rejeitar
4.5 Não é permitida a elaboração de alternativas que apresentem detalhes Rejeitar
irrelevantes ou conteúdos absurdos.
4.6 Não são permitidas alternativas mutuamente excludentes, salvo em Rejeitar
casos em que o descritor o exigir.
4.7 Não são permitidas alternativas que induzam ao acerto por exclusão. Rejeitar
4.8 Devem ser ordenadas obedecendo à progressão textual ou à ordem Modificar
alfabética.
4.9 Devem ter, aproximadamente, a mesma extensão. Modificar
4.10 Devem apresentar um vocabulário adequado ao período de Modificar
escolarização avaliado.
4.11 Devem constituir-se como respostas completas. Modificar
4.12 Não é permitida a elaboração de alternativas muito longas. Modificar
Se não atenderem
5. QUANTO AOS GABARITOS
ao critério
5.1 Devem corresponder à habilidade indicada pelo descritor. Rejeitar
5.2 Devem ser redigidos de modo a não se tornarem atrativos em relação Rejeitar
aos distratores.
5.3 Devem ter, aproximadamente, a mesma extensão dos distratores. Modificar
5.4 Devem apresentar paralelismo sintático e semântico em relação aos Modificar
distratores.
5.5 Devem ser elaborados utilizando-se vocabulário adequado ao período Modificar
de escolarização avaliado.
5.6 Devem ser redigidos de modo claro e objetivo. Modificar
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51. Atividade 3
Agora que você conheceu as Matrizes de Referência, as etapas e as recomendações para a elabo-
ração e a revisão de itens, vamos revisar alguns itens. Para isso, analise os itens dados e preencha o
quadro conforme as indicações apresentadas anteriormente.
Item 1 - 4a série / 5o ano EF
QUANTO AOS SUPORTES Situação
1.1 Devem ser adequados ao período de escolarização avaliado no que diz
respeito, por exemplo, à complexidade, ao assunto, etc.
1.2 Devem considerar o cotidiano dos estudantes.
1.3 Devem considerar o tempo para a realização do teste .
1.4 Devem constituir-se fragmentos que permitam a apreensão do sentido
global.
1.5 Devem apresentar figuras que possuam boa qualidade gráfica.
Não é permitida a utilização de textos que apresentem qualquer tipo de
1.6 viés cultural e preconceito em relação à etnia, gênero, religião, profissão,
crenças, variantes linguísticas, etc.
1.7 Não é permitido o emprego de textos que façam apologia a comportamentos
e condutas em desacordo com preceitos educacionais, éticos e legais.
1.8 Não é permitida a utilização de fragmentos que não se constituam como
uma unidade mínima significativa.
1.9 Não é permitida a utilização de textos de autoria do elaborador de itens.
1.10 Não é permitida a utilização de textos de propaganda ou de divulgação
de produtos e/ou marcas.
1.11 Não é permitida a adaptação de textos pelo elaborador.
1.12 Devem apresentar referência bibliográfica completa .
Devem permitir um número máximo de itens conforme o período de
1.13 escolarização avaliado:
4ª série / 5º ano EF – 4 itens; 9º ano EF – 6 itens; 3ª série / 3º ano EM – 8 itens.
1.14 Devem conter títulos (mesmo os fragmentos – textos verbais).
1.15 Devem apresentar figuras que contribuam para a construção de sentido e
não sejam apenas ilustração.
48 1.16 Devem ser numerados de 05 em 05 linhas (textos verbais).
52. QUANTO AOS ITENS Situação
2.1 Devem ser inéditos.
2.2 Devem apresentar 4 alternativas para o 5º e o 9º anos EF e 5 alternativas
para a 3ª série / 3º ano EM.
2.3 Devem estar rigorosamente relacionados à Matriz de Referência para
avaliação.
2.4 Devem apresentar um único problema.
2.5 Devem ser adequados ao período de escolarização a que se destinam.
2.6 Devem avaliar uma única habilidade.
2.7 Devem ser elaborados sem “pegadinhas”.
2.8 Devem apresentar gabarito.
2.9 Devem apresentar o descritor que avalia a habilidade a ser aferida.
2.10 Devem apresentar enunciado e alternativas estruturados de maneira
positiva.
2.11 Devem referir-se a, pelo menos, um texto-base.
2.12 Não é permitida a elaboração de item cujo descritor já tenha sido
abordado em um mesmo texto.
2.13 Não é permitida a utilização de itens que avaliem a capacidade de
memorização do estudante.
2.14 Não é permitida a apresentação de resposta que depende de outro item.
Não é permitido o emprego de termos como: “sempre”, “nunca”,
2.15 “todo(a)”, “ totalmente”,”absolutamente”, “completamente” e
“somente”, etc.
2.16 Devem apresentar enunciado e alternativas redigidos conforme a norma
culta.
2.17 Devem ser elaborados de modo claro e objetivo.
2.18 Devem apresentar um único gabarito.
2.19 Devem apresentar pontuação conforme o modelo do CAEd.
QUANTO AO ENUNCIADO Situação
3.1 Deve apresentar, de modo completo, o problema a ser solucionado.
3.2 Não é permitido o emprego de expressões negativas.
3.3 Não é permitida a elaboração de enunciados que induzam a resposta do
estudante.
Não é permitida a utilização de expressões como: “Assinale a resposta
3.4 correta”, “Qual das alternativas...”, “A alternativa que indica...”, e
estruturas semelhantes.
3.5 Deve deixar clara a habilidade indicada pelo descritor.
3.6 Deve fazer referência, quando necessário, à linha do texto.
3.7 Deve atender à norma culta da língua.
3.8 Não é permitida a redação na 1ª pessoa.
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53. QUANTO ÀS ALTERNATIVAS Situação
4.1 Os distratores devem ser plausíveis.
4.2 Devem apresentar paralelismo sintático-semântico.
4.3 Não é permitida a elaboração de alternativas que induzam ao erro.
4.4 Não é permitido o emprego da palavra NÃO ou do prefixo IN-.
4.5 Não é permitida a elaboração de alternativas que apresentem detalhes
irrelevantes ou conteúdos absurdos.
4.6 Não são permitidas alternativas mutuamente excludentes, salvo em
casos em que o descritor o exigir.
4.7 Não são permitidas alternativas que induzam ao acerto por exclusão.
4.8 Devem ser ordenadas obedecendo à progressão textual ou à ordem
alfabética.
4.9 Devem ter, aproximadamente, a mesma extensão.
4.10 Devem apresentar um vocabulário adequado ao período de
escolarização avaliado.
4.11 Devem constituir-se como respostas completas.
4.12 Não é permitida a elaboração de alternativas muito longas.
QUANTO AOS GABARITOS Situação
5.1 Devem corresponder à habilidade indicada pelo descritor.
5.2 Devem ser redigidos de modo a não se tornarem atrativos em relação
aos distratores.
5.3 Devem ter, aproximadamente, a mesma extensão dos distratores.
5.4 Devem apresentar paralelismo sintático e semântico em relação aos
distratores.
5.5 Devem ser elaborados utilizando-se vocabulário adequado ao período
de escolarização avaliado.
5.6 Devem ser redigidos de modo claro e objetivo.
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54. Tem 02
QUANTO AOS SUPORTES Situação
1.1 Devem ser adequados ao período de escolarização avaliado no que diz
respeito, por exemplo, à complexidade, ao assunto, etc.
1.2 Devem considerar o cotidiano dos estudantes.
1.3 Devem considerar o tempo para a realização do teste .
1.4 Devem constituir-se fragmentos que permitam a apreensão do sentido
global.
1.5 Devem apresentar figuras que possuam boa qualidade gráfica.
Não é permitida a utilização de textos que apresentem qualquer tipo de
1.6 viés cultural e preconceito em relação à etnia, gênero, religião, profissão,
crenças, variantes linguísticas, etc.
Não é permitido o emprego de textos que façam apologia a
1.7 comportamentos e condutas em desacordo com preceitos educacionais,
éticos e legais.
1.8 Não é permitida a utilização de fragmentos que não se constituam como
uma unidade mínima significativa.
1.9 Não é permitida a utilização de textos de autoria do elaborador de itens.
1.10 Não é permitida a utilização de textos de propaganda ou de divulgação
de produtos e/ou marcas.
1.11 Não é permitida a adaptação de textos pelo elaborador.
1.12 Devem apresentar referência bibliográfica completa .
Devem permitir um número máximo de itens conforme o período de
1.13 escolarização avaliado:
4ª série / 5º ano EF – 4 itens; 9º ano EF – 6 itens; 3ª série / 3º ano EM – 8 itens.
1.14 Devem conter títulos (mesmo os fragmentos – textos verbais).
1.15 Devem apresentar figuras que contribuam para a construção de sentido e
não sejam apenas ilustração.
1.16 Devem ser numerados de 05 em 05 linhas (textos verbais).
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55. QUANTO AOS ITENS Situação
2.1 Devem ser inéditos.
2.2 Devem apresentar 4 alternativas para o 5º e o 9º anos EF e 5 alternativas
para a 3ª série / 3º ano EM.
2.3 Devem estar rigorosamente relacionados à Matriz de Referência para
avaliação.
2.4 Devem apresentar um único problema.
2.5 Devem ser adequados ao período de escolarização a que se destinam.
2.6 Devem avaliar uma única habilidade.
2.7 Devem ser elaborados sem “pegadinhas”.
2.8 Devem apresentar gabarito.
2.9 Devem apresentar o descritor que avalia a habilidade a ser aferida.
2.10 Devem apresentar enunciado e alternativas estruturados de maneira
positiva.
2.11 Devem referir-se a, pelo menos, um texto-base.
2.12 Não é permitida a elaboração de item cujo descritor já tenha sido
abordado em um mesmo texto.
2.13 Não é permitida a utilização de itens que avaliem a capacidade de
memorização do estudante.
2.14 Não é permitida a apresentação de resposta que depende de outro item.
Não é permitido o emprego de termos como: “sempre”, “nunca”,
2.15 “todo(a)”, “ totalmente”,”absolutamente”, “completamente” e
“somente”, etc.
2.16 Devem apresentar enunciado e alternativas redigidos conforme a norma
culta.
2.17 Devem ser elaborados de modo claro e objetivo.
2.18 Devem apresentar um único gabarito.
2.19 Devem apresentar pontuação conforme o modelo do CAEd.
QUANTO AO ENUNCIADO Situação
3.1 Deve apresentar, de modo completo, o problema a ser solucionado.
3.2 Não é permitido o emprego de expressões negativas.
3.3 Não é permitida a elaboração de enunciados que induzam a resposta do
estudante.
Não é permitida a utilização de expressões como: “Assinale a resposta
3.4 correta”, “Qual das alternativas...”, “A alternativa que indica...”, e
estruturas semelhantes.
3.5 Deve deixar clara a habilidade indicada pelo descritor.
3.6 Deve fazer referência, quando necessário, à linha do texto.
3.7 Deve atender à norma culta da língua.
3.8 Não é permitida a redação na 1ª pessoa.
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56. QUANTO ÀS ALTERNATIVAS Situação
4.1 Os distratores devem ser plausíveis.
4.2 Devem apresentar paralelismo sintático-semântico.
4.3 Não é permitida a elaboração de alternativas que induzam ao erro.
4.4 Não é permitido o emprego da palavra NÃO ou do prefixo IN-.
4.5 Não é permitida a elaboração de alternativas que apresentem detalhes
irrelevantes ou conteúdos absurdos.
4.6 Não são permitidas alternativas mutuamente excludentes, salvo em
casos em que o descritor o exigir.
4.7 Não são permitidas alternativas que induzam ao acerto por exclusão.
4.8 Devem ser ordenadas obedecendo à progressão textual ou à ordem
alfabética.
4.9 Devem ter, aproximadamente, a mesma extensão.
4.10 Devem apresentar um vocabulário adequado ao período de
escolarização avaliado.
4.11 Devem constituir-se como respostas completas.
4.12 Não é permitida a elaboração de alternativas muito longas.
QUANTO AOS GABARITOS Situação
5.1 Devem corresponder à habilidade indicada pelo descritor.
5.2 Devem ser redigidos de modo a não se tornarem atrativos em relação
aos distratores.
5.3 Devem ter, aproximadamente, a mesma extensão dos distratores.
5.4 Devem apresentar paralelismo sintático e semântico em relação aos
distratores.
5.5 Devem ser elaborados utilizando-se vocabulário adequado ao período
de escolarização avaliado.
5.6 Devem ser redigidos de modo claro e objetivo.
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57. Item 3
QUANTO AOS SUPORTES Situação
1.1 Devem ser adequados ao período de escolarização avaliado no que diz
respeito, por exemplo, à complexidade, ao assunto, etc.
1.2 Devem considerar o cotidiano dos estudantes.
1.3 Devem considerar o tempo para a realização do teste .
1.4 Devem constituir-se fragmentos que permitam a apreensão do sentido
global.
1.5 Devem apresentar figuras que possuam boa qualidade gráfica.
Não é permitida a utilização de textos que apresentem qualquer tipo de
1.6 viés cultural e preconceito em relação à etnia, gênero, religião, profissão,
crenças, variantes linguísticas, etc.
1.7 Não é permitido o emprego de textos que façam apologia a comportamentos
e condutas em desacordo com preceitos educacionais, éticos e legais.
1.8 Não é permitida a utilização de fragmentos que não se constituam como
uma unidade mínima significativa.
1.9 Não é permitida a utilização de textos de autoria do elaborador de itens.
1.10 Não é permitida a utilização de textos de propaganda ou de divulgação
de produtos e/ou marcas.
1.1 Não é permitida a adaptação de textos pelo elaborador.
1.12 Devem apresentar referência bibliográfica completa .
Devem permitir um número máximo de itens conforme o período de
1.13 escolarização avaliado:
4ª série / 5º ano EF – 4 itens; 9º ano EF – 6 itens; 3ª série / 3º ano EM – 8 itens.
1.14 Devem conter títulos (mesmo os fragmentos – textos verbais).
1.15 Devem apresentar figuras que contribuam para a construção de sentido e
não sejam apenas ilustração.
1.16 Devem ser numerados de 05 em 05 linhas (textos verbais).
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58. QUANTO AOS ITENS Situação
2.1 Devem ser inéditos.
2.2 Devem apresentar 4 alternativas para o 5º e o 9º anos EF e 5 alternativas
para a 3ª série / 3º ano EM.
2.3 Devem estar rigorosamente relacionados à Matriz de Referência para
avaliação.
2.4 Devem apresentar um único problema.
2.5 Devem ser adequados ao período de escolarização a que se destinam.
2.6 Devem avaliar uma única habilidade.
2.7 Devem ser elaborados sem “pegadinhas”.
2.8 Devem apresentar gabarito.
2.9 Devem apresentar o descritor que avalia a habilidade a ser aferida.
2.10 Devem apresentar enunciado e alternativas estruturados de maneira
positiva.
2.11 Devem referir-se a, pelo menos, um texto-base.
2.12 Não é permitida a elaboração de item cujo descritor já tenha sido
abordado em um mesmo texto.
2.13 Não é permitida a utilização de itens que avaliem a capacidade de
memorização do estudante.
2.14 Não é permitida a apresentação de resposta que depende de outro item.
Não é permitido o emprego de termos como: “sempre”, “nunca”,
2.15 “todo(a)”, “ totalmente”,”absolutamente”, “completamente” e
“somente”, etc.
2.16 Devem apresentar enunciado e alternativas redigidos conforme a norma
culta.
2.17 Devem ser elaborados de modo claro e objetivo.
2.18 Devem apresentar um único gabarito.
2.19 Devem apresentar pontuação conforme o modelo do CAEd.
QUANTO AO ENUNCIADO Situação
3.1 Deve apresentar, de modo completo, o problema a ser solucionado.
3.2 Não é permitido o emprego de expressões negativas.
3.3 Não é permitida a elaboração de enunciados que induzam a resposta do
estudante.
Não é permitida a utilização de expressões como: “Assinale a resposta
3.4 correta”, “Qual das alternativas...”, “A alternativa que indica...”, e
estruturas semelhantes.
3.5 Deve deixar clara a habilidade indicada pelo descritor.
3.6 Deve fazer referência, quando necessário, à linha do texto.
3.7 Deve atender à norma culta da língua.
3.8 Não é permitida a redação na 1ª pessoa.
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59. QUANTO ÀS ALTERNATIVAS Situação
4.1 Os distratores devem ser plausíveis.
4.2 Devem apresentar paralelismo sintático-semântico.
4.3 Não é permitida a elaboração de alternativas que induzam ao erro.
4.4 Não é permitido o emprego da palavra NÃO ou do prefixo IN-.
4.5 Não é permitida a elaboração de alternativas que apresentem detalhes
irrelevantes ou conteúdos absurdos.
4.6 Não são permitidas alternativas mutuamente excludentes, salvo em
casos em que o descritor o exigir.
4.7 Não são permitidas alternativas que induzam ao acerto por exclusão.
4.8 Devem ser ordenadas obedecendo à progressão textual ou à ordem
alfabética.
4.9 Devem ter, aproximadamente, a mesma extensão.
4.10 Devem apresentar um vocabulário adequado ao período de
escolarização avaliado.
4.11 Devem constituir-se como respostas completas.
4.12 Não é permitida a elaboração de alternativas muito longas.
QUANTO AOS GABARITOS Situação
5.1 Devem corresponder à habilidade indicada pelo descritor.
5.2 Devem ser redigidos de modo a não se tornarem atrativos em relação
aos distratores.
5.3 Devem ter, aproximadamente, a mesma extensão dos distratores.
5.4 Devem apresentar paralelismo sintático e semântico em relação aos
distratores.
5.5 Devem ser elaborados utilizando-se vocabulário adequado ao período
de escolarização avaliado.
5.6 Devem ser redigidos de modo claro e objetivo.
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60. Item 4
Entrevista
‘EXISTEM CRIMES PIORES’, DIZ PAI DE JOVEM AGRESSOR
Sergio Torres
Da sucursal do Rio
O microempresário Ludovico Ramalho Bruno, 46, disse acreditar que o filho Rubens
Arruda, 19, estava alcoolizado ou drogado quando participou do espancamento da
empregada doméstica Sirlei Pinto. “Uma pessoa normal vai fazer uma agressão des-
sa?”, perguntou ele após ter sido vítima de um tiroteio na delegacia.
Dono de uma firma de passeios turísticos, Bruno afirmou que o filho não deveria ser
preso, para não conviver com criminosos na cadeia. “Foi uma coisa feia que eles fize-
ram? Foi. Não justifica o que fizeram. Mas prender, botar preso, juntar eles com outros
bandidos... Essas pessoas que têm estudo, que têm caráter, junto com um cara desses?
Existem crimes piores.”
Se forem indiciados, os acusados vão responder por tentativa de latrocínio (pena de 7
a 15 anos de prisão em caso de detenção) e lesão corporal dolosa (de 1 a 8 anos de
prisão).
Folha: O sr. acredita na acusação contra o seu filho?
Ludovico Ramalho Bruno: Eles não são bandidos. Tem que criar outras instâncias
para puni-los. Queria dizer à sociedade que nós, pais, não temos culpa nisso. Eles come-
teram erro? Cometeram. Mas não vai ser justo manter crianças que estão na faculdade,
estão estudando, trabalham, presos. É desnecessário, vai marginalizar lá dentro. Foi
uma coisa feia o que eles fizeram? Foi. Não justifica o que fizeram. Mas prender, botar
preso, juntar eles com outros bandidos... Essas pessoas que têm estudo, têm caráter,
junto com uns caras desses? Existem crimes piores.
Folha: O sr. já falou com ele?
Bruno: Não. É um deslize na vida dele. E vai pagar caro. Está detido, chorando, de-
sesperado. Daqui vai ser transferido. Peço ao juiz que dê a chance para cuidarmos dos
nossos filhos. Peguei a senhora que foi agredida, abracei, chorei com ela e pedi perdão.
Foi a primeira coisa que fiz quando vi a moça, foi o mínimo que pude fazer. Não é justo
prender cinco jovens que estudam, que trabalham, que têm pai e mãe, e juntar bandi-
dos que a gente não sabe de onde vieram. Imagina o sofrimento desses garotos.
Folha: O sr. acha que eles tinham bebido ou usado droga?
Bruno: Estamos com epidemia de droga. A droga tomou conta do Brasil. O inimigo do
brasileiro é a droga. Tem que legalizar isso. Botar nas farmácias, nos hospitais. Com esse
dinheiro que vai ser arrecadado, pagar clínicas, botar os viciados lá, controlar a droga.
Folha: Mas o sr. acha que eles poderiam estar embriagados ou drogados?
Bruno: Mas é lógico. Uma pessoa normal vai fazer uma agressão dessa? Lógico que
não. Lógico que estavam embriagados, lógico que poderiam estar drogados. Eu nunca
vi [o filho usar droga]. Mas como posso falar de um jovem de 19 anos que está na rua
com uma epidemia de droga, com essas festas rave, essas loucuras todas.
Folha: Como é seu filho em casa?
Bruno: Fica no computador, vai à praia, estuda, trabalha comigo. Uma pessoa normal,
um garoto normal.
(Folha de S.Paulo, 26/06/2007 p. C4)
Assinale a opção que indica o principal argumento usado pelo pai para rejeitar o encarceramento
do filho junto com bandidos.
A) O filho cometeu apenas um deslize.
B) O filho tem hábitos de uma pessoa normal.
C) O filho trabalha, estuda, tem família.
D) O filho sofre com a epidemia das drogas.
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