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Comércio Internacional

                    Políticas Comerciais




14-julho-2012         preparado por Elisabete Felicio Camargo   1
Evolução das Exportações Mundiais
                                  1950 a 2011
                        18,000



                        16,000



                        14,000
US$ bilhões FOB




                        12,000



                        10,000



                         8,000



                         6,000



                         4,000



                         2,000



                            0
                                 1950




                                        1955




                                               1960




                                                      1965




                                                                   1970




                                                                             1975




                                                                                      1980




                                                                                               1985




                                                                                                       1990




                                                                                                              1995




                                                                                                                     2000




                                                                                                                            2005




                                                                                                                                   2010
                  14-julho-2012 FONTE:MDIC                   preparado por Elisabete Felicio Camargo                               2
Variação (%) Annual das Exportações e Participação (%)
              das Exportações no PIB 1950 a 2011
       60.0


       55.0


       50.0


       45.0


       40.0


       35.0


       30.0


       25.0


       20.0
%




       15.0


       10.0


        5.0


        0.0


       -5.0


      -10.0


      -15.0


      -20.0


      -25.0
              1950




                     1955




                            1960




                                   1965




                                                1970




                                                             1975




                                                                        1980




                                                                               1985




                                                                                       1990




                                                                                                         1995




                                                                                                                      2000




                                                                                                                               2005




                                                                                                                                      2010
                                   Variação (%) anual das Exportações                         Part. % das exportações no PIB



    14-julho-2012                            preparado por Elisabete Felicio Camargo                                                  3
Principais Importadores Mundiais –
     2010 (ranking US$ bilhões= 15376)
                                                                                  EUA
                                                     Part %                       China
                                     1.8 1.3 1.2                                  Alemanha
                               1.8                                                Japão
                           2                                                      França
                                2                      12.8                       Reino Unido
                       2
                 2.1                                                              Países Baixos
                                                                                  Itália
                      2.6                                                         Hong Kong
                  0                                                9.1            Coréia do Sul
                      2.8                                                         Bélgica
                       2.9                                                        Canadá
                                                                                  Índia
                                                             6.9                  Espanha
                   3.1         3.4
                                      3.8 3.9 4.5


                                                               Fonte: MDIC/SECEX/ DEPLA
           O Brasil ocupa 20a posição 1.2%
14-julho-2012                           preparado por Elisabete Felicio Camargo                   4
Principais Exportadores Mundiais –
        2010 (US$ bilhões = 15238)
                            1.4                 Part %
                                  1.3
          1.7             1.5 1.4
                    1.6                                            China
           1.8                          10.4                       EUA
             2
                                                                   Alemanha
         2.3
                                                                   Japão
        2.5                                      8.4
                                                                   Países Baixos
              2.6                                                  França
        2.6                                      8.3               Coréia do Sul
          2.7                                                      Itália
            2.8                           5.1                      Bélgica
                           3.1 3.4 3.8
                    2.9                                            Reino Unido

                                                       Fonte: MDIC/SECEX/ DEPLA
          O Brasil ocupa a 22a posição 1.3%
14-julho-2012                    preparado por Elisabete Felicio Camargo           5
Ranking dos maiores países nas
                                exportações mundiais           RANKING DOS PRINCIPAIS EXPORTADORES - 2002 - 2011
                   PAÍSES
                                2002   2003         2004       2005          2006           2007           2008    2009   2010       2011
China                            5      4            3          3              3              2              2      1      1          1
Estados Unidos                   1      2            2          2              2              3              3      3      2          2
Alemanha                         2      1            1          1              1              1              1      2      3          3
Japão                            3      3            4          4              4              4              4      4      4          4
Países Baixos                    9      8            6          6              6              6              5      5      5          5
França                           4      5            5          5              5              5              6      6      6          6
Coreia do Sul                    12     12           12         12             11            11             12      9      7          7
Itália                           7      7            7          8              8              7              7      7      8          8
Rússia                           17     17           15         13             13            12              9      13     12         9

Bélgica + Luxemburgo             10     10           9          10             9              8              8      8      9          10

Reino Unido                      6      6            8          7              7              9             10      10     10         11
Hong Kong (*)                    11     11           11         11             12            13             13      11     11         12
Canadá                           8      9            10         9              10            10             11      12     13         13
Cingapura                        16     14           13         14             14            14             14      14     14         14
Arábia Saudita                   23     22           19         18             18            18             15      18     18         15
México                           13     13           14         15             15            15             16      15     15         16
Taiwan                           14     16           17         16             16            17             18      17     16         17
Espanha                          15     15           16         17             17            16             17      16     17         18
Índia                            31     31           30         29             28            26             23      21     20         19

Emirados Árabes Unidos           30     28           26         24             22            19             19      19     19         20

Austrália                        25     26           27         27             26            27             24      23     21         21
Brasil                           26     25           24         23             23            24             22      24     22         22
Suíça                            19     18           21         21             20            21             20      20     24         23
Tailândia                        24     24           25         25             25            25             27      25     25         24
Malásia                          18     19           18         19             19            20             21      22     23         25
Indonésia                        28     30           32         31             31            32             31      29     28         26
Polônia                          33     32           31         30             29            28             29      27     26         27
Suécia                           21     20           20         20             21            22             25      28     27         28
Áustria                          22     21           22         22             24            23             26      26     29         29
República Tcheca                 34     34           33         33             32            30             30      32     30         30
            14-julho-2012                    preparado por Elisabete Felicio Camargo                                             6
Ranking dos maiores importadores
                                  mundiais 2002 - 2012
                                                              RANKING DOS PRINCIPAIS IMPORTADORES - 2002 - 2011
                       PAÍSES
                                 2002   2003         2004      2005          2006          2007          2008     2009   2010   2011
Estados Unidos                    1      1            1         1             1              1             1       1      1         1
China                             6      3            3         3             3              3             3       2      2         2
Alemanha                          2      2            2         2             2              2             2       3      3         3
Japão                             4      6            6         4             5              6             4       5      4         4
França                            5      5            4         6             6              4             5       4      5         5
Reino Unido                       3      4            5         5             4              5             6       6      6         6
Países Baixos                     9      8            8         8             8              8             7       7      7         7
Itália                            7      7            7         7             7              7             8       8      8         8
Coreia do Sul                     14     13           13        13            13            13            10       12     10        9
Hong Kong                         11     11           11        11            11            12            13       10     9      10

Bélgica + Luxemburgo              10     9            9         9             9              9             9       9      11     11

Canadá                            8      10           10        10            10            10            12       11     12     12
Índia                             24     24           22        17            17            16            14       14     13     13
Cingapura                         15     15           15        15            15            15            15       15     15     14
Espanha                           13     12           12        12            12            11            11       13     14     15
México                            12     14           14        14            14            14            16       16     16     16
Rússia                            23     22           24        20            18            17            17       17     18     17
Taiwan                            16     16           16        16            16            18            18       18     17     18
Austrália                         20     19           19        21            21            21            21       19     19     19
Turquia                           27     25           23        23            20            19            20       24     21     20
Brasil                            29     31           30        28            28            28            24       26     20     21
Tailândia                         22     23           25        22            24            26            25       25     22     22
Suíça                             17     17           18        19            19            23            23       20     24     23
Polônia                           25     26           26        26            26            20            19       22     23     24

Emirados Árabes Unidos            30     29           27        27            27            27            26       21     26     25

Áustria                           19     18           17        18            22            22            22       23     27     26
Malásia                           18     21           20        24            23            25            28       27     25     27
Indonésia                         34     37           34        30            31            32            30       31     29     28
Suécia                            21     20           21        25            25            24            27       28     28     29
República Tcheca                  32     30           28        29            29            29            29       29     30     30
            14-julho-2012                    preparado por Elisabete Felicio Camargo                                            7
Comércio Internacional


           Comércio Internacional                                             Comércio Exterior
          Conjunto de trocas comerciais                                      Abrange as trocas comerciais
          (circulação de bens e serviços) que                                (circulação de bens e serviços) que
          os países do mundo fazem entre si                                  um país faz com os outros
         Acordos da OMC, acordos e regras                                    Legislação do comércio exterior
         do comércio internacional entre                                     brasileiro. Refere-se apenas a um
         todos os países.                                                    país
          Ótica MACRO




14-julho-2012                              preparado por Elisabete Felicio Camargo                                 8
Comércio Internacional
                                                A Teoria Pura do
      Estudo da                                 Comércio
      Economia                                  A Teoria da Política
                                                Comercial
    Internacional
                                                O Balanço de
       abrange                                  Pagamentos

                                                O ajustamento do
                                                Balanço de Pagamentos

14-julho-2012        preparado por Elisabete Felicio Camargo            9
Comércio Internacional

A Teoria da Política Comercial:
É um ramo da economia que estuda como o
comércio, as finanças internacionais e as
políticas estatais afetam o intercâmbio
internacional e a política monetária e fiscal.




14-julho-2012        preparado por Elisabete Felicio Camargo   10
Políticas Comerciais
Examinar as políticas que os governos adotam
quanto ao comércio internacional – políticas que
envolvem várias ações diferentes, entre elas
impostos      sobre      algumas        transações
internacionais, subsídios a outras e limites legais
ao valor ou volume de determinadas
importações.



14-julho-2012       preparado por Elisabete Felicio Camargo   11
Comércio Internacional
   • O que é ?
   • O que leva os países a comercializarem entre
     si?
   • Por que eles deveriam abrir suas economias
     para o comércio internacional?




14-julho-2012     preparado por Elisabete Felicio Camargo   12
Comércio Internacional
• O que é?
“É definido como o conjunto de operações
  realizadas entre países onde há intercâmbio
  de bens e serviços ou movimento de capitais.
Este comércio é regido por regras e normas,
  resultantes de acordos negociados, em órgãos
  internacionais.
Ex. OMC, CCI ( Câmara de Comércio
  Internacional).” (LOPEZ e GAMA, 2010)
14-julho-2012        preparado por Elisabete Felicio Camargo   13
TESTE
  (AFRF 2002) – Assinale a opção que melhor define “Comércio Internacional”.
  a) A expressão “Comércio Internacional” designa, unicamente, a troca de
      mercadorias entre diferentes países, não abrangendo serviços nem
      aspectos ligados a sua execução, como o transporte e o pagamento.
  b) A expressão “Comércio Internacional”, refere-se às trocas de
      mercadorias entre diferentes países exclusivamente por compra e venda
      internacional e abrange tudo o que for ligado à sua execução, incluindo
      transporte e pagamento.
  c) A expressão “Comércio Internacional” designa a troca de mercadorias e
      serviços entre os países signatários do GATT.
  d) A expressão “Comércio Internacional” designa a troca de mercadorias
      entre o Brasil e os países do Mercosul.
  e) A expressão “Comércio Internacional” designa a troca de mercadorias e
      serviços de todos os tipos entre diferentes países em tudo o que for
      ligado à sua execução, incluindo transporte e pagamento.


14-julho-2012             preparado por Elisabete Felicio Camargo         14
TESTE
  (AFRF 2002) – Assinale a opção que melhor define “Comércio Internacional”.
  a) A expressão “Comércio Internacional” designa, unicamente, a troca de
      mercadorias entre diferentes países, não abrangendo serviços nem
      aspectos ligados a sua execução, como o transporte e o pagamento.
  b) A expressão “Comércio Internacional”, refere-se às trocas de
      mercadorias entre diferentes países exclusivamente por compra e venda
      internacional e abrange tudo o que for ligado à sua execução, incluindo
      transporte e pagamento.
  c) A expressão “Comércio Internacional” designa a troca de mercadorias e
      serviços entre os países signatários do GATT.
  d) A expressão “Comércio Internacional” designa a troca de mercadorias
      entre o Brasil e os países do Mercosul.
  e) A expressão “Comércio Internacional” designa a troca de mercadorias e
      serviços de todos os tipos entre diferentes países em tudo o que for
      ligado à sua execução, incluindo transporte e pagamento.


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Comércio Internacional
• O que leva os países a comercializarem entre si?

Motivações para trocas internacionais

São 4 fatores fundamentais:

1.       Reservas Naturais;
2.       Solos e Clima;
3.       Capital e Trabalho; e
4.       Estágio Tecnológico.

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Comércio Internacional
• Por que os países deveriam abrir suas
  economias para o comércio internacional?

A melhor defesa da liberalização do comércio
internacional encontra-se nas chamadas teorias
do comércio internacional.



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Teorias de Comércio Internacional

• Mercantilismo (séc. XV ao XVIII)                                      acúmulo
  de metais preciosos (ouro e prata)
      – Como:
                • Através exploração das riquezas das colônias;
                • Através do Comércio Internacional, incentivando as
                  exportações e impondo barreiras (protecionismo) nas
                  importações. (procura de uma balança comercial
                  favorável, Estado intervencionista)
      – Porque do pensamento:
                • tendo muito ouro e prata os produtos do país seriam
                  mais caros e vendidos por preços maiores

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Teorias de Comércio Internacional
         Teoria da Vantagem Absoluta
• Filósofo David Hume (ensaio “Da Balança Comercial)
      – Criou a teoria fluxo-espécie-preço
      – Criticou o mercantilismo e o protecionismo. Não haverá
        acúmulo de ouro e prata, pois a demanda no mercado
        internacional se reduzirá.
• No final do séc XVIII, Adam Smith (Riquezas das
  Nações) defende a teoria de que a intervenção do
  Estado deve ser a mínima possível, pois o mercado é
  auto regulador, como se existisse uma mão invisível do
  mercado e isto traria benefícios para a sociedade.


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Comércio Internacional
• ADAM SMITH: VANTAGEM ABSOLUTA
      – 1776 – A Riqueza das Nações
      – Defendeu o livre comércio como a melhor política para as
        nações do mundo
      – Argumentava que os países deveriam especializar-se na
        produção de mercadorias com as quais tinham uma
        vantagem absoluta (ou seja, produção com maior
        eficiência que as demais nações) e importar aquelas em
        que tinham uma desvantagem absoluta (ou produzir
        menos eficientemente)
      – O resultado seria em aumento do produto mundial que
        seria compartilhado entre as nações que comercializam
        entre si.

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Teoria da Vantagem Absoluta
                         Brasil                       França            Total no mercado
   sapatos               4 unidades/hora              2 unidades/hora   6 unidades
   bolsas                2 unidades/hora              3 unidades/hora   5 unidades

    Se os países se especializarem nos produtos que produzem
    com maior eficiência haverá um ganho.

    O Brasil produziria em duas horas de trabalho 8 sapatos.
    A França, por sua vez, produziria em duas horas 6 bolsas.




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Teorias de Comércio Internacional
• Teoria da Vantagem Absoluta
A teoria de Smith quanto a vantagem absoluta é
obviamente correta, contudo, não é
suficientemente ampla. Explica apenas uma
pequena parte do comércio internacional.
Coube a Ricardo, escrevendo cerca de 40 anos
mais tarde, explicar a maior parte do comércio
mundial, com sua lei da vantagem comparativa.

14-julho-2012   preparado por Elisabete Felicio Camargo   22
Teorias de Comércio Internacional
• Avaliação da Lei da Vantagem Comparativa
  de Ricardo
Ricardo fundamentou seu raciocínio em várias
hípóteses simplicadoras. Uma delas é a
chamada teoria do valor trabalho, segundo a
qual o valor ou o preço de uma mercadoria é
igual ou pode ser inferido da quantidade de
tempo de trabalho em sua produção.

14-julho-2012   preparado por Elisabete Felicio Camargo   23
Teorias de Comércio Internacional
• Avaliação da Lei da Vantagem Comparativa de
   Ricardo
Atualmente, rejeitamos a teoria do valor de
trabalho, pois o trabalho não é o único fator de
produção (pois este não é usado na mesma
proporção fixa na produção de todas as
mercadorias), supõe que o trabalho é homogêneo
(isto é de um único tipo) e conclui que o custo ou
preço de uma mercadoria é igual à quantidade de
trabalho incorporado..

14-julho-2012    preparado por Elisabete Felicio Camargo   24
Teorias de Comércio Internacional
• Avaliação da Lei da Vantagem Comparativa
  de Ricardo
Rejeitando-a, precisamos também rejeitar a
explicação de Ricardo sobre a vantagem
comparativa, mas não precisamos dizer não à
própria lei da vantagem comparativa. Esta é
válida e pode ser explicada em termos de custos
de oportunidade

14-julho-2012   preparado por Elisabete Felicio Camargo   25
Questão
(AFTN-1998) Indique a opção que não está
relacionada com a prática do mercantilismo:
a) O princípio segundo o qual o Estado deve
   incrementar o bem-estar nacional.
b) O conjunto de concepções que incluía o
   protecionismo, a atuação ativa do Estado e a
   busca de acumulação de metais preciosos,
   que foram aplicadas em toda Europa
   homogeneamente no séc. XVII

14-julho-2012   preparado por Elisabete Felicio Camargo   26
Questão
c) O comércio exterior deve ser estimulado, pois
um saldo positivo na balança fornece um
estoque de metais preciosos.
d) A riqueza da economia depende do aumento
da população e do volume de metais preciosos
do país.
e) Uma forte autoridade central é essencial para
a expansão dos mercados e a proteção dos
interesses comerciais.

14-julho-2012   preparado por Elisabete Felicio Camargo   27
Questão
(AFRF-2000) – A teoria das Vantagens Absolutas
afirma em quais condições determinado
produto ou serviço poderia ser oferecido com:
a) Preços de custo inferiores aos do
    concorrente.
b) Preços de aquisição inferiores aos do
    concorrente


14-julho-2012   preparado por Elisabete Felicio Camargo   28
Teorias de Comércio Internacional
                                                       • Especializado
                                                       • Não especializado
                                     trabalho          • Semi especializado
                                                       • empresarial

                                                          • Líquido (moeda,
                 Fatores                                    por exemplo)
                   de                  capital            • Ilíquido
                                                            (maquinario,
                Produção                                    fábricas, etc)

                                                    • Áreas agrícolas
                                                    • Minerais
                                  terra             • Industriais
                                                    • residenciais

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Teorias de Comércio Internacional
• A Moderna Teoria de Comércio Internacional:
  Heckscher-Ohlin
A teoria de Heckscher-Ohlin supõe que as
nações possuem os mesmos gostos, utilizam a
mesma tecnologia, têm rendimentos constantes
de escala (isto é, um determinado aumento
percentual em todos os insumos incrementa a
produção na mesma percentagem), porém
divergem muito em dotações de fator.

14-julho-2012   preparado por Elisabete Felicio Camargo   30
Teorias de Comércio Internacional
• A Moderna Teoria de Comércio Internacional:
  Heckscher-Ohlin
Diz também que face a gostos e condições de
demanda idênticos, esta diferença na dotação de
fatores resultará em uma diferença nos preços
relativos do fator entre as nações, o que, por sua
vez, conduz a uma diferença nos preços relativos da
mercadoria e comércio. Deste modo, na teoria
Heckscher-Ohlin, por si só a diferença internacional
nas condições de oferta determina a configuração
do comércio.

14-julho-2012     preparado por Elisabete Felicio Camargo   31
Teorias de Comércio Internacional
• A Moderna Teoria de Comércio Internacional:
  Heckscher-Ohlin
A teoria Heckscher-Ohlin afirma que cada nação
exportará a mercadoria que incorporar grande
volume de seus fatores relativamente
abundantes e baratos e importará aquela cuja
produção incorporar maior volume de fatores
relativamente escassos e caros.

14-julho-2012   preparado por Elisabete Felicio Camargo   32
Teorias de Comércio Internacional




              Teoria Clássica                     Teoria Moderna                          Nova Teoria
      Vantagens Comparativas: os           modelo de Heckscher-Ohlin:               Paul Krugman e Staffan
      países devem especializar-se          os países diferem quanto a              Linder: esses 2 autores
       na produção daqueles bens           dotação relativa de fatores de            procuram explicações
          que façam com maior              produção que agora passam a            complementares ao modelo
     eficiência, isto é, com menores          ser tanto a mão de obra                 de Heckscher-Ohlin.
             custos relativos.              (trabalho) quanto o capital.           Comércio intra-industrial
                                              Aqui, diferentemente do                -economia de escala
                                          modelo clássico, os países não         -lado da demanda      - ciclo
                                          se especializam totalmente na                  do produto
                                             produção das mercadorias
                                          relativamente mais vantajosas.



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Protecionismo x Livre Cambismo
   Argumentos em defesa da abertura                Argumentos em defesa de medidas
   comercial                                       protecionistas
   Teoria das vantagens comparativas               A crítica estruturalista
   Ganhos de escala                                A indústria nascente
   Ampliação das possibilidades de                 Falhas de mercado
   consumo
   Ganhos de eficiência                            A vulnerabilidade externa e os
                                                   problemas de Balanço de Pagamentos
   Vantagens no processo de estabilização          Combate ao desemprego no curto prazo




14-julho-2012                preparado por Elisabete Felicio Camargo                    34
Desempenho Recente das Exportações e do PIB
  de Países Selecionados 2010/09 – Variação %
   32.6 32 31.9 31.3 31.1
                          29.9
                                                            28.3
                                                                             26.3
                                                                                        21

                                                                                                         14.7 13.3
                                  10.3 10.4
                 7.5                                        7.2                                                                    7.8 7.4            Exportações
                                                    5.5 6.1
      3.9                   4                                                              2.8                            3.5                         PIB
                                                                                                            1.3                               1.5

                                                                                                                                   -0.1
     Japão

                Brasil

                         Rússia

                                  China

                                          India

                                                   México

                                                             Coréia do Sul

                                                                              Malásia

                                                                                        Estados Unidos

                                                                                                          Reino Unido

                                                                                                                        Alemanha

                                                                                                                                   Espanha

                                                                                                                                             França
14-julho-2012                                     preparado por Elisabete Felicio Camargo                                                                    35
Comércio Internacional e Crescimento
              Econômico
• Todos os países do mundo preocupam-se com o
  seu desenvolvimento econômico. Os mais pobres
  procuram aumentar suas riquezas, enquanto os
  mais ricos buscam desenvolvimento ainda maior,
  de forma que possam se manter entre as
  lideranças internacionais.
• Motivados por essa idéia os países dedicam
  especial atenção ao comércio internacional, pois
  a influênciado resultado favorável de seu balanço
  de pagamentos será fundamental para
  possibilitar o crescimento econômico desejado.

14-julho-2012    preparado por Elisabete Felicio Camargo   36
Comércio Internacional e Crescimento
              Econômico
• Atualmente, as necessidades da população de
  um país já não são mais satisfeitas com os
  bens produzidos internamente. Até mesmo
  países que possuem fatores de produção
  abundantes transformam-se em importadores
  de bens produzidos por outros países, seja por
  motivos de política interna, de consumo ou
  por outros necessidades.

14-julho-2012   preparado por Elisabete Felicio Camargo   37
Comércio Internacional e Crescimento
              Econômico
• Países desenvolvidos, como os Estados Unidos e os países
  da Europa, transformaram-se em grandes importadores de
  mercadorias e serviços de países em desenvolvimento,
  como os asiáticos, atraídos pela aplicação de novas técnicas
  de produção e matérias-primas, desenvolvidas por mão-de-
  obra eficiente e barata.
• As mudanças processadas no comércio internacional
  indicam a entrada em uma época de integração e
  complementação industrial de bens e de serviços, em que
  os países desenvolvidos gastam enormes quantias em
  projetos e pesquisas de produtos e de implantação de
  novas tecnologias, com a evidente intenção da manutenção
  de suas posições no mercado internacional.


14-julho-2012        preparado por Elisabete Felicio Camargo   38
Livre Cambismo x Protecionismo
•    Livre Cambismo                                •    Protecionismo
Os defensores do livre-cambismo (laissez-          O protecionismo não nega a
   faire) pretendiam que cada país                    especialização das produções,
   deveria produzir os produtos nos quais             entende que a completa liberdade
   tivessem maior facilidade de obtenção              das atividades econômicas e a
   dos recursos de produção, com
   divisão internacional do trabalho e                livre circulação de produtos
   consequente especialização das                     permitem o surgimento de
   produções.                                         desigualdades de riquezas e de
Desse modo, aplicando-se a doutrina                   oportunidades econômicas entre
   livre-cambista na determinação da                  os países.
   política comercial internacional de             Desse modo, os defensores do
   diferentes países, com a                           protecionismo entendem que o
   especialização da produção e
   eliminação de obstáculos aduaneiros,               estado deveria controlar as
   permitir-se-ia a livre troca desses                atividades econômicas e, com
   produtos no mercado internacional,                 relação ao comércio internacional,
   que seriam vendidos a preços                       estabelecer restrições às
   mínimos, num regime de mercado que                 importações e exportações,
   se aproximaria ao da livre                         condicionando-as a uma política
   concorrência perfeita, favorecendo o               de desenvolvimento.
   aumento do bem-estar das
   populações.
14-julho-2012                preparado por Elisabete Felicio Camargo                  39
Livre Cambismo x Protecionismo
Os economistas modernos entendem que a
 aplicação da política de livre-cambismo pode
 ser adotada com sucesso entre países mais
 desenvolvidos. Para os países menos
 desenvolvidos a melhor solução é a adoção de
 algumas intervenções protecionistas para
 compensar certas vantagens temporárias ou
 para proteção de setores essenciais, como
 agricultura e indústria de base.
14-julho-2012   preparado por Elisabete Felicio Camargo   40
Questão
(AFRF-2003) Sobre o protecionismo, em suas expressões
   contemporâneas, é correto afirmar-se que:
a) Tem aumentado em razão da proliferação de acordos de alcance
    regional que mitigam o impulso liberalizante da normativa
    multilateral.
b) Possui expressão eminentemente tarifária desde que os membros
    da OMC acordaram a tarifação das barreiras não tarifárias.
c) Assume feições preponderantemente não tarifárias, associando-
    se, entre outros, a procedimentos administrativos e à adoção de
    padrões e de controles relativos às características sanitárias e
    técnicas dos bens trasacionais.
d) Vem diminuido progressivamente à medida que as tarifas também
    são reduzidas a patamares historicamente menores.
e) Associa-se a estratégias defensivas dos países em
    desenvolvimento frente às pressões liberalizantes.

14-julho-2012          preparado por Elisabete Felicio Camargo    41
Comentário - Questão
O objetivo da questão é saber como se manifesta o
   protecionismo atualmente. A letra A está errada porque a
   proliferação de acordos regionais não é uma manifestação
   do protecionismo. Muito pelo contrário, representa um
   passo a caminho da liberalização. A filosofia dos acordos
   regionais é a de que se não for possível liberalizar o
   comércio em nível mundial (multilateral), que se busque a
   liberalização no nível regional.
A letra B está errada porque atualmente o protecionismo é
   eminentemente não tarifário. Desde 1947, com a criação
   do GATT, as tarifas foram sucessivamente reduzidas por
   meio de rodadas de negociação e, estando já em nível
   baixo, a solução dos protecionistas foi erguer as famosas
   barreiras não tarifárias.

14-julho-2012        preparado por Elisabete Felicio Camargo   42
Comentário - Questão
Quanto a letra D, ela também está errada, já que, embora o
   protecionismo esteja sendo progressivamente reduzido,
   não podemos dizer que a causa disso seja a redução das
   tarifas. O que se vê hoje em dia é a regulamentação cada
   vez melhor das barreiras não tarifárias, particularmente
   após a criação da OMC. Ou seja, o protecionismo vem
   sendo reduzido, mas pela diminuição e melhor
   regulamentação das barreiras não tarifárias.
A letra E está errada, já que não são somente os países em
   desenvolvimento que adotam práticas protecionistas. Os
   países desenvolvidos também as adotam, particularmente
   no que diz respeito aos produtos agrícolas.



14-julho-2012        preparado por Elisabete Felicio Camargo   43
Comentário - Questão
A letra C está correta e é o gabarito. Ela trata
  justamente das barreiras não tarifárias, que são a
  expressão contemporânea do protecionismo.
  Quando a assertiva fala em “procedimentos
  administrativos e à adoção de padrões e de
  controles relativos às características sanitárias e
  técnicas dos bens transacionados”, ela está se
  referindo a dois tipos de barreiras não tarifárias:
  as barreiras técnicas ao comércio e as medidas
  sanitárias e fitossanitárias.

14-julho-2012        preparado por Elisabete Felicio Camargo   44
Questão
(AFRF-2002-2) Com relação às práticas protecionistas, tal como observadas nas
   últimas cinco décadas, é correto afirmar-se que:
a) Assumiram expressão preponderantemente não tarifária à medida que, por força
     de compromissos multilaterias, de acordos regionais e de iniciativas unilaterias,
     reduziram-se as barreiras tarifárias.
b) Voltaram a assumir expressão preponderantemente tarifária em razão de
     compromisso assumido no âmbito do Acordo Geral de Comércio e Tarifas (GATT)
     de tarificar barreiras não tarifárias, com vistas à progressiva redução e
     eliminação futura das mesmas.
c)   Encontram amparo na normativa da Organização Mundial do Comércio (OMC),
     quando justificadas pela necessidade de corrigir falhas de mercado, proteger
     indústrias nascentes, responder a práticas desleais de comércio e corrigir
     desequilíbrios comerciais.
d) Recrudesceram particularmente entre os países da Organização de Cooperação e
     Desenvolvimento Econômico (OCDE), na segunda metade dos anos noventa, em
     razão da desaceleração das taxas de crescimento de suas economias.
e) Deslocaram-se do campo estritamente comercial para vincularem-se a outras
     áreas temáticas como meio ambiente, direitos humanos e investimentos.


14-julho-2012                preparado por Elisabete Felicio Camargo                45
Comentário - Questão
O que ela quer saber é sobre como se comportaram as
  práticas protecionistas nas últimas cinco décadas.
  Retroagindo no tempo cinquenta anos, chegamos
  aproximadamente ao ano de 1947. E quando
  retroagimos ao ano de 1947, devemos nos lembrar
  imediatamente do GATT General Agreement on Tariffs
  and Trade – Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio).
Com a criação do GATT em 1947, começam a ocorrer
  sucessivas rodadas de negociação e as tarifas
  começaram a ser reduzidas. O protecionismo começou
  a reduzir-se, deixando de ser tarifário e tornando-se
  não tarifário. Com nessa afirmação, já podemos
  perceber que as alternativas B e D estão erradas.
14-julho-2012        preparado por Elisabete Felicio Camargo   46
Comentário - Questão
A letra C está errada porque as práticas protecionistas
   somente encontram amparo na normativa da OMC
   quando destinadas à proteção da indústria nascente,
   promoção da segurança nacional, deslealdade
   comercial ou diante de restrições na Balança de
   Pagamentos. Não há previsão na normativa
   multilateral para a adoção de práticas protecionistas
   com o objetivo de corrigir falhas de mercado.
A letra E também está errada. As práticas protecionistas
   não deixaram de ser barreiras comerciais, embora não
   sejam mais unicamente tarifárias. Tanto as barreiras
   tarifárias quanto as não tarifárias são barreiras
   comerciais.
14-julho-2012        preparado por Elisabete Felicio Camargo   47
Comentário - Questão
A letra A está correta e é o gabarito, já que além
  das negociações travadas em âmbito
  multilateral com o intuito de reduzir tarifas,
  muito se negociou também em nível regional.
  Foram criados inúmeros blocos econômicos,
  tais como: Mercosul, União Européia, o
  NAFTA. A criação do SGP (Sistema Geral de
  Preferência) e do SGPC (Sistema Global de
  Preferências Comerciais) também foi
  importante para a redução tarifária.
14-julho-2012        preparado por Elisabete Felicio Camargo   48
Questão
(AFRF-2002-2) A literatura econômica afirma, com base em argumentos teóricos e
empíricos, que o comércio internacional confere importantes estímulos ao
crescimento econômicos. Entre os fatores que explicam o efeito positivo co comércio
sobre o crescimento destacam-se:
a) A crescente importância dos setores exportadores na formação do Produto
      Interno dos países; as pressões em favor da estabilidade cambial e monetária
      que provêm do comércio; e o aumento da demanda agregada sobre a renda.
b) A melhor eficiência alocativa propiciada pelas trocas internacionais; a
      substituição de importações; e a consequente geração de superávits comerciais.
c)    A crescente importância das exportações para o Produto Interno dos países; a
      importância das importações para o aumento da competitividade; e o melhor
      aproveitamento de economias de escala.
d) Os efeitos sobre o emprego e sobre a renda decorrentes do aumento da
      demanda agregada; e o estímulo à obtenção de saldos comerciais positivos.
e) A ampliação de mercados; os deslocamentos produtivos; e o equilíbrio das taxas
      de juros e dos preços que o comércio induz.




14-julho-2012                preparado por Elisabete Felicio Camargo               49
Comentários da questão
Essa questão é bastante interessante, nos permitindo discorrer acerca dos efeitos do
livre comércio e sua importância para o crescimento econômico.
 Crescente importância das exportações para o PIB: O
     PIB=Consumo+investimento+Gastos do Governo+Exportações-Importações. Já
     entramos aqui na seara da Macroeconomia! Quanto maior for o valor das
     exportações, maior será o valor do PIB. Se há um aumento do PIB, há um
     consequente aumento da renda e da demanda agregada.
 Importância das importações para o aumento da competitividade: Com o livre
     comércio, a indústria nacional fica exposta à concorrência, o que a leva ao
     aperfeiçoamento de processos, inovação, adoção de novas técnicas,
     desenvolvimento tecnológico e aperfeiçoamento do produto. Caso fosse protegida
     da concorrência, haveria tendência a sua obsolência.
 Aumento do bem-estar do consumidor e redução do nível de preços: com o livre
     comércio, em que cada país se especializa na produção de determinados produtos,
     há um ganho de disponibilidade e um consequente aumento da oferta de bens.
     Com o aumento da oferta, o consumidor pode escolher o produto que mais lhe
     interessa, além de poder comprá-lo a preços mais baratos. Se, ao contrário, o
     governo protégé a indústria nacional, os preços tendem a subir, já que, estando
     insulada da concorrência, ela pode vender caro seus produtos.

14-julho-2012                preparado por Elisabete Felicio Camargo              50
Comentários da questão
 Melhor aproveitamento de economias de escala: a
  especialização leva a economias de escala,
  aumentando a produtividade e reduzindo custos.
 Aumento da remuneração do fator de produção
  abundante: pelo teorema Heckscher-Ohlin-Samuelson,
  o livre comércio leva ao aumento da remuneração do
  fator de produção abundante no país.
 Ampliação de mercados: o livre comércio permite que
  uma indústria tenha compradores não somente no
  mercado doméstico, mas no mercado internacional
  como um todo. O seu mercado consumidor deixa de
  ser simplesmente local e se torna global.

14-julho-2012         preparado por Elisabete Felicio Camargo   51
Comentários da questão
Pois bem, agora que já entendemos os principais efeitos
do livre comércio, examinemos as alternativas.
A letra A está errada porque a demanda agregada e a
renda são variáveis macroeconômicas que crescem
juntas. Em relação a importância dos setores
exportadores para o PIB, isso é realmente um efeito do
incremento do comércio internacional.
A letra B está errada porque o livre comércio não gera a
substituição de importações. A substituição de
importações é uma ideia eminentemente protecionista.


14-julho-2012         preparado por Elisabete Felicio Camargo   52
Comentários da questão
A letra D está errada porque o livre comércio não se
preocupa em obter saldo comerciais positivos. Para
os liberalistas, o principal do comércio internacional
não é exportar, mas realizar trocas comerciais, seja
na forma de importações ou exportações.
A letra E lista efeitos do livre comércio consagrados
pelas teorias econômicas, o que nos dá a impressão
de que está correta. Entretanto o enunciado da
questão fala em argumentos teóricos e empíricos
da literatura econômica. E aí é que mora o
problema!

14-julho-2012         preparado por Elisabete Felicio Camargo   53
Comentários da questão
Não podemos dizer que ocorram “deslocamentos produtivos e
equilibrio das taxas de juros e dos preços” na prática.
Deslocamente produtivo seria um deslocamento da curva de
possibilidade de produção da economia, o que não dá pra
saber se ocorre de verdade, ou seja, isso é eminentemente
teórico. Da mesma forma o livre comércio, em tese, tem como
efeito o aumento da remuneração do fator de produção
abundante e a redução da remunaração do fator de produção
escasso – equalização dos custos dos recursos. Mas, e aí, na
prática isso ocorre mesmo? Não, esse também é um
argumento teórico.
Resta-nos a letra C, que descreve perfeitamente efeitos do
livre comércio! Vejamos:


14-julho-2012         preparado por Elisabete Felicio Camargo   54
Barreiras Tarifárias e Não-Tarifárias

                                Tarifa Geral
                               Convencional
                 Tarifa                                                Tarifa
                Simples                                             Preferencial




                                  Barreiras
                                  Tarifárias


14-julho-2012             preparado por Elisabete Felicio Camargo                  55
Barreiras Tarifárias e Não-Tarifárias
• Barreiras Tarifárias:
São tarifas alfandegárias propriamente ditas. As
tarifas impostas sobre a importação de bens e
serviços visam obtenção de receitas ou mesmo a
proteção dos produtores locais. Cada país possui
seu próprio sistema tarifário, que prevê alíquota
para cada produto.


14-julho-2012   preparado por Elisabete Felicio Camargo   56
Barreiras Tarifárias e Não-Tarifárias
• Tarifa Simples: compreende apenas uma lista de
  alíquotas aplicáveis a qualquer tipo de importação,
  sem diferenciar a origem e procedência.
• Tarifa geral convencional: são aplicadas às mercadorias
  de países beneficiados com o tratamento de nação
  mais favorecida enquanto as alíquotas gerais ou
  autônomas são aplicadas em todos os outros casos em
  que não existem negociações ou reduções de direitos;
• Tarifa preferencial: consiste em taxas reduzidas que
  são aplicadas por um país as importações
  provenientes de um ou vários países devido às relações
  particulares existentes entre eles.

14-julho-2012      preparado por Elisabete Felicio Camargo   57
Barreiras Tarifárias e Não-Tarifárias
                                Regulamentos
                                                             Formalidades
                                  Técnicos e
                                                              Consulares
                                Administrativos


                Restrições de                                                 Comércio de
                  Câmbio                                                        Estado




                                            Barreiras
      Restrições
     Quantitativas                            Não-                                  Intercâmbio

                                            Tarifárias

14-julho-2012                       preparado por Elisabete Felicio Camargo                       58
Barreiras Tarifárias e Não-Tarifárias
• Barreiras Não Tarifárias:
São obstáculos não-tarifários, que
desempenham papel importante na proteção da
produção local. São aplicadas por meio de
regulamentos que incidem sobre diferentes
produtos e formas de comércio.




14-julho-2012   preparado por Elisabete Felicio Camargo   59
Barreiras Tarifárias e Não-Tarifárias
• Restrições quantitativas: fixação de cotas por
  determinados tipos de produtos, de acordo com as
  necessidades consideradas pelos órgãos
  governamentais.
• Restrições de câmbio: referem-se às restrições
  impostas à aquisição de divisas para pagamento das
  importações efetuadas.
• Regulamentos técnicos e administrativos:
  compreendem os regulamentos fitossanitários e
  veterinários, de produtos almentícios e farmacêuticos
  e demais regulamentos de normas técnicas

14-julho-2012      preparado por Elisabete Felicio Camargo   60
Barreiras Tarifárias e Não-Tarifárias
• Formalidades consulares: exige-se que os embarques
  de mercadorias sejam acompanhados de documentos
  consulares, tais como faturas e certificados de
  importação;
• Comércio de Estado: o comércio se efetua geralmente
  no âmbito de acordos bilaterais que fixam os produtos
  e as quantidades que poderão ser comercializadas
• Intercâmbio: alguns países, para efeito de proteção à
  produção local, costumam exigir que na aquisição de
  determinados produtos sejam comprados outros como
  condição para a importação.

14-julho-2012      preparado por Elisabete Felicio Camargo   61
Questão
(AFRF-2000) As Barreiras não tarifárias são
  frequentemente apontadas como grandes
  obstáculos ao comércio internacional. Podem vir
  a se constituir Barreiras não tarifárias (BNT) todas
  as modalidades abaixo, exceto:
a) Medidas fitossanitárias.
b) Normas de segurança
c) Direitos aduaneiros
d) Sistema de licença de importação
e) Quotas.

14-julho-2012     preparado por Elisabete Felicio Camargo   62
Comentário da Questão
Podem se constituir em barreiras não tarifárias
  as medidas fitossanitárias, as normas de
  segurança, o sistema de licença de importação
  e as cotas. Já os direitos aduaneiros são
  sinônimos de tarifas alfandegárias, logo são
  barreiras tarifárias.




14-julho-2012        preparado por Elisabete Felicio Camargo   63
Questão
(AFRF-2000) Entre as razões abaixo, indique
  aquela que não leva à adoção de tarifas
  alfandegárias:
a) Aumento da arrecadação governamental
b) Equilíbrio do Balanço de Pagamentos
c) Proteção à indústria nascente
d) Segurança nacional (defesa)
e) Estímulo à competitividade de uma empresa
14-julho-2012   preparado por Elisabete Felicio Camargo   64
Comentário da questão
A imposição de tarifas sobre a importação de produtos é aceita pela
   normativa da OMC no caso de proteção à industria nascente,
   promoção da segurança nacional, deslealdade comercial e quando
   ocorre um desequilíbrio no Balanço de Pagamentos, o que por si só
   nos faz descartar as letras B, C e D.
A letra A está errada porque, embora a finalidade principal do imposto
   de importação não seja o aumento de arrecadação fiscal – o I.I. tem
   objetivo extrafiscal -, esse é um efeito da imposição de tarifas.
A letra E é a resposta correta, tendo em vista que a imposição de
   tarifas vai desestimular a competitividade da empresa protegida,
   pois esta se vê insulada da concorrência e não precisa aperfeiçoar
   seus produtos, inovar e desenvolver-se tecnologicamente.




14-julho-2012           preparado por Elisabete Felicio Camargo      65
Década de 90
• Rodada Uruguai, que culminou na criação da OMC,
  promovendo uma crescente redução do
  protecionismo, principalmente devida à
  regulamentação das barreiras não tarifárias;
• O comércio de serviços foi um assunto efetivamente
  incorporado nas negociações comerciais a partir da
  criação da OMC em 1994;
• Nenhuma rodada de negociação anterior a do Uruguai
  havia sido bem sucedida e produzido tantos frutos
  positivos;
• Criação do Mercosul, acordo entre países em
  desenvolvimento

14-julho-2012     preparado por Elisabete Felicio Camargo   66

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  • 1. Comércio Internacional Políticas Comerciais 14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 1
  • 2. Evolução das Exportações Mundiais 1950 a 2011 18,000 16,000 14,000 US$ bilhões FOB 12,000 10,000 8,000 6,000 4,000 2,000 0 1950 1955 1960 1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2010 14-julho-2012 FONTE:MDIC preparado por Elisabete Felicio Camargo 2
  • 3. Variação (%) Annual das Exportações e Participação (%) das Exportações no PIB 1950 a 2011 60.0 55.0 50.0 45.0 40.0 35.0 30.0 25.0 20.0 % 15.0 10.0 5.0 0.0 -5.0 -10.0 -15.0 -20.0 -25.0 1950 1955 1960 1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2010 Variação (%) anual das Exportações Part. % das exportações no PIB 14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 3
  • 4. Principais Importadores Mundiais – 2010 (ranking US$ bilhões= 15376) EUA Part % China 1.8 1.3 1.2 Alemanha 1.8 Japão 2 França 2 12.8 Reino Unido 2 2.1 Países Baixos Itália 2.6 Hong Kong 0 9.1 Coréia do Sul 2.8 Bélgica 2.9 Canadá Índia 6.9 Espanha 3.1 3.4 3.8 3.9 4.5 Fonte: MDIC/SECEX/ DEPLA O Brasil ocupa 20a posição 1.2% 14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 4
  • 5. Principais Exportadores Mundiais – 2010 (US$ bilhões = 15238) 1.4 Part % 1.3 1.7 1.5 1.4 1.6 China 1.8 10.4 EUA 2 Alemanha 2.3 Japão 2.5 8.4 Países Baixos 2.6 França 2.6 8.3 Coréia do Sul 2.7 Itália 2.8 5.1 Bélgica 3.1 3.4 3.8 2.9 Reino Unido Fonte: MDIC/SECEX/ DEPLA O Brasil ocupa a 22a posição 1.3% 14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 5
  • 6. Ranking dos maiores países nas exportações mundiais RANKING DOS PRINCIPAIS EXPORTADORES - 2002 - 2011 PAÍSES 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 China 5 4 3 3 3 2 2 1 1 1 Estados Unidos 1 2 2 2 2 3 3 3 2 2 Alemanha 2 1 1 1 1 1 1 2 3 3 Japão 3 3 4 4 4 4 4 4 4 4 Países Baixos 9 8 6 6 6 6 5 5 5 5 França 4 5 5 5 5 5 6 6 6 6 Coreia do Sul 12 12 12 12 11 11 12 9 7 7 Itália 7 7 7 8 8 7 7 7 8 8 Rússia 17 17 15 13 13 12 9 13 12 9 Bélgica + Luxemburgo 10 10 9 10 9 8 8 8 9 10 Reino Unido 6 6 8 7 7 9 10 10 10 11 Hong Kong (*) 11 11 11 11 12 13 13 11 11 12 Canadá 8 9 10 9 10 10 11 12 13 13 Cingapura 16 14 13 14 14 14 14 14 14 14 Arábia Saudita 23 22 19 18 18 18 15 18 18 15 México 13 13 14 15 15 15 16 15 15 16 Taiwan 14 16 17 16 16 17 18 17 16 17 Espanha 15 15 16 17 17 16 17 16 17 18 Índia 31 31 30 29 28 26 23 21 20 19 Emirados Árabes Unidos 30 28 26 24 22 19 19 19 19 20 Austrália 25 26 27 27 26 27 24 23 21 21 Brasil 26 25 24 23 23 24 22 24 22 22 Suíça 19 18 21 21 20 21 20 20 24 23 Tailândia 24 24 25 25 25 25 27 25 25 24 Malásia 18 19 18 19 19 20 21 22 23 25 Indonésia 28 30 32 31 31 32 31 29 28 26 Polônia 33 32 31 30 29 28 29 27 26 27 Suécia 21 20 20 20 21 22 25 28 27 28 Áustria 22 21 22 22 24 23 26 26 29 29 República Tcheca 34 34 33 33 32 30 30 32 30 30 14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 6
  • 7. Ranking dos maiores importadores mundiais 2002 - 2012 RANKING DOS PRINCIPAIS IMPORTADORES - 2002 - 2011 PAÍSES 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Estados Unidos 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 China 6 3 3 3 3 3 3 2 2 2 Alemanha 2 2 2 2 2 2 2 3 3 3 Japão 4 6 6 4 5 6 4 5 4 4 França 5 5 4 6 6 4 5 4 5 5 Reino Unido 3 4 5 5 4 5 6 6 6 6 Países Baixos 9 8 8 8 8 8 7 7 7 7 Itália 7 7 7 7 7 7 8 8 8 8 Coreia do Sul 14 13 13 13 13 13 10 12 10 9 Hong Kong 11 11 11 11 11 12 13 10 9 10 Bélgica + Luxemburgo 10 9 9 9 9 9 9 9 11 11 Canadá 8 10 10 10 10 10 12 11 12 12 Índia 24 24 22 17 17 16 14 14 13 13 Cingapura 15 15 15 15 15 15 15 15 15 14 Espanha 13 12 12 12 12 11 11 13 14 15 México 12 14 14 14 14 14 16 16 16 16 Rússia 23 22 24 20 18 17 17 17 18 17 Taiwan 16 16 16 16 16 18 18 18 17 18 Austrália 20 19 19 21 21 21 21 19 19 19 Turquia 27 25 23 23 20 19 20 24 21 20 Brasil 29 31 30 28 28 28 24 26 20 21 Tailândia 22 23 25 22 24 26 25 25 22 22 Suíça 17 17 18 19 19 23 23 20 24 23 Polônia 25 26 26 26 26 20 19 22 23 24 Emirados Árabes Unidos 30 29 27 27 27 27 26 21 26 25 Áustria 19 18 17 18 22 22 22 23 27 26 Malásia 18 21 20 24 23 25 28 27 25 27 Indonésia 34 37 34 30 31 32 30 31 29 28 Suécia 21 20 21 25 25 24 27 28 28 29 República Tcheca 32 30 28 29 29 29 29 29 30 30 14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 7
  • 8. Comércio Internacional Comércio Internacional Comércio Exterior Conjunto de trocas comerciais Abrange as trocas comerciais (circulação de bens e serviços) que (circulação de bens e serviços) que os países do mundo fazem entre si um país faz com os outros Acordos da OMC, acordos e regras Legislação do comércio exterior do comércio internacional entre brasileiro. Refere-se apenas a um todos os países. país Ótica MACRO 14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 8
  • 9. Comércio Internacional A Teoria Pura do Estudo da Comércio Economia A Teoria da Política Comercial Internacional O Balanço de abrange Pagamentos O ajustamento do Balanço de Pagamentos 14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 9
  • 10. Comércio Internacional A Teoria da Política Comercial: É um ramo da economia que estuda como o comércio, as finanças internacionais e as políticas estatais afetam o intercâmbio internacional e a política monetária e fiscal. 14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 10
  • 11. Políticas Comerciais Examinar as políticas que os governos adotam quanto ao comércio internacional – políticas que envolvem várias ações diferentes, entre elas impostos sobre algumas transações internacionais, subsídios a outras e limites legais ao valor ou volume de determinadas importações. 14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 11
  • 12. Comércio Internacional • O que é ? • O que leva os países a comercializarem entre si? • Por que eles deveriam abrir suas economias para o comércio internacional? 14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 12
  • 13. Comércio Internacional • O que é? “É definido como o conjunto de operações realizadas entre países onde há intercâmbio de bens e serviços ou movimento de capitais. Este comércio é regido por regras e normas, resultantes de acordos negociados, em órgãos internacionais. Ex. OMC, CCI ( Câmara de Comércio Internacional).” (LOPEZ e GAMA, 2010) 14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 13
  • 14. TESTE (AFRF 2002) – Assinale a opção que melhor define “Comércio Internacional”. a) A expressão “Comércio Internacional” designa, unicamente, a troca de mercadorias entre diferentes países, não abrangendo serviços nem aspectos ligados a sua execução, como o transporte e o pagamento. b) A expressão “Comércio Internacional”, refere-se às trocas de mercadorias entre diferentes países exclusivamente por compra e venda internacional e abrange tudo o que for ligado à sua execução, incluindo transporte e pagamento. c) A expressão “Comércio Internacional” designa a troca de mercadorias e serviços entre os países signatários do GATT. d) A expressão “Comércio Internacional” designa a troca de mercadorias entre o Brasil e os países do Mercosul. e) A expressão “Comércio Internacional” designa a troca de mercadorias e serviços de todos os tipos entre diferentes países em tudo o que for ligado à sua execução, incluindo transporte e pagamento. 14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 14
  • 15. TESTE (AFRF 2002) – Assinale a opção que melhor define “Comércio Internacional”. a) A expressão “Comércio Internacional” designa, unicamente, a troca de mercadorias entre diferentes países, não abrangendo serviços nem aspectos ligados a sua execução, como o transporte e o pagamento. b) A expressão “Comércio Internacional”, refere-se às trocas de mercadorias entre diferentes países exclusivamente por compra e venda internacional e abrange tudo o que for ligado à sua execução, incluindo transporte e pagamento. c) A expressão “Comércio Internacional” designa a troca de mercadorias e serviços entre os países signatários do GATT. d) A expressão “Comércio Internacional” designa a troca de mercadorias entre o Brasil e os países do Mercosul. e) A expressão “Comércio Internacional” designa a troca de mercadorias e serviços de todos os tipos entre diferentes países em tudo o que for ligado à sua execução, incluindo transporte e pagamento. 14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 15
  • 16. Comércio Internacional • O que leva os países a comercializarem entre si? Motivações para trocas internacionais São 4 fatores fundamentais: 1. Reservas Naturais; 2. Solos e Clima; 3. Capital e Trabalho; e 4. Estágio Tecnológico. 14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 16
  • 17. Comércio Internacional • Por que os países deveriam abrir suas economias para o comércio internacional? A melhor defesa da liberalização do comércio internacional encontra-se nas chamadas teorias do comércio internacional. 14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 17
  • 18. Teorias de Comércio Internacional • Mercantilismo (séc. XV ao XVIII) acúmulo de metais preciosos (ouro e prata) – Como: • Através exploração das riquezas das colônias; • Através do Comércio Internacional, incentivando as exportações e impondo barreiras (protecionismo) nas importações. (procura de uma balança comercial favorável, Estado intervencionista) – Porque do pensamento: • tendo muito ouro e prata os produtos do país seriam mais caros e vendidos por preços maiores 14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 18
  • 19. Teorias de Comércio Internacional Teoria da Vantagem Absoluta • Filósofo David Hume (ensaio “Da Balança Comercial) – Criou a teoria fluxo-espécie-preço – Criticou o mercantilismo e o protecionismo. Não haverá acúmulo de ouro e prata, pois a demanda no mercado internacional se reduzirá. • No final do séc XVIII, Adam Smith (Riquezas das Nações) defende a teoria de que a intervenção do Estado deve ser a mínima possível, pois o mercado é auto regulador, como se existisse uma mão invisível do mercado e isto traria benefícios para a sociedade. 14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 19
  • 20. Comércio Internacional • ADAM SMITH: VANTAGEM ABSOLUTA – 1776 – A Riqueza das Nações – Defendeu o livre comércio como a melhor política para as nações do mundo – Argumentava que os países deveriam especializar-se na produção de mercadorias com as quais tinham uma vantagem absoluta (ou seja, produção com maior eficiência que as demais nações) e importar aquelas em que tinham uma desvantagem absoluta (ou produzir menos eficientemente) – O resultado seria em aumento do produto mundial que seria compartilhado entre as nações que comercializam entre si. 14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 20
  • 21. Teoria da Vantagem Absoluta Brasil França Total no mercado sapatos 4 unidades/hora 2 unidades/hora 6 unidades bolsas 2 unidades/hora 3 unidades/hora 5 unidades Se os países se especializarem nos produtos que produzem com maior eficiência haverá um ganho. O Brasil produziria em duas horas de trabalho 8 sapatos. A França, por sua vez, produziria em duas horas 6 bolsas. 14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 21
  • 22. Teorias de Comércio Internacional • Teoria da Vantagem Absoluta A teoria de Smith quanto a vantagem absoluta é obviamente correta, contudo, não é suficientemente ampla. Explica apenas uma pequena parte do comércio internacional. Coube a Ricardo, escrevendo cerca de 40 anos mais tarde, explicar a maior parte do comércio mundial, com sua lei da vantagem comparativa. 14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 22
  • 23. Teorias de Comércio Internacional • Avaliação da Lei da Vantagem Comparativa de Ricardo Ricardo fundamentou seu raciocínio em várias hípóteses simplicadoras. Uma delas é a chamada teoria do valor trabalho, segundo a qual o valor ou o preço de uma mercadoria é igual ou pode ser inferido da quantidade de tempo de trabalho em sua produção. 14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 23
  • 24. Teorias de Comércio Internacional • Avaliação da Lei da Vantagem Comparativa de Ricardo Atualmente, rejeitamos a teoria do valor de trabalho, pois o trabalho não é o único fator de produção (pois este não é usado na mesma proporção fixa na produção de todas as mercadorias), supõe que o trabalho é homogêneo (isto é de um único tipo) e conclui que o custo ou preço de uma mercadoria é igual à quantidade de trabalho incorporado.. 14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 24
  • 25. Teorias de Comércio Internacional • Avaliação da Lei da Vantagem Comparativa de Ricardo Rejeitando-a, precisamos também rejeitar a explicação de Ricardo sobre a vantagem comparativa, mas não precisamos dizer não à própria lei da vantagem comparativa. Esta é válida e pode ser explicada em termos de custos de oportunidade 14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 25
  • 26. Questão (AFTN-1998) Indique a opção que não está relacionada com a prática do mercantilismo: a) O princípio segundo o qual o Estado deve incrementar o bem-estar nacional. b) O conjunto de concepções que incluía o protecionismo, a atuação ativa do Estado e a busca de acumulação de metais preciosos, que foram aplicadas em toda Europa homogeneamente no séc. XVII 14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 26
  • 27. Questão c) O comércio exterior deve ser estimulado, pois um saldo positivo na balança fornece um estoque de metais preciosos. d) A riqueza da economia depende do aumento da população e do volume de metais preciosos do país. e) Uma forte autoridade central é essencial para a expansão dos mercados e a proteção dos interesses comerciais. 14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 27
  • 28. Questão (AFRF-2000) – A teoria das Vantagens Absolutas afirma em quais condições determinado produto ou serviço poderia ser oferecido com: a) Preços de custo inferiores aos do concorrente. b) Preços de aquisição inferiores aos do concorrente 14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 28
  • 29. Teorias de Comércio Internacional • Especializado • Não especializado trabalho • Semi especializado • empresarial • Líquido (moeda, Fatores por exemplo) de capital • Ilíquido (maquinario, Produção fábricas, etc) • Áreas agrícolas • Minerais terra • Industriais • residenciais 14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 29
  • 30. Teorias de Comércio Internacional • A Moderna Teoria de Comércio Internacional: Heckscher-Ohlin A teoria de Heckscher-Ohlin supõe que as nações possuem os mesmos gostos, utilizam a mesma tecnologia, têm rendimentos constantes de escala (isto é, um determinado aumento percentual em todos os insumos incrementa a produção na mesma percentagem), porém divergem muito em dotações de fator. 14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 30
  • 31. Teorias de Comércio Internacional • A Moderna Teoria de Comércio Internacional: Heckscher-Ohlin Diz também que face a gostos e condições de demanda idênticos, esta diferença na dotação de fatores resultará em uma diferença nos preços relativos do fator entre as nações, o que, por sua vez, conduz a uma diferença nos preços relativos da mercadoria e comércio. Deste modo, na teoria Heckscher-Ohlin, por si só a diferença internacional nas condições de oferta determina a configuração do comércio. 14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 31
  • 32. Teorias de Comércio Internacional • A Moderna Teoria de Comércio Internacional: Heckscher-Ohlin A teoria Heckscher-Ohlin afirma que cada nação exportará a mercadoria que incorporar grande volume de seus fatores relativamente abundantes e baratos e importará aquela cuja produção incorporar maior volume de fatores relativamente escassos e caros. 14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 32
  • 33. Teorias de Comércio Internacional Teoria Clássica Teoria Moderna Nova Teoria Vantagens Comparativas: os modelo de Heckscher-Ohlin: Paul Krugman e Staffan países devem especializar-se os países diferem quanto a Linder: esses 2 autores na produção daqueles bens dotação relativa de fatores de procuram explicações que façam com maior produção que agora passam a complementares ao modelo eficiência, isto é, com menores ser tanto a mão de obra de Heckscher-Ohlin. custos relativos. (trabalho) quanto o capital. Comércio intra-industrial Aqui, diferentemente do -economia de escala modelo clássico, os países não -lado da demanda - ciclo se especializam totalmente na do produto produção das mercadorias relativamente mais vantajosas. 14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 33
  • 34. Protecionismo x Livre Cambismo Argumentos em defesa da abertura Argumentos em defesa de medidas comercial protecionistas Teoria das vantagens comparativas A crítica estruturalista Ganhos de escala A indústria nascente Ampliação das possibilidades de Falhas de mercado consumo Ganhos de eficiência A vulnerabilidade externa e os problemas de Balanço de Pagamentos Vantagens no processo de estabilização Combate ao desemprego no curto prazo 14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 34
  • 35. Desempenho Recente das Exportações e do PIB de Países Selecionados 2010/09 – Variação % 32.6 32 31.9 31.3 31.1 29.9 28.3 26.3 21 14.7 13.3 10.3 10.4 7.5 7.2 7.8 7.4 Exportações 5.5 6.1 3.9 4 2.8 3.5 PIB 1.3 1.5 -0.1 Japão Brasil Rússia China India México Coréia do Sul Malásia Estados Unidos Reino Unido Alemanha Espanha França 14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 35
  • 36. Comércio Internacional e Crescimento Econômico • Todos os países do mundo preocupam-se com o seu desenvolvimento econômico. Os mais pobres procuram aumentar suas riquezas, enquanto os mais ricos buscam desenvolvimento ainda maior, de forma que possam se manter entre as lideranças internacionais. • Motivados por essa idéia os países dedicam especial atenção ao comércio internacional, pois a influênciado resultado favorável de seu balanço de pagamentos será fundamental para possibilitar o crescimento econômico desejado. 14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 36
  • 37. Comércio Internacional e Crescimento Econômico • Atualmente, as necessidades da população de um país já não são mais satisfeitas com os bens produzidos internamente. Até mesmo países que possuem fatores de produção abundantes transformam-se em importadores de bens produzidos por outros países, seja por motivos de política interna, de consumo ou por outros necessidades. 14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 37
  • 38. Comércio Internacional e Crescimento Econômico • Países desenvolvidos, como os Estados Unidos e os países da Europa, transformaram-se em grandes importadores de mercadorias e serviços de países em desenvolvimento, como os asiáticos, atraídos pela aplicação de novas técnicas de produção e matérias-primas, desenvolvidas por mão-de- obra eficiente e barata. • As mudanças processadas no comércio internacional indicam a entrada em uma época de integração e complementação industrial de bens e de serviços, em que os países desenvolvidos gastam enormes quantias em projetos e pesquisas de produtos e de implantação de novas tecnologias, com a evidente intenção da manutenção de suas posições no mercado internacional. 14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 38
  • 39. Livre Cambismo x Protecionismo • Livre Cambismo • Protecionismo Os defensores do livre-cambismo (laissez- O protecionismo não nega a faire) pretendiam que cada país especialização das produções, deveria produzir os produtos nos quais entende que a completa liberdade tivessem maior facilidade de obtenção das atividades econômicas e a dos recursos de produção, com divisão internacional do trabalho e livre circulação de produtos consequente especialização das permitem o surgimento de produções. desigualdades de riquezas e de Desse modo, aplicando-se a doutrina oportunidades econômicas entre livre-cambista na determinação da os países. política comercial internacional de Desse modo, os defensores do diferentes países, com a protecionismo entendem que o especialização da produção e eliminação de obstáculos aduaneiros, estado deveria controlar as permitir-se-ia a livre troca desses atividades econômicas e, com produtos no mercado internacional, relação ao comércio internacional, que seriam vendidos a preços estabelecer restrições às mínimos, num regime de mercado que importações e exportações, se aproximaria ao da livre condicionando-as a uma política concorrência perfeita, favorecendo o de desenvolvimento. aumento do bem-estar das populações. 14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 39
  • 40. Livre Cambismo x Protecionismo Os economistas modernos entendem que a aplicação da política de livre-cambismo pode ser adotada com sucesso entre países mais desenvolvidos. Para os países menos desenvolvidos a melhor solução é a adoção de algumas intervenções protecionistas para compensar certas vantagens temporárias ou para proteção de setores essenciais, como agricultura e indústria de base. 14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 40
  • 41. Questão (AFRF-2003) Sobre o protecionismo, em suas expressões contemporâneas, é correto afirmar-se que: a) Tem aumentado em razão da proliferação de acordos de alcance regional que mitigam o impulso liberalizante da normativa multilateral. b) Possui expressão eminentemente tarifária desde que os membros da OMC acordaram a tarifação das barreiras não tarifárias. c) Assume feições preponderantemente não tarifárias, associando- se, entre outros, a procedimentos administrativos e à adoção de padrões e de controles relativos às características sanitárias e técnicas dos bens trasacionais. d) Vem diminuido progressivamente à medida que as tarifas também são reduzidas a patamares historicamente menores. e) Associa-se a estratégias defensivas dos países em desenvolvimento frente às pressões liberalizantes. 14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 41
  • 42. Comentário - Questão O objetivo da questão é saber como se manifesta o protecionismo atualmente. A letra A está errada porque a proliferação de acordos regionais não é uma manifestação do protecionismo. Muito pelo contrário, representa um passo a caminho da liberalização. A filosofia dos acordos regionais é a de que se não for possível liberalizar o comércio em nível mundial (multilateral), que se busque a liberalização no nível regional. A letra B está errada porque atualmente o protecionismo é eminentemente não tarifário. Desde 1947, com a criação do GATT, as tarifas foram sucessivamente reduzidas por meio de rodadas de negociação e, estando já em nível baixo, a solução dos protecionistas foi erguer as famosas barreiras não tarifárias. 14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 42
  • 43. Comentário - Questão Quanto a letra D, ela também está errada, já que, embora o protecionismo esteja sendo progressivamente reduzido, não podemos dizer que a causa disso seja a redução das tarifas. O que se vê hoje em dia é a regulamentação cada vez melhor das barreiras não tarifárias, particularmente após a criação da OMC. Ou seja, o protecionismo vem sendo reduzido, mas pela diminuição e melhor regulamentação das barreiras não tarifárias. A letra E está errada, já que não são somente os países em desenvolvimento que adotam práticas protecionistas. Os países desenvolvidos também as adotam, particularmente no que diz respeito aos produtos agrícolas. 14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 43
  • 44. Comentário - Questão A letra C está correta e é o gabarito. Ela trata justamente das barreiras não tarifárias, que são a expressão contemporânea do protecionismo. Quando a assertiva fala em “procedimentos administrativos e à adoção de padrões e de controles relativos às características sanitárias e técnicas dos bens transacionados”, ela está se referindo a dois tipos de barreiras não tarifárias: as barreiras técnicas ao comércio e as medidas sanitárias e fitossanitárias. 14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 44
  • 45. Questão (AFRF-2002-2) Com relação às práticas protecionistas, tal como observadas nas últimas cinco décadas, é correto afirmar-se que: a) Assumiram expressão preponderantemente não tarifária à medida que, por força de compromissos multilaterias, de acordos regionais e de iniciativas unilaterias, reduziram-se as barreiras tarifárias. b) Voltaram a assumir expressão preponderantemente tarifária em razão de compromisso assumido no âmbito do Acordo Geral de Comércio e Tarifas (GATT) de tarificar barreiras não tarifárias, com vistas à progressiva redução e eliminação futura das mesmas. c) Encontram amparo na normativa da Organização Mundial do Comércio (OMC), quando justificadas pela necessidade de corrigir falhas de mercado, proteger indústrias nascentes, responder a práticas desleais de comércio e corrigir desequilíbrios comerciais. d) Recrudesceram particularmente entre os países da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), na segunda metade dos anos noventa, em razão da desaceleração das taxas de crescimento de suas economias. e) Deslocaram-se do campo estritamente comercial para vincularem-se a outras áreas temáticas como meio ambiente, direitos humanos e investimentos. 14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 45
  • 46. Comentário - Questão O que ela quer saber é sobre como se comportaram as práticas protecionistas nas últimas cinco décadas. Retroagindo no tempo cinquenta anos, chegamos aproximadamente ao ano de 1947. E quando retroagimos ao ano de 1947, devemos nos lembrar imediatamente do GATT General Agreement on Tariffs and Trade – Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio). Com a criação do GATT em 1947, começam a ocorrer sucessivas rodadas de negociação e as tarifas começaram a ser reduzidas. O protecionismo começou a reduzir-se, deixando de ser tarifário e tornando-se não tarifário. Com nessa afirmação, já podemos perceber que as alternativas B e D estão erradas. 14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 46
  • 47. Comentário - Questão A letra C está errada porque as práticas protecionistas somente encontram amparo na normativa da OMC quando destinadas à proteção da indústria nascente, promoção da segurança nacional, deslealdade comercial ou diante de restrições na Balança de Pagamentos. Não há previsão na normativa multilateral para a adoção de práticas protecionistas com o objetivo de corrigir falhas de mercado. A letra E também está errada. As práticas protecionistas não deixaram de ser barreiras comerciais, embora não sejam mais unicamente tarifárias. Tanto as barreiras tarifárias quanto as não tarifárias são barreiras comerciais. 14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 47
  • 48. Comentário - Questão A letra A está correta e é o gabarito, já que além das negociações travadas em âmbito multilateral com o intuito de reduzir tarifas, muito se negociou também em nível regional. Foram criados inúmeros blocos econômicos, tais como: Mercosul, União Européia, o NAFTA. A criação do SGP (Sistema Geral de Preferência) e do SGPC (Sistema Global de Preferências Comerciais) também foi importante para a redução tarifária. 14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 48
  • 49. Questão (AFRF-2002-2) A literatura econômica afirma, com base em argumentos teóricos e empíricos, que o comércio internacional confere importantes estímulos ao crescimento econômicos. Entre os fatores que explicam o efeito positivo co comércio sobre o crescimento destacam-se: a) A crescente importância dos setores exportadores na formação do Produto Interno dos países; as pressões em favor da estabilidade cambial e monetária que provêm do comércio; e o aumento da demanda agregada sobre a renda. b) A melhor eficiência alocativa propiciada pelas trocas internacionais; a substituição de importações; e a consequente geração de superávits comerciais. c) A crescente importância das exportações para o Produto Interno dos países; a importância das importações para o aumento da competitividade; e o melhor aproveitamento de economias de escala. d) Os efeitos sobre o emprego e sobre a renda decorrentes do aumento da demanda agregada; e o estímulo à obtenção de saldos comerciais positivos. e) A ampliação de mercados; os deslocamentos produtivos; e o equilíbrio das taxas de juros e dos preços que o comércio induz. 14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 49
  • 50. Comentários da questão Essa questão é bastante interessante, nos permitindo discorrer acerca dos efeitos do livre comércio e sua importância para o crescimento econômico.  Crescente importância das exportações para o PIB: O PIB=Consumo+investimento+Gastos do Governo+Exportações-Importações. Já entramos aqui na seara da Macroeconomia! Quanto maior for o valor das exportações, maior será o valor do PIB. Se há um aumento do PIB, há um consequente aumento da renda e da demanda agregada.  Importância das importações para o aumento da competitividade: Com o livre comércio, a indústria nacional fica exposta à concorrência, o que a leva ao aperfeiçoamento de processos, inovação, adoção de novas técnicas, desenvolvimento tecnológico e aperfeiçoamento do produto. Caso fosse protegida da concorrência, haveria tendência a sua obsolência.  Aumento do bem-estar do consumidor e redução do nível de preços: com o livre comércio, em que cada país se especializa na produção de determinados produtos, há um ganho de disponibilidade e um consequente aumento da oferta de bens. Com o aumento da oferta, o consumidor pode escolher o produto que mais lhe interessa, além de poder comprá-lo a preços mais baratos. Se, ao contrário, o governo protégé a indústria nacional, os preços tendem a subir, já que, estando insulada da concorrência, ela pode vender caro seus produtos. 14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 50
  • 51. Comentários da questão  Melhor aproveitamento de economias de escala: a especialização leva a economias de escala, aumentando a produtividade e reduzindo custos.  Aumento da remuneração do fator de produção abundante: pelo teorema Heckscher-Ohlin-Samuelson, o livre comércio leva ao aumento da remuneração do fator de produção abundante no país.  Ampliação de mercados: o livre comércio permite que uma indústria tenha compradores não somente no mercado doméstico, mas no mercado internacional como um todo. O seu mercado consumidor deixa de ser simplesmente local e se torna global. 14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 51
  • 52. Comentários da questão Pois bem, agora que já entendemos os principais efeitos do livre comércio, examinemos as alternativas. A letra A está errada porque a demanda agregada e a renda são variáveis macroeconômicas que crescem juntas. Em relação a importância dos setores exportadores para o PIB, isso é realmente um efeito do incremento do comércio internacional. A letra B está errada porque o livre comércio não gera a substituição de importações. A substituição de importações é uma ideia eminentemente protecionista. 14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 52
  • 53. Comentários da questão A letra D está errada porque o livre comércio não se preocupa em obter saldo comerciais positivos. Para os liberalistas, o principal do comércio internacional não é exportar, mas realizar trocas comerciais, seja na forma de importações ou exportações. A letra E lista efeitos do livre comércio consagrados pelas teorias econômicas, o que nos dá a impressão de que está correta. Entretanto o enunciado da questão fala em argumentos teóricos e empíricos da literatura econômica. E aí é que mora o problema! 14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 53
  • 54. Comentários da questão Não podemos dizer que ocorram “deslocamentos produtivos e equilibrio das taxas de juros e dos preços” na prática. Deslocamente produtivo seria um deslocamento da curva de possibilidade de produção da economia, o que não dá pra saber se ocorre de verdade, ou seja, isso é eminentemente teórico. Da mesma forma o livre comércio, em tese, tem como efeito o aumento da remuneração do fator de produção abundante e a redução da remunaração do fator de produção escasso – equalização dos custos dos recursos. Mas, e aí, na prática isso ocorre mesmo? Não, esse também é um argumento teórico. Resta-nos a letra C, que descreve perfeitamente efeitos do livre comércio! Vejamos: 14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 54
  • 55. Barreiras Tarifárias e Não-Tarifárias Tarifa Geral Convencional Tarifa Tarifa Simples Preferencial Barreiras Tarifárias 14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 55
  • 56. Barreiras Tarifárias e Não-Tarifárias • Barreiras Tarifárias: São tarifas alfandegárias propriamente ditas. As tarifas impostas sobre a importação de bens e serviços visam obtenção de receitas ou mesmo a proteção dos produtores locais. Cada país possui seu próprio sistema tarifário, que prevê alíquota para cada produto. 14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 56
  • 57. Barreiras Tarifárias e Não-Tarifárias • Tarifa Simples: compreende apenas uma lista de alíquotas aplicáveis a qualquer tipo de importação, sem diferenciar a origem e procedência. • Tarifa geral convencional: são aplicadas às mercadorias de países beneficiados com o tratamento de nação mais favorecida enquanto as alíquotas gerais ou autônomas são aplicadas em todos os outros casos em que não existem negociações ou reduções de direitos; • Tarifa preferencial: consiste em taxas reduzidas que são aplicadas por um país as importações provenientes de um ou vários países devido às relações particulares existentes entre eles. 14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 57
  • 58. Barreiras Tarifárias e Não-Tarifárias Regulamentos Formalidades Técnicos e Consulares Administrativos Restrições de Comércio de Câmbio Estado Barreiras Restrições Quantitativas Não- Intercâmbio Tarifárias 14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 58
  • 59. Barreiras Tarifárias e Não-Tarifárias • Barreiras Não Tarifárias: São obstáculos não-tarifários, que desempenham papel importante na proteção da produção local. São aplicadas por meio de regulamentos que incidem sobre diferentes produtos e formas de comércio. 14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 59
  • 60. Barreiras Tarifárias e Não-Tarifárias • Restrições quantitativas: fixação de cotas por determinados tipos de produtos, de acordo com as necessidades consideradas pelos órgãos governamentais. • Restrições de câmbio: referem-se às restrições impostas à aquisição de divisas para pagamento das importações efetuadas. • Regulamentos técnicos e administrativos: compreendem os regulamentos fitossanitários e veterinários, de produtos almentícios e farmacêuticos e demais regulamentos de normas técnicas 14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 60
  • 61. Barreiras Tarifárias e Não-Tarifárias • Formalidades consulares: exige-se que os embarques de mercadorias sejam acompanhados de documentos consulares, tais como faturas e certificados de importação; • Comércio de Estado: o comércio se efetua geralmente no âmbito de acordos bilaterais que fixam os produtos e as quantidades que poderão ser comercializadas • Intercâmbio: alguns países, para efeito de proteção à produção local, costumam exigir que na aquisição de determinados produtos sejam comprados outros como condição para a importação. 14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 61
  • 62. Questão (AFRF-2000) As Barreiras não tarifárias são frequentemente apontadas como grandes obstáculos ao comércio internacional. Podem vir a se constituir Barreiras não tarifárias (BNT) todas as modalidades abaixo, exceto: a) Medidas fitossanitárias. b) Normas de segurança c) Direitos aduaneiros d) Sistema de licença de importação e) Quotas. 14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 62
  • 63. Comentário da Questão Podem se constituir em barreiras não tarifárias as medidas fitossanitárias, as normas de segurança, o sistema de licença de importação e as cotas. Já os direitos aduaneiros são sinônimos de tarifas alfandegárias, logo são barreiras tarifárias. 14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 63
  • 64. Questão (AFRF-2000) Entre as razões abaixo, indique aquela que não leva à adoção de tarifas alfandegárias: a) Aumento da arrecadação governamental b) Equilíbrio do Balanço de Pagamentos c) Proteção à indústria nascente d) Segurança nacional (defesa) e) Estímulo à competitividade de uma empresa 14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 64
  • 65. Comentário da questão A imposição de tarifas sobre a importação de produtos é aceita pela normativa da OMC no caso de proteção à industria nascente, promoção da segurança nacional, deslealdade comercial e quando ocorre um desequilíbrio no Balanço de Pagamentos, o que por si só nos faz descartar as letras B, C e D. A letra A está errada porque, embora a finalidade principal do imposto de importação não seja o aumento de arrecadação fiscal – o I.I. tem objetivo extrafiscal -, esse é um efeito da imposição de tarifas. A letra E é a resposta correta, tendo em vista que a imposição de tarifas vai desestimular a competitividade da empresa protegida, pois esta se vê insulada da concorrência e não precisa aperfeiçoar seus produtos, inovar e desenvolver-se tecnologicamente. 14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 65
  • 66. Década de 90 • Rodada Uruguai, que culminou na criação da OMC, promovendo uma crescente redução do protecionismo, principalmente devida à regulamentação das barreiras não tarifárias; • O comércio de serviços foi um assunto efetivamente incorporado nas negociações comerciais a partir da criação da OMC em 1994; • Nenhuma rodada de negociação anterior a do Uruguai havia sido bem sucedida e produzido tantos frutos positivos; • Criação do Mercosul, acordo entre países em desenvolvimento 14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 66