3. Variação (%) Annual das Exportações e Participação (%)
das Exportações no PIB 1950 a 2011
60.0
55.0
50.0
45.0
40.0
35.0
30.0
25.0
20.0
%
15.0
10.0
5.0
0.0
-5.0
-10.0
-15.0
-20.0
-25.0
1950
1955
1960
1965
1970
1975
1980
1985
1990
1995
2000
2005
2010
Variação (%) anual das Exportações Part. % das exportações no PIB
14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 3
4. Principais Importadores Mundiais –
2010 (ranking US$ bilhões= 15376)
EUA
Part % China
1.8 1.3 1.2 Alemanha
1.8 Japão
2 França
2 12.8 Reino Unido
2
2.1 Países Baixos
Itália
2.6 Hong Kong
0 9.1 Coréia do Sul
2.8 Bélgica
2.9 Canadá
Índia
6.9 Espanha
3.1 3.4
3.8 3.9 4.5
Fonte: MDIC/SECEX/ DEPLA
O Brasil ocupa 20a posição 1.2%
14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 4
5. Principais Exportadores Mundiais –
2010 (US$ bilhões = 15238)
1.4 Part %
1.3
1.7 1.5 1.4
1.6 China
1.8 10.4 EUA
2
Alemanha
2.3
Japão
2.5 8.4
Países Baixos
2.6 França
2.6 8.3 Coréia do Sul
2.7 Itália
2.8 5.1 Bélgica
3.1 3.4 3.8
2.9 Reino Unido
Fonte: MDIC/SECEX/ DEPLA
O Brasil ocupa a 22a posição 1.3%
14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 5
8. Comércio Internacional
Comércio Internacional Comércio Exterior
Conjunto de trocas comerciais Abrange as trocas comerciais
(circulação de bens e serviços) que (circulação de bens e serviços) que
os países do mundo fazem entre si um país faz com os outros
Acordos da OMC, acordos e regras Legislação do comércio exterior
do comércio internacional entre brasileiro. Refere-se apenas a um
todos os países. país
Ótica MACRO
14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 8
9. Comércio Internacional
A Teoria Pura do
Estudo da Comércio
Economia A Teoria da Política
Comercial
Internacional
O Balanço de
abrange Pagamentos
O ajustamento do
Balanço de Pagamentos
14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 9
10. Comércio Internacional
A Teoria da Política Comercial:
É um ramo da economia que estuda como o
comércio, as finanças internacionais e as
políticas estatais afetam o intercâmbio
internacional e a política monetária e fiscal.
14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 10
11. Políticas Comerciais
Examinar as políticas que os governos adotam
quanto ao comércio internacional – políticas que
envolvem várias ações diferentes, entre elas
impostos sobre algumas transações
internacionais, subsídios a outras e limites legais
ao valor ou volume de determinadas
importações.
14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 11
12. Comércio Internacional
• O que é ?
• O que leva os países a comercializarem entre
si?
• Por que eles deveriam abrir suas economias
para o comércio internacional?
14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 12
13. Comércio Internacional
• O que é?
“É definido como o conjunto de operações
realizadas entre países onde há intercâmbio
de bens e serviços ou movimento de capitais.
Este comércio é regido por regras e normas,
resultantes de acordos negociados, em órgãos
internacionais.
Ex. OMC, CCI ( Câmara de Comércio
Internacional).” (LOPEZ e GAMA, 2010)
14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 13
14. TESTE
(AFRF 2002) – Assinale a opção que melhor define “Comércio Internacional”.
a) A expressão “Comércio Internacional” designa, unicamente, a troca de
mercadorias entre diferentes países, não abrangendo serviços nem
aspectos ligados a sua execução, como o transporte e o pagamento.
b) A expressão “Comércio Internacional”, refere-se às trocas de
mercadorias entre diferentes países exclusivamente por compra e venda
internacional e abrange tudo o que for ligado à sua execução, incluindo
transporte e pagamento.
c) A expressão “Comércio Internacional” designa a troca de mercadorias e
serviços entre os países signatários do GATT.
d) A expressão “Comércio Internacional” designa a troca de mercadorias
entre o Brasil e os países do Mercosul.
e) A expressão “Comércio Internacional” designa a troca de mercadorias e
serviços de todos os tipos entre diferentes países em tudo o que for
ligado à sua execução, incluindo transporte e pagamento.
14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 14
15. TESTE
(AFRF 2002) – Assinale a opção que melhor define “Comércio Internacional”.
a) A expressão “Comércio Internacional” designa, unicamente, a troca de
mercadorias entre diferentes países, não abrangendo serviços nem
aspectos ligados a sua execução, como o transporte e o pagamento.
b) A expressão “Comércio Internacional”, refere-se às trocas de
mercadorias entre diferentes países exclusivamente por compra e venda
internacional e abrange tudo o que for ligado à sua execução, incluindo
transporte e pagamento.
c) A expressão “Comércio Internacional” designa a troca de mercadorias e
serviços entre os países signatários do GATT.
d) A expressão “Comércio Internacional” designa a troca de mercadorias
entre o Brasil e os países do Mercosul.
e) A expressão “Comércio Internacional” designa a troca de mercadorias e
serviços de todos os tipos entre diferentes países em tudo o que for
ligado à sua execução, incluindo transporte e pagamento.
14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 15
16. Comércio Internacional
• O que leva os países a comercializarem entre si?
Motivações para trocas internacionais
São 4 fatores fundamentais:
1. Reservas Naturais;
2. Solos e Clima;
3. Capital e Trabalho; e
4. Estágio Tecnológico.
14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 16
17. Comércio Internacional
• Por que os países deveriam abrir suas
economias para o comércio internacional?
A melhor defesa da liberalização do comércio
internacional encontra-se nas chamadas teorias
do comércio internacional.
14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 17
18. Teorias de Comércio Internacional
• Mercantilismo (séc. XV ao XVIII) acúmulo
de metais preciosos (ouro e prata)
– Como:
• Através exploração das riquezas das colônias;
• Através do Comércio Internacional, incentivando as
exportações e impondo barreiras (protecionismo) nas
importações. (procura de uma balança comercial
favorável, Estado intervencionista)
– Porque do pensamento:
• tendo muito ouro e prata os produtos do país seriam
mais caros e vendidos por preços maiores
14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 18
19. Teorias de Comércio Internacional
Teoria da Vantagem Absoluta
• Filósofo David Hume (ensaio “Da Balança Comercial)
– Criou a teoria fluxo-espécie-preço
– Criticou o mercantilismo e o protecionismo. Não haverá
acúmulo de ouro e prata, pois a demanda no mercado
internacional se reduzirá.
• No final do séc XVIII, Adam Smith (Riquezas das
Nações) defende a teoria de que a intervenção do
Estado deve ser a mínima possível, pois o mercado é
auto regulador, como se existisse uma mão invisível do
mercado e isto traria benefícios para a sociedade.
14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 19
20. Comércio Internacional
• ADAM SMITH: VANTAGEM ABSOLUTA
– 1776 – A Riqueza das Nações
– Defendeu o livre comércio como a melhor política para as
nações do mundo
– Argumentava que os países deveriam especializar-se na
produção de mercadorias com as quais tinham uma
vantagem absoluta (ou seja, produção com maior
eficiência que as demais nações) e importar aquelas em
que tinham uma desvantagem absoluta (ou produzir
menos eficientemente)
– O resultado seria em aumento do produto mundial que
seria compartilhado entre as nações que comercializam
entre si.
14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 20
21. Teoria da Vantagem Absoluta
Brasil França Total no mercado
sapatos 4 unidades/hora 2 unidades/hora 6 unidades
bolsas 2 unidades/hora 3 unidades/hora 5 unidades
Se os países se especializarem nos produtos que produzem
com maior eficiência haverá um ganho.
O Brasil produziria em duas horas de trabalho 8 sapatos.
A França, por sua vez, produziria em duas horas 6 bolsas.
14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 21
22. Teorias de Comércio Internacional
• Teoria da Vantagem Absoluta
A teoria de Smith quanto a vantagem absoluta é
obviamente correta, contudo, não é
suficientemente ampla. Explica apenas uma
pequena parte do comércio internacional.
Coube a Ricardo, escrevendo cerca de 40 anos
mais tarde, explicar a maior parte do comércio
mundial, com sua lei da vantagem comparativa.
14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 22
23. Teorias de Comércio Internacional
• Avaliação da Lei da Vantagem Comparativa
de Ricardo
Ricardo fundamentou seu raciocínio em várias
hípóteses simplicadoras. Uma delas é a
chamada teoria do valor trabalho, segundo a
qual o valor ou o preço de uma mercadoria é
igual ou pode ser inferido da quantidade de
tempo de trabalho em sua produção.
14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 23
24. Teorias de Comércio Internacional
• Avaliação da Lei da Vantagem Comparativa de
Ricardo
Atualmente, rejeitamos a teoria do valor de
trabalho, pois o trabalho não é o único fator de
produção (pois este não é usado na mesma
proporção fixa na produção de todas as
mercadorias), supõe que o trabalho é homogêneo
(isto é de um único tipo) e conclui que o custo ou
preço de uma mercadoria é igual à quantidade de
trabalho incorporado..
14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 24
25. Teorias de Comércio Internacional
• Avaliação da Lei da Vantagem Comparativa
de Ricardo
Rejeitando-a, precisamos também rejeitar a
explicação de Ricardo sobre a vantagem
comparativa, mas não precisamos dizer não à
própria lei da vantagem comparativa. Esta é
válida e pode ser explicada em termos de custos
de oportunidade
14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 25
26. Questão
(AFTN-1998) Indique a opção que não está
relacionada com a prática do mercantilismo:
a) O princípio segundo o qual o Estado deve
incrementar o bem-estar nacional.
b) O conjunto de concepções que incluía o
protecionismo, a atuação ativa do Estado e a
busca de acumulação de metais preciosos,
que foram aplicadas em toda Europa
homogeneamente no séc. XVII
14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 26
27. Questão
c) O comércio exterior deve ser estimulado, pois
um saldo positivo na balança fornece um
estoque de metais preciosos.
d) A riqueza da economia depende do aumento
da população e do volume de metais preciosos
do país.
e) Uma forte autoridade central é essencial para
a expansão dos mercados e a proteção dos
interesses comerciais.
14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 27
28. Questão
(AFRF-2000) – A teoria das Vantagens Absolutas
afirma em quais condições determinado
produto ou serviço poderia ser oferecido com:
a) Preços de custo inferiores aos do
concorrente.
b) Preços de aquisição inferiores aos do
concorrente
14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 28
29. Teorias de Comércio Internacional
• Especializado
• Não especializado
trabalho • Semi especializado
• empresarial
• Líquido (moeda,
Fatores por exemplo)
de capital • Ilíquido
(maquinario,
Produção fábricas, etc)
• Áreas agrícolas
• Minerais
terra • Industriais
• residenciais
14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 29
30. Teorias de Comércio Internacional
• A Moderna Teoria de Comércio Internacional:
Heckscher-Ohlin
A teoria de Heckscher-Ohlin supõe que as
nações possuem os mesmos gostos, utilizam a
mesma tecnologia, têm rendimentos constantes
de escala (isto é, um determinado aumento
percentual em todos os insumos incrementa a
produção na mesma percentagem), porém
divergem muito em dotações de fator.
14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 30
31. Teorias de Comércio Internacional
• A Moderna Teoria de Comércio Internacional:
Heckscher-Ohlin
Diz também que face a gostos e condições de
demanda idênticos, esta diferença na dotação de
fatores resultará em uma diferença nos preços
relativos do fator entre as nações, o que, por sua
vez, conduz a uma diferença nos preços relativos da
mercadoria e comércio. Deste modo, na teoria
Heckscher-Ohlin, por si só a diferença internacional
nas condições de oferta determina a configuração
do comércio.
14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 31
32. Teorias de Comércio Internacional
• A Moderna Teoria de Comércio Internacional:
Heckscher-Ohlin
A teoria Heckscher-Ohlin afirma que cada nação
exportará a mercadoria que incorporar grande
volume de seus fatores relativamente
abundantes e baratos e importará aquela cuja
produção incorporar maior volume de fatores
relativamente escassos e caros.
14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 32
33. Teorias de Comércio Internacional
Teoria Clássica Teoria Moderna Nova Teoria
Vantagens Comparativas: os modelo de Heckscher-Ohlin: Paul Krugman e Staffan
países devem especializar-se os países diferem quanto a Linder: esses 2 autores
na produção daqueles bens dotação relativa de fatores de procuram explicações
que façam com maior produção que agora passam a complementares ao modelo
eficiência, isto é, com menores ser tanto a mão de obra de Heckscher-Ohlin.
custos relativos. (trabalho) quanto o capital. Comércio intra-industrial
Aqui, diferentemente do -economia de escala
modelo clássico, os países não -lado da demanda - ciclo
se especializam totalmente na do produto
produção das mercadorias
relativamente mais vantajosas.
14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 33
34. Protecionismo x Livre Cambismo
Argumentos em defesa da abertura Argumentos em defesa de medidas
comercial protecionistas
Teoria das vantagens comparativas A crítica estruturalista
Ganhos de escala A indústria nascente
Ampliação das possibilidades de Falhas de mercado
consumo
Ganhos de eficiência A vulnerabilidade externa e os
problemas de Balanço de Pagamentos
Vantagens no processo de estabilização Combate ao desemprego no curto prazo
14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 34
35. Desempenho Recente das Exportações e do PIB
de Países Selecionados 2010/09 – Variação %
32.6 32 31.9 31.3 31.1
29.9
28.3
26.3
21
14.7 13.3
10.3 10.4
7.5 7.2 7.8 7.4 Exportações
5.5 6.1
3.9 4 2.8 3.5 PIB
1.3 1.5
-0.1
Japão
Brasil
Rússia
China
India
México
Coréia do Sul
Malásia
Estados Unidos
Reino Unido
Alemanha
Espanha
França
14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 35
36. Comércio Internacional e Crescimento
Econômico
• Todos os países do mundo preocupam-se com o
seu desenvolvimento econômico. Os mais pobres
procuram aumentar suas riquezas, enquanto os
mais ricos buscam desenvolvimento ainda maior,
de forma que possam se manter entre as
lideranças internacionais.
• Motivados por essa idéia os países dedicam
especial atenção ao comércio internacional, pois
a influênciado resultado favorável de seu balanço
de pagamentos será fundamental para
possibilitar o crescimento econômico desejado.
14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 36
37. Comércio Internacional e Crescimento
Econômico
• Atualmente, as necessidades da população de
um país já não são mais satisfeitas com os
bens produzidos internamente. Até mesmo
países que possuem fatores de produção
abundantes transformam-se em importadores
de bens produzidos por outros países, seja por
motivos de política interna, de consumo ou
por outros necessidades.
14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 37
38. Comércio Internacional e Crescimento
Econômico
• Países desenvolvidos, como os Estados Unidos e os países
da Europa, transformaram-se em grandes importadores de
mercadorias e serviços de países em desenvolvimento,
como os asiáticos, atraídos pela aplicação de novas técnicas
de produção e matérias-primas, desenvolvidas por mão-de-
obra eficiente e barata.
• As mudanças processadas no comércio internacional
indicam a entrada em uma época de integração e
complementação industrial de bens e de serviços, em que
os países desenvolvidos gastam enormes quantias em
projetos e pesquisas de produtos e de implantação de
novas tecnologias, com a evidente intenção da manutenção
de suas posições no mercado internacional.
14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 38
39. Livre Cambismo x Protecionismo
• Livre Cambismo • Protecionismo
Os defensores do livre-cambismo (laissez- O protecionismo não nega a
faire) pretendiam que cada país especialização das produções,
deveria produzir os produtos nos quais entende que a completa liberdade
tivessem maior facilidade de obtenção das atividades econômicas e a
dos recursos de produção, com
divisão internacional do trabalho e livre circulação de produtos
consequente especialização das permitem o surgimento de
produções. desigualdades de riquezas e de
Desse modo, aplicando-se a doutrina oportunidades econômicas entre
livre-cambista na determinação da os países.
política comercial internacional de Desse modo, os defensores do
diferentes países, com a protecionismo entendem que o
especialização da produção e
eliminação de obstáculos aduaneiros, estado deveria controlar as
permitir-se-ia a livre troca desses atividades econômicas e, com
produtos no mercado internacional, relação ao comércio internacional,
que seriam vendidos a preços estabelecer restrições às
mínimos, num regime de mercado que importações e exportações,
se aproximaria ao da livre condicionando-as a uma política
concorrência perfeita, favorecendo o de desenvolvimento.
aumento do bem-estar das
populações.
14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 39
40. Livre Cambismo x Protecionismo
Os economistas modernos entendem que a
aplicação da política de livre-cambismo pode
ser adotada com sucesso entre países mais
desenvolvidos. Para os países menos
desenvolvidos a melhor solução é a adoção de
algumas intervenções protecionistas para
compensar certas vantagens temporárias ou
para proteção de setores essenciais, como
agricultura e indústria de base.
14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 40
41. Questão
(AFRF-2003) Sobre o protecionismo, em suas expressões
contemporâneas, é correto afirmar-se que:
a) Tem aumentado em razão da proliferação de acordos de alcance
regional que mitigam o impulso liberalizante da normativa
multilateral.
b) Possui expressão eminentemente tarifária desde que os membros
da OMC acordaram a tarifação das barreiras não tarifárias.
c) Assume feições preponderantemente não tarifárias, associando-
se, entre outros, a procedimentos administrativos e à adoção de
padrões e de controles relativos às características sanitárias e
técnicas dos bens trasacionais.
d) Vem diminuido progressivamente à medida que as tarifas também
são reduzidas a patamares historicamente menores.
e) Associa-se a estratégias defensivas dos países em
desenvolvimento frente às pressões liberalizantes.
14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 41
42. Comentário - Questão
O objetivo da questão é saber como se manifesta o
protecionismo atualmente. A letra A está errada porque a
proliferação de acordos regionais não é uma manifestação
do protecionismo. Muito pelo contrário, representa um
passo a caminho da liberalização. A filosofia dos acordos
regionais é a de que se não for possível liberalizar o
comércio em nível mundial (multilateral), que se busque a
liberalização no nível regional.
A letra B está errada porque atualmente o protecionismo é
eminentemente não tarifário. Desde 1947, com a criação
do GATT, as tarifas foram sucessivamente reduzidas por
meio de rodadas de negociação e, estando já em nível
baixo, a solução dos protecionistas foi erguer as famosas
barreiras não tarifárias.
14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 42
43. Comentário - Questão
Quanto a letra D, ela também está errada, já que, embora o
protecionismo esteja sendo progressivamente reduzido,
não podemos dizer que a causa disso seja a redução das
tarifas. O que se vê hoje em dia é a regulamentação cada
vez melhor das barreiras não tarifárias, particularmente
após a criação da OMC. Ou seja, o protecionismo vem
sendo reduzido, mas pela diminuição e melhor
regulamentação das barreiras não tarifárias.
A letra E está errada, já que não são somente os países em
desenvolvimento que adotam práticas protecionistas. Os
países desenvolvidos também as adotam, particularmente
no que diz respeito aos produtos agrícolas.
14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 43
44. Comentário - Questão
A letra C está correta e é o gabarito. Ela trata
justamente das barreiras não tarifárias, que são a
expressão contemporânea do protecionismo.
Quando a assertiva fala em “procedimentos
administrativos e à adoção de padrões e de
controles relativos às características sanitárias e
técnicas dos bens transacionados”, ela está se
referindo a dois tipos de barreiras não tarifárias:
as barreiras técnicas ao comércio e as medidas
sanitárias e fitossanitárias.
14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 44
45. Questão
(AFRF-2002-2) Com relação às práticas protecionistas, tal como observadas nas
últimas cinco décadas, é correto afirmar-se que:
a) Assumiram expressão preponderantemente não tarifária à medida que, por força
de compromissos multilaterias, de acordos regionais e de iniciativas unilaterias,
reduziram-se as barreiras tarifárias.
b) Voltaram a assumir expressão preponderantemente tarifária em razão de
compromisso assumido no âmbito do Acordo Geral de Comércio e Tarifas (GATT)
de tarificar barreiras não tarifárias, com vistas à progressiva redução e
eliminação futura das mesmas.
c) Encontram amparo na normativa da Organização Mundial do Comércio (OMC),
quando justificadas pela necessidade de corrigir falhas de mercado, proteger
indústrias nascentes, responder a práticas desleais de comércio e corrigir
desequilíbrios comerciais.
d) Recrudesceram particularmente entre os países da Organização de Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE), na segunda metade dos anos noventa, em
razão da desaceleração das taxas de crescimento de suas economias.
e) Deslocaram-se do campo estritamente comercial para vincularem-se a outras
áreas temáticas como meio ambiente, direitos humanos e investimentos.
14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 45
46. Comentário - Questão
O que ela quer saber é sobre como se comportaram as
práticas protecionistas nas últimas cinco décadas.
Retroagindo no tempo cinquenta anos, chegamos
aproximadamente ao ano de 1947. E quando
retroagimos ao ano de 1947, devemos nos lembrar
imediatamente do GATT General Agreement on Tariffs
and Trade – Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio).
Com a criação do GATT em 1947, começam a ocorrer
sucessivas rodadas de negociação e as tarifas
começaram a ser reduzidas. O protecionismo começou
a reduzir-se, deixando de ser tarifário e tornando-se
não tarifário. Com nessa afirmação, já podemos
perceber que as alternativas B e D estão erradas.
14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 46
47. Comentário - Questão
A letra C está errada porque as práticas protecionistas
somente encontram amparo na normativa da OMC
quando destinadas à proteção da indústria nascente,
promoção da segurança nacional, deslealdade
comercial ou diante de restrições na Balança de
Pagamentos. Não há previsão na normativa
multilateral para a adoção de práticas protecionistas
com o objetivo de corrigir falhas de mercado.
A letra E também está errada. As práticas protecionistas
não deixaram de ser barreiras comerciais, embora não
sejam mais unicamente tarifárias. Tanto as barreiras
tarifárias quanto as não tarifárias são barreiras
comerciais.
14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 47
48. Comentário - Questão
A letra A está correta e é o gabarito, já que além
das negociações travadas em âmbito
multilateral com o intuito de reduzir tarifas,
muito se negociou também em nível regional.
Foram criados inúmeros blocos econômicos,
tais como: Mercosul, União Européia, o
NAFTA. A criação do SGP (Sistema Geral de
Preferência) e do SGPC (Sistema Global de
Preferências Comerciais) também foi
importante para a redução tarifária.
14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 48
49. Questão
(AFRF-2002-2) A literatura econômica afirma, com base em argumentos teóricos e
empíricos, que o comércio internacional confere importantes estímulos ao
crescimento econômicos. Entre os fatores que explicam o efeito positivo co comércio
sobre o crescimento destacam-se:
a) A crescente importância dos setores exportadores na formação do Produto
Interno dos países; as pressões em favor da estabilidade cambial e monetária
que provêm do comércio; e o aumento da demanda agregada sobre a renda.
b) A melhor eficiência alocativa propiciada pelas trocas internacionais; a
substituição de importações; e a consequente geração de superávits comerciais.
c) A crescente importância das exportações para o Produto Interno dos países; a
importância das importações para o aumento da competitividade; e o melhor
aproveitamento de economias de escala.
d) Os efeitos sobre o emprego e sobre a renda decorrentes do aumento da
demanda agregada; e o estímulo à obtenção de saldos comerciais positivos.
e) A ampliação de mercados; os deslocamentos produtivos; e o equilíbrio das taxas
de juros e dos preços que o comércio induz.
14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 49
50. Comentários da questão
Essa questão é bastante interessante, nos permitindo discorrer acerca dos efeitos do
livre comércio e sua importância para o crescimento econômico.
Crescente importância das exportações para o PIB: O
PIB=Consumo+investimento+Gastos do Governo+Exportações-Importações. Já
entramos aqui na seara da Macroeconomia! Quanto maior for o valor das
exportações, maior será o valor do PIB. Se há um aumento do PIB, há um
consequente aumento da renda e da demanda agregada.
Importância das importações para o aumento da competitividade: Com o livre
comércio, a indústria nacional fica exposta à concorrência, o que a leva ao
aperfeiçoamento de processos, inovação, adoção de novas técnicas,
desenvolvimento tecnológico e aperfeiçoamento do produto. Caso fosse protegida
da concorrência, haveria tendência a sua obsolência.
Aumento do bem-estar do consumidor e redução do nível de preços: com o livre
comércio, em que cada país se especializa na produção de determinados produtos,
há um ganho de disponibilidade e um consequente aumento da oferta de bens.
Com o aumento da oferta, o consumidor pode escolher o produto que mais lhe
interessa, além de poder comprá-lo a preços mais baratos. Se, ao contrário, o
governo protégé a indústria nacional, os preços tendem a subir, já que, estando
insulada da concorrência, ela pode vender caro seus produtos.
14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 50
51. Comentários da questão
Melhor aproveitamento de economias de escala: a
especialização leva a economias de escala,
aumentando a produtividade e reduzindo custos.
Aumento da remuneração do fator de produção
abundante: pelo teorema Heckscher-Ohlin-Samuelson,
o livre comércio leva ao aumento da remuneração do
fator de produção abundante no país.
Ampliação de mercados: o livre comércio permite que
uma indústria tenha compradores não somente no
mercado doméstico, mas no mercado internacional
como um todo. O seu mercado consumidor deixa de
ser simplesmente local e se torna global.
14-julho-2012 preparado por Elisabete Felicio Camargo 51
52. Comentários da questão
Pois bem, agora que já entendemos os principais efeitos
do livre comércio, examinemos as alternativas.
A letra A está errada porque a demanda agregada e a
renda são variáveis macroeconômicas que crescem
juntas. Em relação a importância dos setores
exportadores para o PIB, isso é realmente um efeito do
incremento do comércio internacional.
A letra B está errada porque o livre comércio não gera a
substituição de importações. A substituição de
importações é uma ideia eminentemente protecionista.
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53. Comentários da questão
A letra D está errada porque o livre comércio não se
preocupa em obter saldo comerciais positivos. Para
os liberalistas, o principal do comércio internacional
não é exportar, mas realizar trocas comerciais, seja
na forma de importações ou exportações.
A letra E lista efeitos do livre comércio consagrados
pelas teorias econômicas, o que nos dá a impressão
de que está correta. Entretanto o enunciado da
questão fala em argumentos teóricos e empíricos
da literatura econômica. E aí é que mora o
problema!
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54. Comentários da questão
Não podemos dizer que ocorram “deslocamentos produtivos e
equilibrio das taxas de juros e dos preços” na prática.
Deslocamente produtivo seria um deslocamento da curva de
possibilidade de produção da economia, o que não dá pra
saber se ocorre de verdade, ou seja, isso é eminentemente
teórico. Da mesma forma o livre comércio, em tese, tem como
efeito o aumento da remuneração do fator de produção
abundante e a redução da remunaração do fator de produção
escasso – equalização dos custos dos recursos. Mas, e aí, na
prática isso ocorre mesmo? Não, esse também é um
argumento teórico.
Resta-nos a letra C, que descreve perfeitamente efeitos do
livre comércio! Vejamos:
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56. Barreiras Tarifárias e Não-Tarifárias
• Barreiras Tarifárias:
São tarifas alfandegárias propriamente ditas. As
tarifas impostas sobre a importação de bens e
serviços visam obtenção de receitas ou mesmo a
proteção dos produtores locais. Cada país possui
seu próprio sistema tarifário, que prevê alíquota
para cada produto.
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57. Barreiras Tarifárias e Não-Tarifárias
• Tarifa Simples: compreende apenas uma lista de
alíquotas aplicáveis a qualquer tipo de importação,
sem diferenciar a origem e procedência.
• Tarifa geral convencional: são aplicadas às mercadorias
de países beneficiados com o tratamento de nação
mais favorecida enquanto as alíquotas gerais ou
autônomas são aplicadas em todos os outros casos em
que não existem negociações ou reduções de direitos;
• Tarifa preferencial: consiste em taxas reduzidas que
são aplicadas por um país as importações
provenientes de um ou vários países devido às relações
particulares existentes entre eles.
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58. Barreiras Tarifárias e Não-Tarifárias
Regulamentos
Formalidades
Técnicos e
Consulares
Administrativos
Restrições de Comércio de
Câmbio Estado
Barreiras
Restrições
Quantitativas Não- Intercâmbio
Tarifárias
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59. Barreiras Tarifárias e Não-Tarifárias
• Barreiras Não Tarifárias:
São obstáculos não-tarifários, que
desempenham papel importante na proteção da
produção local. São aplicadas por meio de
regulamentos que incidem sobre diferentes
produtos e formas de comércio.
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60. Barreiras Tarifárias e Não-Tarifárias
• Restrições quantitativas: fixação de cotas por
determinados tipos de produtos, de acordo com as
necessidades consideradas pelos órgãos
governamentais.
• Restrições de câmbio: referem-se às restrições
impostas à aquisição de divisas para pagamento das
importações efetuadas.
• Regulamentos técnicos e administrativos:
compreendem os regulamentos fitossanitários e
veterinários, de produtos almentícios e farmacêuticos
e demais regulamentos de normas técnicas
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61. Barreiras Tarifárias e Não-Tarifárias
• Formalidades consulares: exige-se que os embarques
de mercadorias sejam acompanhados de documentos
consulares, tais como faturas e certificados de
importação;
• Comércio de Estado: o comércio se efetua geralmente
no âmbito de acordos bilaterais que fixam os produtos
e as quantidades que poderão ser comercializadas
• Intercâmbio: alguns países, para efeito de proteção à
produção local, costumam exigir que na aquisição de
determinados produtos sejam comprados outros como
condição para a importação.
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62. Questão
(AFRF-2000) As Barreiras não tarifárias são
frequentemente apontadas como grandes
obstáculos ao comércio internacional. Podem vir
a se constituir Barreiras não tarifárias (BNT) todas
as modalidades abaixo, exceto:
a) Medidas fitossanitárias.
b) Normas de segurança
c) Direitos aduaneiros
d) Sistema de licença de importação
e) Quotas.
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63. Comentário da Questão
Podem se constituir em barreiras não tarifárias
as medidas fitossanitárias, as normas de
segurança, o sistema de licença de importação
e as cotas. Já os direitos aduaneiros são
sinônimos de tarifas alfandegárias, logo são
barreiras tarifárias.
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64. Questão
(AFRF-2000) Entre as razões abaixo, indique
aquela que não leva à adoção de tarifas
alfandegárias:
a) Aumento da arrecadação governamental
b) Equilíbrio do Balanço de Pagamentos
c) Proteção à indústria nascente
d) Segurança nacional (defesa)
e) Estímulo à competitividade de uma empresa
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65. Comentário da questão
A imposição de tarifas sobre a importação de produtos é aceita pela
normativa da OMC no caso de proteção à industria nascente,
promoção da segurança nacional, deslealdade comercial e quando
ocorre um desequilíbrio no Balanço de Pagamentos, o que por si só
nos faz descartar as letras B, C e D.
A letra A está errada porque, embora a finalidade principal do imposto
de importação não seja o aumento de arrecadação fiscal – o I.I. tem
objetivo extrafiscal -, esse é um efeito da imposição de tarifas.
A letra E é a resposta correta, tendo em vista que a imposição de
tarifas vai desestimular a competitividade da empresa protegida,
pois esta se vê insulada da concorrência e não precisa aperfeiçoar
seus produtos, inovar e desenvolver-se tecnologicamente.
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66. Década de 90
• Rodada Uruguai, que culminou na criação da OMC,
promovendo uma crescente redução do
protecionismo, principalmente devida à
regulamentação das barreiras não tarifárias;
• O comércio de serviços foi um assunto efetivamente
incorporado nas negociações comerciais a partir da
criação da OMC em 1994;
• Nenhuma rodada de negociação anterior a do Uruguai
havia sido bem sucedida e produzido tantos frutos
positivos;
• Criação do Mercosul, acordo entre países em
desenvolvimento
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