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Os biomas brasileiros
Podemos definir bioma como um conjunto
 de ecossistemas que funcionam de forma
estável. Um bioma é caracterizado por um
 tipo principal de vegetação (num mesmo
   bioma podem existir diversos tipos de
  vegetação). Os seres vivos de um bioma
vivem de forma adaptada as condições da
   natureza (vegetação, chuva, umidade,
calor, etc) existentes. Os biomas brasileiros
caracterizam-se, no geral, por uma grande
     diversidade de animais e vegetais
               (biodiversidade).
- Floresta amazônica– é considerada a maior
    floresta tropical do mundo com uma rica
biodiversidade. Está presente na região norte
(Amazonas, Roraima, Acre, Rondônia, Amapá,
Maranhão e Tocantins). É o habitat de milhares
de espécies vegetais e animais. Caracteriza-se
   pela presença de árvores de grande porte,
    situadas bem próximas umas das outras
 (floresta fechada). Como o clima na região é
  quente e úmido, as árvores possuem folhas
                 grandes e largas.
- Caatinga– presente na região do sertão nordestino
(clima semi-árido), caracteriza-se por uma vegetação de
      arbustos de porte médio, secos e com galhos
  retorcidos. Há também a presença de ervas e cactos.
    A caatinga é típica de regiões com baixo índice de
             chuvas (presença de solo seco).

   A caatinga, palavra originária do tupi-guarani, que
  significa “mata branca”, é o único sistema ambiental
exclusivamente brasileiro. Possui extensão territorial de
734.478 de quilômetros quadrados, correspondendo a
 cerca de 10% do território nacional, está presente nos
             estados do Ceará, Rio Grande do
Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Bahia, Pi
               auí e norte de Minas Gerais.
- Cerrado – este bioma é encontrado nos estados do Mato Grosso, Mato
Grosso do Sul, Goiás e Tocantins. Com uma rica biodiversidade, caracteriza-se
    pela presença de gramíneas, arbustos e árvores retorcidas. As plantas
   possuem longas raízes para retirar água e nutrientes em profundidades
                                   maiores.

    É a segunda maior formação vegetal brasileira. Estendia-se originalmente
por uma área de 2 milhões de km², abrangendo dez estados do Brasil Central.
  Hoje, restam apenas 20% desse total.Típico de regiões tropicais, o cerrado
apresenta duas estações bem marcadas: inverno seco e verão chuvoso. Com
       solo de savana tropical, deficiente em nutrientes e rico em ferro e
     alumínio, abriga plantas de aparência seca, entre arbustos esparsos e
   gramíneas, e o cerradão, um tipo mais denso de vegetação, de formação
 florestal. A presença de três das maiores bacias hidrográficas da América do
     Sul (Tocantins-Araguaia, São Francisco e Prata) na região favorece sua
                                 biodiversidade .

        Cerrado é um bioma do tipo biócoro savana que ocorre no
      Brasil, constituindo-se num dos seis grandes biomas brasileiros.
-A Mata Atlântica -é uma formação vegetal que está
presente em grande parte da região litorânea brasileira.
          Ocupa, atualmente, uma extensão de
  aproximadamente 100 mil quilômetros quadrados. É
     uma das mais importantes florestas tropicais do
     mundo, apresentando uma rica biodiversidade.
     A Mata Atlântica encontra-se, infelizmente, em
 processo de extinção. Isto ocorre desde a chegada dos
    portugueses ao Brasil (1500), quando iniciou-se a
   extração do pau-brasil, importante árvore da Mata
   Atlântica. Atualmente, a especulação imobiliária, o
  corte ilegal de árvores e a poluição ambiental são os
   principais fatores responsáveis pela extinção desta
                          mata.
-O Pampa-O clima da região é temperado, apresentando
  temperaturas que podem atingir os 40ºC no verão e podem
                 chegar abaixo de 0ºC no inverno.
 Possui espécies de fauna e flora que só existem nesta região do
                             planeta.
A paisagem do Pampa é formada de planícies (longas extensões
 de áreas planas), banhados (áreas permanentemente alagadas
por água doce), várzeas (áreas eventualmente alagadas por água
doce), coxilhas (terreno ondulado por um conjunto de pequenos
morros) e cerros (morros isolados), onde – por restrições de solo
e de disponibilidade hídrica – predominam as espécies silvestres
                           herbáceas.
 As matas nativas do Pampa, em sua maioria, concentram-se ao
longo dos cursos d’água, formando na paisagem belos desenhos
              em diferentes tonalidades de verde.
-O Pantanal-Um dos ecossistemas mais ricos do Brasil, o
Pantanal, estende-se pelos territórios do Mato-Grosso (região
sul), Mato-Grosso do Sul (noroeste), Paraguai (norte) e Bolívia
  (leste). Ao todo são aproximadamente 228 mil quilômetros
    quadrados. Em função de sua importância e diversidade
 ecológica, o Pantanal é considerado pela UNESCO como um
  Patrimônio Natural Mundial e Reserva da Biosfera. O Brasil
  apresenta ao longo de seu território diversas composições
vegetais, dentre elas o Pantanal, que é conhecido também por
Complexo do Pantanal; sua formação vegetal recebe influência
da floresta Amazônica, Mata Atlântica, Chaco e do Cerrado. O
 Pantanal, maior planície alagável do mundo, é o elo entre as
     duas maiores bacias da América do Sul: a do Prata e a
       Amazônica, o que lhe confere a função de corredor
biogeográfico, ou seja, permite a dispersão e troca de espécies
               de fauna e flora entre essas bacias.
-A Zona Costeira- ou faixa litorânea corresponde à zona de transição entre o
  domínio continental e o domínio marinho. É uma faixa complexa, dinâmica,
                mutável e sujeita a vários processos geológicos.
    A acção mecânica das ondas, das correntes e das marés são importantes
   factores modeladores das zonas costeiras, cujos resultados são formas de
                        erosão ou formas de deposição.
     As formas de erosão resultam do desgaste provocado pelo impacto do
 movimento das ondas sobre a costa - abrasão marinha -, sendo mais notória
                                   nas arribas.
    As formas de deposição são consequência da acumulação dos materiais
     arrancados pelo mar ou transportados pelos rios, quando as condições
          ambientais são propícias. Resultam praias ou ilhas-barreiras.
    O dinamismo elevado característico das zonas costeiras traduz-se numa
 constante evolução destas áreas. Algumas formas modificam-se, mudam de
               posição, umas desaparecem e outras aparecem.
 A zona costeira é um sistema que se encontra num equilíbrio dinâmico, que
resulta da interferência de inúmeros factores, quer naturais quer antrópicos.
  Dos fenómenos naturais que interagem com a dinâmica das zonas costeiras
podem referir-se a alternância entre as regressões e transgressões marinhas,
a alternância entre períodos de glaciação e interglaciação e a deformação das
                           margens dos continentes.
A Legislação e a Concervação da Natureza


   -O Objetivos-O SNUC objetiva a conservação da natureza no Brasil. Especificamente, fornece
 mecanismos legais às esferas governamentais federal, estadual e municipal e à iniciativa privada
                                         para que possam:
   contribuir para a manutenção da diversidade biológica e dos recursos genéticos no território
                                 nacional e nas águas jurisdicionais;
            proteger as espécies ameaçadas de extinção no âmbito regional e nacional;
      contribuir para a preservação e a restauração da diversidade de ecossistemas naturais;
              promover o desenvolvimento sustentável a partir dos recursos naturais;
    promover a utilização dos princípios e práticas de conservação da natureza no processo de
                                         desenvolvimento;
              proteger paisagens naturais e pouco alteradas de notável beleza cênica;
proteger as características de natureza geológica, geomorfológica, espeleológica, paleontológica
                                             e cultural;
                         proteger e recuperar recursos hídricos e edáficos;
                          recuperar ou restaurar ecossistemas degradados;
proporcionar meios e incentivos para atividades de pesquisa científica, estudos e monitoramento
                                             ambiental;
                     valorizar econômica e socialmente a diversidade biológica;
 favorecer condições e promover a educação e interpretação ambiental, a recreação em contato
                                com a natureza e o turismo ecológico;
proteger os recursos naturais necessários à subsistência de populações tradicionais, respeitando
    e valorizando seu conhecimento e sua cultura e promovendo-as social e economicamente.
A Recuperação de Áreas Degradadas
A preocupação com a reparação de danos provocados pelo homem aos ecossistemas não é recente. Plantações
florestais têm sido estabelecidas desde o século XIX no Brasil com diferentes objetivos. Entretanto, somente na
     década de 1980, com o desenvolvimento da ecologia da restauração como ciência, o termo restauração
  ecológica passou a ser mais claramente definido, com objetivos mais amplos, passando a ser o mais utilizado
no mundo nos últimos anos (Engel & Parrotta 2003). O histórico desta fase, no Brasil, inicia-se em 1862, sendo
  um dos primeiros trabalhos de restauração florestal na atual Floresta Nacional da Tijuca, município do Rio de
   Janeiro, visando à preservação das nascentes e regularização do abastecimento público de água (Ver: Pacto
                                para Restauração Ecológica da Mata Atlântica, 2007).
 Consideram-se degradadas áreas que apresentam “sintomas” como: mineração, processos erosivos, ausência
   ou diminuição da cobertura vegetal, deposição de lixo, superfície espelhada...entre outros (SMA 2004). Em
  2004 a “Society for Ecological Restoration” - SER publicou “Os Princípios da SER na Ecologia de Restauração”
  esse guia define a restauração ecológica como uma atividade intencional que inicia ou acelera a recuperação
       de um ecossistema no que diz respeito a sua saúde, integridade e sustentabilidade. Ecossistemas que
    requerem restauração têm sido degradados, danificados, transformados ou inteiramente destruídos como
resultado direto e indireto das atividades humanas. Adicionalmente, descreve vários passos a serem tomados
 para o desenvolvimento e o manejo de projetos de restauração ecológica. Dentre as várias atividades a serem
  realizadas estão: identificar o local e o tipo de ecossistema a ser restaurado; identificar o agente causador da
       degradação; e identificar se há necessidade de intervenções diretas para a restauração. Dentro desses
       princípios foram desenvolvidos vários modelos para a restauração de áreas degradadas, dentre eles:
  Condução da Regeneração Natural: restauração através da sucessão secundária, sendo necessário apenas o
abandono da área a ser restaurada para que esta, naturalmente, se desenvolva através da regeneração natural
      (Engel e Parrotta, 2003). No entanto, para que isso ocorra, há a necessidade de superar barreiras para a
regeneração natural, como a ausência ou a baixa disponibilidade de propágulos (sementes) para a colonização
  do local, a falha no recrutamento de plântulas e jovens (predação de sementes e plântulas e/ou ausência de
             um microclima favorável), falta de simbiontes (micorrizas e rizobactérias) e polinizadores e
   dispersores. Atualmente o método é um dos indicados para restauração florestal em áreas de preservação
                              permanente pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente
Plantio por sementes: esta técnica supera uma das
  barreiras à regeneração natural, pois os propágulos
seriam diretamente lançados no local a ser restaurado.
 Mas o sucesso no emprego desta técnica depende de
      haver condições mínimas para que ocorra o
     recrutamento das plântulas e dos juvenis e da
manutenção das interações para a funcionabilidade do
   ecossistema. No Mato Grosso algumas iniciativas
demonstram que o método da semeadura direta, ainda
 que com desempenho não satisfatório para algumas
espécies, mostrou-se viável, o que o recomenda como
     alternativa econômica de restauração florestal
Plantio de mudas: Apesar de ser uma forma mais onerosa de restauração de áreas
degradadas, por aumentar as chances de sucesso do desenvolvimento das plântulas e
    diminuir a perda das sementes, o plantio de mudas de espécies nativas de rápido
      crescimento apresenta alta eficácia na restauração e com o passar do tempo
proporciona o desenvolvimento de espécies vegetais de outros níveis de sucessão e a
  atração de animais frugívoros dispersores de sementes. Pelo alto índice de sucesso
dessa técnica, com a utilização de espécies de rápido desenvolvimento, cerca de um a
dois anos após o plantio têm-se áreas onde espécies arbóreas venceram a competição
com espécies invasoras herbáceas e gramíneas, através do sombreamento (Cavalheiro
                                       et al., 2002).
  É possível baratear os custos das atividades de restauro com o plantio de mudas em
     “ilhas”. O plantio de mudas pode ser feito conforme sugerido por Kageyama e
Gandara (2000), as ilhas de alta diversidade são formações de pequenos núcleos onde
  são colocadas plantas de distintas formas de vida (ervas, arbustos, lianas e árvores).
   Com a utilização de uma alta diversidade e densidades de espécies arbóreas, essas
ilhas serviriam como “trampolins” para restaurar a conectividade entre os fragmentos
 e auxiliar o processo de restauração de florestas nativas (Kageyama, et al., 2003). Ou
   ainda, com o plantio de árvores isoladas ou em grupos – de espécies que atraem a
               fauna, servindo como dispersores de sementes (SMA 2004).

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Os biomas brasileiros ......

  • 2. Podemos definir bioma como um conjunto de ecossistemas que funcionam de forma estável. Um bioma é caracterizado por um tipo principal de vegetação (num mesmo bioma podem existir diversos tipos de vegetação). Os seres vivos de um bioma vivem de forma adaptada as condições da natureza (vegetação, chuva, umidade, calor, etc) existentes. Os biomas brasileiros caracterizam-se, no geral, por uma grande diversidade de animais e vegetais (biodiversidade).
  • 3. - Floresta amazônica– é considerada a maior floresta tropical do mundo com uma rica biodiversidade. Está presente na região norte (Amazonas, Roraima, Acre, Rondônia, Amapá, Maranhão e Tocantins). É o habitat de milhares de espécies vegetais e animais. Caracteriza-se pela presença de árvores de grande porte, situadas bem próximas umas das outras (floresta fechada). Como o clima na região é quente e úmido, as árvores possuem folhas grandes e largas.
  • 4.
  • 5. - Caatinga– presente na região do sertão nordestino (clima semi-árido), caracteriza-se por uma vegetação de arbustos de porte médio, secos e com galhos retorcidos. Há também a presença de ervas e cactos. A caatinga é típica de regiões com baixo índice de chuvas (presença de solo seco). A caatinga, palavra originária do tupi-guarani, que significa “mata branca”, é o único sistema ambiental exclusivamente brasileiro. Possui extensão territorial de 734.478 de quilômetros quadrados, correspondendo a cerca de 10% do território nacional, está presente nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Bahia, Pi auí e norte de Minas Gerais.
  • 6.
  • 7. - Cerrado – este bioma é encontrado nos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Tocantins. Com uma rica biodiversidade, caracteriza-se pela presença de gramíneas, arbustos e árvores retorcidas. As plantas possuem longas raízes para retirar água e nutrientes em profundidades maiores. É a segunda maior formação vegetal brasileira. Estendia-se originalmente por uma área de 2 milhões de km², abrangendo dez estados do Brasil Central. Hoje, restam apenas 20% desse total.Típico de regiões tropicais, o cerrado apresenta duas estações bem marcadas: inverno seco e verão chuvoso. Com solo de savana tropical, deficiente em nutrientes e rico em ferro e alumínio, abriga plantas de aparência seca, entre arbustos esparsos e gramíneas, e o cerradão, um tipo mais denso de vegetação, de formação florestal. A presença de três das maiores bacias hidrográficas da América do Sul (Tocantins-Araguaia, São Francisco e Prata) na região favorece sua biodiversidade . Cerrado é um bioma do tipo biócoro savana que ocorre no Brasil, constituindo-se num dos seis grandes biomas brasileiros.
  • 8.
  • 9. -A Mata Atlântica -é uma formação vegetal que está presente em grande parte da região litorânea brasileira. Ocupa, atualmente, uma extensão de aproximadamente 100 mil quilômetros quadrados. É uma das mais importantes florestas tropicais do mundo, apresentando uma rica biodiversidade. A Mata Atlântica encontra-se, infelizmente, em processo de extinção. Isto ocorre desde a chegada dos portugueses ao Brasil (1500), quando iniciou-se a extração do pau-brasil, importante árvore da Mata Atlântica. Atualmente, a especulação imobiliária, o corte ilegal de árvores e a poluição ambiental são os principais fatores responsáveis pela extinção desta mata.
  • 10.
  • 11. -O Pampa-O clima da região é temperado, apresentando temperaturas que podem atingir os 40ºC no verão e podem chegar abaixo de 0ºC no inverno. Possui espécies de fauna e flora que só existem nesta região do planeta. A paisagem do Pampa é formada de planícies (longas extensões de áreas planas), banhados (áreas permanentemente alagadas por água doce), várzeas (áreas eventualmente alagadas por água doce), coxilhas (terreno ondulado por um conjunto de pequenos morros) e cerros (morros isolados), onde – por restrições de solo e de disponibilidade hídrica – predominam as espécies silvestres herbáceas. As matas nativas do Pampa, em sua maioria, concentram-se ao longo dos cursos d’água, formando na paisagem belos desenhos em diferentes tonalidades de verde.
  • 12.
  • 13. -O Pantanal-Um dos ecossistemas mais ricos do Brasil, o Pantanal, estende-se pelos territórios do Mato-Grosso (região sul), Mato-Grosso do Sul (noroeste), Paraguai (norte) e Bolívia (leste). Ao todo são aproximadamente 228 mil quilômetros quadrados. Em função de sua importância e diversidade ecológica, o Pantanal é considerado pela UNESCO como um Patrimônio Natural Mundial e Reserva da Biosfera. O Brasil apresenta ao longo de seu território diversas composições vegetais, dentre elas o Pantanal, que é conhecido também por Complexo do Pantanal; sua formação vegetal recebe influência da floresta Amazônica, Mata Atlântica, Chaco e do Cerrado. O Pantanal, maior planície alagável do mundo, é o elo entre as duas maiores bacias da América do Sul: a do Prata e a Amazônica, o que lhe confere a função de corredor biogeográfico, ou seja, permite a dispersão e troca de espécies de fauna e flora entre essas bacias.
  • 14.
  • 15. -A Zona Costeira- ou faixa litorânea corresponde à zona de transição entre o domínio continental e o domínio marinho. É uma faixa complexa, dinâmica, mutável e sujeita a vários processos geológicos. A acção mecânica das ondas, das correntes e das marés são importantes factores modeladores das zonas costeiras, cujos resultados são formas de erosão ou formas de deposição. As formas de erosão resultam do desgaste provocado pelo impacto do movimento das ondas sobre a costa - abrasão marinha -, sendo mais notória nas arribas. As formas de deposição são consequência da acumulação dos materiais arrancados pelo mar ou transportados pelos rios, quando as condições ambientais são propícias. Resultam praias ou ilhas-barreiras. O dinamismo elevado característico das zonas costeiras traduz-se numa constante evolução destas áreas. Algumas formas modificam-se, mudam de posição, umas desaparecem e outras aparecem. A zona costeira é um sistema que se encontra num equilíbrio dinâmico, que resulta da interferência de inúmeros factores, quer naturais quer antrópicos. Dos fenómenos naturais que interagem com a dinâmica das zonas costeiras podem referir-se a alternância entre as regressões e transgressões marinhas, a alternância entre períodos de glaciação e interglaciação e a deformação das margens dos continentes.
  • 16.
  • 17. A Legislação e a Concervação da Natureza -O Objetivos-O SNUC objetiva a conservação da natureza no Brasil. Especificamente, fornece mecanismos legais às esferas governamentais federal, estadual e municipal e à iniciativa privada para que possam: contribuir para a manutenção da diversidade biológica e dos recursos genéticos no território nacional e nas águas jurisdicionais; proteger as espécies ameaçadas de extinção no âmbito regional e nacional; contribuir para a preservação e a restauração da diversidade de ecossistemas naturais; promover o desenvolvimento sustentável a partir dos recursos naturais; promover a utilização dos princípios e práticas de conservação da natureza no processo de desenvolvimento; proteger paisagens naturais e pouco alteradas de notável beleza cênica; proteger as características de natureza geológica, geomorfológica, espeleológica, paleontológica e cultural; proteger e recuperar recursos hídricos e edáficos; recuperar ou restaurar ecossistemas degradados; proporcionar meios e incentivos para atividades de pesquisa científica, estudos e monitoramento ambiental; valorizar econômica e socialmente a diversidade biológica; favorecer condições e promover a educação e interpretação ambiental, a recreação em contato com a natureza e o turismo ecológico; proteger os recursos naturais necessários à subsistência de populações tradicionais, respeitando e valorizando seu conhecimento e sua cultura e promovendo-as social e economicamente.
  • 18. A Recuperação de Áreas Degradadas A preocupação com a reparação de danos provocados pelo homem aos ecossistemas não é recente. Plantações florestais têm sido estabelecidas desde o século XIX no Brasil com diferentes objetivos. Entretanto, somente na década de 1980, com o desenvolvimento da ecologia da restauração como ciência, o termo restauração ecológica passou a ser mais claramente definido, com objetivos mais amplos, passando a ser o mais utilizado no mundo nos últimos anos (Engel & Parrotta 2003). O histórico desta fase, no Brasil, inicia-se em 1862, sendo um dos primeiros trabalhos de restauração florestal na atual Floresta Nacional da Tijuca, município do Rio de Janeiro, visando à preservação das nascentes e regularização do abastecimento público de água (Ver: Pacto para Restauração Ecológica da Mata Atlântica, 2007). Consideram-se degradadas áreas que apresentam “sintomas” como: mineração, processos erosivos, ausência ou diminuição da cobertura vegetal, deposição de lixo, superfície espelhada...entre outros (SMA 2004). Em 2004 a “Society for Ecological Restoration” - SER publicou “Os Princípios da SER na Ecologia de Restauração” esse guia define a restauração ecológica como uma atividade intencional que inicia ou acelera a recuperação de um ecossistema no que diz respeito a sua saúde, integridade e sustentabilidade. Ecossistemas que requerem restauração têm sido degradados, danificados, transformados ou inteiramente destruídos como resultado direto e indireto das atividades humanas. Adicionalmente, descreve vários passos a serem tomados para o desenvolvimento e o manejo de projetos de restauração ecológica. Dentre as várias atividades a serem realizadas estão: identificar o local e o tipo de ecossistema a ser restaurado; identificar o agente causador da degradação; e identificar se há necessidade de intervenções diretas para a restauração. Dentro desses princípios foram desenvolvidos vários modelos para a restauração de áreas degradadas, dentre eles: Condução da Regeneração Natural: restauração através da sucessão secundária, sendo necessário apenas o abandono da área a ser restaurada para que esta, naturalmente, se desenvolva através da regeneração natural (Engel e Parrotta, 2003). No entanto, para que isso ocorra, há a necessidade de superar barreiras para a regeneração natural, como a ausência ou a baixa disponibilidade de propágulos (sementes) para a colonização do local, a falha no recrutamento de plântulas e jovens (predação de sementes e plântulas e/ou ausência de um microclima favorável), falta de simbiontes (micorrizas e rizobactérias) e polinizadores e dispersores. Atualmente o método é um dos indicados para restauração florestal em áreas de preservação permanente pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente
  • 19. Plantio por sementes: esta técnica supera uma das barreiras à regeneração natural, pois os propágulos seriam diretamente lançados no local a ser restaurado. Mas o sucesso no emprego desta técnica depende de haver condições mínimas para que ocorra o recrutamento das plântulas e dos juvenis e da manutenção das interações para a funcionabilidade do ecossistema. No Mato Grosso algumas iniciativas demonstram que o método da semeadura direta, ainda que com desempenho não satisfatório para algumas espécies, mostrou-se viável, o que o recomenda como alternativa econômica de restauração florestal
  • 20. Plantio de mudas: Apesar de ser uma forma mais onerosa de restauração de áreas degradadas, por aumentar as chances de sucesso do desenvolvimento das plântulas e diminuir a perda das sementes, o plantio de mudas de espécies nativas de rápido crescimento apresenta alta eficácia na restauração e com o passar do tempo proporciona o desenvolvimento de espécies vegetais de outros níveis de sucessão e a atração de animais frugívoros dispersores de sementes. Pelo alto índice de sucesso dessa técnica, com a utilização de espécies de rápido desenvolvimento, cerca de um a dois anos após o plantio têm-se áreas onde espécies arbóreas venceram a competição com espécies invasoras herbáceas e gramíneas, através do sombreamento (Cavalheiro et al., 2002). É possível baratear os custos das atividades de restauro com o plantio de mudas em “ilhas”. O plantio de mudas pode ser feito conforme sugerido por Kageyama e Gandara (2000), as ilhas de alta diversidade são formações de pequenos núcleos onde são colocadas plantas de distintas formas de vida (ervas, arbustos, lianas e árvores). Com a utilização de uma alta diversidade e densidades de espécies arbóreas, essas ilhas serviriam como “trampolins” para restaurar a conectividade entre os fragmentos e auxiliar o processo de restauração de florestas nativas (Kageyama, et al., 2003). Ou ainda, com o plantio de árvores isoladas ou em grupos – de espécies que atraem a fauna, servindo como dispersores de sementes (SMA 2004).