A terceira fase do modernismo brasileiro (1945) caracterizou-se pela geração de 45. Na prosa destacaram-se João Guimarães Rosa e suas narrativas regionais de Sagarana e Grande Sertão: Veredas e Clarice Lispector com seus romances introspectivos como Perto do Coração Selvagem. Na poesia prevaleceu a tendência neomodernista de João Cabral de Melo Neto que associava compromisso social e precisão formal.
3. A terceira fase do modernismo ficou conhecida pela expressão
“geração 45”, e nela cabe distinguir os rumos da prosa e da
poesia.
No campo da prosa deu-se propriamente continuidade e
aprofundamento das propostas do “romance de 30”, não só em
sua virtude regionalismo, mas também na linha urbana e na
linha introspectiva, psicológica, acentuando-se, porem, a
preocupação técnico-formal. No primeiro caso, o melhor
exemplo e João Guimarães rosa, que inicia com seu livro de
contos Sagarana (1946), assim como na linha intimista se destaca
Clarice Lispector, estreando com o romance Perto do coração
selvagem (1994).
Na poesia, essa geração também foi chamada de neomodernista
e ate pos-modernista.
5. Historicamente, vive-se, o final da segunda geração mundial e o
início da guerra fria.
No Brasil, esse período concedi como fim da ditadura Vargas e o
inicio de uma fase democrática e desenvolvimentista.
E a parte daí que o Brasil começa a ter visão de crescimento,
como não podia deixar de ser, a literatura também sentiu
necessidade de renovação.
A terceira fase toma rumos diferentes tanto na prosa como na
poesia.
Na poesia, as tendências para a preocupação social, filosófica,
religiosa e política já não satisfaz mais as necessidades de nossos
poetas. Há um interesse por novas propostas.
O mesmo com a prosa, tanto o romance quanto o conto estão
voltados para uma prosa de introspecção e também se voltam
para um regionalismo renovado.
7. Caracterizou-se por sua oposição a liberdade de formal, a
incorporação da linguagem coloquial e a temática
regionalista anteriormente propostas e propunha-se uma
temática universalista, e uma volta ao rigor expressional,
revalorizando o verso metrificado e o cultivo da norma
culta. Péricles Eugenio, Geir Campos, Ledo Ivo, Domingos
carvalho da Silva, são alguns dos poetas mais
representantes dessa tendência, que na opinião de muitos
críticos constitui um retrocesso ao formalismo parnasiano.
Nesse período, porem, sobressai-se João Cabral, quem
embora adotado as propostas formalistas consiga superar
as limitações ai contidas.
8. Retrocesso em relação às conquistas de 22.
Volta ao passado: revalorização da rima, da métrica, do vocabulário erudito
e das referências mitológicas.
Passadismo, academicismo.
Introdução de uma nova cultura internacional nas letras brasileiras.
Os grandes criadores de 45, que retomam e fecundam as experiências
desenvolvidas no país
Prosa João Guimarães Rosa e Clarice Lispector.
Poesia: João Cabral de Melo Neto.
Literatura: constante pesquisa da linguagem + senso do compromisso entre
arte e realidade, engajamento.
Síntese de ambas as gerações: experimentalismo + maturidade artística;
nacionalismo + universalismo.
Guimarães Rosa: narrativas mito poéticas, que resgatam a sutileza do elo
entre a fala e o texto literário.
Clarice Lispector: romances e contos introspectivos, que dialogam com as
fronteiras do indizível.
João Cabral: poesia que associa compromisso social e precisão
arquitetônica, substantiva.
10. João Cabral de Melo Neto (1920-1999)
Nasceu em 1920, no Recife, PE. Passou a infância e parti
da juventude no ambiente dos engenhos do nordeste.
Após a estréia com seu livro de poemas Pedro do
Sono,em 1942, mudou-se para o rio de janeiro.
Ingressou na carreira diplomática, tendo servido em
Barcelona, Londres, Servilha, Genebra e várias outras
cidades européias, na America Latina e África.
Aposentando-se, foi morar no Rio de Janeiro, onde
faleceu em 1991.
11. Autor de vasta obra poética, João Cabral já se
afirma a partir de seu segundo livro O Engenheiro
(1945) e da trilogia Psicologia da Composição,
Fabula de Anfion e Antiode.
Suas poesias apresentam diversas facetas e
características.
•Preocupação explicita com os aspectos formais da
construção do poema.
•O interesse pela questão social.
•A metalingüística- função da linguagem que utiliza
código- usa a poesia para falar da poesia.
12. Ucrânia de nascimento veio pequena para o Brasil,
tendo o passado a infância em Sergipe.
Em 1937, órfã de mãe, a família muda-se para o RJ.
Quando cursava direito, escreveu e publicou seu
primeiro romance: Perto do Coração, Selvagem
(1944), com o qual ganhou o premio Graça Aranha.
Morreu no Rio de Janeiro, vitima por câncer
generalizado.
13. Romancista e contista, e autora de obra
razoavelmente extensa da qual, entre outros, citamos
os romances A maca no escuro, A Hora da Estrela.
Características marcantes:
•Suas obras e densamente introspectiva.
•Linguagem simples.
•Ocorrência da “epifania”, ou seja, a personagem em
dado momento de sua vida.
•Atemporalidade, não se preocupa com a unidade de
começo, meio e fim.
14. Nasceu em Cordisburgo,MG. Formando-se em medicina, em Belo
Horizonte, vai exercer a profissão no interior mineiro e na
revolução Constitucionalista de 32, engrena voluntariamente,
como medico na Forca Publica.
Em 1934, presta concursa no Itamarati e entra para a carreira
diplomática, desempenhando missões na Alemanha, Colômbia e
frança (1938-1951). Eleito em 63 para a academia Brasileira de
letra, foi adiando a posse, pois receava que a emoção lhe pudesse
ser fatal, só tomou a posse em 16 de novembro de 1967. Três dias
depois morria, vitima de infarto.
Como contista, e autor de Iagarena (1946), Corpo de baile (1956).
Como romancista escreveu grande sertão: Veredas (1956).
Suas narrativas brotam do universo sertanejo, que o escritor
recria pela forca de sua função e linguagem.