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Laudo de Avaliação
      Contratante: Ferragens Aparelhos Elétricos S/A
      Objeto: Ferragens Aparelhos Elétricos S/A




CONFIDENCIAL | Outubro de 2010
Índice

       1. Índice.............................................................................................................................................................................................................................................   2

       3. Sumário Executivo....................................................................................................................................................................................................................                 3

       4. Informações sobre o Avaliador............................................................................................................................................................................................                             7

       5. Descrição do Setor e da FAE................................................................................................................................................................................................                           11

       6. Metodologia da Avaliação......................................................................................................................................................................................................                        25

       7. Fluxo de Caixa Descontado...................................................................................................................................................................................................                          28

       8. Métodos Complementares.....................................................................................................................................................................................................                           40

       9. Apêndice.......................................................................................................................................................................................................................................       42

       10. Glossário.......................................................................................................................................................................................................................................     54

       11. Notas Importantes...................................................................................................................................................................................................................                 56




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Sumário Executivo




CONFIDENCIAL | Outubro de 2010   3
Sumário Executivo
           Resumo dos Resultados




Fluxo de Caixa Descontado (DFC)                              R$ 2,32   R$ 2,58          R$ 2,84




Valor Patrimonial Por Ação (VPA)            R$ 1,81



                                                                                                                           R$ 4,05
                         P/VPA



              EV/EBITDA 2011E                                                               R$ 3,06




                                    1,50   1,75       2,00      2,25   2,50      2,75       3,00      3,25   3,50   3,75   4,00      4,25




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Sumário Executivo
       Resultados

          Como resultado do presente Laudo de Avaliação, estimamos o valor econômico da FAE entre R$ 32.197.464,72 (trinta e
           dois milhões cento e noventa e sete mil quatrocentos e sessenta e quatro reais e setenta e dois centavos) e R$
           39.411.980,48 (trinta e nove milhões quatrocentos e onze mil novecentos e oitenta reais e quarenta e oito centavos),
           através da metodologia de Fluxo de Caixa Descontado (DFC).


          O intervalo de valor por ação que a PAX considera está entre R$ 2,32 (dois reais e trinta e dois centavos) e R$ 2,84
           (dois reais e oitenta e quatro centavos) por ação.


           O modelo de Fluxo de Caixa Descontado (DFC) captura o potencial de crescimento do mercado e da
           companhia. Por isso, consideramos que o valor justo calculado através da metodologia de DFC é o que melhor
           representa o valor da FAE.


       Cálculo via Fluxo de Caixa Descontado (DFC)

       Principais informações


           Data-base: 30 de junho de 2010;
           Período projetado: 5 anos, dezembro de 2010 a dezembro de 2015; e perpetuidade. As premissas tornam-se
           sensivelmente incertas após 2015 e, por isso, assume-se perpetuidade no período que sucede 2015;
           Unidade Monetária: Projeções em Reais (R$), termos nominais;
           Taxa de Desconto: 15,36%; calculamos a Taxa de Desconto em reais de acordo com a metodologia Global Capital Asset
           Price Model (GCAPM)
           Perpetuidade: 4,62%; consideramos uma taxa de crescimento na perpetuidade a partir da soma dos gastos de capital
           líquidos à necessidade de capital de giro divididos pelo lucro operacional vezes 1 menos a alíquota marginal de imposto de
           renda projetada pelos cinco anos, ou seja, a Taxa de Re-investimento (TR) multiplicada pelo Retorno       sobre o Capital
           Empregado (ROE).
           Equivalência Patrimonial: De acordo com Fato Relevante de 19 fevereiro de 2010, em Reunião do Conselho de
           Administração de n° 98, de 18 de fevereiro de 2010, ficou aprovado, por unanimidade dos presentes, sem quaisquer
           ressalvas ou restrições, a Participação em Empreendimento Controlado em Conjunto com uma empresa internacional,
           com finalidade de desenvolvimento de novos produtos. Desta forma, os resultados do empreendimento controlado em
           conjunto (Eletra Energy Solutions) serão adicionados via equivalência patrimonial às projeções da FAE.




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Sumário Executivo
       Resultados das demais metodologias

          Conforme requisito do Anexo III da Instrução CVM 361, foi calculado o valor da FAE segundo o valor do Patrimônio
           Líquido Contábil por Ação. De acordo com o ITR de 30 de junho de 2010 enviado à CVM, o Patrimônio Líquido Contábil
           da FAE em 30 de junho de 2010 era de R$ 25.084.959,94 (vinte e cinco milhões oitenta e quatro mil novecentos e
           cinquenta e nove reais e noventa e quatro centavos). A FAE possui um total de 13.873.872 (treze milhões oitocentos e
           setenta e três mil oitocentos e setenta e duas) ações, sendo 7.060.418 (sete milhões sessenta mil quatrocentos e
           dezoito) ações ordinárias, 3.992.487 (três milhões novecentos e noventa e duas mil quatrocentos e oitenta e sete) ações
           preferenciais nominativas classe “A”, 593.549 (quinhentos e noventa e três mil quinhentos e quarenta e nove) ações
           preferenciais nominativas classe “B” e 2.237.418 (dois milhões duzentos e trinta e sete mil quatrocentos e dezoito) ações
           preferenciais nominativas classe “C” . Portanto, segundo o método do Valor do Patrimônio Líquido por Ação o valor da
           FAE é de R$ 1,81 (um real e oitenta e um centavos) por ação.


          Atendendo recomendação do Anexo III da Instrução CVM 361, o valor econômico da FAE foi calculado segundo múltiplos
           de mercado de empresas comparáveis:


                 Por P/VPA (Preço da Ação dividido pelo Valor Patrimonial por Ação), sensibilizado entre os comparáveis, o valor
                  por ação da FAE seria R$ 4,05 (quatro reais e cinco centavos).


                 Pelo EV/EBITDA 2011E (Enterprise Value ou “Valor da Firma” dividido por Earnings Before Depreciation, Interest,
                  Tax and Amortization ou “Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização” anualizado), sensibilizado
                  entre os comparáveis, o valor por ação da FAE seria R$ 3,06 (três reais e seis centavos).




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Informações sobre o Avaliador




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Informações sobre a PAX
       Equipe responsável

          O processo de avaliação e revisão foi conduzido por profissionais com experiência em avaliação de empresas, assessoria
           financeira e finanças corporativas do departamento de Análise de Investimentos da PAX.


          Participaram da elaboração e revisão do presente Laudo de Avaliação:


                 Dário Sousa Pereira, Economista, com mais de 30 anos de experiência nos Mercados Financeiros e de Capitais.
                  Foi responsável pelas áreas de produtos, asset management, pesquisa de investimentos, gestão de renda fixa e
                  variável e área comercial de bancos e corretoras de porte mundial. Atualmente é Diretor-Executivo da PAX e
                  Diretor de Mercado de Capitais do IBEF-CE (Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças).
              •   Eduardo David Duarte Dias, graduado em Administração (UFC), pós-graduado em contabilidade e planejamento
                  tributário (UFC), mestrando em Economia (CAEN/UFC), analista de investimentos certificado pela APIMEC e
                  registrado na CVM. Trabalhou em empresa do setor de energia e também em consultoria empresarial. Atualmente
                  é analista da PAX, CNPI N° 257/09 – NE e professor universitário.
              •   Francisco      Leite   Holanda   Júnior,   graduado   em    Administração   (UFC),   pós-graduado   em   Finanças
                  (COPPEAD/UFRJ), analista de investimentos certificado pela APIMEC e registrado na CVM, tendo trabalhado em
                  factoring, securitizadora e banco. Atualmente, é analista-chefe da PAX, CNPI N° 256/09 – NE, Diretor de Serviços
                  do IBEF-CE (Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças) e Conselheiro da APIMEC-NE (Associação dos Analistas
                  e Profissionais de Investimentos do Mercado de Capitais).
              •   Gregório Pinto Matias, graduado em Administração (UECE), mestrando em Economia (CAEN/UFC), analista de
                  investimentos certificado pela APIMEC e registrado na CVM, tendo trabalhado em empresas do setor de energia,
                  alimentos e industrial. Atualmente é analista da PAX, CNPI N° 256/09 – NE, conselheiro da APIMEC-NE (Associação
                  dos Analistas e Profissionais de Investimentos do Mercado de Capitais) e professor universitário.
              •   Pedro Rocha Lima Amaro, graduando em Ciências Econômicas (UFC) e pós-graduando em Finanças pelo
                  IBMEC/RJ, assistente de análise de investimentos da PAX.


       Descrição do processo interno de aprovação do Laudo de Avaliação

           Este Laudo de Avaliação foi concebido pelo Sr. Eduardo Dias, auxiliado pelo Sr. Pedro Amaro. O Sr. Dário Sousa Pereira
           coordenou o processo interno de aprovação, que passou por revisão final do Sr. Holanda Júnior e Sr. Gregório Matias –
           analistas independentes no processo de avaliação da FAE.




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Informações sobre a PAX
       Qualificação como avaliadora

          Nos termos do inciso X, “a” do Anexo III, da Instrução CVM 361, a PAX dispõe suas qualificações como avaliador através
           de sua experiência:

      Empresa de Avaliação de empresas S/A de capital fechado:
         Laudo


                 Laudo de Avaliação para Gestão Baseada em Valor (GBV) dos Empreendimentos Pague Menos S/A – 2010;



          Laudo de Avaliação (Valuation) de empresas listadas no Mercado de Ações (Bovespa):


                 Banco Industrial e Comercial S.A (BicBanco) – 2009;


                 Companhia Energética do Ceará (COELCE) – 2010;


                 M. Dias Branco S.A – 2010;


                 Drogasil S.A. – 2009.




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Informações sobre a PAX
          A PAX declara que não possui quaisquer conflitos de interesses que impliquem em interferência no processo de avaliação
           da FAE, bem como na elaboração deste Laudo de Avaliação. A FAE, seus controladores e seus administradores não
           direcionaram, interferiram, limitaram, dificultaram nem praticaram quaisquer atos que tenham comprometido o acesso, a
           utilização ou o conhecimento de informações, bens, documentos ou metodologias de trabalho relevantes à este Laudo de
           Avaliação, nem tampouco determinaram ou restringiram a capacidade da PAX de determinar de forma independente as
           metodologias utilizadas neste Laudo de Avaliação.


          A PAX e as pessoas a ela vinculadas declaram não ser titulares de Ações, e não ter sob sua administração discricionária
           valores mobiliários de emissão da FAE, exceto o Sr. Francisco Deusmar de Queirós, que detém 733.072 (setecentos e
           trinta e três mil e setenta e duas) Ações Ordinárias, 19.044 (dezenove mil e quarenta e quatro) Ações Preferenciais
           Classe “B” e 714.028 (setecentos e catorze mil e vinte e oito) Ações Preferenciais Classe “C”.


          Segundo os termos do artigo 8º, inciso V, “d”, da Instrução CVM 361, a PAX receberá da FAE o montante de R$
           30.000,00 (trinta mil reais) pela elaboração e apresentação deste Laudo de Avaliação.


          Este Laudo de Avaliação é propriedade intelectual da PAX e não pode ser publicado, copiado ou divulgado, na íntegra ou
           parcialmente, bem como não pode ser utilizado por terceiros sem consentimento prévio da PAX, exceto por partes
           envolvidas na OPA nos termos da Instrução CVM 361.


     Data da Avaliação: 18 de outubro de 2010

     Analistas responsáveis pelo Laudo de Avaliação:




 Francisco Leite Holanda Júnior                       Eduardo David Duarte Dias                               Gregório Pinto Matias
    Analista CNPI N° 246/09 – NE                       Analista CNPI Nº 257/09 – NE                         Analista CNPI N° 256/09 – NE




                                                          Dário Sousa Pereira
                                                               Diretor-Executivo


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Descrição do Setor e da FAE




CONFIDENCIAL | Outubro de 2010            11
Visão Geral do Setor


                                                      •Medidores automáticos                    •Medidores inteligentes
                    •Pouca inovação
     Passado                               Presente   •Redução de custos       Futuro           •Sistemas de dados
                    •Boom residencial
                                                      •Novos produtos                           •Meio ambiente




                                                                                                     América do Sul
                                                                                                                  Medidores
                                                                                                                                 100
    Medir

                                                                                             56



                                                                                                                    10
   Coletar
                                                                                               Água                 Gás       Elétricos
                                                                                   Fonte: Itron /PAX – Set 2010                   * em milhões




    Gerir
                                                                                                        Padrão
                                                                                                       Nacional


                                                                                                                    ISO
   Utilizar
                                        Utilizar os dados

                Elaboração: PAX


                                                                                                      Oportunidade
                                                                                                       SmartGrid < 1%

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Visão Geral do Setor
          Medidores Inteligentes (Smart Meters) muitas vezes se referem a medidores de energia elétrica, mas podem ser também
           dispositivos de medição de gás natural, ou consumo de água.


          Os Medidores Inteligentes geralmente envolvem tecnologia de tempo real ou sensores em tempo quase real, notificação
           da falta de energia, monitoramento da qualidade da alimentação, entre outros.


          Os recursos adicionais dos Medidores Inteligentes são mais do que a simples leitura de medidor automatizada (AMR). Os
           Medidores Inteligentes são também uma alternativa menos dispendiosa para a medição e hoje são utilizados em larga
           escala em todas as classes de cliente, inclusive residenciais.


          Os medidores inteligentes podem ser parte de uma rede, mas sozinhos não constituem uma rede inteligente. Medição
           inteligente é o primeiro passo para gerir de maneira eficiente o uso dos recursos naturais, mas é necessária a implantação
           de infra-estrutura para gerir e apresentar os dados.


          Inúmeros países europeus, asiáticos e também americanos estão implantando Smart Grids (redes de medição inteligente)
           de energia elétrica. Ainda são bastante incipientes os medidores de consumo de água e gás, devido à ineficiência dos
           custos operacionais.




                           Fonte: Trilliant Inc

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Visão Geral do Setor
       Medidores Elétricos Inteligentes

          O mercado de medidores inteligentes de energia, em geral tem crescido 3% a 5% ao ano;


          Mesmo em meio à depressão econômica global, o mercado de medidores inteligentes (fluídos, energia e gás)              tem
           apresentado crescimento de mais de 10% ao ano;


          A IMS Research acredita que o uso de tecnologia na medição irá expandir ainda mais nos próximos três anos;


          Expansão do mercado fora da Europa, previsão de crescimento de 2 dígitos nos próximos anos;


       Fonte: IMS Research


       Smart Grid

       Desafios


       Grandes investimentos das concessionárias em:
          Rede própria de telecomunicações ou PLC (Power Line Communications);
          Parcerias com operadoras de telefonia para transmissão de dados.


       Vantagens


          Detectar e corrigir eventuais falhas rapidamente;
          Combate às fraudes;
          Maior controle da utilização e tarifação;
          Comercialização de energia elétrica a partir de residências ou carros elétricos, através do acúmulo de energia em horários
           de menor tarifa e devolução em horário de pico;
          Acompanhamento em tempo real do consumo de energia elétrica.




CONFIDENCIAL | Outubro de 2010                                                                                                          14
Concorrentes Mundiais




                                 Como tecnologia e inovação ganharam
                                 papel central, empresas conhecidas em
                                 outras áreas passaram a fazer parte do
                                 ambiente de medidores.




                                   Grandes players presentes no
                                   mercado brasileiro de medidores:




CONFIDENCIAL | Outubro de 2010                                            15
Market Share
                 Mundial




                           Energia




                                12%

                                                       Landis + Gir
                                            11%
                                                       Itron                                                   Água
                                                       Holley Metering
52%                                               8%   Ningbo Sanxing Group
                                                       Jiangsu Linyang
                                                                                                                                    Elster
                                            6%         Wasion                                                                       Itron
                                                                                                                      14%
                                       6%              Outros                              20%                                      Sensus
                               5%
                                                                                                                                    Hydrometer
                                                                                                                                    Ningbo Water Meter Co.
                                                                              3%                                              14%
                                                                              3%                                                    Minol/Zenner
 Fonte: Itron / PAX                                                           3%                                                    Neptune
                                                                               3%                                                   Ningbo Fenghua Sanlian
                                                                                 3%                                         11%     Ningbo Huangtai Industrial Co
                                                                                      4%
                                                                                            4%                                      Ningbo Jiajie Water-Meter
                                                                                                     4%               9%
                                                                                                          5%                        Ningbo Aimei
                                                                                                                                    Timely Water
                                                                                                                                    Badger Meter
                                                                                Fonte: Itron / PAX                                  Outros




      CONFIDENCIAL | Outubro de 2010                                                                                                                       16
Visão do Setor no Brasil
           ANEEL abre audiência para definir novo padrão de medidor de energia
           28/09/2010


           O consumidor de energia elétrica terá mais participação e poder de fiscalização do serviço recebido a partir da instalação de medidores
           eletrônicos inteligentes. A diretoria colegiada da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) aprovou nesta terça (28/09) a abertura de
           audiência pública, com sessão presencial prevista para dezembro deste ano, para discutir o modelo de medidor inteligente que passará a
           ser instalado nas residências e estabelecimentos comerciais e industriais atendidas em baixa tensão.


           A proposta de resolução colocada em audiência prevê que os novos equipamentos possam apurar a tensão do fornecimento e a energia
           ativa e da energia reativa consumidas, além de registrar o número e o tempo das interrupções para cálculo dos indicadores individuais de
           qualidade (DIC e FIC).


           Pela norma colocada em debate com a sociedade, o novo medidor também deverá informar a tarifa por horário de consumo e permitir a
           comunicação remota entre consumidor e distribuidora para verificação do consumo, suspensão do fornecimento e religação do serviço.
           Outra proposta é que o aparelho venha a permitir que o consumidor visualize o montante de energia consumida e as informações sobre
           continuidade do fornecimento. O regulamento submetido à audiência propõe prazo de até 18 meses, a partir da publicação da resolução que
           vier a ser aprovada pela diretoria colegiada, para que as distribuidoras passem a utilizar o novo sistema de medição em novas ligações ou
           substituição, por qualquer motivo, do sistema existente. Ainda segundo o regulamento em discussão, os consumidores atendidos com os
           novos medidores deverão ser informados sobre as novas funcionalidades dos aparelhos.


           Ainda segundo a proposta, se a distribuidora optar por realizar a troca em unidades consumidoras que, inicialmente, não sejam alvo da
           resolução, deverá avisar o consumidor com 30 dias de antecedência, por meio de correspondência específica, sem qualquer cobrança por
           eventuais adequações nos padrões. Inicialmente, as unidades consumidoras residenciais do "subgrupo B1 - baixa renda" não estão
           enquadradas na proposta.


           Etapas futuras - A ANEEL estuda ainda a criação de um plano para substituição de todos os 63 milhões de medidores no longo prazo, que
           será o primeiro passo rumo a instalação de redes inteligentes (smart grids). Para isso, a Agência fará regulamentações paralelas que
           permitam a cobrança de tarifas diferenciadas por horário de consumo, o que possibilitará ao consumidor administrar seu consumo, a
           exemplo do que já acontece na telefonia, serviço no qual o valor da tarifa varia de acordo com o horário da ligação. No futuro, o sistema de
           medição inteligente possibilitará o registro da energia gerada por unidades consumidoras residenciais por meio de painéis solares e micro
           turbinas eólicas, por exemplo.

           Fonte: Aneel (http://www.aneel.gov.br/aplicacoes/noticias/Output_Noticias.cfm?Identidade=3571&id_area=90)




CONFIDENCIAL | Outubro de 2010                                                                                                                            17
Visão do Setor no Brasil
           Light e Cemig investem R$ 65 milhões para implantar rede inteligente
           02/10/2010


            A Light e a Cemig vão investir R$ 65 milhões em pesquisa e desenvolvimento de uma tecnologia que vai permitir ao consumidor conhecer o
           seu próprio fluxo de consumo de energia elétrica.

           Os medidores inteligentes, que devem ficar prontos para utilização dentro de três anos, vão tornar possível que haja uma cobrança de tarifa
           diferenciada de acordo com o horário de uso e época do ano, para o caso de grandes consumidores, como indústria. O smart grid, sistema
           eletrônico inteligente de monitoramento da rede elétrica, permite que se faça uma melhor gestão do uso da energia.


           O presidente da Light, Jerson Kelman, cita a aplicação da tecnologia em casos como os períodos de maior seca, em que há menos energia
           gerada       nas   hidrelétricas,   com   maior   utilização   de   usinas   térmicas,   o   que   eleva   o   custo   de   geração   de   energia.
           "Se a tecnologia já estivesse disponível, por exemplo, alguns tipos de indústria poderiam transferir seu processo produtivo para janeiro,
           quando não há necessidade de se ligarem as térmicas. Como esse consumidor sobrecarregaria menos o sistema, ele poderia ter uma tarifa
           mais baixa em janeiro", explicou Kelman.


           Para que o consumidor procure ter consciência da importância da gestão do seu próprio consumo de energia, seria necessário, segundo o
           presidente da Light, dar incentivo de preços, com valores mais baixos para os momentos de menor pico de energia. Nas horas de maior
           consumo, há também um maior custo para a distribuidora, que precisa se certirficar de que não haverá sobrecarga, nem do sistema em
           geral, nem de transformadores específicos. "Isso tudo só funciona se tiver tarifa diferenciada. Você tem que dar um sinal de preço ao
           consumidor de quanto está custando", disse o presidente da Light. No entanto, para que passe a haver uma cobrança diferenciada por
           horário ou época do ano, seria preciso modificar a legislação atual.


           Outro benefício da nova tecnologia é reduzir o nível de furto de energia, que atualmente é muito elevado. A cada 100 megawatts/ hora
           distribuídos pela Light, outros 42 MW/H são furtados. Os novos medidores vão ajudar não somente por acompanharem cada consumo
           efetuado, mas por permitirem que cortes e religações de energia ao sistema sejam feitos remotamente.


           A pesquisa para o desenvolvimento da tecnologia levará três anos. No Rio de Janeiro, aproximadamente mil clientes da área de concessão
           da Light, que abrange 31 municípios, deverão participar do projeto piloto. Deste total, 300 clientes vão testar a automatização total da rede
           elétrica interna, com uso de tomadas e eletrodomésticos inteligentes. Em Minas Gerais, a implantação do piloto será na cidade de Sete
           Lagoas e atingirá 2 mil consumidores.


           Além da Light e da Cemig, que farão todo o investimento, de R$ 35 milhões e de R$ 30 milhões, respectivamente, estão envolvidos no
           projeto os institutos tecnológicos Lactec e CPqD e a empresa privada CAS Tecnologia.

           Fonte: Valor Econômico


CONFIDENCIAL | Outubro de 2010                                                                                                                                   18
Principais Players no Brasil


A Itron é uma das maiores empresas de               A Landis+Gyr é a líder mundial em medidores         A Sappel do Brasil é uma empresa de origem
medição inteligente do mundo, com cerca de          inteligentes. No Brasil, instalada em Curitiba      francesa com 104 anos de atuação no mercado.
8.000 clientes em 130 países. A sede é em           (PR), conta com 550 colaboradores diretos           Em 2002, inaugurou em Recife sua primeira
Liberty Lake, Washington (EUA). A Itron está        distribuídos     nas   linhas   de    montagens,    indústria na América Latina. A companhia fabrica e
presente na cidade de Campinas (SP) com             Engenharia, Industrial, Suprimentos, Financeira,    comercializa       medidores         de    água,      líquidos
especialidade em medidores elétricos, desde a       Controladoria,    Comercial     e    RH,   produz   industriais, energia térmica e sistema de leitura à
compra da Elo Sistemas em 2006. No ramo de          aproximadamente 2 milhões de medidores/ano          distância, para o mercado interno e exportação.
medidores de água a base encontra-se em             para o mercado brasileiro e sul-americano.
Americana (SP), desde a compra internacional
da Actaris que possuía sede no Brasil.


                                                    Elster é um das maiores empresas do mundo em
                                                    fornecimento de soluções de alta qualidade em       Em 2004, a Mobix S/A passou a trazer para o
                                                    precisão e medição integrada nos segmentos de       Brasil    produtos     da      indiana     Genus      Power
A Elo é a empresa líder em medidores de             água, eletricidade e gás. O grupo atua em 38        Infrastructure Limited (GPIL). A GPIL vendo o
energia elétrica no Brasil, tendo como principais   países e com mais de 9.000 colaboradores, e         interesse    do     mercado         brasileiro   em    seus
clientes    as   40   maiores   concessionárias     mais de 170 anos de experiência. No Brasil, atua    produtos tomou a decisão de construir uma
distribuidoras de energia elétrica do Brasil. A     com nome de Elster Medicao de Energia Ltda,         fábrica     no    Brasil     para    ter   segurança      no
tecnologia empregada permite a coleta remota        em Cachoerinha (RS), e Elster Medição de Água       atendimento       às       concessionárias       brasileiras.
dos dados dos medidores eletrônicos. A Echelon      S/A, em Montes Claros (MG).                         Assim, em 26 de abril de 2006 passou a existir
e a ELO firmaram em outubro de 2009 aliança                                                             Genus S/A onde a GPIL como novo membro da
estratégica para trazer Smart Grid ao mercado                                                           sociedade entrou com 50% de participação.
de energia latino-americano.

                                                    Senergy é a empresa do grupo Nansen que atua
                                                    no segmento de soluções de hardware e
                                                    software destinados a tele-medição remota de        A LAO Indústria Ltda. foi criada em 1995, produz
A CAM é propriedade da multinacional elétrica       energia, gás, óleo e saneamento. Para o setor       medidores de água e gás, e desenvolve soluções
Endesa, uma das cinco maiores em energia. A         elétrico, a Senergy oferece soluções no combate     em sistemas de medição. A planta fabril localiza-
empresa possui vendas superiores a 300              às perdas não técnicas e blindagem da receita.      se na região de Osasco (SP), com capacidade
milhões de dólares anuais com duas filiais no       Possui clientes como CEMIG e Eletrobrás. A          produtiva anual de 1,5 milhões de medidores de
Brasil, em São Gonçalo (RJ) e Eusébio (CE).         companhia está localizada em Contagem (MG).         água e 300 mil medidores de gás.


 CONFIDENCIAL | Outubro de 2010                                                                                                                                          19
Visão do Setor no Brasil
       Mercado Brasileiro de Medidores Elétricos

          Demanda de 3 a 4 milhões de medidores/ano

          Capacidade instalada estimada da indústria ~ 10 milhões/ano;

           Número de consumidores ~ 65 milhões

           Mercado de substituição ~ 700 mil a 1 milhão medidores/ano

          Em 2009: 80% de medidores eletrônicos (AMR), porém não eram Medidores Inteligentes (Smart Meters), similares aos
           eletromecânicos;

          Participação da FAE ~ 13% de Market Share (4° Ranking Nacional)

           Fonte: Abinee/FAE



       Mercado Brasileiro de Medidores de Água

          Demanda ~ 5 milhões de medidores/ano

          Capacidade instalada estimada da indústria ~ 6,5 milhões/ano ( excedente exportado);

          Número de consumidores ~ 55 milhões

          Em 2010: 100% de medidores velocimétricos, não são Medidores Inteligentes (Smart Meters);

          Participação da FAE ~ 17% de Market Share (3° Ranking Nacional)

           Fonte: FAE




CONFIDENCIAL | Outubro de 2010                                                                                                20
Sobre a FAE
           A FAE (Ferragem e Aparelhos Elétricos S.A.) foi fundada em 13 de Setembro de 1967 por Gerardo Matos Bezerra Lima,
           em parceria com a Mitsubishi Electric Corporation. O objetivo inicial da companhia era fabricar medidores de energia
           eletromecânicos e contribuir para o desenvolvimento do estado do Ceará.


           Ao longo dos mais de 40 anos, a FAE fabricou diversos produtos, como parafusos, secadores de cabelo, aspiradores
           portáteis, disjuntores, tesouras elétricas e conectores elétricos. A partir do ano 2000, a FAE entrou no ramo de medição
           de consumo de água, através da implantação de sua primeira linha de hidrômetros.


           No decorrer de sua história a FAE foi acompanhando as exigências e tendências do mercado. Por isso, a empresa
           desenvolveu e ampliou suas linhas de medidores, tornando-se um parque fabril de grande escala. Atualmente, a FAE é
           especializada na medição de energia e água, com clientes em diversos países.


           A FAE conta com uma equipe altamente qualificada, com experiência prévia em companhias do setor, e vem
           incrementando seus investimentos em P&D com foco nas pessoas, visando desenvolver novos produtos e tecnologias que
           estão sendo desenvolvidas em outros mercados.


           Em virtude das mudanças tecnológicas ocorridas no segmento de medidores de energia elétrica nos últimos anos, a FAE
           tentou alinhar seu plano de negócios a esta nova realidade. Entretanto, devido à velocidade deste processo, a empresa
           decidiu firmar parceria estratégica com um grupo estrangeiro, já conhecedor da tecnologia envolvida, para continuar
           sendo capaz de suprir o forte crescimento do mercado a preços competitivos. Desta parceria surgiu uma nova empresa, a
           Eletra Energy Solutions (“Eletra”), cuja participação da FAE equivale a 50%. A FAE integralizará sua parte no capital da
           Eletra mediante aporte financeiro concedido através de financiamento junto ao BNDES, atendendo o CAPEX em 2010 e
           2011, cujo valor aproximado é de R$ 7.000.000,00, e os outros 50% será feito em dinheiro pelo parceiro estratégico para
           atender à necessidade de capital de giro em 2010 e 2011.


                             Até 2010                                                 2010 em diante




                    Água                   Energia                             Água                      Energia
                                                                                                       50%

                                                                                                                   50%
                                                                                                                          Parceiro
                                                                                                                         Estratégico


CONFIDENCIAL | Outubro de 2010                                                                                                         21
Análise SWOT da FAE




                                    Forças                    Fraquezas
                                     P&D                  Custos operacionais
                          Parcerias estratégicas          Estrutura de capital



                                                   SWOT

                                 Oportunidades                 Ameaças
                        Conversão de medidores             Guerra de preços
                     Valor agregado com serviços           Novos entrantes
                                                          Produtos chineses




CONFIDENCIAL | Outubro de 2010                                                   22
Dados Operacionais
            Balanço Patrimonial
                                ATIVO                  2007                 2008               2009               1S09                1S10
        CIRCULANTE                               39.996.146,62        34.035.665,63      38.926.970,46          36.506.935,55       36.254.251,76
         DISPONÍVEL                              1.448.272,30         2.519.149,66         895.432,56              209.622,00        1.205.288,89
         DIREITOS REALIZÁVEIS                    38.538.164,72        31.514.720,43      37.992.793,72          36.212.287,04       34.943.009,41
         Matérias-Primas em Poder de Terceiros   3.233.700,44         1.715.455,34       1.944.331,88             2.572.501,42       2.224.572,96
         DESPESAS EXERCÍCIO SEGUINTE                  9.709,60             1.795,54         38.744,18               85.026,51          105.953,46
        REALIZÁVEL A LONGO PRAZO                   799.656,07           954.029,14       1.080.284,27              709.629,75          940.965,57
         DIREITOS REALIZÁVEIS                      799.656,07           954.029,14          49.816,81              709.629,75          940.965,57
          Depósitos Judiciais                       15.068,65            27.657,89          27.657,89               38.967,44           35.773,46
          Impostos a Recuperar                     784.587,42           708.391,77          22.158,92                2.158,92           30.436,33
          Crédito com Empresas Ligadas                        -         217.979,48                                 668.503,39          874.755,78
        PERMANENTE                               13.193.567,31        12.985.428,31      13.213.813,72          12.762.113,07       13.442.372,68
         INVESTIMENTOS                             197.024,65           197.024,65         107.337,79              167.085,85          107.337,79
         IMOBILIZADO                             12.368.970,71        12.574.741,36      13.106.475,93          12.595.027,22       13.335.034,89
         DIFERIDO                                  627.571,95           213.662,30                    -                       -                   -
                       TOTAL DO ATIVO             53.989.370,00        47.975.123,08      53.221.068,45       49.978.678,37       50.637.590,01

                             PASSIVO                   2007                 2008               2009               1S09               1S10
        CIRCULANTE                                 15.237.738,96         8.820.879,50      20.609.753,23       13.480.872,98      22.616.851,89
         Fornecedores                                4.869.959,83         2.943.675,52       9.828.816,60        5.452.909,06        7.593.085,01
         Impostos Taxas e Contr.Divs.                4.106.377,07           831.486,75       1.345.992,87          642.090,36        1.495.790,82
         Dividendos e Participações                    634.149,97           532.751,58         219.471,00          394.704,86          184.354,05
         Adiantamento de Clientes                       64.231,18            63.428,65         522.728,22           78.187,50          175.509,86
         Instituições Financeiras                    3.797.911,73         2.088.456,20       6.934.510,28        3.467.983,15       10.073.666,22
         Provisão P/Férias e 13 Salário                840.935,47           769.182,06         964.125,45        1.582.398,32        1.522.106,21
         Salários a Pagar                                         -         148.356,78         228.327,20          404.083,40          286.192,51
         Outros Débitos                                924.173,71         1.443.541,96         565.781,61        1.458.516,33        1.286.147,21
        EXÍGIVEL A LONGO PRAZO                     11.724.028,99        11.746.972,97       2.629.469,27       10.800.461,08        2.935.778,18
         Instituições Financeiras                   11.724.028,99        11.746.972,97       2.469.469,27       10.800.461,08        2.763.641,67
        PATRIMÔNIO LÍQUIDO                         27.027.602,05        27.407.270,61      29.981.845,95       25.697.344,31      25.084.959,94
         Capital Realizado                          13.750.798,05        21.518.394,25      21.518.394,25       21.518.394,25      21.518.394,25
         Reserva de Lucros                           5.579.718,94         5.509.207,80       8.463.451,70         5.888.876,36       8.463.451,70
         Lucros(Prejuizos)Acumulados                              -         379.668,56                    -   -1.709.926,30    -     4.896.886,01
                      TOTAL DO PASSIVO            53.989.370,00        47.975.123,08      53.221.068,45       49.978.678,37      50.637.590,01



CONFIDENCIAL | Outubro de 2010                                                                                                                        23
Dados Operacionais
               Demonstração de Resultados
                             DRE                                    2007                2008              2009                1S09                    1S10
   RECEITA BRUTA                                                116.830.015,19     82.546.523,26      85.516.900,05      37.389.716,57        53.113.487,98
   (-) DEDUÇÕES DE VENDAS                                       -31.290.588,69     - 21.261.085,00    -13.236.022,49     -8.748.430,12        -13.452.823,96
   RECEITA LÍQUIDA                                               85.539.426,50     61.285.438,26       72.280.877,56     28.641.286,45        39.660.664,02
   (-) CUSTOS DOS PRODUTOS VENDIDOS                             -67.440.158,06     -49.687.630,86     -54.579.482,61     - 23.527.532,61      -35.541.754,26
   LUCRO BRUTO                                                   18.099.268,44     11.597.807,40       17.701.394,95      5.113.753,84            4.118.909,76
    RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS                            -14.698.270,77     -11.808.505,52     -15.172.584,71     -7.063.738,45            -9.016.161,43
     (-)Despesas financeiras                                     - 701.689,45        -291.574,02       -653.989,89        - 133.367,60        -      712.181,94
     Receitas financeiras                                          681.787,32       2.715.202,86        459.367,89         199.815,29              77.528,01
     (-)Despesas com vendas                                     - 5.759.645,45     - 4.553.636,54     -5.737.832,72      -2.482.279,02            -3.765.991,99
     (-)Despesas gerais administrativas                         - 9.100.679,55     -9.486.906,01      -8.974.336,12      -4.556.231,78            -4.424.932,98
     Outras receitas operacionais                                  547.307,62         112.820,50         3.876,49           3.704,50               40.636,46
     (-)Outras despesas operacionais                              -365.351,26        -304.412,31       -269.670,36         -95.379,84             -231.218,99
   RESULTADO DE EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL                              -                   -                 -                   -                       -
   RESULTADO ANTES DO IR E CSLL                                  3.288.566,95        379.668,56       2.574.575,34       -1.709.926,30            -4.896.886,01
   LUCRO LÍQUIDO                                                 2.116.959,27       379.668,56        2.574.575,34       -1.709.926,30        -4.896.886,01

               Indicadores Operacionais
                          Indicadores                                2007               2008               2009               1S09                    1S10
   Liquidez e Solvência
                                           Liquidez Corrente         2,62                3,86              1,89                2,71                    1,60
                                               Liquidez Seca         1,83                2,57              1,23                1,65                    1,16
                                           Liquidez Imediata         0,10                0,29              0,04                0,02                    0,05
   Quantidade de Ações
                                        Quantidade de Ações        13.883.872,00      13.883.872,00      13.883.872,00        13.883.872,00          13.883.872,00
                                           Valor Patrimonial         1,95                1,97              2,16                1,85                    1,81
   Desempenho
                                              Margem Bruta          21,16%              18,92%            24,49%              14,25%                 17,98%
                                             Margem Ebitda           7,17%              6,20%              5,02%
                                                     NOPAT          3.227.263,96     -2.634.326,96      2.723.432,24       -1.768.397,97            -37.152,03
                                            Margem Líquida           2,47%              0,62%              3,56%              -9,89%                  -1,78%
                                          Giro do Ativo Total       158,44%            127,74%            135,81%             29,70%                 42,26%
                                                         Roa         1,56%              0,48%              2,62%             -33,29%                  -4,22%
                                                         Roe         0,78%              0,28%              1,48%             -17,12%                  -2,09%
                                               Alavancagem           2,00                1,75              1,78                1,94                    2,02


CONFIDENCIAL | Outubro de 2010                                                                                                                                       24
Metodologia da Avaliação




CONFIDENCIAL | Outubro de 2010         25
Metodologia
       Avaliação da Empresa

             Este Laudo de Avaliação utiliza três métodos distintos para chegar ao intervalo razoável de preço da FAE, são eles: Valor
             Patrimonial, Fluxo de Caixa Descontado e Múltiplos de Mercado.


            Fluxo de Caixa Descontado (DFC) é o método cujo valor dos ativos operacionais é obtido através do cálculo do fluxo de
             caixa operacional projetado, trazido a valor presente utilizando um fator de desconto equivalente ao custo médio ponderado
             de capital (WACC);


            Valor Patrimonial por Ação da FAE com base nas Informações Trimestrais (ITR) de 30 de Junho 2010;


            O método de precificação via Múltiplos de Mercado utiliza a relação entre o valor da FAE e itens de performance, como
             EBITDA e Lucro Líquido, ou entre o Valor Patrimonial por Ação. A média sem outliers dos múltiplos de comparáveis são
             aplicados sobre os números da avaliada, foram aplicados os seguintes:


                    EV/EBITDA – Enterprise Value ou “Valor da Firma” dividido por Earnings Before Depreciation, Interest, Tax and
                     Amortization ou “Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização” anualizado, sensibilizado pela média
                     dos pares comparáveis;


                    P/VPA – Preço da Ação dividido pelo Valor Patrimonial por Ação, sensibilizado pela média dos comparáveis,
                     excluídos os outliers;




        1.    A Eletra também teve seu valor estimado através do método de Fluxo de Caixa Descontado (DFC) e testes de estresse.




CONFIDENCIAL | Outubro de 2010                                                                                                            26
Metodologia
       Escolha do método

          O Valor Patrimonial refere-se a valores contábeis históricos, não levando em consideração as margens financeiras atuais,
           bem como perspectivas futuras da FAE;


          As ações da FAE não possuem liquidez, são detidas por base acionária reduzida, não sendo, portanto, admitidas à
           negociação em mercado organizado, conforme o edital da OPA, o que impossibilita a análise do potencial de valorização
           ou desvalorização da empresa de acordo com a média de preço dos 12 (doze) meses anteriores à publicação do fato
           relevante. Assim, o potencial das ações não pôde ser capturado;


          Para analisar os múltiplos devem ser consideradas empresas similares, ou seja, de mesmo ramo, risco, e maturidade. A
           dificuldade de encontrar empresas que apresentem as mesmas características, ainda que pertençam ao mesmo setor é
           um forte entrave e pode acarretar em grandes distorções. Os métodos que utilizam comparações de múltiplos
           apresentaram limitações:


                 Aplicando o P/VPA da média dos pares comparáveis, excluindo os outliers, encontramos valor extremamente
                  distorcido, irreal;


                 O EV/EBITDA não pôde ser aplicado para o exercício de 2010, uma vez que a empresa apresentará geração de
                  caixa (EBITDA) negativa. Ainda que seja possível projetá-lo para 2011, torna-se deveras abstrato e de pouca
                  credibilidade;


           O modelo de Fluxo de Caixa Descontado (DFC) captura o potencial de crescimento do mercado e da
           companhia. Por isso, consideramos que o valor calculado através da metodologia de DFC é o que melhor
           representa o valor da FAE.




CONFIDENCIAL | Outubro de 2010                                                                                                        27
Fluxo de Caixa Descontado




CONFIDENCIAL | Outubro de 2010          28
Metodologia
       Fluxo de Caixa Livre (DFC)

          Resultado Operacional

                 Receitas, Custos, Despesas (exceto Resultado Financeiro, Equivalência Patrimonial, Resultado Não Operacional,

                  Depreciação e Amortização)

          Investimentos (CAPEX)


          Variação no Capital de Giro


          Imposto de Renda e Contribuição Social sobre Lucro Líquido (IR e CSLL)


          Taxa de Desconto (WACC) ajustada para refletir o risco de mercado do segmento de atuação da empresa;


          Projeções em R$ (Reais) para o período de 2010 a 2015;


          Perpetuidade (Valor Residual) em R$ (Reais) para os períodos após 2015.




                            Fluxo de                        Taxa de                     Fluxo Livre
                           Caixa Livre                     Desconto                     Descontado



                             Valor do                                                     Valor da
                                                             Ajustes
                             Acionista                                                    Empresa
                        Fonte: PAX



CONFIDENCIAL | Outubro de 2010                                                                                                    29
Metodologia
       Taxa de Desconto (WACC)

             Para descontar o Fluxo de Caixa, utilizou-se o Custo Médio Ponderado do Capital (WACC). Empregamos a metodologia Global Capital Asset
              Price Model (GCAPM) para o custo de capital próprio, conforme equação abaixo:
                                                                                                                                Inflação                        Inflação

Ke =
                                                                      Prêmio de         Prêmio de
            (1+( 1+(         Taxa Livre
                              de Risco
                                          +   Beta Alavancado
                                                    (β)
                                                                x(     Mercado
                                                                                  +
                                                                                        Risco País
                                                                                                       ) ) ) / (1 +         Americana      ) )-1)   x   (1+     Brasileira
                                                                                                                                                                             ) ) -1
                                                                                                                            Esperada                            Esperada


             Para calcularmos o Custo de Capital de Terceiros (Kd) ponderamos a dívida atual pelo seu respectivo custo, conforme equação abaixo:
                                                                         n                                 n

                                                           Kd =        ∑ ( Dívidaj x          Custoj   )/ ∑ (     Dívidaj   )
                                                                        j=1                               j=1




                    WACC = ( Ke x ( Patrimônio Líquido / Passivo) ) + ( Kd x ( Dívida Total / Passivo) x ( 1 - Alíquota Marginal de Imposto ) )


       1.     Custo de Capital Próprio (Ke) refere-se a expectativa de retorno dos acionistas baseada nas de taxa de juros e retorno do mercado

       2.     Taxa Livre de Risco (Risk Free): T-Bond de 10 anos

       3.     Beta (β) é o risco que determinado ativo adiciona a um portfólio de mercado. Foi utilizado o Beta dos últimos 60 meses de empresas comparáveis, com alavancagem
              proporcional ao percentual de Dívida Total / Patrimônio Líquido (Debt/Equity)

       4.     Prêmio Mercado é a taxa de retorno médio do portfólio de mercado. Fonte: NY University (Damodaran)

       5.     O Prêmio de Risco País do Brasil foi calculado através da média dos últimos 3 meses, multiplicado pelo desvio-padrão do Ibovespa sobre o desvio-padrão do Global 40.
              DAMODARAN, Aswath. Equity Risk Premium (ERP: determinants, estimations and implications)

       6.     As taxas de Inflação americana e brasileira esperadas são premissas macroeconômicas estimadas através de métodos de estimação ARIMA já citados e explanados

       7.     Dívidaj se refere a cada captação da FAE no mercado financeiro;

       8.     Custoj se refere ao custo de cada uma das captações da FAE;




CONFIDENCIAL | Outubro de 2010                                                                                                                                                        30
Premissas Básicas
                                         PREMISSAS                                    2010E          2011E           2012E          2013E          2014E          2015E
              Macroeconômicas*
                                                                   Dólar (USD/R$)      1,75           1,80            1,80           1,80           1,80           1,80
                                                                       Euro (€/R$)     2,22           2,30            2,30           2,30           2,30           2,30
                                                            Inflação – IPCA (%a.a)     4,8%           4,5%            4,5%           4,5%           4,5%           4,5%
                                                         Inflação – CPI (EUA %a.a)    0,39%            1%              1%             1%             1%             1%
                                                            Inflação – IGPM (%a.a)     6,9%           5,4%            2,3%           5,7%           2,1%           5,3%
                                                                       Selic (%a.a)   10,8%           10,7%          10,7%          10,7%          10,7%          10,7%
                                                                      Libor (%a.a)     0,8%           2,0%            2,0%           2,0%           2,0%           2,0%
                                                                   Curva DI (%a.a)    10,7%           10,7%          10,7%          10,7%          10,7%          10,7%
                                                            Fed Funds Rate (%a.a)      0,3%           0,8%            1,5%           2,3%           3,0%           4,0%
                                                                   Zinco - (R$/Kg)     3,77           4,23            5,00           4,18           4,49           4,49
                                                                   Cobre - (R$/Kg)    19,51           19,64          18,01          20,13          20,34          21,23
                                                                   Latão - (R$/Kg)    13,21           13,48          12,80          13,75          14,00          14,53
              Participação no Resultado**
                                                                           Energia     70%
                                                                             Água      30%
              Devedores Duvidosos
                                                     Provisão para Dev. Duvidosos      1,0%           1,0%            1,0%           1,0%           1,0%           1,0%
              Perpetuidade (g)*
                                                               Tx. De Crescimento      0%              0%              0%             0%             0%           4,62%
              Operacionais
                                                % Outros Materiais sobre Net Sales    18,86%         14,15%         14,15%         14,15%         14,15%         14,15%
                                                 % Material Direto sobre Net Sales    59,33%         62,30%         62,30%         62,30%         62,30%         62,30%
                                                     % Adm/Gerais sobre Net Sales     8,67%           6,93%          6,93%          6,93%          6,93%          6,93%
                                                            % Marketing/Net Sales     8,17%           6,94%          6,94%          7,64%          8,40%          9,24%
                                                                       Capex (R$) 1.500.000,00     891.471,50      961.302,99    1.017.869,22   1.097.640,27   1.200.605,60
                                             Taxa de Aplicações Financeiras (%a.a)     8,5%           8,5%            8,5%           8,5%           8,5%           8,5%
                                            Custo das Operações Financeiras (%a.a)    10,67%         10,67%         10,67%         10,67%         10,67%         10,67%
              Dividendos
                                                                           Payout      25%             25%            25%            25%            30%            30%
             Participação Eletra
                                                         Investimento em Coligada      0%              50%            50%            50%            50%            50%

      *As premissas Macroeconômicas foram estimadas pelo método ARMA, à exceção do cobre que teve seus valores estimados via ARIMA, metodologia em anexo. As variáveis
      Macroeconômicas sofreram estresse em 2.500 cenários via modelagem de Monte Carlo, com variabilidade de 10% para mais ou menos. A Perpetuidade teve variabilidade entre
      3% a 6,6% nos cenários testados. **A participação de energia, a partir de julho de 2010, é nula, tendo em vista que foi desativada.




CONFIDENCIAL | Outubro de 2010                                                                                                                                                 31
Projeções
       Receita Líquida
                                        Água

                                                                                             Água
                                        Energia                                                                                       A partir de 2011, as estimativas de
                    85.539                                                                                                            Receita     Operacional      Líquida    não
                                               72.281                                                                                 contabilizam resultados provenientes
                                                          64.405
                               61.285                                                                             58.705              de medidores elétricos porque este
                                                                                                       48.707                         segmento será totalmente a parte, na
                                                                                           40.951
                                                                                35.447                                                Eletra, e adicionados ao da FAE por
                                                                     28.596
                                                                                                                                      Equivalência Patrimonial com impacto
                                                                                                                                      direto apenas a partir da linha de
                                                                                                                                      Resultado antes do Imposto de Renda
                                                                                                                                      e Contribuição Social sobre Lucro
                  2007       2008         2009          2010E      2011E      2012E      2013E      2014E       2015E
                                                                                                                   em milhares        Líquido.
       Custo do Produto Vendido



                                         Água
                                                                                             Água
                                                                                                                                      Da    mesma    forma      que    a   Receita
                                         Energia                                                                                      Líquida, o CPV projetado a partir de
                    67.440
                                                                                                                                      2011 não contempla a unidade de
                                                          57.360
                                           54.579                                                                                     energia, justificando assim a queda
                               49.688
                                                                                                                   44.877             percebida no gráfico. Atualmente, o
                                                                                                      37.234
                                                                                           31.305                                     CPV    da    FAE     (Energia    +     Água)
                                                                                27.098
                                                                     21.860                                                           corresponde a        89,06% da Receita
                                                                                                                                      Líquida,    caindo    para      76,5%    nos
                                                                                                                                      próximos anos em virtude de ganhos
                                                                                                                                      com a substituição de equipamentos
                  2007       2008        2009           2010E      2011E      2012E      2013E      2014E       2015E                 e da entrada da Eletra.
                                                                                                                        em milhares




CONFIDENCIAL | Outubro de 2010                                                                                                                                                       32
Projeções
       Despesas Operacionais

                                 Água


                                  Energia

                                                                                                                                   Em termos nominais, as despesas
            14.860                     14.712                                       Água                                           operacionais, excluindo-se receitas e
                      14.040
                                                                                                                                   despesas financeiras, reduziram cerca
                                                  10.841                                                                           de 70%, devido ao advento da Eletra.
                                                                                                               9.494
                                                                                                                                   Entretanto, em termos percentuais,
                                                                                                     7.468
                                                                                                                                   as     despesas    continuam          em    uma
                                                                                           5.966
                                                                            4.918                                                  patamar próximo a 19%, tendo uma
                                                             3.967
                                                                                                                                   leve     queda    nos       anos      seguintes
                                                                                                                                   chegando        próximo      aos      18%    da
                                                                                                                                   Receita Operacional Líquida.
          2007       2008         2009          2010E      2011E         2012E      2013E          2014E     2015E

                                       Gerais e Administrativas             Comerciais                               em milhares
                                                                                                                                   As     despesas    com       Depreciação      e
                                                                                                                                   Amortização vem caindo ao longo dos
       Depreciação e Amortização
                                                                                                                                   últimos     anos        em       virtude     da

             2.849              Água                                                                                               desmobilização dos imóveis (Cisão –

                                Energia                                                                                            FAE Participações em 2007), e da
                                                                                                                                   baixa substituição dos equipamentos.
                                                                                     Água                                          Já os valores projetados, apesar de
                                                                                                                                   não     incorporarem         o     CAPEX     da
                        1.412           1.286
                                                                                                                                   Energia, apenas o referente à água,
                                                    846                                                                            apresentam um leve crescimento em
                                                                                                                601
                                                                                            418
                                                                                                       498                         função     da     aquisição        de      novos
                                                                             361
                                                                   291
                                                                                                                                   equipamentos            e        da        maior
                                                                                                                                   manutenção do parque fabril.
            2007       2008            2009      2010E      2011E         2012E      2013E          2014E    2015E
                                                                                                                     em milhares
CONFIDENCIAL | Outubro de 2010                                                                                                                                                        33
Projeções
                                                                                                           A baixa geração de caixa nos últimos anos, em especial

EBITDA                                                                                                     em 2010, onde a empresa, mesmo utilizando os
                                                                                                           incentivos fiscais, não conseguiu suprir sua demanda

                   Água
                                                                                                           de   giro   e    investimentos,        foi   reflexo          da   forte
                                                                 Água
                                                                                                           competitividade       de   preços   no       setor       de    energia
                   Energia
                                                                                                           associado ao encerramento da produção do medidor
                                                                                            10.429         eletromecânico, cuja expertise da empresa promovia
                                                                                  9.151                    boas margens de preço. Os produtos                        substitutos
                                                                        7.653                              (Eletrônicos), apesar de desenvolvidos pela empresa,
                                                        6.564
  6.133
                                                                                                           não contemplam possibilidade de incentivo fiscal, o que
                                                                                                           os   tornam       inviáveis     quando         comparados             à
                                              3.757
           3.799           3.627
                                                                                                           concorrência.    Desta      maneira,     a   FAE         optou     como
                                                                                                           realinhamento estratégico formar parceria com uma
                                                                                                           empresa estrangeira (Criação da Eletra), conhecedora
                                                                                                           da tecnologia que permitirá a produção de todos os
                                                                                                           componentes do medidor eletrônico no Brasil a partir

                                                                                             em milhares   de 2011, gerando melhores margens, preços mais
                                    -3.162
                                                                                                           competitivos e sinergias no desenvolvimento de novos
2007      2008            2009     2010E     2011E     2012E        2013E        2014E    2015E
                                                                                                           produtos.
                                                                        18,69%   18,79%    17,77%
                                                        18,52%

                                              13,14%                                                       Com a formação desta nova empresa (Eletra), onde a
                                                                                                           FAE detém 50% do capital, o Ebitda continuará a ser
7,17%     6,20%
                          5,02%                                                                            sensibilizado pela unidade de energia, porém, a partir
                                                                                                           de agora, através da metodologia de Equivalência
                                   -4,91%                                                                  Patrimonial.     De        acordo      com         as      premissas
                                                                                                           estabelecidas,    a   expectativa      é     que     o    CAGR      nos
                                                                                                           próximos quatro anos seja, aproximadamente, de
                                                                                                           29,1% ao ano, em linha com as expectativas do
                                                                                                           mercado.

CONFIDENCIAL | Outubro de 2010                                                                                                                                                    34
Projeções


           Variação do Capital de Giro                                             CAPEX



                                                                                   Água
                                                                                                                    Água
           Água
                                                                                    Energia
                                                   Água
           Energia


                                                                                          1.500

                                                           1.838    2.324
            1.482                        1.426   1.247                                                                                  1.201
                                                                                                                              1.098
  -2.435
                                                                                                                     1.018
                                                                                                             961
                                                                                                    891




                     -5.910



                              -10.720

  2008     2009      2010E    2011E     2012E    2013E    2014E    2015E
                                                                                      2010E       2011E   2012E    2013E     2014E    2015E
                                                                     em milhares                                                        em milhares




A interrupção na produção dos medidores eletromecânico (energia) e a venda a preço de custo do estoque em 2010, juntamente com a
entrada da Eletra a partir de 2011, mudou completamente a estrutura de financiamento operacional da FAE, pois a redução das contas de
ativos e passivos operacionais minimiza a Necessidade de Capital de Giro em 2011, fazendo assim, com que a variação do capital de giro
em 2010 e 2011 seja negativa, o que ajuda no fluxo de caixa. Com a evolução da unidade de água e o maior dispêndio com o aumento
da planta e manutenção, como vistos no gráfico (CAPEX) acima, a necessidade de capital de giro aumenta a partir de 2012, fazendo com
que a variação seja positiva e a empresa necessite de financiamento em giro.




CONFIDENCIAL | Outubro de 2010                                                                                                                        35
Equivalência Patrimonial
                      Em Reais (R$)                           2011E                   2012E                 2013E                  2014E             2015E

     PATRIMÔNIO LÍQUIDO - ELETRA                       13.481.612,16 19.520.345,96 27.205.224,82 37.183.367,95 48.995.258,30

      Capital Realizado                                     11.685.809,05           11.685.809,05        11.685.809,05           11.685.809,05    11.685.809,05
         Capital Subscrito                                  11.685.809,05           11.685.809,05         11.685.809,05          11.685.809,05     11.685.809,05


      Reserva de capital                                                -                        -                    -                      -                 -


      Reserva de Lucros                                        89.790,16              396.216,35            800.271,11            1.339.191,83     1.996.745,93
         Legal                                                  89.790,16              396.216,35           800.271,11            1.339.191,83      1.996.745,93


      Lucros(Prejuizos)Acumulados                            1.706.012,95            7.438.320,56        14.719.144,66           24.158.367,08    35.312.703,31
         Exercício Atual                                     1.706.012,95            5.732.307,61          7.280.824,10           9.439.222,42     11.154.336,23


            ∆ Patrimônio Líquido da Eletra                  1.795.803,10            6.038.733,80          7.684.878,86            9.978.143,13    11.811.890,34
                     % da Eletra                               50%                     50%                   50%                    50%               50%


     Resultado de Equivalência Patrimonial - FAE        897.901,55             3.019.366,90             3.842.439,43          4.989.071,57       5.905.945,17


                                                                                                                   5.906
                                                                                                4.989


                                                                            3.842
                                                       3.019




                                              898




                                      2011E         2012E              2013E                 2014E            2015E
                                                                                                                          em milhares



CONFIDENCIAL | Outubro de 2010                                                                                                                                     36
WACC
   Empresas Comparáveis*                          Ticker                   Beta Alavancado     Dívida          PL        Debt/Equity          Market Cap            Beta Desalavancado
                          ITRON INC           ITRI US Equity                     1,07            781,76       1.400,51             0,56        2.422.090.000,00            0,78
              EMERSON ELECTRIC CO            EMR US Equity                       0,96           4.575,00      8.555,00             0,53       38.071.880.000,00            0,71
            ESCO TECHNOLOGIES INC             ESE US Equity                      0,84            180,47        517,34              0,35          917.087.800,00            0,69
                 BADGER METER INC             BMI US Equity                      1,23               8,00       144,46              0,06          600.701.000,00            1,18
              ROPER INDUSTRIES INC           ROP US Equity                       1,19           1.153,76      2.421,49             0,48        6.028.395.000,00            0,90
              SCHNEIDER ELECTRIC SA           SU FP Equity                       1,09           6.324,00    11.888,00              0,53       24.556.600.000,00            0,81
                     ECHELON CORP            ELON US Equity                      1,55              25,38       115,90              0,22          348.236.100,00            1,35
                     TELVENT GIT SA          TLVT US Equity                      1,07            308,02        279,98              1,10          697.225.600,00            0,62
                     COMVERGE INC            COMV US Equity                      1,71              12,75        74,04              0,17          153.123.100,00            1,53
                                                                                                                               Beta Médio Não Alavancado do Setor          0,78
                                                                                                                                   Beta Médio Alavancado – FAE**           0,86
 Custo de Capital de Terceiros - Kd                  9,36%
  Endividamento por Moeda – R$                       jun-10                         Custo de Capital Próprio - Ke                  16,14%
Dívida em Moeda Nacional                     R$       4.222.533,29
                          BANCO DO BRASIL      R$              77.738,50
                                                                                             Risk Free - (T-bond de 10 anos)        3,70%

                      BANCO DO NORDESTE        R$      1.062.500,00
                                                                                                  Prêmio de Risco Histórico         6,00%

                                      ITAÚ     R$              82.294,79
                                                                                                    Inflação Esperada - EUA         0,39%

                                 BICBANCO      R$      3.000.000,00
                                                                                                  Inflação Esperada - Brasil        4,76%

                             BANCO FINASA      R$               7.500,00
                                                                                               Prêmio de Risco País - Brasil        2,85%

                                  OUTROS                   -
                                                                                                                  Risco País        2,00%
                                                                                                            E.P. (Ibovespa)         24,51%
Dívida em Moeda Estrangeira                  R$       5.442.542,70
                                BRADESCO       R$      3.088.970,63                                        E.P. (Global 40)         17,21%

                                      ITAÚ     R$      1.461.573,24
                                 BICBANCO      R$          891.998,83                                                           % Capital de Terceiros (Projetado)         9,41%
                                  OUTROS                   -                                                                      % Capital Próprio (Projetado)            90,59%
                                                                                                                                   Tributação (Alíquota Efetiva)           13,50%
Total da Dívida                              R$       9.665.075,99
Custo Ponderado da Dívida                    R$         904.223,71
                                                                                                                                                         WACC
                                                                                                                                                        15,36%
*Dados de 30 de setembro de 2010, colhidos do Sistema Bloomberg.
**A relação Dívida/PL utilizada para alavancar o Beta da FAE foi de 0,1 baseado na média da relação Dívida/PL projetada para os próximos 5 anos.

    CONFIDENCIAL | Outubro de 2010                                                                                                                                                  37
Fluxo de Caixa Determinístico
                                  Em Reais (R$)                                           2010E             2011E             2012E             2013E             2014E             2015E

      RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA                                                      64.405.462,13     28.596.300,00     35.447.475,00     40.950.678,00     48.707.355,72     58.704.762,02
      Custos dos Produtos Vendidos                                                     (57.359.523,84)   (21.860.441,53)   (27.097.822,26)   (31.304.745,80)   (37.234.338,08)   (44.876.855,32)
      LUCRO OPERACIONAL BRUTO                                                          7.045.938,29      6.735.858,47      8.349.652,74      9.645.932,20      11.473.017,64     13.827.906,70
      Receitas (Despesas) Operacionais                                                 (12.444.437,82)   (5.553.816,39)    (6.425.215,28)    (7.026.196,11)    (8.371.828,89)    (10.445.394,43)
      Efeitos Inflacionários                                                             (14.648,16)            -                 -                 -                 -                 -


      EBIT                                                                             (5.413.147,69)    1.182.042,07      1.924.437,46      2.619.736,10      3.101.188,75      3.382.512,26
                                                    (+)Depreciação e Amortização         845.686,50        291.471,50        361.302,99        417.869,22        497.640,27        600.605,60
                                         (+)Resultado de Equivalência Patrimonial             -            897.901,55       3.019.366,90      3.842.439,43      4.989.071,57      5.905.945,17
                                  (+)Resultado Não Operacional (outras receitas)         15.493,75              -                 -                 -                 -                 -
                                                          (+)Resultado Financeiro       1.390.051,83      1.385.905,67      1.258.745,80         773.368,83      562.700,31        540.320,94


       EBITDA                                                                          (3.161.915,61)    3.757.320,79      6.563.853,15      7.653.413,58      9.150.600,91      10.429.383,98
                                                                % Margem Ebitda            -4,89%           13,14%            18,52%            18,69%            18,79%            17,77%


                                                              (-) ∆ Capital de Giro     5.910.252,22     10.719.895,81     (1.425.574,38)    (1.247.327,19)    (1.837.689,20)     (2.323.905,28)
                                                                         (-) CAPEX     (1.500.000,00)     (891.471,50)      (961.302,99)     (1.017.869,22)    (1.097.640,27)    (1.200.605,60)
                                                                          (-) IR/CS           -           (141.099,91)      (767.435,39)     (1.258.205,97)    (1.757.481,91)    (2.093.361,54)


       Fluxo de Caixa Livre                                                            1.248.336,60      13.444.645,46     3.409.540,39      4.130.011,20      4.457.789,53      4.811.511,56
                                                                   Perpetuidade                                                                                                  44.757.515,53
                                                       Valor Presente do Fluxo         23.024.354,29
                                              Valor Presente da Perpetuidade           21.900.532,11


       Enterprise Value (EV)                                                           44.924.886,39


                                                              (+) Disponibilidades       200.000,00
                                                              (-) Dívida Financeira     8.665.182,83
                                          (-) Outras Dívidas, Provisões e Créditos*     1.651.304,80


       Valor da FAE                                                                   34.808.398,77
       Valor da FAE Por Ação (VPA)                                                         2,51

                                                                  Perpetuidade (Valor Residual) = Fluxo 2015E / ( WACC - g )
                                                       g é obtido através do produto entre a Taxa de Reinvestimento e o ROCE projetado


CONFIDENCIAL | Outubro de 2010                                                                                                                                                                     38
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  • 1. Laudo de Avaliação Contratante: Ferragens Aparelhos Elétricos S/A Objeto: Ferragens Aparelhos Elétricos S/A CONFIDENCIAL | Outubro de 2010
  • 2. Índice 1. Índice............................................................................................................................................................................................................................................. 2 3. Sumário Executivo.................................................................................................................................................................................................................... 3 4. Informações sobre o Avaliador............................................................................................................................................................................................ 7 5. Descrição do Setor e da FAE................................................................................................................................................................................................ 11 6. Metodologia da Avaliação...................................................................................................................................................................................................... 25 7. Fluxo de Caixa Descontado................................................................................................................................................................................................... 28 8. Métodos Complementares..................................................................................................................................................................................................... 40 9. Apêndice....................................................................................................................................................................................................................................... 42 10. Glossário....................................................................................................................................................................................................................................... 54 11. Notas Importantes................................................................................................................................................................................................................... 56 CONFIDENCIAL | Outubro de 2010 2
  • 4. Sumário Executivo Resumo dos Resultados Fluxo de Caixa Descontado (DFC) R$ 2,32 R$ 2,58 R$ 2,84 Valor Patrimonial Por Ação (VPA) R$ 1,81 R$ 4,05 P/VPA EV/EBITDA 2011E R$ 3,06 1,50 1,75 2,00 2,25 2,50 2,75 3,00 3,25 3,50 3,75 4,00 4,25 CONFIDENCIAL | Outubro de 2010 4
  • 5. Sumário Executivo Resultados  Como resultado do presente Laudo de Avaliação, estimamos o valor econômico da FAE entre R$ 32.197.464,72 (trinta e dois milhões cento e noventa e sete mil quatrocentos e sessenta e quatro reais e setenta e dois centavos) e R$ 39.411.980,48 (trinta e nove milhões quatrocentos e onze mil novecentos e oitenta reais e quarenta e oito centavos), através da metodologia de Fluxo de Caixa Descontado (DFC).  O intervalo de valor por ação que a PAX considera está entre R$ 2,32 (dois reais e trinta e dois centavos) e R$ 2,84 (dois reais e oitenta e quatro centavos) por ação. O modelo de Fluxo de Caixa Descontado (DFC) captura o potencial de crescimento do mercado e da companhia. Por isso, consideramos que o valor justo calculado através da metodologia de DFC é o que melhor representa o valor da FAE. Cálculo via Fluxo de Caixa Descontado (DFC) Principais informações Data-base: 30 de junho de 2010; Período projetado: 5 anos, dezembro de 2010 a dezembro de 2015; e perpetuidade. As premissas tornam-se sensivelmente incertas após 2015 e, por isso, assume-se perpetuidade no período que sucede 2015; Unidade Monetária: Projeções em Reais (R$), termos nominais; Taxa de Desconto: 15,36%; calculamos a Taxa de Desconto em reais de acordo com a metodologia Global Capital Asset Price Model (GCAPM) Perpetuidade: 4,62%; consideramos uma taxa de crescimento na perpetuidade a partir da soma dos gastos de capital líquidos à necessidade de capital de giro divididos pelo lucro operacional vezes 1 menos a alíquota marginal de imposto de renda projetada pelos cinco anos, ou seja, a Taxa de Re-investimento (TR) multiplicada pelo Retorno sobre o Capital Empregado (ROE). Equivalência Patrimonial: De acordo com Fato Relevante de 19 fevereiro de 2010, em Reunião do Conselho de Administração de n° 98, de 18 de fevereiro de 2010, ficou aprovado, por unanimidade dos presentes, sem quaisquer ressalvas ou restrições, a Participação em Empreendimento Controlado em Conjunto com uma empresa internacional, com finalidade de desenvolvimento de novos produtos. Desta forma, os resultados do empreendimento controlado em conjunto (Eletra Energy Solutions) serão adicionados via equivalência patrimonial às projeções da FAE. CONFIDENCIAL | Outubro de 2010 5
  • 6. Sumário Executivo Resultados das demais metodologias  Conforme requisito do Anexo III da Instrução CVM 361, foi calculado o valor da FAE segundo o valor do Patrimônio Líquido Contábil por Ação. De acordo com o ITR de 30 de junho de 2010 enviado à CVM, o Patrimônio Líquido Contábil da FAE em 30 de junho de 2010 era de R$ 25.084.959,94 (vinte e cinco milhões oitenta e quatro mil novecentos e cinquenta e nove reais e noventa e quatro centavos). A FAE possui um total de 13.873.872 (treze milhões oitocentos e setenta e três mil oitocentos e setenta e duas) ações, sendo 7.060.418 (sete milhões sessenta mil quatrocentos e dezoito) ações ordinárias, 3.992.487 (três milhões novecentos e noventa e duas mil quatrocentos e oitenta e sete) ações preferenciais nominativas classe “A”, 593.549 (quinhentos e noventa e três mil quinhentos e quarenta e nove) ações preferenciais nominativas classe “B” e 2.237.418 (dois milhões duzentos e trinta e sete mil quatrocentos e dezoito) ações preferenciais nominativas classe “C” . Portanto, segundo o método do Valor do Patrimônio Líquido por Ação o valor da FAE é de R$ 1,81 (um real e oitenta e um centavos) por ação.  Atendendo recomendação do Anexo III da Instrução CVM 361, o valor econômico da FAE foi calculado segundo múltiplos de mercado de empresas comparáveis:  Por P/VPA (Preço da Ação dividido pelo Valor Patrimonial por Ação), sensibilizado entre os comparáveis, o valor por ação da FAE seria R$ 4,05 (quatro reais e cinco centavos).  Pelo EV/EBITDA 2011E (Enterprise Value ou “Valor da Firma” dividido por Earnings Before Depreciation, Interest, Tax and Amortization ou “Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização” anualizado), sensibilizado entre os comparáveis, o valor por ação da FAE seria R$ 3,06 (três reais e seis centavos). CONFIDENCIAL | Outubro de 2010 6
  • 7. Informações sobre o Avaliador CONFIDENCIAL | Outubro de 2010 7
  • 8. Informações sobre a PAX Equipe responsável  O processo de avaliação e revisão foi conduzido por profissionais com experiência em avaliação de empresas, assessoria financeira e finanças corporativas do departamento de Análise de Investimentos da PAX.  Participaram da elaboração e revisão do presente Laudo de Avaliação:  Dário Sousa Pereira, Economista, com mais de 30 anos de experiência nos Mercados Financeiros e de Capitais. Foi responsável pelas áreas de produtos, asset management, pesquisa de investimentos, gestão de renda fixa e variável e área comercial de bancos e corretoras de porte mundial. Atualmente é Diretor-Executivo da PAX e Diretor de Mercado de Capitais do IBEF-CE (Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças). • Eduardo David Duarte Dias, graduado em Administração (UFC), pós-graduado em contabilidade e planejamento tributário (UFC), mestrando em Economia (CAEN/UFC), analista de investimentos certificado pela APIMEC e registrado na CVM. Trabalhou em empresa do setor de energia e também em consultoria empresarial. Atualmente é analista da PAX, CNPI N° 257/09 – NE e professor universitário. • Francisco Leite Holanda Júnior, graduado em Administração (UFC), pós-graduado em Finanças (COPPEAD/UFRJ), analista de investimentos certificado pela APIMEC e registrado na CVM, tendo trabalhado em factoring, securitizadora e banco. Atualmente, é analista-chefe da PAX, CNPI N° 256/09 – NE, Diretor de Serviços do IBEF-CE (Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças) e Conselheiro da APIMEC-NE (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimentos do Mercado de Capitais). • Gregório Pinto Matias, graduado em Administração (UECE), mestrando em Economia (CAEN/UFC), analista de investimentos certificado pela APIMEC e registrado na CVM, tendo trabalhado em empresas do setor de energia, alimentos e industrial. Atualmente é analista da PAX, CNPI N° 256/09 – NE, conselheiro da APIMEC-NE (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimentos do Mercado de Capitais) e professor universitário. • Pedro Rocha Lima Amaro, graduando em Ciências Econômicas (UFC) e pós-graduando em Finanças pelo IBMEC/RJ, assistente de análise de investimentos da PAX. Descrição do processo interno de aprovação do Laudo de Avaliação Este Laudo de Avaliação foi concebido pelo Sr. Eduardo Dias, auxiliado pelo Sr. Pedro Amaro. O Sr. Dário Sousa Pereira coordenou o processo interno de aprovação, que passou por revisão final do Sr. Holanda Júnior e Sr. Gregório Matias – analistas independentes no processo de avaliação da FAE. CONFIDENCIAL | Outubro de 2010 8
  • 9. Informações sobre a PAX Qualificação como avaliadora  Nos termos do inciso X, “a” do Anexo III, da Instrução CVM 361, a PAX dispõe suas qualificações como avaliador através de sua experiência: Empresa de Avaliação de empresas S/A de capital fechado:  Laudo  Laudo de Avaliação para Gestão Baseada em Valor (GBV) dos Empreendimentos Pague Menos S/A – 2010;  Laudo de Avaliação (Valuation) de empresas listadas no Mercado de Ações (Bovespa):  Banco Industrial e Comercial S.A (BicBanco) – 2009;  Companhia Energética do Ceará (COELCE) – 2010;  M. Dias Branco S.A – 2010;  Drogasil S.A. – 2009. CONFIDENCIAL | Outubro de 2010 9
  • 10. Informações sobre a PAX  A PAX declara que não possui quaisquer conflitos de interesses que impliquem em interferência no processo de avaliação da FAE, bem como na elaboração deste Laudo de Avaliação. A FAE, seus controladores e seus administradores não direcionaram, interferiram, limitaram, dificultaram nem praticaram quaisquer atos que tenham comprometido o acesso, a utilização ou o conhecimento de informações, bens, documentos ou metodologias de trabalho relevantes à este Laudo de Avaliação, nem tampouco determinaram ou restringiram a capacidade da PAX de determinar de forma independente as metodologias utilizadas neste Laudo de Avaliação.  A PAX e as pessoas a ela vinculadas declaram não ser titulares de Ações, e não ter sob sua administração discricionária valores mobiliários de emissão da FAE, exceto o Sr. Francisco Deusmar de Queirós, que detém 733.072 (setecentos e trinta e três mil e setenta e duas) Ações Ordinárias, 19.044 (dezenove mil e quarenta e quatro) Ações Preferenciais Classe “B” e 714.028 (setecentos e catorze mil e vinte e oito) Ações Preferenciais Classe “C”.  Segundo os termos do artigo 8º, inciso V, “d”, da Instrução CVM 361, a PAX receberá da FAE o montante de R$ 30.000,00 (trinta mil reais) pela elaboração e apresentação deste Laudo de Avaliação.  Este Laudo de Avaliação é propriedade intelectual da PAX e não pode ser publicado, copiado ou divulgado, na íntegra ou parcialmente, bem como não pode ser utilizado por terceiros sem consentimento prévio da PAX, exceto por partes envolvidas na OPA nos termos da Instrução CVM 361. Data da Avaliação: 18 de outubro de 2010 Analistas responsáveis pelo Laudo de Avaliação: Francisco Leite Holanda Júnior Eduardo David Duarte Dias Gregório Pinto Matias Analista CNPI N° 246/09 – NE Analista CNPI Nº 257/09 – NE Analista CNPI N° 256/09 – NE Dário Sousa Pereira Diretor-Executivo CONFIDENCIAL | Outubro de 2010 10
  • 11. Descrição do Setor e da FAE CONFIDENCIAL | Outubro de 2010 11
  • 12. Visão Geral do Setor •Medidores automáticos •Medidores inteligentes •Pouca inovação Passado Presente •Redução de custos Futuro •Sistemas de dados •Boom residencial •Novos produtos •Meio ambiente América do Sul Medidores 100 Medir 56 10 Coletar Água Gás Elétricos Fonte: Itron /PAX – Set 2010 * em milhões Gerir Padrão Nacional ISO Utilizar Utilizar os dados Elaboração: PAX Oportunidade SmartGrid < 1% CONFIDENCIAL | Outubro de 2010 12
  • 13. Visão Geral do Setor  Medidores Inteligentes (Smart Meters) muitas vezes se referem a medidores de energia elétrica, mas podem ser também dispositivos de medição de gás natural, ou consumo de água.  Os Medidores Inteligentes geralmente envolvem tecnologia de tempo real ou sensores em tempo quase real, notificação da falta de energia, monitoramento da qualidade da alimentação, entre outros.  Os recursos adicionais dos Medidores Inteligentes são mais do que a simples leitura de medidor automatizada (AMR). Os Medidores Inteligentes são também uma alternativa menos dispendiosa para a medição e hoje são utilizados em larga escala em todas as classes de cliente, inclusive residenciais.  Os medidores inteligentes podem ser parte de uma rede, mas sozinhos não constituem uma rede inteligente. Medição inteligente é o primeiro passo para gerir de maneira eficiente o uso dos recursos naturais, mas é necessária a implantação de infra-estrutura para gerir e apresentar os dados.  Inúmeros países europeus, asiáticos e também americanos estão implantando Smart Grids (redes de medição inteligente) de energia elétrica. Ainda são bastante incipientes os medidores de consumo de água e gás, devido à ineficiência dos custos operacionais. Fonte: Trilliant Inc CONFIDENCIAL | Outubro de 2010 13
  • 14. Visão Geral do Setor Medidores Elétricos Inteligentes  O mercado de medidores inteligentes de energia, em geral tem crescido 3% a 5% ao ano;  Mesmo em meio à depressão econômica global, o mercado de medidores inteligentes (fluídos, energia e gás) tem apresentado crescimento de mais de 10% ao ano;  A IMS Research acredita que o uso de tecnologia na medição irá expandir ainda mais nos próximos três anos;  Expansão do mercado fora da Europa, previsão de crescimento de 2 dígitos nos próximos anos; Fonte: IMS Research Smart Grid Desafios Grandes investimentos das concessionárias em:  Rede própria de telecomunicações ou PLC (Power Line Communications);  Parcerias com operadoras de telefonia para transmissão de dados. Vantagens  Detectar e corrigir eventuais falhas rapidamente;  Combate às fraudes;  Maior controle da utilização e tarifação;  Comercialização de energia elétrica a partir de residências ou carros elétricos, através do acúmulo de energia em horários de menor tarifa e devolução em horário de pico;  Acompanhamento em tempo real do consumo de energia elétrica. CONFIDENCIAL | Outubro de 2010 14
  • 15. Concorrentes Mundiais Como tecnologia e inovação ganharam papel central, empresas conhecidas em outras áreas passaram a fazer parte do ambiente de medidores. Grandes players presentes no mercado brasileiro de medidores: CONFIDENCIAL | Outubro de 2010 15
  • 16. Market Share Mundial Energia 12% Landis + Gir 11% Itron Água Holley Metering 52% 8% Ningbo Sanxing Group Jiangsu Linyang Elster 6% Wasion Itron 14% 6% Outros 20% Sensus 5% Hydrometer Ningbo Water Meter Co. 3% 14% 3% Minol/Zenner Fonte: Itron / PAX 3% Neptune 3% Ningbo Fenghua Sanlian 3% 11% Ningbo Huangtai Industrial Co 4% 4% Ningbo Jiajie Water-Meter 4% 9% 5% Ningbo Aimei Timely Water Badger Meter Fonte: Itron / PAX Outros CONFIDENCIAL | Outubro de 2010 16
  • 17. Visão do Setor no Brasil ANEEL abre audiência para definir novo padrão de medidor de energia 28/09/2010 O consumidor de energia elétrica terá mais participação e poder de fiscalização do serviço recebido a partir da instalação de medidores eletrônicos inteligentes. A diretoria colegiada da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) aprovou nesta terça (28/09) a abertura de audiência pública, com sessão presencial prevista para dezembro deste ano, para discutir o modelo de medidor inteligente que passará a ser instalado nas residências e estabelecimentos comerciais e industriais atendidas em baixa tensão. A proposta de resolução colocada em audiência prevê que os novos equipamentos possam apurar a tensão do fornecimento e a energia ativa e da energia reativa consumidas, além de registrar o número e o tempo das interrupções para cálculo dos indicadores individuais de qualidade (DIC e FIC). Pela norma colocada em debate com a sociedade, o novo medidor também deverá informar a tarifa por horário de consumo e permitir a comunicação remota entre consumidor e distribuidora para verificação do consumo, suspensão do fornecimento e religação do serviço. Outra proposta é que o aparelho venha a permitir que o consumidor visualize o montante de energia consumida e as informações sobre continuidade do fornecimento. O regulamento submetido à audiência propõe prazo de até 18 meses, a partir da publicação da resolução que vier a ser aprovada pela diretoria colegiada, para que as distribuidoras passem a utilizar o novo sistema de medição em novas ligações ou substituição, por qualquer motivo, do sistema existente. Ainda segundo o regulamento em discussão, os consumidores atendidos com os novos medidores deverão ser informados sobre as novas funcionalidades dos aparelhos. Ainda segundo a proposta, se a distribuidora optar por realizar a troca em unidades consumidoras que, inicialmente, não sejam alvo da resolução, deverá avisar o consumidor com 30 dias de antecedência, por meio de correspondência específica, sem qualquer cobrança por eventuais adequações nos padrões. Inicialmente, as unidades consumidoras residenciais do "subgrupo B1 - baixa renda" não estão enquadradas na proposta. Etapas futuras - A ANEEL estuda ainda a criação de um plano para substituição de todos os 63 milhões de medidores no longo prazo, que será o primeiro passo rumo a instalação de redes inteligentes (smart grids). Para isso, a Agência fará regulamentações paralelas que permitam a cobrança de tarifas diferenciadas por horário de consumo, o que possibilitará ao consumidor administrar seu consumo, a exemplo do que já acontece na telefonia, serviço no qual o valor da tarifa varia de acordo com o horário da ligação. No futuro, o sistema de medição inteligente possibilitará o registro da energia gerada por unidades consumidoras residenciais por meio de painéis solares e micro turbinas eólicas, por exemplo. Fonte: Aneel (http://www.aneel.gov.br/aplicacoes/noticias/Output_Noticias.cfm?Identidade=3571&id_area=90) CONFIDENCIAL | Outubro de 2010 17
  • 18. Visão do Setor no Brasil Light e Cemig investem R$ 65 milhões para implantar rede inteligente 02/10/2010 A Light e a Cemig vão investir R$ 65 milhões em pesquisa e desenvolvimento de uma tecnologia que vai permitir ao consumidor conhecer o seu próprio fluxo de consumo de energia elétrica. Os medidores inteligentes, que devem ficar prontos para utilização dentro de três anos, vão tornar possível que haja uma cobrança de tarifa diferenciada de acordo com o horário de uso e época do ano, para o caso de grandes consumidores, como indústria. O smart grid, sistema eletrônico inteligente de monitoramento da rede elétrica, permite que se faça uma melhor gestão do uso da energia. O presidente da Light, Jerson Kelman, cita a aplicação da tecnologia em casos como os períodos de maior seca, em que há menos energia gerada nas hidrelétricas, com maior utilização de usinas térmicas, o que eleva o custo de geração de energia. "Se a tecnologia já estivesse disponível, por exemplo, alguns tipos de indústria poderiam transferir seu processo produtivo para janeiro, quando não há necessidade de se ligarem as térmicas. Como esse consumidor sobrecarregaria menos o sistema, ele poderia ter uma tarifa mais baixa em janeiro", explicou Kelman. Para que o consumidor procure ter consciência da importância da gestão do seu próprio consumo de energia, seria necessário, segundo o presidente da Light, dar incentivo de preços, com valores mais baixos para os momentos de menor pico de energia. Nas horas de maior consumo, há também um maior custo para a distribuidora, que precisa se certirficar de que não haverá sobrecarga, nem do sistema em geral, nem de transformadores específicos. "Isso tudo só funciona se tiver tarifa diferenciada. Você tem que dar um sinal de preço ao consumidor de quanto está custando", disse o presidente da Light. No entanto, para que passe a haver uma cobrança diferenciada por horário ou época do ano, seria preciso modificar a legislação atual. Outro benefício da nova tecnologia é reduzir o nível de furto de energia, que atualmente é muito elevado. A cada 100 megawatts/ hora distribuídos pela Light, outros 42 MW/H são furtados. Os novos medidores vão ajudar não somente por acompanharem cada consumo efetuado, mas por permitirem que cortes e religações de energia ao sistema sejam feitos remotamente. A pesquisa para o desenvolvimento da tecnologia levará três anos. No Rio de Janeiro, aproximadamente mil clientes da área de concessão da Light, que abrange 31 municípios, deverão participar do projeto piloto. Deste total, 300 clientes vão testar a automatização total da rede elétrica interna, com uso de tomadas e eletrodomésticos inteligentes. Em Minas Gerais, a implantação do piloto será na cidade de Sete Lagoas e atingirá 2 mil consumidores. Além da Light e da Cemig, que farão todo o investimento, de R$ 35 milhões e de R$ 30 milhões, respectivamente, estão envolvidos no projeto os institutos tecnológicos Lactec e CPqD e a empresa privada CAS Tecnologia. Fonte: Valor Econômico CONFIDENCIAL | Outubro de 2010 18
  • 19. Principais Players no Brasil A Itron é uma das maiores empresas de A Landis+Gyr é a líder mundial em medidores A Sappel do Brasil é uma empresa de origem medição inteligente do mundo, com cerca de inteligentes. No Brasil, instalada em Curitiba francesa com 104 anos de atuação no mercado. 8.000 clientes em 130 países. A sede é em (PR), conta com 550 colaboradores diretos Em 2002, inaugurou em Recife sua primeira Liberty Lake, Washington (EUA). A Itron está distribuídos nas linhas de montagens, indústria na América Latina. A companhia fabrica e presente na cidade de Campinas (SP) com Engenharia, Industrial, Suprimentos, Financeira, comercializa medidores de água, líquidos especialidade em medidores elétricos, desde a Controladoria, Comercial e RH, produz industriais, energia térmica e sistema de leitura à compra da Elo Sistemas em 2006. No ramo de aproximadamente 2 milhões de medidores/ano distância, para o mercado interno e exportação. medidores de água a base encontra-se em para o mercado brasileiro e sul-americano. Americana (SP), desde a compra internacional da Actaris que possuía sede no Brasil. Elster é um das maiores empresas do mundo em fornecimento de soluções de alta qualidade em Em 2004, a Mobix S/A passou a trazer para o precisão e medição integrada nos segmentos de Brasil produtos da indiana Genus Power A Elo é a empresa líder em medidores de água, eletricidade e gás. O grupo atua em 38 Infrastructure Limited (GPIL). A GPIL vendo o energia elétrica no Brasil, tendo como principais países e com mais de 9.000 colaboradores, e interesse do mercado brasileiro em seus clientes as 40 maiores concessionárias mais de 170 anos de experiência. No Brasil, atua produtos tomou a decisão de construir uma distribuidoras de energia elétrica do Brasil. A com nome de Elster Medicao de Energia Ltda, fábrica no Brasil para ter segurança no tecnologia empregada permite a coleta remota em Cachoerinha (RS), e Elster Medição de Água atendimento às concessionárias brasileiras. dos dados dos medidores eletrônicos. A Echelon S/A, em Montes Claros (MG). Assim, em 26 de abril de 2006 passou a existir e a ELO firmaram em outubro de 2009 aliança Genus S/A onde a GPIL como novo membro da estratégica para trazer Smart Grid ao mercado sociedade entrou com 50% de participação. de energia latino-americano. Senergy é a empresa do grupo Nansen que atua no segmento de soluções de hardware e software destinados a tele-medição remota de A LAO Indústria Ltda. foi criada em 1995, produz A CAM é propriedade da multinacional elétrica energia, gás, óleo e saneamento. Para o setor medidores de água e gás, e desenvolve soluções Endesa, uma das cinco maiores em energia. A elétrico, a Senergy oferece soluções no combate em sistemas de medição. A planta fabril localiza- empresa possui vendas superiores a 300 às perdas não técnicas e blindagem da receita. se na região de Osasco (SP), com capacidade milhões de dólares anuais com duas filiais no Possui clientes como CEMIG e Eletrobrás. A produtiva anual de 1,5 milhões de medidores de Brasil, em São Gonçalo (RJ) e Eusébio (CE). companhia está localizada em Contagem (MG). água e 300 mil medidores de gás. CONFIDENCIAL | Outubro de 2010 19
  • 20. Visão do Setor no Brasil Mercado Brasileiro de Medidores Elétricos  Demanda de 3 a 4 milhões de medidores/ano  Capacidade instalada estimada da indústria ~ 10 milhões/ano;  Número de consumidores ~ 65 milhões  Mercado de substituição ~ 700 mil a 1 milhão medidores/ano  Em 2009: 80% de medidores eletrônicos (AMR), porém não eram Medidores Inteligentes (Smart Meters), similares aos eletromecânicos;  Participação da FAE ~ 13% de Market Share (4° Ranking Nacional) Fonte: Abinee/FAE Mercado Brasileiro de Medidores de Água  Demanda ~ 5 milhões de medidores/ano  Capacidade instalada estimada da indústria ~ 6,5 milhões/ano ( excedente exportado);  Número de consumidores ~ 55 milhões  Em 2010: 100% de medidores velocimétricos, não são Medidores Inteligentes (Smart Meters);  Participação da FAE ~ 17% de Market Share (3° Ranking Nacional) Fonte: FAE CONFIDENCIAL | Outubro de 2010 20
  • 21. Sobre a FAE A FAE (Ferragem e Aparelhos Elétricos S.A.) foi fundada em 13 de Setembro de 1967 por Gerardo Matos Bezerra Lima, em parceria com a Mitsubishi Electric Corporation. O objetivo inicial da companhia era fabricar medidores de energia eletromecânicos e contribuir para o desenvolvimento do estado do Ceará. Ao longo dos mais de 40 anos, a FAE fabricou diversos produtos, como parafusos, secadores de cabelo, aspiradores portáteis, disjuntores, tesouras elétricas e conectores elétricos. A partir do ano 2000, a FAE entrou no ramo de medição de consumo de água, através da implantação de sua primeira linha de hidrômetros. No decorrer de sua história a FAE foi acompanhando as exigências e tendências do mercado. Por isso, a empresa desenvolveu e ampliou suas linhas de medidores, tornando-se um parque fabril de grande escala. Atualmente, a FAE é especializada na medição de energia e água, com clientes em diversos países. A FAE conta com uma equipe altamente qualificada, com experiência prévia em companhias do setor, e vem incrementando seus investimentos em P&D com foco nas pessoas, visando desenvolver novos produtos e tecnologias que estão sendo desenvolvidas em outros mercados. Em virtude das mudanças tecnológicas ocorridas no segmento de medidores de energia elétrica nos últimos anos, a FAE tentou alinhar seu plano de negócios a esta nova realidade. Entretanto, devido à velocidade deste processo, a empresa decidiu firmar parceria estratégica com um grupo estrangeiro, já conhecedor da tecnologia envolvida, para continuar sendo capaz de suprir o forte crescimento do mercado a preços competitivos. Desta parceria surgiu uma nova empresa, a Eletra Energy Solutions (“Eletra”), cuja participação da FAE equivale a 50%. A FAE integralizará sua parte no capital da Eletra mediante aporte financeiro concedido através de financiamento junto ao BNDES, atendendo o CAPEX em 2010 e 2011, cujo valor aproximado é de R$ 7.000.000,00, e os outros 50% será feito em dinheiro pelo parceiro estratégico para atender à necessidade de capital de giro em 2010 e 2011. Até 2010 2010 em diante Água Energia Água Energia 50% 50% Parceiro Estratégico CONFIDENCIAL | Outubro de 2010 21
  • 22. Análise SWOT da FAE Forças Fraquezas P&D Custos operacionais Parcerias estratégicas Estrutura de capital SWOT Oportunidades Ameaças Conversão de medidores Guerra de preços Valor agregado com serviços Novos entrantes Produtos chineses CONFIDENCIAL | Outubro de 2010 22
  • 23. Dados Operacionais Balanço Patrimonial ATIVO 2007 2008 2009 1S09 1S10 CIRCULANTE 39.996.146,62 34.035.665,63 38.926.970,46 36.506.935,55 36.254.251,76 DISPONÍVEL 1.448.272,30 2.519.149,66 895.432,56 209.622,00 1.205.288,89 DIREITOS REALIZÁVEIS 38.538.164,72 31.514.720,43 37.992.793,72 36.212.287,04 34.943.009,41 Matérias-Primas em Poder de Terceiros 3.233.700,44 1.715.455,34 1.944.331,88 2.572.501,42 2.224.572,96 DESPESAS EXERCÍCIO SEGUINTE 9.709,60 1.795,54 38.744,18 85.026,51 105.953,46 REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 799.656,07 954.029,14 1.080.284,27 709.629,75 940.965,57 DIREITOS REALIZÁVEIS 799.656,07 954.029,14 49.816,81 709.629,75 940.965,57 Depósitos Judiciais 15.068,65 27.657,89 27.657,89 38.967,44 35.773,46 Impostos a Recuperar 784.587,42 708.391,77 22.158,92 2.158,92 30.436,33 Crédito com Empresas Ligadas - 217.979,48 668.503,39 874.755,78 PERMANENTE 13.193.567,31 12.985.428,31 13.213.813,72 12.762.113,07 13.442.372,68 INVESTIMENTOS 197.024,65 197.024,65 107.337,79 167.085,85 107.337,79 IMOBILIZADO 12.368.970,71 12.574.741,36 13.106.475,93 12.595.027,22 13.335.034,89 DIFERIDO 627.571,95 213.662,30 - - - TOTAL DO ATIVO 53.989.370,00 47.975.123,08 53.221.068,45 49.978.678,37 50.637.590,01 PASSIVO 2007 2008 2009 1S09 1S10 CIRCULANTE 15.237.738,96 8.820.879,50 20.609.753,23 13.480.872,98 22.616.851,89 Fornecedores 4.869.959,83 2.943.675,52 9.828.816,60 5.452.909,06 7.593.085,01 Impostos Taxas e Contr.Divs. 4.106.377,07 831.486,75 1.345.992,87 642.090,36 1.495.790,82 Dividendos e Participações 634.149,97 532.751,58 219.471,00 394.704,86 184.354,05 Adiantamento de Clientes 64.231,18 63.428,65 522.728,22 78.187,50 175.509,86 Instituições Financeiras 3.797.911,73 2.088.456,20 6.934.510,28 3.467.983,15 10.073.666,22 Provisão P/Férias e 13 Salário 840.935,47 769.182,06 964.125,45 1.582.398,32 1.522.106,21 Salários a Pagar - 148.356,78 228.327,20 404.083,40 286.192,51 Outros Débitos 924.173,71 1.443.541,96 565.781,61 1.458.516,33 1.286.147,21 EXÍGIVEL A LONGO PRAZO 11.724.028,99 11.746.972,97 2.629.469,27 10.800.461,08 2.935.778,18 Instituições Financeiras 11.724.028,99 11.746.972,97 2.469.469,27 10.800.461,08 2.763.641,67 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 27.027.602,05 27.407.270,61 29.981.845,95 25.697.344,31 25.084.959,94 Capital Realizado 13.750.798,05 21.518.394,25 21.518.394,25 21.518.394,25 21.518.394,25 Reserva de Lucros 5.579.718,94 5.509.207,80 8.463.451,70 5.888.876,36 8.463.451,70 Lucros(Prejuizos)Acumulados - 379.668,56 - -1.709.926,30 - 4.896.886,01 TOTAL DO PASSIVO 53.989.370,00 47.975.123,08 53.221.068,45 49.978.678,37 50.637.590,01 CONFIDENCIAL | Outubro de 2010 23
  • 24. Dados Operacionais Demonstração de Resultados DRE 2007 2008 2009 1S09 1S10 RECEITA BRUTA 116.830.015,19 82.546.523,26 85.516.900,05 37.389.716,57 53.113.487,98 (-) DEDUÇÕES DE VENDAS -31.290.588,69 - 21.261.085,00 -13.236.022,49 -8.748.430,12 -13.452.823,96 RECEITA LÍQUIDA 85.539.426,50 61.285.438,26 72.280.877,56 28.641.286,45 39.660.664,02 (-) CUSTOS DOS PRODUTOS VENDIDOS -67.440.158,06 -49.687.630,86 -54.579.482,61 - 23.527.532,61 -35.541.754,26 LUCRO BRUTO 18.099.268,44 11.597.807,40 17.701.394,95 5.113.753,84 4.118.909,76 RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS -14.698.270,77 -11.808.505,52 -15.172.584,71 -7.063.738,45 -9.016.161,43 (-)Despesas financeiras - 701.689,45 -291.574,02 -653.989,89 - 133.367,60 - 712.181,94 Receitas financeiras 681.787,32 2.715.202,86 459.367,89 199.815,29 77.528,01 (-)Despesas com vendas - 5.759.645,45 - 4.553.636,54 -5.737.832,72 -2.482.279,02 -3.765.991,99 (-)Despesas gerais administrativas - 9.100.679,55 -9.486.906,01 -8.974.336,12 -4.556.231,78 -4.424.932,98 Outras receitas operacionais 547.307,62 112.820,50 3.876,49 3.704,50 40.636,46 (-)Outras despesas operacionais -365.351,26 -304.412,31 -269.670,36 -95.379,84 -231.218,99 RESULTADO DE EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL - - - - - RESULTADO ANTES DO IR E CSLL 3.288.566,95 379.668,56 2.574.575,34 -1.709.926,30 -4.896.886,01 LUCRO LÍQUIDO 2.116.959,27 379.668,56 2.574.575,34 -1.709.926,30 -4.896.886,01 Indicadores Operacionais Indicadores 2007 2008 2009 1S09 1S10 Liquidez e Solvência Liquidez Corrente 2,62 3,86 1,89 2,71 1,60 Liquidez Seca 1,83 2,57 1,23 1,65 1,16 Liquidez Imediata 0,10 0,29 0,04 0,02 0,05 Quantidade de Ações Quantidade de Ações 13.883.872,00 13.883.872,00 13.883.872,00 13.883.872,00 13.883.872,00 Valor Patrimonial 1,95 1,97 2,16 1,85 1,81 Desempenho Margem Bruta 21,16% 18,92% 24,49% 14,25% 17,98% Margem Ebitda 7,17% 6,20% 5,02% NOPAT 3.227.263,96 -2.634.326,96 2.723.432,24 -1.768.397,97 -37.152,03 Margem Líquida 2,47% 0,62% 3,56% -9,89% -1,78% Giro do Ativo Total 158,44% 127,74% 135,81% 29,70% 42,26% Roa 1,56% 0,48% 2,62% -33,29% -4,22% Roe 0,78% 0,28% 1,48% -17,12% -2,09% Alavancagem 2,00 1,75 1,78 1,94 2,02 CONFIDENCIAL | Outubro de 2010 24
  • 26. Metodologia Avaliação da Empresa Este Laudo de Avaliação utiliza três métodos distintos para chegar ao intervalo razoável de preço da FAE, são eles: Valor Patrimonial, Fluxo de Caixa Descontado e Múltiplos de Mercado.  Fluxo de Caixa Descontado (DFC) é o método cujo valor dos ativos operacionais é obtido através do cálculo do fluxo de caixa operacional projetado, trazido a valor presente utilizando um fator de desconto equivalente ao custo médio ponderado de capital (WACC);  Valor Patrimonial por Ação da FAE com base nas Informações Trimestrais (ITR) de 30 de Junho 2010;  O método de precificação via Múltiplos de Mercado utiliza a relação entre o valor da FAE e itens de performance, como EBITDA e Lucro Líquido, ou entre o Valor Patrimonial por Ação. A média sem outliers dos múltiplos de comparáveis são aplicados sobre os números da avaliada, foram aplicados os seguintes:  EV/EBITDA – Enterprise Value ou “Valor da Firma” dividido por Earnings Before Depreciation, Interest, Tax and Amortization ou “Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização” anualizado, sensibilizado pela média dos pares comparáveis;  P/VPA – Preço da Ação dividido pelo Valor Patrimonial por Ação, sensibilizado pela média dos comparáveis, excluídos os outliers; 1. A Eletra também teve seu valor estimado através do método de Fluxo de Caixa Descontado (DFC) e testes de estresse. CONFIDENCIAL | Outubro de 2010 26
  • 27. Metodologia Escolha do método  O Valor Patrimonial refere-se a valores contábeis históricos, não levando em consideração as margens financeiras atuais, bem como perspectivas futuras da FAE;  As ações da FAE não possuem liquidez, são detidas por base acionária reduzida, não sendo, portanto, admitidas à negociação em mercado organizado, conforme o edital da OPA, o que impossibilita a análise do potencial de valorização ou desvalorização da empresa de acordo com a média de preço dos 12 (doze) meses anteriores à publicação do fato relevante. Assim, o potencial das ações não pôde ser capturado;  Para analisar os múltiplos devem ser consideradas empresas similares, ou seja, de mesmo ramo, risco, e maturidade. A dificuldade de encontrar empresas que apresentem as mesmas características, ainda que pertençam ao mesmo setor é um forte entrave e pode acarretar em grandes distorções. Os métodos que utilizam comparações de múltiplos apresentaram limitações:  Aplicando o P/VPA da média dos pares comparáveis, excluindo os outliers, encontramos valor extremamente distorcido, irreal;  O EV/EBITDA não pôde ser aplicado para o exercício de 2010, uma vez que a empresa apresentará geração de caixa (EBITDA) negativa. Ainda que seja possível projetá-lo para 2011, torna-se deveras abstrato e de pouca credibilidade; O modelo de Fluxo de Caixa Descontado (DFC) captura o potencial de crescimento do mercado e da companhia. Por isso, consideramos que o valor calculado através da metodologia de DFC é o que melhor representa o valor da FAE. CONFIDENCIAL | Outubro de 2010 27
  • 28. Fluxo de Caixa Descontado CONFIDENCIAL | Outubro de 2010 28
  • 29. Metodologia Fluxo de Caixa Livre (DFC)  Resultado Operacional  Receitas, Custos, Despesas (exceto Resultado Financeiro, Equivalência Patrimonial, Resultado Não Operacional, Depreciação e Amortização)  Investimentos (CAPEX)  Variação no Capital de Giro  Imposto de Renda e Contribuição Social sobre Lucro Líquido (IR e CSLL)  Taxa de Desconto (WACC) ajustada para refletir o risco de mercado do segmento de atuação da empresa;  Projeções em R$ (Reais) para o período de 2010 a 2015;  Perpetuidade (Valor Residual) em R$ (Reais) para os períodos após 2015. Fluxo de Taxa de Fluxo Livre Caixa Livre Desconto Descontado Valor do Valor da Ajustes Acionista Empresa Fonte: PAX CONFIDENCIAL | Outubro de 2010 29
  • 30. Metodologia Taxa de Desconto (WACC)  Para descontar o Fluxo de Caixa, utilizou-se o Custo Médio Ponderado do Capital (WACC). Empregamos a metodologia Global Capital Asset Price Model (GCAPM) para o custo de capital próprio, conforme equação abaixo: Inflação Inflação Ke = Prêmio de Prêmio de (1+( 1+( Taxa Livre de Risco + Beta Alavancado (β) x( Mercado + Risco País ) ) ) / (1 + Americana ) )-1) x (1+ Brasileira ) ) -1 Esperada Esperada  Para calcularmos o Custo de Capital de Terceiros (Kd) ponderamos a dívida atual pelo seu respectivo custo, conforme equação abaixo: n n Kd = ∑ ( Dívidaj x Custoj )/ ∑ ( Dívidaj ) j=1 j=1 WACC = ( Ke x ( Patrimônio Líquido / Passivo) ) + ( Kd x ( Dívida Total / Passivo) x ( 1 - Alíquota Marginal de Imposto ) ) 1. Custo de Capital Próprio (Ke) refere-se a expectativa de retorno dos acionistas baseada nas de taxa de juros e retorno do mercado 2. Taxa Livre de Risco (Risk Free): T-Bond de 10 anos 3. Beta (β) é o risco que determinado ativo adiciona a um portfólio de mercado. Foi utilizado o Beta dos últimos 60 meses de empresas comparáveis, com alavancagem proporcional ao percentual de Dívida Total / Patrimônio Líquido (Debt/Equity) 4. Prêmio Mercado é a taxa de retorno médio do portfólio de mercado. Fonte: NY University (Damodaran) 5. O Prêmio de Risco País do Brasil foi calculado através da média dos últimos 3 meses, multiplicado pelo desvio-padrão do Ibovespa sobre o desvio-padrão do Global 40. DAMODARAN, Aswath. Equity Risk Premium (ERP: determinants, estimations and implications) 6. As taxas de Inflação americana e brasileira esperadas são premissas macroeconômicas estimadas através de métodos de estimação ARIMA já citados e explanados 7. Dívidaj se refere a cada captação da FAE no mercado financeiro; 8. Custoj se refere ao custo de cada uma das captações da FAE; CONFIDENCIAL | Outubro de 2010 30
  • 31. Premissas Básicas PREMISSAS 2010E 2011E 2012E 2013E 2014E 2015E Macroeconômicas* Dólar (USD/R$) 1,75 1,80 1,80 1,80 1,80 1,80 Euro (€/R$) 2,22 2,30 2,30 2,30 2,30 2,30 Inflação – IPCA (%a.a) 4,8% 4,5% 4,5% 4,5% 4,5% 4,5% Inflação – CPI (EUA %a.a) 0,39% 1% 1% 1% 1% 1% Inflação – IGPM (%a.a) 6,9% 5,4% 2,3% 5,7% 2,1% 5,3% Selic (%a.a) 10,8% 10,7% 10,7% 10,7% 10,7% 10,7% Libor (%a.a) 0,8% 2,0% 2,0% 2,0% 2,0% 2,0% Curva DI (%a.a) 10,7% 10,7% 10,7% 10,7% 10,7% 10,7% Fed Funds Rate (%a.a) 0,3% 0,8% 1,5% 2,3% 3,0% 4,0% Zinco - (R$/Kg) 3,77 4,23 5,00 4,18 4,49 4,49 Cobre - (R$/Kg) 19,51 19,64 18,01 20,13 20,34 21,23 Latão - (R$/Kg) 13,21 13,48 12,80 13,75 14,00 14,53 Participação no Resultado** Energia 70% Água 30% Devedores Duvidosos Provisão para Dev. Duvidosos 1,0% 1,0% 1,0% 1,0% 1,0% 1,0% Perpetuidade (g)* Tx. De Crescimento 0% 0% 0% 0% 0% 4,62% Operacionais % Outros Materiais sobre Net Sales 18,86% 14,15% 14,15% 14,15% 14,15% 14,15% % Material Direto sobre Net Sales 59,33% 62,30% 62,30% 62,30% 62,30% 62,30% % Adm/Gerais sobre Net Sales 8,67% 6,93% 6,93% 6,93% 6,93% 6,93% % Marketing/Net Sales 8,17% 6,94% 6,94% 7,64% 8,40% 9,24% Capex (R$) 1.500.000,00 891.471,50 961.302,99 1.017.869,22 1.097.640,27 1.200.605,60 Taxa de Aplicações Financeiras (%a.a) 8,5% 8,5% 8,5% 8,5% 8,5% 8,5% Custo das Operações Financeiras (%a.a) 10,67% 10,67% 10,67% 10,67% 10,67% 10,67% Dividendos Payout 25% 25% 25% 25% 30% 30% Participação Eletra Investimento em Coligada 0% 50% 50% 50% 50% 50% *As premissas Macroeconômicas foram estimadas pelo método ARMA, à exceção do cobre que teve seus valores estimados via ARIMA, metodologia em anexo. As variáveis Macroeconômicas sofreram estresse em 2.500 cenários via modelagem de Monte Carlo, com variabilidade de 10% para mais ou menos. A Perpetuidade teve variabilidade entre 3% a 6,6% nos cenários testados. **A participação de energia, a partir de julho de 2010, é nula, tendo em vista que foi desativada. CONFIDENCIAL | Outubro de 2010 31
  • 32. Projeções Receita Líquida Água Água Energia A partir de 2011, as estimativas de 85.539 Receita Operacional Líquida não 72.281 contabilizam resultados provenientes 64.405 61.285 58.705 de medidores elétricos porque este 48.707 segmento será totalmente a parte, na 40.951 35.447 Eletra, e adicionados ao da FAE por 28.596 Equivalência Patrimonial com impacto direto apenas a partir da linha de Resultado antes do Imposto de Renda e Contribuição Social sobre Lucro 2007 2008 2009 2010E 2011E 2012E 2013E 2014E 2015E em milhares Líquido. Custo do Produto Vendido Água Água Da mesma forma que a Receita Energia Líquida, o CPV projetado a partir de 67.440 2011 não contempla a unidade de 57.360 54.579 energia, justificando assim a queda 49.688 44.877 percebida no gráfico. Atualmente, o 37.234 31.305 CPV da FAE (Energia + Água) 27.098 21.860 corresponde a 89,06% da Receita Líquida, caindo para 76,5% nos próximos anos em virtude de ganhos com a substituição de equipamentos 2007 2008 2009 2010E 2011E 2012E 2013E 2014E 2015E e da entrada da Eletra. em milhares CONFIDENCIAL | Outubro de 2010 32
  • 33. Projeções Despesas Operacionais Água Energia Em termos nominais, as despesas 14.860 14.712 Água operacionais, excluindo-se receitas e 14.040 despesas financeiras, reduziram cerca 10.841 de 70%, devido ao advento da Eletra. 9.494 Entretanto, em termos percentuais, 7.468 as despesas continuam em uma 5.966 4.918 patamar próximo a 19%, tendo uma 3.967 leve queda nos anos seguintes chegando próximo aos 18% da Receita Operacional Líquida. 2007 2008 2009 2010E 2011E 2012E 2013E 2014E 2015E Gerais e Administrativas Comerciais em milhares As despesas com Depreciação e Amortização vem caindo ao longo dos Depreciação e Amortização últimos anos em virtude da 2.849 Água desmobilização dos imóveis (Cisão – Energia FAE Participações em 2007), e da baixa substituição dos equipamentos. Água Já os valores projetados, apesar de não incorporarem o CAPEX da 1.412 1.286 Energia, apenas o referente à água, 846 apresentam um leve crescimento em 601 418 498 função da aquisição de novos 361 291 equipamentos e da maior manutenção do parque fabril. 2007 2008 2009 2010E 2011E 2012E 2013E 2014E 2015E em milhares CONFIDENCIAL | Outubro de 2010 33
  • 34. Projeções A baixa geração de caixa nos últimos anos, em especial EBITDA em 2010, onde a empresa, mesmo utilizando os incentivos fiscais, não conseguiu suprir sua demanda Água de giro e investimentos, foi reflexo da forte Água competitividade de preços no setor de energia Energia associado ao encerramento da produção do medidor 10.429 eletromecânico, cuja expertise da empresa promovia 9.151 boas margens de preço. Os produtos substitutos 7.653 (Eletrônicos), apesar de desenvolvidos pela empresa, 6.564 6.133 não contemplam possibilidade de incentivo fiscal, o que os tornam inviáveis quando comparados à 3.757 3.799 3.627 concorrência. Desta maneira, a FAE optou como realinhamento estratégico formar parceria com uma empresa estrangeira (Criação da Eletra), conhecedora da tecnologia que permitirá a produção de todos os componentes do medidor eletrônico no Brasil a partir em milhares de 2011, gerando melhores margens, preços mais -3.162 competitivos e sinergias no desenvolvimento de novos 2007 2008 2009 2010E 2011E 2012E 2013E 2014E 2015E produtos. 18,69% 18,79% 17,77% 18,52% 13,14% Com a formação desta nova empresa (Eletra), onde a FAE detém 50% do capital, o Ebitda continuará a ser 7,17% 6,20% 5,02% sensibilizado pela unidade de energia, porém, a partir de agora, através da metodologia de Equivalência -4,91% Patrimonial. De acordo com as premissas estabelecidas, a expectativa é que o CAGR nos próximos quatro anos seja, aproximadamente, de 29,1% ao ano, em linha com as expectativas do mercado. CONFIDENCIAL | Outubro de 2010 34
  • 35. Projeções Variação do Capital de Giro CAPEX Água Água Água Energia Água Energia 1.500 1.838 2.324 1.482 1.426 1.247 1.201 1.098 -2.435 1.018 961 891 -5.910 -10.720 2008 2009 2010E 2011E 2012E 2013E 2014E 2015E 2010E 2011E 2012E 2013E 2014E 2015E em milhares em milhares A interrupção na produção dos medidores eletromecânico (energia) e a venda a preço de custo do estoque em 2010, juntamente com a entrada da Eletra a partir de 2011, mudou completamente a estrutura de financiamento operacional da FAE, pois a redução das contas de ativos e passivos operacionais minimiza a Necessidade de Capital de Giro em 2011, fazendo assim, com que a variação do capital de giro em 2010 e 2011 seja negativa, o que ajuda no fluxo de caixa. Com a evolução da unidade de água e o maior dispêndio com o aumento da planta e manutenção, como vistos no gráfico (CAPEX) acima, a necessidade de capital de giro aumenta a partir de 2012, fazendo com que a variação seja positiva e a empresa necessite de financiamento em giro. CONFIDENCIAL | Outubro de 2010 35
  • 36. Equivalência Patrimonial Em Reais (R$) 2011E 2012E 2013E 2014E 2015E PATRIMÔNIO LÍQUIDO - ELETRA 13.481.612,16 19.520.345,96 27.205.224,82 37.183.367,95 48.995.258,30 Capital Realizado 11.685.809,05 11.685.809,05 11.685.809,05 11.685.809,05 11.685.809,05 Capital Subscrito 11.685.809,05 11.685.809,05 11.685.809,05 11.685.809,05 11.685.809,05 Reserva de capital - - - - - Reserva de Lucros 89.790,16 396.216,35 800.271,11 1.339.191,83 1.996.745,93 Legal 89.790,16 396.216,35 800.271,11 1.339.191,83 1.996.745,93 Lucros(Prejuizos)Acumulados 1.706.012,95 7.438.320,56 14.719.144,66 24.158.367,08 35.312.703,31 Exercício Atual 1.706.012,95 5.732.307,61 7.280.824,10 9.439.222,42 11.154.336,23 ∆ Patrimônio Líquido da Eletra 1.795.803,10 6.038.733,80 7.684.878,86 9.978.143,13 11.811.890,34 % da Eletra 50% 50% 50% 50% 50% Resultado de Equivalência Patrimonial - FAE 897.901,55 3.019.366,90 3.842.439,43 4.989.071,57 5.905.945,17 5.906 4.989 3.842 3.019 898 2011E 2012E 2013E 2014E 2015E em milhares CONFIDENCIAL | Outubro de 2010 36
  • 37. WACC Empresas Comparáveis* Ticker Beta Alavancado Dívida PL Debt/Equity Market Cap Beta Desalavancado ITRON INC ITRI US Equity 1,07 781,76 1.400,51 0,56 2.422.090.000,00 0,78 EMERSON ELECTRIC CO EMR US Equity 0,96 4.575,00 8.555,00 0,53 38.071.880.000,00 0,71 ESCO TECHNOLOGIES INC ESE US Equity 0,84 180,47 517,34 0,35 917.087.800,00 0,69 BADGER METER INC BMI US Equity 1,23 8,00 144,46 0,06 600.701.000,00 1,18 ROPER INDUSTRIES INC ROP US Equity 1,19 1.153,76 2.421,49 0,48 6.028.395.000,00 0,90 SCHNEIDER ELECTRIC SA SU FP Equity 1,09 6.324,00 11.888,00 0,53 24.556.600.000,00 0,81 ECHELON CORP ELON US Equity 1,55 25,38 115,90 0,22 348.236.100,00 1,35 TELVENT GIT SA TLVT US Equity 1,07 308,02 279,98 1,10 697.225.600,00 0,62 COMVERGE INC COMV US Equity 1,71 12,75 74,04 0,17 153.123.100,00 1,53 Beta Médio Não Alavancado do Setor 0,78 Beta Médio Alavancado – FAE** 0,86 Custo de Capital de Terceiros - Kd 9,36% Endividamento por Moeda – R$ jun-10 Custo de Capital Próprio - Ke 16,14% Dívida em Moeda Nacional R$ 4.222.533,29 BANCO DO BRASIL R$ 77.738,50 Risk Free - (T-bond de 10 anos) 3,70% BANCO DO NORDESTE R$ 1.062.500,00 Prêmio de Risco Histórico 6,00% ITAÚ R$ 82.294,79 Inflação Esperada - EUA 0,39% BICBANCO R$ 3.000.000,00 Inflação Esperada - Brasil 4,76% BANCO FINASA R$ 7.500,00 Prêmio de Risco País - Brasil 2,85% OUTROS - Risco País 2,00% E.P. (Ibovespa) 24,51% Dívida em Moeda Estrangeira R$ 5.442.542,70 BRADESCO R$ 3.088.970,63 E.P. (Global 40) 17,21% ITAÚ R$ 1.461.573,24 BICBANCO R$ 891.998,83 % Capital de Terceiros (Projetado) 9,41% OUTROS - % Capital Próprio (Projetado) 90,59% Tributação (Alíquota Efetiva) 13,50% Total da Dívida R$ 9.665.075,99 Custo Ponderado da Dívida R$ 904.223,71 WACC 15,36% *Dados de 30 de setembro de 2010, colhidos do Sistema Bloomberg. **A relação Dívida/PL utilizada para alavancar o Beta da FAE foi de 0,1 baseado na média da relação Dívida/PL projetada para os próximos 5 anos. CONFIDENCIAL | Outubro de 2010 37
  • 38. Fluxo de Caixa Determinístico Em Reais (R$) 2010E 2011E 2012E 2013E 2014E 2015E RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 64.405.462,13 28.596.300,00 35.447.475,00 40.950.678,00 48.707.355,72 58.704.762,02 Custos dos Produtos Vendidos (57.359.523,84) (21.860.441,53) (27.097.822,26) (31.304.745,80) (37.234.338,08) (44.876.855,32) LUCRO OPERACIONAL BRUTO 7.045.938,29 6.735.858,47 8.349.652,74 9.645.932,20 11.473.017,64 13.827.906,70 Receitas (Despesas) Operacionais (12.444.437,82) (5.553.816,39) (6.425.215,28) (7.026.196,11) (8.371.828,89) (10.445.394,43) Efeitos Inflacionários (14.648,16) - - - - - EBIT (5.413.147,69) 1.182.042,07 1.924.437,46 2.619.736,10 3.101.188,75 3.382.512,26 (+)Depreciação e Amortização 845.686,50 291.471,50 361.302,99 417.869,22 497.640,27 600.605,60 (+)Resultado de Equivalência Patrimonial - 897.901,55 3.019.366,90 3.842.439,43 4.989.071,57 5.905.945,17 (+)Resultado Não Operacional (outras receitas) 15.493,75 - - - - - (+)Resultado Financeiro 1.390.051,83 1.385.905,67 1.258.745,80 773.368,83 562.700,31 540.320,94 EBITDA (3.161.915,61) 3.757.320,79 6.563.853,15 7.653.413,58 9.150.600,91 10.429.383,98 % Margem Ebitda -4,89% 13,14% 18,52% 18,69% 18,79% 17,77% (-) ∆ Capital de Giro 5.910.252,22 10.719.895,81 (1.425.574,38) (1.247.327,19) (1.837.689,20) (2.323.905,28) (-) CAPEX (1.500.000,00) (891.471,50) (961.302,99) (1.017.869,22) (1.097.640,27) (1.200.605,60) (-) IR/CS - (141.099,91) (767.435,39) (1.258.205,97) (1.757.481,91) (2.093.361,54) Fluxo de Caixa Livre 1.248.336,60 13.444.645,46 3.409.540,39 4.130.011,20 4.457.789,53 4.811.511,56 Perpetuidade 44.757.515,53 Valor Presente do Fluxo 23.024.354,29 Valor Presente da Perpetuidade 21.900.532,11 Enterprise Value (EV) 44.924.886,39 (+) Disponibilidades 200.000,00 (-) Dívida Financeira 8.665.182,83 (-) Outras Dívidas, Provisões e Créditos* 1.651.304,80 Valor da FAE 34.808.398,77 Valor da FAE Por Ação (VPA) 2,51 Perpetuidade (Valor Residual) = Fluxo 2015E / ( WACC - g ) g é obtido através do produto entre a Taxa de Reinvestimento e o ROCE projetado CONFIDENCIAL | Outubro de 2010 38