4. É uma adaptação da palavra filistéia, que
significa o terreno dos filisteus que
haviam desempenhado um papel muito
importante na história hebraica, pelo que
os escritores gregos e latinos o aplicaram
a todo o país.
6. Esta marcação em
verde chama-se
Crescente Fértil. É
uma região que
possui um solo fértil Rio Tigre
por causa dos rios
que a compõem, são
eles: Rio Eufrates
Canaã/Palestina Rio Jordão
No período das
chuvas, os rios
ficam cheios,
transbordando as
suas margens,
favorecendo para
fertilidade do solo e
contribui para
Rio Nilo agricultura local.
7. Este mapa, mostra a localização do
Crescente Fértil bíblica no mundo antigo.
Por volta de 2500 aC, grande migração
desenvolvido em cima do que é
conhecido como o "Crescente Fértil",
que era como um grande arco de terras
cultiváveis, que se estendia do golfo
Pérsico, para cima e ao redor da
Mesopotâmia e volta para Israel e Egito.
9. O Mediterrâneo aparece nas Sagradas Escrituras com outros nomes: Mar
Ocidental,Mar dos Felisteus,Mar deJafa.Biblicamente,ele é tratados
implesmente de o mar.Sua importância é incontestável.Afirma Paul Valéry:"o
Mediterrâneo tem sido uma verdadeira máquina de fabricar civilizações".
Com uma extensão de 4.500 km e uma superfície de três milhões de
quilômetros quadrados,o Mediterrâneo é o maior dos mares internos.Suas águas
banham a Europa Meridional,a Ásia Ocidental e a África Setentrional.Famosos
rios deságuam em sua histórica e milenar grandeza.
O Mar Mediterrâneo banha toda costa Ocidental de Israel.Nessa área,suas águas
são bastante razas o que tornava impossível a aproximação de navios grandes
calados.O Grande Mar por esse motivo,não era usado pelos judeus como via de
transporte.Eles,aliás,sentiam-se isolados pelo Mediterrâneo.
Ao contrário do profeta engolido pelo grande peixe,Paulo utilizou-se do Grande
Mar para universalizar o Evangelho.
O clima da região Mediterrânica é caracterizado por Verões quentes e secos e
Invernos amenos, com chuva.
Principais rios que deságuam no Mar Mediterrâneo:
Ebro (em catalão Ebre), em Espanha
Ródano (em francês Rhône), em França
Pó (em italiano Po), na Itália
Nilo (em árabe النيلan-nīl), no Egipto.
13. Mapa do Mundo Antigo na época da invasão
amorreus (2000 aC)
Este mapa revela os povos do mundo antigo,
por volta de 2000 aC Direito na virada do
segundo milênio aC, os amorreus veio e engoliu
todos os reinos e cidades no Oriente Médio, que
eles atacaram. Eles construíram novas cidades
nos montes do reino destruído, que mais tarde
tornou-se a cidades cananéias da Bíblia.
14. A Palestina possui vários nomes que foram se alternando no decorrer dos
tempos. Entre elas separamos alguns nomes mais conhecidos:
Terra de Canaã - Este nome foi dado em alusão a localidade onde os
descendentes de Canaã, neto de Noé, habitaram.
Terra dos Hebreus - Para este nome existem duas vertentes de pensamento
para explicarmos a origem deste nome:
a) Quanto a nomenclatura (origem da palavra) - Haber ou Habiru que significa
do "outro lado" ou "do além" em alusão a trajetória percorrida pelo patriarca
Abraão "além do Rio Eufrates";
b) Quanto a descendência de Héber.
Terra da Judéia - Refere-se a indicação ao Reino do Sul, também chamado
Reino de Judá, que recebeu o nome a toda a região abrangendo todo àquela
região;
Filístia ou Filistéia - Este nome é o mesmo que Palestina, devido ao reino
dos filisteus, um reino poderoso que habitou não foi destruído durante a
ocupação dos Israelitas quando das conquistas dos territórios. Antes da
formação do Estado de Israel, em 1948, toda àquela região recebia o nome de
Palestina.
Terra dos Amorreus - Deriva-se do nome da Tribo mais poderosa que
habitava naquela região antes de serem subjugados pelos Israelitas
15.
16.
17. Segundo a autora Netta Kemp
de Money, “Israel foi impedido
de passar rumo a Canaã pela
direção do nordeste, por ser o
“caminho dos filisteus”, e como
Caminho dos Filisteus
os egípcios haviam levantado
uma linha de fortificações ao
longo da única fronteira
terrestre que tinham a defender,
entre o Mediterrâneo e a
cabeceira do Golfo de Suez ,
viram-se obrigados a desviar
para o Sul em direção ao Mar
Vermelho (Êxodo 13:17-18)”
19. O uso dos símbolos
religiosos,
denominou a
identificação como
grupo de
pertencimento, ou
seja, esses símbolos
tornaram-se
sagrados,
importantes e
carregava em si um
sentimento de
escolha pela
divindade.
20.
21.
22.
23.
24. O período de história dos Juízes, de
3° Midianitas,
mais ou menos 330 anos, que se
Jz 6 a 8
estende desde da morte de Josué
até o começa da monarquia de Saul.
Ela foi marcada pela falta de uma 2° Cananeia,
autoridade central portanto as Jz 4 a5
desorganizações políticas e a falta
de união e progresso marcaram a
época dos Juízes. 1° Mesopotâmica, Jz 3:1-11
As emergências que chamaram à frente
aos libertadores ou Juízes são
conhecidas como “Opressões”, são
elas Opressões Internas e Opressões 4° Amonita, Jz
externas. 10 a 12:7
1° Filistéia,
Opressão interna Jz 3:31
Opressão Externa
3° Filistéia,
Jz 13:16
2° Moabita,
Jz 3:12-30
25.
26. Monarquia de
Israel
Reinado de Saul Israel no reinado do
Rei Saul
O estabelecimento de um
Estado em Israel foi
importante, devido a
corrupção dos filhos dos
Juízes, uma guarnição que
estava sendo montada pelos
filisteus e as ameaças do rei Israel no reinado do
Amon. Esses fatores Rei Davi
contribui para o surgimento
da monarquia em Israel.
27. As campanhas do Rei Saul 1° Amonita, 1 Sm 11:1-15
Campanhas Internas
1° Filistéia, 1 Sm 13 a 14
2° Filistéia, 1 Sm 17 a 18
Campanhas Externas
3° Amalequita, 1 Sm
14:48 e 15: 1-35
2° Moabita e a edonita, 1 Sm 14:47
28.
29. Império de Davi
Segundo Netta Kemp de
Money, Davi consegue
unificar o reino, de acordo
com a sua nobreza de
caráter como pela
envergadura da sua política,
2 Samuel 5-24
Davi reinou 7 anos sobre
Judá, de sua capital Hebrom,
mas com a morte de Abner,
e do inepto Is-Bosete, foi
eleito rei de todo Israel. Em
seguida se empenhou em
unificar o reino, 2Sm 5:12
30. 2° Zobá e Damasco, 2Sm
Destruiu o poder dos 8:12-13
Filisteus, 2Sm 5:17-25
Subjugação das Tribos Vizinhas 1° Moabe, 2Sm 8:2
4° Amom, 2Sm 10
3° Edom, 2Sm 8:14
32. Império de
Salomão
O Rei Salomão não precisou
ampliar o território, como um bom
político, soube administrar o seu reino,
gozando de paz e teve a ousadia de
construir um templo enorme em
adoração há YHVH.
Enfrentou alguns problemas
em relação a cobrança de impostos,
logo, o reino teve início há um
processo de ruptura, determinadas
regiões como a Síria, desmembrou-se
do reino.
33.
34. Após a estabilidade política no
reino de Salomão, Israel
enfrentou a instabilidade
política, perdendo territórios
através da independência dos
povos subjugados por Davi. O
reino davídico dividiu-se em
dois, Reino de Israel e Reino de
Judá. Enfrentaram várias
adversidades políticas até
culminar no Exílio
35.
36.
37.
38.
39.
40. Os próximos mapas são os períodos do
exílio. Até o último livro da Bíblia, Israel
foi subjugado por diversos Impérios.
41.
42.
43.
44.
45. Alexandre assumiu o reinado da
Macedônia depois da morte de seu pai, Filipe
II, que havia unificado a maioria das cidades-
estados da Grécia continental sob a
hegemonia da Macedônia em uma federação
denominada Liga de Corinto.Após
reafirmando o domínio macedônio por
anulação de uma rebelião do sul cidades-
estados gregas e encenar uma excursão curta
mas sangrenta batalha contra os vizinhos do
norte
da Macedônia, Alexandre estabelecidos leste
contra o Império Persa Aquemênida, que
venceu e derrubou. Suas conquistas incluídas
Anatólia, Síria, Fenícia, a Judéia, Gaza, Egito,
Mesopotâmia e Bactria, e estendeu as
fronteiras do seu próprio império, na medida
do Punjab, na Índia.
Alexandre já tinha feito planos anteriores à
sua morte por e mercantil em expansão
militar da península arábica, depois que ele
foi fazer os seus exércitos para o oeste
(Cartago, Roma e da Península Ibérica).Sua
visão original, no entanto, tinha sido para o
leste, até aos confins do mundo exterior e do
Grande Mar, como é descrito por seu tutor
infância e Aristóteles mentor.
Alexandre integrada muitos estrangeiros em
seu exército, levando alguns estudiosos
creditam a ele com uma "política de
fusão". Ele também encorajou os casamentos
entre seus soldados e estrangeiros, e ele
passou a se casar com duas princesas
estrangeiras.
46. Alexandre morreu depois de doze anos
de campanha militar constante,
possivelmente em consequência da
malária, envenenamento, febre
tifóide, encefalite viral ou
as consequências do alcoolismo. Seu
legado e conquistas viveu muito depois
dele e marcou o início de séculos de
colonização e influência cultural grega
em áreas distantes. Este período é
conhecido como o período helenístico,
que apresentava uma combinação de
grego, Oriente Médio e cultura
indiana. Alexandre se com destaque na
história e mito do grego e não-gregas
culturas. Suas façanhas inspiraram uma
tradição literária na qual ele aparece
47. Há uma lógica para o tamanho dos
impérios, quanto maior o império maior
é a sua força.
A conquista do espaço é fundamental por
causa do enriquecimento econômico,
prestígio político e a dominação social,
fatores que marcam a potência do
Império.
48.
49. A Palestina no Novo Testamento estava
sob administração do Império Romano.
Essa região tornou-se uma colônia
romana por volta do ano 63 AC, Netta
Kemp diz:
“No ano 63 AC o general romano
Pompeu dirigiu uma expedição contra a
Judéia e reduziu o país a uma província
tributária de Roma”
51. Organização Social
A sociedade palestinense pode ser dividida em quatro grandes grupos
socioeconômicos: os ricos, grandes proprietários, comerciantes ou
elementos provenientes do alto clero; os grupos médios, sacerdotes,
pequenos e médios proprietários rurais ou comerciantes; os pobres,
trabalhadores em geral, seja no campo ou nas cidades; e os miseráveis,
mendigos, escravos ou excluídos sociais, como ladrões.
Contudo, as diferenças sociais na palestina não se pautavam somente na
riqueza ou pobreza do indivíduo, mas em diversos outros critérios, como
sexo, função religiosa, conhecimento, pureza étnica, etc. Ou seja, uma
mulher, ainda que proveniente de uma família rica, estava numa situação
social inferior a de um levita; um samaritano, apesar de ser descendente
dos israelitas, devido à miscigenação, era considerado impuro e,
socialmente, inferior a uma mulher judia, para citar só dois exemplos.
http://www.ifcs.ufrj.br/~frazao/palestina.htm
52. O Templo foi, até 70 dC, o mais importante centro religioso judaico. Destruído
duas vezes, estava sendo reconstruído neste período. As mulheres e os não
circuncidados não podiam entrar no interior do Templo. Neste edifício eram
realizados os sacrifícios; o sinédrio se reunia; eram armazenadas as riquezas e
impostos dirigidos ao Templo, bem como os objetos de culto. Ou seja, o
Templo era muito mais do que um local de culto. Sobretudo, era o centro de
toda a vida religiosa, econômica e política judaica. Suas atividades e
organização revelam os valores e as divisões desta sociedade, onde os
sacerdotes e conhecedores da Lei possuem privilégios, só os homens
circuncidados são levados em conta e mulheres e gentios são colocados à
margem.
Organizando a vida religiosa e os cultos no templo existiam um amplo clero
chefiado pelo sumo-sacerdote, que provinham das famílias mais ricas judaicas
da palestina. Os sacerdotes, tanto sob o governo dos herodianos quanto dos
procuradores, eram escolhidos e destituídos pelos governadores civis. Logo,
este posto possuía um marcado caráter político.
O sumo-sacerdote era auxiliado por diversos funcionários, todos provenientes
das famílias mais importantes: o comandante do Templo; os chefes das 24
equipes semanais, os sete vigilantes, três tesoureiros.
Além do sacerdote supremo, existiam cerca de 7 mil outros sacerdotes
divididos em 24 equipes que se revezavam nos serviços do Templo. Em média,
cada sacerdote atuava cinco vezes por ano. Recebiam salário, que provinha
dos sacrifícios e do dízimo. A função sacerdotal era hereditária. Ao lado dos
sacerdotes, haviam 10 mil levitas, também organizados e 24 equipes. Atuavam
como músicosou porteiros, também cinco vezes ao ano. Não recebiam salários.
53. As sinagogas também eram centros religiosos, já que nelas se
cultuava a Deus e era estudada a Lei, tal como ocorre ainda hoje.
Nelas, qualquer judeu poderia ler e fazer comentários à Lei, o que
não ocorria na prática, função que acabava controlada pelos
especialistas nas escrituras, os escribas e rabis farisaicos.
As festas religiosas também possuíam um papel destacado na
vida judaica. Nestas ocasiões o povo se reunia em Jerusalém e
celebrava a intervenção divina em sua História. Mais do que um
momento de comemoração, tais datas serviam para perpetuar a
memória e as tradições do povo. Três festas eram consideradas
mais importantes: a Páscoa, que recordava a libertação da
escravidão no Egito; Pentecostes que ocorria na época da colheita
e recordava a Aliança do Sinai; Tendas, que festeja o próprio
Templo.
Outras práticas religiosas judaicas comuns no século I dC eram a
circuncisão, a guarda do Sábado, a oração cotidiana, realizada
pela manhã e à tarde. Contudo, apesar de uma aparente unidade,
o Judaísmo estava subdividido em uma série de facções político-
religiosas, que apresentaremos no próximo item.
54. O Judaísmo no século I
Muitas pessoas pensam no judaísmo do século I dC como um bloco monolítico,
uma religião solidamente unificada que o cristianismo dividiu, formando uma
religião nova. Entretanto, haviam muitos subgrupos diferentes dentro de judaísmo
antigo e o movimento de Jesus era, à princípio, só um deles. Assim, a separação do
cristianismo do judaísmo não foi súbita, mas aconteceu gradualmente.
O Judaísmo no tempo de Jesus parecia muito com as divisões internas do
cristianismo de hoje. Todos os judeus tinham certas crenças comuns e praticaram
alguns aspectos da religião: eram monoteístas, praticavam a lei de Moisés,
circuncidavam-se, etc. Porém, os diferentes grupos judeus debatiam e
discordavam entre si sobre muitos detalhes, tais como as expectativas sobre o
Messias, os rituais e as leis de pureza, sobre como viver sob a dominação
estrangeira.
Para entendermos o Novo Testamento mais completamente, especialmente como a
vida de Jesus é apresentada nos Evangelhos, nós precisamos conhecer a
variedade dos grupos judeus que existiram no primeiro século.
Josefo, historiador judeu do primeiro-século, descreve três grupos principais com
suas filosofias ou modos de vida: os fariseus , Saduceus, e Essênios. Ele também
menciona vários outros grupos políticos e revolucionários judeus ativos no
primeiro século d.C., especialmente durante a primeira Guerra contra Roma (66-
70 d. C.). O Novo Testamento menciona os Fariseus e Saduceus, além de vários
outros grupos identificáveis a partir da pequenas menções. São estas informações
que nos permitem reconstruir tais partidos político-religiosos. A seguir, vamos
apresentar os principais grupos e suas características:
http://www.ifcs.ufrj.br/~frazao/palestina.htm
55. Os fariseus formavam um grupo ativo, numeroso e influente na Palestina desde
o século II a.C.. O termo Fariseu provavelmente significa, em hebreu, separado
e se refere à observância rígida das leis e tradições por parte dos membros do
grupo (Lc. 18:10-12). Seus líderes eram chamados de rabinos ou professores, tal
como Gamaliel, já que se dedicavam a estudar e comentar as escrituras (Atos
5:34; 22:3).
Os Fariseus aderiram e defendiam a observância rígida do sábado sagrado, dos
rituais de pureza, do dízimo, das restrições alimentares, baseando-se nas
Escrituras hebraicas e em tradições orais mais recentes (Mc. 7:1-13; Mt. 15:1-
20). Se opunham à romanização e à helenização. Seus maiores rivais políticos e
religiosos foram, durante muito tempo, os Saduceus, principalmente devido a
postura pró-roma deste grupo. Esta rivalidade, contudo, não os impedia de
unirem-se em alguns momentos em que os objetivos faziam-se comuns.
Em sua maioria, os fariseus eram leigos, ainda que entre eles fossem
encontrados alguns levitas e membros do Sinédrio (Atos 5:34). Consideravam-se
sucessores de Esdras e dos primeiros escribas. Eram os freqüentadores das
sinagogas e buscavam divulgar a interpretação da Lei escrita e oral.
Em contraste com os Saduceus (Mc. 12:18-27), os Fariseus acreditavam na
ressurreição dos mortos, no livre arbítrio do homem, na onipresença de Deus,
no papel da Lei como um freio para os impulsos negativos dos homens (Atos
23:1-8). Os Evangelhos os retratam como os principais oponentes de Jesus (Mc.
8:11; 10:2) e que teriam conspirado junto com os herodianos para matá-lo (Mc.
3:6). Por outro lado, Jesus dirige algumas críticas severas contra a hipocrisia e
cegueira do Fariseus (Mt. 23; Jo. 9). Contudo, em termos teológicos, cristãos e
fariseus concordavam em alguns aspectos, o que explica o grande número de
fariseus que acabaram por tornar-se cristãos (Atos 15:5). Paulo, antes de
converter-se ao cristianismo, era um fariseu (Fil. 3:5; Atos 23:6; 26:5).
Mesmo após a Guerra Judaica, os fariseus permaneceram ativos. Como, dentre
as seitas de então, não foi eliminado, passou a dirigir o Judaísmo e a rivalizar
com os cristãos.
56. Os saduceus formavam outro grupo proeminente de judeus na Palestina entre
os séculos II a.C. ao I d.C. . Não se sabe ao certo a origem da palavra Saduceus.
Alguns crêem que vem do hebreu saddiqim, que significa íntegro ou derivado
de Zadok, nome do mais importante sacerdote durante o reinado de Davi (1
Reis 1:26). Organizaram-se no período da dinastia asmonéia, momento de
prosperidade política e econômica. Eles eram um grupo formado pela elite,
principalmente proveniente das famílias da alta hierarquia sacerdotal.
Provavelmente era menor, mas mais influente que os Fariseus. Sua influência,
porém, era sentida sobretudo entre os grupos governantes ricos.
Seguiam somente as leis escritas, presentes na Bíblia hebraica (a Torah), e
rejeitavam as tradições mais novas. não acreditavam em vida depois de morte
(Mc. 12:18-27; C. 20:27); em anjos ou espíritos (Atos 23:8) ena Providência
Divina. Eram altamente ritualistas e só aceitavam os cultos realizados no Templo
onde, acreditavam, Deus estava. Possuíam um papel preponderante no Sinédrio
e controlavam as atividades e riquezas do Templo (Atos 4:1; 5:17; 23:6).
Rejeitaram os ensinos do Fariseus, especialmente as tradições orais e as
tradições mais novas. Além dos fariseus, rivalizavam com os Herodianos, porém,
eram simpáticos à romanização e à helenização. Os Evangelhos os retratam
freqüentemente junto com o Fariseus como oponentes de Jesus (Mt. 16:1-12; Mc.
18:12-27). Com a destruição do templo e a efetivo domínio romano, esta seita
acabou por desaparecer.
http://www.ifcs.ufrj.br/~frazao/palestina.htm
57. Os essênios formavam um grupo minoritário que estava organizado como uma
comunidade monástica em Qumram, área localizada perto do Mar Morto, desde o
século II a.C. até o século I d.C, quando em 68 foram eliminados pelos romanos
durante a Guerra Judaica. Alguns crêem que o nome essênios deriva do grego
hosios, santo, ou isos, igual, ou ainda do hebraico hasidim, piedoso. Ou seja, não há
consenso. Sua origem pode estar associada à era macabéia, quando um grupo,
liderado por um sacerdote, teria fundado a comunidade. Eles rejeitaram a validez
da adoração de Templo, e assim recusavam-se a assistir os festivais ou apoiar o
Templo de Jerusalém. Eles consideraram os sacerdotes de Jerusalém ilegítimos,
desde que não fossem Zadokites, ou seja, descentes de Zadok, dos quais eles
próprios se viam como descendentes.
Eles viviam em regime comunitário com exigências rígidas, regras, e rituais.
Provavelmente também praticavam o celibato. Esperaram que Deus enviasse um
grande profeta e dois Messias diferentes, um rei e um sacerdote. O objetivo dos
essênios era manterem-se puros e observar a lei. Praticavam um culto
espiritualizado e sem sacrifícios e possuíam uma teologia de caráter escatológico.
Dentre os ritos observados, estava a prática do batismo por imersão periódico,
como forma de purificação. Eles interpretavam a Lei de forma literal e produziram
diversos textos que foram considerados, posteriormente, apócrifos, como a Regra
da Comunidade.
Os essênios não são mencionados no Novo Testamento. Contudo, alguns
estudiosos pensam que João Batista e o próprio Jesus estavam associados a este
grupo, mas uma conexão direta é improvável.
http://www.ifcs.ufrj.br/~frazao/palestina.htm
58. Os herodianos formaram a facção que apoiou a política e o
governo da família dos Herodianos, especialmente durante
o reinado de Herodes Antipas, que governou a Galiléia e
Peréia durante as vidas de João Batista e de Jesus.
No Novo Testamento são mencionados só duas vezes em
Marcos e uma vez em Mateus. Em Marcos 3:6, como já
assinalamos, eles conspiram com os Fariseus para matar
Jesus, quando este iniciava o seu ministério na Galiléia. Em
Marcos 12:13-17 e Mateus 22:16 eles figuram, novamente
unidos a alguns Fariseus, tentando apanhar Jesus com uma
pergunta sobre o pagamento de impostos ao César. Alguns
autores acreditam que as referências neotestamentárias aos
amigos e funcionários do tribunal de Herodes também estão
relacionadas aos herodianos (Mc. 6:21, 26; Mt. 14:1-12; 23:7-
12). Esta seita desapareceu com o efetivo domínio romano
na região palestina.
http://www.ifcs.ufrj.br/~frazao/palestina.htm
59. Os zelotes eram um grupo religioso com marcado caráter militarista e
revolucionário que se organizou no I século d.C. opondo-se a ocupação
romana de Israel. Também foram conhecidos como sicários, devido ao
punhal que levavam escondido e com o qual atacavam aos inimigos.
Seus adeptos provinham das camadas mais pobres da sociedade. À
princípio, foram confundidos com ladrões. Atuaram primeiro na Galiléia,
mas durante a Guerra Judaica tiveram um papel ativo na Judéia.
Os zelotes se recusavam a reconhecer o domínio romano. Respeitavam o
Templo e a Lei. Opunham-se ao helenismo. Professavam um messianismo
radical e só acreditavam em um governo teocrático, ocupado por judeus.
Viam na luta armada o único caminho para enfrentar aos inimigos e
acelerar a instauração do Reino de Deus.
Um de discípulos de Jesus é chamado de Simão, o Zelote em Lucas 6:15 e
Atos 1:13. Alguns autores apontam que ele poderia ter pertencido a um
grupo revolucionário antes de se unir a Jesus, mas o sentido mais provável
era de " zeloso " na sua acepção mais antiga.
http://www.ifcs.ufrj.br/~frazao/palestina.htm
60. Além dos grupos político-religiosos aqui representados, não
podemos deixar de mencionar os outros segmentos que
participavam do cenário religiosos judaico no I século: os levitas,
como vimos no estudo anterior, que formavam o clero do Templo
de Jerusalém e que eram os responsáveis pelos sacrifícios e pelos
cultos; os escribas, hábeis conhecedores e comentadores da Lei;
os movimentos batistas, seitas populares que mantinham as
práticas de batismo de João Batista, dentre outros.
Quando Jesus Cristo iniciou sua pregação foi visto como mais um
dentre os diversos grupos que já possuíam interpretações
próprias da lei. Contudo, a mensagem de Cristo mostrou-se
revolucionária, chegando a formar uma nova religião. Jesus soube
colocar o homem acima da Lei e das tradições e proclamou que
qualquer mudança só poderia se iniciar a partir do coração do
homem que, pela fé em seu sacrifício salvador, era restaurado.
http://www.ifcs.ufrj.br/~frazao/palestina.htm
63. Samaria ,era a província central
da Palestina, situada entre a
cordilheira do Judéia e a cordilheira do Carmelo.
Carmelo Os samaritanos tinham a
reputação de ser gente
descontente que sabia abrigar
sentimentos de ódio e vingança,
porém ao mesmo tempo não era
mal-agradecida.
Judéia, era a maior da Palestina,
pois compreendia o território que
antigamente correspondia às tribos
de Judá, Simeão, Dã e Benjamin.
Os habitantes eram arrogantes,
exclusivistas, conservadores e de
pouca iniciativa espiritual. Todavia,
souberam manter-se firmes quando
se impunha lealdade ao passado ou
um patriotismo apaixonado.
64. Galiléia, Coincidia essa região com o
território que coube às tribos de
Zebulom, Aser, Naftali e grande parte
Issacar . Era atravessada por
grandes rotas de caravanas que
demandavam de Damasco. Por longo
tempo a província da Galiléia
“Galiléia dos gentios”, em virtude de
se achar povoada por fenícios,
árabes, egípcios, sírios, etc, os quais
estabeleceram naquela área após o
cativeiro.
Nascimento de Jesus
Batismo de Jesus
65.
66. Decápolis, (Deca = dez, polis = cidade),
não era um termo preciso, por conseguinte
não deve se considerar como uma
jurisdição política. No sentido mais limitado
da palavra, refere-se a dez cidades gregas
sob proteção do governador da Síria, cada
constituindo um centro administrativo da
região circunvizinha. Predominavam os
gregos, enquanto que estrangeiros de
diversos países e judeus residiam
principalmente ao Nordeste e ao Norte da
região.
Peréia, designada no Novo Testamento
como “a outra banda do Jordão”
aplicava-se à faixa de terra ao longo do
Jordão. Segundo Josefo, a região se
inter-relacionava com Decápolis. A
região tinha uma importante base de
população judia. Alguns gregos
também se estabeleceram dentro de
seus limites.
67. 2° Damasco, na Síria
6°HIpos 5° Canatha
4° Rafana 3° Diom
7° Gadara
1° Citópolis,
antiga Bete-Seã
9° Geresa
8° Pela
10° Filadélfia
Mapa de Decápolis
68. Cesarea de Filipe,
Mc 8:27-29
Cafarnaum, Jo 2:12
Caná da Galiléia, Jo 2:1-12
Nazaré, Mt 9:20-22
e 32-34, Mc 9:27-31
Decápolis, Mc 7:31-37
Jerusalém, Jo
8:3-11
85. Este tipo de casa da comunidade e local para o serviço religioso veio do
período da diáspora, onde a necessidade de ter um lugar específico para
estas reuniões era muito grande e havia certos modelos nas imediações.
Foi introduzida por Esdras, quando do retorno à Palestina e se multiplicou
rapidamente. Elas eram estabelecidas em todas as vilas e cidades, e no
interior, perto dos rios, para que pudesse haver água em abundância para as
várias purificações. A quantidade se explica pela necessidade de que todos
os judeus participassem dos cultos aos sábados. Segundo os pesquisadores,
somente em Jerusalém haviam naqueles dias em torno de 480 sinagogas.
A sinagoga é um local para oração e/ou culto, mas no transcorrer do tempo
ela se tornou o local para muitas outras atividades envolvendo a vida
cotidiana das comunidades judaicas: catequese infantil, assistência aos
pobres, providências judiciais como flagelação (Mt 10.17) e excomunhão(Lc
6.22) aplicadas pelas autoridades da sinagoga local.
Responsáveis pela Sinagoga
Havia dois responsáveis pelo edifício e pelo serviço divino realizados na
sinagoga: o presidente ( Gr. Archisynagogus, Mc 5.22s.) e um vigia (hebr.
Hazzan, Gr kyperetes, Lc 4.20). Este vigia era o responsável em pegar e
guardar os Rolos das Escrituras que ficavam na replica da Arca em lugar
reservado. Além deles um Conselho de 3 a 13 membros eram escolhidos pela
congregação para ensinar e julgar casos envolvendo religião e questões civis
(Mt 10.17; 23.34; At 22.19; 26.11; Jo 9.22,34; 12.42; 16.2).
Os Sacerdotes recebiam honras, todavia, não tinham nenhum cargo oficial, a
não ser que fossem eleitos para participarem do Conselho ou para aturarem
86. A Dinâmica da Reunião e / ou Culto
Os homens da congregação, em numero indeterminado (ainda
que o número mínimo de dez homens fosse necessário para
promover e mantê-la) se reuniam a cada sábado para adorar a
Deus (At 15.21) e também no segundo e quinto dia da semana
para ouvir a leitura das Escrituras. Os homens tomavam assentos
separados das mulheres. Um dos membros da sinagoga é quem
fazia oração. Consistia principalmente na leitura de Dt 6.4-9;
11.16-21; Nm 15.37-41 e em repetir algumas, ou todas as dezoito
orações e bênçãos. O povo ficava de pé durante as orações e
todas as pessoas presentes diziam “Amém” quando terminavam.
A leitura da Lei era feita por três, cinco ou sete
leitores, designados pelo presidente da sinagoga, se possível
sacerdotes ou levitas ou outros homens e eventualmente meninos
(passagem da puberdade). Lêem no púlpito, de pé, revezando-se,
a perícope do Pentateuco determinada para cada dia, de acordo
com um ciclo de três anos (hebr. “seder”). Começava e terminava
com ação de graças. Seguia-se uma lição dos profetas que era lida
pela mesma pessoa que abria o serviço com a oração. Depois da
leitura, o leitor, ou qualquer outra pessoa presente fazia uma
exposição sobre ela [Jesus (Mt 4.23; 13.54; Mc 6.2; Lc 4.15-22; Jo
18.20) e Paulo (At 13.5,15; 14.1; 17.10-17; 18.19) utilizaram-se
deste momento]. O culto terminava com a bênção, pronunciada
por um sacerdote, se havia algum presente; e a congregação dizia:
87. A Estrutura Arquitetônica
A arquitetura da sinagoga sofreu sempre a influência do país em que era
construída. Em Alexandria, a forma é a da basílica; na Europa foi influenciada
pelo estilo romano e grego. Na Idade Média havia influência bizantina e dos
mouros. A arca sagrada era sempre colocada na direção de Jerusalém e os
participantes ficam em frente dela. Antigamente, no centro da sinagoga,
elevada, havia uma mesa onde se lia a Torá – chamada de Al Memor. Em
seguida, construíam-se um estrado em frente da arca sagrada e um púlpito
para o cantor, que serve também de lugar para a leitura da Torá. Em frente da
arca sagrada têm a lâmpada eterna (Ner Tamid) e castiçais sobre o púlpito,
lembranças da Mesnorá do grande Templo destruído. As sinagogas têm
motivos decorativos: as tábuas das leis, o Maguen David e alguns frisos com
cenas bíblicas; o sacrifício de Isaac, os signos das doze tribos, o exílio de
Babilônia, os túmulos dos patriarcas etc..
Utensílios Comuns em Todas as Sinagogas
- Uma arca ou baú contendo a Lei
- Uma plataforma elevada e uma mesa, de onde a Lei era lida e exposta
- Assentos para os homens em baixo e galerias para as mulheres. Em outras,
uma repartição, separando homens e mulheres.
- Assentos para os oficiais na frente da plataforma, de frente para a
congregação.
- Lâmpadas para prover iluminação nos cultos noturnos e nas festas.
- Móveis para guardar todos os utensílios, ofertas e outras coisas úteis.”
Rev. Ivan Pereira Guedes
http://reflexaobiblica.spaceblog.com.br/33/
88. Diáspora (Hebr. “galut”)
significa dispersão. Nas épocas bíblicas
a palavra significava refúgio e ao mesmo
tempo proteção dada ao refugiado. Após
a destruição do segundo Templo, a
palavra significa dispersão, ou seja, a
situação dos judeus espalhados pelo
mundo.
89. 2 - Arca, o tabernáculo e os rolos 4 - Banco dos
das escrituras anciãos
6 - Pátio
5 – Galeria das
mulheres e
crianças
3 -Púlpito
1 -Entrada, voltada
para Jerusalém
A palavra sinagoga vem do aramaico “knischta”e do grego “synagoge [Sun, juntos
e ago, eu trago]” que significa“reunião” [assembléia pública de pessoas ou o lugar
onde elas se reuniram] e também “proseuche” lugar de oração. Mais tarde, pelo
uso da língua latina, a palavra sinagoga entrou em todas as línguas modernas.
90. Costa:
A costa Palestina é em geral muito uniforme e
inóspita. Ao norte do promontório da Carmelo, o
Líbano projeta para o mar pontos rochosos que
formam boas porém pequenas baías, as quais
ofereciam antigamente abrigo às embarcações
fenícias, porém ao sul de dito cabo a casta
carece por completo de baías profundas que
pudessem proporcionar proteção natural à
navegação; por outro lado, vão-se estendendo
até ao delta do egípcio bancos e cocurutos de
areia que alcançam de 9 a 30 m.
91. Portos:
Jope, que apesar de ser uma enseada perigosa tem sido centro comercial
marítimo desde tempos remotos. Embora na anualidade constituía um
importante desembarcadouro de peregrinos, carece de comodidades
portuárias, sendo necessário que os barcos carreguem e descarreguem
em barcaças a curta distância da praia.
Aco, porto de mar de Aser, chamado Ptolemaida nos tempos
neotestamentários e Acra no tempo das Cruzadas, encontra-se a 40 Km ao
sul de Tiro e distante 13 Km do Carmelo.
Dor, não era uma baía naturalmente protegida, porém foi utilizada no tempo
da Antigo Testamento.
Gaza, Havia um embarcadouro perto da antiga população do mesmo nome.
A cidade moderna, a 4 Km do mar, distingue-se por suas grandes
alamedas de oliveiras e por sua indústria manufatureira de sabão; e na
época neotestamentária
Cesárea, porto artificial entre Jope e Tiro, construído por Herodes o Grande,
e terminado a tempo para levar o evangelho ao Ocidente.
Em Ascalom, Asdode, como em outras partes da costa, há ruínas que
indicam que antigamente o homem tratava inutilmente de construir
molhes permanentes . O maior porto do país na atualidade é Haifa, ao pé
do Carmelo, conectado com a linha férrea ao Egito e Síria. Constitui um
elo importante nos serviços aéreos, que unem a Palestina com a
Inglaterra, Pérsia, a Índia e Europa, além de ser um grande centro
industuial .
92. Localização da Costa e
os portos na Palestina
Portos da Palestina
Aco
Dor
Cesaréia
Jope
Gaza
95. O Jordão percorre 64 Km desde Hasbany até ao Lago
Merom, cujas águas atravessa, para depois seguir
precipitadamente um s 24 km até ao Mar da Galiléia,
outro lago alimentado por ele. Saindo do aludido lago,
transforma-se num curso sinuoso que desce a
depressão numa carreira veloz e impetuosa entre os
numerosos meandros caprichosos, inumeráveis
quedas, cataratas e zizezagues, perdendo
profundidade à medida que se aproxima do Mar Morto,
onde vão para as suas águas. Desde O Monte Hermón
até a sua desembocadura a distância chega a 215 Km,
contudo, com as suas sinuosidades pode chegar até
320 Km. A sua largura varia entre 27 e 45 m e a sua
profundidade está entre 1,50 e 3,50 m, Gn 32:10
96. Foi, em diferentes
épocas, teatro de
portentosos sucessos.
Sua águas se separaram
para dar passagem aos
israelitas ao iniciar a
conquista de Canaã, Js
3:1-17. Um outro
episódio que marca o rio
Jordão, o trânsito do
profeta Elias e Eliseu.
Naamã, o sírio, foi curado
da lepra em suas águas e
em época posterior, João
Batista batizava nas
águas do Jordão.
97.
98.
99.
100. Era cristã Atualidade
Grande parte do ministério de Jesus Além deste nome o mar também é
Cristo decorreu nas margens do lago conhecido por Mar de Tiberíades e Lago
de Genesaré. Naqueles tempos, havia de Gensaré, sendo ele o maior de Israel. O
uma faixa de povoamentos à volta do tamanho exato do lago está no
comprimento de 19 quilômetros por uma
lago e muito comércio e transporte largura de aproximadamente 13k. O lago é
por barco. No entanto, sabe-se que muito visitado, tanto por pessoas que
a Galiléia era uma região mais pobre residem próximas a ele quanto por turistas
do que a Judéia, de modo que a que atravessam o mundo só para passar
população do local atravessava por perto do Mar da Galileia. Segundo as
momentos difíceis durante o primeiro histórias bíblicas foi neste lago que Jesus
século da era comum. realizou muitos de seus milagres.
Paisagem do Mar da Galileia.
O evangelho segundo Marcos (1:14-
20) e o evangelho segundo
Mateus (4:18-22) descrevem como
Jesus recrutou
quatro dos seus apóstolos nas
margens do lago de Genesaré: o
pescador Pedro e seu irmão André, e
os irmãos João e Tiago.
Um famoso episódio evangélico,
o Sermão da Montanha, teve lugar
numa colina com vista para o lago e
muitos dos milagres de Jesus também
aconteceram aqui: caminhada pela
água, acalmar uma tempestade,
alimentar cinco mil pessoas e muitos
outros.
101. O Mar da Galiléia, também dito Mar de Tiberíades ou Lago de
Genesaré (em língua hebraica: ,ים כנרתKinneret) é um extenso lago
de água doce, é fronteira entre Israel,Cisjordânia e Jordânia, com
comprimento máximo de cerca de 19 km e largura máxima de cerca
de 13 km. Na moderna língua hebraica é conhecido por
Yam Kinneret. Deságua nele o rio Jordão, que vem do
monte Hérmon e de Cesárea de Filipe, e que depois segue para o
Mar Morto.
O Mar da Galileia fica a 213 metros abaixo do nível do
Mar Mediterrâneo e é considerado um mar isolado por não ter
nenhuma ligação com outros mares ou oceanos. Nos tempos do
Novo Testamento, ficavam nas suas costas a cidade de Tiberíades —
fundada por Herodes Antipas ao tempo da infância de Jesus,
Cafarnaum, Betsaida e Genesaré, entre outras.
A nordeste do Mar da Galileia ficam os montes Golã.
102.
103. Principais Vales
1)Vale do Jordão
2)Vale de Jesreel
3)Vale de Acor
4)Vale de Aijalom
5)Vale de Escol
6)Vale de Hebrom
ou Manre 7)Vale de
Sidim 8)Vale de
Siquém 9)Vale de
Basã 10)Vale de
Moabe
104. Constituí a grande fenda
geológica, que se estende desde
a Síria, entre as cordilheiras da
Líbano e AntiLíbano, através da
Palestina até Eziom-Geber.
Propriamente dito, o limite se
aplica àquela parte da quebra
entre os mares da Galiléia e
Morto, chamado pelos árabes
“Ghor”, que quer dizer “terreno
baixo”. Por motivos
desconhecidos, a superfície da
terra afundou aqui, formando a
mais profunda depressão do
mundo.
O vale do Jordão se encontra a
uma altitude de 515 m sobre o
nível do mar, ladeado pelas
cadeias montanhosas do Líbano e
Hermóm
105. Em hebraico, Har Hermon,
"montanha sagrada"; em língua árabe:
الشيخ ,جببلDjabal el-Sheikh, "montanha
do xeque", ou "montanha nevada“, é
uma montanha localizada na porção
terminal sul da cordilheira
do Antilíbano, na fronteira
entre Síria e Líbano. Com 2.814
metros de altitude, o seu pico está
quase sempre coberto de neve,
enquanto as terras ao redor queimam
pelo sol de verão.
O Monte Hérmon foi chamado
também de Baal-
Hermon (Jz 3.3; 1Cr 5.23). Seu nome
aparece na poesia hebraica (Sl 89.12;
133.3; Ct 4.8). É talvez o "alto monte"
de Mt 17.1; Mc 9.2 e Lc 9.28, o monte
da transfiguração.
106. Monte Hermón
Características
Importância Histórica
Nasce na encosta do monte Hermón,
atravessa os Lago Hulé e segue depois até
ao Mar da Galiléia, para desaguar no Mar
Morto. A nascente situa-se na Jordânia e, O povo de Israel atravessou o rio
a jusante, a Samaria.
a seco segundo o Livro
O rio tem profundidade média de 1 a 3 de Josué (cap.3), da Bíblia
metros e largura de 30 metros. Na maior Hebraica. Também foi
parte de seu curso o rio se encontra abaixo atravessado a seco por Elias e
do nível do mar, chegando a 390 metros Eliseu.
abaixo deste nível ao desembocar no Mar Por intermédio de Eliseu,
Morto. segundo a Bíblia Hebraica, houve
a característica principal do rio Jordão é o dois milagres no Jordão: a cura
seu progressivo aumento de salinidade à
medida que avança para o Mar Morto. De de Naamã por ter mergulhado
fato, penetra doce no Lago de Tiberíades sete vezes no rio; e fez flutuar um
mas saliniza a partir daí até chegar ao Mar machado (II Reis 5:14, 6:6).
Morto que, com 325 partes por mil de De acordo com
salinidade, é 25 % mais salino que os os Evangelhos, João Batista
oceanos. desenvolveu a sua pregação nas
Atualmente o Vale do Jordão constitui um proximidades do Jordão,
significativo trecho da fronteira Israel-
Palestina. No seu trecho final, este rio corre onde Jesus foi batizado e não terá
entre margens desérticas. sido longe daí que decorreu o
período das suas tentações.
Hoje em dia é uma das maiores
fontes de água de Israel.
107.
108. Monte Carmelo é uma montanha na costa de Israel com vista para
o Mar Mediterrâneo. O seu nome (Karmel) significa "jardim" ou
"campo fértil". A grande cidade israelita de Haifa localiza-se
parcialmente sobre o Monte Carmelo, além de algumas outras cidades
menores, como Nesher e Tirat Hakarmel.
"Uma montanha que nos fornece notável e característica feição
de Canaã. O Monte Carmelo é formado de pedra calcaria dura,
abundante em cavernas. O Monte Carmelo é historicamente
interessante pela sua conexão com dois grandes profetas de
Israel: Elias e Eliseu. Foi ali que Elias desconcertou os profetas Baal,
levando de novo o povo de Israel à obediência ao Senhor. Foi também
no Monte Carmelo que, segundo a Bíblia, Elias fez descer fogo do céu,
que consumiu por duas vezes os 50 soldados com o seu capitão, que
o Rei Acaziastinha mandado ali para prender o profeta, em virtude ter
este feito parar os seus mensageiros que iam consultar Baal: Zebube,
deus de Ecrom." (2 reis 1.9 a 15). Foi também neste monte, que a
mulher sunamita que perdera seu filho, foi encontrar-se com o profeta
Eliseu (2 Reis 4.8 a 31) para entender a sua perda.
109. •Monte Carmelo é uma montanha na costa
de Israel com vista para o Mar Mediterrâneo. O
seu nome (Karmel) significa "jardim" ou "campo
fértil". A grande cidade israelita
de Haifa localiza-se parcialmente sobre o
Monte Carmelo, além de algumas outras
cidades menores, como Nesher e Tirat
Hakarmel.
O Monte Carmelo está a 546
metros acima do nível mar.
Este trata-se do local onde se
deu o duelo espiritual entre
o profeta Elias e os profetas
de Baal. Foi no Monte Carmelo
que Elias provou aos homens
que o Deus de Israel era o
verdadeiro Deus, e não Baal.
110. "Uma montanha que nos fornece notável e
característica feição de Canaã. O Monte
Carmelo é formado de pedra calcaria dura,
abundante em cavernas. O Monte Carmelo
é historicamente interessante pela sua
conexão com dois grandes profetas de
Israel: Elias e Eliseu. Foi ali que Elias
desconcertou os profetas Baal, levando de
novo o povo de Israel à obediência ao
Senhor. Foi também no Monte Carmelo
que, segundo a Bíblia, Elias fez descer
fogo do céu, que consumiu por duas
vezes os 50 soldados com o seu capitão,
que o Rei Acaziastinha mandado ali para
prender o profeta, em virtude ter este feito
parar os seus mensageiros que iam
consultar Baal: Zebube, deus de Ecrom."
(2 reis 1.9 a 15). Foi também neste monte,
que a mulher sunamita que perdera seu
filho, foi encontrar-se com o profeta Eliseu
(2 Reis 4.8 a 31) para entender a sua
perda.
111. MONTE DAS OLIVEIRAS
Recebe seu nome pelas oliveiras que cobriam, antigamente, suas encostas.
O Monte das Oliveiras é sagrado para judeus, cristãos e muçulmanos, e
muitas tradições estão associadas a ele. Segundo a Bíblia, por exemplo, Jesus
teria transmitido ali alguns de seus ensinamentos.
112. Monte das Oliveiras está a 818
metros acima do nível do mar.
A vista que se descortina diante
dele, abrangendo de cima a área
do templo, explica por que foi ali
que Jesus lamentou a
impenitência de Jerusalém (Lc
19.29-44), e ensinou a respeito
da eminência da ruína do templo
(Mt 24.1-3 paralelo Mc 13.1-4; Lc
21.5-7)
114. O Monte Sinai
(também
conhecido
como Monte Horeb
ou Jebel Musa,
que significa “Monte de Moisés”
em árabe)
está situado no sul da península
do Sinai, no Egito.
Esta região é considerada sagrada por três
religiões: cristianismo, judaísmo e
islamismo.
118. É o prolongamento da
Antilíbano. Em seu conjunto
os montes desta região são
mais uniformes, mais
íngremes e de maior
altitude que os da Palestina
Ocidental, alcançando uma
altura média de 850 m
numa grande extensão de
terreno. Todo o território
montanhoso , visto do
Oeste através da depressão
do Jordão, parece um
impressionante muro
paralelo ao horizonte
119. A Palestina, pequena em extensão, lindamente
acidentada, com grandes elevações e depressões, com
montanhas e vales, outeiros e várzeas, com rios
desertos , apresenta as mais variadas condições
climáticas. Em termos gerais é subtropical, benigno e
saudável, sem calor excessivo, exceto em alguns vales
e nos profundos leitos dos rios. O mês de mais calor é
agosto, e janeiro o de mais frio.
Estações:
Verão ou Estação seca
Começa em meados de abril e dura até mais ou menos
fins de outubro. É a época das colheitas e dos trabalhos
agrícolas, caracterizada por dias cálidos e noites de
copioso orvalho.
120. Inverno ou Estação Chuvosa:
Estende-se desde fim de outubro até metade de abril. A queda
de chuvas é muito escassa até fins de novembro, quando então
começa a ser copiosa, até meados de março, época em que se
nota geralmente uma marcada diminuição no volume de água e
que dura até abril. Distingue-se esta época pelas tempestades
de granizo e por nevadas que caem na Cordilheira Central e no
Planalto Oriental, nos meses de janeiro e fevereiro onde fica
por pouco tempo, porém nunca se vê no vale do Jordão
Ventos:
Durante o verão os ventos sopram principalmente desde o
noroeste. Devido à ausência de fatores que tendem a baixar sua
temperatura e provocar assim a condensação, não dão lugar a
chuvas embora temperem os calores estivais. Por outro lado
embora temperem os calores estivais. Por outro lado durante o
inverno dominam os ventos de oeste e sudoeste que vêm
carregados de umidade, os quais ao se chocarem com os frios
cumes das cordilheiras precipitas as chuvas.
121.
122. O artesanato e o comércio
marítimo marcaram
a trajetória da civilização
fenícia.
Representação de um
barco fenício.
123. Da Fenícia para o mundo
Os fenícios foram responsáveis
pela formação de uma rica
civilização que ocupou uma faixa
do litoral mediterrâneo que
adentrava o território asiático até
as montanhas do atual Líbano.
A proximidade com o mar e o
início das trocas agrícolas com os
egípcios deu condições para que
o comércio marítimo destacasse-
se como um dos mais fortes
setores da economia fenícia. Ao
longo da faixa litorânea por eles
ocupada surgiram diversas
cidades-Estado, como Arad,
Biblos, Tiro, Sídon e Ugarit.
Exímios na arte de comercializar,
os fenícios eram conhecidos em Fenícia
todo lugar, por sua grande Israel
capacidade de alcançar os
maiores lucros.
124. O Comércio e a Escrita
Com tantos mercados, tantas ofertas, tantos
fregueses, os fenícios só encontraram uma saída
para os negócios não se enredarem em um
emaranhado de mal-entendidos: registrar em
placas de barro cada compra e cada venda.
O controle sobre os estoques, os acordos
comerciais, encomendas, preços e outras
negociações teriam de ser devidamente
registrados para que todo esse esforço fosse
apropriadamente recompensado. Foi então que a
cultura fenícia estabeleceu o desenvolvimento de
um sistema de símbolos que pudesse facilitar o
processo de comunicação entre as pessoas.
Foi a partir do ideograma egípcio, que os fenícios
criaram um conjunto de vinte e duas letras. Os
fenícios conseguiram simplificar o processo
egípcio. Os egípcios foram responsáveis pela
idéia de escrever em inumeráveis hieróglifos, os
fenícios tiveram a iniciativa de facilitar a
compreensão da escrita desenvolvendo um
alfabeto fonético composto por vinte e duas letras.
Esse sistema de comunicação teve grande
importância não só para os fenícios, mas também
influenciou no longo processo que deu origem às
letras que integram o alfabeto ocidental
contemporâneo.
Esse sistema de escrita se espalhou pelo mundo
antigo e inspirou outros povos a criar seus
próprios alfabetos. O mais famoso deles? O A origem do alfabeto esteve ligada ao
alfabeto grego. Adaptado do fenício, o alfabeto desenvolvimento
grego tem uma característica importante: a
introdução de vogais. das atividades comerciais entre os
fenícios.
125. Economia e Expansão Marítima
No início de sua trajetória, a exemplo de outros povos da Antiguidade, os
fenícios desenvolveram uma economia exclusivamente voltada para a
agricultura, pesca e artesanato. Eles transformaram-se ao longo do tempo em
exímios comerciantes.
A agricultura e a pecuária eram importantes para a sobrevivência dos fenícios,
mas suas principais atividades econômicas se concentravam no comércio e no
artesanato. Com as excelentes madeiras de suas florestas, construíam navios.
Fabricavam jóias de âmbar, ouro, prata e marfim. Produziam o vidro
transparente e descobriram a púrpura, matéria corante vermelho-escura que
usavam para tingir tecidos. Essas manufaturas, bem como suas madeiras, eram
comerciadas do mar Negro até o Egeu.
A atividade comercial fenícia era muito variada. Além da exportação dos seus
tecidos de lã, cabia-lhes a tarefa de abastecer o mundo mediterrânico em
gêneros exóticos provenientes do Oriente, sobretudo dos Egípcios, pelo mar
Vermelho, e em produtos de primeira necessidade, vindos do grande Norte,
caso do estanho (das ilhas de Scilly, na Cornualha).
As suas cidades principais foram Sídon, Tiro, Biblos e Beritus (atual Beirute). Os
fenícios nunca tiveram um verdadeiro governo "nacional", apresentando cada
cidade um rei, por vezes substituído ou neutralizado pelas aristocracias de
mercadores.
Cada cidade cuidava exclusivamente de seus próprios negócios. Para
defender seus interesses, possuíam monarcas, cujo trono era passado de pai
para filho. Como os textos bíblicos mostram, os monarcas eram também os que
126. Os reis fenícios aceitavam até pagar tributos, desde
que tivessem livre iniciativa no comércio. Outra
estratégia dos monarcas era permitir que estrangeiros
viessem morar em suas cidades, com pleno direito de
abrir qualquer negócio uma autêntica raridade
naquela época.
Por volta de 1400 a.C. os fenícios dominaram as rotas
comerciais, anteriormente controladas pelos cretenses,
que ligavam a região da Palestina ao litoral sul do
Mediterrâneo. Na trajetória da civilização fenícia,
diferentes cidades imprimiam sua hegemonia
comercial na região.
Após o auge dos centros urbanos de Ugarit, Sídon e
Biblos – a cidade de Tiro expandiu sua rede comercial
sob as ilhas da Costa Palestina chegando até mesmo a
contar com o apoio dos hebreus. Com a posterior
expansão e a concorrência dos gregos, os
comerciantes de Tiro buscaram o comércio com
regiões do Norte da África e da Península Ibérica.
127. O método comercial utilizado era a troca. Era possível comerciar
todo o tipo de objetos: trípodes, caldeirões em bronze, armas,
azeite, cereais, vinho, vidros, jóias, marfins, cerâmica fina, vidros
com perfumes e ungüentos.
Expandindo suas atividades comerciais, os fenícios fundaram
diversas colônias que, a princípio, serviam de bases mercantis.
Existiam colônias fenícias em lugares como Chipre, Sicília,
Sardenha e sul da Espanha. No norte da África, os fenícios
fundaram a importante colônia de Cartago.
Fenícios
128. O surgimento do comércio
Com desenvolvimento das atividades agro-pastoris, os povos
mesopotâmicos foram capazes de acumular excedentes responsáveis
pela articulação das primeiras atividades comerciais. A facilidade de
deslocamento no território mesopotâmico e a carência de produtos em
certas regiões também contribuíram enormemente para a consolidação
de uma classe de mercadores.
A partir do III milênio cidades como Lagash, Umma, Kish, Ur, Uruk,
Gatium e a região do Elam se desenvolvem e a atividade comercial
entre eles se torna mais intensa.
Os comerciantes nômades percorriam extensas áreas para vender suas
mercadorias ou comprar matérias-primas que não eram encontradas na
Mesopotâmia.
Diversas caravanas eram formadas com o intuito de buscar matérias-
primas como pedras preciosas, marfim, cobre e estanho. Ao longo de
sua história, a Mesopotâmia se transformou em um dos maiores centros
comerciais do Oriente, atraindo o interesse de comerciantes da Ásia
Menor e da região do Cáucaso. Com um padrão monetário pouco
desenvolvido, a grande maioria das negociações era feita a partir da
129. Evolução econômica
A economia dos povos mesopotâmicos, tendo grande
semelhança com o Egito, era sustentada pela produção
agrícola obtida às margens dos rios Tigre e Eufrates. No
entanto, a violência e irregularidade do sistema de cheias
desses dois rios exigiam um esforço maior para que a
exploração agrícola fosse viabilizada.
Registros da época descrevem alagamentos que cobriam o
solo "até onde os olhos não alcançam", muitas vezes
destruindo tudo ao redor.
A tecnologia agrícola desses povos exigia a elaboração de
um sofisticado sistema de irrigação e drenagem controlada
pela construção de diversos diques e barragens.
As técnicas para controlar tais cheias se desenvolveram ao
mesmo tempo em que a civilização chegou aos povos
mesopotâmicos. O trabalho árduo, de todos os membros das
aldeias, possibilitou a construção de obras hidráulicas, como
muros de contenção, diques, canais de irrigação e poços de
130. A economia e surgimento da escrita
A agricultura floresceu às margens do Tigre e do Eufrates. A base
da alimentação era composta por cereais, principalmente a
cevada e, em segundo plano, o trigo. O linho e o algodão também
eram plantados. Com as obras hidráulicas, o excedente agrícola
possibilitava o sustento dos reis, de suas famílias e de um número
cada vez maior de funcionários públicos.
O comércio, à base de troca, também prosperou, pois a
Mesopotâmia era (e ainda é) muito pobre em metais, pedras
preciosas ou semipreciosas e madeira. Quanto mais a produção
agrícola aumentava, mais os reis tinham condições de ir buscar
em terras distantes produtos para ampliar a produtividade e
ostentar seu poder.
Além da agricultura, povos nômades viviam da criação do gado
miúdo (cabras, ovelhas, porcos), o que complementava a
alimentação e o comércio das cidades.
131. Daí, também, ser necessária a contabilidade da receita que se ampliava. A
escrita se desenvolveu, portanto, para controlar a produtividade.
As primeiras plaquetas de argila que contêm a escrita cuneiforme
demonstram claramente essa importância. E tais plaquetas estão entre as
mais antigas formas de escrita do homem.
132. O desenvolvimento comercial sob
o Império Babilônico
Formando um centro comercial de
grande importância e ao mesmo
tempo dominando o trânsito pelo
rio Eufrates, a cidade de Babilônia
consegue forças para se libertar
dos laços políticos que a prendem
aos sumérios. Devido à
desintegração política dos
governantes de Ur, há a ascensão
militar da cidade da Babilônia. O
rei babilônico Hamurabi leva seus
exércitos até as longínquas regiões
do norte e consegue concentrar
todo o poder para a cidade da
Babilônia. Sob Hamurabi a região
conhece um período de grande
atividade comercial, surgindo
novas cidades e novas rotas
comerciais. Tábua de barro de 2040 a.C. com balanço anual de
uma oficina de cerâmica em Ur, na antiga Suméria,
com registros de matérias-primas e dias de trabalho.
133. Organização econômica
Devido a sua posição estratégica, a palestina era uma região de passagem. Por ela
circulavam soldados, comerciantes, mensageiros, diplomatas, etc. Esta região
possuía importantes centros urbanos, como Cesaréia e Jerusalém, que
concentravam pessoas e atividades econômicas. Como em outras áreas do
Império, nesta região existiam vias e portos, que facilitavam as comunicações e
transporte de mercadorias e pessoas.
Existia, na região, uma incipiente manufatura, especializada na defumação ou
salgação de peixes, construção, fiação e tecelagem, produção de artigos em couro,
cerâmica, além de um artesanato de produtos de luxo, como perfumes e a extração
e tratamento do betume, substância utilizada para a calafetagem dos navios. Além
disso, outros ofícios se faziam presentes, principalmente nas grandes cidades, tais
como os padeiros, carregadores de água, barbeiros etc.
http://www.ifcs.ufrj.br/~frazao/palestina.htm
134. O comércio, tanto interno quanto externo, também era praticado.
O comércio interno, pouco conhecido, consistia-se nas trocas
locais e, sobretudo, visava o abastecimento das grandes cidades.
Quanto ao externo, importava-se produtos de luxo, consumidos
pelas elites e pelo Templo. Por outro lado, exportavam-se
alimentos – frutas, óleo, vinho, peixes – e manufaturas, como
perfumes, além do betume.
A principal atividade econômica da região, contudo, era a
agricultura. Plantava-se trigo, cevada, figo, azeitonas, uvas,
tâmaras, romãs, maçãs, nozes, lentilhas, ervilhas, alface, chicória,
agrião etc. Além da plantação de alimentos, eram encontrados
cultivos especiais, voltados para a produção de manufaturas,
como rosas, para a produção de essências para os perfumes.
As atividades de pesca, pecuária e extrativismo também não
podem ser esquecidas, devido a sua grande importância
econômica. Banhada pelo Mediterrâneo, cortada por rios e
possuindo lagos, não é difícil constatar a variedade de peixes e
seu papel para o abastecimento interno e até exportação. Quanto
a pecuária, a região possuía rebanhos de ovelhas, cordeiros e
bois. No campo da extração, além do já mencionado betume, há
que ressaltar a variedade de árvores, como o salgueiro, loureiro,
pinheiros, das quais se extraía madeira, temperos e essências;
certos animais, como pombas; e alimentos, como o mel.
http://www.ifcs.ufrj.br/~frazao/palestina.htm