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‘Briga’entre EUAe Cuba já
dura 47 anos
Embargo comercial teve início em 1962.
Obama liberou viagens e remessas de dinheiro à ilha.
Recentemente, o presidente americano, Barack Obama, levantou as restrições de
viagens a Cuba e de remessas de dinheiro feitas por cubano-americanos para suas
famílias que moram na ilha. O anúncio representa uma das maiores mudanças da
política americana em relação a Cuba em décadas e demonstra um claro abandono da
vertente linha-dura de George W. Bush. As relações entre EUA e Cuba foram o assunto
dominante da Cúpula das Américas realizada em Abril de 2009. A história do conflito
diplomático e comercial entre os dois países é antiga e teve seu auge na Guerra Fria,
quando a polarização comunismo X capitalismo dominava o mundo. A marca mais
profunda deste conflito é o bloqueio econômico imposto pelos EUA, que já é um dos
mais duradouros embargos da história contemporânea. Na Assembleia Geral da ONU
em 2007, apenas 4 dos 188 membros não condenaram as sanções.
Conheça os principais momentos da histórica briga:
Independente, pero no mucho
A ilha da América Central ficou independente da colonização espanhola em 1898, após
uma sangrenta guerra. No entanto, continuou ocupada pelo EUA (que entraram no final
da guerra) até 1902.
Imagem mostra rendição das tropas espanholas de Cuba diante do exército americano, em julho de 1898 (Foto: AFP)
Os americanos só foram embora depois de conseguirem deixar oficializado seu poder na
região. Por meio de uma emenda na nova Constituição cubana, a emenda Platt, eles
ficavam autorizados a intervir em qualquer assunto interno da ilha.
A revolução de Castro
Desta maneira, Cuba vivia como um protetorado americano. Seus cassinos e hotéis de
luxo abrigavam reuniões da máfia americana e eram destino de luxo de endinheirados.
Apoiado pelos americanos, o general Fulgêncio Batista deu um golpe em 1952 e impôs
em Cuba um regime repressor e alvo de muitas denúncias de corrupção. Em 1953, um
opositor chamado Fidel Castro organizou um ataque ao quartel Moncada, em Santiago
de Cuba. O ato foi frustrado, e seus líderes foram presos.
Três anos depois, Fidel liderou uma revolução que marchou da fronteira com o México
até a Sierra Maestra, para entrar triunfante em Havana. Em janeiro de 1959, vitorioso,
Fidel assustou de verdade os americanos com seu “espírito nacionalista” - em plena
Guerra Fria. A partir daí, tudo mudou na relação com os EUA.
Ao contrário do que muitos pensam, a Revolução Cubana não teve ajuda da União
Soviética e nem um caráter socialista definido. A ligação com a ideologia e com o país
opositor aos EUA veio apenas um ano depois de formado o novo governo.
O líder Fidel Castro entrou triunfante em Havana, no começo de janeiro de 1959 (Foto: AFP)
Fim de papo
A partir de 1960, a política americana de retaliação ao que considerava “o governo
socialista de Cuba” ficou cada vez mais clara. A importação do açúcar cubano foi
reduzida em 95%. Como resposta, Cuba nacionalizou empresas estrangeiras e
propriedades rurais. Empresas americanas de petróleo, como a Texaco e a Esso, se
negaram a enviar petróleo a Cuba e a processar o óleo cru vindo da URSS.
Em janeiro de 1961, os Estados Unidos romperam relações diplomáticas com a ilha. No
mesmo mês, Cuba estreitou laços com a União Soviética e assinou um acordo de venda
de açúcar e de importação de petróleo.
Baía dos Porcos
A irritação americana chegou ao ápice em abril de 1961, quando o governo liderou uma
fracassada tentativa de invasão, apoiando mais de mil exilados cubanos e herdeiros das
empresas nacionalizadas em Cuba a desembarcarem na região da Baía dos Porcos, na
província de Las Villas.
Derrotada pelas forças nacionais em poucos dias, com um saldo de 176 mortos, a
operação deixou claros os objetivos americanos de fazer de tudo para impedir a criação
de mais uma nação socialista. O governo Kennedy foi obrigado a assumir a ação. A
resposta de Fidel foi declarar pela primeira vez publicamente o caráter socialista da
revolução. Em fevereiro de 1962, os EUA impuseram um embargo comercial total
contra Cuba.
Imagem de 1962 mostra o que seria a base de lançamento de mísseis em Cuba (Foto: Reprodução/Wikimedia Commons)
Crise dos mísseis
Um dos momentos mais críticos da Guerra Fria ocorreu quando, em outubro de 1962, os
soviéticos instalaram mísseis na ilha e foram descobertos pelos americanos. O
presidente Kennedy fez um pronunciamento declarando um bloqueio naval ao país, e os
Exércitos de ambas as potências foram movimentados. O líder soviético Nikita
Khrushchev, no entanto, concordou em desativar os mísseis, e o conflito foi resolvido
pacificamente. Em resposta, os EUA prometeram não invadir Cuba.
Imigração
Nos três primeiros anos após a revolução, cerca de 250 mil cubanos deixaram o país em
direção aos EUA. Essa primeira onda imigratória era composta por pessoas de alto nível
técnico e econômico. Em abril de 1980, a ilha autorizou a ida de quem quisesse deixar o
país e 125 mil pessoas viajaram do porto de Mariel aos EUA – o que ficou conhecido
como “Fuga de Mariel”.
Embargo reforçado
Após o fim da União Soviética, em 1991, os EUA se preocuparam em afirmar e ampliar
o embargo com o objetivo de forçar uma transição para o livre-mercado e a democracia
na ilha de Fidel. Para isso, em outubro de 1992, o Congresso aprovou a Lei Torricelli,
que ampliava o embargo e permitia ao presidente americano punir países que
prestassem assistência a Cuba.
Mais tarde, em 1996, outra lei de reforço foi aprovada, a Helms-Burton, que tornou
possível processar empresas nacionais e estrangeiras que tivessem relações comerciais
com Cuba – algo que contraria as regras do direito internacional.
O menino Elián
No dia 25 de novembro de 1999, o menino Elián González, de seis anos, perdeu a mãe
junto com outros 10 cubanos que naufragaram quando fugiam para os Estados Unidos.
O caso virou uma alegoria da briga EUA X Cuba, e uma verdadeira batalha foi travada
para ver quem ficava com o garoto. A pressão norte-americana era liderada pelos
exilados cubanos.
Mas Elián acabou sendo devolvido à família paterna e, quando chegou à ilha, foi
recebido com uma marcha comandada pelo próprio Fidel.
O menino Elián Gonzalez foi protagonista de uma das brigas entre EUA e Cuba (Foto: Roberto Schmidt/AFP)
'Eixo do mal'
O mundo era outro após os atentados de 11 de setembro nos Estados Unidos, mas, a
relação Cuba X EUA não tinha mudado. Pelo contrário. Em maio de 2002, o presidente
George W. Bush colocou a ilha entre os membros do chamado ‘eixo do mal', acusando-
a de desenvolver armas biológicas. Ao lado de países como Líbia e Síria, Cuba também
foi considerada uma nação que patrocina o terrorismo.
Bibliografia:
http://g1.globo.com/Sites/Especiais/Noticias/0,,MUL1085726-16107,00-
BRIGA+ENTRE+EUA+E+CUBA+JA+DURA+ANOS.html
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O menino Elián Gonzalez foi protagonista de uma das brigas entre EUA e Cuba (Foto: Roberto Schmidt/AFP)
'Eixo do mal'
O mundo era outro após os atentados de 11 de setembro nos Estados Unidos, mas, a
relação Cuba X EUA não tinha mudado. Pelo contrário. Em maio de 2002, o presidente
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  • 1. ‘Briga’entre EUAe Cuba já dura 47 anos Embargo comercial teve início em 1962. Obama liberou viagens e remessas de dinheiro à ilha. Recentemente, o presidente americano, Barack Obama, levantou as restrições de viagens a Cuba e de remessas de dinheiro feitas por cubano-americanos para suas famílias que moram na ilha. O anúncio representa uma das maiores mudanças da política americana em relação a Cuba em décadas e demonstra um claro abandono da vertente linha-dura de George W. Bush. As relações entre EUA e Cuba foram o assunto dominante da Cúpula das Américas realizada em Abril de 2009. A história do conflito diplomático e comercial entre os dois países é antiga e teve seu auge na Guerra Fria, quando a polarização comunismo X capitalismo dominava o mundo. A marca mais profunda deste conflito é o bloqueio econômico imposto pelos EUA, que já é um dos mais duradouros embargos da história contemporânea. Na Assembleia Geral da ONU em 2007, apenas 4 dos 188 membros não condenaram as sanções. Conheça os principais momentos da histórica briga: Independente, pero no mucho A ilha da América Central ficou independente da colonização espanhola em 1898, após uma sangrenta guerra. No entanto, continuou ocupada pelo EUA (que entraram no final da guerra) até 1902. Imagem mostra rendição das tropas espanholas de Cuba diante do exército americano, em julho de 1898 (Foto: AFP)
  • 2. Os americanos só foram embora depois de conseguirem deixar oficializado seu poder na região. Por meio de uma emenda na nova Constituição cubana, a emenda Platt, eles ficavam autorizados a intervir em qualquer assunto interno da ilha. A revolução de Castro Desta maneira, Cuba vivia como um protetorado americano. Seus cassinos e hotéis de luxo abrigavam reuniões da máfia americana e eram destino de luxo de endinheirados. Apoiado pelos americanos, o general Fulgêncio Batista deu um golpe em 1952 e impôs em Cuba um regime repressor e alvo de muitas denúncias de corrupção. Em 1953, um opositor chamado Fidel Castro organizou um ataque ao quartel Moncada, em Santiago de Cuba. O ato foi frustrado, e seus líderes foram presos. Três anos depois, Fidel liderou uma revolução que marchou da fronteira com o México até a Sierra Maestra, para entrar triunfante em Havana. Em janeiro de 1959, vitorioso, Fidel assustou de verdade os americanos com seu “espírito nacionalista” - em plena Guerra Fria. A partir daí, tudo mudou na relação com os EUA. Ao contrário do que muitos pensam, a Revolução Cubana não teve ajuda da União Soviética e nem um caráter socialista definido. A ligação com a ideologia e com o país opositor aos EUA veio apenas um ano depois de formado o novo governo. O líder Fidel Castro entrou triunfante em Havana, no começo de janeiro de 1959 (Foto: AFP)
  • 3. Fim de papo A partir de 1960, a política americana de retaliação ao que considerava “o governo socialista de Cuba” ficou cada vez mais clara. A importação do açúcar cubano foi reduzida em 95%. Como resposta, Cuba nacionalizou empresas estrangeiras e propriedades rurais. Empresas americanas de petróleo, como a Texaco e a Esso, se negaram a enviar petróleo a Cuba e a processar o óleo cru vindo da URSS. Em janeiro de 1961, os Estados Unidos romperam relações diplomáticas com a ilha. No mesmo mês, Cuba estreitou laços com a União Soviética e assinou um acordo de venda de açúcar e de importação de petróleo. Baía dos Porcos A irritação americana chegou ao ápice em abril de 1961, quando o governo liderou uma fracassada tentativa de invasão, apoiando mais de mil exilados cubanos e herdeiros das empresas nacionalizadas em Cuba a desembarcarem na região da Baía dos Porcos, na província de Las Villas. Derrotada pelas forças nacionais em poucos dias, com um saldo de 176 mortos, a operação deixou claros os objetivos americanos de fazer de tudo para impedir a criação de mais uma nação socialista. O governo Kennedy foi obrigado a assumir a ação. A resposta de Fidel foi declarar pela primeira vez publicamente o caráter socialista da revolução. Em fevereiro de 1962, os EUA impuseram um embargo comercial total contra Cuba. Imagem de 1962 mostra o que seria a base de lançamento de mísseis em Cuba (Foto: Reprodução/Wikimedia Commons)
  • 4. Crise dos mísseis Um dos momentos mais críticos da Guerra Fria ocorreu quando, em outubro de 1962, os soviéticos instalaram mísseis na ilha e foram descobertos pelos americanos. O presidente Kennedy fez um pronunciamento declarando um bloqueio naval ao país, e os Exércitos de ambas as potências foram movimentados. O líder soviético Nikita Khrushchev, no entanto, concordou em desativar os mísseis, e o conflito foi resolvido pacificamente. Em resposta, os EUA prometeram não invadir Cuba. Imigração Nos três primeiros anos após a revolução, cerca de 250 mil cubanos deixaram o país em direção aos EUA. Essa primeira onda imigratória era composta por pessoas de alto nível técnico e econômico. Em abril de 1980, a ilha autorizou a ida de quem quisesse deixar o país e 125 mil pessoas viajaram do porto de Mariel aos EUA – o que ficou conhecido como “Fuga de Mariel”. Embargo reforçado Após o fim da União Soviética, em 1991, os EUA se preocuparam em afirmar e ampliar o embargo com o objetivo de forçar uma transição para o livre-mercado e a democracia na ilha de Fidel. Para isso, em outubro de 1992, o Congresso aprovou a Lei Torricelli, que ampliava o embargo e permitia ao presidente americano punir países que prestassem assistência a Cuba. Mais tarde, em 1996, outra lei de reforço foi aprovada, a Helms-Burton, que tornou possível processar empresas nacionais e estrangeiras que tivessem relações comerciais com Cuba – algo que contraria as regras do direito internacional. O menino Elián No dia 25 de novembro de 1999, o menino Elián González, de seis anos, perdeu a mãe junto com outros 10 cubanos que naufragaram quando fugiam para os Estados Unidos. O caso virou uma alegoria da briga EUA X Cuba, e uma verdadeira batalha foi travada para ver quem ficava com o garoto. A pressão norte-americana era liderada pelos exilados cubanos. Mas Elián acabou sendo devolvido à família paterna e, quando chegou à ilha, foi recebido com uma marcha comandada pelo próprio Fidel.
  • 5. O menino Elián Gonzalez foi protagonista de uma das brigas entre EUA e Cuba (Foto: Roberto Schmidt/AFP) 'Eixo do mal' O mundo era outro após os atentados de 11 de setembro nos Estados Unidos, mas, a relação Cuba X EUA não tinha mudado. Pelo contrário. Em maio de 2002, o presidente George W. Bush colocou a ilha entre os membros do chamado ‘eixo do mal', acusando- a de desenvolver armas biológicas. Ao lado de países como Líbia e Síria, Cuba também foi considerada uma nação que patrocina o terrorismo. Bibliografia: http://g1.globo.com/Sites/Especiais/Noticias/0,,MUL1085726-16107,00- BRIGA+ENTRE+EUA+E+CUBA+JA+DURA+ANOS.html http://indoafundo.com
  • 6. O menino Elián Gonzalez foi protagonista de uma das brigas entre EUA e Cuba (Foto: Roberto Schmidt/AFP) 'Eixo do mal' O mundo era outro após os atentados de 11 de setembro nos Estados Unidos, mas, a relação Cuba X EUA não tinha mudado. Pelo contrário. Em maio de 2002, o presidente George W. Bush colocou a ilha entre os membros do chamado ‘eixo do mal', acusando- a de desenvolver armas biológicas. Ao lado de países como Líbia e Síria, Cuba também foi considerada uma nação que patrocina o terrorismo. Bibliografia: http://g1.globo.com/Sites/Especiais/Noticias/0,,MUL1085726-16107,00- BRIGA+ENTRE+EUA+E+CUBA+JA+DURA+ANOS.html http://indoafundo.com