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Processos de Gestão de Programas
Aula 17: Processos de Gestão de Programas
Elaboração:
Prof. Dr. E. A. Capuano
Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental
Estruturas de Programas Governamentais
Aula 17: Processos de Gestão de Programas
Plano Plurianual (PPA)
Programa 1 Programa 2 Programa N
Projeto 1.1
Projeto 1.2
Ação 1.1
Ação 1.N
 Constituição Federal (art. 165): instituiu o
Plano Plurianual da União (PPA);
 Lei n° 12.593, de 18 de janeiro de 2012:
instituiu o Plano Plurianual da União para o
período de 2012 a 2015;
 Decreto nº 7.866, de 19 de dezembro de
2012: regulamentou a Lei nº 12.593, de 18 de
janeiro de 2012, que institui o Plano Plurianual
da União para o período de 2012 a 2015.
…
…
Seção II
DOS ORÇAMENTOS
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I - o plano plurianual;
II - as diretrizes orçamentárias;
III - os orçamentos anuais.
§ 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma
regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração
pública federal para as despesas de capital e outras delas
decorrentes e para as relativas aos programas de duração
continuada.
Aula 17: Processos de Gestão de Programas
Constituição Federal:
§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e
prioridades da administração pública federal, incluindo as
despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente,
orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre
as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política
de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
§ 3º O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o
encerramento de cada bimestre, relatório resumido da
execução orçamentária.
§ 4º Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais
previstos nesta Constituição serão elaborados em consonância
com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional.
Aula 17: Processos de Gestão de Programas
PPA, LDO, OGU …
Art. 3º A gestão do PPA 2012-2015, além do disposto no art. 13 da Lei nº
12.593, de 2012, observará os seguintes princípios:
I - responsabilização compartilhada para realização dos Objetivos e
alcance das Metas de cada Programa Temático;
II - aproveitamento das estruturas de monitoramento e avaliação
existentes, com foco na busca de informações complementares;
III - consideração das especificidades de implementação de cada política
pública e da complementaridade entre elas;
IV - articulação e cooperação interinstitucional para fins de produção e
organização das informações relativas à gestão;
V - geração de informações para subsidiar a tomada de decisões;
VI - fortalecimento do diálogo com os entes federados;
VII - participação social na gestão do PPA; e
VIII - aprimoramento do controle público sobre o Estado.
Aula 17: Processos de Gestão de Programas
Decreto nº 7.866, de 19 de dezembro de 2012:
Aula 17: Processos de Gestão de Programas
Complexidade dos Planos, Programas e
Orçamentos Públicos no Brasil
Norma
Ementa
Qtde. de
Artigos# Denominação
1 Constituição Federal 350
2
Lei n° 12.593, de
18/01/2012
Institui o Plano Plurianual da União para o
período de 2012 a 2015.
22
3
Lei n° 4.320, de
17/03/1964
Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro
para elaboração e contrôle dos orçamentos e
balanços da União, dos Estados, dos
Municípios e do Distrito Federal.
115
4
Lei n° 13.080, de
02/01/2015
Dispõe sobre as diretrizes para a elaboração
e execução da Lei Orçamentária de 2015.
146
5
Decreto n° 7.866, de
19/12/2012
Regulamenta a Lei nº 12.593, de 18 de janeiro
de 2012, que institui o Plano Plurianual da
União para o período de 2012 a 2015.
12
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Itens da “Carta de Programa”
(Padrão ANSI/PMI)
I. Escopo: deve registrar quais são os componentes do
programa e quais não são (ou seja, o que é e o que não
é parte ou objetivo do programa);
II. Justificativa: deve esclarecer porque o programa é
importante e o que se espera dele em termos de
resultados e benefícios;
III. Visão: deve esclarecer qual o cenário que se vislumbra
no horizonte da organização com o êxito do programa;
IV. Adequação Estratégica: deve registrar quais são os
direcionadores estratégicos e as relações do programa
com os objetivos estratégicos da organização;
Aula 17: Processos de Gestão de Programas
V. Resultados: deve registrar os benefícios esperados do
programa para se alcançar o cenário da visão;
VI. Estratégia de Benefícios: explicitar quais são os
benefícios estratégicos na visão do programa;
VII. Premissas e Restrições: registrar quais são as
premissas, restrições, dependências e fatores externos
que devem ser considerados para se delimitar o
programa; premissas são as crenças fundamentais
adotadas como verdade para se desenhar o programa e
restrições são as limitações de qualquer natureza
assumidas pelos idealizadores da iniciativa (tempo,
recursos, conhecimento, apoio político, etc);
VIII. Componentes: identificar os projetos, subprogramas e
atividades que compõem o programa;
Aula 17: Processos de Gestão de Programas
IX. Riscos e Questionamentos: identificar e registrar os
principais riscos e questionamentos conhecidos nessa
primeira versão da declaração do programa;
X. Linha do Tempo: esclarecer qual o tempo necessário
para a execução do programa, incluindo os eventos
importantes (milestones);
XI. Recursos: explicitar, por estimativa, quais os montantes
de recursos necessários para execução do programa
(humanos, materiais, financeiros, etc.);
XII. Considerações das Partes Interessadas
(Stakeholders): registrar quais são as partes interessadas
(ou envolvidas), quais as mais importantes e porque, e
quais são suas atitudes em relação ao programa, além de
uma primeira aproximação sobre a estratégia necessária
para se obter seu engajamento;
Aula 17: Processos de Gestão de Programas
XIII. Plano de Comunicação: esboçar itens importantes a
serem considerados no Plano de Comunicação do
programa, ressaltando as estratégias a serem adotadas
em seu lançamento, ao longo de sua execução (nas
entregas de resultados) e na conclusão (com o anúncio
dos benefícios esperados); prever, também, estratégia de
comunicação de eventos e resultados negativos;
XIV. Modelo de Governança: esboçar a estrutura e os fluxos
de atividades, informações e decisões previstos no
Modelo de Governança proposto para gestão, controle e
apoio ao programa, com atores e respectivos papeis
definidos (ainda que preliminarmente); esclarecer sobre
aspectos específicos da tipologia da estrutura proposta, se
necessário para sua melhor compreensão (por exemplo,
esclarecer se as decisões serão tomadas
monocraticamente ou coletivamente).
Aula 17: Processos de Gestão de Programas
Fonte: http://www.sigplan.gov.br/arquivos/Download/ppa2004-2007/ManualdeElaboracaodeProgramasPPA20042007.pdf
PPA 2004-2007
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Fonte: http://www.sigplan.gov.br/arquivos/Download/ppa2004-2007/ManualdeElaboracaodeProgramasPPA20042007.pdf
Aula 17: Processos de Gestão de Programas
Fonte: http://www.sigplan.gov.br/arquivos/Download/ppa2004-2007/ManualdeElaboracaodeProgramasPPA20042007.pdf
Aula 17: Processos de Gestão de Programas
Fonte: http://bibspi.planejamento.gov.br/handle/iditem/666
Aula 17: Processos de Gestão de Programas
Fonte: http://bibspi.planejamento.gov.br/bitstream/handle/iditem/665/MP_PPA_..._A4_Web.pdf?sequence=1
Processos de Gestão de Programas
 Alinhamento Estratégico: a principal diferença entre gestão
de projetos e gestão de programas é que na gestão de
programas o foco é na estratégia de negócio da organização
– o programa, portanto, precisa estar alinhado com a
estratégia corporativa numa visão de longo prazo.
 Domínios do Alinhamento Estratégico de Programa
 Alinhamento entre Estratégia Organizacional e Programa;
 Roteiro (Roadmap) de Programa;
 Avaliação Ambiental.
 Alinhamento do Programa à Estratégia
 Análise de “Caso de Negócio” (Custo/Benefício);
 Plano de Programa (Missão, Visão e Objetivos).
Aula 17: Processos de Gestão de Programas
Aula 17: Processos de Gestão de ProgramasAula 17: Processos de Gestão de Programas
Fonte: http://www.planejamento.gov.br/secretarias/upload/arquivo/dest-1/projetos-e-eventos-2/eventos-
anteriores/curso_gestao_ppa_loa_nocoes_gerais.pdf
Aula 17: Processos de Gestão de ProgramasAula 17: Processos de Gestão de Programas
Fonte: http://bibspi.planejamento.gov.br/bitstream/handle/iditem/665/MP_PPA_..._A4_Web.pdf?sequence=1
Aula 17: Processos de Gestão de ProgramasAula 17: Processos de Gestão de Programas
Fonte: http://bibspi.planejamento.gov.br/bitstream/handle/iditem/665/MP_PPA_..._A4_Web.pdf?sequence=1
Visão de Futuro no PPA 2016-2019
Aula 17: Processos de Gestão de ProgramasAula 17: Processos de Gestão de Programas
Fonte: http://bibspi.planejamento.gov.br/bitstream/handle/iditem/665/MP_PPA_..._A4_Web.pdf?sequence=1
Eixos Estratégicos no PPA 2016-2019
Aula 17: Processos de Gestão de ProgramasAula 17: Processos de Gestão de Programas
Fonte: http://bibspi.planejamento.gov.br/bitstream/handle/iditem/665/MP_PPA_..._A4_Web.pdf?sequence=1
Aula 17: Processos de Gestão de ProgramasAula 17: Processos de Gestão de Programas
Exemplo de Roteiro de Programa
Aula 17: Processos de Gestão de Programas
P1
P2
P3
P4
2013 2014 2015 2016 2017
G
FA
DB
EC
 Descrição de entregáveis adicionais
e eventos importantes anos à frente
 Sumário dos eventos importantes
 Lista de dependências e premissas
 Benefícios a serem entregues
 Evento A
 Detalhes
 Descrições
 Premissas
 Benefícios
 Evento B
 Detalhes
 Descrições
 Premissas
 Benefícios
 Avaliação Ambiental
 Identificação de Fatores Ambientais da Organização: mercado e
ambiente de negócios, economia mundial e local, fontes de
financiamento, recursos disponíveis (inclusive tecnológicos),
posicionamento competitivo em sua indústria, legislação, políticas de
regulação governamental, diversidade cultural dos consumidores,
diversidade geográfica, base de parceiros e riscos;
Aula 17: Processos de Gestão de Programas
 Análise Ambiental: análise de
vantagens comparativas,
estudos de viabilidade, análise
SWOT, análise de premissas,
análise de informações
históricas (para aprendizado).
Matriz SWOT
Aula 17: Processos de Gestão de Programas
Aula 17: Processos de Gestão de Programas
Tempo
Custo
Perfil
dos
Custos
Entrega
dos
Benefícios
Formulação e
Preparação do
Programa
Transição e
Encerramento do
Programa
Operações
Continuadas
Definição Entrega de Benefícios Encerramento
Aula 17: Processos de Gestão de Programas
Engajamento das Partes Interessadas
 Como “partes interessadas” (stakeholders) em um
programa compreende-se tanto aqueles que interagirão
com o programa como aqueles que serão afetados pela
implementação do programa; podem ser um indivíduo ou
grupo de indivíduos que têm interesse no programa e
podem influenciar ou serem influenciados pelos processos
ou sofrerem impactos do programa;
 Os gerentes de programas e de projetos tradicionalmente
classificam e gerenciam as expectativas das partes
interessadas de modo similar à abordagem empregada
para identificação e respostas aos riscos;
 Em muitos casos, as partes interessadas têm maior
influência que o gerente de programa, a equipe de
programa e mesmo o patrocinador do programa;
Aula 17: Processos de Gestão de Programas
Fonte: http://www.pronovoprojetos.com.br/gestao-de-relacionamento-com-clientes-crm/
 O acrônimo CRM (Customer Relationship Management)
se refere ao gerenciamento das expectativas dos
clientes, que podem ser importantes num contexto de
programa ou projeto patrocinado numa organização;
Aula 17: Processos de Gestão de Programas
Matriz de Poder / Interesse
das Partes Interessadas
Manter
Satisfeito
Gerenciar
de Perto
Monitorar Manter
Informado
Interesse
Poder
Alto
Baixo
Baixo Alto
Aula 17: Processos de Gestão de Programas
Áreas de
Conhecimento
Fases do Ciclo de Vida e Processos de
Gestão de Programa
Definição
Entrega de
Benefícios
Encerramento
1. Gestão de
Comunicações
1.1 Planejamento de
Comunicações
1.2 Distribuição de
Informação
1.3 Relatório de
Desempenho
2. Gestão Financeira
2.1 Estimativa de Custos
2.2 Estabelecimento de
Estrutura Financeira
2.3 Desenvolvimento de
Plano de Gestão
Financeira
2.4 Estimativa de Custos
por Componente
2.5 Orçamento de Custos
2.6 Monitoramento e
Controle Financeiro
2.7 Encerramento
Financeiro
3. Gestão de
Integração
3.1 Iniciação
3.2 Desenvolvimento de
Plano de Gestão
3.3 Desenvolvimento de
Infraestrutura
3.4 Gestão de Entregas
3.5 Monitoramento e
Controle de Desempenho
3.6 Transição e
Sustentação de
Benefícios
4. Gestão de
Aquisições
4.1 Planejamento de
Aquisições
4.2 Aquisições
4.3 Administração de
Aquisições
4.4 Encerramento de
Aquisições
Fases e Processos de Gestão de Programas
Aula 17: Processos de Gestão de Programas
Áreas de
Conhecimento
Fases do Ciclo de Vida e Processos de
Gestão de Programa
Definição
Entrega de
Benefícios
Encerramento
5. Gestão de
Qualidade
5.1 Planejamento de
Qualidade
5.2 Garantia de Qualidade
5.3 Controle de Qualidade
6. Gestão de
Recursos
6.1 Planejamento de
Recursos
6.2 Priorização de
Recursos
6.3 Gestão da
Interdependência de
Recursos
7. Gestão de Riscos
7.1 Planejamento de
Gestão de Riscos
7.2 Identificação de Riscos
7.3 Análise de Riscos
7.4 Planejamento de
Respostas aos Riscos
7.5 Monitoramento e
Controle de Riscos
8. Gestão de
Cronograma
8.1 Planejamento de
Cronograma
8.2 Controle de
Cronograma
9. Gestão de Escopo
9.1 Planejamento de
Escopo
9.2 Controle de Escopo
Aula 17: Processos de Gestão de Programas
Gestão de Programas:
Setor Privado vs. Setor Público
Área de
Conhecimento
Características
# Denominação Setor Privado Setor Público
I Gestão de Escopo
Com indicadores naturalmente
mais crisp (nítidos, tais como
faturamento, fatia de
mercado, margem de lucro), o
escopo de programa torna-se
também mais claro, facilitando
a gestão.
Com indicadores naturalmente
mais fuzzy (nebulosos, tais como
a própria linha de base, o público
beneficiado e o nível de satisfação
alcançado), o escopo é mais
complexo, com delimitação mais
tênue e gestão mais difícil.
II
Gestão de
Comunicações
Conhecimento melhor das
partes interessadas, que
também tendem a ser em
menor número e mais
concentradas, o que facilita a
gestão de comunicações.
Grande variedade de partes
interessadas, com números,
perfis, interesses e poder nem
sempre conhecidos pelos
gestores do programa, o que
dificulta a gestão de
comunicações.
Aula 17: Processos de Gestão de Programas
Área de
Conhecimento
Características
# Denominação Setor Privado Setor Público
III Gestão de Recursos
Com estruturas mais enxutas
e menos burocracia,
geralmente é mais eficaz e
eficiente no uso do tempo.
Devido às pesadas estruturas e à
inerente burocracia do serviço
público, é mais morosa e menos
eficaz, consumindo mais tempo
para executar atividades
equivalentes.
IV
Gestão de
Cronograma
Com maior autonomia e nível
de responsabilização
atrituídos aos gerentes, tende
a ser mais eficaz. A maior
estabilidade nas equipes de
alta gestão também contribui
para o alcance de melhores
resultados na gestão do
tempo em programas.
Devido à maior rotatividade da
alta gestão no setor público
(ministros, no Brasil, não passam
de dois anos no cargo, em
média), a gestão do tempo é
sempre comprometida pela
ausência de liderança, resultando
em descontinuidades nos
cronogramas de programas.
V Gestão Financeira
Embora mais ágil, é
submetida a maiores riscos
em torno de fluxo de caixa.
Embora mais lenta, importa em
menores riscos em torno de fluxo
de caixa.
Aula 17: Processos de Gestão de Programas
Área de
Conhecimento
Características
# Denominação Setor Privado Setor Público
VI
Gestão de
Qualidade
É questão de sobrevivência
das organizações no
mercado, portanto é
considerada importante e
realizada com maior rigor nos
processos produtivos.
Como os órgãos do setor público
não concorrem com outras
organizações pela
sobrevivência, questões de
qualidade não são, na prática,
priorizadas (apesar de, muitas
vezes, existir um discurso pela
qualidade nos serviços
prestados à população).
VII
Gestão de
Aquisições
Como é mais flexível, sem
muitas amarras normativas, é
inerentemente mais eficaz e
eficiente em todos os quesitos
(qualidade, prazos, preços,
mudanças, etc).
Inerentemente menos eficaz e
eficiente (o gestor de compras,
no setor público, pode adquirir
somente o que e como a
legislação permite).
VIII Gestão de Riscos
É praticada com mais
frequência devido,
principalmente, ao maior nível
de responsabilização.
Geralmente, não é praticada
com base técnica.
Aula 17: Processos de Gestão de Programas
Área de
Conhecimento
Características
# Denominação Setor Privado Setor Público
IX
Gestão de
Integração
Considerando a maior
estabilidade da alta gestão e o
nível de responsabilização
geral, é um item de gestão
bastante praticado nas
organizações; a propósito,
observe-se a importância dos
sistemas de informações para
Gestão do Relacionamento
com Clientes (Customer
Relationship Management –
CRM) e dos sistemas de
Gestão de Cadeia de
Suprimentos (Supply Chain
Management - SCM).
Em geral, é uma gestão mais
complexa devido à maior
diversidade de organizações
envolvidas, ao modelo de
estruturas verticais e ao jogo de
interesses políticos nem sempre
convergentes nos sistemas
democráticos, mesmo no interior
do mesmo governo.
X
Gestão de Partes
Interessadas
Em geral, é uma disciplina
bastante praticada, muitas
vezes crucial para o êxito do
programa ou projeto.
Em geral, é pouco praticada,
limitando-se à identificação dos
principais atores.
Aula 17: Processos de Gestão de Programas
Gerenciamento de Expectativas em
Programas Governamentais
Problemas Soluções
Geralmente, os governos não se
comunicam adequadamente com as
partes interessadas em programas,
gerando crises no relacionamento
(e saturando com reclamações os
sistemas de ouvidoria e de
solicitação de informações).
Elaborar e executar planos de
comunicação eficazes e eficientes
no lançamento (para
esclarecimentos) e na execução de
programas de governo (para
orientação contínua às partes
interessadas sobre como proceder).
A incerteza em relação ao futuro de
um programa, por parte do governo,
gera insegurança nas partes
interessadas (onde se insere,
também, o público-alvo a ser
beneficiado pelo programa).
Adotar posturas francas e
transparentes em relação ao futuro
do programa e construir,
coletivamente e com transparência,
roteiros (roadmaps) alternativos, de
modo a tranquilizar as partes
interessadas.
Aula 17: Processos de Gestão de Programas
Problemas Soluções
Como, geralmente, os programas
de governos não são elaborados
com base em padrões como o
ANSI/PMI, as partes interessadas e
as necessidades de comunicação
não são identificadas e analisadas
adequadamente (em detalhes).
Identificar, previamente, os perfis
das partes interessadas e estimar o
número de atores ou cidadãos
envolvidos para uma correta
seleção de canais de comunicação.
Canais de comunicação
inadequados ou subdimensionados.
Exemplo: utilização de ramais
telefônicos nos órgãos públicos
para atendimento a uma escala de
público em nível nacional (com
milhares de pessoas em busca de
informações).
Exemplo: implementar serviços de
Contact Center para atendimento à
real escala de público do programa,
com uso complementar de vários
canais de comunicação: sítios na
Internet, blogs, telefones (0800),
correio eletrônico, chat
(conversação em tempo real) e
redes sociais (por meio de mídias
como Facebook, Youtube e Twitter).
Aula 17: Processos de Gestão de Programas
Problemas Soluções
Em geral, governos em todo o
mundo não apreciam avaliações
técnicas rigorosas dos resultados
de suas políticas, programas e
projetos, pois essas avaliações
podem apontar erros e
consequências para a sociedade
que culminam em avaliação
política negativa (e perda de
poder) do próprio governo.
Empoderar e ampliar,
democraticamente, a participação
social em todas as etapas da
implementação de políticas públicas:
concepção, elaboração de
propostas, aprovação, execução,
monitoramento, encerramento e
avaliação (com isso, a
responsabilidade pelos resultados é
também compartilhada com a
sociedade – no conceito político de
“governar com a sociedade” e não
apenas “para a sociedade”).
Quando os governos realizam
avaliações internas, essas
avaliações são naturalmente
viesadas, pois são autoavaliações.
Considerar as avaliações técnicas
externas (de entidades neutras e
especializadas) como as mais
completas e fidedignas.
Aula 17: Processos de Gestão de Programas
Problemas Soluções
Os indicadores de desempenho de
programas e projetos em
organizações de mercado, por
serem quantitativos, geralmente
são mais simples que os
indicadores de desempenho em
organizações do setor público;
entretanto, alguns indicadores
primários no setor público são
também quantitativos, tais como
evolução do PIB (%), IDH (índice),
taxa de analfabetismo (%), taxa de
mortalidade infantil (%),
desempenho no PISA (índice).
Como a elaboração de indicadores
qualitativos é, geralmente, mais
complexa que de indicadores
quantitativos, exigindo um
conhecimento mais aprofundado dos
problemas a serem atacados pelo
setor público, deve-se investir mais
na capacitação de servidores
públicos para o uso de indicadores,
selecionando para esse tipo de
atividade os mais aptos.
Os cursos de indicadores, no setor
público, geralmente não passam
de 8 (oito) horas-aula.
Cursos de indicadores para públicos
mistos (hard e soft sciences), devem
ter no mínimo 20 (vinte) horas.
Aula 17: Processos de Gestão de Programas
Indicadores de Desempenho de Projetos e
Programas no Setor Público
Fonte: http://www.ufpa.br/epdir/images/docs/paper47.pdf)
Indicadores: são instrumentos
importantes para controle da
gestão e verificação e medição
de eficiência e eficácia não
apenas na administração
privada, mas também e
principalmente na administração
pública (…). Um instrumento
fundamental para a fiscalização,
controle e acompanhamento da
gestão pública por parte dos
movimentos populares. (Kayano
e Caldas, 2002)
Aula 17: Processos de Gestão de Programas
Fonte: http://www.ufpa.br/epdir/images/docs/paper47.pdf)
O indicador, portanto, não é um fim em si, mas um meio,
um recurso técnico para se mensurar o desempenho de uma
política, um programa ou projeto tanto no setor público como
privado; indicadores podem ser comparados a “réguas”
com as quais mensuramos alguma coisa;
Os indicadores podem ser utilizados para
verificação, observação, demonstração,
avaliação, ou seja, os indicadores permitem
observar e mensurar determinados aspectos
da realidade social (…) de acordo com um
determinado ponto de vista. (Kayano e
Caldas, 2002)
Aula 17: Processos de Gestão de Programas
 Exigência de organismos internacionais que financiam
programas e projetos em políticas públicas;
 Necessidade de legitimação, com dados empíricos, tanto
das políticas governamentais quanto das denúncias por
parte da sociedade civil, como ocorreu no caso da
Campanha contra a fome, que utilizou indicadores
produzidos pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
(IPEA) sobre níveis de pobreza e miséria; e
 Necessidade de democratizar informações sobre as
realidades sociais para possibilitar a ampliação do diálogo
da sociedade civil com o governo, favorecendo um eventual
aumento de participação popular nos processos de
formulação (e definição) de agendas, bem como de
monitoramento e avaliação de políticas públicas.
Motivação para Indicadores no Setor Público
Aula 17: Processos de Gestão de Programas
 (…) dado que os indicadores servem a vários senhores, é
preciso cautela tanto na sua construção quanto na sua
interpretação.
 A coleta e produção de dados para a formulação de
indicadores já expressam os interesses de medição e,
nessa medida, o indicador é a “expressão” (sempre viesada
e valorativa) de determinada realidade.
Cuidados com Indicadores
O mesmo fenômeno pode
ser mensurado sob vários
ângulos diferentes, com
instrumentos diferentes …
Aula 17: Processos de Gestão de Programas
Complexidade dos Indicadores
Fonte: http://www.ufpa.br/epdir/images/docs/paper47.pdf
e http://www.jantoo.com/cartoons/keywords/economic-indicators
Simples
 Número de leitos hospitalares;
 Taxa de analfabetismo (% de
analfabetos na população com idade
acima do início da idade escolar);
 Índice de homicídios (número de
homicícios por 100.000 habitantes);
 Taxa de desemprego (% de
desempregados em relação à
População Economicamente Ativa –
PEA);
 População Economicamente Ativa –
PEA (IBGE: número de habitantes
ocupados de 10 a 65 anos de idade);
 População carcerária (número de
habitantes apenados em presídios).
Compostos
 Taxa de inflação (aumento percentual
de preços mensurado de uma cesta
de produtos, com pesos diferenciados
entre os produtos);
 Índice de Desenvolvimento Humano –
IDH (calculado com base em dados
econômicos, educacionais e de
longevidade)
Aula 17: Processos de Gestão de Programas
Fonte: http://www.ufpa.br/epdir/images/docs/paper47.pdf)
Atributos Importantes de Indicadores
 Simplicidade: relativo à facilidade de compreensão;
 Validade (ou Estabilidade): relação entre o conceito e a
medida, o dado e a realidade;
 Seletividade (ou Sensibilidade): capacidade de captar e
expressar características essenciais e mudanças no
fenômeno estudado (é um atributo típico de sensor);
 Cobertura: relativo à amplitude e diversidade;
 Independência: não condicionamento por fatores externos;
 Confiabilidade: relativo à qualidade dos dados coletados e
ao processo de tratamento recebido;
 Custo: a coleta de dados para produção do indicador deve
ser viável e ter uma relação custo/benefício adequada;
Aula 17: Processos de Gestão de Programas
Cálculo do Índice de Desenvolvimento Humano
Fonte: http://pascal.iseg.utl.pt/~cesa/index.php/dicionario-da-cooperacao/Glossary-
1/%C3%8D/%C3%8Dndice-de-Desenvolvimento-Humano-(IDH)-261/
 O IDH foi criado pelos economistas Mahbub ul Haq e (o ganhador do
Prêmio Nobel) Amartya Sen em 1998 e adotado pelo Programa das
Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) para medir o bem-estar
geral dos países do mundo (não confundir IDH com índices que medem
felicidade, otimismo ou qualquer coisa do tipo);
 Esse indicador considera três outros indicadores mais simples em sua
composição: renda, educação e longevidade (expectativa de vida);
 Renda: é utilizada a Renda Nacional Bruta (mensurada pelo Produto
Interno Bruto – PIB) por habitante;
 Educação: média de escolaridade da população e expectativa de
escolaridade para crianças que estão começando a estudar;
 Saúde: expectativa de vida dos habitantes;
 Como resultado dos cálculos (média geométrica dos três indicadores
componentes), cada país recebe uma nota que pode variar de 0 (zero) a
1 (um): quanto mais perto do um, melhor.
Aula 17: Processos de Gestão de Programas
Fórmula de Cálculo do IDH
Fonte: http://pascal.iseg.utl.pt/~cesa/index.php/dicionario-da-cooperacao/...Dndice-de-Desenvolvimento-Humano-(IDH)-261/ e
http://hdr.undp.org/sites/default/files/hdr2014_pt_web.pdf
 IDH = (IR . IE . IS)1/3
Valor Observado – Valor Mínimo
 Índice Dimensional = -----------------------------------------------
Valor Máximo – Valor Mínimo
 Onde:
 IR : Índice de Renda
 IE : Índice Educacional
 IS : Índice de Saúde
Aula 17: Processos de Gestão de Programas
Metas de Valores Máximos das Dimensões
Fonte: http://hdr.undp.org/sites/default/files/hdr2014_pt_web.pdf
Aula 17: Processos de Gestão de Programas
Exemplo de Cálculo do IDH: Caso da China
Etapa 1: Cálculo dos Valores Dimensionais
 IR = (ln 7.263 – ln 163) / (ln 108.211 – ln 163) = 0,584
 Valor Observado = USD 7.263
 Valor Máximo = USD 108.211
 Valor Mínimo = USD 163
 IE = ((IEm . IEe)1/2 – 0) / (0,951 – 0)
Onde:
 IEm = Índice de Escolaridade Média (em anos)
IEm = (7,5 – 0) / (13,2 – 0) = 0,568
 IEe = Índice de Escolaridade Esperada (em anos)
IEe = (11,4 – 0) / (20,6 – 0) = 0,553
 Índice de Educação Combinado = 0,951
 Nível Mínimo de Escolaridade (em anos) = 0
 IE = ((0,568 . 0,553)1/2 – 0) / 0,951 = 0,589
Aula 17: Processos de Gestão de Programas
 IS = (73,5 – 20) / (83,2 – 20) = 0,847
 Valor Observado = 73,5 anos
 Valor Máximo = 83,2 anos
 Valor Mínimo = 20 anos
Etapa 2: Cálculo do Valor do IDH
 IDH = (0,584 . 0,589 . 0,847)1/3 = 0,663
Fonte: http://hdr.undp.org/sites/default/files/hdr2014_pt_web.pdf
Aula 17: Processos de Gestão de Programas
Fonte: http://hdr.undp.org/sites/default/files/hdr2014_pt_web.pdf
Aula 17: Processos de Gestão de Programas
Fonte: http://hdr.undp.org/sites/default/files/hdr2014_pt_web.pdf
IDH Brasil (2013) = 0,744
Aula 17: Processos de Gestão de Programas
Índice de Gini
 Esse indicador foi desenvolvido pelo estatístico italiano Corrado Gini em
1912, e os resultados podem variar de 0 (completa igualdade de renda
na população) a 1 (um indivíduo apenas concentrando toda a renda de
uma população inteira). É utilizado um gráfico no plano XY para
representar os cálculos do índice, cuja linha horizontal (eixo X)
representa a porcentagem total de pessoas e a linha vertical (eixo Y) a
porcentagem total da renda da população acumulada até o ponto
considerado no gráfico.
 Conforme o gráfico, a fórmula de cálculo é: a / (a+b). A área “a” seria
apenas a diferença entre a área total do triângulo e a área “b”, que seria
a área sob a curva de distribuição (denominada “Curva de Lorentz”).
 O Índice de Gini é um indicador utilizado para
mensuração da desigualdade de distribuição de
algum fator entre uma população, mas
geralmente ele é utilizado para o cálculo da
concentração de renda, que auxilia na análise da
desigualdade social em vários contextos.
Fonte: http://desigualdade-social.info/indice-de-gini.html
Aula 17: Processos de Gestão de Programas
Fontes: http://www.ipea.gov.br/agencia/images/.../PDFs/comunicado/120925_comunicadodoipea155_v5.pdf
Aula 17: Processos de Gestão de Programas
Fontes: http://www.ipea.gov.br/agencia/images/.../PDFs/comunicado/120925_comunicadodoipea155_v5.pdf
 Fatores causais da redução da desigualdade na renda na década de
2001 a 2011: trabalho (58%), Previdência (19%), Bolsa Família (13%),
Benefícios Continuados (4%) e Outras (6%).
Brasil
Aula 17: Processos de Gestão de Programas
Exemplos de Partes Interessadas em Programas
 Patrocinador (Sponsor): executivo (ou grupo de executivos) que
lidera a iniciativa do programa, se responsabiliza pelo provimento
dos recursos e pela entrega dos benefícios do programa; no setor
público brasileiro, pode ser um Secretário de Estado, um Ministro
ou o próprio Governador ou Presidente da República;
 Conselho (Board) de Governança: grupo que se responsabiliza pelo
alcance dos objetivos e metas do programa e gestão dos riscos;
 Gerente de Programa: indivíduo responsável pelo gerenciamento
do programa no dia-a-dia;
 Gerente de Projeto: indivíduo responsável pelo gerenciamento de
um projeto que compõe o programa;
 Membros da Equipe de Programa: indivíduos que desempenham
atividades no programa;
 Membros de Equipe de Projeto: indivíduos que desempenham
atividades em um projeto que compõe o programa;
 Organização Financiadora: parte da organização, ou organização
externa, que provê os recursos financeiros para o programa;
Aula 17: Processos de Gestão de Programas
 Organização Executora: o grupo responsável pelo trabalho
operacional de execução do programa por meio dos projetos e
atividades que o compõem;
 Escritório de Gestão de Programa: unidade organizacional
responsável pela definição e gerenciamento dos processos,
procedimentos e artefatos de governança, apoiando as equipes de
gestão com a execução centralizada de funções administrativas,
e/ou provendo assistência dedicada ao gerente de programa;
 Clientes: indivíduo ou organização que utilizará as novas
capacidades desenvolvidas ou resultados do programa e se
apropriará dos benefícios; são os principais stakeholders e,
portanto, serão eles que avaliarão se o programa teve êxito ou não
– em relação às empresas, os clientes geralmente são os
consumidores de seus produtos, e nos governos são as pessoas
que constituem o público-alvo dos programas e projetos (qualquer
avaliação interna de um programa não passa de uma autoavaliação,
que sempre tende a ser viesada pela “Síndrome da Rainha Má”:
“Espelho, espelho meu, existe alguém mais … que eu?”).
Aula 17: Processos de Gestão de Programas
 Clientes Potenciais: os clientes passados e futuros que estarão
observando atentamente para ver como o resultado final do
programa entrega os benefícios esperados;
 Fornecedores: provedores de bens e serviços que suprem as
necessidades do programa e que também sofrem impactos
consequentes a mudanças em políticas e procedimentos;
 Agências Regulatórias Governamentais: responsáveis pelo
estabelecimento de normas e padrões operacionais socialmente
aceitáveis para as organizações em cada país (esse arcabouço
normativo depende, portanto, da cultura política e do nível de
desenvolvimento tecnológico e econômico de cada país);
 Concorrentes: outras organizações, na mesma indústria, que
podem ser afetados pelos resultados e benefícios do programa;
 Parceiros de Negócios: organizações que dependem dos
resultados e benefícios do programa para o sucesso de sua própria
estratégia organizacional; um órgão público num nível de governo
pode descentralizar totalmente a execução de um projeto para um
nível de governo mais próximo da população e, consequentemente,
depender totalmente desse parceiro para o sucesso do projeto;
Aula 17: Processos de Gestão de Programas
 Outros Indivíduos ou Organizações Afetadas: quaisquer outras
pessoas, grupos ou organizações que se sentirem beneficiadas ou
prejudicadas pelo programa;
 Observação Importante: programas e projetos governamentais
geralmente afetam uma variedade de públicos, quando não toda a
população de um país; por exemplo, um programa de ampliação da
oferta de energia num país, mediante a construção de usinas de
produção – hidrelétricas, termelétricas, nucleares, eólicas,
fotovoltaicas, etc., pode afetar:
1) a indústria como um tudo (no conceito de “indústria” anglo-
saxônico), pela possibilidade de ampliação da produção;
2) os consumidores, que terão mais opções de produtos no
mercado;
3) as populações próximas às usinas (de várias formas);
4) a indústria da construção civil, em particular (são obras, afinal);
5) as finanças do país e, consequentemente, os contribuintes, caso
se tratem de investimentos públicos com base em empréstimos;
6) outros grupos sociais.
Governança de Programas
Aula 17: Processos de Gestão de Programas
 Versão Conceitual no Setor Privado (mais técnica):
Governança de programas abrange os sistemas e métodos
pelos quais um programa e sua estratégia são definidos,
autorizados, monitorados e apoiados pela organização
patrocinadora. (PMI, 2013b)
 Versão no Setor Público (mais política): em programas
governamentais essa governança é também política (muitas
vezes, mais política que técnica), envolvendo as forças que
apóiam o programa na sociedade – partidos políticos,
parlamentares, movimentos sociais, grupos econômicos,
intelligentsia (formadores de opinião), burocratas, forças de
segurança, governos de outros países, etc.; um programa
governamental muito bem concebido, de um ponto de vista
estritamente técnico, pode não ter apoio político
(governabilidade) para sua implementação.
Sistemas de Informações para
Gestão de Programas
Aula 17: Processos de Gestão de Programas
 A gestão efetiva de programa requer uma troca efetiva e
eficiente de informações entre a gestão do programa, a
gestão dos projetos, a gestão do portfolio e as funções de
governança de uma organização. (PMI, 2013b)
 O ambiente de gestão de programas, portanto, requer que
os participantes (stakeholders) tenham acesso a
informações atualizadas e importantes sobre o programa a
qualquer tempo, em qualquer lugar (no escritório, no avião,
no taxi, no ambiente do parceiro, em casa …);
 Os sistemas de informações para gestão de projetos,
programas e portfolios são conhecidos, na indústria de
tecnologias da informação e comunicação (TICs), como
soluções para Project Portfolio Management (PPM);
Sistemas para Project Portfolio Management
Aula 17: Processos de Gestão de Programas
 Requisitos Funcionais dos Sistemas: apoiar os processos e
atividades de coleta, armazenamento, organização,
processamento, acesso, análise, elaboração de relatórios
sobre a evolução dos projetos, programas e portfolios nas
organizações patrocinadoras; outras funcionalidades
requeridas desses sistemas são voltadas para comunicação
e colaboração entre as pessoas e equipes envolvidas;
 Requisitos não-Funcionais: suportar níveis de desempenho
de infraestrutura e serviços adequados para a gestão dos
projetos, programas e portfolios, implicando níveis de
usabilidade, segurança e desempenho do sistema que
atendam às necessidades dos usuários (software básico,
hardware, conexões de Internet, serviços de monitoramento
e suporte em Data Center, consultoria, treinamento, etc.);
Fim da
Aula # 17
Aula 17: Processos de Gestão de Programas

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Gestão de Projetos e Programas - Aula # 17

  • 1. Processos de Gestão de Programas Aula 17: Processos de Gestão de Programas Elaboração: Prof. Dr. E. A. Capuano Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental
  • 2. Estruturas de Programas Governamentais Aula 17: Processos de Gestão de Programas Plano Plurianual (PPA) Programa 1 Programa 2 Programa N Projeto 1.1 Projeto 1.2 Ação 1.1 Ação 1.N  Constituição Federal (art. 165): instituiu o Plano Plurianual da União (PPA);  Lei n° 12.593, de 18 de janeiro de 2012: instituiu o Plano Plurianual da União para o período de 2012 a 2015;  Decreto nº 7.866, de 19 de dezembro de 2012: regulamentou a Lei nº 12.593, de 18 de janeiro de 2012, que institui o Plano Plurianual da União para o período de 2012 a 2015. … …
  • 3. Seção II DOS ORÇAMENTOS Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: I - o plano plurianual; II - as diretrizes orçamentárias; III - os orçamentos anuais. § 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. Aula 17: Processos de Gestão de Programas Constituição Federal:
  • 4. § 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. § 3º O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária. § 4º Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição serão elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional. Aula 17: Processos de Gestão de Programas PPA, LDO, OGU …
  • 5. Art. 3º A gestão do PPA 2012-2015, além do disposto no art. 13 da Lei nº 12.593, de 2012, observará os seguintes princípios: I - responsabilização compartilhada para realização dos Objetivos e alcance das Metas de cada Programa Temático; II - aproveitamento das estruturas de monitoramento e avaliação existentes, com foco na busca de informações complementares; III - consideração das especificidades de implementação de cada política pública e da complementaridade entre elas; IV - articulação e cooperação interinstitucional para fins de produção e organização das informações relativas à gestão; V - geração de informações para subsidiar a tomada de decisões; VI - fortalecimento do diálogo com os entes federados; VII - participação social na gestão do PPA; e VIII - aprimoramento do controle público sobre o Estado. Aula 17: Processos de Gestão de Programas Decreto nº 7.866, de 19 de dezembro de 2012:
  • 6. Aula 17: Processos de Gestão de Programas Complexidade dos Planos, Programas e Orçamentos Públicos no Brasil Norma Ementa Qtde. de Artigos# Denominação 1 Constituição Federal 350 2 Lei n° 12.593, de 18/01/2012 Institui o Plano Plurianual da União para o período de 2012 a 2015. 22 3 Lei n° 4.320, de 17/03/1964 Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboração e contrôle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. 115 4 Lei n° 13.080, de 02/01/2015 Dispõe sobre as diretrizes para a elaboração e execução da Lei Orçamentária de 2015. 146 5 Decreto n° 7.866, de 19/12/2012 Regulamenta a Lei nº 12.593, de 18 de janeiro de 2012, que institui o Plano Plurianual da União para o período de 2012 a 2015. 12 Total 645
  • 7. Aula 17: Processos de Gestão de Programas Fonte: http://www.sigplan.gov.br/arquivos/Download/ppa2004-2007/ManualdeElaboracaodeProgramasPPA20042007.pdf
  • 8. Aula 17: Processos de Gestão de Programas Fonte: http://www.sigplan.gov.br/arquivos/Download/ppa2004-2007/ManualdeElaboracaodeProgramasPPA20042007.pdf
  • 9. Aula 17: Processos de Gestão de Programas Fonte: http://www.sigplan.gov.br/arquivos/Download/ppa2004-2007/ManualdeElaboracaodeProgramasPPA20042007.pdf
  • 10. Aula 17: Processos de Gestão de Programas Fonte: http://www.sigplan.gov.br/arquivos/Download/ppa2004-2007/ManualdeElaboracaodeProgramasPPA20042007.pdf
  • 11. Aula 17: Processos de Gestão de Programas Fonte: http://www.sigplan.gov.br/arquivos/Download/ppa2004-2007/ManualdeElaboracaodeProgramasPPA20042007.pdf
  • 12. Aula 17: Processos de Gestão de Programas Fonte: http://www.sigplan.gov.br/arquivos/Download/ppa2004-2007/ManualdeElaboracaodeProgramasPPA20042007.pdf
  • 13. Aula 17: Processos de Gestão de Programas Fonte: http://www.sigplan.gov.br/arquivos/Download/ppa2004-2007/ManualdeElaboracaodeProgramasPPA20042007.pdf
  • 14. Aula 17: Processos de Gestão de Programas Fonte: http://www.sigplan.gov.br/arquivos/Download/ppa2004-2007/ManualdeElaboracaodeProgramasPPA20042007.pdf
  • 15. Aula 17: Processos de Gestão de Programas Itens da “Carta de Programa” (Padrão ANSI/PMI) I. Escopo: deve registrar quais são os componentes do programa e quais não são (ou seja, o que é e o que não é parte ou objetivo do programa); II. Justificativa: deve esclarecer porque o programa é importante e o que se espera dele em termos de resultados e benefícios; III. Visão: deve esclarecer qual o cenário que se vislumbra no horizonte da organização com o êxito do programa; IV. Adequação Estratégica: deve registrar quais são os direcionadores estratégicos e as relações do programa com os objetivos estratégicos da organização;
  • 16. Aula 17: Processos de Gestão de Programas V. Resultados: deve registrar os benefícios esperados do programa para se alcançar o cenário da visão; VI. Estratégia de Benefícios: explicitar quais são os benefícios estratégicos na visão do programa; VII. Premissas e Restrições: registrar quais são as premissas, restrições, dependências e fatores externos que devem ser considerados para se delimitar o programa; premissas são as crenças fundamentais adotadas como verdade para se desenhar o programa e restrições são as limitações de qualquer natureza assumidas pelos idealizadores da iniciativa (tempo, recursos, conhecimento, apoio político, etc); VIII. Componentes: identificar os projetos, subprogramas e atividades que compõem o programa;
  • 17. Aula 17: Processos de Gestão de Programas IX. Riscos e Questionamentos: identificar e registrar os principais riscos e questionamentos conhecidos nessa primeira versão da declaração do programa; X. Linha do Tempo: esclarecer qual o tempo necessário para a execução do programa, incluindo os eventos importantes (milestones); XI. Recursos: explicitar, por estimativa, quais os montantes de recursos necessários para execução do programa (humanos, materiais, financeiros, etc.); XII. Considerações das Partes Interessadas (Stakeholders): registrar quais são as partes interessadas (ou envolvidas), quais as mais importantes e porque, e quais são suas atitudes em relação ao programa, além de uma primeira aproximação sobre a estratégia necessária para se obter seu engajamento;
  • 18. Aula 17: Processos de Gestão de Programas XIII. Plano de Comunicação: esboçar itens importantes a serem considerados no Plano de Comunicação do programa, ressaltando as estratégias a serem adotadas em seu lançamento, ao longo de sua execução (nas entregas de resultados) e na conclusão (com o anúncio dos benefícios esperados); prever, também, estratégia de comunicação de eventos e resultados negativos; XIV. Modelo de Governança: esboçar a estrutura e os fluxos de atividades, informações e decisões previstos no Modelo de Governança proposto para gestão, controle e apoio ao programa, com atores e respectivos papeis definidos (ainda que preliminarmente); esclarecer sobre aspectos específicos da tipologia da estrutura proposta, se necessário para sua melhor compreensão (por exemplo, esclarecer se as decisões serão tomadas monocraticamente ou coletivamente).
  • 19. Aula 17: Processos de Gestão de Programas Fonte: http://www.sigplan.gov.br/arquivos/Download/ppa2004-2007/ManualdeElaboracaodeProgramasPPA20042007.pdf PPA 2004-2007
  • 20. Aula 17: Processos de Gestão de Programas Fonte: http://www.sigplan.gov.br/arquivos/Download/ppa2004-2007/ManualdeElaboracaodeProgramasPPA20042007.pdf
  • 21. Aula 17: Processos de Gestão de Programas Fonte: http://www.sigplan.gov.br/arquivos/Download/ppa2004-2007/ManualdeElaboracaodeProgramasPPA20042007.pdf
  • 22. Aula 17: Processos de Gestão de Programas Fonte: http://www.sigplan.gov.br/arquivos/Download/ppa2004-2007/ManualdeElaboracaodeProgramasPPA20042007.pdf
  • 23. Aula 17: Processos de Gestão de Programas Fonte: http://www.sigplan.gov.br/arquivos/Download/ppa2004-2007/ManualdeElaboracaodeProgramasPPA20042007.pdf
  • 24. Aula 17: Processos de Gestão de Programas Fonte: http://www.sigplan.gov.br/arquivos/Download/ppa2004-2007/ManualdeElaboracaodeProgramasPPA20042007.pdf
  • 25. Aula 17: Processos de Gestão de Programas Fonte: http://www.sigplan.gov.br/arquivos/Download/ppa2004-2007/ManualdeElaboracaodeProgramasPPA20042007.pdf
  • 26. Aula 17: Processos de Gestão de Programas Fonte: http://www.sigplan.gov.br/arquivos/Download/ppa2004-2007/ManualdeElaboracaodeProgramasPPA20042007.pdf
  • 27. Aula 17: Processos de Gestão de Programas Fonte: http://www.sigplan.gov.br/arquivos/Download/ppa2004-2007/ManualdeElaboracaodeProgramasPPA20042007.pdf
  • 28. Aula 17: Processos de Gestão de Programas Fonte: http://bibspi.planejamento.gov.br/handle/iditem/666
  • 29. Aula 17: Processos de Gestão de Programas Fonte: http://bibspi.planejamento.gov.br/bitstream/handle/iditem/665/MP_PPA_..._A4_Web.pdf?sequence=1
  • 30. Processos de Gestão de Programas  Alinhamento Estratégico: a principal diferença entre gestão de projetos e gestão de programas é que na gestão de programas o foco é na estratégia de negócio da organização – o programa, portanto, precisa estar alinhado com a estratégia corporativa numa visão de longo prazo.  Domínios do Alinhamento Estratégico de Programa  Alinhamento entre Estratégia Organizacional e Programa;  Roteiro (Roadmap) de Programa;  Avaliação Ambiental.  Alinhamento do Programa à Estratégia  Análise de “Caso de Negócio” (Custo/Benefício);  Plano de Programa (Missão, Visão e Objetivos). Aula 17: Processos de Gestão de Programas
  • 31. Aula 17: Processos de Gestão de ProgramasAula 17: Processos de Gestão de Programas Fonte: http://www.planejamento.gov.br/secretarias/upload/arquivo/dest-1/projetos-e-eventos-2/eventos- anteriores/curso_gestao_ppa_loa_nocoes_gerais.pdf
  • 32. Aula 17: Processos de Gestão de ProgramasAula 17: Processos de Gestão de Programas Fonte: http://bibspi.planejamento.gov.br/bitstream/handle/iditem/665/MP_PPA_..._A4_Web.pdf?sequence=1
  • 33. Aula 17: Processos de Gestão de ProgramasAula 17: Processos de Gestão de Programas Fonte: http://bibspi.planejamento.gov.br/bitstream/handle/iditem/665/MP_PPA_..._A4_Web.pdf?sequence=1 Visão de Futuro no PPA 2016-2019
  • 34. Aula 17: Processos de Gestão de ProgramasAula 17: Processos de Gestão de Programas Fonte: http://bibspi.planejamento.gov.br/bitstream/handle/iditem/665/MP_PPA_..._A4_Web.pdf?sequence=1 Eixos Estratégicos no PPA 2016-2019
  • 35. Aula 17: Processos de Gestão de ProgramasAula 17: Processos de Gestão de Programas Fonte: http://bibspi.planejamento.gov.br/bitstream/handle/iditem/665/MP_PPA_..._A4_Web.pdf?sequence=1
  • 36. Aula 17: Processos de Gestão de ProgramasAula 17: Processos de Gestão de Programas
  • 37. Exemplo de Roteiro de Programa Aula 17: Processos de Gestão de Programas P1 P2 P3 P4 2013 2014 2015 2016 2017 G FA DB EC  Descrição de entregáveis adicionais e eventos importantes anos à frente  Sumário dos eventos importantes  Lista de dependências e premissas  Benefícios a serem entregues  Evento A  Detalhes  Descrições  Premissas  Benefícios  Evento B  Detalhes  Descrições  Premissas  Benefícios
  • 38.  Avaliação Ambiental  Identificação de Fatores Ambientais da Organização: mercado e ambiente de negócios, economia mundial e local, fontes de financiamento, recursos disponíveis (inclusive tecnológicos), posicionamento competitivo em sua indústria, legislação, políticas de regulação governamental, diversidade cultural dos consumidores, diversidade geográfica, base de parceiros e riscos; Aula 17: Processos de Gestão de Programas  Análise Ambiental: análise de vantagens comparativas, estudos de viabilidade, análise SWOT, análise de premissas, análise de informações históricas (para aprendizado). Matriz SWOT
  • 39. Aula 17: Processos de Gestão de Programas
  • 40. Aula 17: Processos de Gestão de Programas Tempo Custo Perfil dos Custos Entrega dos Benefícios Formulação e Preparação do Programa Transição e Encerramento do Programa Operações Continuadas Definição Entrega de Benefícios Encerramento
  • 41. Aula 17: Processos de Gestão de Programas Engajamento das Partes Interessadas  Como “partes interessadas” (stakeholders) em um programa compreende-se tanto aqueles que interagirão com o programa como aqueles que serão afetados pela implementação do programa; podem ser um indivíduo ou grupo de indivíduos que têm interesse no programa e podem influenciar ou serem influenciados pelos processos ou sofrerem impactos do programa;  Os gerentes de programas e de projetos tradicionalmente classificam e gerenciam as expectativas das partes interessadas de modo similar à abordagem empregada para identificação e respostas aos riscos;  Em muitos casos, as partes interessadas têm maior influência que o gerente de programa, a equipe de programa e mesmo o patrocinador do programa;
  • 42. Aula 17: Processos de Gestão de Programas Fonte: http://www.pronovoprojetos.com.br/gestao-de-relacionamento-com-clientes-crm/  O acrônimo CRM (Customer Relationship Management) se refere ao gerenciamento das expectativas dos clientes, que podem ser importantes num contexto de programa ou projeto patrocinado numa organização;
  • 43. Aula 17: Processos de Gestão de Programas Matriz de Poder / Interesse das Partes Interessadas Manter Satisfeito Gerenciar de Perto Monitorar Manter Informado Interesse Poder Alto Baixo Baixo Alto
  • 44. Aula 17: Processos de Gestão de Programas Áreas de Conhecimento Fases do Ciclo de Vida e Processos de Gestão de Programa Definição Entrega de Benefícios Encerramento 1. Gestão de Comunicações 1.1 Planejamento de Comunicações 1.2 Distribuição de Informação 1.3 Relatório de Desempenho 2. Gestão Financeira 2.1 Estimativa de Custos 2.2 Estabelecimento de Estrutura Financeira 2.3 Desenvolvimento de Plano de Gestão Financeira 2.4 Estimativa de Custos por Componente 2.5 Orçamento de Custos 2.6 Monitoramento e Controle Financeiro 2.7 Encerramento Financeiro 3. Gestão de Integração 3.1 Iniciação 3.2 Desenvolvimento de Plano de Gestão 3.3 Desenvolvimento de Infraestrutura 3.4 Gestão de Entregas 3.5 Monitoramento e Controle de Desempenho 3.6 Transição e Sustentação de Benefícios 4. Gestão de Aquisições 4.1 Planejamento de Aquisições 4.2 Aquisições 4.3 Administração de Aquisições 4.4 Encerramento de Aquisições Fases e Processos de Gestão de Programas
  • 45. Aula 17: Processos de Gestão de Programas Áreas de Conhecimento Fases do Ciclo de Vida e Processos de Gestão de Programa Definição Entrega de Benefícios Encerramento 5. Gestão de Qualidade 5.1 Planejamento de Qualidade 5.2 Garantia de Qualidade 5.3 Controle de Qualidade 6. Gestão de Recursos 6.1 Planejamento de Recursos 6.2 Priorização de Recursos 6.3 Gestão da Interdependência de Recursos 7. Gestão de Riscos 7.1 Planejamento de Gestão de Riscos 7.2 Identificação de Riscos 7.3 Análise de Riscos 7.4 Planejamento de Respostas aos Riscos 7.5 Monitoramento e Controle de Riscos 8. Gestão de Cronograma 8.1 Planejamento de Cronograma 8.2 Controle de Cronograma 9. Gestão de Escopo 9.1 Planejamento de Escopo 9.2 Controle de Escopo
  • 46. Aula 17: Processos de Gestão de Programas Gestão de Programas: Setor Privado vs. Setor Público Área de Conhecimento Características # Denominação Setor Privado Setor Público I Gestão de Escopo Com indicadores naturalmente mais crisp (nítidos, tais como faturamento, fatia de mercado, margem de lucro), o escopo de programa torna-se também mais claro, facilitando a gestão. Com indicadores naturalmente mais fuzzy (nebulosos, tais como a própria linha de base, o público beneficiado e o nível de satisfação alcançado), o escopo é mais complexo, com delimitação mais tênue e gestão mais difícil. II Gestão de Comunicações Conhecimento melhor das partes interessadas, que também tendem a ser em menor número e mais concentradas, o que facilita a gestão de comunicações. Grande variedade de partes interessadas, com números, perfis, interesses e poder nem sempre conhecidos pelos gestores do programa, o que dificulta a gestão de comunicações.
  • 47. Aula 17: Processos de Gestão de Programas Área de Conhecimento Características # Denominação Setor Privado Setor Público III Gestão de Recursos Com estruturas mais enxutas e menos burocracia, geralmente é mais eficaz e eficiente no uso do tempo. Devido às pesadas estruturas e à inerente burocracia do serviço público, é mais morosa e menos eficaz, consumindo mais tempo para executar atividades equivalentes. IV Gestão de Cronograma Com maior autonomia e nível de responsabilização atrituídos aos gerentes, tende a ser mais eficaz. A maior estabilidade nas equipes de alta gestão também contribui para o alcance de melhores resultados na gestão do tempo em programas. Devido à maior rotatividade da alta gestão no setor público (ministros, no Brasil, não passam de dois anos no cargo, em média), a gestão do tempo é sempre comprometida pela ausência de liderança, resultando em descontinuidades nos cronogramas de programas. V Gestão Financeira Embora mais ágil, é submetida a maiores riscos em torno de fluxo de caixa. Embora mais lenta, importa em menores riscos em torno de fluxo de caixa.
  • 48. Aula 17: Processos de Gestão de Programas Área de Conhecimento Características # Denominação Setor Privado Setor Público VI Gestão de Qualidade É questão de sobrevivência das organizações no mercado, portanto é considerada importante e realizada com maior rigor nos processos produtivos. Como os órgãos do setor público não concorrem com outras organizações pela sobrevivência, questões de qualidade não são, na prática, priorizadas (apesar de, muitas vezes, existir um discurso pela qualidade nos serviços prestados à população). VII Gestão de Aquisições Como é mais flexível, sem muitas amarras normativas, é inerentemente mais eficaz e eficiente em todos os quesitos (qualidade, prazos, preços, mudanças, etc). Inerentemente menos eficaz e eficiente (o gestor de compras, no setor público, pode adquirir somente o que e como a legislação permite). VIII Gestão de Riscos É praticada com mais frequência devido, principalmente, ao maior nível de responsabilização. Geralmente, não é praticada com base técnica.
  • 49. Aula 17: Processos de Gestão de Programas Área de Conhecimento Características # Denominação Setor Privado Setor Público IX Gestão de Integração Considerando a maior estabilidade da alta gestão e o nível de responsabilização geral, é um item de gestão bastante praticado nas organizações; a propósito, observe-se a importância dos sistemas de informações para Gestão do Relacionamento com Clientes (Customer Relationship Management – CRM) e dos sistemas de Gestão de Cadeia de Suprimentos (Supply Chain Management - SCM). Em geral, é uma gestão mais complexa devido à maior diversidade de organizações envolvidas, ao modelo de estruturas verticais e ao jogo de interesses políticos nem sempre convergentes nos sistemas democráticos, mesmo no interior do mesmo governo. X Gestão de Partes Interessadas Em geral, é uma disciplina bastante praticada, muitas vezes crucial para o êxito do programa ou projeto. Em geral, é pouco praticada, limitando-se à identificação dos principais atores.
  • 50. Aula 17: Processos de Gestão de Programas Gerenciamento de Expectativas em Programas Governamentais Problemas Soluções Geralmente, os governos não se comunicam adequadamente com as partes interessadas em programas, gerando crises no relacionamento (e saturando com reclamações os sistemas de ouvidoria e de solicitação de informações). Elaborar e executar planos de comunicação eficazes e eficientes no lançamento (para esclarecimentos) e na execução de programas de governo (para orientação contínua às partes interessadas sobre como proceder). A incerteza em relação ao futuro de um programa, por parte do governo, gera insegurança nas partes interessadas (onde se insere, também, o público-alvo a ser beneficiado pelo programa). Adotar posturas francas e transparentes em relação ao futuro do programa e construir, coletivamente e com transparência, roteiros (roadmaps) alternativos, de modo a tranquilizar as partes interessadas.
  • 51. Aula 17: Processos de Gestão de Programas Problemas Soluções Como, geralmente, os programas de governos não são elaborados com base em padrões como o ANSI/PMI, as partes interessadas e as necessidades de comunicação não são identificadas e analisadas adequadamente (em detalhes). Identificar, previamente, os perfis das partes interessadas e estimar o número de atores ou cidadãos envolvidos para uma correta seleção de canais de comunicação. Canais de comunicação inadequados ou subdimensionados. Exemplo: utilização de ramais telefônicos nos órgãos públicos para atendimento a uma escala de público em nível nacional (com milhares de pessoas em busca de informações). Exemplo: implementar serviços de Contact Center para atendimento à real escala de público do programa, com uso complementar de vários canais de comunicação: sítios na Internet, blogs, telefones (0800), correio eletrônico, chat (conversação em tempo real) e redes sociais (por meio de mídias como Facebook, Youtube e Twitter).
  • 52. Aula 17: Processos de Gestão de Programas Problemas Soluções Em geral, governos em todo o mundo não apreciam avaliações técnicas rigorosas dos resultados de suas políticas, programas e projetos, pois essas avaliações podem apontar erros e consequências para a sociedade que culminam em avaliação política negativa (e perda de poder) do próprio governo. Empoderar e ampliar, democraticamente, a participação social em todas as etapas da implementação de políticas públicas: concepção, elaboração de propostas, aprovação, execução, monitoramento, encerramento e avaliação (com isso, a responsabilidade pelos resultados é também compartilhada com a sociedade – no conceito político de “governar com a sociedade” e não apenas “para a sociedade”). Quando os governos realizam avaliações internas, essas avaliações são naturalmente viesadas, pois são autoavaliações. Considerar as avaliações técnicas externas (de entidades neutras e especializadas) como as mais completas e fidedignas.
  • 53. Aula 17: Processos de Gestão de Programas Problemas Soluções Os indicadores de desempenho de programas e projetos em organizações de mercado, por serem quantitativos, geralmente são mais simples que os indicadores de desempenho em organizações do setor público; entretanto, alguns indicadores primários no setor público são também quantitativos, tais como evolução do PIB (%), IDH (índice), taxa de analfabetismo (%), taxa de mortalidade infantil (%), desempenho no PISA (índice). Como a elaboração de indicadores qualitativos é, geralmente, mais complexa que de indicadores quantitativos, exigindo um conhecimento mais aprofundado dos problemas a serem atacados pelo setor público, deve-se investir mais na capacitação de servidores públicos para o uso de indicadores, selecionando para esse tipo de atividade os mais aptos. Os cursos de indicadores, no setor público, geralmente não passam de 8 (oito) horas-aula. Cursos de indicadores para públicos mistos (hard e soft sciences), devem ter no mínimo 20 (vinte) horas.
  • 54. Aula 17: Processos de Gestão de Programas Indicadores de Desempenho de Projetos e Programas no Setor Público Fonte: http://www.ufpa.br/epdir/images/docs/paper47.pdf) Indicadores: são instrumentos importantes para controle da gestão e verificação e medição de eficiência e eficácia não apenas na administração privada, mas também e principalmente na administração pública (…). Um instrumento fundamental para a fiscalização, controle e acompanhamento da gestão pública por parte dos movimentos populares. (Kayano e Caldas, 2002)
  • 55. Aula 17: Processos de Gestão de Programas Fonte: http://www.ufpa.br/epdir/images/docs/paper47.pdf) O indicador, portanto, não é um fim em si, mas um meio, um recurso técnico para se mensurar o desempenho de uma política, um programa ou projeto tanto no setor público como privado; indicadores podem ser comparados a “réguas” com as quais mensuramos alguma coisa; Os indicadores podem ser utilizados para verificação, observação, demonstração, avaliação, ou seja, os indicadores permitem observar e mensurar determinados aspectos da realidade social (…) de acordo com um determinado ponto de vista. (Kayano e Caldas, 2002)
  • 56. Aula 17: Processos de Gestão de Programas  Exigência de organismos internacionais que financiam programas e projetos em políticas públicas;  Necessidade de legitimação, com dados empíricos, tanto das políticas governamentais quanto das denúncias por parte da sociedade civil, como ocorreu no caso da Campanha contra a fome, que utilizou indicadores produzidos pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) sobre níveis de pobreza e miséria; e  Necessidade de democratizar informações sobre as realidades sociais para possibilitar a ampliação do diálogo da sociedade civil com o governo, favorecendo um eventual aumento de participação popular nos processos de formulação (e definição) de agendas, bem como de monitoramento e avaliação de políticas públicas. Motivação para Indicadores no Setor Público
  • 57. Aula 17: Processos de Gestão de Programas  (…) dado que os indicadores servem a vários senhores, é preciso cautela tanto na sua construção quanto na sua interpretação.  A coleta e produção de dados para a formulação de indicadores já expressam os interesses de medição e, nessa medida, o indicador é a “expressão” (sempre viesada e valorativa) de determinada realidade. Cuidados com Indicadores O mesmo fenômeno pode ser mensurado sob vários ângulos diferentes, com instrumentos diferentes …
  • 58. Aula 17: Processos de Gestão de Programas Complexidade dos Indicadores Fonte: http://www.ufpa.br/epdir/images/docs/paper47.pdf e http://www.jantoo.com/cartoons/keywords/economic-indicators Simples  Número de leitos hospitalares;  Taxa de analfabetismo (% de analfabetos na população com idade acima do início da idade escolar);  Índice de homicídios (número de homicícios por 100.000 habitantes);  Taxa de desemprego (% de desempregados em relação à População Economicamente Ativa – PEA);  População Economicamente Ativa – PEA (IBGE: número de habitantes ocupados de 10 a 65 anos de idade);  População carcerária (número de habitantes apenados em presídios). Compostos  Taxa de inflação (aumento percentual de preços mensurado de uma cesta de produtos, com pesos diferenciados entre os produtos);  Índice de Desenvolvimento Humano – IDH (calculado com base em dados econômicos, educacionais e de longevidade)
  • 59. Aula 17: Processos de Gestão de Programas Fonte: http://www.ufpa.br/epdir/images/docs/paper47.pdf) Atributos Importantes de Indicadores  Simplicidade: relativo à facilidade de compreensão;  Validade (ou Estabilidade): relação entre o conceito e a medida, o dado e a realidade;  Seletividade (ou Sensibilidade): capacidade de captar e expressar características essenciais e mudanças no fenômeno estudado (é um atributo típico de sensor);  Cobertura: relativo à amplitude e diversidade;  Independência: não condicionamento por fatores externos;  Confiabilidade: relativo à qualidade dos dados coletados e ao processo de tratamento recebido;  Custo: a coleta de dados para produção do indicador deve ser viável e ter uma relação custo/benefício adequada;
  • 60. Aula 17: Processos de Gestão de Programas Cálculo do Índice de Desenvolvimento Humano Fonte: http://pascal.iseg.utl.pt/~cesa/index.php/dicionario-da-cooperacao/Glossary- 1/%C3%8D/%C3%8Dndice-de-Desenvolvimento-Humano-(IDH)-261/  O IDH foi criado pelos economistas Mahbub ul Haq e (o ganhador do Prêmio Nobel) Amartya Sen em 1998 e adotado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) para medir o bem-estar geral dos países do mundo (não confundir IDH com índices que medem felicidade, otimismo ou qualquer coisa do tipo);  Esse indicador considera três outros indicadores mais simples em sua composição: renda, educação e longevidade (expectativa de vida);  Renda: é utilizada a Renda Nacional Bruta (mensurada pelo Produto Interno Bruto – PIB) por habitante;  Educação: média de escolaridade da população e expectativa de escolaridade para crianças que estão começando a estudar;  Saúde: expectativa de vida dos habitantes;  Como resultado dos cálculos (média geométrica dos três indicadores componentes), cada país recebe uma nota que pode variar de 0 (zero) a 1 (um): quanto mais perto do um, melhor.
  • 61. Aula 17: Processos de Gestão de Programas Fórmula de Cálculo do IDH Fonte: http://pascal.iseg.utl.pt/~cesa/index.php/dicionario-da-cooperacao/...Dndice-de-Desenvolvimento-Humano-(IDH)-261/ e http://hdr.undp.org/sites/default/files/hdr2014_pt_web.pdf  IDH = (IR . IE . IS)1/3 Valor Observado – Valor Mínimo  Índice Dimensional = ----------------------------------------------- Valor Máximo – Valor Mínimo  Onde:  IR : Índice de Renda  IE : Índice Educacional  IS : Índice de Saúde
  • 62. Aula 17: Processos de Gestão de Programas Metas de Valores Máximos das Dimensões Fonte: http://hdr.undp.org/sites/default/files/hdr2014_pt_web.pdf
  • 63. Aula 17: Processos de Gestão de Programas Exemplo de Cálculo do IDH: Caso da China Etapa 1: Cálculo dos Valores Dimensionais  IR = (ln 7.263 – ln 163) / (ln 108.211 – ln 163) = 0,584  Valor Observado = USD 7.263  Valor Máximo = USD 108.211  Valor Mínimo = USD 163  IE = ((IEm . IEe)1/2 – 0) / (0,951 – 0) Onde:  IEm = Índice de Escolaridade Média (em anos) IEm = (7,5 – 0) / (13,2 – 0) = 0,568  IEe = Índice de Escolaridade Esperada (em anos) IEe = (11,4 – 0) / (20,6 – 0) = 0,553  Índice de Educação Combinado = 0,951  Nível Mínimo de Escolaridade (em anos) = 0  IE = ((0,568 . 0,553)1/2 – 0) / 0,951 = 0,589
  • 64. Aula 17: Processos de Gestão de Programas  IS = (73,5 – 20) / (83,2 – 20) = 0,847  Valor Observado = 73,5 anos  Valor Máximo = 83,2 anos  Valor Mínimo = 20 anos Etapa 2: Cálculo do Valor do IDH  IDH = (0,584 . 0,589 . 0,847)1/3 = 0,663 Fonte: http://hdr.undp.org/sites/default/files/hdr2014_pt_web.pdf
  • 65. Aula 17: Processos de Gestão de Programas Fonte: http://hdr.undp.org/sites/default/files/hdr2014_pt_web.pdf
  • 66. Aula 17: Processos de Gestão de Programas Fonte: http://hdr.undp.org/sites/default/files/hdr2014_pt_web.pdf IDH Brasil (2013) = 0,744
  • 67. Aula 17: Processos de Gestão de Programas Índice de Gini  Esse indicador foi desenvolvido pelo estatístico italiano Corrado Gini em 1912, e os resultados podem variar de 0 (completa igualdade de renda na população) a 1 (um indivíduo apenas concentrando toda a renda de uma população inteira). É utilizado um gráfico no plano XY para representar os cálculos do índice, cuja linha horizontal (eixo X) representa a porcentagem total de pessoas e a linha vertical (eixo Y) a porcentagem total da renda da população acumulada até o ponto considerado no gráfico.  Conforme o gráfico, a fórmula de cálculo é: a / (a+b). A área “a” seria apenas a diferença entre a área total do triângulo e a área “b”, que seria a área sob a curva de distribuição (denominada “Curva de Lorentz”).  O Índice de Gini é um indicador utilizado para mensuração da desigualdade de distribuição de algum fator entre uma população, mas geralmente ele é utilizado para o cálculo da concentração de renda, que auxilia na análise da desigualdade social em vários contextos. Fonte: http://desigualdade-social.info/indice-de-gini.html
  • 68. Aula 17: Processos de Gestão de Programas Fontes: http://www.ipea.gov.br/agencia/images/.../PDFs/comunicado/120925_comunicadodoipea155_v5.pdf
  • 69. Aula 17: Processos de Gestão de Programas Fontes: http://www.ipea.gov.br/agencia/images/.../PDFs/comunicado/120925_comunicadodoipea155_v5.pdf  Fatores causais da redução da desigualdade na renda na década de 2001 a 2011: trabalho (58%), Previdência (19%), Bolsa Família (13%), Benefícios Continuados (4%) e Outras (6%). Brasil
  • 70. Aula 17: Processos de Gestão de Programas Exemplos de Partes Interessadas em Programas  Patrocinador (Sponsor): executivo (ou grupo de executivos) que lidera a iniciativa do programa, se responsabiliza pelo provimento dos recursos e pela entrega dos benefícios do programa; no setor público brasileiro, pode ser um Secretário de Estado, um Ministro ou o próprio Governador ou Presidente da República;  Conselho (Board) de Governança: grupo que se responsabiliza pelo alcance dos objetivos e metas do programa e gestão dos riscos;  Gerente de Programa: indivíduo responsável pelo gerenciamento do programa no dia-a-dia;  Gerente de Projeto: indivíduo responsável pelo gerenciamento de um projeto que compõe o programa;  Membros da Equipe de Programa: indivíduos que desempenham atividades no programa;  Membros de Equipe de Projeto: indivíduos que desempenham atividades em um projeto que compõe o programa;  Organização Financiadora: parte da organização, ou organização externa, que provê os recursos financeiros para o programa;
  • 71. Aula 17: Processos de Gestão de Programas  Organização Executora: o grupo responsável pelo trabalho operacional de execução do programa por meio dos projetos e atividades que o compõem;  Escritório de Gestão de Programa: unidade organizacional responsável pela definição e gerenciamento dos processos, procedimentos e artefatos de governança, apoiando as equipes de gestão com a execução centralizada de funções administrativas, e/ou provendo assistência dedicada ao gerente de programa;  Clientes: indivíduo ou organização que utilizará as novas capacidades desenvolvidas ou resultados do programa e se apropriará dos benefícios; são os principais stakeholders e, portanto, serão eles que avaliarão se o programa teve êxito ou não – em relação às empresas, os clientes geralmente são os consumidores de seus produtos, e nos governos são as pessoas que constituem o público-alvo dos programas e projetos (qualquer avaliação interna de um programa não passa de uma autoavaliação, que sempre tende a ser viesada pela “Síndrome da Rainha Má”: “Espelho, espelho meu, existe alguém mais … que eu?”).
  • 72. Aula 17: Processos de Gestão de Programas  Clientes Potenciais: os clientes passados e futuros que estarão observando atentamente para ver como o resultado final do programa entrega os benefícios esperados;  Fornecedores: provedores de bens e serviços que suprem as necessidades do programa e que também sofrem impactos consequentes a mudanças em políticas e procedimentos;  Agências Regulatórias Governamentais: responsáveis pelo estabelecimento de normas e padrões operacionais socialmente aceitáveis para as organizações em cada país (esse arcabouço normativo depende, portanto, da cultura política e do nível de desenvolvimento tecnológico e econômico de cada país);  Concorrentes: outras organizações, na mesma indústria, que podem ser afetados pelos resultados e benefícios do programa;  Parceiros de Negócios: organizações que dependem dos resultados e benefícios do programa para o sucesso de sua própria estratégia organizacional; um órgão público num nível de governo pode descentralizar totalmente a execução de um projeto para um nível de governo mais próximo da população e, consequentemente, depender totalmente desse parceiro para o sucesso do projeto;
  • 73. Aula 17: Processos de Gestão de Programas  Outros Indivíduos ou Organizações Afetadas: quaisquer outras pessoas, grupos ou organizações que se sentirem beneficiadas ou prejudicadas pelo programa;  Observação Importante: programas e projetos governamentais geralmente afetam uma variedade de públicos, quando não toda a população de um país; por exemplo, um programa de ampliação da oferta de energia num país, mediante a construção de usinas de produção – hidrelétricas, termelétricas, nucleares, eólicas, fotovoltaicas, etc., pode afetar: 1) a indústria como um tudo (no conceito de “indústria” anglo- saxônico), pela possibilidade de ampliação da produção; 2) os consumidores, que terão mais opções de produtos no mercado; 3) as populações próximas às usinas (de várias formas); 4) a indústria da construção civil, em particular (são obras, afinal); 5) as finanças do país e, consequentemente, os contribuintes, caso se tratem de investimentos públicos com base em empréstimos; 6) outros grupos sociais.
  • 74. Governança de Programas Aula 17: Processos de Gestão de Programas  Versão Conceitual no Setor Privado (mais técnica): Governança de programas abrange os sistemas e métodos pelos quais um programa e sua estratégia são definidos, autorizados, monitorados e apoiados pela organização patrocinadora. (PMI, 2013b)  Versão no Setor Público (mais política): em programas governamentais essa governança é também política (muitas vezes, mais política que técnica), envolvendo as forças que apóiam o programa na sociedade – partidos políticos, parlamentares, movimentos sociais, grupos econômicos, intelligentsia (formadores de opinião), burocratas, forças de segurança, governos de outros países, etc.; um programa governamental muito bem concebido, de um ponto de vista estritamente técnico, pode não ter apoio político (governabilidade) para sua implementação.
  • 75. Sistemas de Informações para Gestão de Programas Aula 17: Processos de Gestão de Programas  A gestão efetiva de programa requer uma troca efetiva e eficiente de informações entre a gestão do programa, a gestão dos projetos, a gestão do portfolio e as funções de governança de uma organização. (PMI, 2013b)  O ambiente de gestão de programas, portanto, requer que os participantes (stakeholders) tenham acesso a informações atualizadas e importantes sobre o programa a qualquer tempo, em qualquer lugar (no escritório, no avião, no taxi, no ambiente do parceiro, em casa …);  Os sistemas de informações para gestão de projetos, programas e portfolios são conhecidos, na indústria de tecnologias da informação e comunicação (TICs), como soluções para Project Portfolio Management (PPM);
  • 76. Sistemas para Project Portfolio Management Aula 17: Processos de Gestão de Programas  Requisitos Funcionais dos Sistemas: apoiar os processos e atividades de coleta, armazenamento, organização, processamento, acesso, análise, elaboração de relatórios sobre a evolução dos projetos, programas e portfolios nas organizações patrocinadoras; outras funcionalidades requeridas desses sistemas são voltadas para comunicação e colaboração entre as pessoas e equipes envolvidas;  Requisitos não-Funcionais: suportar níveis de desempenho de infraestrutura e serviços adequados para a gestão dos projetos, programas e portfolios, implicando níveis de usabilidade, segurança e desempenho do sistema que atendam às necessidades dos usuários (software básico, hardware, conexões de Internet, serviços de monitoramento e suporte em Data Center, consultoria, treinamento, etc.);
  • 77. Fim da Aula # 17 Aula 17: Processos de Gestão de Programas