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GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
                         Secretaria de Estado da Saúde




          UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE
        FUNDAMENTOS X ÁREA FÍSICA




MANUAL PRÁTICO PARA ELABORAÇÃO DE
PROJETOS PARA UNIDADES DE SAÚDE




             ‘’’’’’’’’
GOVERNO DO ESTADO DO ESPIRITO SANTO




                            Paulo César Hartung Gomes
                                            Governador

                                           Anselmo Tose
                          Secretario de Estado da Saúde

                            Francisco José Dias da Silva
Subsecretario para Assuntos de Regulação e Organização
                                    de Atenção à Saúde

                             Rosane Ernestina Mageste
Subsecretaria para Assuntos Administrativos e Financeiro
                                    de Atenção à Saúde

                                Geraldo Corrêia Queiroz
                 Gerência Estratégica de Planejamento e
                          Desenvolvimento Institucional

                                 Lucinéia Fundão Moreto
          Gerência Estratégica de Regulação Assistêncial
EQUIPE DE ELABORAÇÃO



                          LUCIA PAOLA BOTTI
                            ARQUITETA / SESA
     EQUIPE ESTRATÉGICA DE PLANEJAMENTO DE
             DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL



          MARCELLO DALA BERNARDINA DALLA
        MÉDICO DA FAMILIA E COMUNIDADE / SESA
EQUIPE ESTADUAL DA ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE
INFORMAÇÕES



         SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO ESPIRITO SANTO

GERÊNCIA ESTRATÉGICA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO
                                           INSTITUCIONAL

             COORDENAÇÃO ESTADUAL DA ATENÇÃO PRIMÁRIA



                  Endereço: Av. Marechal Mascarenhas de Moraes, 2025
                          Bento Ferreira Vitória – ES – CEP 29052-121

                                Telefone: (027) 3137-2382 / 3137-2428
SUMÁRIO




Introdução                                                             05

Dos objetivos                                                          06

Da definição das Atividades                                            06

Como definir o nome da unidade de saúde de uma localidade              08

Tabela de nível de hierarquia                                          09

Como definir dimensão e serviços da unidade de saúde para uma          09
localidade

Do memorial                                                            11

Do Projeto Arquitetônico                                               12

Do programa de necessidades                                            13

Pontos a serem observados na descrição do partido arquitetônico        16

Anexo 01-Projeto Conhecendo Mais                                       17

Anexo 02- Fluxograma de Atividades                                     18

Bibliografia                                                           19
INTRODUÇÃO


     Este trabalho agrupa conceitos e princípios da atenção básica a              saúde     cuja
     promoção cabe ao setor público e que servirá para subsidiar a definição e a leitura
     espacial dos tipos de estabelecimentos necessários , tanto em nível urbano quanto
     rural e seus diferentes níveis de atendimento.


     Várias questões conceituais envolvem o tema gerando dúvidas e conseqüentes
     distorções, que repercutem no atendimento à população. Tais definições se fazem
     necessárias para organizar a área física por se tratar de unidades integradas de
     saúde em um sistema único de saúde, mas com especificidades locais. Essa
     proposta vai racionalizar a utilização dos espaços das unidades contribuindo para
     torná-las mais humanizadas, com fluxos e determinantes físicos geradores de maior
     satisfação a seus usuários.


     Ao propor-se partidos arquitetônicos1 próprios e diferenciados para as unidades de
     saúde exige-se um olhar sobre as peculiaridades dos serviços de atenção primária à
     saúde e sua organização.




1
 Partidos arquitetônicos – através de estudo dos determinantes físicos, sociais, locais,
culturais, políticos, e econômicos adota-se a definição conceitual , técnico e construtivo do
projeto a ser desenvolvido.



                                                                                                5
DOS OBJETIVOS


     Promover o alinhamento conceitual de estrutura física das unidades de saúde em nível
     ambulatorial.
     Definir os fundamentos (parâmetros) a serem utilizados para tipificar e quantificar as
     atividades ambulatoriais necessárias a uma localidade.
     Implantar a cultura da elaboração de memoriais explicativos do tipo de unidade definida
     (parâmetros utilizados) e das atividades desenvolvidas na unidade.
     Traduzir em projeto arquitetônico a leitura das necessidades definidas.
     Ressaltar elementos que deverão ser observados no projeto de arquitetura.




                                                    DA DEFINIÇÃO DAS ATIVIDADES


Definição de termos utilizados pelo Ministério da Saúde:


UNIDADE - conjunto de ambientes fisicamente agrupados, onde são executados atividades
afins.
UNIDADE FÍSICA – conjunto de ambientes fins e de apoio pertencente a uma unidade
funcional.
UNIDADE FUNCIONAL – conjunto de atividades e sub – atividades pertencente a uma mesma
atribuição.
AMBULATÓRIO - unidade destinada à prestação de assistência em regime de não internação.
ESTABELECIMENTO ASSISTENCIAL DE SAÚDE (EAS) - denominação dada a qualquer
edificação destinada a prestação de assistência à saúde à população que demande acesso
de pacientes , em regime de internação ou não, qualquer que seja o seu nível de
complexidade.

O primeiro procedimento a ser adotado quando se fala de unidades de saúde ou
estabelecimento assistencial de saúde (entende-se por qualquer estrutura física ligada a área




                                                                                           6
de saúde seja em qualquer nível ou especificidade de atendimento) é enquadrá-la em um dos
tipos de unidade definidos na proposta técnica; este enquadramento é dado pela natureza
programática contida no conceito da própria unidade (programa de necessidades).

Unidades com demandas organizadas2, sem atendimento de urgências ou emergências ou
internação acima de 24 horas ou procedimentos cirúrgicos, são unidades caracterizadas em
nível de “ambulatório”.

As nomenclaturas constantes nas normas e literaturas depara-se com vários termos3 que
referem-se à estrutura física de saúde que trata de demandas organizadas e seus
procedimentos ( com marcação prévia para atendimento).
Na RDC 50: ATENDIMENTO AMBULATORIAL que se divide em:
                          -ações básicas de saúde
                          -enfermagem
                          -consultório
Revisão de literaturas:   UNIDADE DE ATENDIMENTO BÁSICO DE SAÚDE
                          UNIDADE DE ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE
                          UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE
                          UNIDADE PSF (PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA)
                          UNIDADE DE ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE
                          UNIDADE SANITÁRIA
                          AMBULATÓRIO
                           POSTO DE SAÚDE
                          CENTRO DE SAÚDE dos vários segmentos da sociedade que p


  COMO DEFINIR O NOME DA UNIDADE DE SAÚDE PARA UMA LOCALIDADE?




     2
       Demanda organizada refere-se a consultas e procedimentos em conformidade com protocolos
     previamente definidos pela política de saúde adotada na unidade
     3
       A ANVISA não se atem a definição da nomenclatura e sim nas atividades x compartimentos
     desenvolvida pela unidade de saúde.



                                                                                            7
O Manual Técnico do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) – versão 2
/2006 apresenta a seguinte definição dos tipos de estabelecimentos de saúde:


- CENTRO DE SAÚDE/ UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE: unidade para realização de
atendimento de atenção básica e integral a uma população de forma programada ou         não nas
especialidades básicas, podendo oferecer assistência odontológica e de outros       profissionais
de nível superior. A assistência deve ser permanente e prestada por médico generalista ou
especialista nestas áreas. Pode ou não oferecer: SADT e pronto atendimento 24 horas


- CLÍNICA ESPECIALIZADA: clinica especializada destinada à assistência ambulatorial em
apenas uma especialidade/ área de assistência (ex: centro psicossomal / reabilitação etc)


- CONSULTÓRIO: sala isolada destinada à prestação de assistência médica ou odontológica ou
de outros profissionais de saúde de nível superior.


- POLICLINICA: Unidade de saúde para prestação de atendimento ambulatorial em várias
especialidades incluindo ou não especialidades básicas, podendo ainda ofertar outras
especialidades não médicas. Podendo ou não oferecer: SADT e pronto atendimento 24 horas.


- POSTO DE SAÚDE: Unidade destinada a prestação de assistência a uma determinada
população de forma programada ou não, por profissional de nível médio, com a presença
intermitente ou não do profissional médico.


-UNIDADE MISTA: unidade de saúde básica destinada a prestação de atendimento em atenção
básica e integrada de saúde, de forma programada ou não nas especialidades básicas, podendo
oferecer assistência odontológica e de outros profissionais, com unidade de internação sob
administração única. A assistência médica deve ser permanente e prestada por medico
especialista ou generalista. Pode dispor de urgência/ emergência e SADT básico ou de rotina.


                                                      TABELA DE NÍVEL HIERÁRQUICO



                                                                                               8
Só transcreveremos os níveis hierárquicos referentes ao nível ambulatorial :
01 - Estabelecimento de Saúde ambulatorial que realiza somente procedimentos de Atenção
Básica – PAB e / ou Procedimentos de Atenção Básica Ampliada4 – PABA, definidos pela
NOAS.
02 - Estabelecimento de Saúde ambulatorial que realiza procedimentos de Média
Complexidade definidos pela NOAS como de 1ºnível de referência – M1.
03 - Estabelecimento de Saúde ambulatorial que realiza procedimentos de Média
Complexidade definidos pelo Ministério da Saúde como de 2ºnível de referência – M2 e /ou de
3º nível de referência - M3.
04 - Estabelecimento de Saúde ambulatorial que realiza procedimentos de Alta Complexidade,
definidos pelo Ministério da Saúde.


     COMO DEFINIR DIMENSÃO E SERVIÇOS DA UNIDADE DE SAUDE PARA UMA
    LOCALIDADE?


Para gerar a dimensão da unidade de saúde necessária a área a ser implantada deverão ser
analisado dados como perfil epidemiológico, número de habitantes, unidades de saúde
existentes, raio de abrangência dos serviços, demanda existente, demanda reprimida,
crescimento populaciona, etc.


A PORTARIA 1101 - PARÂMETROS ASSISTÊNCIAIS DO SUS, nos fornece a definição da
cobertura assistencial necessária tomando como base dados populacionais que ajudará a
dimensionar a unidade de saúde:
            RAZÃO DE ALGUNS RECURSOS HUMANOS POR HABITANTE
            • Médico por habitante. 1/1000 hab.

4
    Por ser o Manual técnico de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde elaborado pelo
Ministério de Saúde será a referência utilizada, contudo em nomenclaturas especializadas na saúde
básica a nomenclatura é Atenção Primária a Saúde (APS).




                                                                                               9
- Médico generalista por habitante - 0,8/1000 hab.
          - Médico especialista por habitante - 0,2/1000 hab.
          • Odontólogo por habitante. - 1/1.500 a 5.000 hab.
          • Enfermeiro - vide nota nº 2
          • Equipe do Programa de Saúde da Família - 1/750 a 1000 famílias
          • Equipe do Programa de Agentes Comunitários - 1/150 a 250 famílias
          Nota 1:     Programa de Saúde da Família (PSF) e o Programa de Agentes
    Comunitários (PACS) : Ver Portaria GM 1.886, de 18/12/97 e subseqüentes ou consultar
    site www.saude.gov.br/sps/.
          Nota 2: Para dimensionamento da necessidade de profissionais da área de
    enfermagem, a Resolução COFEN nº 189/96, dispõe que deverá ser consideradas, entre
    outras,   as características relativas à instituição/empresa; à missão; porte; estrutura
    organizacional e física; tipos de serviços e/ou programas; tecnologia e complexidade dos
    serviços e/ou programas .


    CAPACIDADE DE PRODUÇÃO, EM CONSULTAS, DE ALGUNS RECURSOS
    HUMANOS NA ÁREA DE SAÚDE:
     Recursos Humanos        Carga Horária Semanal Atendimentos
     Assistente Social       30 horas                 03 consultas/hora
     Enfermeiro              30 horas                 03 consultas/hora
     Fisioterapeuta          30 horas                 4,4 atendimentos/hora
     Médico                  20 horas                 04 consultas/hora
     Nutricionista           30 horas                 03 consultas/hora
     Odontólogo              20 horas                 03 consultas/hora
     Psicólogo               30 horas                 03 consultas/hora
     Psiquiatra              20 horas                 03/consultas/hora


Nota 1.: Os dados acima, podem sofrer variações de acordo com convenções.
Obs.: segundo a portaria 1101 pode haver variação nos dados apresentados.




                                                                                         10
Diante do exposto fica definido que a unidade de saúde que referencia o tipo de atendimento
aqui citado enquadra-se na definição de UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE, contudo sem pronto
atendimento 24 horas, cuja dimensão terá como base os cálculos fornecidos pela portaria 1101
/2006, agregando as demais peculiaridades epidemiológicas da região.


Traçadas as necessidades de saúde básica do município, deve-se elaborar o memorial
explicativo onde serão apresentados os dados do município que formataram a unidade, bem
como os usos e atividades que nela serão desenvolvidas, e se possível o lançamento físico-
funcional de expansões futuras. Este memorial é fundamental para elaboração e análise de
qualquer unidade de saúde, e será ele que norteará o projeto de arquitetura, devendo ser
definido simultaneamente o projeto de recursos humanos e equipamento, e sem eles não deverá
ser iniciado qualquer projeto de área física (arquitetura) de unidade de saúde.




                                                                          DO MEMORIAL
  Deverão ser elaborados dois memoriais:


 -O primeiro e que antecede a elaboração do projeto arquitetônico o qual será denominado de
 MEMORIAL DO PROJETO será aquele em que explicará o estudo desenvolvido sobre os
 dados estatísticos (população, demanda, perfil epidemiológico e outros) da região que deram
 origem ao modelo de unidade de saúde adotado para a determinada localidade. Para tal
 deverão ser utilizado os dados constantes na Portaria nº 1101 de 2002, que fornece os
 parâmetros e coberturas assistências do SUS, bem como o Manual Técnico de Cadastro
 Nacional de Estabelecimentos de Saúde versão 2 /2006 , ambos elaborados pelo Ministério da
 Saúde.


 Há de se ressaltar que o modelo de unidade de saúde será conseqüência das atividades que
 forem determinadas como necessárias pelo estudo da região a ser implantada a estrutura
 física e que será anterior e subsidiará a elaboração do projeto arquitetônico. Deverá ser feito,



                                                                                              11
concomitantemente, o cruzamento de dados sobre a necessidade de recursos humanos isto é,
deverá ser definida a população de profissionais que irá atuar direta e indiretamente na referida
unidade, dando origem ao PROJETO DE RECURSOS HUMANOS.


- O segundo o qual denomina-se de MEMORIAL DE ATIVIDADES será o memorial que
explicará o projeto arquitetônico, descrevendo o partido arquitetônico adotado, as atividades
desenvolvidas na unidade , sua utilização e os fluxos determinantes da unidade. Deverá ser
utilizada para subsidiar este memorial a RDC 50 da ANVISA - Ministério da Saúde.




                                                      DO PROJETO ARQUITETÔNICO


DEFINIÇÃO DO TIPO DE UNIDADE
Após a definição das atividades que comporão a unidade de saúde, deve-se defini-la quanto a
seu uso e complexidade, para, adotando as portarias e manuais citados, atribuir-lhe o nome
que irá referenciá-la. Será adotada o que abaixo segue;


O Ambulatório (este nome apenas referencia atendimentos que pressupõe demanda
organizada - consulta eletiva) que possuir:
1 atividades das clinicas básicas e de atenção básica com profissional de nível superior
incluindo o médico generalista e de forma permanente podendo incluir odontologia, deverá ser
chamado de:
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE (baixa complexidade 1). Vale atentar para o fato de que,
mesmo dentro desta referencia podemos ter ainda:
 - UBS baixa complexidade
 - UBS média complexidade
 - UBS alta complexidade


2 atividades que além das acima descritas possuírem algumas clínicas especializadas e
exames complementares deverão ser entendidas como:



                                                                                              12
AMBULATÓRIO MÉDIA COMPLEXIDADE nível 1 - M1
AMBULATÓRIO MÉDIA COMPLEXIDADE nível 2 - M2
AMBULATÓRIO MÉDIA COMPLEXIDADE nível 3 - M3


3 Atividades que além das acima descritas possuírem uma abrangência em termos de
atendimento básico e uma grande diversidade de clínicas especializadas e exames
complementares será tida como AMBULATÓRIO ALTA COMPLEXIDADE.


OBS. No manual técnico da CNES é permitido incorporar ao atendimento básico o serviço de
Pronto Atendimento 24 horas. Contudo este quesito não será adotado, por se tratar o
ambulatório de consultas eletivas, e o PA de atendimento sem prévia marcação, e, estando
este dentro do que se denomina serviço de urgência de baixa complexidade, requer uma
estrutura própria (vide a RDC 50 do Ministério da Saúde) . Portanto será abordada a estrutura
especifica de atenção primária a saúde e suas derivações de complexidades.


Existe também a necessidade de abrangência em nível rural, cuja população vence grandes
distâncias   para   receber   atendimento   básico   tornando-a,   portanto,   carente   de   um
acompanhamento mais efetivo e resolutivo na área da saúde. Para a população rural de baixa
densidade demográfica, sugere-se UNIDADE TERRESTRE MÓVEL descrito pelo manual
técnico, que deverá possuir em sua equipe o médico generalista ou saúde da família.


                                               DO PROGRAMA DE NECESSIDADES


Não será abordado nessa proposta a formulação de programa padrão de necessidade, uma
vez que haverão variações nos fatores que determinarão as necessidades de cada região , e o
que definirá estes programas será o estudo prévio da característica da localidade em que será
implantado a unidade . Ressalta-se o fato de que mesmo enquadrando-as em um “nome”
estas poderão possuir necessidades básicas diferenciadas e/ou em tipo e/ou em quantidade.
O programa de necessidade gerado pelas atividades definidas será complementado pela RDC
50, que descreve, não só os compartimentos, mas também as áreas necessárias às atividades.



                                                                                              13
Contudo, serão descritas possibilidades de programa de necessidade para uma unidade de
saúde básica, o que permitirá perceber que determinadas atividades se fazem necessárias a
qualquer tipo de unidade básica de saúde ou ambulatórios:


programa 1 para unidades do tipo UBS baixa complexidade
    recepção com área para arquivo
    espera com área multiuso
    sanitário fem / masc para público (um deles com dimensão para deficiente)
    auditório para 50 lugares
    sala de acolhimento (02salas)
    sala de estudos técnicos
    sala de vacina
    espaço para nebulização
    posto de coleta de exames laboratoriais
    repouso - 2 leitos
    farmácia
    sala para administração
    sanitário fem/ masc. Func.
    Copa de apoio
    Depósito material de limpeza
    Expurgo
    Esterilização
    Lavanderia terceirizada
    Depósito de resíduos sólidos


programa 2 para unidades do tipo UBS média complexidade
    recepção com área para arquivo
    espera com área multiuso
    sanitário fem / masc para publico (um deles com dimensão para deficiente)



                                                                                      14
auditório para 80 lugares
    sala de acolhimento (02 a 04 salas)
    sala de estudos técnicos
    sala de vacina
    sala de nebulização
    sala de medicação
    sala de injeção
    sala de curativo
    posto de coleta de exames laboratoriais
    repouso - 2 leitos
    farmácia
    sala para administração
    sanitário fem/ masc. funcionario
    Copa de apoio
    Depósito material de limpeza
    Expurgo
    Esterilização
    Lavanderia terceirizada
    Depósito de resíduos sólidos


programa 3 para unidades do tipo UBS alta complexidade
    recepção com área para arquivo
    espera com área multiuso
    sanitário fem / masc para publico (um deles com dimensão para deficiente)
    auditório para 100 lugares
    sala de acolhimento (04), sendo uma com sanitário para ginecologia
    assistente social
    nutricionista
    sala de estudos técnicos
    consultório odontológico



                                                                                15
sala multiuso
     área para escovação
     sala de vacina
     sala de nebulização
     sala de medicação
     sala de injeção
     sala de curativo
     sala de procedimentos
     posto de coleta de exames laboratoriais
     eletro
     colposcopia
     repouso - 03 leitos
     posto de enfermagem
     farmácia
     sala para coordenação da unidade
     sala para administração (02)
     sala para reunião
     sanitário fem/ masc. Func.
     Copa de apoio
     Depósito material de limpeza
     Expurgo
     Esterilização
     Lavanderia terceirizada
     Deposito de resíduos sólidos
     Ultrasson/ Raio X / Ortopedia/ – a depender do perfil epidemiológico


                PONTOS A SEREM OBSERVADOS NO PROJETO ARQUITETÔNICO


-´Expansibilidade (projetar com possibilidades para expansões futuras)
- Flexibilidade (projetar de forma a permitir alterações em sua estrutura interna)



                                                                                     16
- Conforto térmico (atentar para ventilação e insolação natural, utilizar materiais que
proporcionem conforto térmico ao ambiente, atenção especial ao tipo de cobertura , etc.)
- Conforto acústico (em áreas que necessitam de um melhor conforto acústico utilizar
materiais de revestimento próprio para este fim )
- Materiais e mão de obra (empregar na construção, materiais atentando para a cultura local)
- Humanização (atentar para fluxos definidos, áreas arejadas, esperas adequadas ao volume
de usuários previstos, circulações fartas, etc)
- Fluxos determinados por atividades afins ( setorizar áreas de uso comum para diminuir
trânsito desnecessário dentro da unidade principalmente público externo)
- Manutenção (utilizar materiais de revestimento de fácil manutenção-custo x benefício)




                                                                                           17
ANEXO 1

PROJETO CONHECENDO MAIS
Planilha de dados que subsidiará o MEMORIAL DO PROJETO, e que fará parte do mesmo.

 1 IDENTIFICAÇÃO DO MUNICÍPIO

 Nome da localidade :
 Nome do município:
 Data:

 2 DADOS GEOGRÁFICOS

 Descrição   da   localidade   em   extensão :
 Descrição   da   localidade   em   população: (etnia, densidades demográficas, crescimento nos últimos 10 anos, etc)
 Descrição   da   localidade   em   atividades econômicas: (avaliar também o crescimento nos últimos 10 anos)
 Descrição   da   localidade   em   abrangência : (se existe demanda na área da saúde vinda de outra localidade)
 Descrição   da   localidade   na   área da educação:

 3   DADOS DE SAÚDE

 05 agravos de maior prevalência:

 Número e tipo de unidades de saúde existente :

 A quem se referencia (ou é de Referência):

 Programas de saúde existentes:

 Número e formação dos profissionais
 De nível superior na área de saúde
 e unidade que atuam:

 Cobertura de PAC’S/ PSF:



 Obs. Dados geográficos obtidos em fontes do governo: IBGE / IPES / IDH
                                                                                                               18
ANEXO    2
       FLUXOGRAMA DE ATIVIDADES

       Um exemplo de interligação simples de setorização de atividades e suas ligações :


                                                                                                             POSTO
                                                                                                             DE
                                                                               AUDITÓRIO                     COLETA                         U
                                                      ENTRADA
                                                                                                                                            N
                                                                                                                                            I
                                                                                                             SALA DE                        D
                                                                                                             ATENDI-                        A
                                                                                                             MENTO                          D
                                                                                                             MULTI-                         E
                                                                                                                               P
                                                                                                             USO
                                                                                                                               R
                                                                                                                               O
                                               RECEPÇÃO/                                                     SALAS             C            D
                                               ARQUIVO                          ESPERA                       DE                E            E
                                                                                                             ACOLHI-           D
                ADMINISTRAÇÃO                                                                                MENTO             I
                                                                                                                               M            S
                                                                                                                               E            E
                                                                                                                               N            R
                                                                                                             SALA DE           T            V
                                                                               WC’S                          ESTUDOS                        I
                                                                               PUBLICO                                         O
                                                                                                             TÉCNICOS          S            Ç
                                                                                                                                            O

                                                                                                                                           (com
                                                                                                                                           acesso
                                                                                                             VACINA                        externo
                                                                                                             (com acesso
                                                                                                             externo)


Obs.   -   Se a farmácia for interna estará na unidade de serviço, se for externa deverá estar ligada a espera ou em suas proximidades .
       -   Salas multiuso têm sua utilização de acordo com a agenda programada pela unidade de saúde para os profissionais (medico,
           enfermeiro, nutricionista, assistente


                                                                                                                                                     19
BIBLIOGRAFIA


SENRA, NELSON DE CASTRO. Informação estatística: política, regulação,
coordenação. Ci. Inf. [online]. maio/ago. 1999, vol.28, no.2 [citado 12 Maio 2006],
p.124-135.                               Disponível                            em
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010019651999000200004
&lng=pt&nrm=iso>. ISSN 0100-1965.


GÓES, RONALD DE. Manual Prático de Arquitetura Hospitalar. São Paulo:
Edgard Blücher, 2004. xiii, 193 p, il.


BRASIL,      MINISTÉRIO        DA    SAÚDE.       AGÊNCIA      NACIONAL        DE
VIGILÂNCIA SANITÁRIA - ANVISA. Resolução RDC-50. Brasília,
Ministério      da     Saúde        21      fev       2002.    Disponível      em
<http://www.anvisa.gov.br/legis/resol/2002/50_02rdc.pdf>. Acesso em: 16
mai.2006.


______________. Portaria n. 1101. Brasília, Ministério da Saúde, 12 jun 2002.
Disponível em <http://dtr2001.saude.gov.br/sas/PORTARIAS/Port2002/Gm/GM-
1101.htm>. Acesso em: 16 mai.2006.


______________. Manual Técnico do Cadastro Nacional de Estabelecimentos
de Saúde - versão 2. Brasília, Ministério da Saúde, 05 mai 2006. Disponível em
< http://cnes.datasus.gov.br/Mod_DownLoad_Fces2.asp >. Acesso em: 16
mai.2006.




                                                                               20
______________. Guia prático do programa de saúde da família. Brasília, 2001.
Disponível   em    <http://   dtr2004.saude.gov.br/dab/saudebucal/publicacoes
/guia_psf1.pdf> acesso em 16 mai 2006.




                                                                         21

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  • 1. GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO Secretaria de Estado da Saúde UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE FUNDAMENTOS X ÁREA FÍSICA MANUAL PRÁTICO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS PARA UNIDADES DE SAÚDE ‘’’’’’’’’
  • 2. GOVERNO DO ESTADO DO ESPIRITO SANTO Paulo César Hartung Gomes Governador Anselmo Tose Secretario de Estado da Saúde Francisco José Dias da Silva Subsecretario para Assuntos de Regulação e Organização de Atenção à Saúde Rosane Ernestina Mageste Subsecretaria para Assuntos Administrativos e Financeiro de Atenção à Saúde Geraldo Corrêia Queiroz Gerência Estratégica de Planejamento e Desenvolvimento Institucional Lucinéia Fundão Moreto Gerência Estratégica de Regulação Assistêncial
  • 3. EQUIPE DE ELABORAÇÃO LUCIA PAOLA BOTTI ARQUITETA / SESA EQUIPE ESTRATÉGICA DE PLANEJAMENTO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL MARCELLO DALA BERNARDINA DALLA MÉDICO DA FAMILIA E COMUNIDADE / SESA EQUIPE ESTADUAL DA ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE
  • 4. INFORMAÇÕES SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO ESPIRITO SANTO GERÊNCIA ESTRATÉGICA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL COORDENAÇÃO ESTADUAL DA ATENÇÃO PRIMÁRIA Endereço: Av. Marechal Mascarenhas de Moraes, 2025 Bento Ferreira Vitória – ES – CEP 29052-121 Telefone: (027) 3137-2382 / 3137-2428
  • 5. SUMÁRIO Introdução 05 Dos objetivos 06 Da definição das Atividades 06 Como definir o nome da unidade de saúde de uma localidade 08 Tabela de nível de hierarquia 09 Como definir dimensão e serviços da unidade de saúde para uma 09 localidade Do memorial 11 Do Projeto Arquitetônico 12 Do programa de necessidades 13 Pontos a serem observados na descrição do partido arquitetônico 16 Anexo 01-Projeto Conhecendo Mais 17 Anexo 02- Fluxograma de Atividades 18 Bibliografia 19
  • 6. INTRODUÇÃO Este trabalho agrupa conceitos e princípios da atenção básica a saúde cuja promoção cabe ao setor público e que servirá para subsidiar a definição e a leitura espacial dos tipos de estabelecimentos necessários , tanto em nível urbano quanto rural e seus diferentes níveis de atendimento. Várias questões conceituais envolvem o tema gerando dúvidas e conseqüentes distorções, que repercutem no atendimento à população. Tais definições se fazem necessárias para organizar a área física por se tratar de unidades integradas de saúde em um sistema único de saúde, mas com especificidades locais. Essa proposta vai racionalizar a utilização dos espaços das unidades contribuindo para torná-las mais humanizadas, com fluxos e determinantes físicos geradores de maior satisfação a seus usuários. Ao propor-se partidos arquitetônicos1 próprios e diferenciados para as unidades de saúde exige-se um olhar sobre as peculiaridades dos serviços de atenção primária à saúde e sua organização. 1 Partidos arquitetônicos – através de estudo dos determinantes físicos, sociais, locais, culturais, políticos, e econômicos adota-se a definição conceitual , técnico e construtivo do projeto a ser desenvolvido. 5
  • 7. DOS OBJETIVOS Promover o alinhamento conceitual de estrutura física das unidades de saúde em nível ambulatorial. Definir os fundamentos (parâmetros) a serem utilizados para tipificar e quantificar as atividades ambulatoriais necessárias a uma localidade. Implantar a cultura da elaboração de memoriais explicativos do tipo de unidade definida (parâmetros utilizados) e das atividades desenvolvidas na unidade. Traduzir em projeto arquitetônico a leitura das necessidades definidas. Ressaltar elementos que deverão ser observados no projeto de arquitetura. DA DEFINIÇÃO DAS ATIVIDADES Definição de termos utilizados pelo Ministério da Saúde: UNIDADE - conjunto de ambientes fisicamente agrupados, onde são executados atividades afins. UNIDADE FÍSICA – conjunto de ambientes fins e de apoio pertencente a uma unidade funcional. UNIDADE FUNCIONAL – conjunto de atividades e sub – atividades pertencente a uma mesma atribuição. AMBULATÓRIO - unidade destinada à prestação de assistência em regime de não internação. ESTABELECIMENTO ASSISTENCIAL DE SAÚDE (EAS) - denominação dada a qualquer edificação destinada a prestação de assistência à saúde à população que demande acesso de pacientes , em regime de internação ou não, qualquer que seja o seu nível de complexidade. O primeiro procedimento a ser adotado quando se fala de unidades de saúde ou estabelecimento assistencial de saúde (entende-se por qualquer estrutura física ligada a área 6
  • 8. de saúde seja em qualquer nível ou especificidade de atendimento) é enquadrá-la em um dos tipos de unidade definidos na proposta técnica; este enquadramento é dado pela natureza programática contida no conceito da própria unidade (programa de necessidades). Unidades com demandas organizadas2, sem atendimento de urgências ou emergências ou internação acima de 24 horas ou procedimentos cirúrgicos, são unidades caracterizadas em nível de “ambulatório”. As nomenclaturas constantes nas normas e literaturas depara-se com vários termos3 que referem-se à estrutura física de saúde que trata de demandas organizadas e seus procedimentos ( com marcação prévia para atendimento). Na RDC 50: ATENDIMENTO AMBULATORIAL que se divide em: -ações básicas de saúde -enfermagem -consultório Revisão de literaturas: UNIDADE DE ATENDIMENTO BÁSICO DE SAÚDE UNIDADE DE ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE UNIDADE PSF (PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA) UNIDADE DE ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE UNIDADE SANITÁRIA AMBULATÓRIO POSTO DE SAÚDE CENTRO DE SAÚDE dos vários segmentos da sociedade que p COMO DEFINIR O NOME DA UNIDADE DE SAÚDE PARA UMA LOCALIDADE? 2 Demanda organizada refere-se a consultas e procedimentos em conformidade com protocolos previamente definidos pela política de saúde adotada na unidade 3 A ANVISA não se atem a definição da nomenclatura e sim nas atividades x compartimentos desenvolvida pela unidade de saúde. 7
  • 9. O Manual Técnico do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) – versão 2 /2006 apresenta a seguinte definição dos tipos de estabelecimentos de saúde: - CENTRO DE SAÚDE/ UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE: unidade para realização de atendimento de atenção básica e integral a uma população de forma programada ou não nas especialidades básicas, podendo oferecer assistência odontológica e de outros profissionais de nível superior. A assistência deve ser permanente e prestada por médico generalista ou especialista nestas áreas. Pode ou não oferecer: SADT e pronto atendimento 24 horas - CLÍNICA ESPECIALIZADA: clinica especializada destinada à assistência ambulatorial em apenas uma especialidade/ área de assistência (ex: centro psicossomal / reabilitação etc) - CONSULTÓRIO: sala isolada destinada à prestação de assistência médica ou odontológica ou de outros profissionais de saúde de nível superior. - POLICLINICA: Unidade de saúde para prestação de atendimento ambulatorial em várias especialidades incluindo ou não especialidades básicas, podendo ainda ofertar outras especialidades não médicas. Podendo ou não oferecer: SADT e pronto atendimento 24 horas. - POSTO DE SAÚDE: Unidade destinada a prestação de assistência a uma determinada população de forma programada ou não, por profissional de nível médio, com a presença intermitente ou não do profissional médico. -UNIDADE MISTA: unidade de saúde básica destinada a prestação de atendimento em atenção básica e integrada de saúde, de forma programada ou não nas especialidades básicas, podendo oferecer assistência odontológica e de outros profissionais, com unidade de internação sob administração única. A assistência médica deve ser permanente e prestada por medico especialista ou generalista. Pode dispor de urgência/ emergência e SADT básico ou de rotina. TABELA DE NÍVEL HIERÁRQUICO 8
  • 10. Só transcreveremos os níveis hierárquicos referentes ao nível ambulatorial : 01 - Estabelecimento de Saúde ambulatorial que realiza somente procedimentos de Atenção Básica – PAB e / ou Procedimentos de Atenção Básica Ampliada4 – PABA, definidos pela NOAS. 02 - Estabelecimento de Saúde ambulatorial que realiza procedimentos de Média Complexidade definidos pela NOAS como de 1ºnível de referência – M1. 03 - Estabelecimento de Saúde ambulatorial que realiza procedimentos de Média Complexidade definidos pelo Ministério da Saúde como de 2ºnível de referência – M2 e /ou de 3º nível de referência - M3. 04 - Estabelecimento de Saúde ambulatorial que realiza procedimentos de Alta Complexidade, definidos pelo Ministério da Saúde. COMO DEFINIR DIMENSÃO E SERVIÇOS DA UNIDADE DE SAUDE PARA UMA LOCALIDADE? Para gerar a dimensão da unidade de saúde necessária a área a ser implantada deverão ser analisado dados como perfil epidemiológico, número de habitantes, unidades de saúde existentes, raio de abrangência dos serviços, demanda existente, demanda reprimida, crescimento populaciona, etc. A PORTARIA 1101 - PARÂMETROS ASSISTÊNCIAIS DO SUS, nos fornece a definição da cobertura assistencial necessária tomando como base dados populacionais que ajudará a dimensionar a unidade de saúde: RAZÃO DE ALGUNS RECURSOS HUMANOS POR HABITANTE • Médico por habitante. 1/1000 hab. 4 Por ser o Manual técnico de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde elaborado pelo Ministério de Saúde será a referência utilizada, contudo em nomenclaturas especializadas na saúde básica a nomenclatura é Atenção Primária a Saúde (APS). 9
  • 11. - Médico generalista por habitante - 0,8/1000 hab. - Médico especialista por habitante - 0,2/1000 hab. • Odontólogo por habitante. - 1/1.500 a 5.000 hab. • Enfermeiro - vide nota nº 2 • Equipe do Programa de Saúde da Família - 1/750 a 1000 famílias • Equipe do Programa de Agentes Comunitários - 1/150 a 250 famílias Nota 1: Programa de Saúde da Família (PSF) e o Programa de Agentes Comunitários (PACS) : Ver Portaria GM 1.886, de 18/12/97 e subseqüentes ou consultar site www.saude.gov.br/sps/. Nota 2: Para dimensionamento da necessidade de profissionais da área de enfermagem, a Resolução COFEN nº 189/96, dispõe que deverá ser consideradas, entre outras, as características relativas à instituição/empresa; à missão; porte; estrutura organizacional e física; tipos de serviços e/ou programas; tecnologia e complexidade dos serviços e/ou programas . CAPACIDADE DE PRODUÇÃO, EM CONSULTAS, DE ALGUNS RECURSOS HUMANOS NA ÁREA DE SAÚDE: Recursos Humanos Carga Horária Semanal Atendimentos Assistente Social 30 horas 03 consultas/hora Enfermeiro 30 horas 03 consultas/hora Fisioterapeuta 30 horas 4,4 atendimentos/hora Médico 20 horas 04 consultas/hora Nutricionista 30 horas 03 consultas/hora Odontólogo 20 horas 03 consultas/hora Psicólogo 30 horas 03 consultas/hora Psiquiatra 20 horas 03/consultas/hora Nota 1.: Os dados acima, podem sofrer variações de acordo com convenções. Obs.: segundo a portaria 1101 pode haver variação nos dados apresentados. 10
  • 12. Diante do exposto fica definido que a unidade de saúde que referencia o tipo de atendimento aqui citado enquadra-se na definição de UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE, contudo sem pronto atendimento 24 horas, cuja dimensão terá como base os cálculos fornecidos pela portaria 1101 /2006, agregando as demais peculiaridades epidemiológicas da região. Traçadas as necessidades de saúde básica do município, deve-se elaborar o memorial explicativo onde serão apresentados os dados do município que formataram a unidade, bem como os usos e atividades que nela serão desenvolvidas, e se possível o lançamento físico- funcional de expansões futuras. Este memorial é fundamental para elaboração e análise de qualquer unidade de saúde, e será ele que norteará o projeto de arquitetura, devendo ser definido simultaneamente o projeto de recursos humanos e equipamento, e sem eles não deverá ser iniciado qualquer projeto de área física (arquitetura) de unidade de saúde. DO MEMORIAL Deverão ser elaborados dois memoriais: -O primeiro e que antecede a elaboração do projeto arquitetônico o qual será denominado de MEMORIAL DO PROJETO será aquele em que explicará o estudo desenvolvido sobre os dados estatísticos (população, demanda, perfil epidemiológico e outros) da região que deram origem ao modelo de unidade de saúde adotado para a determinada localidade. Para tal deverão ser utilizado os dados constantes na Portaria nº 1101 de 2002, que fornece os parâmetros e coberturas assistências do SUS, bem como o Manual Técnico de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde versão 2 /2006 , ambos elaborados pelo Ministério da Saúde. Há de se ressaltar que o modelo de unidade de saúde será conseqüência das atividades que forem determinadas como necessárias pelo estudo da região a ser implantada a estrutura física e que será anterior e subsidiará a elaboração do projeto arquitetônico. Deverá ser feito, 11
  • 13. concomitantemente, o cruzamento de dados sobre a necessidade de recursos humanos isto é, deverá ser definida a população de profissionais que irá atuar direta e indiretamente na referida unidade, dando origem ao PROJETO DE RECURSOS HUMANOS. - O segundo o qual denomina-se de MEMORIAL DE ATIVIDADES será o memorial que explicará o projeto arquitetônico, descrevendo o partido arquitetônico adotado, as atividades desenvolvidas na unidade , sua utilização e os fluxos determinantes da unidade. Deverá ser utilizada para subsidiar este memorial a RDC 50 da ANVISA - Ministério da Saúde. DO PROJETO ARQUITETÔNICO DEFINIÇÃO DO TIPO DE UNIDADE Após a definição das atividades que comporão a unidade de saúde, deve-se defini-la quanto a seu uso e complexidade, para, adotando as portarias e manuais citados, atribuir-lhe o nome que irá referenciá-la. Será adotada o que abaixo segue; O Ambulatório (este nome apenas referencia atendimentos que pressupõe demanda organizada - consulta eletiva) que possuir: 1 atividades das clinicas básicas e de atenção básica com profissional de nível superior incluindo o médico generalista e de forma permanente podendo incluir odontologia, deverá ser chamado de: UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE (baixa complexidade 1). Vale atentar para o fato de que, mesmo dentro desta referencia podemos ter ainda: - UBS baixa complexidade - UBS média complexidade - UBS alta complexidade 2 atividades que além das acima descritas possuírem algumas clínicas especializadas e exames complementares deverão ser entendidas como: 12
  • 14. AMBULATÓRIO MÉDIA COMPLEXIDADE nível 1 - M1 AMBULATÓRIO MÉDIA COMPLEXIDADE nível 2 - M2 AMBULATÓRIO MÉDIA COMPLEXIDADE nível 3 - M3 3 Atividades que além das acima descritas possuírem uma abrangência em termos de atendimento básico e uma grande diversidade de clínicas especializadas e exames complementares será tida como AMBULATÓRIO ALTA COMPLEXIDADE. OBS. No manual técnico da CNES é permitido incorporar ao atendimento básico o serviço de Pronto Atendimento 24 horas. Contudo este quesito não será adotado, por se tratar o ambulatório de consultas eletivas, e o PA de atendimento sem prévia marcação, e, estando este dentro do que se denomina serviço de urgência de baixa complexidade, requer uma estrutura própria (vide a RDC 50 do Ministério da Saúde) . Portanto será abordada a estrutura especifica de atenção primária a saúde e suas derivações de complexidades. Existe também a necessidade de abrangência em nível rural, cuja população vence grandes distâncias para receber atendimento básico tornando-a, portanto, carente de um acompanhamento mais efetivo e resolutivo na área da saúde. Para a população rural de baixa densidade demográfica, sugere-se UNIDADE TERRESTRE MÓVEL descrito pelo manual técnico, que deverá possuir em sua equipe o médico generalista ou saúde da família. DO PROGRAMA DE NECESSIDADES Não será abordado nessa proposta a formulação de programa padrão de necessidade, uma vez que haverão variações nos fatores que determinarão as necessidades de cada região , e o que definirá estes programas será o estudo prévio da característica da localidade em que será implantado a unidade . Ressalta-se o fato de que mesmo enquadrando-as em um “nome” estas poderão possuir necessidades básicas diferenciadas e/ou em tipo e/ou em quantidade. O programa de necessidade gerado pelas atividades definidas será complementado pela RDC 50, que descreve, não só os compartimentos, mas também as áreas necessárias às atividades. 13
  • 15. Contudo, serão descritas possibilidades de programa de necessidade para uma unidade de saúde básica, o que permitirá perceber que determinadas atividades se fazem necessárias a qualquer tipo de unidade básica de saúde ou ambulatórios: programa 1 para unidades do tipo UBS baixa complexidade recepção com área para arquivo espera com área multiuso sanitário fem / masc para público (um deles com dimensão para deficiente) auditório para 50 lugares sala de acolhimento (02salas) sala de estudos técnicos sala de vacina espaço para nebulização posto de coleta de exames laboratoriais repouso - 2 leitos farmácia sala para administração sanitário fem/ masc. Func. Copa de apoio Depósito material de limpeza Expurgo Esterilização Lavanderia terceirizada Depósito de resíduos sólidos programa 2 para unidades do tipo UBS média complexidade recepção com área para arquivo espera com área multiuso sanitário fem / masc para publico (um deles com dimensão para deficiente) 14
  • 16. auditório para 80 lugares sala de acolhimento (02 a 04 salas) sala de estudos técnicos sala de vacina sala de nebulização sala de medicação sala de injeção sala de curativo posto de coleta de exames laboratoriais repouso - 2 leitos farmácia sala para administração sanitário fem/ masc. funcionario Copa de apoio Depósito material de limpeza Expurgo Esterilização Lavanderia terceirizada Depósito de resíduos sólidos programa 3 para unidades do tipo UBS alta complexidade recepção com área para arquivo espera com área multiuso sanitário fem / masc para publico (um deles com dimensão para deficiente) auditório para 100 lugares sala de acolhimento (04), sendo uma com sanitário para ginecologia assistente social nutricionista sala de estudos técnicos consultório odontológico 15
  • 17. sala multiuso área para escovação sala de vacina sala de nebulização sala de medicação sala de injeção sala de curativo sala de procedimentos posto de coleta de exames laboratoriais eletro colposcopia repouso - 03 leitos posto de enfermagem farmácia sala para coordenação da unidade sala para administração (02) sala para reunião sanitário fem/ masc. Func. Copa de apoio Depósito material de limpeza Expurgo Esterilização Lavanderia terceirizada Deposito de resíduos sólidos Ultrasson/ Raio X / Ortopedia/ – a depender do perfil epidemiológico PONTOS A SEREM OBSERVADOS NO PROJETO ARQUITETÔNICO -´Expansibilidade (projetar com possibilidades para expansões futuras) - Flexibilidade (projetar de forma a permitir alterações em sua estrutura interna) 16
  • 18. - Conforto térmico (atentar para ventilação e insolação natural, utilizar materiais que proporcionem conforto térmico ao ambiente, atenção especial ao tipo de cobertura , etc.) - Conforto acústico (em áreas que necessitam de um melhor conforto acústico utilizar materiais de revestimento próprio para este fim ) - Materiais e mão de obra (empregar na construção, materiais atentando para a cultura local) - Humanização (atentar para fluxos definidos, áreas arejadas, esperas adequadas ao volume de usuários previstos, circulações fartas, etc) - Fluxos determinados por atividades afins ( setorizar áreas de uso comum para diminuir trânsito desnecessário dentro da unidade principalmente público externo) - Manutenção (utilizar materiais de revestimento de fácil manutenção-custo x benefício) 17
  • 19. ANEXO 1 PROJETO CONHECENDO MAIS Planilha de dados que subsidiará o MEMORIAL DO PROJETO, e que fará parte do mesmo. 1 IDENTIFICAÇÃO DO MUNICÍPIO Nome da localidade : Nome do município: Data: 2 DADOS GEOGRÁFICOS Descrição da localidade em extensão : Descrição da localidade em população: (etnia, densidades demográficas, crescimento nos últimos 10 anos, etc) Descrição da localidade em atividades econômicas: (avaliar também o crescimento nos últimos 10 anos) Descrição da localidade em abrangência : (se existe demanda na área da saúde vinda de outra localidade) Descrição da localidade na área da educação: 3 DADOS DE SAÚDE 05 agravos de maior prevalência: Número e tipo de unidades de saúde existente : A quem se referencia (ou é de Referência): Programas de saúde existentes: Número e formação dos profissionais De nível superior na área de saúde e unidade que atuam: Cobertura de PAC’S/ PSF: Obs. Dados geográficos obtidos em fontes do governo: IBGE / IPES / IDH 18
  • 20. ANEXO 2 FLUXOGRAMA DE ATIVIDADES Um exemplo de interligação simples de setorização de atividades e suas ligações : POSTO DE AUDITÓRIO COLETA U ENTRADA N I SALA DE D ATENDI- A MENTO D MULTI- E P USO R O RECEPÇÃO/ SALAS C D ARQUIVO ESPERA DE E E ACOLHI- D ADMINISTRAÇÃO MENTO I M S E E N R SALA DE T V WC’S ESTUDOS I PUBLICO O TÉCNICOS S Ç O (com acesso VACINA externo (com acesso externo) Obs. - Se a farmácia for interna estará na unidade de serviço, se for externa deverá estar ligada a espera ou em suas proximidades . - Salas multiuso têm sua utilização de acordo com a agenda programada pela unidade de saúde para os profissionais (medico, enfermeiro, nutricionista, assistente 19
  • 21. BIBLIOGRAFIA SENRA, NELSON DE CASTRO. Informação estatística: política, regulação, coordenação. Ci. Inf. [online]. maio/ago. 1999, vol.28, no.2 [citado 12 Maio 2006], p.124-135. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010019651999000200004 &lng=pt&nrm=iso>. ISSN 0100-1965. GÓES, RONALD DE. Manual Prático de Arquitetura Hospitalar. São Paulo: Edgard Blücher, 2004. xiii, 193 p, il. BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA - ANVISA. Resolução RDC-50. Brasília, Ministério da Saúde 21 fev 2002. Disponível em <http://www.anvisa.gov.br/legis/resol/2002/50_02rdc.pdf>. Acesso em: 16 mai.2006. ______________. Portaria n. 1101. Brasília, Ministério da Saúde, 12 jun 2002. Disponível em <http://dtr2001.saude.gov.br/sas/PORTARIAS/Port2002/Gm/GM- 1101.htm>. Acesso em: 16 mai.2006. ______________. Manual Técnico do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde - versão 2. Brasília, Ministério da Saúde, 05 mai 2006. Disponível em < http://cnes.datasus.gov.br/Mod_DownLoad_Fces2.asp >. Acesso em: 16 mai.2006. 20
  • 22. ______________. Guia prático do programa de saúde da família. Brasília, 2001. Disponível em <http:// dtr2004.saude.gov.br/dab/saudebucal/publicacoes /guia_psf1.pdf> acesso em 16 mai 2006. 21