O documento discute as novas tecnologias na educação e como elas podem levar a um novo modelo de ensino e aprendizagem. Algumas ideias apresentadas incluem o uso de MOOCs, aprendizagem móvel, gamificação, crowdsourcing e aprendizagem híbrida para tornar o processo mais colaborativo e centrado no aluno. Também discute a necessidade de reestruturar os conteúdos e capacitar professores para esta nova abordagem.
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
O impacto das novas tecnologias na educação superior: um novo modelo de ensino e aprendizagem
1. O IMPACTO DAS NOVAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO:
UM NOVO MODELO DE ENSINO E APRENDIZAGEM
RYON BRAGA
2. É senso comum que as pessoas aprendem com o histórico de seus erros. E quanto mais erram,
mais chances possuem de aprender.
Nas questões simples e teóricas do aprendizado, este parece um caminho razoável, mas nas
questões complexas da vida, quando se precisa tomar decisões relevantes, cujas consequências
irão definir/modificar de forma indelével seu futuro, esta via de aprendizado não parece ser a
mais inteligente.
APRENDIZADO PROSPECTIVO
Para se efetuar uma análise prospectiva é preciso ter a maior
visão de conjunto possível sobre a questão, para isto
precisamos:
• Ampliar a gama de aspectos (variáveis do problema a ser
analisado). Ser mais detalhista.
• Aprofundar as relações causais entre estas variáveis
(técnica analítica de identificação do fator causal).
• Não analisar particularidades do problema fora do seu
contexto.
3.
4. TESE DA CONVERGÊNCIA DO EAD E DO PRESENCIAL
a) Crescente aceitação da sociedade e do mercado de trabalho pela formação na
modalidade à distância.
b) Convergência do perfil de público entre as modalidades de ensino (presencial e
à distância).
c) Convergência do portfólio de cursos entre as duas modalidades.
d) Convergência nas metodologias de ensino utilizadas por ambas as
modalidades.
e) Convergência nas mídias e tecnologias utilizadas por ambas as modalidades.
f) Possibilidade real e concreta de extensão do financiamento público ao
estudante (FIES) para a modalidade à distância.
g) Equivalência na qualidade educacional (resultado de aprendizado dos alunos)
de ambas as modalidades de ensino, de acordo com as medidas oficiais do
Ministério da Educação, com ligeira vantagem para a modalidade à distância.
h) Elevação do nível de satisfação do estudante de EAD com consequente
redução da evasão.
7. SCORE DE DESEMPENHO
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
FATORES DETERMINANTES DA QUALIDADE DE UMA IES NA
ATUALIDADE
60% é determinada pelo Nível do aluno ingressante.
30% é determinada pelo projeto pedagógico, mais.
acentuadamente pelo Nível de exigência sobre o aluno.
10% é determinada pela Diferença do IQCD dos docentes da IES.
FATORES DETERMINANTES DA QUALIDADE DE UMA IES EM FUTURO
PRÓXIMO
40% Nível do aluno ingressante.
30% Metodologia de Ensino/Aprendizagem.
30% Mecanismos de controle do processo da aprendizagem.
ENADE
A QUALIDADE MEDIDA PELO ENADE
12. EXEMPLO DE MUDANÇAS RADICAIS
DINAMARCA (fevereiro de 2011)
① Todas as provas, em todos os níveis do sistema de ensino
do país, podem ser feitas com consulta irrestrita à internet.
② A quantidade de dias letivos no ano será reduzida em 10%.
14. a) 70% através da captação de informações repassadas em AULAS EXPOSITIVAS.
b) 20% através da leitura das anotações das aulas e dos textos indicados pelo
professor.
c) 10% através de outros meio, como: estudos em grupo; atividades de pesquisa
para desenvolvimento de “trabalhos” a serem entregues; leituras
complementares, etc.
COMO SE DÁ A APRENDIZAGEM HOJE EM NOSSAS IES
15. AULA
1. É geralmente um processo expositivo.
2. Não faz diferença se é ministrada para 10 ou para mil estudantes. Aliás, sua função é
a da maximização do alcance desta atividade.
3. No entanto, não é desprovido de importância.
4. Ela pode ter várias funções importantes, tais como:
• Estabelecer a visão de conjunto sobre determinado tema.
• Apresentar informações novas e relevantes.
• Elucidar um ponto de vista ou uma nova forma de raciocínio ou compreensão de determinada
situação.
• Sugerir questões investigativas e provocativas.
• Demonstrar, a partir da experiência pessoal, como se deu a construção do conhecimento
naquele ponto.
• Mostrar a aplicabilidade de determinado conhecimento.
5. Só não tem a função de fazer alguém aprender efetivamente.
Pois acontece que, se um estudante ficar o tempo todo somente assistindo boas
aulas, aprenderá muito pouco.
A AULA É UM EXPEDIENTE RELEVANTE, MAS COMPLEMENTAR E SECUNDÁRIO NO
PROCESSO DA APRENDIZAGEM
16. De 4 horas diárias, alunos do ensino médio aprendem só
em 1h44
Ibope usa pela primeira vez método para medir a audiência nas escolas e chega
a este resultado em um grupo experimental médio – FOLHA DE SÃO PAULO -
18/11/2012
Da carga horária anual de 800 horas previstas pela legislação brasileira para as
escolas de ensino médio, apenas 43%, ou 344, são efetivamente de atividades
de aprendizado. O dado é de um estudo inédito realizado pelo Ibope em 18
escolas públicas para medir a “audiência” desta etapa de ensino.
O resultado foi alarmante. Entre as 4 horas de aula que são obrigatórias por dia,
apenas em 1 hora e 44 minutos o professor está oferecendo uma atividade aos
estudantes. “Mais da metade do tempo é qualquer outra coisa, que não
aprendizado”, diz Ana Lima, diretora-executiva do Ibope.
CURRÍCULO E DESPERDÍCIO
19. MOOCs – Massive Open Online Courses
O edX pretende atingir a meta de
1 bilhão de alunos até 2020.
Coursera já tem 62 universidades
consorciadas
Coursera – já possui 5 cursos que valem
crédito universitário.
Hoje já tem 25 universidades consorciadas
20. MOOCs – Massive Open Online Courses
• Como os MOOCs irão afetar as IES presenciais e o
EAD?
• A validação de créditos irá se tornar universal?
• Se sim, a questão da marca (grife da IES) vai ser o
fator decisivo, ou ainda teremos diferença de
preços?
• As IES competirão com os cursos online ou se
utilizarão deles para compor seus currículos?
39. MOBILE LEARNING – Aprendizagem Móvel
Utilização de dispositivos móveis, principalmente tablets e smartphones,
para facilitar o processo da aprendizagem.
40. GAME BASED LEARNING
Aprendizagem Baseada em Jogos
Ludz é um jovem que deseja conhecer mais sobre a história de seus antepassados no longínquo arquipélago de
Insulam, onde os níveis de energia são medidos de acordo com o conhecimento acumulado. Alunos e professores
compartilham a aventura deste jogo, que objetiva trabalhar de forma lúdica conceitos da Língua Portuguesa e da
Matemática, oferecendo relatórios simultâneos de cada etapa superada. Nesse percurso, mini-jogos exploram o
desempenho cognitivo e aspectos socioemocionais que são pré-requisitos para a plena apropriação dos conteúdos
trabalhados.
43. CROWDSOURCING – Construção Coletiva
Um modelo que utiliza a inteligência e o conhecimento de um grupo de
pessoas visando resolver determinados problemas, encontrando soluções
ou desenvolver tecnologias.
44. Uma nova forma de solucionar problemas a
partir de propostas inovadoras.
Desafios reais
Nas escolas aprendemos o que é certo, mas na vida
fazemos o que dá certo. Em nossa Escola você terá
contato com desafios reais enfrentados pelas
empresas e pela sociedade. Não faremos estudos de
caso, criaremos novos casos que realmente façam
sentindo para as pessoas.
45.
46.
47. ePortfólio – Portfólio Digital
Ferramenta de armazenamento da produção intelectual do aluno em diversos
meios, facilitando o acesso do professor e a avaliação
48. Plataforma Adaptativa
Software que gerencia a aprendizagem e possibilita ao professor escolher
atividades em função das necessidades dos alunos, reconhecida pelos erros
e acertos dos exercícios propostos na plataforma.
54. REESTRUTURAÇÃO DE CONTEÚDOS
Situa-se em Needham, Massachusetts (14 km a oeste de Boston).
Não tem disciplinas, tudo é baseado em projetos, desde o primeiro semestre. A maior parte
dos projetos são voltados à solução dos problemas da comunidade. Nasceu em 2002 e já é
uma das melhores escolas de engenharia do mundo.
56. QUAL SERÁ O CAMINHO A SER PERCORRIDO
PARA CHEGARMOS A ESTE NOVO MODELO?
57. Objetivos dos Learning Centers:
1) Definir as diretrizes metodológicas e os modelos de ensino da instituição.
2) Preparar e/ou orientar a preparação dos materiais didáticos (materiais de
ensino e aprendizagem).
3) Estruturar um repositório de objetos de aprendizagem.
4) Acompanhar e avaliar o desempenho dos docentes.
5) Auxiliar na melhoria de desempenho dos docentes com avaliação
insatisfatória.
6) Criar instrumentos para aferir o real nível de aprendizagem dos alunos.
7) Criar instrumentos para garantir a efetiva aprendizagem do alunos.
8) Capacitar os professores.
9) Capacitar os estudantes.
CRIAÇÃO DE CENTROS DE ENSINO E APRENDIZAGEM
LEARNING CENTERS
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• Conhecimento e utilização do modelo e metodologia de ensino
utilizada pela instituição.
• Compreensão do perfil do alunado, suas limitações, suas
potencialidades e seus fatores motivacionais.
• Compreensão dos mecanismos da aprendizagem (entender como seu
aluno aprende).
• Entendimento em profundidade da relação ensino/aprendizagem.
• Didática.
• Avaliação
• Preparação de atividades de ensino e aprendizagem.
• Técnicas de ensino.
CAPACITAÇÃO DOS PROFESSORES
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• Métodos e técnicas de estudo.
• Sensibilização para a co-responsabilidade na aprendizagem.
• Pesquisa e investigação.
• Pensamento Crítico.
• Autodidatismo.
• Projeto de Vida (com metas individuais de crescimento intelectual e de
desenvolvimento pessoal).
CAPACITAÇÃO DOS ESTUDANTES
60. 1. Surgimento de um modelo híbrido de educação, mesclando atividades presenciais
com atividades mediadas por tecnologia.
2. Internacionalização e bilinguismo na educação superior.
3. Maior controle e padronização dos processo de ensino-aprendizagem, dos
conteúdos programáticos e das atividades docente.
4. Concorrência não convencional: influência crescente da educação não formal e
novas formas de aprendizagem.
5. Mudança no papel e no perfil do docente.
6. Educação centrada na aprendizagem, e não no ensino.
7. Organização do conhecimento não mais por disciplina ou área de conhecimento
tradicional, mas sim orientada pela aplicação do conhecimento.
8. Ensino voltado ao desenvolvimento de competências.
9. Ensino orientado para a solução de problemas.
10. Atomização do conhecimento (criação de objetos de aprendizagem).
PANORAMA DA EDUCAÇÃO SUPERIOR
61. 1) Aprendizagem centrada no estudante
2) Foco no resultado com controle de qualidade em todas as etapas do processo, em
função dos objetivos a serem atingidos em cada etapa.
3) O resultado nos exames oficiais é pré-requisito mínimo de qualidade a ser
acompanhada e controlado pelo Sistema.
4) Acompanhamento e orientação permanente do estudante. A base é o trinômio:
orientação-acompanhamento-avaliação.
5) Autodidatismo exercido através de um conjunto de atividades opcionais e
obrigatórias selecionadas em conjunto com o professor orientador.
6) Estrutura com menos docentes, melhores docentes e com mais tempo de
dedicação à instituição.
7) Aula estruturada
8) Professor posicionado como gestor do processo de aprendizagem do estudante.
9) Interdisciplinaridade
ALGUMAS PREMISSAS PRINCIPAIS DO MODELO DE
APRENDIZAGEM INTEGRADA
62. BASES DO MODELO EDUCACIONAL PROPOSTO
MODELO ATUAL MODELO PROPOSTO
1
Excesso de aulas expositivas de baixo impacto na
aprendizagem.
Protagonismo do estudante.
2
Cronograma rígido – tempo coletivo. Nivelamento
por baixo.
Aulas que seguem o ritmo das necessidades individuais de
cada aluno.
3 Modelo passivo de ensino e aprendizagem. Modelo ativo de ensino e aprendizagem.
4 Progressão lacunada.
Evolução sem lacunas. Conceitos básicos compreendidos em
profundidade, oferecendo condições para a compreensão e o
domínio de elementos mais complexos.
5 Professor como retransmissor de informações.
Valorização do papel do professor como autêntico
orientador, preceptor e curador de conteúdos.
6 Estrutura rígida, centralizada e descontextualizada.
Espaço para o aprender a aprender; estímulo a criatividade, a
solução de problemas e a contextualização com a realidade
do estudante.
7 Baixo nível de interação efetiva. Ampliação da interatividade.
63. “O aluno não terá mais a dispersão das disciplinas”
Aloízio Mercadante (Folha de São Paulo 16/08/12)