1) O documento discute a produção caseira de cosméticos naturais e suas vantagens em relação aos produtos industrializados. 2) Ele fornece informações sobre ingredientes naturais comuns e suas propriedades, além de receitas básicas para diferentes tipos de formulações como loções, soluções e geís. 3) O texto também classifica os principais tipos de matérias-primas usadas em cosméticos de acordo com sua função, como emolientes, umectantes e conservantes.
Aula 1, 2 Bacterias Características e Morfologia.pptx
Curso completo de cosméticos naturais
1. Introdução:
Desde a remota antiguidade o homem tem buscado ba natureza
substâncias que o possam auxiliar na conservação da juventude,
retardando o aparecimento dos sinais da idade. Plantas, sementes, mel,
cereais, argila, são usados como cosméticos a muito tempo. Com o
desenvolvimento da industria de cosméticos, estes produtos foram
relegados a segundo plano.
Porém, notando o prejuízo causado pelo uso abusivo de algumas
substancias, o homem voltou a se interessar por produtos naturais, que
causar menor impacto a saúde e do meio ambiente.
Em tempos de tecnologia avançada sofisticadas e processos avançados
de automatização, haverá aquelas que possam ver na manipulação de
cosméticos, com suas técnicas artesanais de produção, um retrocesso
ou uma volta ao passado. Diríamos a estes que o termo correto para
esta suposição, seria de volta do futuro. A razão é obvia pois a
manipulação resgata a presença e a essencialidade do especialista,
possibilita o profissional da química a personalização da formula e
fornece ao cliente um medicamento sob medida, individualizado.
Atende assim, ao anseio do homem contemporâneo – o de ser tratado
como ser único – na contra mão da massificação imposta pelas
tecnologias de alta produtividade.
Com esse curso, se uma pessoa quiser produzir seus próprios
cosméticos, ou mesmo ao escolher seu cosmético industrializado, ela
terá conhecimento para a escolha do produto mais adequado a suas
características fisiológicas. Também foram selecionadas para este curso
as plantas mais utilizadas, como descrição de suas propriedades e as
formas de uso.
Muitas pessoas são alérgicas a cosméticos, muitas vezes isto ocorre por
causa dos conservantes, corantes e perfumes utilizados. Quando estes
produtos são preparados em pequenas quantidades em formulações
especificas, estes aditivos não precisam ser usados.
“Aquilo que guardamos para nós, acabamos perdendo um dia;
aquilo que damos, conservamos às vezes, para sempre”.
2. Curso de cosméticos
1º) Aspectos Gerais das formulações para uso tópico
Preparações
Dermatológicas
pectos cosm sempre.”dendo um iuilo que
damos, conservamos as vezes , para sempre.s. odutos naturais,
que causar menor impacto
Destinam-se a serem aplicadas sobre a pele e mucosas acessíveis,
com uma função terapêutica ou protetora.
Ações na Pele
a) ANTINFLAMATÓRIA: diminui o edema, eritema e a
sensibilidade
b) ADSTRINGENTE: produz a vaso constrição local e a
coagulação de albuminas.
c) EMOLIENTE: suaviza a pele prevenindo o ressecamento
d) DUBEFACIENTE: produz vaso dilatação local
e) QUERAFOLÍTICA: dissolve formações queratoliticas
f) QUERATOPLÁSTICAS: promove a renovação do epitélio
g) PIGMENTOGÊNEA: estimula a produção de melanina
h) DESPIGMENTOGÊNEA: inibe a produção de melanina
facilita a remoção de manchas
i) ANTIACTÍNICA: protege a pele contra os efeitos da
radiação solar.
2º) Veículos para Medicações Tópicas
a) SOLUÇOES
Produtos da dissolução de qualquer substancia em um líquido,
ou mistura de líquidos, formando um sistema homogêneo.
Veiculo mais comuns: água e misturas de álcool/água.
Ex.: solução formol 5%, solução de minoxidil a 2% etc.
b) SUSPENSÕES
3. Dispersão de um pó em um líquido, que nele seja insolúvel.
Ex.: suspensão de enxofre, suspensão de calamina etc.
c) EMULSOES
Preparações de aspecto leitoso, obtidas pela dispersão de duas
fases não miscíveis (óleo e água).
d) POMADAS
Preparações constituídas exclusivamente por um ou mais
corpos graxos de consistência mole.
Ex.: Pomada simples (vaselina + lanolina)
e) PASTAS
Preparações constituídas por um veículo aquoso ou oleoso
incorporadas de 20% a 50% de substâncias pulverulentas não
solúveis
Ex.: Pasta d’água (veiculo aquoso)
Pasta de oxido de zinco (veículo oleoso)
f) GELES
Dispersões semi-sólidas transparentes que liquefazem ao
contato com a pele, deixando uma camada delgada não
gordurosa.
São obtidos por dispersão de materiais mucilaginosos naturais
ou sintéticos (Agar, gelatina, metrecelulose, hidroxi-etil-
celulose (natrosol) pectina, plietilenoglicol, carbopol, etc.) na
água, ou mistura de água e ouros solventes.
Ações de Ativos na Pele
Anticaspa e Antiseborréico
4. Fármaco Concentração Forma Farmacêutica
Sulfeto de Selênio 2,5% Shampoo
Piritionato de 1-2,5% Shampoo
Zinco
Tintura de LCD 5% Shampoo e Loção
Óleo de Cadê 2% Shampoo e Loção
Ácido Salícilico 1-3% Shampoo e Loção
Enxofre 1% Shampoo e Loção
Undecilinato de Zinco 1-10% Shampoo
D
Estimulantes do crescimento capilar:
Substâncias rubefacientes ou revulsivas e vasodilatadoras, são
utilizadas para estimular o folículo piloso, promovendo crescimento
capilar em casos de alopecia hereditária dependente de androgênios
(calvície padrão masculina ou feminina).
5. Fármaco Concentração Forma Farmacêutica
Minoxidil 1-3% Solução
Pilocarpina 0,01-0,1% Solução
Tintura de Cantarida 10-15% Solução
Tintura de Jaborandi 10-40% Solução
Tintura de Cápsico 10-15% Solução
Hidrato de Cloral 5-10% Solução
Dermatomicoses: Tinha, Oncomicose, Micose interdigital (pé de atleta),
Micose inguinal.
Fármaco Concentração Forma Farmacêutica
Miconazol 1-2% Creme ou Loção
Clotimazol 1% Creme ou Loção
Tolnaftato 1% Creme ou Solução
Ácido Undecilênico 1-10% Creme ou Solução
Enxofre 3% Pomada
Ácido Salicílico 6% Creme, Pomada, Solução
Pytiriase versicolor
Fármaco Concentração Forma Farmacêutica
Sulfeto de Selênio 2,5% Suspensão
Piritionato de Zinco 1-2% Suspensão
Hiposulfito de Sódio 40% Solução
Propilenoglicol 50% Solução
Ácido Salicílico 2-6% Pomada ou Loção
Iodo 1% Solução
Antimicótico
6. As micoses são causadas por fungos e podem ser divididas em
superficiais e profundas. Nas superficiais, que são as que nos
interessam, o fungo se localiza sobre a pele ou redor dos pelos, ou
penetra apenas na camada externa da epiderme (camada córnea) ou na
raízes dos pelos e nas unhas. Entre as micoses superficiais as mais
comuns são: candidiase, dermatomicoses (tinha, onicomicoses, micose
interdigital ou inguinal) e pytiriase versicolor (micose de praia)
Fármaco Concentração Forma Farmacêutica
Miconazol 1-2% Creme ou loção
Clotrimazol 1% Creme ou loção
Nistatina 100.000UI/g Creme ou pomada
Violeta de Genciana 1-2% Solução
Cetconazol 0,1-0,2% Creme ou shampoo
Bifonazol 0,1% Solução spray
SOLUÇÕES AQUOSAS E HIDROALCOÓLICAS
PARA USO TÓPICO
Produtos da dissolução de qualquer substancia em um líquido, ou
mistura de líquidos, formando um sistema homogêneo, para fins de
aplicação na pele e couro cabeludo.
Veículos mais comuns: Água e misturas de Álcool/Água
Formulas Orientativas:
Loção de Minoxidil a 2%
7. Minoxidil 2g
Propilenoglicol 5 ml
Álcool a 70% q.s.p 100 ml
Solução antimicótica
Iodo 1g
Ácido benzóico 2g
Ácido Salicílico 3g
Álcool a 96º q.s.p 100 ml
Solução de clindamicina
Cloridrato de clindamicina 2g
Propilenoglicol 5 ml
Álcool isopropilico 70% 50 ml
Água destilada q.s.p 100 ml
CLASSIFICAÇÃO DAS MATÉRIAS-PRIMAS
Existe, também, uma classificação das matérias-primas de acordo
com a função ou efeito cosmético. Elas podem ser tensoativas,
emolientes, umectantes, espessantes, hidratantes, conservantes,
quelantes, perfumes, corantes e pigmentos.
Tensoativas
São substâncias que possuem em sua estrutura molecular gurpos
hidrofílicos, com afinidade pela água, e grupos lipofílicos, com afinidade
por lipídeos. Por isso, são capazes de diminuir a tensão superficial de
um sistema. As substâncias tensoativas tem as seguintes propriedades:
8. - Umectância: é a capacidade que uma substancia líquida possui de
umedecer ou molhar uma superfície sólida.
- Detergencia: é a capacidade que uma parte da molécula (o grupo
polar) possui de arrastar detritos e impurezas de um superfície.
- Espumógena: capacidade de produzir espuma.
- Estabilização da espuma: alguns tensoativos tem a propriedade de
mantes a espuma por algum tempo, evitando que logo desapareça.
Emolientes
Evitam ou atenuam o ressecamento da pele. Essas substâncias
amaciam e suavizam a pele.
Umectantes
Essas substâncias tem a capacidade de absorver água do
ambiente, molhando a superfície da pele, o que melhora a sua
aparência.
Espessantes
Servem para dar viscosidade ao produto ou conferir-lhe a forma
de gel.
Hidratantes
São substâncias higroscópicas intracelulares. Elas são diferentes
dos umectantes porque intervem no processo de reposição de do teor de
água da pele de maneira ativa, ao contrario dos umectantes que são
passivos.
9. Conservantes
Preservam os produtos de oxidaço~es e ataques microbianos.
Quelantes ou seqüestrantes
Complexam íons metálicos polivalentes, como o cálcio e o ferro.
Através da ação dos quelantes, esses íons são removidos da solução e
ficam ligados a uma estrutura cíclica bastante estável. Os seqüestrantes
são importantes nas fórmulas de xampus para evitar que o íon cálcio
interfira na formação de espuma.
Perfumes
Para aromatizar os cosméticos. Podem ser de origem vegetal
(essências de plantas), animal (almíscar e âmbar) e sintética.
Corantes
Conferem cor ao produto. Os corantes podem ser naturais ou
sintéticos. Os pigmentos podem ser orgânicos ou inorgânicos.
A tabela 1 traz uma lista de matérias-primas classificadas de
acordo com sua função e as formas cosméticas em que são utilizadas.
Tabela 1. Principais matérias-primas de uso em cosmética
CATEGORIA FUNÇÃO/NOME FORMAÇÃOCOSMÉTICA
10. TENSOATIVOS Aniônicos Sabonete cremosos
• Sabão de ácidos
graxos Loções de limpeza,
• Lauril sulfato de sódio sabonetes cremosos. São
(ou de TEA ou de também utilizados para o
amônia) “amolecimento de
• Lauril éter sulfato de comedões”.
sódio (ou de TEA ou Mesmo uso que os
de amônia) anteriores, sendo menos
• Lauril éter sulfo- agressivo.
succinato de sódio
Catiônicos Antimicrobianos, utilizados
• Composto de amônio em desodorantes e em
quaternário: cloreto de alguns xampus anti-caspa.
trimetil amônio Condicionador para os
(CETAC) ou brometo cabelos.
(CETAB) Idem anterior.
• Sais de dialquil
dimetilamônio
• Cloreto de benzalconio
Não-Iônicos Xampus, como agente
• Monoetanolamidas e sobreengordurante,
dietanolamidas de estabilizador de espuma,
ácidos graxos de coco doador de vicosidade.
• Mono e diestearato de Sabonetes líquidos.
etilenoglicol Xampus como agente
• Estearato de perolizante.
polietilenoglicol Emulsificante
Mono e deistrearato de
glicerila
Anfóteros Usados em cremes, loçoes
Betaína de coco, cremosas, sabonetes
cocoamidopropil líquidos, xampus mais
betaína, coco suaves (infantis).
carboxianfoglicinato de Géis higienizantes.
sódio
EMOLIENTES Hidrocarbonetos Aparecem praticamente
11. oleosos/ceras em todas as formulações:
Óleo mineral, vaselina, cremes emulsionados
parafina, ozoquerita, água em óleo e óleo em
água; cremes anidros
ceresina, polietileno,
esqualene (baton, blush em bastão e
em cremeente em todas
as formulaquerita,
ceresina, polietileno,
esqualene,e
Ácidos carboxílicos
graxos
); emulsões
• Saturados: láurico,
fluidas (leite e loções
esteárico, mirístico,
cremosas) e em
palmítico, etc.
demaquilantes.
• Insaturados: oléico,
linoléico, etc.
Álcoois graxos
• Saturados: laurílico,
cetílico, estearílico,
mirislico, etc.
• Insaturados: oleílico,
etc.
• Esteróis
Colesterol e derivados
Ésteres de ácidos
graxos e glicerol
Glicéridos:graxos e
glicerol
mono e
diglicéridos (mono e
diestearato de glicerila)
12. Triglicéridos
Óleos vegetais fixos (de
abacate, semente de
uva, girassol,
macadâmia etc.
Ésteres de ácidos
graxos e álcoois
graxos sintéticos
(líquidos ou pastosos
Miristato de isopropila,
palmitato de isopropila
Ceras ou céridos
Cera de abelha,
espemacete (animal),
cera de carnaúba,
candelila (vegetal),
estearato de cetila
(sintética), etc.
Estéridos
Lanolina anidra e
derivados
Silicones oleosos
Dimetilpolisilane e seus
copolímeros
Fosfolipídeos
Lecitina: emoliente que
possuui um bom poder
de penetração na pele.
Amidos de ácidos
graxos e etoxilados
UMECTANTES Propilenoglicol Praticamente em todas as
Glicerina formas cosméticas:
cremes loções, géis.
Etilenoglicol Também auxiliam a boa
Polietilenoglicol aparência dos cremes.
lactatos
HIDRATANTES Polissacarídeos Cremes, soluções
ionizáveis, loções, loções
13. Ácido hialurônico cremosas, pós, etc
Mucilagem (extrato de
Aloe Vera, algas, etc.)
Aminoácidos e
proteínas
PCA (ácido pirrolidin
carboxílico)
Hidrolisado de colágeno,
elastina etc.
Proteínas conjugadas
glicosaminoglicanos
(pentaglicanos)
ESPESSANTES Inorgânicos Praticamente em toda
Silicatos coloidais forma cosmética que
(bentonita, veegun, precisa aumentar sua
etc.) viscosidade e, em
particular, para a
Derivados da celulose formação de géis.
Carboximeticelulose,
hidroxieticelulose, etc.
Polímeros
• Vinílicos: carbopol,
álcool polivinílico.
Polissacarídeos: amido,
agar-ágar,
carragenatos, gomas
(guar, karaya,
tragacante), alginatos,
etc.
PRESERVANTES Ésteres do ácido Os preservantes
benzóico com função praticamente aparecem
em todas as formulações e
a escolha de um deles ou
Fenólica ou associação de vários
parabenos dependerá do pH de
p-hidroxibensoato de outros itens da formulação
metila (nipagim) (por causa da
compatibilidade, etc.)
p-hidroxibenzoato de
propila (nipasol)
14. também existem os de
etila e butila
Outros grupos
Imidazolidinilurea
(germall)
Isotiazolonas
Álcool benzílico
Álcool etílico (acima de
20%)
Fenoxietanol
p-clorometaxilenol
ANTIOXIDANTES BHT-Ter-butil Aparecem nas várias
hidroxitolueno formas cosméticas; a
escolha vai depender do
BHA-Ter-butil
hidroxianisol uso a que se destina o
cosmético.
Vitamina C (ácido
ascórbico)
Vitamina E (tocoferol)
Hidroquinona, bissulfito
de sódio, etc.
SEQUESTRANTES EDTA-Etilenodiamino Cremes, sabonetes e,
tetracético ou seqüestrol principalmentes, xampus.
ou versene
Ácido cítrico, ácido
fosfórico e derivados
Nota: os ácidos cítrico e
fosfórico são utilizados
como sinérgicos para
alguns antioxidantes
Alguns reagentes importantes
Trietanolamina, C6H15O3N
15. Monoetanolamina + dietanolamina + trietanolamina
H CH2-CH2OH CH2-CH2OH
H2C-CH2-N H2C-CH2-N H2C-CH2-N
OH H OH H OH CH2-CH2OH
Líquido incolor ou amarelo, viscoso e higroscópico
Solúvel em água, etanol, glicerina e acetona
Pouco solúvel em óleos
Escurece quando exposta a luz
Agente emulcionante (promover a mistura entre as fases aquosa e
oleosa)
Propilenoglicol, 1, 2 – propanodiol
Incolor, viscoso, miscível em água
Miscível em óleos e essências (propriedade de segurar a essência
do produto)
Agente umectante (estabelece pontes de hidrogênio com as
moléculas de H2O)
Ácido esteárico / octadecanóico (C18H36O2)
Sólido branco
Pouco solúvel H2O, solúvel álcool etílico (1:21) e no benzeno (1:5)
Usado na preparação de tópicos (uso externo)
Evanecentes (que “somem” na pele)
Emulcionante / e doador de consistência.
Monoesterato de glicerina
Sólido branco em escamas
16. Pf = 50º C e 60º C
Insolúvel em água e solúvel em álcool, benzeno, éter e óleos
Característica do creme / estabilizador de vicosidade
Cera branca de abelhas
Ésteres de ácidos graxos, acíclicos, saturados ≠ monoesterato
Consistência e cremes e pomadas
Lubrificantes
Óleo mineral
Mistura de hidrocarbonetos líquidos obtidos do petróleo
Emoliente e redutor de consistência
Óleo de amêndoas
Deixa a pele macia
É rico de vitamina A e E (antioxidantes
Óleo de silicone
Hidrófobo (impede que o creme seja retirado da pele)
Protege da radiação ultra violeta
Nipazol (propil/p-hidroxibenzoato de n-propile)
Conservante na fase oleosa
Antifúngico (0,02 a 0,1%) C10H12O3
Nipageim (metillparabeno ou p-hidroxibenzoato de metila)
17. Conservante na fase aquosa
Anti-séptico (0,05 a 1%) C8H8O3
Colágeno (proteina dos tecidos contuntivos)
Fortalece e regenera a pele
Uréia (carbamida, carbodimida)
Cicatrizantes / hidratantes
Para pele seca e rachada
Matérias-primas naturais
As matérias-primas naturais tem a vantagem de serem facilmente
encontradas. Muitas delas são alimentos comuns, como frutas,
hortaliças, mel e cereais, outras são ervas medicinais que podem ser
cultivadas em casa. Esse tipo de matéria-prima pode ser usada em
preparados estritamente domésticos ou pode fazer parte de formulações
mais complexas, encontradas no mercado. A Tabela 2 contém uma
relação de vegetais e suas propriedades como agentes cosméticos para
a pele e para o cabelo.
Tabela 2. Vegetais e seu uso nos tratamentos de beleza
ESPÉCIE PROPRIEDADES COMO USAR
18. Abacate Pele: restaura reservas Máscaras feitas com a polpa
oleosas, remove impurezas para pele e cabelos; óleos,
da pele cremes e loções (0,1-5%)
Cabelo: para cabelos secos
Abacaxi Pele: rejuvenescedor pe Máscaras faciais para peles
contém enzimas ásperas
Agrião Pele: anti-acne, para pele Loções desinfetantes para
oleosa peles acnéicas, cremes para
Cabelo: anti-caspa e anti- peles oleosas, xampus e
queda sabonetes (2-3%)
Loções tônicas (2-5%)
Alecrim Pele: limpa e estimula a Vaporização, tônicos,
circulação, anti-acne máscaras, sabonetes,
Cabelo: contra queda, enxágüe dos cabelos, banho
anti-caspa, para estimular (até 10% de óleo
o crescimento e escurecer essencial), loções capilares
e dentifrícios (até 3% de
extrato glicólico), xampu
(até 5% de extrato
glicólico)
Alface Pele: emoliente, Máscara facial para
cicatrizante, calmante repouso, máscara contra
irritação dos olhos
alfazema Pele: limpa, amacia e Produtos para banho,
acalma, contra acne xampus, sabonetes, géis,
Cabelo: aromatizante, máscaras, loções, óleos
para cabelos oleosos para o rosto (até 10%)
Alho porró Pele: cicatrizante
Amêndoa Pele: amacia, clareia e Banhos enriquecidos
suaviza fricções em joelhos
ressecados, removedores
de cravos, loções faciais e
preparados para limpar a
pele
Amora preta Pele: as folhas são Loções para tecido cutâneo
adstrigentes cansado, banhos
enriquecidos
arnica Pele: tônico, estimulante e Xampus, loções capilares,
sabonetes, géis (2-10% de
19. adstriente extrato glicólico ou tintura
Cabelo: estimula o hidroalcoólica)
crescimento, combate a
oleosidade
artemísia Pele: relaxante
Aveia Pele: nutre e remove a Removedores de rugas de
sujeira entranhada no impurezas, banhos
poros, clareia a cútis enriquecidos, usada para
lavar o rosto (pele oleosa)
Babosa Pele: emoliente, Xampus para cabelos secos
umectante, calmante e e anti-caspa; sabonetes,
bactericida, hidratante cremes e loções faciais (até
Cabelo: fortalece, anti- 30% de gel fresco)
queda, anti-caspa
Bardana Pele: cicatrizante, para Vapores faciais para pele
manchas, adstrigente, manchada, xampus, tônicos
calmante capilares, cremes e loções
Cabelo: contra caspa, para peles oleosas (1-3%
seborréia, queda de de ext. glicólico ou decocto)
cabelos
boldo Pele: calmante
Calêndula Pele: anti-inflamatória, Cremes e loções para peles
anti-alérgica, cicatrizante e sensíveis produtos pós-
protetor solar barba e pós-depilação,
produtos para cabelos,
sabonetes (5-10%)
Camomila Pele: adstrigente, Xampus, sabonetes e
calmante, anti-alérgica, banhos de espuma (2-5%);
cicatrizante, emoliente, cremes, loções e géis para
protetor solar, anti- peles delicadas, produtos
inflamatória infantis (5-12%), tônicos,
Cabelo: clareador e dá vapores faciais, produtos
para higiene bucal (3-5%)
brilho
capuchinha Cabelo: anti-caspa, anti- Xampus, tônicos capilares
seborréico, estimulante da (1-6%)
circulação periférica
Castanha do Pele: lubrificante, Xampus cremes, máscaras,
pará nutriente, emoliente, loções (2-5%)
20. contra manchas, pele seca
e envelhecida
Cabelo: opaco, quebradiço
Cavalinha Pele: anti-acne, Xampus, loções capilares,
adstrigente, tonificante, cremes anti-celulite e anti-
anti-inflamatória, contra estrias, loções adstrigentes
celulite e estrias (4-6%)
Cabelo: anti-queda
Cebola Pele: puxa as impurezas
dos poros e elimina as
bactérias
Centelha Pele: anti-rugas, Géis, cremes e loções
cicatrizante, anti- suavizantes (2-5% de ext.
inflamatória, tratamento de glicólico)
celulite
Confrei Pele: cicatrizante, Cremes (10-15%)
emoliente, anti-rugas, anti-
acane
Cabelo: anti-caspa
Erva doce Pele: remove impurezas,
anti-rugas
Funcho Pele: purgatvo, Sabonetes: 1-5%
desintoxicante, calmante, Massagens, compressas,
indicado para pele grossa e banho
porosa
Gergilim Pele: amacia, refresca, Cremes, máscaras, loções
protetor solar, rejuvenesce cremes de limpeza e
pele cansada nutritivos (1-5%)
Germe de Pele e cabelo: para peles Cremes e loções nutritivas e
trigo e cabelos secos, que emolientes, xampus,
necessitam regeneração, sabonetes, loções capilares
nutrição e elasticidade e condicionadores (2-5% de
óleo)
Guanxuma Pele: emoliente, tônico, Xampus para cabelos
(Sida sp.) adstrigente, elimina oleosos e para dar volume,
impurezas sabonete, chás para
Cabelo: oleosidade enxágüe
excessiva, queda de
21. cabelos, volume e maciez
Hera Pele: celulite Óleo de massagem (8-12%
Cabelo: para escurecer de ext. glicólico); loções (6-
9% de ext. glicólico),
xampus para cabelos
normais (2-5% de ext.
glicólico)
Hortelã Pele: enrijecedor, Vapores para tratamento
refrescante, adstrigente facial, banhos enriquecidos,
refrescante para pele no
verão
Limão Pele: clareador, Restauradores da película
adstrigente, estimulante da ácida da pele; dentifrícios;
acidez, refrescante preparados para limpar as
mãos, enxaguar ou clarear
Cabelo: clareador
os cabelos e loções faciais
para pele oleosa
Malva Pele: anti-rugas, Loções e cremes (5-10% de
refrescante, hidratante, ext. glicólico)
calmante, emoliente
Manjegircão Pele: hidratante
Cabelo: aromatizante
Manjerona Pele: hidratante
Cabelo: aromatizante
Marcela do Pele: pele delicada Xampus e sabonetes: 2-5%
campo Cabelo: estimulante da de ext. glicólico
circulação capilar, contra Enxágüe dos cabelos: chá a
queda, clareador 5%
Melissa Pele: revigorante, anti
séptica, descongestionante
Cabelo: revigorante
Mil-folhas Pele: adstrigente, Tônicos capilares, xampus
tratamento de pele oleosa (2-5% de ext. gligólico);
cremes e loções ingantis (1-
5% de ext. glicólico)
Morango Pele: amaciante, clareador Máscara e loções faciais
e nutritivo
22. Pepino Pele: calmante, emoliente, Loções para pele oleosa,
tonificante e refrescante tonificante para pele
cansada, loções e máscaras
para tratamento geral
Pfafia Pele: cicatrizante, Cremes, loções, géis,
(ginseng regenerador celular, xampus: 1-5% do extrato
brasileiro) Tonico, estimulante glicólico
Cabelo: Tônico
Rosa Pele: suaviza e amacia
Sabugueiro Pele: as flores são Loções para peles sensíveis,
adstringentes; as folhas ásperas ou envelhecidas (5-
amaciam, clareiam e 20% de ext. glicólico ou
enrijecem a pele, para 10% com vinagre de
peles secas maça)
Cabelo: amaciante
clareador
Salsa Pele: anti-rugas, calmante
das pálpebras, para peles
oleosas
Cabelo: brilho
salsaparrilha Pele: tonificante
Sálvia Pele: tonificante, anti- Tintura capilar, banhos
rugas, anti-séptica, pele enriquecidos, loções
oleosa e acnéica adstringentes, xampus,
Cabelo: escurecedor, anti- produtos para higiene bucal
caspa, anti-seborréica, cremes (2-5% de ext.
estimulante do crescimento glicólico)
capilar
Tansagem Pele: adstringente, Máscaras, banhos
cicatrizante e emoliente enriquecidos, tônicos faciais
(decocto)
Tomate Pele: estimulante, Máscara faciais para pele
depurativo e clareador áspera, escura ou oleosa
urtiga Pele: acne Cremes, loções, géis e
Cabelo; tonificante, xampus (2-10% de ext.
glicólico)
estimula o crescimento,
anti-queda, anti-caspa
23. Alem dos vegetais, dispomos de outras matérias-primas naturais
de origem animal e mineral, que serão listadas, a seguir, juntamente
com suas propriedades e formas de utilização.
Argila
A argila ou barro é um ingrediente natural de grande valor. Deve-
se escolher uma argila limpa, sem contaminações, serão o efeito será
contrario ao esperado. Ela é anti-inflamatória, anti-séptica, anti-
reumática, cicatrizante, emoliente, tonificante e refrescante. Pode ser
usada em máscaras e compressas. Misturada com mel, pode ser usada
para lavar o rosto, substituindo o sabonete. A argila não deve ser
colocada sobre feridas abertas. Para esterilizar, deve ser colocada em
forno quente, em vasilha refratária, durante uma hora. Conservar em
frasco esterilizado, bem tampado.
Fubá
O fubá é usado como removedor das impurezas da pele. Pode ser
usado em máscaras, preparados para friccionar a pele áspera e em
banhos enriquecidos.
Glicerina
A glicerina é um umectante natural que ajuda a reter a água nos
tecidos e a absorver a umidade das camadas mais profundas da pele. É
usada como amaciante, mas tem a desvantagem de provocar o
ressecamento da epiderme, a média e longo prazo.
Iogurte
O iogurte contém ácido lático e é indicado para poros dilatados ou
pele oleosa. É clareador suave da pele, sendo usado no tratamento de
sardas e pele danificada peleo sol. Usado em cremes faciais para pele
áspera, oleosa e sem viço.
Levedura de cerveja
24. Alem do uso interno, que trás bons resultados para a saúde, a levedura
é usada extremamente como componente de vários cremes faciais. A
levedura é polivalente, sendo benéfica para peles oleosas, secas ou
normais. Sua aplicação sistemática ajuda a evitar o aparecimento de
rugas. Ativa a circulação sangüínea do rosto. No entanto, a levedura só
deve ser aplicada apenas uma vez por semana, no rosto e nunca no
pescoço.
Lecitina
A lecitina é um excelente emulsionador e ajuda a dar à pele um
tom mais suave e brilhante, quando usada em cosmético. É encontrada
na gema do ovo e na soja, podendo ser adquirida na forma pura. É
difícil dissolver a lecitina líquida em água, mas ela se dissolve facilmente
em sucos de frutas ou chá de hortlã. Atua como amaciante da pele.
Pode ser usada em máscaras faciais.
Maionese
A maionese une as boas qualidades de cada um dos ingredientes
que entram em sua composição: a gema de ovo, o óleo, o vinagre de
maça e o sal. Assim, ela se torna um produto nutritivo, que recupera a
acidez da pele, graças ao vinagre e amaciante. Quando se adiciona o
mel à maionese, ela se torna cicatrizante. Se for preparada em casa
com esses ingredientes, a maionese é um excelente substituto do creme
que se aplica no rosto antes de dormir.
Mel
O mel é utilizado como alimento desde a Antigüidade, fornece
energia e traz benefícios ao estomago, intestinos, pele, coração, pulmão
e garganta. Na beleza, é usado em loções capilares, pomadas para os
lábios, sabonetes, xampus, cremes e preparados para os cotovelos e
pernas ressecados. Recomenda-se seu uso desde a adolescência para
evitar o ressecamento e o enrugamento da pele, pois suas funções
profiláticas como lubrificante da pele retardam o envelhecimento.
25. Aplicado sozinho sobre o rosto e pescoço, é uma excelente
máscara que nutre e revitaliza a pele. Ele é nutritivo, cicatrizante e
amaciante. Tem uma incrível capacidade de curar erupções cutâneas.
Óleo de abacate
É nutritivo e revitalizante. Usado em cremes e óleos para
massagem e cremes nutritivos, na concentração de 1-10%.
Óleo de coco
É hidratante e dá brilho aos cabelos. Usado em cremes, xampus e
bronzeadores, na concentração de 2 a 10%.
Óleo de gérmem de trigo
É rico em vitamina E. Tem ação anti-oxidante e evita a formação
de rugas. Usado para pele e cabelos secos, que necessitam de
regeneração, nutrição e elasticidade. É usado em loções para pele seca,
loções de limpeza, óleos após banho, cremes, xampus e sabonetes
líquidos, na concentração de 2 a 5%.
Óleo de rícino (mamona)
O óleo de rícino é muito bom para dar vida e vigor aos cabelos.
Pode ser aplicado antes da lavagem, sozinho ou com mel ou outros
óleos.
Óleo de semente de uva
É rico em vitamina E e hidratante. Usado em óleos para banho,
loções e cremes para prevenção de estrias, na concentração de 2 a
10%.
Ovo
26. O ovo é usado em muitas formas de cosméticos tanto para a pele
quanto para o cabelo. Ele atua como enrijecedor e nutritivo. Pode ser
usado em tonificantes e cremes nutritivos cutâneos, máscaras contra
rugas, xampus anti-caspa ou para cabelos secos e loções capilares.
Própolis
É um material balsâmico retirado de árvores pelas abelhas e
modificado por adição de secreções salivares e cera. É cicatrizante,
bactericida e anti-séptico. Usado no tratamento de queimaduras,
alergias e acne. Entra na formulação de cremes, loções, xampus e
pomadas, na concentração de 1 a 5%.
Suspensões
Dispersão de um p’’o (fase dispersa) em um líquido (fase
dispersante), que nele seja insolúvel, existindo portanto duas fases.
Necessitam para melhor estabilidade de um agente suspensor para
retardar a velocidade de sedimentação e de um agente molhante para
facilitar a dispersão do pó no veículo.
Agentes suspensores para suspensões aquosas:
Alginato de sódio – 1% (pH 7) incompatível com ácidos, sais de cálcio e
substâncias catiônicas.
Metilcelulose – 0.5 a 2% (mais facilmente dispersível em água fria)
Hidroxietilcelulose (natrosol) – 0.5 a 2%
Carpobol – 0.1 a 0.4% (pH 6 a 11) necessitam de base para formar o
gel (trietanolamina, NaOH) sensível a ácidos, sais, substâncias
catiônicas e oxidação.
Argilas (Bentonita, Hectorita), etc. – 2 a 5%
Agentes suspensores para suspensões oleosas:
Lanolina, ceras, óleo de rícino, monoestearato de alumínio.
27. Agente molhante: Diminui a tensão superficial do líquido que irá
dispensar o sólido diminuindo portanto a tensão interfacial entre os dois.
Ex. Tensoativos – 0.1%: Polisorbatos (tweens)
Ésteres do Sorbitan (Spans)
Lauril Sulfato de Sódio
Formulas Orientativas:
Suspensão de Calamina
Calamina 8g
Cloridrato de difenilhidramina 1g
Cânfora 0.1 g
Glicerina 2g
Alginato de Sódio 0.35 g
Polisorbato 80 (Tween 80) 0.1 g
Água destilada q.s.p 100 ml
Loção Alba
Sulfato de Zinco 4 a 15 g
Sulfeto de Potássio 4 a 15 g
Água destilada q.s.p 100 ml
Suspensão de Enxofre
Enxofre 2g
Óxido de Zinco 20 g
Betonita 3g
Cirato de Sódio 0.5 g
Glicerina 5 ml
28. Fenol 0.5 g
Água destilada q.s.p 100 ml
Máscaras faciais
As máscaras de limpeza, conhecidas como máscaras faciais, são
usadas para dar firmeza à pele, com fechamento dos poros e ,
dependendo dos ingredientes usados servem para tratar acne. Na
verdade, o efeito das máscaras está diretamente relacionado às
substâncias ativas incorporadas. Esse efeito poderá ser adstringente,
calmante, relaxante, nutritivo e emoliente. Veja, na tabela 3, uma
relação de plantas e seus efeitos quando são usadas em máscaras.
Tabela 3. efeitos de plantas, usadas como princípios ativos,
sobre a pele
Máscaras calmantes Extratos vegetais de tília,
camomila, calêndula, alface e mel
Máscaras adstringentes Extratos vegetais de alecrim,
agrião bardana, sálvia, hamamélis,
castanha-da-índia
Máscaras nutritivas Ginseng, amêndoas, aveia,
castanha-do-pará, iogurte, mel
Máscaras antiinflamatórias e Camomila, calêndula, cavalinha,
antiedematosas centelha, confrei, tansagem
Adaptado de (CITAÇAO)
Máscara de farinha de amêndoas
A farinha de amêndoas é feita da mesma forma relatada na receita
de amêndoas com água de rosas.
Para preparar a máscara, necessita-se de:
29. 2 colheres de sopa de farinha de amêndoas
2 colheres de sopa de água mineral ou destilada
Misturam-se os dois ingredientes em uma tigela de louça. Se
precisar, pode-se acrescentar mais água para virar uma pasta.
Para aplicar, deve ser espalhada no rosto com a ajuda de uma
espátula, deixando agir durante 30 minutos. A máscara pode também
ser aplicada com ligeira fricção, o que vai auxiliar na remoção de células
mortas. Para retirá-la, deve ser usada água fria, sem cloro.
A máscara de farinha de amêndoas suaviza e amacia a pele,
restituindo seu brilho natural.
Máscara de farinha de castanha-do-Pará
Para fazer essa máscara, basta substituir a farinha de amêndoas
por farinha de castanha-do-Pará. A forma de preparo é idêntica.
Máscara de lecitina de soja
A lecitina de soja é excelente para ser usada em máscaras faciais
por ser um bom emoliente, ou seja, ela amacia e suaviza a pele,
reduzindo o seu ressecamento. Ela tem um bom poder de penetração na
pele.
A máscara de lecitina de soja é feita com:
2 colheres de sopa de mel
1 colher de sobremesa de lecitina
2 gotas de óleo essencial de rosas
Os ingredientes devem ser bem misturados em uma tigela de
cerâmica. A quantidade de lecitina pode ser reduzida, de acordo com as
características particulares de quem usa.
Para aplicá-la, utiliza-se uma espátula, deixando agir durante
trinta minutos. Depois, deve ser retirada com água morna. Após o uso
da máscara, recomenda-se passar uma loção Tonica(tônica)
30. adstringente para fechar os poros. Pode ser usado o chá de tansagem, a
água de rosas ou o vinagre de toucador diluído.
Máscara de argila
Essa máscara de argila unirá os efeitos benéficos de vários
ingredientes, principalmente, o mel e a argila. Os ingredientes são:
2 colheres de sopa de argila
2 colheres de sopa de mingau de aveia (aveia + leite, sem açúcar)
ou mingau de fubá com leite
2 colheres de leite de gergelim (ou 1 colher de chá de óleo de
camomila, ou óleo de calêndula, ou óleo de gergelim)
1 colher de sopa de mel
Chá ou água mineral para umedecer a máscara (erva-doce e
funcho: remoção de impurezas; mil-folhas: para pele oleosa; confrei:
anti-rugas, ativa a produção de células; alecrim: limpa e aumenta a
circulação; hortelã: enrijece a pele, calêndula: cicatrizante, etc.)
Os primeiros quatro ingredientes são misturados em uma vasilha
de cerâmica ou vidro. Depois, acrescenta-se chá ao poucos, até que a
máscara adquira uma consistência que permita que seja aplicada com
os dedos.
A máscara de argila deve ser aplicada sobre todo o rosto, evitando
a área dos olhos. Essa máscara limpa o restitui o brilho natural da pele.
Ela deve agir durante 15 a 20 minutos. Para retirá-la utiliza-se água
mineral fria (ou qualquer outra sem cloro).
Depois de retirar a máscara, pode-se passar o vinagre de toucador
para tonificar.
Cremes e Loções Cremosas
ADITIVAÇÃO DE PRINCÍPIOS ATIVOS EM CREMES:
31. Material utilizado:
• Papel manteiga
• Placa de vidro ou gral
• Espátula ou pistilo
• Balança de precisão.
Procedimento:
• Pesar o(s) principio ativo(s), pré-solubilizá-lo ou micronizá-lo
com solvente adequado (ex. propilenoglicol) compatível com a
emusão
• Pesar o creme, descontando-se o peso do(s) PA(s); adicioná-lo
aos poucos ao princípio ativo micronizado ou solubilizado,
espatulando na placa ou hemogeneizando com o pistilo no gral.
• Embalar em pote ou bisnaga de rotular.
ADITIVAÇÃO DE LOÇÕES CREMOSAS:
Material utilizado:
• Cálice
• Bastão
• Papel manteiga
• Balança de precisão
Procedimento:
• Pesar ou medir o(s) PA(s), pré-solubilizá-lo ou micronizá-lo
com solvente adequado compatível com emulsão em cálice de
volume adequado à formulação com auxilio do bastão.
• Adicionar a loção cremosa, aos poucos e mistruando sempre,
sobre os princípios ativos solubilizados ou micronizados no
cálice, até o volume solicitado.
• Homogeneizar bem com o bastão.
• Embalar e rotular.
32. Formulas Orientativas:
Base Para Creme Aniônico Com Lanete N
Lanete N 15 g
Cetiol 868 (estearato de Octila) 10 g
Vaselina liquida 5g
Vaselina sólida 2g
Metilparabeno 0,1 g
Propilparabeno 0,1 g
Água destilada ou deionizada q.s.p 100 g
Base para Loção Aniônica/não iônica
Monoestearato de glicerila (Cutina MD) 0,75 g
Álcool cetoestearílico (Cetax 50) 1g
Ácido esteárico (Cetax TP) 1g
Álcool cetoestearílico etoxilado (Eumulgin B2) 1g
Cetiol 868 4g
Trietanolamina 0,3 g
Carbopol 940 0,075 g
Glicerina 4g
Metilparabeno 0,1 g
Propiparabeno 0,1 g
Água destilada ou deionizada q.s.p 100 g
Base para Creme não Iônico
Cosmowax j 14 g
Óleo mineral 7g
33. Silicone DC 344 3g
Glicerina 4g
Metilparabeno 0,1 g
Propilparabeno 0,1 g
Imidazolidinil uréia (Germall 115) sol. 50% 0,8 g
Água destilada ou deionizada q.s.p 100 g
Creme hidratante
Fase A (oleosa)
Monoestearato de Glicerila 30 g
Ácido esteárico 160 g
Ministato de isopropila 22 g
Óleo mineral 22 g
Álcool Cetoestarílico etoxil 22 g
Óleo de semente de uva 100 g
Nipazol 1g
Fase B (Aguosa)
Trietanolamina 3.75 g
Uréia 100 g
Nipagin 1g
Glicerina 50 g
Água destilada q.s.p 1000 g
Loção hidratante
Fase A (Oleosa)
34. Monoesterato de glicerila 7.5 g
Ácido esteárico 10 g
Álcool cetoestearílico 10 g
Álcool cetoestearílico etoxil 10 g
Miristato de isopropila 40 g
Nipazol 1g
Fase B (Aguosa)
Carbopol 940 0.75 g
Trietanolamina 3g
Glicerina 40 g
Nipagim 1g
PCA Na 2g
Água destilada q.s.p 1000 g
Cold cream
Esse creme é usado na limpeza do rosto, removendo a maquiagem
ao mesmo tempo em que mantém a acidez da pele. Deve-se tomar o
cuidado de remover todo o excesso após a limpeza, senão os poros
ficarão obstruídos. Os ingredientes usados para preparar a quantidade
mostrada no filme são:
45 ml de óleo de amêndoas
6,25 g de cera de abelha
12,5 ml de água de rosas
2 ml de tintura de benjoim
250 mg de bórax
10 gotas de óleo essencial de rosas
Em uma panela esmaltada ou de vidro são misturados o óleo de
amêndoas, a lanolina e a cera de abelhas. Leva-se a panela ao banho-
35. maria para derreter a cera, mexendo sem para. Quando a cera estiver
toda derretida e a mistura, bem homogênea, retira-se a panela do fogo.
À parte, dissolve-se o bórax em um pouco de água de rosas. O
bórax deve ser dissolvido, antes de ser incorporado ao creme, para
facilitar sua incorporação ao creme. Em seguida, o bórax já dissolvido é
juntado aos outros três ingredientes na panela, fora do fogo. Bate-segua
de rosas. o de o bfogo.
e a mistura, bem homogenea sem para. o:que mant massagens e
hidrata
vigorosamente, até que a água de rosas com o bórax seja bem
incorporada. Acrescenta-se a tintura de benjoim, sem parar de mexer.
Ao final, adicionam-se as gotas de essência de rosas, batendo um pouco
mais.
O creme deve ter consistência lisa e homogênea; por isso
recomenda-se bater muito bem as matérias gordurosas antes de
acrescentar a água de rosas, o bórax e a tintura de benjoim. Guardado
em pote apropriado, devidamente esterilizado, esse creme tem validade
de três meses.
Creme para pés de galinha
20 g de óleo de amêndoas doces
20 g de óleo de gergelim
2 g de óleo essencial de camomila
1 g de óleo essencial de cenoura
1 g de óleo de rosas
Misturar bem e aplicar com leve massagem na área ao redor dos
olhos.
A base do creme apresentada no filme é feita com:
1,4 g de hidróxido de sódio
20 g de ácido esteárico
0,5 g de nipagim
100 ml de água
36. Misturar o ácido esteárico, o hidróxido de sódio e um pouco de
água. Coloque um pouco de água sobre o nipagim, separado, para que
dissolva.
Ao mesmo tempo, dissolver o mipagim separadamente com um
pouco de água, deixando-o reservado.
Levar a mistura de ácido esteárico, hidróxido de sódio e água para
aquecer sobre a chapa de amianto ou em banho-maria. Bater
vigorosamente a mistura para que vire uma emulsão. A reação entre
esses dois ingredientes formará o estreato de sódio, que é a base do
creme.
Depois que a reação estiver completa, retirar o béquer do fogo.
Fazer um teste para ver se reagiram completamente: passando um
pouco do creme sobre a pele e verificando se ainda existem grumos, se
a textura estiver cremosa e não houver grumos, está no ponto.
Agora, é preciso bater com mais intensidade, usando um mini-
processador. Colocar um pouco mais de água e misturar. Acrescentar o
nipagim já dissolvido, sempre batendo.
E está pronta a base do creme hidratante.
Óleo de amêndoas
O óleo de amêndoas é muito bom para remover maquilagem dos
olhos. Além disso, ele nutre a pele em torno do olho. As peles muito
secas devem ser limpas com esse óleo. Depois, o excesso deve ser
removido com chá de camomila.
Aveia
A aveia remove as impurezas de maneira mais suave, mas
funciona bem. Após umedecida com um pouco de água, ela pode ser
passada no rosto como se fosse uma esponja. Ela irá clarear os cravos,
tornando-os menos evidentes.
Flores de violeta
250 ml de leite
37. 2 colheres de sobremesa de flores de violeta (ou funcho, ou erva
doce, ou alecrim, ou rosas, ou tansagem)
O leite é fervido, deixando-o esfriar um pouco. Depois, junta-se as
flores de violeta. A mistura deve descansar durante duas horas,
sendo coada. Ela deve ser guardada num recipiente de vidro ou
louça esterilizado, sendo conservada na geladeira, onde durará
uma semana. Essa loção de limpeza deve ser passada no rosto e
pescoço com um pedaço de algodão, todos os dias.
POMADAS
Preparações de consistência pastosa, destinadas a uso externo e
que contenham ou não uma ou mais substâncias terapêuticas,
incorporadas a excipientes adequados. Excipientes: vaselina, parafina,
lanolina e seus ésteres, polietilenoglicois. Óleos vegetais e ésteres
graxos.
Quando contém quantidade de pós igual ou superior a 25% são
chamadas de pastas.
Quando contém resinas são chamadas de ungüentos e quando
contém ceras em sua composição são chamadas de ceratos.
Formulas orientativas:
Pomada Simples (Farm Brás. II ed.)
Lanolina anidra 300 g
Vaselina 700 g
Para se obter 1000 g
Pomada hidrofílica (Farm Brás. II ed.)
Polietilenoglicol 400 35 ml
38. Polietilenoglicol 4000 q.s.p 100 g
Pasta de Zinco (Pasta de lassar) (Farm Brás. II ed.)
Oxido de Zinco 25 g
Amido 25 g
Vaselina 50 g
Pasta d’água
Óxido de Zinco 25 g
Talco 25 g
Glicerina 25 ml
Água de cal 25 ml
Amêndoa com vaselina
50 ml de óleo de amêndoas
14 ml de vaselina branca
15 g de cera de abelha
20 ml de água de rosas
A vaselina é um grande removedor de impurezas da pele. Embora
seja um subproduto do petróleo, ela é muito usada como base para a
elaboração de produtos caseiros com óleos vegetais ou infusão de ervas.
Os ingredientes deves ser distribuídos em três recipientes
distintos, que sejam de vidro ou esmaltado. Um contendo vaselina com
a cera de abelha, outro contendo a água de rosas e o terceiro com o
óleo de amêndoas. Os ingredientes devem ser aquecidos
simultaneamente em fogo brando até a cera se derreter. Então, os
ingredientes devem ser retirados do fogo e, sem perda de tempo, junta-
se o óleo de amêndoas e a água de rosas à mistura de cera com
39. vaselina, mexendo sem parar para que a mistura fique lisa e
homogênea. Deve-se bater até que esfrie completamente.
Geles
Geles ou pomadas-geleias
Consideram-se como geles ou pomadas-geleias as que são
constituídas por geles minerais ou orgânicos.
Os excipientes utilizados são de vários tipos, tendo como
característica comum as suas propriedades coloidais, originando, em
contato com a água, geles mais ou menos espessos de consistência
pastosa.
Classificação:
Hidrófobos ou oleogeles. Os sues excipientes são gordurosos como
a parafina líquida e óleos diversos.
A gelificação destes produtos, conseguie-se por adição de
polietileno, anidrido silícico, sabões de alumínio ou de zinco, etc.
Hidrófilos ou hidrogeles. Apresentam como excipiente a água ou
diversos glicóis como a glicerina e o propilenoglicol. Estes líquidos
são gelificados por intermédio de várias substâncias como a goma
adragante, a goma de karaia, o amido, derivados da celulose,
silicatos de alumínio e magnésio (argilas, bentonite, veegum),
pectina, alginatos, carbopols, ácido polivinílico, etc.
Quando os hidrogeles contém glicerina, sorbitol ou propileglicol e
amido gleicerados
Os exipientes são bem tolerados pelos tecidos e pelos fármacos de
ação dérmica desvantagem:
Representam um meio favorável para o desenvolvimento de
microorganismos (bolores), sendo indispensável a adição de um
fungicida (ácido benzóico ou p-hidroxibenzoato de metilo e
propilo)
Secam rapidamente, sendo obrigatório conservá-las ao abrigo do
ar, em embalagens herméticas.
40. As pomadas-geleias têm, em geral, um efeito emoliente e refrescante,
mas a sua rápida secagem película quebradiça quando aplicadas na
epiderme.
É importante a inclusão de glicerina, que faz com que as películas
formadas fiquem elásticas e protejam melhor a pele.
Estas pomadas são susceptíveis a não apresentar poder de
penetração cutânea.
Seus excipientes são formados por grandes moléculas colidais, não
podem atravessar a epiderme e, também não apresentam afinidade com
as proteínas da pele, não originando absorção bioquímica.
Os geles, que contém carbopols, são dotados de boa
penetrabilidade cutânea. Pode-se aumentar a penetração adicionando
trietanolamina, álcool isopropilico, propilenoglicol e polietilenoglicol.
A preparação das pomadas-geleias pode dividir-se em duas
partes:
Preparação do gel
Incorporação dos fármacos
Formas orientativas:
Gel de Carbopol
Carbopol 940 0.8 g
Propilenoglicol ou glicerina 10 ml
Trietanolamina 0.3 g
Nipagin 0.2 g
Água destilada 50 ml
Álcool a 96% q.s.p 100 ml
Gel de Natrosol
41. Natrosol (hidroxietilcelulose) 3g
Propilenoglicol ou glicerina 10 ml
Nipagin 0.2 g
Água destilada 50 ml
Álcool a 96% q.s.p 100 ml
Shanpoos / sabonetes líquidos
Preparações destinadas a higiene da pele e couro cabeludo.
Shampoo
Definição:
É um cosmético que tem como finalidade básica, a limpeza do
cabelo e couro cabeludo.
Classificação:
Quanto a finalidade:
Shampoo higiênico: destinado exclusivamente à higiene dos
cabelos. De acordo com o tipo de cabelo, pode ser para cabelos
oleosos, para cabelos secos ou ara cabelos normais.
Shampoo especial:
Anti-caspa: piritionato de Zinco, sulfeto de selênio. Exigem
normalmente alta viscosidade.
Infantil: tensoativos suaves
Condicionador: poliglicol-poliamina, pseudo-carionico,
compatível com tensoativo aniônico.
Quanto a forma de apresentação:
Líquidos transparentes (um fator muito importante na sua
preparação é a total solubilidade dos seus componentes em
água.
Emulsionados (podem ser líquidos ou cremosos)
Geles
42. Propriedades gerais dos shampoos:
Deverão limpar, por completo o cabelo e o couro cabeludo.
Deverão produzir espuma abundante, cremosa e persistente.
Deverão deixar os cabelos suaves e com brilho.
Deverão ter bom aspecto, aroma agradável.
Observação:
Quanto ao caráter físico-químico: não deverão deixar precipitados
insolúveis.
Quanto ao caráter dermatológico: não poderão ser irritantes nem
sensibilizantes.
Não deverão desengordurar em excesso.
Não deverão provocar irritação na conjuntiva ocular.
Fórmula padrão
Tensioativo Aniônico
Tensioativo Não Iônico
Emoliente
Conservante
Espessamente (se necessário)
Água purificada
Tensioativo
Conceito: são substâncias que alteram a tensão superficial ou
interfacial dos líquidos.
São constituídos por moléculas que contem tanto partes apolares
como polares. A parte apolar é, em geral, uma cadeia com natureza de
hidrocarboneto e corresponde à porção hidrofóbica da molécula,
enquanto que a parte polar é freqüentemente um grupo iônico e
constitui sua parte hidrofílica.
43. Classificação:
Tensoativo Aniônico
Concentração utilizada; 25 a 40%.
Ex.: 1. Lauril éter sulfato de sódio.
Propriedades:
Boa detergência
Boa solubilidade
Etoxilação diminui a irritabilidade
2. Lauril Éter Sulfossucinato de Sódio.
Propriedades:
Boa solubilidade
Poder espumante
Estabilidade em pH ácido
Baixa irritabilidade
Tensoativo não Iônico
Concentração utilizada 3 a 5%.
Ex.: 1 Alcanolamida de ácido Graxos de Coco (dietanolamida de
ácido graxos de coco)
Propriedades:
Estabilidade de espuma
Espessantes
Sobreengordurantes
2. Alquil poliglicosídios
(Lauril poliglicosidio e decil poliglicosídio)
Propriedades:
Bom poder espumante e bom efeito de limpeza
Excelente compatibilidade dermatológica
Aumento da viscosidade quando associados aos aniônicos
Diminuição da irritabilidade dos aniônicos
Efeito estabilizador da espuma
44. Tensoativo anfótero
Concentração utilizada: 1 a 3%
Ex.: Coco Betaína
(cocoanfocarboxiglicinato de sódio)
Propriedades:
Diminuição da irritabilidade dos detergentes aniônicos
Ação condicionante
Conservantes
Mais utilizados: parabenos
Metilparabeno
Propiparabeno
Concentração: 0,1 a 0,2%
Ajuste de pH:
Faixa de pH dos shampoos: 5,0 a 7,0
Ácidos utilizados: Ácido Cítrico
Ácido Lático
Ácido Fosfórico
Espessantes
Eletrólitos: mais utilizados – NaCI e NH4CI
Atuam na formação de micelas do tensoativos: micelas maiores e
cilíndricas
Viscosidade dos shampoos: 2000 a 4000 cps
Polímeros: carboximeticelulose, hidroxieticelulose, polivinilpirrolidona
(0.5 a 2%)
Medida da viscosidade: Viscosímetro Brookfield
Viscosímetro Copo Ford
45. Classificação dos shampoos
Quanto a forma: líquidos, géis, cremosos, etc.
Quanto a finalidade: higiênicos e especiais
Higiênicos: em função do tipo de cabelo: normal, seco e oleoso.
Função: limpeza dos cabelos e couro cabeludo.
Tipo de cabelo % detergente % sobreengordurante
Seco 20 4
Normal 25 3
Oleosos 30 2
Especiais: além da ação de limpeza, exercem algum efeito especial
sobre os cabelos e couro cabeludo.
Tipo:
Shampoo anti-caspa: contém substâncias antisépticas
Ex.: Piritionato de Zinco (1-2%), sulfeto de selênio (2,5%)
Em geral, contém fármacos insolúveis, exigindo alta viscosidade
para mantê-los em suspensão.
Shampoo infantil: consumidor exigente. Requisitos especiais:
Não provocar irritação ocular
pH neutro
tensoativo
Aniônico (detergentes suaves): Lauril éter Sulfosuccinato/Lauril Éter
Sulfato de Sódio.
Anfótero (cocoanfocarboxiglicinato de sódio)
Não Iônico. (polissorbato 20) – reduz a irritabilidade dos tensioativos
aniônicos.
46. Cor e odor agradáveis
Não utilizar sal para espessar (evitar ardência nos olhos).
Shampoos com aditivos: indicados para tratamento do couro
cabeludo e cabelos danifcativos.
Aditivos utilizados:
Extrato vegetais: estratos glicólicos (conc. Utilizada 1-10%).
Extratos alcoólicos interferem na formação de espuma e
viscosidade
Hidrolizados de proteínas: colágeno, queratina, elastina,
caseína, seda (conc. Utilizada 1-5%).
Efeito: umectância e condicionamento.
Substâncias emolientes: lanolina e derivados, lecitina, óleos
vegetais (semente de uva, gérmem de trigo, amêndoa, jojoba,
etc.)
Vitaminas: A, B e E.
Shampoo base
Componentes Concentração
Lauril éter sulfato de sódio 250 g
Cocoanfocarboxiglicimato de sódio 20 g
Dietapolamida de ácido graxo de coco 40 g
metilparabeno 2g
Cloreto de sódio 8g
Água destilada 1000 ml q.s.p
Shampoo de hemamélis – para cabelos oleosos
Componentes Concentração
Lauril éter sulfato de sódio 330 g
Cocoanfocarboxiglicimato de sódio 20 g
Dietapolamida de ácido graxo de coco 30 g
Hidrolisado de proteína 30 g
Extrato de glicerinado de hamamélis 3 ml
47. Metilparabeno 2g
Essência 4 ml
Cloreto de sódio 9g
Água destilada 1000 ml q.s.p
Shampoo de lanolina – para cabelo seco
Componentes Concentração
Lauril éter sulfato de sódio 300 g
Cocoanfocarboxiglicimato de sódio 20 g
Dietapolamida de ácido graxo de coco 30 g
Hidrolisado de proteína 30 g
PPG-7-gliceril-ácido graxo de coco 5g
Lanolina etoxilada 10 g
Metilparabeno 2g
Essência 2 ml
Poliglicol poliamina 30 g
Cloreto de sódio 4g
Água destilada 1000 ml q.s.p
Os ingredientes usados para preparar a base para cem mililitros
de xampu são:
12 g de lauril sulfato de sódio
2 g de carboximetilcelulose
200 mg de nipagim
50 ml de água destilada
Preparar a base em um béquer, utilizando um bastão de vidro
para misturar os ingredientes. Colocar a água e o lauril sulfato de sódio
no béquer e misturar com o bastão. O lauril sulfato de sódio é uma
substancia tensoativa e atua com detergente e espumante.
Para dissolver o lauril sulfato de sódio, a mistura deverá ser
aquecida em banho-maria ou sobre uma chapa de amianto. Mexer
48. sempre até dissolver todo o detergente. Quando estiver bem dissolvido,
retirar o béquer do fogo.
Adicionar o carboximetilcelulose. Esta substancia é espessante,
isto é confere a viscosidade característica ao xampu. Voltar com o
béquer ao banho-maria para dissolver esse ingrediente. Depois que
estiver bem dissolvido, retirar do fogo e acrescentar o nipagim,
misturando bem. O nipagim é um conservante que preserva o produto
das oxidações e de ataques de microrganismos. Está pronta a base do
xampu.
Xampu anti-queda
50 ml de xampu-base
5 ml de dietanolamida de ácido graxo de coco.
3 ml de tintura de raízes de bardana
3 ml de tintura de aroeira salsa
3 ml de extrato glicólico de alecrim
água para completar o volume de 100 ml
adicionar a dietanolamida à base do xampu, batendo bem para
homegeneizar. Essa substância é um agente estabilizador da espuma,
sobreengordurante e doador de viscosidade. Em seguida, adicionar o
extrato glicólico de alecrim e misturar bem. O alecrim estimula o
crescimento capilar.
Adicionar as tinturas de bardana e de aroeira-salsa. A bardana é
antisséptica e controla a seborréia e a aroeira-salsa é estimulante do
crescimento.
Quando estiver bem homegêneo, acrescentar água, misturando
sempre, até completar o volume de cem mililitros. Esse xampu é
indicado para cabelos normais ou oleosos. Guardar o xampu em um
frasco esterilizado, tampando bem. Ele tem validade de um ano.
Xampu de camomila
O xampu de camomila é usado para lavar o cabelo de crianças e
para clarear. Para prepará-lo, é preciso de:
49. 50 ml de xampu base
5 ml de tintura de camomila
3 ml de vaselina
5 ml de glicerina
1 ml de óleo de silicone
50 ml de chá de camomila.
Adcionar a vaselina à base do xampu. A vaselina é um emoliente e
atenua o ressecamento dos cabelos. Depois, acrescentar o óleo de
silicone, que também é emoliente. Essas substâncias estão sendo
usadas no lugar da dietanolamida de ácido graxo de coco.
Acrescentar a glicerina, mexendo sempglicerina
camomila de crianampando bem. ar te e doador de viscosidade. bem.
re. a glicerina é umectante, ou seja, absorve água do
ambiente. Então, terá a função de hidratar o cabelo. Adicionar a tintura
de camomila. Por último, o chá de camomila até completar o volume de
cem mililitros. Esse chá deve ser preparado com água destilada.
Guardar o xampu pronto em um frasco esterilizado. Esse xampu
tem validade de apenas seis meses, por causa do chá que foi usado. O
chá faz com que o xampu deteriore com mais facilidade do que quando
se usa somente água.
Sabonete líquido
Componentes Concentração
Lauril éter sulfato de sódio 230 g
Cocoanfocarboxiglicinato de sódio 76,9 g
Cloreto de sódio 15 g
Metilparabeno 2g
Glicerina 50 g
Água purificada q.s.p 1000ml
Sabonete líquido de glicerina
50. Componentes concentração
Lauril éter sulfato/sulfosuccinato de sódio 200 g
Dietanolamida de ácido graxo de coco 25 g
Decil poliglucose 50 g
Lauril poliglucose 40 g
Lanolina etoxilada 5g
Glicerina 100 g
Metilparabeno 2g
Cloreto de sódio 9g
Essência Q.S
Água purificada q.s.p 1000 ml
Sabonete cremoso de Camomila
Componentes
Concentração
Fase A (Oleosa)
Ácido esteárico 40 g
Monoestearato de glicerila 60 g
Fase B (Aguosa)
Glicerina 250 g
Metilparabeno 1g
Trietanolamina 4g
Água purificada q.s.p 1000 ml
Fase C
Lauril éter sulfato de sódio 400 g
Dietanolamida de ácido graxo de coco 40 g
Fase D
Extrato glicerinado de camomila 5 ml
Essência Q.S.
Sabonete sólido camomila e mel
51. A base do sabonete sólido tem um preparo mais complexo, por
isso aconselhamos, em nível doméstico, que se adquira a base pronta.
Da mesma forma que o sabonete líquida, com o sabão-base é possível
criar diferentes tipos de sabonete, apenas variando os ingredientes
ativos adicionados.
Uma possibilidade é o sabonete de camomila e mel, que une a
ação cicatrizante e emoliente da camomila com as propriedades
nutritivas e amaciante do mel.
Antes de começar o preparo, deve-se passar vaselina líquida ou
óleo mineral nas formas onde serão moldados os sabonetes para que a
massa não grude.
Os ingredientes são:
200 g de sabão base
160 ml de óleo de camomila
100 g de mel
cerca de 100 ml de água destilada
O sabão-base deve ser ralado em ralo fino e colocado em uma
panela esmaltada ou vidro. Acrescenta-se água aos poucos, misturando
sempre. A quantidade de água a ser usada vai depender da consistência
do sabão-base utilizado. Deve ser usada uma quantidade suficiente para
dissolvê-lo.
Em seguida, o sabão deve ser aquecido em banho-maria ou sobre
a chapa de amianto, mexendo sempre até que o sabão derreta. Se for,
necessário, pode-se acrescentar um pouco mais de água. A massa deve
ficar com consistência pastosa, nem muito dura, nem muito mole.
Depois que o sabão estiver derretido, tira-se a panela do fogo e
acrescenta-se o mel, misturando sempre, até ficar bem homogêneo. A
massa do sabonete estará pronta.
Agora, ela deverá ser colocada nas formas para moldar os
sabonetes. Deixa-se que os sabonetes endureçam, antes de retirá-los da
forma.
52. Sabonete de leite de Cabra
Para fazer o sabonete sólido de leite de cabra, necessita-se de:
100 g de sabão-base
60 g de extrato glicólico de proteínas do leite
água destilada
O leite de cabra passa por algumas transformações antes de ser
usado no preparo de cosméticos. Primeiro, é preciso hidrolisar suas
proteínas, para que elas possam ser absorvidas pela pele ou cabelo.
Para isso, adiciona-se vinagre ao leite bem quente. Para um litro e
meio de leite, use meio copo de vinagre. O leite formará coágulos
imediatamente, como resultado da hidrólise das proteínas. Deixa-se o
leite coalhado em repouso durante meia hora para que os coágulos
fiquem mais consistentes. Isso facilita na hora de coar.
Depois, é preciso coar o material para separar o soroo e
vinagremeio de leite, use meio copoquente. ou cabelo.
e o mel, misturando sempre,
at
. deixa-se o soro escorrer bem.
Após preparar a proteína hidrolisada, é preciso transformá-la em
extrato glicólico. Nesse caso, o extrato glicólico é feito com 50% de
glicerina. Então, misturam-se quantidades iguais de proteína e glicerina.
Os dois ingredientes devem ser batidos com um processador, até que a
mistura fique bem fina e homogênea. Assim, estará pronto o extrato
glicólico das proteínas do leite.
Para começar o preparo do sabonete de leite de cabra, o sabão-
base deve ser ralado e as formas devem ser untadas com óleo mineral
ou vaselina líquida.
O sabão-base e o extrato glicólico são misturados em uma panela
esmaltada. Acrescenta-se água destilada em quantidade suficiente para
derrete o sabão-base e leva-se a panela ao banho-maria. Ela deve ser
aquecida para que a base do sabonete se dissolva. Mexe-se a massa
sem parar para que não pegue no fundo da panela e comece a se
queimar. Todos os grumos devem ser desfeitos. Quando o sabão estiver
todo dissolvido e a massa estiver lisa e uniforme, deve ser retirada do
53. fogo. Em seguida, é despejada nas formas. Quando os sabonetes
esfriarem eles são retirados das formas.
Creme hidratante
ADITIVAÇÃO DE PRINCÍPIOS ATIVOS EM CREMES:
Material utilizado:
• Papel manteiga
• Placa de vidro ou gral
• Espátula ou pistilo
• Balança de precisão.
Procedimento:
• Pesar o(s) principio ativo(s), pré-solubilizá-lo ou micronizá-lo
com solvente adequado (ex. propilenoglicol) compatível com a
emusão
• Pesar o creme, descontando-se o peso do(s) PA(s); adicioná-lo
aos poucos ao princípio ativo micronizado ou solubilizado,
espatulando na placa ou hemogeneizando com o pistilo no gral.
• Embalar em pote ou bisnaga de rotular.
Protetor labial
Muitas pessoas têm reclamado que não chove e, como
conseqüência, a pele e os lábios ficam ressecados. Então, decidimos
ensinar como fazer um protetor labial.
Ingredientes:
54. 10 ml de cera de abelha
5 ml de manteiga de karitê
10 ml de manteiga de cacau
10 ml de óleo de amêndoas doces
1 colher de café de cacau em pó
1 colher de café de mel
2,5 ml de vitamina E
1 ml de essência de chocolate
Como fazer:
Derreta a cera, a manteiga de cacau e o óleo de amêndoas em
fogo baixo.
Adicione o cacau em pó.
Mexa até dissolver por completo e desligue o fogo.
Espere esfriar um pouco, misture o mel, a vitamina E e a essência.
Coloque nas forminhas para batom.
Dicas:
Derreta os produtos em panela esmaltada.
Para variar os sabores, substitua o cacau em pó por essência com
finalidade alimentícia.
Boas práticas de fabricação vigentes (G M P)
DEFINIÇAO:
Conjunto de ações capazes de gerar um produto de boa qualidade.
“A qualidade” de um produto fabricado deve ser conseguida durante a
fabricação do mesmo.
Todos são responsáveis pela qualidade do produto.
55. 1. ser Humano
Falta de conhecimento
Treinamento inadequado
Condições impróprias de trabalho
Negligencia e Apatia
2. equipamentos
Variações do equipamento para o mesmo processo.
Diferenças no ajuste do equipamento
Mal uso de equipamento
Falta de manutenção
Limpeza deficiente
3. Métodos
Falta de procedimento de operação padrão
Procedimentos incorretos
** Negligencia na observação dos procedimentos**
Boas práticas de manipulação
Alguns aspectos relevante:
1. Todos os funcionários devem ser orientados quanto as práticas de
higiene pessoal
Tomar banho pela manhã (diariamente)
Não sentar sobre superfícies sujas ou (sobre o) chão: banheiro,
jardim etc...
Mantenha sempre a barba feita, cabelos aparados e unhas curtas
e limpas.
56. Devemos lavar as mãos com água e sabão:
Antes de começar o trabalho
Após pegar algo que pelo aspecto está sujo
Após usar o sanitário
Após assoar o nariz
Após ter fumado
2. Na área de manipulação não é permitido o uso de cosméticos, jóias e
acessórios.
3. Não é permitido conversar, fumar, comer, beber, mascar, manter
plantas, alimentos, bebidas, fumo, medicamentos e objetos pessoais
nas áreas de manipulação.
No local de trabalho:
Nunca penteie o cabelo
Não fume
Não espirrem em cima da matéria prima, frascos e produtos
Não assoe o nariz
4. Todos os funcionários devem ser instruídos e incentivados a reportar
aos seus superiores imediatos quaisquer condições de risco relativas ao
meio ambiente, equipamento ou pessoal que considerem prejudiciais a
qualidade dos produtos manipulados.
5. os procedimentos de higiene pessoal e uso de roupas protetoras
devem ser exigidos a todas as pessoas para entrarem na área de
manipulação, sejam funcionários, visitantes, administradores e
autoridades competentes.
6. A colocação de uniformes bem como a higiene das mãos e
antebraços, antes do inicio das manipulações, devem ser realizados em
locais específicos.
• Os uniformes devem ser trocados dentro dos prazos estabelecidos
e fora dos prazos, caso o uniforme necessite de troca imediata.
57. • Uso gorro para a cobertura dos cabelos, deixando também as
orelhas cobertas.
• Use luvas, quando as mãos entrarem em contato direto com o
produto.
• Use máscaras, que servem como barreiras as contaminações
7. os funcionários envolvidos na manipulação devem estar
adequadamente uniformizados, para assegurar a sua proteção individual
e a do produto conta contaminação e os uniformes devem ser trocados
sempre que necessário para garantir a higiene apropriada.
8. Em caso de suspeita ou confirmação de enfermidade ou lesão
exposta, o funcionário deve ser afastado temporária ou definitivamente
de suas atividades, obedecendo a legislação especifica.
PESSOAS DOENTES VEICULAM MAIS CONTAMINAÇOES DO QUE
PESSOAS SADIAS.
9. Antes do inicio do trabalho de manipulação deve ser verificada a
condição de limpeza dos equipamentos e utensílios e bancadas de
trabalho.
10. As instalações e reservatórios de água devem ser protegidos, para
evitar contaminações.
O homem como portador de microorganismos
Local do corpo Quantidade
Couro cabeludo 1.500.00/cm2
Axila 2.400.00/cm2
Antebraço 105-4.500/cm2
Tronco-costas 314/cm2
Tronco-frente 200.00/cm2
Secreção nasal até 10.000.000/cm2
58. Cera do ouvido até 100.000.000/cm2
Saliva 100.000.000/cm2
Fezes 100.000.000.000/cm2
Xampus
São produtos destinados primariamente à limpeza dos cabelos e
couro cabeludo, porém podem ser acrescidos a princípios ativos
medicamentosos passando a exercer ação terapêutica.
Componentes básicos de um xampu:
Água: Responsável pela diluição dos tensioativos (agentes
espumantes”responsáveis pela remoção das sujidades). É a
matéria-prima de maior concentração na formulação, devendo
possuir boa qualidade microbiológica e química, purificada e recém
deionizada.
Detergente (tensioativo): substâncias que, por possuírem em
sua estrutura molecular grupos hidrofílicos (que ligam à água) e
lipofílicos (liga à gordura, sujeiras dos cabelos), têm a capacidade
de alterar a força de licaçao entre sujeira e cabelo, removendo-a.
Principais tensoativos:
• Aniônicos: em contato com água adquirem uma carga negativa
• Catiônicos: em contato com a água adquirem carga positiva.
• Anfóeros: dependendo do pH do meio adquirem carga positiva ou
negativa, pH ácido (+) e pH básico (-)
• Não iônicos: não formam carga ao entrar em contato com a água.
Emulsões (cremes e loções cremosas):
Mistura de dois líquidos imiscíveis, na qual m deles está disperso
no outro em forma de gotículas líquidas.
ADITIVOS DE PRINCÍPIOS ATIVOS EM EMULSÕES
59. O/A – Água: fase interna óleo e externa água. Sensação menos
oleosa, refrescância e absorção rápida. Água é a fase externa e
esta em contato com a pele.
A/O – água / óleo: fase interna óleo e externa água. Sensação
mais oleosa. Óleo é a fase externa em contato com a pele.
Nota:
Para saber se a emulsão é O/A ou A/O, acrescentar água. Se
homogeneizar, é aquosa; se não, é oleosa.
As emulsões são formas farmacêuticas líquidas ou pastosas de aspecto
leitoso ou cremoso, resultantes da dispersão de um líquido no seio de
outro, no qual é imiscível, à custa de um agente emulsificante.
COMPONENTES DE EMULSÕES:
Fase aquosa: água deionizada, pois o cálcio e o magnésio
desestabilizam a emulsão. Depois são acrescentados os
componentes solúveis mais os conservantes, edulcorantes e
aromatizantes.
Fase oleosa: óleos ou ceras aos quais são acrescentados os
componentes solúveis e as essências, conservantes e
antioxidantes.
Agente emulsificante: dá estabilidade à emulsão, reduzindo a
tensão superficial entre o óleo e a água e retardando a separação
das fases.
Conservantes: os conservantes protegem o produto contra
fungos e bactérias. De preferência devem ser adicionados na fase
aquosa, uma vez que esta é mais susceptível de contaminar. É
bom lembrar que alguns agentes emulsionantes podem diminuir
ou até mesmo neutralizar o efeito de determinados conservantes
(ex.: tween 80 e parabenos).
Essências e ou corantes
Antioxidantes: previnem processos auto-oxidativos de óleos e
gorduras (ex.: metabissulfito de sódio, BHT)
EHL (equilíbrio hidrófilo-lipófilo): é o equilíbrio entre as fases
aquosa e oleosa.
Sequestrantes: substâncias que complexam íons metálicos,
inativando-os em sua estrutura impedindo deste modo sua ação
60. danosa sobre os outros componentes da formulação. Age em
sinergismo com os conservantes.
PREPARO DE EMULSÕES (PROCEDIMENTO GERAL):
Aquecer todos os componentes óleos solúveis à cerca de 80º C
Aquecer todos os componentes hidrossolúveis, a 85º C
Adicionar uma fase à outro, lentamente, agitando. (a fase com
maior quantidade sobre a de menor quantidade).
Adicionar corantes, essências, hormônios, vitaminas, bioativos,
(matéria-prima de natureza orgânica em geral) quando esfriar, à
cerca de 30º C
Géis
ssoe o nariz
ascos e produtos
omer, beber, mascar, manter plantas, alimentos,
bebidas, fumo, medicamentos e objetos pessoais na:
Consistem na dispersão de um sólido (resina, polímero, derivados
de celulose...) num líquido (água ou álcool/água) formando um
excipinete transparente ou translúcido. Os géis são veículos destinados
à peles oleosas e acnéicas.
ESPESSANTES DERIVADOS DA CELULOSE:
CARBOXIMETILCELULOSE SÓDICA (CMC): Polímero aniônico, quase
nunca usado para obtenção de gel para veiculação de ativos
dermatológicos. É mais freqüentemente usado para obtenção de gel oral
e agente suspensor de produtos para uso interno.
Incompatibilidades: O gel de CMC é incompatível com ativos
fortemente ácidos e com sais solúveis de ferro e alguns outros metais,
tais como alumínio e zinco. É também incompatível com goma xantana.
Precipitação pode ocorrer em pH<2 e quando misturado com álcool
(etanol). A CMC forma complexos coacervados com gelatina e pectina.
Formam complexos com colágeno e, são capazes de precipitar
proteínas.
HIDROXIELTILCELULOSE (Natrasol®, Cellosize®): Este é o gel, a
base de celulose, de maior interesse para a vinculação de ativos em
61. dermatologia possui caráter não iônico, solúvel em água fria ou quente.
Tolera bem pH ácido, sendo indicado para a incorporação de ativos que
levem a um abaixamento do pH final da formulação, como por exemplo,
o ácido glicólico. pHs extremos, embora bem tolerados, podem causar
alterações na viscosidade.
METILCELULOSE: o gel com metilcelulose é preparado para
formulações tópicas (1-5%) e oftálmicas (0,5-2,0%).
Incompatibilidades: O gel de meilcelulose é incompatível com
cloridrato de aminacrina, clorocresol, cloreto de mercúrio, feno,
resorcinol, ácido tânico, nitrato de prata, cloreto de cetipiridíneo, ac.
Parahidroxilbenzóico, ácido paraminobenzóico, meltilparabeno,
propilparabeno e butilparabeno. Sais de ácidos minerais e
particularmente de ácidos polibásicos, fenóis e taninos, fenóis, coagulam
soluções de metilcelulose. Pode ocorrer complexação da metilcelulose
com compostos tensioativos, tal como tetracaína e sulfato de dibutolina.
Em altas concentrações de eletrólitos, a metilcelulose pode estar
completamente precipitada ou continuar gel.
Gel Creme:
São emulsões com alta porcentagem de água e baixa
porcentagem de óleo. É constituído por um estabilizador coloidal
hidrófilo e agente de consistência.
SUGESTÃO DE GEL-CREME BASE:
NET-FS (microemulsao de silicone)...................................... 2,0%
Gel base de carbopol qsp ................................................... 100,0%
Preparo: incorporar homogeneizando o NET-FS no gel base de
carbopol.
SUGESTAO DE GEL-CREME BASE NÃO-IÔNICO para formulações
com pH estremos (ácido glicólico) ou com carga de eletrólitos
incompatível com o Carbopol
NET-FS ........................................................................... 2%
Gel de hidroxietilcelulose (natrosol) qsp .............................. 100%
Preparo: incorporar o NET-FS no gel base de natrosol.
62. ADTIVAÇÃO DE PRINCÍPIOS ATIVOS EM GEL-CREME BASE: deve
seguir as mesmas orientações descritas para géis.
UNIDADE DE MEDIDAS – UI, UTR
Os produtos prescritos nestas unidade terão suas conversões
efetuadas utilizando-se uma regra de três simples.
Exemplo:
Formulação com 5.000 UTR de Thiomucase. Sabendo-se que 350.000
UTR’s equivalem a 1 grama, devemos calcular
350.000UTR = 5.000UTR
1g X
onde X=
5.000 x ÷ 350.000 = 0.014g
Devemos pesar então 0,14g ou 14 mg de Thiomucase
Os cálculos em UI’s seguem o mesmo princípio.
UI – Unidade Internacional: atividade especifica de uma droga
contida numa quantidade determinada de um padrão (medida atividade
ou potencia da substancia).
UTR = Unidade de Turbidez
Exemplos:
Vitamina A oleosa (palmitato) 1.000.000 UI/g
Acetato de vitamina A pó 500.000 UI/g
Vitamina D2 pó 850.000 UI/g
63. Vitamina D2 oleosa 1.000.000 UI/g
Vitamina D3 40.000 UI/g
Vitamina E oleosa 1.000 UI/g
Vitamina E pó 50% 0,50 UI/g
Thimucase 350 UTR/mg
Heparina 100 UI/g
Hiluronidase 2.000 UTR/20mg
INCOMPATILIDADES FISICO-QUÍMICAS
No meio farmacêutico, “incompatibilidade medicamentosa” é
considerado um assunto complexo que assusta e amedronta e por isso
muitas vexes é ignorado e pouco estudado no âmbito geral pelo
profissionais. Sobretudo, na farmácia magistral onde se trabalha com
inúmera substâncias e se manipula com maior freqüência associações
das mesmas em uma formulação.
Para Voigt, incompatibilidades compreendem os efeitos recíprocos
entre dois ou mais componentes de uma preparação farmacêutica, com
propriedades antagônicas entre si, que frustram ou colocam em dúvida
a finalidade para qual foi concebido o medicamento.
As incompatibilidades podem prejudicar a atividade ou impedir a
dosificação exata do medicamento, influir no aspecto da formulação
tornado-a inaceitável até mesmo do ponto de vista estético.
Quando se pensa em incompatibilidades em farmácia deve-se
pensar no sentido amplo da formulação. As incompatibilidades podem
desenvolver-se entre as substâncias ativas, entre as substâncias
coadjuvantes (excipientes) da formulação, entre as substâncias ativas e
as coadjuvantes ou entre uma ou outra e o material da embalagem ou
impurezas.
Segundo a sua origem e manifestação as incompatibilidades em
farmácia deve-se pensar no sentido amplo da formulação. As
incompatibilidades podem desenvolver-se entre as substâncias ativas,
entre as substâncias coadjuvantes (excipientes) da formulação, entre as
substâncias ativas e as coadjuvantes ou entre uma ou outra e o material
da embalagem ou impurezas.
64. Segundo a sua origem e manifestação as incompatibilidades
medicamentosas podem ser classificadas em:
Incompatibilidades físicas (incompatibilidades farmacêuticas)
Incompatibilidades químicas
Incompatibilidades terapêuticas (farmacológicas)
DETERMINAÇÃO DO pH
O pHmetro é um aparelho indispensável na farmácia com
manipulação, sendo importante tanto no controle de qualidade da
matéria-prima como o produto acabado. A medição do pH é muito
importante, pois várias matérias-primas podem ter seu pH alterado em
função de impurezas ou instabilidade (hidrólise, por exemplo). Esta
instabilidade pode ocorrer devido ao tempo de estocagem e/ou
condições inadequadas de transporte e armazenamento.
Altas temperaturas predispõem à instabilidade. Algumas matérias-
primas podem ser caracterizadas através da medição do pH de uma
solução da amostra a determinada concentração.
Descrição:
Retirar o béquer contendo solução de KCI na ual está mergulhado
o eletrodo quando o medidor não está em uso;
Lavar o eletrodo com jatos de água destilada e enxugá-lo com
papel de filtro;
Imergir o eletrodo em solução tampão de referencia, verificando-
se a temperatura em que se vai operar;
Ajustar o valor de pH 7, mediante o botão de calibração;
Lavar o eletrodo com várias porções de um segundo tampão de
referencia, imergindo-o neste, verificar o valor do pH registrado,
aferir o pHmetro com valor de pH 4 do segundo tampão;
Após a aferição, lavar o eletrodo com água destilada e com varias
porções da solução da amostra;
Para a diluição das amostras, deve-se usar água destilada isenta
de CO2 (água destilada fervida)
Proceder a determinação da leitura do pH da solução da amostra,
a primeira determinação fornece valor variável, havendo
necessidade de proceder as novas leituras (ideal 3 leituras);
65. Lavar novamente o eletrodo com água destilada, conservando-o a
seguir em solução de KCI.
Sugestões de soluções tampão
Tampão pH 7 Tampão pH 4
Fosfato monopostássio ........ 50ml Biftalato de potássio 0,2M ... 50 ml
Hidróxido de sódio .......... 29,1 ml Ácido clorídrico 0,2M ......... 0,1 ml
Água destilada qsp ........... 200 ml Agua destilada qsp ........... 200 ml
ALCOMETRIA
Quando se introduz o alcoômetro centesimal (alcoômetro de Gay
Lussac) em uma mistura de água e álcool, à temperatura de 15º C, a
leitura indica em centésimos e em volume, o teor em álcool absoluto na
mistura hidroalcoólica.
A graduação Gay Lussac determina o número de volume de álcool
etílico contido em 100 volumes de uma mistura feita exclusivamente de
álcool etílico e água, determinado a 15º C
Exemplo: 1 litro de álcool etílico a 96ºGL encerra a 15ºC - 960ml de
álcool etílico absoluto
Para se terminar a quantidade de álcool etílico por cento em
volume, em determinada temperatura, por meio da porcentagem em
peso, devemos levar em conta a densidade da mistura e a do álcool pro
e empregar a seguinte fórmula:
X=pxD
d
X = Quantidade de álcool em volume (ml)
p = porcentagem em peso
D = densidade da mistura hidroetanólica (a uma dada temperatura)
d = densidade do álcool puro (a uma dada temperatura)
66. pHMETRO:
Operação:
Para efetuar uma medição de pH é suficiente submergir a ponta
do eletrodo (4cm) e a sonda de temperatura na amostra a ser
medida.
Ligue o instrumento pressionando a tecla on/off
O medidor entra automaticamente no modulo de medição de pH
Espere um ou dois minutos para a estabilização do eletrodo
O valor do pH medido é lido no display(mostrador) principal e a
temperatura média é lida no display(mostrador) secundário.
Água na manipulação
A água utilizada na manipulação de fórmulas é considerada como
uma matéria-prima, produzida pelo próprio estabelecimento; portanto,
deve ter cuidados especiais no seu tratamento.
O sistema de produção de água potável, e purificada deve estar
qualificado dentro das especificações das Farmacopéias Brasileiras, a
Européia ou dos Estados Unidos da América do Norte, de forma a [A1] Comentário: Empregando
dessa forma para se referir aos
garantir o cumprimento das mesmas com vistas à obtenção da água norte-americanos vc está dizendo
como matéria prima principal na manipulação de formulações . que são os estados unidos
localizados no Norte(hemisfério),
enquanto que a expressão EUA
traduz que são os estados unidos
de toda a América – o que ainda
NOÇÕES BÁSICAS DE FARMACOTÉNICA: poderia ser os que se incluem
como tal serem unidos apneas.
FARMACOTÉCNICA (DEFINIÇÃO)
É a parte da ciência farmacêutica que trata da preparação de
medicamentos, ou seja, da transformação de drogas (matérias-primas)
em medicamentos; estudo o preparo, a purificação, as
incompatibilidades físicas e químicas, e a escolha da forma farmacêutica
(xarope, solução, suspensão, cápsula, etc) mais adequada à finalidade
pretendida.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
Fermacopéias: Brasileira, Européia, Americana, Britânica.
Tecnologia farmacêutica 3 volumes (prista).