O documento fornece um resumo histórico da anestesia geral desde os primórdios no século 19 até os desenvolvimentos modernos. Também descreve os principais tipos de anestésicos gerais, incluindo anestésicos inalatórios e venosos, e discute os objetivos e mecanismos de ação da anestesia geral.
1. Fundamentos da
Anestesia Geral
Rafael Hannickel Souza
TEA/SBA
Anestesiologista da Clínica Integrada de Anestesiologia de Jundiaí
HPS – HSE – HU
Professor Colaborador Disciplina Anestesiologia FMJ
2. Histórico
1772 - Joseph Priestley descobre óxido nitroso - N2O.
1844 - Horan Wells - uso clínico N2O para analgesia dentária.
1881 - Klicowitsch - N20 em analgesia de parto.
1961-Tunstall - uso do N20 à 50% da Fi.
1846- Em 16 de outubro, Willian Morton, no Massachussetts
General Hospital em Boston -E.U.A - uso do éter etílico para
extirpação cirurgica de glândula salivar. ( Marco inicial da Era
da Anestesia).
1897 - Simpson , Inglaterra - clorofórmio para anestesia obstétrica.
1920 - Guedel descreve os planos da anestesia geral e características
e indicações da anestesia com éter. Maguill introduz os tubos
traqueais para anestesia com agentes voláteis.
3. Histórico
1933 - Waters utilizou ciclopropano para anestesia cirúrgica.
1934 - Lundy - Tiopental para indução venosa de Anestesia.
1942 - Griffith e Johnson : d-tubocurarina para produzir
relaxamento muscular durante Anestesia Geral.
1943 - Lofgren sintetizou a lidocaína.
1949 - Phillips e Fusco utilizam succinilcolina clinicamente.
1956 - Johnson usa halotano clinicamente.
1959 - Artusio e Van Poznac - metoxifluorano.
1972 - Dobkin - enflurano.
1975 - Início da Especialização em Anestesiologia.
Décadas de 80 e 90 - Isoflurano / Seveflurano / Desflurano.
6. Objetivos da Anestesia Geral
Administração de Agentes anestésicos.
Obtenção de efeito clínico desejado.
Concentração terapêutica no sítio
efetor, ou seja no SNC - Biófase
12. Anestésico Ideal Único
NÃO EXISTE
Hipnose – Amnésia – Analgesia – Relaxamento
Muscular.
Rápida capacidade de indução e recuperação.
Alta potência.
Efeitos colaterais mínimos (cardiovascular e resp.)
Ausência de toxicidade.
Ausência de interação medicamentosa
13. Aproximação Anestésico
Ideal
Associação de fármacos – finalidades
específicas.
Característica mais interessante de cada.
Sinergismo entre elas.
Reduzir doses.
Reduzir Efeitos Colaterais.
Segurança e Previsibilidade Anestesia.
15. Anestesia Alvo Controlada
• Maior Estabilidade
Hemodinâmica
• Maior Estabilidade
Profundidade
Anestésica
• Maior Previsibilidade e
Rápida Recuperação
• Menor Quantidade de
Fármaco
16.
17. Modelo Tricompartimental
FÁRMACO
V2 k21 V1 k13
Equilíbrio
V3
k12 Central k31
Rápido
Equilíbrio
Lento
k1e
k10
Ve
Efeito ke0
27. Mecanismo Ação
Anestésicos Inalatórios
Não existe “ Teoria Unitária “.
Anestesia Inalatória é consagrada por milões de
aplicações ao longo dos últimos 150 anos.
Considerável debate acerca dos mecanismos de
ação.
Acredita-se que existam inúmeros locais no
sistema nervoso
28. Hans Horst Meyer e Overton – Teoria da
Lipossolubilidade – sugeriram
incorporação de anestésicos lipofílicos às
membranas lipídicas das células do
sistema nervoso resultando em alterações
metabólicas e anestesia.
Corrobora este raciocínio a relação entre
potência do anestésico e sua solubilidade
em azeite de oliva.
29. Frank e Lieb propuseram que os AI
interagissem com sítios polares e não
polares.
Teoria do Volume excesivo – AI ao
penetrar nas membranas lipídicas,
alterariam o volume celular, bloqueando
canais iônicos, resultando em anestesia.
30. Quastel e Wheatley – ação em áreas
específicas do Sistema nervoso, inibindo
processos oxidativos determinados.
Pauling – Anestesia em razão da
formação de microcristais no Sistema
Nervoso.
31. Possibilidade de AI ligarem-se a
receptores (proteínas) específicos do SNC
em nível sináptico, com consequente
ativação de sistemas inibitórios (GABA)
e/ou inibição de sistemas excitatórios (L-
aspartato e L-glutamato – NMDA)
32. Mecanismo Ação – AI -
Celular
Ativação Neuro - atividade Inibitória.
- Ácido gama aminobutírico (GABA tipo A)
- Neurotransmissor inibitório.
- Contrabalança ação excitatória do sistema
adrenérgico central.
33.
34. Mecanismo Ação – AI - Celular
Inibição da Neuro - atividade excitatória
- Glutamato e seu Receptor n-metil d-
aspartato (NMDA)
- Aminoácidos excitatórios.
35.
36. Receptor NMDA – Cetamina bloqueia os canais,
prevenindo a despolarização, inibindo a resposta
excitatória.
38. Anestésicos Inalatórios
Apresentam-se sob 2 formas:
vaporizador
• Líquidos Gás (Halotano,
Enfl,Isof,Sevo,Desf.)
• Gás (Óx. Nitroso) Armazenados em cilindros
Sistema Pulmões Sangue Tecidos
Anest.
39. Anestésicos Inalatórios (Ais)
Sistema Pulmões Sangue Tecidos Anest.
(Fi) (FA)
• Mistura no Sist. Anestesia do O2 + N2O ou Ar dos fluxômetros
com AI volátil do vaporizador, tendo uma concentração
inspirada ou fração inspirada (Fi), que é o resultado da Fração
administrada (Fad) após sua diluição no volume total “puro” do
sistema de anestesia.
40. Anestésicos Inalatórios (Ais)
Pressão Pressão Pressão
Parcial Parcial Parcial
Alveolar Arterial Cerebral
“ A Concentração Alveolar ou Fração Alveolar (FA) do
Anestésico Inalatório espelha a concentração cerebral”
41. Anestésicos Inalatórios (Ais)
CAM – Concentração Alveolar Mínima
“ Concentação Alveolar de anestésico
inalatório em que 50% dos indivíduos
permanecem imóveis quando estimulados
cirurgicamente “
42. Anestésicos Inalatórios (Ais)
Potência
Expessa em termos de CAM.
Diretamente proporcional à solubilidade lipídica.
Produto da CAM pelo coeficiente de partição óleo/gás
são praticamente iguais para todos os Ais.
Qto > lipossolubilidade > coef. Partição > Potência
óleo/gás < CAM
43. Relação Potência e Coeficiente
Partição Óleo/Gás
AIs CAM Coef. Particão
Halotano 0,7 224
Enflurano 1,7 98,5
Isoflurano 1,17 99
Sevoflurano 1,9 53
Desflurano 6,0 20
N2O 104 1,4
*N2O a 50% na FA reduz a CAM pela metade.
44. Anestésicos Inalatórios (Ais)
Em Anestesia Clínica:
Sistema deve ser ajustado para administrar a Dose Eficaz (DE 95) –
Conc. Alveolar em que 95% dos indivíduos permanecem irresponsivos
„a estimulação cirúrgica.
DE 95 – 1,3 a 1,5 CAM CAM bar
CAM DE 50
CAM despertar ou CAM acordado – ½ CAM = conc. Alveolar
50% pacientes despertam.
45. Anestésicos Inalatórios (Ais)
• O principal objetivo da
anestesia inalatória é
atingir uma pressão
parcial cerebral constante
ideal de anest. Inalatório
e para isso torna-se
necessária uma
manipulação adequada
na administração deste
anestésico para o
paciente.
47. Anestésicos Inalatórios (Ais)
Efeito Segundo Gás – O que é ?
Observado por Epstein em 1964.
N2O em altas conc. (> 50%)
Gera alto gradiente pressão alvéolo/sangue.
Rapidamente captado pelo sangue alveolar
CRF diminui
Gases alveolares remanescentes (AI) conc. Diluente
(N2O)
Conclusão : segundo gás (AI) administrado com O2 e N2O
tem sua concentração do que se administrado só com O2.
48. Farmacocinética dos Ais
Captação, Distribuição e Eliminação
Ação farmacológica : Captação do alvéolo pelo
sangue SNC.
Captação pelo sangue depende:
- solubilidade do agente no sangue.
(coeficiente partição sangue/gás)
qto < solub. Sg < coef. > rapidez
atinge SNC > veloc. indução
49. Farmacocinética dos Ais
Captação, Distribuição e Eliminação
• Captação pelo sangue depende:
1 - Coef. Partição sangue/gás.
2 - Débito cardíaco. qto > DC
> captação “wash out”
FA
> tempo SNC
indução mais lenta
(chocado - DC Captação FA vel. Indução)
3 - Gradiente Alveolo-venoso.
50. Farmacocinética dos Ais
Captação, Distribuição e
Eliminação
• Término Cirurgia.
• Desligados Gases Anestésicos. (FAD= 0)
• Administração O2 a 100%.
• FI < FA
• Anestésico Boca e Sist. Anestesia por ‡ pressão parcial
e do sangue para o alvélo e tecidos para sangue.
• Processo equilíbrio no sentido inverso.
• Dispertar : Abrir olhos ou boca - FA = 0,5 CAM (CAMAcordado)
54. Classes de Agentes
Endovenosos
Benzodiazepínicos: Barbitúricos: Tiopental,
Midazolan, Diazepan e Metoexital e Tiamilal.
Lorazepan.
Opióides: Fentanil,
Sufentanil, Alfentanil e
Propofol Remifentanil.
Etomidato Bloqueadores
Neuromusculares
Quetamina
55. Midazolan
Primeiro benzodiazepínico hidrossolúvel.
Hidrossolubilidade dependendo do pH.
Ph < 4 – fármaco hidrossolúvel.
pH fisiológico – extremamente lipossolúvel,
transpondo rapidamente as barreiras lipídicas, o
que lhe confere rápido início de ação e grande
volume de distribuição.
56. Midazolan
Possui meia vida de distribuição curta, um
clearance plasmático elevado, uma meia vida de
eliminação (t ½ß) curta e, por conseguinte uma
curta duração de efeito após uma dose única por
via venosa.
No entanto a meia vida contexto sensitiva para
as infusões contínuas podem ser longas
baseada na dose administrada e tempo de
infusão.
57. • Abertura do anel diazepina em ph < 4, elevando muito
a hidrossolubilidade. Em ph fisiológico de 7,4 e temp
de 37º C , o anel diazepina se fecha reultando em
elevada lipossolubilidade do MIDAZOLAN.
59. Midazolan - Metabolismo
Metabolismo – metabólitos hidroxilados são conjugados
e eliminados pela urina.
Metabólito 1-hidroximidazolam é detectado no plasma
em concentrações de 40 – 80% em relação à molécula
mãe, sendo farmacologicamente ativo no receptor
GABA – benzodiazepínico (acima de 60ng/ml).
Término de ação é primariamente resultado da
redistribuiçãoentre SNC e V2 e V3.
Pelo elevado clearance sistêmico – doses repetidas e
infusões contínuas, os níveis plasmáticos diminuirão de
maneira mais rápida em relação a outros bdz.
60. Midazolan – Mecanismo de Ação
Propriedades hipnótico-sedativas, ansiolíticas,
amnésicas,anticonvulsivantes e relaxantes
musculares por ação central.
Receptor GABA A ( bulbo olfatório, córtex,
cerebelo, hipocampo,subst. Negra, colículo
inferior, núcleo estriado, região subcortical e
medula)
Agonistas promovem abertura do canal de cloro,
hiperpolarizando a célula, que se torna
resistente à excitabilidade neuronal.
Antagonista – Flumazenil.
61. Mecanismo Ação
2 sítios de ligação na subunidade ß e 1 sítio de
ligação para os benzodiazepínicos na
subunidade Ƴ2.
67. Midazolan sobre SCV
• Mínimas alterações hemodinâmicas.
• Efeitos depressores mais em centros de controle
cardiovascular central, mais do que por ação periférica.
• Decrécimo PAM ( 15 – 25 %).
• Mínimo aumento na FC (10 %).
• Diminuição não signifcativa RVS, PAP,PCP,VS e DC.
• Na associação com opióides e propofol há sinergismo o
potencialização da depressão SCV, principalmente nos casos
de hipovolemia, uso de ß-bloqueadores e disfunção
miocárdica prévea.
68. AÇÕES DOS ANESTÉSICOS VENOSOS
Veno- Contratilidade
FC PAM DC RVS dilatação Miocárdica
Tiopental 0a
Cetamina 0 0
Etomidato 0 0 0 0 0 0
Propofol a
Midazolam a 0a 0a 0a
69. Midazolan sobre Respiração
• Volume corrente diminui e frequência respiratória aumenta
na mesma proporção, o que resulta em um aumento de
somente 10 % na fração expirada de CO2.
(o uso associado com opióide bloqueia esse tipo de
compensação).
• Presença de DPOC intensifica a depressão respiratória.
• Pico máximo de depressão 15 minutos após injeção em bôlus.
• Midazolan 0,05 mg/kg + Fentanil 2mcg/kg eleva a incidência
de fenômenos hipóxicos de 50% (se uso midazolan puro) para
90% (associação).
70. AÇÕES DOS ANESTÉSICOS VENOSOS
RESPOSTA
DEPRESSÃO MECÂNICA TÔNUS
RESPIRATÓRIA PaCO2 AO CO2 RESPIRATÓRIA BRONQUIOLAR
Tiopental FR; VC 0a
(baixas doses)
Cetamina 0 0 FR melhora o
broncoespasmo
Etomidato 0
Propofol VC
Midazolam VC; FR 0
71. Flumazenil
• Antagonista específico e competitivo dos receptores GABA A,
possibilita reversão dos efeitos de sedação, hipnose, amnésia,
ansiólise e depressão respiratória.
• Meia vida muito curta (1 hora).
• Riscos de Efeitos depressores residuais após eliminação do
flumazenil.
• Titular dose de flumazenil intermitentes de 0,2 mg até 1 mg,
com paciente monitorizado, com oxigenioterapia e pessoal
treinado.
• Condenado nos casos de anestesia ambulatorial.
72. Propofol
• Introduzido na prática clínica no final da década
de 1980.
• Ag. Hipnótico-Sedativo para indução e
manutenção da anestesia.
• Propriedades anti-eméticas.
73.
74. Resumo dos efeitos do propofol no
SNC
age no hipocampo e no córtex pré-frontal, inibindo a
liberação de acetilcolina
atua nos receptores da glicina e GABA(A) localizados
no corno dorsal da medula
aumenta a concentração de dopamina
diminui os níveis de serotonina
75. Composição Propofol
• 2,3 diisopropilfenol.
• Composto por substâncias insolúveis em água.
• Altamente lipossolúvel.
• 1 a 3 % emulsão leitosa branca.
• 10 % óleo de soja.
• 2,25 % glicerol.
• 1,2 % fosfato purificado de ovos.
• Ph – 7,0 .
• Pode ser diluído em SG 5% ou SF 0,9 %.
76. BIS
Doses Típicas
Estado
Index Propofol (µg.kg-1.min-1)
Hipnótico com alfentanil
100
Consciente 0 - 35 µg.kg-1.min-1
80
Sonolento 30 - 70 µg.kg-1.min-1
70
Hipnose superficial 75 - 115 µg.kg-1.min-1
55
Hipnose intermediária 90 - 150 µg.kg-1.min-1
40
Hipnose profunda
> 150 µg.kg-1.min-1
Supressão da onda
0
78. 100
consciente
Relação beta relativa
80
sedação
60
anestesia geral
SynchFastSlow
hipnose profunda
40
próximo da supressão
aumento do surto
20 de supressão Surto de supressão
silêncio cortical
0
79. Estado Hipnótico Modificações EEG
olhos fechados predominância
com relaxamento da onda α
ondas α (7,5-12,5 Hz)
anestesia aumento no β power
superficial diminuição na onda α
ondas β (12,5-30 Hz)
aumento na
atividade
anestesia ondas deltas (1,5-3,5 Hz)
da onda lenta
profunda
(ondas delta e teta)
diminuição nas
ondas α e β
ondas tetas (3,5-7,5 Hz)
silêncio Surto de Supressão
cortical
isoelétrico
80. Farmacocinética Propofol
• Alterada por idade avançada, Obesidade, Doenças
Preexistentes e uso de medicamentos.
• Idosos : clearance diminuído e diminuição do volume do
compartimento central.
• Crianças: Aumento V1 (50%) e aumento do clearance
(25%).
• Mulheres: VD e Clearance > Homens.
• Hepatopatas: Aumento V1 (maior tempo de equilíbrio)
81. KeO Propofol
• t½KeO = 2,6 minutos.
• Equilíbrio entre C.plasmática e sítio de
efeito é lento (8 – 10 minutos).
• Doses elevadas (2 – 2,5 mg/kg) diminui
esse tempo para menos da metade por
atingir Cp de 10 – 12 mcg/ml.
82. Clearance Propofol
• Muito rápido.
• Sugere sítios de metabolismo extra
hepático.
• 3 – 4 L/minuto/70kg.
• Muito lipossolúvel – grande depósito
em V2 e V3 por mecanismo de
distribuição rápida. (t½π 1 – 8 min)
83. t½ß Propofol
• 4 – 24 horas.
• Longo tempo é indicativo de um compartimento
periférico de perfusão limitada, fato que resulta
em lento retorno para compartimento central
(V1).
• Pelo elevado clearance e retorno lento de V3 para
V1, há rápida queda da Cp após término da
infusão.
• Meia vida contexto sensitiva < 40 minutos para
infusões de 8 horas.
88. AÇÕES DOS ANESTÉSICOS VENOSOS
Veno- Contratilidade
FC PAM DC RVS dilatação Miocárdica
Tiopental 0a
Cetamina 0 0
Etomidato 0 0 0 0 0 0
Propofol a
Midazolam a 0a 0a 0a
89. Farmacodinâmica Propofol
Respiratório
• Depressão ação central.
• Deprime profundidade e frequencia respiratórias
(potencializado pela associação com bzp e opióides).
• Não altera tônus da musculatura brônquica, mas
diminui sua reatividade provavelmente por
atenuação vagal (Asmáticos se beneficiam).
• Preserva Vasoconstrição pulmonar hipóxica ( AI
inibem esse reflexo em C insp > 1 CAM)
90. AÇÕES DOS ANESTÉSICOS VENOSOS
RESPOSTA
DEPRESSÃO MECÂNICA TÔNUS
RESPIRATÓRIA PaCO2 AO CO2 RESPIRATÓRIA BRONQUIOLAR
Tiopental FR; VC 0a
(baixas doses)
Cetamina 0 0 FR melhora o
broncoespasmo
Etomidato 0
Propofol VC
Midazolam VC; FR 0
91. • Intra Oculares: Diminui a PIO.
• Hepato – Renais : Não altera enzimas hepáticas
(TGO, TGP, FA) e não altera uréia e creatinina.
• Coagulação: relatos de inibição da agregação
plaquetária, síntese de tromboxano e aumento
óxido nítrico.
Não há estudos que evidenciam alterações de TP,
fibrinogênio, PDF e nº e fç plaquetas.
Associação com AINH e Antitrombóticos pode
aumentar riscos de sangramento.
92. Propofol e Obesidade
• Apesar de aumento de VD (aumento de V3,
mas também de V2 e V1) nesses pacientes e
da alta lipossolubilidade do propofol, este
tem distribuição estável e clearance elevado,
não se acumulando após 2 horas de infusão.
• Dose pelo Peso Corporal Corrigido para
minimizar efeitos hemodinâmicos.
93. Peso Corporal Corrigido
PPC = Peso Ideal + 30/40% do excesso
Homens – Peso Ideal é :
Altura em cm – 100
Mulheres – Peso Ideal é :
Altura em cm - 105
94. • Gestantes : Atravessam barreira placentária,
sem repercussão clínica para o RN.
Despertar materno e Apgar = isoflurano.
Aparecem no leite materno em quantidades
ínfimas, sem depressão do lactente.
Idosos: Levar em consideração condições
clínicas e idade. (função cardíaca prévea)
Devemos reduzir as doses de indução e
manutenção por diminuição de V1 nesses
pacientes, minimizando as repercussões
hemodinâmicas.
95. Efeitos não hipnóticos do
Propofol
• Ansiolítico ( doses sub hipnóticas).
• Antipruriginoso (via depressão espinhal
corno posterior para coceira e corno anterior
para arranhões) Dose – 10 mg bôlus ou 0,5 –
1,0 mg/kg/h.
• Anticonvulsivante e Antiepilético.
• Antiemético por ação na zona de gatilho
quimiorreceptora e centro do vômito.
96. Etomidato
• Caracteres físico-químicos:
• Derivado imidazólico carboxilado que existe
como 2 isômeros,onde somente o isômero + é
ativo com hipnótico.
• Solução 2mg/ml.
• Propilenoglicol (35% volume) em sua diluição e
tem sido proposto diluição com 2-hidroxipropil-
ß-ciclodextrina, que resulta em menor dor à
injeção, e menos tromboflebites.
97. Etomidato
• Hipnótico de ação central, potencializa os efeitos inibitórios
do acido gama-amino-butírico (GABA) sobre o receptor
GABA A.
• Age em receptores diferentes dos benzodiazepínicos, os
quais são específicos.
• VD = 2,5 L/kg
• Clearance hepático muito elevado = 17ml/kg/min
(parece haver metabolismo extra-hepático por est. Plasm.)
• Metabólitos inativos.
98.
99. Etomidato
Situações que alteram a farmacocinética:
• Insuficiência hepática e renal – diminuição das
proteínas plasmáticas e aumento da fração livre droga,
já que 75% do etomidato está ligado à proteína
plasma(Efeito farmacodinâmico intenso).
• Idade avançada (diminuição VD e do clearance), o que
os torna mais sensíveis.
100. Etomidato
• Grande estabilidade hemodinâmica nas doses
convencionaisquando comparado ao propofol. (0,3
mg/kg – indução)
• Menor depressão respiratória que o propofol e
tiopental.Pode ser usado com segurança em
asmáticos(não libera histamina).
• Infusão contínua prolongada – Supressão da Supra
Renal.
• Relacionado a incidência de náusea e vômito no pós
operatório (30 a 40%).
• Relacionado a dor à injeção, flebites e tromboflebites.
• Contrações musculares tônico clônicas e soluços podem
acompanhar sua administração.
104. AÇÕES DOS ANESTÉSICOS VENOSOS
RESPOSTA
DEPRESSÃO MECÂNICA TÔNUS
RESPIRATÓRIA PaCO2 AO CO2 RESPIRATÓRIA BRONQUIOLAR
Tiopental FR; VC 0a
(baixas doses)
Cetamina 0 0 FR melhora o
broncoespasmo
Etomidato 0
Propofol VC
Midazolam VC; FR 0
105. Cetamina
• Caracteres físico químicos:
• pKa = 7,5.
• Lipossolubilidade 5 a 10 X maior que
tiopental.
• Estrutura molecular com 2 isômeros ou
enantiômeros.
• R (-) Cetamina e R (+) Cetamina.
106. Cetamina
• Farmacocinética:
• Obedece modelo tricompartimental –
após administração venosa, a queda da
cp. Tem característica bifásica, com
uma fase de distribuição inicial e rápida,
com duração de 45 minutos, seguida de
uma fase de eliminação longa, com
duração de horas.
107. Cetamina – Mecanismo Ação
• Inconscência e Analgesia dose dependente.
• Anestesia dissociativa.
• Atualmente:
• Papel aminoácidos excitatórios na geração de
nicicepção tem sido bem definida, e o
glutamato e aspartato participam na
transmissão neuronal em vários níveis das
vias nociceptivas (corno dorsal da medula)
com agonista dos receptores N-metil-D-
aspartato (NMDA).
108. Cetamina – Mecanismo Ação
• Antagonismo receptor NMDA.
• Reduz liberação pré-sináptica de glutamato.
• Antogonismo receptores colinérgicos
nicotínicos e muscarínicos.
• Potencialização do GABA. (altas doses)
• Agonista receptores opíóides µ.
• Hipnose e Analgesia.
109. Mecanismo Ação – Celular
• Inibição da Neuro - atividade excitatória
- Glutamato e seu Receptor n-metil d-aspartato
(NMDA).
- Aminoácidos excitatórios.
110. Receptor NMDA
• Glutamato Ocupa local ligação subtipo NMDA
- Abre-se canal iônico membrana.
- Influxo Na+, K+ e Ca+.
- Despolarização neurônio pós sináptico.
- Início Potencial Ação.
- Ativação de outras vias.
111. Início Ação Cetamina
• pKa próximo pH fisiológico.
• Alta lipossolubilidade.
• Atravessa rapidamente B. hematoencefálica.
• Rápido início ação.
• 30 segundos.
• Efeito máximo em 1 minuto.
112.
113. Receptor NMDA – Cetamina bloqueia os canais,
prevenindo a despolarização, inibindo a
resposta excitatória.
114. Farmacodinâmica - SNC
• Anestesia dissociativa.
• Assemelha-se estado catalepsia.
• Intensa analgesia, pórém muitas vezes com olhos abertos e
com reflexos.
• Aumenta PPC e PIC.
• Atividade excitatória SNC (onda Ɵ no EEG), semelhante
atividade convulsiva.
• Eleva consumo oxigênio cerebral.
• Mantém responsividade cerebrovascular à PaCO2.
122. Opióides
Toda substância exógena, natural ou
sintética, que se liga especificamente com
qualquer uma das subpopulações de
receptores opióides, produzindo, por meio
dessa ligação, algum tipo de efeito
agonista.
125. Opióides Ideal
É aquele que tem alta especificidade pelo
receptor e que quando ativado, produz
efeitos desejáveis ( analgesia, sedação ),
apresentando especificidade pequena ou
nula para receptores associados com a
geração de para efeitos ( depressão
respiratória, náusea, dependencia física,
etc...)
126. • Os opióides ativam pré e pós-sinapticamente os
receptoresacoplados à proteína G-7 transmenbrana
ao longo das vias transmissoras de dor.
Altas densidades de receptores opiódes conhecidos
como µ, ƹ e ƙ são encontrados no corno dorsal da
medula espinhal e centros superiores do SNC.
• Os opióides mais usados
agem principalmente
nos receptores µ.
127. • Os efeitos celulares envolvem o aumento do
influxo de potássio neuronal e consequente
hiperpolarização dos neurônios, tornando
menos provável sua resposta a estímulos
dolorosos e à inibição do influxo de cálcio,
com diminuição da liberação de
neurotransmissores
pelos neurônios
localizados ao longo
da via transmissora
dor.
129. Analgesia Bradicardia
Prurido Náusea
Depressão respiratória Miose
Sedação Hipertonia muscular
Vasodilatação Retenção urinária
Espasmo da musculatura lisa
130. Receptores Opióides
ß-endorfina é o ligante agonista
Endógeno dos receptores mu, enquanto que
os exógenos são morfina, fentanil, alfentanil,
sufentanil e remifentanil.
Naloxona : Antagonista ( se liga ao
receptor sem ativá-lo)
131. Característica Molécula Não ionizada Ionizada
Efeito farmacológico ativo inativo
Solubilidade lipídica água
Atravessam as barreiras sim não
Excreção renal não sim
Metabolismo hepático sim não
132. Fentanil
• Segue modelo tricompartimental.
• Lembrando:
• Fração com capacidade de penetrar SNC
(Biófase) é a fração não ionizada livre, ou
seja, a não ligada à proteína plasmática.
• Depende então do pKa.
133. Fentanil
• Baseado nestes dados:
• Fentanil e Sufentanil penetram no SNC 150 vezes
mais rápido que a morfina e o Alfentanil 10 vezes
mais rápido que o fentanil.
• t½π = 1 a 2 min. t½ά = 10 a 30 min. (após
injeção em bôlus a Cp cai rapidamente e 98% são
eliminados em 1 h)
• VD = 3,6 L/kg
• Clearance = 10-20ml/kg/min
134. Fentanil
• Alta lipossolubilidade.
• O que explica seu alto VD, e, por acumular em
V3, pouco perfundido, dificulta seu acesso
hepático e, desta forma sua depuração. (t ½ß = 3
a 6 hs).
• Altíssima meia vida contexto sensitiva.
(não é ideal para infusão contínua)
• pKa = 8,4 (80% dose IV está na forma ionizada,
portanto ligada à proteína plasmática e portanto
sem ação)
135. Sufentanil
• Segue modelo tricompartimental.
• Altamente lipossolúvel, o que confere grande afinidade
pelo receptor opióide.
• t½π = 1,4 min t½ά = 17 min t½ß = 164 min
• VD = 2,86 L/kg
• Clearance hepático = 13 ml/kg/min (elevado)
137. Alfentanil
• t½π e t½ά rápidos.
• Clearance menor que o do fentanil.
• Pequeno VD limita possibilidade de acúmulo e isso
resulta em curto t½ß = 1 a 2 hs.
• Menos lipossolúvel que fentanil e sufentanil.
(recuperação + rápida pela baixa estocacagem em V3 e
em tecido cerebral e medular após sua
administração)
138. Alfentanil
• pKa = 6,5 (contribui para elevada liberação de
porção não ionizada em pH fisiológico, em torno de
90%, conferindo rápido início de ação - > que fenta
e sufenta).
• Pelo pequeno VD = 0,5 a 1 L/kg , menor acumulo
em V3 que fentanil e sufentanil.
• Pode ser usado em infusão contínua, mas deve ser
interrompido antes término da cirurgia.
139. Alfscov (Scott, sem ajuste de peso)
[Bolus] = 30 µg.kg-1
[Concentração alvo] = 80 ng.ml-1
T. DE INF. [0 A 30 min ] = 0,17 ug.kg-1. min-1 =1,3 ml/h
T. DE INF.[30 A 90 min ] = 0,30 ug.kg-1. min-1 =2,3 ml/h
350.0
300.0
250.0
ng.ml-1
200.0
150.0
100.0
50.0
0.0
0.0 8.1 16.4 24.7 33.0 41.3 49.7 58.0 66.3 74.7 83.0
minutos
140. fenta alfenta remi suf
Vol. distribuição (l.kg-1) 3-6 0,25-0,75 0,3-0,4 2,86
Clearance (ml.kg-1.min-110-20
) 3-8 40-60 13
t1/2 (h) 3,1-4,4 1,2-1,7 0,05-0,39 1,2-
T1/2keO* (min) 4,5 0.90 1,5 1,7
3
*T1/2keO= meia vida para o equilíbrio entre o plasma e o
compartimento do local de efeito(receptor).
144. Conc plasmática(ng.ml-1)
em 50% a CAM do iso Potência
fentanil 1,67 1
alfentanil 28,8 1/25
sufentanil 0,14 12
remifentanil 1,37 1,2
145. Agonista seletivo dos receptores opióides
Potência semelhante à do fentanil
Meia-vida de 3-5 minutos
Tempo de latência semelhante ao do
alfentanila
Metabolizado por esterases inespecíficas
do sangue e dos tecidos
Não libera histamina
146. Remifentanil
• 1990 – identificado composto GI8708413.
• 1996 – Denominado Remifentanil e liberado
para uso clínico pelo FDA.
• Novo membro da família dos opióides derivados
da fenilpiperidina.
• Ação ultracurta, que pode ser titulado
rapidamente e individualizado de acordo com os
diferentes tipos de estímulos e tempos
cirúrgicos.
147. Mapeamento Estresse Cirúrgico
Concentração Ideal do Fármaco
INTUBAÇÃO
Estresse Cirúrgico
INCISÃO
TRAÇÃO TRAÇÃO
PERITONIAL VISCERAS
OCAS
Duração da Cirurgia
149. Remifentanil
• Metabolizado por hidrólise por esterases
plasmáticas e teciduais inespecíficas, resulta em
depuração plasmática rápida e sem efeitos
cumulativos, mesmo após longos períodos em
infusão contínua.
• Diferente dos outros agonistas µ como fentanil,
sufentanil e alfentanil, que se distribuem
amplamente pelo organismo (V2 e V3) e ao
interromper infusão contínua sua redistribuição
aumenta muito a meia vida contexto sensitiva
prolongando seus efeitos depressores.
151. Remifentanil
• VD = 0,39 (+/- 0,25) L/kg
• t½Ke0 rápido – semelhante ao alfentanil,
mas muito menor que t½Ke0 do fentanil e
sufentanil.
• Metabólito : GR90291 – 4600 vezes
menos potente que Remifentanil.
152. Farmacodinâmica Remifentanil
Cardiovascular
• Como todos agonistas µ : Hipotensão Arterial
e bradicardia (potencializadas na associação
com outros A. Venosos).
• Resposta rápida e previsível às diminuições
de taxas de infusão.
• Não libera histamina.
153. Farmacodinâmica Remifentanil
SNC
• Indicado para neuroanestesia.
• Não aumenta PIC (se mantida normocarbia)
• Não altera vel. de produção ou reabsorção de LCR.
• Rápida e total recuperação após término infusão (avaliação precoce)
• Indicado em asociação ao propofol nas craniotomias com paciente
acordado.
• Sedação UTI (Aspiração – após reavaliar)
• Mantém intcta a reatividade vascular cerebral, ou seja, conserva intacta
a resposta vasoconstritora secundária a hipocapnia.
154. Farmacodinâmica Remifentanil
Respiratório
• Como todos agonistas :
• Depressão respiratória dose-dependente.
• Rapidamente revertida com interrupção
da infusão.
155. Efeito Analgésico Remifentanil.
• Analgésico potente.
• Rápido início de ação.
• Dose – dependente.
• Efeito máximo em doses clínicas após 1 – 3 minutos de
infusão.
• Potêncis similar ao fentanil e 21,5 X Alfenta.
• Efeito analgésico cessa muito rapidamente.
• Preocupa-se com ANALGESIA PÓS OP
(Morfina, AINH, Bloq. Regionais, Infiltrações)
156. Remifentanil em Situações
Especiais
• Insuficiência Renal e Hepática :
Metabólito GR90291 acumula 200 X mais
nos nefropatas, porém este é 4600 X
menos potente que Remi, sem
necessidade de ajuste de doses.
Metabolizado por histerases plasmáticas e
teciduais inespecíficas, não pelo fígado.
(indicado para hepatopatas / tx hepático)
157. • Idosos: Remifentanil
Recomendável redução da dose em 50% à partir dos
65 anos.
Hipotensão e Bradicardias exacerbadas.
Aumenta t½KeO (efeito clínico + demorado).
• Pediatria: Pode ser usado normalmente desde que
ajustado de acordo com peso.
158. No idoso, o bolus deve
ser reduzido em 50%
400
300
LBM
Bolus (g)
200 75kg
100
35kg
0
20 40 60 80
Idade (anos)
Minto et al, Anesthesiology 86:24-33, 1997
159. No idoso, a taxa da infusão
deve ser reduzida em 30 a 40
%
60
Taxa de Infusão (g/min)
50
40
LBM
30
75kg
20
10 35kg
0
20 40 60 80
idade (anos)
Minto et al, Anesthesiology 86:24-33, 1997
160. • Obstetrícia: Remifentanil
Contra indicado para analgesia periduaral
(glicina na formulação)
Rápida recuperação (não altera APGAR)
Pode ser usado em analgesia parto venosa.
Sempre lembrar do aumento da morbimortalidade
materno fetal com anestesia geral X Bloqueios
regionais (Dificuldade acesso à Via Aérea)
161. • Obesidade: Remifentanil
O.M. relacionada com restrição ventilatória relacionada
à obesidade (que pode ser potencializada pelos A.
Venosos).
VD Aumentado (Grande V3).
Acúmulo opiódes liposolúveis.(Retardo recuperação
desses pacientes).
Usar Peso Corporal Corrigido para evitar depressões
hemodinâmicas com peso Real.
(Hipotenção e Bradicardia)
163. Concentração de Isoflurano(%) 2.00
1.75
1.50
1.25
1.00
0.75
0.50
0.25
0.00
0 10 20 30 40 50 60
Concentração de Remifentanil (ng.ml-1)
(Lang E. e col, Anesthesiology 1996; 85:721)
164. 1. Reaparecimento da dor
2. Náuseas e vômitos
3. PA
4. FC
5. Reação violenta ao tubo traqueal
6. Edema agudo do pulmão
165. Bloqueio Adespolarizantes
BNMs competem Ach na placa motora
Encaixam-se nas subunidades alfa
Depende da concentração e da afinidade ao receptor
Não há formação potencial de ação
Fibra muscular não recebe estímulo para contração
Paralisia flácida
180. Anestesia Alvo Controlada
• Maior Estabilidade
Hemodinâmica
• Maior Estabilidade
Profundidade Anestésica
• Maior Previsibilidade e
Rápida Recuperação
• Menor Quantidade de
Fármaco
191. Otimizar Custo
Equipos Específicos
Extensores Comuns
Volumes das Interfaces
Perfusor Set 60 cm = 0,5 ml
Butterfly 21 = 0,4 ml
Torneirinha = 0,2 ml
Equipo 3M = 15 ml
Equipo Anne = 6,7 ml
Equipo Baxter = 10 ml
1 ml R$ x,xx