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Movimentos Sociais Década de 70
Guerrilha do Araguaia De todos os conflitos rurais, a Guerrilha do Araguaia foi o mais importante e, também, o mais controverso. Organizada pelo Partido Comunista do Brasil (PCB), seu objetivo era conquistar o  apoio da população local para, a partir do campo, enfrentar a ditadura, derrubá-la, tomar o Estado e fazer a revolução.
Embora, até então, as ações armadas mais espetaculares tivessem ocorrido nas cidades, parte da esquerda revolucionária acreditava que a guerrilha rural também era um passo decisivo rumo à revolução. No plano internacional, não faltavam as referências vitoriosas na China, em 1949, com Mao Tsé-Tung, e em Cuba, uma década depois, com Fidel Castro e Che Guevara.
Por uma questão de segurança do grupo, os guerrilheiros não tinham identificações. Seus nomes nunca eram revelados, usando desta forma nomes e identificações falsas. Sabe-se porém, que muitos eram estudantes e profissionais liberais que haviam participado de manifestações contra o regime na década de 1960.   A versão mais aceita dá conta de que a guerrilha, ainda não deflagrada, teria sido descoberta pelos militares através de informações passadas por uma militante do PCB. Foi assim que, em abril de 1972, o Exército chegou à região à procura dos guerrilheiros, que viviam misturados à população local.
Ao fim, houve a morte de cerca de 76, sendo 59 militantes do PCB e 17 recrutados da região. A perseguição aos guerrilheiros, segundo testemunhos de militares teve requintes de crueldade, como decapitação e fuzilamento. Em razão disso, muitos corpos nunca foram - e possivelmente nunca serão - encontrados. Desde os anos 1980, os familiares dos guerrilheiros mortos vêm lutando, inclusive na Justiça, para que o Exército libere documentos que comprovem a morte dos parentes. Os militares, porém, continuam negando a existência de quaisquer documentos, o que já foi amplamente contestado.
Movimentos estudantis Nas décadas de 60 e 70, o movimento estudantil universitário brasileiro se transformou num importante foco de mobilização social. Sua força adveio da capacidade de mobilizar expressivos contingentes de estudantes para participarem ativamente da vida política do país. O golpe militar repercutiu significativamente no movimento estudantil. A influência das correntes políticas de esquerda levou as autoridades militares a reprimirem as lideranças estudantis e desarticularem as principais organizações representativas. Primeiramente a UNE foi posta na ilegalidade.
De 1969 a 1973, a coerção política atingiu o seu ápice. Neste período, o movimento estudantil foi completamente desarticulado. A maior parte dos militantes e líderes estudantis ingressou em organizações de luta armada para tentar derrubar o governo. Em 1973, os militares derrotaram todas as organizações que pegaram em armas. Somente em 1974 começaram a surgir os primeiros sinais da recuperação do movimento estudantil. A nova geração de estudantes, que militaram e lideraram as frentes universitárias da década de 70, teve pela frente o árduo trabalho de reconstruir as organizações estudantis.
O período em que o movimento estudantil voltou a ter força coincidiu com uma mudança importante nos rumos da política nacional. Após a escolha do general Ernesto Geisel para a Presidência da República teve início a implementação do projeto de liberalização política, que previa a redemocratização do país. Ironicamente, no final da década de 70, apesar das principais organizações estarem em pleno funcionamento, o movimento estudantil universitário havia perdido sua força e prestígio político.
Movimentos sindicalistas Sindicalismo é o movimento social de associação de trabalhadores assalariados para a proteção dos seus interesses.  A idéia de uma central sindical unitária surgiu no final dos anos 70, na esteira das manifestações populares que reivindicavam anistia e a convocação de uma Assembléia Nacional Constituinte. Muito antes da Conferência Nacional das Classes Trabalhadoras (Conclat), realizada em 1981, a intenção de criar uma central sindical unitária ganhou forma por meio de diferentes iniciativas do movimento operário e das forças populares e democráticas que resistiam à ditadura militar.
Nos anos 70 surge o novo sindicalismo brasileiro, que denunciava a política econômica desastrosa do governo e lutava para que a classe trabalhadora tivesse melhores condições de vida e trabalho. As greves operárias no ABCD paulista, em plena ditadura, mostravam a coragem e a força do novo sindicalismo. Nessas greves começou a se destacar a figura carismática de Lula.
Movimento Feminista Nas décadas de 1960 e 1970, o feminismo eclode na Europa e nos Estados Unidos. No Brasil, d urante a Ditadura Militar as mulheres organizaram-se, independentemente de partidos políticos, idade e classe social, para formar uma militância contra o regime militar. Em 1975 a ONU organizou o "Ano Internacional da Mulher". A questão da mulher passou a ser tema de discussão nas universidades e em meio aos profissionais liberais.
O Movimento Feminino pela Anistia foi criado no final do ano de 1975. Esse movimento tinha como proposta denunciar as repressões que o governo militar havia imposto aos cidadãos brasileiros. Grande parte do grupo da militância era composta por mulheres que viram os maridos serem torturados e assassinados pelo governo militar. Esse movimento, independente de partidos políticos e outras ideologias, foi muito apreciado pela sociedade.
Movimentos sociais Década de 70 Daniele Fragoso Miho Yoshioka Priscila Mitsue Cinthia Ikeda Marina Morimitsu Talita Taira

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  • 2. Guerrilha do Araguaia De todos os conflitos rurais, a Guerrilha do Araguaia foi o mais importante e, também, o mais controverso. Organizada pelo Partido Comunista do Brasil (PCB), seu objetivo era conquistar o apoio da população local para, a partir do campo, enfrentar a ditadura, derrubá-la, tomar o Estado e fazer a revolução.
  • 3. Embora, até então, as ações armadas mais espetaculares tivessem ocorrido nas cidades, parte da esquerda revolucionária acreditava que a guerrilha rural também era um passo decisivo rumo à revolução. No plano internacional, não faltavam as referências vitoriosas na China, em 1949, com Mao Tsé-Tung, e em Cuba, uma década depois, com Fidel Castro e Che Guevara.
  • 4. Por uma questão de segurança do grupo, os guerrilheiros não tinham identificações. Seus nomes nunca eram revelados, usando desta forma nomes e identificações falsas. Sabe-se porém, que muitos eram estudantes e profissionais liberais que haviam participado de manifestações contra o regime na década de 1960. A versão mais aceita dá conta de que a guerrilha, ainda não deflagrada, teria sido descoberta pelos militares através de informações passadas por uma militante do PCB. Foi assim que, em abril de 1972, o Exército chegou à região à procura dos guerrilheiros, que viviam misturados à população local.
  • 5. Ao fim, houve a morte de cerca de 76, sendo 59 militantes do PCB e 17 recrutados da região. A perseguição aos guerrilheiros, segundo testemunhos de militares teve requintes de crueldade, como decapitação e fuzilamento. Em razão disso, muitos corpos nunca foram - e possivelmente nunca serão - encontrados. Desde os anos 1980, os familiares dos guerrilheiros mortos vêm lutando, inclusive na Justiça, para que o Exército libere documentos que comprovem a morte dos parentes. Os militares, porém, continuam negando a existência de quaisquer documentos, o que já foi amplamente contestado.
  • 6. Movimentos estudantis Nas décadas de 60 e 70, o movimento estudantil universitário brasileiro se transformou num importante foco de mobilização social. Sua força adveio da capacidade de mobilizar expressivos contingentes de estudantes para participarem ativamente da vida política do país. O golpe militar repercutiu significativamente no movimento estudantil. A influência das correntes políticas de esquerda levou as autoridades militares a reprimirem as lideranças estudantis e desarticularem as principais organizações representativas. Primeiramente a UNE foi posta na ilegalidade.
  • 7. De 1969 a 1973, a coerção política atingiu o seu ápice. Neste período, o movimento estudantil foi completamente desarticulado. A maior parte dos militantes e líderes estudantis ingressou em organizações de luta armada para tentar derrubar o governo. Em 1973, os militares derrotaram todas as organizações que pegaram em armas. Somente em 1974 começaram a surgir os primeiros sinais da recuperação do movimento estudantil. A nova geração de estudantes, que militaram e lideraram as frentes universitárias da década de 70, teve pela frente o árduo trabalho de reconstruir as organizações estudantis.
  • 8. O período em que o movimento estudantil voltou a ter força coincidiu com uma mudança importante nos rumos da política nacional. Após a escolha do general Ernesto Geisel para a Presidência da República teve início a implementação do projeto de liberalização política, que previa a redemocratização do país. Ironicamente, no final da década de 70, apesar das principais organizações estarem em pleno funcionamento, o movimento estudantil universitário havia perdido sua força e prestígio político.
  • 9. Movimentos sindicalistas Sindicalismo é o movimento social de associação de trabalhadores assalariados para a proteção dos seus interesses. A idéia de uma central sindical unitária surgiu no final dos anos 70, na esteira das manifestações populares que reivindicavam anistia e a convocação de uma Assembléia Nacional Constituinte. Muito antes da Conferência Nacional das Classes Trabalhadoras (Conclat), realizada em 1981, a intenção de criar uma central sindical unitária ganhou forma por meio de diferentes iniciativas do movimento operário e das forças populares e democráticas que resistiam à ditadura militar.
  • 10. Nos anos 70 surge o novo sindicalismo brasileiro, que denunciava a política econômica desastrosa do governo e lutava para que a classe trabalhadora tivesse melhores condições de vida e trabalho. As greves operárias no ABCD paulista, em plena ditadura, mostravam a coragem e a força do novo sindicalismo. Nessas greves começou a se destacar a figura carismática de Lula.
  • 11. Movimento Feminista Nas décadas de 1960 e 1970, o feminismo eclode na Europa e nos Estados Unidos. No Brasil, d urante a Ditadura Militar as mulheres organizaram-se, independentemente de partidos políticos, idade e classe social, para formar uma militância contra o regime militar. Em 1975 a ONU organizou o "Ano Internacional da Mulher". A questão da mulher passou a ser tema de discussão nas universidades e em meio aos profissionais liberais.
  • 12. O Movimento Feminino pela Anistia foi criado no final do ano de 1975. Esse movimento tinha como proposta denunciar as repressões que o governo militar havia imposto aos cidadãos brasileiros. Grande parte do grupo da militância era composta por mulheres que viram os maridos serem torturados e assassinados pelo governo militar. Esse movimento, independente de partidos políticos e outras ideologias, foi muito apreciado pela sociedade.
  • 13. Movimentos sociais Década de 70 Daniele Fragoso Miho Yoshioka Priscila Mitsue Cinthia Ikeda Marina Morimitsu Talita Taira