O documento descreve:
1) A ocupação do interior brasileiro no período colonial, principalmente pelo gado no Nordeste e Sul e busca de produtos na Amazônia.
2) O papel dos jesuítas na catequização dos índios e construção de missões.
3) As bandeiras como expedições de apresamento indígena e prospecção de ouro, responsáveis pela expansão do território.
2. OCUPAÇÃO DO INTERIOR:
• NORDESTE -> fator de ocupação -> GADO.
– Criação exigia baixos investimentos e pouca mão
de obra.
– Em torno dos rios São Francisco e Parnaíba.
– Ocuparam regiões da Bahia, Pernambuco, Piauí e
Maranhão.
• SUL -> GADO
– Rebanhos trazidos pelos jesuítas.
– Espalhados pelas regiões dos pampas, formaram
rebanhos selvagens.
3. OCUPAÇÃO DO INTERIOR:
• AMAZÔNIA -> Busca de especiarias e drogas
do sertão.
– Jesuítas organizavam missões.
– Resinas aromáticas; condimentos e ervas
medicinais.
– Expedições militares visando preservar a região da
presença de holandeses e franceses.
4. JESUÍTAS.
• Construíram missões ao longo dos territórios
do Paraguai, Rio Grande do Sul, Paraná, Mato
Grosso, Mato Grosso do Sul, Amazonas, Pará e
Maranhão.
• Índios aprendiam a ler, escrever, cantar,
plantar e a fé cristã.
• Existiram até a segunda metade do século
XVIII quando Marquês de Pombal expulsou os
Jesuítas das terras portugueses.
5. AS BANDEIRAS:
• Expedições entre os séculos XVI e XVIII.
– Bandeiras: designa todas as expedições que tinham o
objetivo de explorar o sertão, formadas a partir da
iniciativa particular.
– Entrada: Limita o termo às expedições oficiais organizadas
pela Coroa.
– Bandeirismo de apresamento (buscavam aprisionar índios)
– Bandeirismo de Prospecção (buscavam encontrar ouro e
pedras preciosas).
• Boa parte dos bandeirantes tinha origem nos pequenos
lavradores que desejavam mão-de-obra escrava
indígena.
• Não prevalecia a riqueza na região paulista e muito
menos o luxo.
6. AS BANDEIRAS.
• CICLOS:
– Ciclo do Ouro de Aluvião.
• Efeitos colonizadores no litoral do Paraná (Paranaguá) e de
Santa Catarina (São Francisco do Sul 1658, Nossa Senhora do
Desterro 1672 e Laguna 1687).
– Ciclo de caça ao índio.
• Expedições visavam às missões jesuíticas cujos os índios já se
encontravam aculturados.
• Abriu caminho para grandes jazidas de ouro (Minas Gerais,
Goiás e Mato Grosso).
• Sertanismo de contrato: expedições contratadas
para combater tribos indígenas rebeladas e
quilombos.
• Monções: expedições fluviais que transportavam
mercadorias para as regiões de Goiás e Mato
Grosso.
7. MINERAÇÃO:
• Entre os anos de 1693 a 1695 pelos bandeirantes.
– Ouro de aluvião: encontrado no depósito de areia,
argila e cascalho, nas margens dos rios ou em seu
leito, acumulado pela erosão.
• A descoberta permitiu um processo de
interiorização da colonização,
– estimulando o desenvolvimento dos núcleos urbanos,
principalmente na Região Sudeste.
• Tributos: Intendências e Casas de Fundição
cobravam o “quinto”, imposto real que separava
20% do ouro e o remetia a Portugal.
– Quantia base: 100 arrobas/ano ou seja, 1,5 tonelada
de ouro/ano, em casos negativos aplicava-se a
Derrama.
8. • Outras áreas eram estimuladas a produzirem
gêneros de abastecimento para atender às
demandas de Minas Gerais.
– Produção de gado no Sul e no Nordeste.
• A mineração permitiu o deslocamento do
centro econômico do Nordeste açucareiro
para o Centro-Sul.
– Minas Gerais e Rio de Janeiro se transformaram
nos principais mercados brasileiros.
ORGANIZAÇÃO ECONÔMICA: OURO
9.
10. SOCIEDADE:
• SOCIEDADE URBANA, MÓVEL E PATERNALISTA.
• Embora a mobilidade social fosse mais flexível do
que na sociedade açucareira, raramente se dava
no sentido vertical.
•Mineradores e grandes
comerciantes.
•Classe Média Urbana: pequenos comerciantes,
funcionários públicos, profissionais liberais,
clérigos, militares...
•Escravos.
11. Na arte barroca predominam as emoções e não o racionalismo da arte renascentista.
É uma época de conflitos espirituais e religiosos. O estilo barroco traduz a tentativa
angustiante de conciliar forças antagônicas: bem e mal; Deus e Diabo; céu e terra; pureza e
pecado; alegria e tristeza; paganismo e cristianismo; espírito e matéria.
Características são:
* emocional sobre o racional;
* efeitos decorativos e visuais
* entrelaçamento entre a
arquitetura e escultura;
* violentos contrastes de luz e
sombra;
* pintura com efeitos ilusionistas
12. • Foi preponderante nas
regiões agroexportadoras:
- Nordeste açucareiro (século XVII);
- Região das minas (século XVIII);
• Resistiam de várias maneiras: fugiam e formavam quilombos,
revoltavam-se, assassinavam senhores e feitores, cometiam
suicídio, quebravam instrumentos e ateavam fogo nas fazendas...
• Propriedade de escravos era possível para qualquer pessoa.
• A escravização foi possível por meio da estrutura social africana:
– Os cativos importados eram escravizados na África por africanos. Os
reinos africanos capturavam inimigos, os escravizavam e vendiam para
os europeus.
– Eram trocados por fumo, aguardente, tecido e algumas vezes, por
armas de fogo.
ESCRAVIZAÇÃO
AFRICANA
15. SITUAÇÃO DA COLÔNIA
NO SÉCULO XVII E XVIII
• Desinteresse pelos problemas da colônia;
• Desgaste da sua política de restrições,
monopólios, cobranças e tributos.
– Desde 1571: o Monopólio colonial garantia um
duplo lucro, comprava mais barato e vendia mais
caro.
– 1642: Conselho ultramarino tornando a pressão
fiscal mais rígida.
• Diante disso, as primeiras rebeliões,
denominadas nativistas!!!
16.
17. ACLAMAÇÃO DE AMADOR BUENO
• 1641
• Em São Paulo;
• Paulistas preocupados com a possibilidade de
que seus negócios com Buenos Aires fossem
prejudicados pelo fim da União Ibérica.
• Comerciantes aclamaram Amador Bueno (mais
rico da região) rei de São Paulo.
– Oferta foi recusada pelo comerciante e os paulistas
juraram fidelidade ao Rei português.
18. A Revolta de Beckman (1684)
– Maranhão
– Latifundiários do Maranhão revoltaram-se porque faltavam
escravos e os jesuítas condenavam a escravidão indígena.
– O governo português criou a Companhia de Comércio do
Maranhão para controlar o comércio na região (1682).
• Líderes: Manuel e Tomás Beckman, Jorge Sampaio.
– os colonos se rebelaram, expulsando os jesuítas do Maranhão,
abolindo o monopólio da Companhia e constituindo um novo
governo, que durou quase um ano.
– A revolta é massacrada e os líderes são presos e executados.
Portugal coloca fim no monopólio comercial da Companhia de
Comércio.
19. Guerra dos Emboabas 1707 a 1709
• Local: Minas Gerais.
Bandeirantes (paulistas)
X
Emboabas (portugueses).
• Disputavam a exploração das riquezas.
• Paulistas foram derrotados.
• O governo português passou a exercer firme controle
econômico das minas.
• Portugal criou as capitanias de São Paulo e das Minas do
Ouro.
• Paulistas retiram-se em sua maioria e descobrem novas
jazidas de ouro em Goiás e Mato Grosso.
20. A Guerra dos Mascates 1710 a 1711
– Local: Pernambuco.
– Atritos entre Olinda (latifundiários) e Recife
(comerciantes portugueses).
– Crise econômica da região (crise do açúcar).
– Recife realiza empréstimos à Olinda e ganha a condição
de vila. Este fato gerou revolta e os senhores de
engenho invadem Recife.
– A crise terminou com a
anistia dos envolvidos e a
mudança da capital para Recife.
21. REVOLTA DE FILIPE DOS SANTOS 1720
• Também chamada de Rebelião de Vila Rica.
• Reação da população às taxas excessivas e ao
anúncio de criação das Casas de Fundição.
• O Movimento foi sufocado e seu líder, Filipe
dos Santos, esquartejado.
22. Era pombalina - Marquês de
Pombal
• de 1750 e 1777.
• reconstruiu Lisboa após o terremoto de 1755 ; criou
diversas companhias de comércio.
• garantiu o controle da Amazônia ; criou o Banco Real ,
organizou a arrecadação de impostos (estabeleceu a
derrama).
• organizou alfândegas, tribunais e outras instituições do
Estado ; procurou reaquecer a lavoura açucareira do
nordeste .
• tentou diminuir a dependência econômica de Portugal com
a Inglaterra; expulsou os jesuítas de Portugal e suas
colônias, confiscando seus bens (Terror Pombalino).
• mudou a capital pro RJ; incentivou manufaturas na colônia.
24. A Inconfidência Mineira(1789)
• Mineradores, fazendeiros, padres, burocratas e
intelectuais que enxergava a situação do Brasil como
sinônimo do atraso.
• Protestavam contra os altos impostos, a distribuição dos
cargos administrativos e a falta de liberdade de
expressão.
• Defendiam
– a quebra do pacto colonial e a liberdade econômica.
– declarar a independência e a capital seria São João Del Rei.
– criar uma universidade em Vila Rica;
– acabar com o monopólio da exploração de diamantes;
– estabelecer o serviço militar obrigatório.
25. A Revolta:
• Planejavam tomar o poder no suposto dia da derrama.
• Principais líderes foram:
– Cláudio Manuel da Costa,
– Tomás Antônio Gonzaga,
– Domingos de Abreu,
– Joaquim Silvério dos Reis
– Joaquim José da Silva Xavier (Tiradentes).
• Sobre a economia pretendiam apoiar a industrialização
e não se pronunciavam a favor do fim da escravidão.
A Inconfidência Mineira(1789)
26. O desfecho:
• A noticia sobre as pretensões dos revoltosos e começou
uma dura perseguição aos líderes.
– A maioria pretendendo a diminuição da pena delatou o
movimento.
• Os líderes ficaram presos, alguns por até três anos,
muitos foram perdoados, poucos foram exilados e um
morreu.
– Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes.
• Este movimento ficou esquecido até o final do século XIX
onde foi resgatado pelo governo republicano.
A Inconfidência Mineira(1789)
28. Conjuração Baiana: 1798.
(Revolta dos alfaiates)
• Movimento de caráter popular, contava com a participação de
– artesãos, comerciantes, burocratas, negros (livres e escravos),
intelectuais e profissionais liberais.
• Defendiam a formação de uma república democrática com
liberdade de comércio e a emancipação do Brasil.
– A transferência da capital para o Rio de Janeiro, em 1763 fez
com que privilégios fossem retirados de Salvador e os recursos
destinados à cidade foram reduzidos.
– O aumento de impostos prejudicou sensivelmente as condições
de vida da população local.
Cipriano Barata
29. Conjuração Baiana: 1798.
(Revolta dos alfaiates)
• A maioria dos líderes tinham idéias radicais e isso espantou a elite.
– Abolição da Escravidão.
• O médico Cipriano Barata foi um ativo propagandista do movimento,
atuando principalmente entre a população mais humilde e junto aos
escravos.
• Líderes: todos pobres.
– João de Deus Nascimento, Emanuel Faustino dos Santos (alfaiates
e mulatos)
– Luís Gonzaga da Virgens, Lucas Dantas Amorim Torres (soldados e
mulatos)
• Obteve ampla participação popular.
• Repressão intensa de Portugal.
30. Revolução Pernambucana (1817).
• Causas:
– Decadência econômica de Pernambuco.
• Seca em 1816 e queda na produção do algodão e na exportação de
açúcar.
– Altos impostos (destinados a Corte portuguesa no Rio de
Janeiro).
– Privilégio aos comerciantes portugueses.
• Rebeldes tomam o poder por dois meses.
– Proclamação a República de Pernambuco.
– Liberdade de expressão e religiosa.
– Permanência da escravidão.
– Buscaram apoio de províncias vizinhas, dos EUA, Inglaterra e
Argentina.
• Influência da Maçonaria.
• Repressão impiedosa da Coroa, instalada no Rio de Janeiro.
31. A Família Real no Brasil
• A vinda ocorreu em virtude da luta entre França e
Inglaterra.
– Como não conseguiu vencer os ingleses pelas armas,
decretou o Bloqueio Continental.
• O Bloqueio deixou Portugal numa situação
delicada, pois dependia economicamente da
Inglaterra.
– A saída acabou sendo a transferência da Família Real
para o Brasil.
32. Cândido Portinari – Painel: A Chegada da Família Real Portuguesa à Bahia (1953).
33. Administração Joanina no Brasil:
• Em 28 de Janeiro de 1808, D. João VI decretou
a abertura dos portos às nações amigas.
– Independência econômica do Brasil em relação a
Portugal.
– Grande alívio para a economia inglesa (sufocada
pelo Bloqueio Continental).
• 1810 -> D. João VI assinou o Tratado de
Aliança e Amizade, Comércio e Navegação.
34. Tratado de Aliança e Amizade,
Comércio e Navegação (1810).
• Plena liberdade religiosa para os ingleses aqui
residentes;
• Ingleses seriam julgados por juízes ingleses;
• O Governo português se comprometia em abolir
gradualmente a escravidão;
• Novas taxas alfandegárias:
– Produtos ingleses pagariam 15% sobre os seus
produtos;
– Portugueses pagariam 16%;
– Demais nacionalidades 24%.
35. Administração Joanina no Brasil:
• Criou:
– a Imprensa Régia,
– Academia Real Militar,
– A Biblioteca Pública,
– O Banco do Brasil,
– O Jardim Botânico,
– Trouxe uma Missão Artística liderada pelo pintor
francês Debret,
– Em 1815 elevou o Brasil a condição de Reino Unido.
– Invadiu a Guiana Francesa e anexou a Província
Cisplatina.
36. Prof. Msc. Daniel Alves Bronstrup
BLOG: profhistdaniel.blogspot.com
@danielbronstrup
3ão
2012