O documento discute a autoridade da Bíblia como a Palavra de Deus. Afirma que a Bíblia é inspirada por Deus e infalível em tudo o que diz, baseado no testemunho de Jesus, dos apóstolos e do Espírito Santo. Argumenta que a Bíblia não contém erros e que negar sua inspiração ou inerrância é desprezar a autoridade divina.
2. A autoridade da Palavra de Deus ►Por autoridade
entendemos o “direito de comandar uma ação”. E este
assunto é muito controvertido em nossa sociedade hoje.
Nossas autoridades não são respeitadas em vários níveis e
até muitos católicos estão questionando a autoridade do
papa, por exemplo. Temos o hábito de questionar tudo e
quase nunca obedecer. Uma pesquisa realizada pela
Revista Época da Editora Globo em 2014 revelou algo
assustador:
Desobedecer às leis é 'fácil' para 81% dos
brasileiros
http://epocanegocios.globo.com/Informacao/Visao/noticia/2014/11/desobedecer-leis-e-
facil-para-81-dos-brasileiros.html
3. No que se refere à autoridade religiosa, a pergunta
crucial que se faz sobre “autoridade” é: Qual a garantia
de que a Bíblia é de fato a Palavra de Deus?
Uma pergunta para você: A Bíblia é a única Palavra de
Deus?
A Igreja católica diz que não! O Concílio Vaticano II diz
que: "ambas, Escritura e Tradição, devem ser aceitas e
honradas com igual sentimento de devoção e
reverência." (Vatican II documents, "Dogmatic
Constitution on Divine Revelation," Chap. 2, 9, p. 682).
4. E a Igreja protestante o que diz?
PRIMEIRAMENTE, 2 TIMÓTEO 3:16-17 ENSINA QUE A BÍBLIA É
SUFICIENTE PARA A FÉ E PRÁTICA. A Escritura, somente ela, é dada
por inspiração de Deus e é apta para fazer o homem de Deus
perfeito. Obviamente, portanto, nada mais é necessário além da
Escritura.
SEGUNDO, NÓS SABEMOS QUE A BÍBLIA É A COMPLETA PALAVRA
DE DEUS PORQUE A NÓS FOI DITO QUE A FÉ FOI ENTREGUE AOS
SANTOS DE UMA VEZ POR TODAS! Judas 03
TERCEIRO, UM SELO FOI COLOCADO NO CAPÍTULO FINAL DO LIVRO
FINAL DA BÍBLIA SIGNIFICANDO SUA CONCLUSÃO E ALERTANDO A
CADA HOMEM A NÃO ADICIONAR OU SUBTRAIR DELA. Ap. 22:18-
19.
5. Este estudo vai provar que Deus é a autoridade final tanto
na Bíblia como em qualquer questão religiosa. Por ser a
mensagem, a Bíblia tem o mesmo peso que teria, caso
Deus nos desse, uma ordem pessoalmente.
Sendo a expressão da vontade de Deus, a
Bíblia possui o direito de definir em que
devemos crer no campo das questões
religiosas e como devemos nos comportar.
6. Argumentos em favor da autoridade de Deus na Bíblia
Primeira: Existe uma diferença ontológica (existência) entre
Deus e os homens. Deus é transcendente, Ele está acima
do entendimento humano. Nunca se poderá compreendê-
lo em sua plenitude. Somos seres humanos e limitados
para compreender os segredos sobre a pessoa de Deus.
Segunda: Nossas limitações resultam em uma tendência
natural ao pecado. Em Mateus 13:13-15 e Marcos 08:18,
Jesus fala dos que ouvem, mas nunca entendem e veem,
mas nunca enxergam. O coração ficou endurecido, os
ouvidos surdos e os olhos estão fechados.
7. Isto significa que não são todas as pessoas que poderão
de fato, sentir, ver e experimentar do poder da Palavra de
Deus, pois o pecado funciona como um “filtro” ou uma
“venda”. Essas pessoas até conhecem a Deus, mas não O
glorificam com suas vidas. Romanos 11:08-10 atribui a
condição destas pessoas como “entorpecidas”, cegas. Isto
nos leva à necessidade de uma Obra especial do Espírito
Santo que retira as vendas e nos dá a real percepção de
como estamos diante de Deus. Em 1ª Cor. 02:14 Paulo
afirma que uma pessoa não regenerada não recebeu os
dons do Espírito. No original a palavra “recebeu” pode ser
traduzida por “aceitar”. O incrédulo portanto, sem a
ajuda do Espírito é incapaz de reconhecer a autoridade de
Deus na Bíblia.
8. Terceira: Há um trabalho contínuo do Espírito Santo
dentro das Escrituras. Ele é o Espírito da verdade!
1) João 14:26 – Ele ensinará todas as coisas
2) João 15:26-27 – Ele dá testemunho sobre Cristo
3) João 16:08 – Ele nos convence de nosso pecado e da
justiça de Deus.
4) João 16:14 – Ele nos conduzirá por toda a verdade e
isto glorificará a Deus.
Notemos a especial designação da pessoa do Espírito
dentro da Bíblia, como Espírito da “VERDADE” (14:17).
9. Quarta: O conceito de inerrância bíblica → A inerrância
significa que tudo que a Bíblia ensina e apresenta é verdadeiro,
podendo incluir aproximações, citações livres, linguagem
figurada e narrativas diferentes do mesmo evento desde que
não se contradigam. A Bíblia não falha; não erra; é a verdade
em tudo quanto afirma (Mt 5.17,18; Jo 10.35). Embora tais
termos nem sempre hajam sido empregados, os teólogos
católicos, os reformadores protestantes, os evangélicos da
atualidade têm afirmado ser a Bíblia inteiramente a verdade;
nenhuma falsidade ou mentira lhe pode ser atribuída.
Provavelmente, os dois acontecimentos mais significativos no
tocante à doutrina da infalibilidade e da inerrância foram a
declaração sobre as Escrituras na Afiança de Lausanne (1974) e
a Declaração de Chicago (1978) do Concílio Internacional da
Inerrância Bíblica.
10. Embora seja possível questionar se a inerrância é ensinada de
modo dedutível nas Escrituras, conclui-se que o exame
indutivo das Escrituras foi ensinado por Jesus e pelos escritores
bíblicos. Deve ficar claro, porém, que a autoridade da Bíblia
depende da veracidade da inspiração, e não da doutrina de
inerrância.
A doutrina da inerrância é derivada mais da própria natureza
da Bíblia do que de um mero exame dos seus fenômenos. “Se
alguém crê que a Escritura é a Palavra de Deus, não pode
deixar de crer que seja ela inerrante” Deus “soprou” as
palavras que foram escritas, e Deus não pode mentir. A
Escritura não falha porque Deus não pode mentir.
Consequentemente, a inerrância é a qualidade que se espera
da Escritura inspirada, O crítico que insiste em haver erros na
Bíblia (em algumas passagens difíceis) parece ter outorgado
para si mesmo a infalibilidade que negou às Escrituras.
11. Quinta: autoridade normativa → Esta diz a respeito pela
qual a Bíblia é considerada por nós como autoridade de
Deus. A pergunta que se faz é esta: Tudo o que a Bíblia fala
para as pessoas descritas em suas páginas é para nós
também? É necessário entender os dois tipos de
autoridade: a histórica e a normativa. A Bíblia nos diz o
que Deus exigiu do povo no contexto bíblico e o que Ele
espera de nós. É necessário que entendamos o que é
histórico e o que é a Vontade de Deus para nós hoje. Isto
de dá pelo estudo sistemático das Escrituras. Dentro desta
questão podemos dizer que a Bíblia usa uma variedade de
formas literárias para se transmitir a verdade.
12. A questão da infabilidade
Diferentemente da inerrância há também a questão da
infabilidade bíblica. O que é a infalibilidade? É a qualidade,
ou virtude, do que é infalível; é algo que jamais poderá
falhar. Definição teológica: Doutrina que ensina ser a Bíblia
infalível em tudo o que diz. Eis porque a Palavra de Deus
pode ser assim considerada:
01)Suas promessas são rigorosamente observadas;
02)Suas profecias cumprem-se de forma detalhada e clara
(haja vista as Setenta Semanas de Daniel);
03)Nenhuma de suas palavras jamais caiu, nem cairá, por
terra – Mateus 24:35 - “Os céus e aterra passarão...”
13. O próprio Senhor Jesus fala das Escrituras
Jesus ensinou que a Escritura é a inspirada Palavra de
Deus até em seus mínimos detalhes (Mt 5.18). Afirmou,
também, que tudo quanto Ele disse foi recebido da parte
do Pai e é verdadeiro (Jo 5.19,30,31; 7.16; 8.26).Ele falou
da revelação divina ainda futura, da parte do Espírito
Santo através dos apóstolos (João 16.13).
14. O apóstolo Paulo...
Paulo afirma que toda a Escritura é inspirada por Deus. A
palavra “inspirada” (theopneustos) provém de duas palavras
gregas: Theos, que significa “Deus”, e pneuo, que significa
“respirar”. Sendo assim, “inspirado” significa “respirado por
Deus”. Toda a Escritora, portanto, é respirada por Deus; é a
própria vida e Palavra de Deus. A Bíblia, nas palavras dos
seus manuscritos originais, não contém erro; sendo
absolutamente verdadeira, fidedigna e infalível. Esta verdade
permanece inabalável, não somente quando a Bíblia trata da
salvação, dos valores éticos e da moral, como também está
isenta de erro em tudo aquilo que ela trata, inclusive a
história e o cosmos (cf. 2 Pe 1.20,210)
15. Portanto, negar a inspiração das Sagradas Escrituras, é
desprezar o testemunho fundamental de Jesus Cristo (Mt
5.18; 15.3-6; Lc 16.17; 24.25-27,44;45 e J0 10.35), do
Espírito Santo (Jo 15.26; = 16.13; =1 Co 2.12-13; 1ª Tm
4.1) e dos apóstolos (3.16; 2ª Pe 1.20,21). Além disso,
limitar ou descartar a sua inerrância é depreciar sua
autoridade divina. Só podemos entender devidamente a
Bíblia se estivermos em harmonia com o Espírito Santo. E
Ele quem abre as nossas mentes para compreendermos o
seu sentido, e quem dá testemunho em nosso interior da
sua autoridade. Devemos nos firmar na inspirada Palavra
de Deus para vencer o poder do pecado, de Satanás e do
mundo em nossas vidas!
16. Próxima aula...
OS ERROS MAIS COMUNS QUE VEMOS NOS
PÚLPITOS E NOS ENSINOS DA IGREJA
CONTEMPORÂNEA - Parte 01