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PROBLEMAS RESOLVIDOS DE FÍSICA
     Prof. Anderson Coser Gaudio
     Departamento de Física – Centro de Ciências Exatas – Universidade Federal do Espírito Santo
     http://www.cce.ufes.br/anderson
     anderson@npd.ufes.br                               Última atualização: 23/07/2005 09:48 H




                                         RESNICK, HALLIDAY, KRANE, FÍSICA, 4.ED.,
                                               LTC, RIO DE JANEIRO, 1996.


                                                              FÍSICA 1

                                        Capítulo 7 - Trabalho e Energia




                                          Problemas

01         02         03         04         05         06         07         08         09         10
11         12         13         14         15         16         17         18         19         20
21         22         23         24         25         26         27         28         29         30
31         32         33         34         35         36         37         38         39         40
41         42         43         44         45         46         47         48         49         50
51         52         53         54         55         56         57         58         59         60
61         62         63
Problemas Resolvidos de Física                      Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES

                                     Problemas Resolvidos

10. Um bloco de 5,0 kg se move em linha reta sobre uma superfície horizontal sem atrito sob
    influência de uma força que varia com a posição, como mostra a Fig. 15. Qual é o trabalho
    realizado pela força quando o bloco se move desde a origem até x = 8,0 m?




                                                                                               (Pág. 136)
Solução.
O trabalho de uma força unidimensional é dado por:
               x
        W = ∫ F( x ) dx
              x0

Isso significa que num gráfico de F(x) × x o trabalho é a área entre a curva e a coordenada zero do
eixo da força, sendo que as áreas acima da coordenada zero (Asuperior) são positivas e as que ficam
abaixo (Ainferior)são negativas. O cálculo da área deve ser feito utilizando-se as escalas da ordenada e
da abscissa. Vale notar que cada célula da malha do gráfico corresponde a um trabalho equivalente
a 10 J. Portanto:
        W = Asuperior − Ainferior = 30 J − 5 J
        W = 25 J

                                                  [Início]


17. Um objeto de massa 0,675 kg está em uma mesa sem atrito e ligado a um fio que passa através
    de um buraco da mesa, no centro de um círculo horizontal no qual o objeto se move com
    velocidade constante. (a) Se o raio do círculo for 0,500 m e a velocidade da massa for 10,0 m/s,
    calcule a tensão no fio. (b) Verifica-se que se puxarmos o fio para baixo mais 0,200 m,
    reduzindo assim o raio do círculo para 0,300 m obtém-se o mesmo efeito que se multiplicarmos
    a tração do fio original por 4,63. Calcule o trabalho total realizado pelo fio sobre o objeto
    girante durante a redução do raio.
                                                                                            (Pág. 137)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação:


               m                                                  m
                               R0                                         T    R
                      T0
               v0                                                  v
(a) A força centrípeta do movimento circular do objeto vale:

________________________________________________________________________________________________________    2
                                       a
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Problemas Resolvidos de Física                       Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES

           mv 2
        Fc =
             r
Como Fc = T0:
                  2
               mv0
        T0 =                                                                                           (1)
               R0
        T0 = 135 N
(b)
                     mv 2
       T = 4, 63T0 =                                                                                   (2)
                      R
Dividindo-se (1) por (2):
                  R0v 2
        4, 63 =      2
                  Rv0
                    2
                  Rv0
        v = 4, 63
         2
                                                                                                       (3)
                  R0
Aplicando-se o teorema do trabalho-energia cinética:

       W = ΔK = K − K 0 = m ( v 2 − vo )
                            1        2
                                                                                                       (4)
                            2
Substituindo-se (3) em (4):
            1 2⎛         R   ⎞
        W=    mv0 ⎜ 4, 63 − 1⎟ = 60, 007       J
            2      ⎝     R0 ⎠
        W ≈ 60, 0 J

                                                   [Início]


28. Um projétil de 0,550 kg é lançado da beira de um penhasco com energia cinética inicial de
    1.550 J e em seu ponto mais alto está a 140 m acima do ponto de arremesso. (a) Qual é a
    componente horizontal de sua velocidade? (b) Qual era a componente vertical de sua velocidade
    logo após o lançamento? (c) Em um instante durante o seu vôo encontra-se o valor de 65,0 m/s
    para a componente vertical de sua velocidade. Neste instante, qual é a distância a que ele está
    acima ou abaixo do seu ponto de lançamento?
                                                                                         (Pág. 138)
Solução.
Considere o seguinte esquema:




________________________________________________________________________________________________________     3
                                       a
Resnick, Halliday, Krane - Física 1 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 7 – Trabalho e Energia
Problemas Resolvidos de Física                      Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES
             y


                     K0
                                        h
           m
                                            x

                                    g


(a) Vamos partir da definição da energia cinética inicial do projétil:

       K 0 = mvo = m ( vxo − v yo )
              1 2 1         2    2
                                                                                                       (1)
              2        2
              2K0
       v yo =
         2
                  − vxo
                     2
                                                                                                       (2)
               m
Na Eq. (1) foi usada a igualdade que representa o módulo da velocidade inicial do projétil:
        vo = vxo − v yo
         2    2      2
                                                                                                       (3)
Multiplicando-se (3) por m/2, em que m é a massa do projétil:
        1 2 1 2 1 2
          mvo = mvxo − mv yo
        2       2        2
       K0 = K x0 + K y0
Como o movimento do projétil pode ser estudado independentemente nas coordenadas x e y, é de se
esperar que a energia mecânica do projétil, que depende de sua posição e velocidade, também possa
ser analisada independentemente em x e em y. Portanto, vamos analisar a conservação da energia
mecânica em y:
        Ey0 = Ey
        K y0 = U y
        1 2
          mv y 0 = mgh
        2
        v y 0 = 2 gh
          2
                                                                                                       (4)
Substituindo-se (2) em (4):
        2K0
            − vxo = 2 gh
               2

         m
                 ⎛K       ⎞
        vx 0 = 2 ⎜ 0 − gh ⎟ = 53, 7546      m/s
                 ⎝ m      ⎠
        vxo ≈ 53,8 m/s
         2


Pode-se demonstrar a validade do procedimento acima. Aplicando-se a equação de movimento de
Torricelli do ponto de lançamento até o ponto mais elevado da trajetória do projétil:
        v y = v yo + 2a( y − y0 )
          2     2



        0 = v yo − 2 gh
              2



________________________________________________________________________________________________________     4
                                       a
Resnick, Halliday, Krane - Física 1 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 7 – Trabalho e Energia
Problemas Resolvidos de Física                            Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES

        v yo = 2 gh
          2
                                                                                                         (2)
Substituindo-se (2) em (1):
              2K0
        vxo =
         2
                  − 2 gh = 53, 7546            m/s
               m
        vxo ≈ 53,8 m/s
         2


(b) Da Eq. (4):
        v yo = 2 gh = 52, 4099
          2
                                     m/s
        v yo ≈ 52, 4 m/s
          2


(c) A posição do corpo pode ser encontrada da seguinte forma:
        v y = v yo + 2a( y − y0 )
          2     2



        v y = v yo − 2 gy
          2     2



             v yo − v y
               2      2

        y=                 = −75,3357      m
                2g
        y = −75, 3 m
De acordo com o referencial adotado, nessa posição a velocidade do projétil será negativa. O
instante de tempo em que essa posição é atingida é dado por:
        v y = v y 0 + at
        v y = v y 0 − gt
             vy 0 − vy
        t=                = 11,968   s
                g
        t ≈ 12, 0 s

                                                     [Início]


32. Uma bola de borracha deixada cair de uma altura de 1,80 m é rebatida várias vezes pelo chão,
    perdendo 10% de sua energia cinética de cada vez. Depois de quantas colisões a bola não
    conseguirá se elevar acima de 0,90 m?
                                                                                       (Pág. 138)
Solução.
Considere o seguinte esquema:
         y
        h0
        h1

        h2



                          K0         K1              K2
                0
________________________________________________________________________________________________________       5
                                       a
Resnick, Halliday, Krane - Física 1 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 7 – Trabalho e Energia
Problemas Resolvidos de Física                      Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES

Seja K0 a energia cinética inicial, K1 a energia cinética após a primeira rebatida, K2 a energia
cinética após a segunda rebatida, etc., e KN a energia cinética da bola após a N-ésima rebatida.
Temos que:
        K1 = 0,9 K 0
        K 2 = 0,9 K1 = 0,9 2 K 0
        K 3 = 0,9 K 2 = 0,93 K 0
Logo:
        K N = 0,9 K N −1 = 0,9 N K 0                                                                   (1)
Também pode-se usar o trabalho da força gravitacional na subida da bola após cada rebatida para
fazer o cálculo de K1, K2, etc., KN.
        W = ΔK
        − mgh1 = K − K 0 = 0 − K1
        K1 = mgh1
Logo:
        K 2 = mgh2
Portanto, após a N-ésima rebatida:
       K N = mghN                                                                                      (2)
Queremos saber N tal que hN ≤ 0,90 m. Igualando-se (1) e (2):
        0,9 N K 0 = mghN
        0,9 N mgh0 = mghN
                  hN 0,90 m
        0,9 N =     =       = 0,5
                  h0 1,80 m
             ln 0,5
        N=          = 6,57
             ln 0,9
A altura h = 0,90 só deixa de ser atingida após N = 6,57 rebatidas. Logo:
        N =7

                                                  [Início]


33. Um bloco de 263 g é deixado cair sobre uma mola vertical de constante elástica k = 2,52 N/cm
    (Fig. 20). O bloco adere-se à mola, que ele comprime 11,8 cm antes de parar
    momentaneamente. Enquanto a mola está sendo comprimida, qual é o trabalho realizado (a)
    pela força da gravidade e (b) pela mola? (c) Qual era a velocidade do bloco exatamente antes de
    se chocar com a mola? (d) Se esta velocidade inicial do bloco for duplicada, qual será a
    compressão máxima da mola? Ignore o atrito.




________________________________________________________________________________________________________     6
                                       a
Resnick, Halliday, Krane - Física 1 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 7 – Trabalho e Energia
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                                                                                                         (Pág. 138)
Solução.
Considere o seguinte esquema:
             v0 = 0      y
          m              y0




                                                  v1
                                                              F
                           0    y1
                                                                              v2 = 0
                                y2
                     k                                        P



(a)
                r
        Wg = ∫ F( r ) dr
               r0

                y2                   y2
        Wg = ∫ Pdy = − mg ∫ dy = − mg ( y2 − y1 ) = 0,30444                     J
               y1                    y1

        Wg ≈ 0,304 J
(b)
                                                         y2
               y2              y2                   y2            k 2
        We = ∫ F( y ) dy = ∫        (− ky )dy = − k           =     ( y1 − y2 ) = −1, 7544
                                                                            2
                                                                                             J
               y1              y1                   2    y1
                                                                  2

        We ≈ −1, 75 J
(c) Aplicando-se o teorema do trabalho-energia cinética:
        W = ΔK
                                1
        Wg + We = K 2 − K1 = 0 − mv12
                                2


________________________________________________________________________________________________________               7
                                       a
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        v1 = −
                 2
                 m
                   (Wg + We ) = ±3,32058      m/s

        v1 ≈ − ( 3,32 m/s ) j
(d) v1’ = 2 v1
        W = ΔK
        Wg + We = K 2 − K1' = 0 − K1'
                      k 2              1
        − mg ( y2 − y1 ) +
                '
                        ( y1 − y2 ) = − mv1'2
                                '2

                      2                2
               k '2      1
       − mgy2 − y2 = − m(2v1 ) 2
            '

               2         2
       k '2
         y2 + mgy2 − 2mv12 = 0
                 '

       2
A equação do segundo grau correspondente é:
        y2 + 0, 020476
         '2
                             y2 − 0, 04603
                              '
                                             =0
As possíveis soluções são:
        y21 = 0, 20455
         '
                             m
        y22 = −0, 2250
         '
                             m
Como y2’ < 0:
        y2 ≈ −0, 225 m
         '




                                                    [Início]


47. Um bloco de granito de 1.380 kg é arrastado para cima de um plano inclinado por um guincho, à
    velocidade constante de 1,34 m/s (Fig. 23). O coeficiente de atrito cinético entre o bloco e o
    plano inclinado é 0,41. Qual é a potência que deve ser fornecida pelo guincho?




                                                                                               (Pág. 139)
Solução.
Considere o seguinte esquema das forças que agem sobre o bloco:




________________________________________________________________________________________________________    8
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         y

             N                   T   x
             m

        fc
              P θ
A potência fornecida pelo guincho é dada pela Eq. (1), onde v é a velocidade de elevação do bloco,
F é força responsável pela elevação do bloco e φ é o ângulo entre F e v. Essa força, que na verdade
é uma tensão (T), é gerada pelo motor do guincho e transmitida ao bloco por meio da corda
mostrada na figura.
        P = F.v = Fv cos φ = Fv = Tv                                                            (1)
Vamos aplicar a primeira lei de Newton ao bloco, considerando-se apenas as forças em y:
        ∑F   y   =0
        N − P cos θ = 0
        N = mg cos θ                                                                                   (2)
Agora em x:
        ∑F   x   =0
        T − f c − P sen θ = 0
        T = μc N + mg sen θ                                                                            (3)
Substituindo-se (2) em (3):
        T = μc mg cos θ + mg sen θ = mg ( μc cos θ − sen θ )                                           (4)
Substituindo-se (4) em (1):
        P = mg ( μc cos θ − sen θ )v = 16.606,328      W
        P ≈ 16, 6 kW

                                                    [Início]


52. Mostre que a velocidade v alcançada por um carro de massa m dirigido com potência constante
    P é dada por

                      1/ 3
          ⎛ 3 xP ⎞
        v=⎜      ⎟           ,
          ⎝ m ⎠

    onde x é a distância percorrida a partir do repouso.
                                                                                               (Pág. 139)
Solução.
Sabe-se que:
            dW F .dx
        P=       =      = F.v
             dt    dt
A expressão P = F.v dá a potência instantânea gerada pelo motor do carro, onde F é a força
instantânea de propulsão do motor e v é a velocidade instantânea do carro. Como P é constante e v
________________________________________________________________________________________________________     9
                                       a
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aumenta com o tempo, então F também é variável. Ou seja, o movimento do carro ocorre com
aceleração variável.
                                            dv
        P = F.v = Fv cos θ = Fv = mav = m v                                                       (1)
                                            dt
Na Eq. (1), θ é o ângulo entre F e v que, neste caso, é zero. Aplicando-se a regra da cadeia a (1):
               dv dx          dv
        P=m          v = mv 2
               dx dt          dx
              m
        dx = v 2 dv
              P
          x     m v 2
        ∫0 dx = P ∫0 v dv
             m v3
        x=
             P 3
                      1/ 3
          ⎛ 3xP ⎞
        v=⎜     ⎟
          ⎝ m ⎠

                                                     [Início]


54. Qual é a potência desenvolvida por uma máquina de afiar cuja roda tem raio de 20,7 cm e gira a
    2,53 rev/s quando a ferramenta a ser afiada é mantida contra a roda por uma força de 180 N? O
    coeficiente de atrito entre a roda e a ferramenta é 0,32.
                                                                                        (Pág. 139)
Solução.
Considere o seguinte esquema:
               ω
                              fc
                 r                         y
                         N          F
                                                 x



Em primeiro lugar vamos converter ω’ (rps) para ω (rad/s):
       ω = 2πω '
A velocidade tangencial da roda vale:
        v = ω r = 2πω ' r                                                                        (1)
As forças no eixo x são F, a força que a ferramenta que é afiada exerce sobre a roda, e N a força de
reação a F que aparece no eixo da roda. Logo:
        ∑F   x   =0
       N −F =0
       N=F                                                                                             (2)
Cálculo da potência dissipada pela força de atrito (f):
       P = f .v = fv cos φ = fv cos π = − fv = − μ Nv                                                  (3)
________________________________________________________________________________________________________   10
                                       a
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Substituindo-se (1) e (2) em (3):
        P = −2πμ F ω ' r = −189, 5366     W
        P ≈ −1,9 × 102 W

                                                  [Início]


57. A resistência ao movimento de um automóvel depende do atrito da estrada, que é quase
    independente da sua velocidade v, e do arrasto aerodinâmico, que é proporcional a v2. Para um
    dado carro de 12.000 N, a força total de resistência F é dada por F = 300 + 1,8 v2, onde F está
    em newtons e v em m/s. Calcule a potência necessária para que o motor acelere o carro a 0,92
    m/s2 quando a velocidade for 80 km/h.
                                                                                          (Pág. 140)
Solução.
Forças que agem no carro:
                  N

        F                     Fm    y

                                           x

                    P
A potência do motor P de um automóvel é dada pelo produto escalar da força gerada pelo motor Fm
e a velocidade do automóvel v. Na Eq. (1), φ é o ângulo entre Fm e v.
        P = Fm .v = Fm v cos φ = Fm v cos 0 = Fm v                                          (1)
A força do motor pode ser determinada a partir da segunda lei de Newton, onde F é a força de
resistência ao movimento do carro:
        ∑F   x   = max
        Fm − F = ma
                              P
        Fm = 300 + 1,8v 2 +     a                                                                      (2)
                              g
Substituindo-se (2) em (1):
            ⎛               P ⎞
        P = ⎜ 300 + 1,8v 2 + a ⎟ v = 51.428, 24    W = 68,965      hp
            ⎝               g ⎠
        P ≈ 69 hp

                                                  [Início]


58. Um regulador centrífugo consiste em duas esferas de 200 g presas mediante hastes leves e
    rígidas de 10 cm a um eixo de rotação vertical. As hastes são articuladas de modo que as esferas
    se afastam para longe do eixo enquanto giram com ele. Entretanto, quando o ângulo θ é 45o, as
    esferas encontram a parede do cilindro dentro do qual o regulador está girando; veja a Fig. 24.
    (a) Qual é a velocidade mínima de rotação, em revoluções por minuto, necessárias para as
    esferas tocarem na parede? (b) Se o coeficiente de atrito cinético entre as esferas e a parede é
    0,35, que potência é dissipada como resultado do atrito das esferas contra a parede quando o
________________________________________________________________________________________________________   11
                                       a
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    mecanismo gira a 300 rev/min?




                                                                                               (Pág. 140)
Solução.
(a) Forças sobre uma das esferas:
             y
                    T
                 θ
            m
                           x

                      P
A velocidade mínima de rotação é obtida quando as esferas estão na iminência de tocar nas paredes
do cilindro (N = 0, onde N é a força normal de contato das esferas com a parede.). Forças em y:
        ∑F   y   =0
        T cos θ − mg = 0
             mg
        T=                                                                                             (1)
           cos θ
Forças em x:
        ∑F   x   = max
                          v2
        T sen θ = mac = m                                                                              (2)
                          r
Substituindo-se (1) em (2):
         mg             v2
              sen θ = m
        cos θ           r
        v = lg sen θ tan θ                                                                             (3)
Cálculo da velocidade angular ω, em rpm:
            v     v
       ω= =
            r l sen θ
Podemos trabalhar diretamente com RPM fazendo a seguinte transformação:


________________________________________________________________________________________________________   12
                                       a
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                   v ⎛ rad ⎞      ⎛ s ⎞ 1 ⎛ rot ⎞
        ωrpm =         ⎜   ⎟ × 60 ⎜     ⎟×   ⎜     ⎟
               l sen θ ⎝ s ⎠      ⎝ min ⎠ 2π ⎝ rad ⎠
                  30v
        ωrpm =                                                                                         (4)
               π l sen θ
Substituindo-se (3) em (4):
                   30       g tan θ
        ωrpm =                      = 112, 4769   rpm
                    π       l sen θ
        ωrpm ≈ 1,1×102 rpm
(b) Forças sobre uma das esferas:
             y
                     T
           v     θ
            m
            Fc     N       x

                        P
A equação (1) ainda é válida para esta situação. Forças em x:
        ∑F     x   = max
                                      v2       v2
        T sen θ + N = mac = m            =m
                                      r     l sen θ
              mv 2
        N=          − T sen θ                                                                          (5)
            l sen θ
Substituindo-se (1) em (5):
                mv 2
        N=            − mg tan θ                                                                       (6)
              l sen θ
A força de atrito cinética vale::
        f c = μc N
A potência total dissipada pelo atrito, considerando-se duas esferas, é:
       P = 2 f c .v = 2 μc Nv                                                                          (7)
Substituindo-se (6) em (7):
                   ⎛ mv 2               ⎞
        P = 2 μc v ⎜         − mg tan θ ⎟                                                              (8)
                   ⎝ l sen θ            ⎠
De (4) temos:
           πω l sen θ
        v = rpm                                                                                        (9)
                 30
               π 2ωrpm l 2 sen 2 θ
                   2

        v2 =                                                                                           (10)
                  900
Substituindo-se (9) e (10) em (8):
                     πωrpml sen θ ⎛       m π ωrpm l sen θ
                                               2 2   2  2
                                                                      ⎞
        P = 2 μc                     ⎜                     − mg tan θ ⎟
                             30      ⎜ l sen θ     900                ⎟
                                     ⎝                                ⎠
________________________________________________________________________________________________________   13
                                       a
Resnick, Halliday, Krane - Física 1 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 7 – Trabalho e Energia
Problemas Resolvidos de Física                           Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES

             πμc mωrpm l sen θ ⎛ π 2ωrpm l sen θ
                                     2
                                                             ⎞
        P=                        ⎜                − g tan θ ⎟ = 18, 6534   W                           (11)
                      15          ⎜    900                   ⎟
                                  ⎝                          ⎠
       P ≈ 19 W
De acordo com (11), a potência dissipada será igual a zero se:
        π 2ωrpm l sen θ
            2

                           = g tan θ
             900
                 30   g
        ωrpm =             = 112, 476        rpm
              π l sen θ
Que é a resposta do item (a).

                                                       [Início]




________________________________________________________________________________________________________   14
                                       a
Resnick, Halliday, Krane - Física 1 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 7 – Trabalho e Energia

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Problemas de física resolvidos

  • 1. PROBLEMAS RESOLVIDOS DE FÍSICA Prof. Anderson Coser Gaudio Departamento de Física – Centro de Ciências Exatas – Universidade Federal do Espírito Santo http://www.cce.ufes.br/anderson anderson@npd.ufes.br Última atualização: 23/07/2005 09:48 H RESNICK, HALLIDAY, KRANE, FÍSICA, 4.ED., LTC, RIO DE JANEIRO, 1996. FÍSICA 1 Capítulo 7 - Trabalho e Energia Problemas 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63
  • 2. Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES Problemas Resolvidos 10. Um bloco de 5,0 kg se move em linha reta sobre uma superfície horizontal sem atrito sob influência de uma força que varia com a posição, como mostra a Fig. 15. Qual é o trabalho realizado pela força quando o bloco se move desde a origem até x = 8,0 m? (Pág. 136) Solução. O trabalho de uma força unidimensional é dado por: x W = ∫ F( x ) dx x0 Isso significa que num gráfico de F(x) × x o trabalho é a área entre a curva e a coordenada zero do eixo da força, sendo que as áreas acima da coordenada zero (Asuperior) são positivas e as que ficam abaixo (Ainferior)são negativas. O cálculo da área deve ser feito utilizando-se as escalas da ordenada e da abscissa. Vale notar que cada célula da malha do gráfico corresponde a um trabalho equivalente a 10 J. Portanto: W = Asuperior − Ainferior = 30 J − 5 J W = 25 J [Início] 17. Um objeto de massa 0,675 kg está em uma mesa sem atrito e ligado a um fio que passa através de um buraco da mesa, no centro de um círculo horizontal no qual o objeto se move com velocidade constante. (a) Se o raio do círculo for 0,500 m e a velocidade da massa for 10,0 m/s, calcule a tensão no fio. (b) Verifica-se que se puxarmos o fio para baixo mais 0,200 m, reduzindo assim o raio do círculo para 0,300 m obtém-se o mesmo efeito que se multiplicarmos a tração do fio original por 4,63. Calcule o trabalho total realizado pelo fio sobre o objeto girante durante a redução do raio. (Pág. 137) Solução. Considere o seguinte esquema da situação: m m R0 T R T0 v0 v (a) A força centrípeta do movimento circular do objeto vale: ________________________________________________________________________________________________________ 2 a Resnick, Halliday, Krane - Física 1 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 7 – Trabalho e Energia
  • 3. Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES mv 2 Fc = r Como Fc = T0: 2 mv0 T0 = (1) R0 T0 = 135 N (b) mv 2 T = 4, 63T0 = (2) R Dividindo-se (1) por (2): R0v 2 4, 63 = 2 Rv0 2 Rv0 v = 4, 63 2 (3) R0 Aplicando-se o teorema do trabalho-energia cinética: W = ΔK = K − K 0 = m ( v 2 − vo ) 1 2 (4) 2 Substituindo-se (3) em (4): 1 2⎛ R ⎞ W= mv0 ⎜ 4, 63 − 1⎟ = 60, 007 J 2 ⎝ R0 ⎠ W ≈ 60, 0 J [Início] 28. Um projétil de 0,550 kg é lançado da beira de um penhasco com energia cinética inicial de 1.550 J e em seu ponto mais alto está a 140 m acima do ponto de arremesso. (a) Qual é a componente horizontal de sua velocidade? (b) Qual era a componente vertical de sua velocidade logo após o lançamento? (c) Em um instante durante o seu vôo encontra-se o valor de 65,0 m/s para a componente vertical de sua velocidade. Neste instante, qual é a distância a que ele está acima ou abaixo do seu ponto de lançamento? (Pág. 138) Solução. Considere o seguinte esquema: ________________________________________________________________________________________________________ 3 a Resnick, Halliday, Krane - Física 1 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 7 – Trabalho e Energia
  • 4. Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES y K0 h m x g (a) Vamos partir da definição da energia cinética inicial do projétil: K 0 = mvo = m ( vxo − v yo ) 1 2 1 2 2 (1) 2 2 2K0 v yo = 2 − vxo 2 (2) m Na Eq. (1) foi usada a igualdade que representa o módulo da velocidade inicial do projétil: vo = vxo − v yo 2 2 2 (3) Multiplicando-se (3) por m/2, em que m é a massa do projétil: 1 2 1 2 1 2 mvo = mvxo − mv yo 2 2 2 K0 = K x0 + K y0 Como o movimento do projétil pode ser estudado independentemente nas coordenadas x e y, é de se esperar que a energia mecânica do projétil, que depende de sua posição e velocidade, também possa ser analisada independentemente em x e em y. Portanto, vamos analisar a conservação da energia mecânica em y: Ey0 = Ey K y0 = U y 1 2 mv y 0 = mgh 2 v y 0 = 2 gh 2 (4) Substituindo-se (2) em (4): 2K0 − vxo = 2 gh 2 m ⎛K ⎞ vx 0 = 2 ⎜ 0 − gh ⎟ = 53, 7546 m/s ⎝ m ⎠ vxo ≈ 53,8 m/s 2 Pode-se demonstrar a validade do procedimento acima. Aplicando-se a equação de movimento de Torricelli do ponto de lançamento até o ponto mais elevado da trajetória do projétil: v y = v yo + 2a( y − y0 ) 2 2 0 = v yo − 2 gh 2 ________________________________________________________________________________________________________ 4 a Resnick, Halliday, Krane - Física 1 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 7 – Trabalho e Energia
  • 5. Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES v yo = 2 gh 2 (2) Substituindo-se (2) em (1): 2K0 vxo = 2 − 2 gh = 53, 7546 m/s m vxo ≈ 53,8 m/s 2 (b) Da Eq. (4): v yo = 2 gh = 52, 4099 2 m/s v yo ≈ 52, 4 m/s 2 (c) A posição do corpo pode ser encontrada da seguinte forma: v y = v yo + 2a( y − y0 ) 2 2 v y = v yo − 2 gy 2 2 v yo − v y 2 2 y= = −75,3357 m 2g y = −75, 3 m De acordo com o referencial adotado, nessa posição a velocidade do projétil será negativa. O instante de tempo em que essa posição é atingida é dado por: v y = v y 0 + at v y = v y 0 − gt vy 0 − vy t= = 11,968 s g t ≈ 12, 0 s [Início] 32. Uma bola de borracha deixada cair de uma altura de 1,80 m é rebatida várias vezes pelo chão, perdendo 10% de sua energia cinética de cada vez. Depois de quantas colisões a bola não conseguirá se elevar acima de 0,90 m? (Pág. 138) Solução. Considere o seguinte esquema: y h0 h1 h2 K0 K1 K2 0 ________________________________________________________________________________________________________ 5 a Resnick, Halliday, Krane - Física 1 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 7 – Trabalho e Energia
  • 6. Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES Seja K0 a energia cinética inicial, K1 a energia cinética após a primeira rebatida, K2 a energia cinética após a segunda rebatida, etc., e KN a energia cinética da bola após a N-ésima rebatida. Temos que: K1 = 0,9 K 0 K 2 = 0,9 K1 = 0,9 2 K 0 K 3 = 0,9 K 2 = 0,93 K 0 Logo: K N = 0,9 K N −1 = 0,9 N K 0 (1) Também pode-se usar o trabalho da força gravitacional na subida da bola após cada rebatida para fazer o cálculo de K1, K2, etc., KN. W = ΔK − mgh1 = K − K 0 = 0 − K1 K1 = mgh1 Logo: K 2 = mgh2 Portanto, após a N-ésima rebatida: K N = mghN (2) Queremos saber N tal que hN ≤ 0,90 m. Igualando-se (1) e (2): 0,9 N K 0 = mghN 0,9 N mgh0 = mghN hN 0,90 m 0,9 N = = = 0,5 h0 1,80 m ln 0,5 N= = 6,57 ln 0,9 A altura h = 0,90 só deixa de ser atingida após N = 6,57 rebatidas. Logo: N =7 [Início] 33. Um bloco de 263 g é deixado cair sobre uma mola vertical de constante elástica k = 2,52 N/cm (Fig. 20). O bloco adere-se à mola, que ele comprime 11,8 cm antes de parar momentaneamente. Enquanto a mola está sendo comprimida, qual é o trabalho realizado (a) pela força da gravidade e (b) pela mola? (c) Qual era a velocidade do bloco exatamente antes de se chocar com a mola? (d) Se esta velocidade inicial do bloco for duplicada, qual será a compressão máxima da mola? Ignore o atrito. ________________________________________________________________________________________________________ 6 a Resnick, Halliday, Krane - Física 1 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 7 – Trabalho e Energia
  • 7. Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES (Pág. 138) Solução. Considere o seguinte esquema: v0 = 0 y m y0 v1 F 0 y1 v2 = 0 y2 k P (a) r Wg = ∫ F( r ) dr r0 y2 y2 Wg = ∫ Pdy = − mg ∫ dy = − mg ( y2 − y1 ) = 0,30444 J y1 y1 Wg ≈ 0,304 J (b) y2 y2 y2 y2 k 2 We = ∫ F( y ) dy = ∫ (− ky )dy = − k = ( y1 − y2 ) = −1, 7544 2 J y1 y1 2 y1 2 We ≈ −1, 75 J (c) Aplicando-se o teorema do trabalho-energia cinética: W = ΔK 1 Wg + We = K 2 − K1 = 0 − mv12 2 ________________________________________________________________________________________________________ 7 a Resnick, Halliday, Krane - Física 1 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 7 – Trabalho e Energia
  • 8. Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES v1 = − 2 m (Wg + We ) = ±3,32058 m/s v1 ≈ − ( 3,32 m/s ) j (d) v1’ = 2 v1 W = ΔK Wg + We = K 2 − K1' = 0 − K1' k 2 1 − mg ( y2 − y1 ) + ' ( y1 − y2 ) = − mv1'2 '2 2 2 k '2 1 − mgy2 − y2 = − m(2v1 ) 2 ' 2 2 k '2 y2 + mgy2 − 2mv12 = 0 ' 2 A equação do segundo grau correspondente é: y2 + 0, 020476 '2 y2 − 0, 04603 ' =0 As possíveis soluções são: y21 = 0, 20455 ' m y22 = −0, 2250 ' m Como y2’ < 0: y2 ≈ −0, 225 m ' [Início] 47. Um bloco de granito de 1.380 kg é arrastado para cima de um plano inclinado por um guincho, à velocidade constante de 1,34 m/s (Fig. 23). O coeficiente de atrito cinético entre o bloco e o plano inclinado é 0,41. Qual é a potência que deve ser fornecida pelo guincho? (Pág. 139) Solução. Considere o seguinte esquema das forças que agem sobre o bloco: ________________________________________________________________________________________________________ 8 a Resnick, Halliday, Krane - Física 1 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 7 – Trabalho e Energia
  • 9. Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES y N T x m fc P θ A potência fornecida pelo guincho é dada pela Eq. (1), onde v é a velocidade de elevação do bloco, F é força responsável pela elevação do bloco e φ é o ângulo entre F e v. Essa força, que na verdade é uma tensão (T), é gerada pelo motor do guincho e transmitida ao bloco por meio da corda mostrada na figura. P = F.v = Fv cos φ = Fv = Tv (1) Vamos aplicar a primeira lei de Newton ao bloco, considerando-se apenas as forças em y: ∑F y =0 N − P cos θ = 0 N = mg cos θ (2) Agora em x: ∑F x =0 T − f c − P sen θ = 0 T = μc N + mg sen θ (3) Substituindo-se (2) em (3): T = μc mg cos θ + mg sen θ = mg ( μc cos θ − sen θ ) (4) Substituindo-se (4) em (1): P = mg ( μc cos θ − sen θ )v = 16.606,328 W P ≈ 16, 6 kW [Início] 52. Mostre que a velocidade v alcançada por um carro de massa m dirigido com potência constante P é dada por 1/ 3 ⎛ 3 xP ⎞ v=⎜ ⎟ , ⎝ m ⎠ onde x é a distância percorrida a partir do repouso. (Pág. 139) Solução. Sabe-se que: dW F .dx P= = = F.v dt dt A expressão P = F.v dá a potência instantânea gerada pelo motor do carro, onde F é a força instantânea de propulsão do motor e v é a velocidade instantânea do carro. Como P é constante e v ________________________________________________________________________________________________________ 9 a Resnick, Halliday, Krane - Física 1 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 7 – Trabalho e Energia
  • 10. Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES aumenta com o tempo, então F também é variável. Ou seja, o movimento do carro ocorre com aceleração variável. dv P = F.v = Fv cos θ = Fv = mav = m v (1) dt Na Eq. (1), θ é o ângulo entre F e v que, neste caso, é zero. Aplicando-se a regra da cadeia a (1): dv dx dv P=m v = mv 2 dx dt dx m dx = v 2 dv P x m v 2 ∫0 dx = P ∫0 v dv m v3 x= P 3 1/ 3 ⎛ 3xP ⎞ v=⎜ ⎟ ⎝ m ⎠ [Início] 54. Qual é a potência desenvolvida por uma máquina de afiar cuja roda tem raio de 20,7 cm e gira a 2,53 rev/s quando a ferramenta a ser afiada é mantida contra a roda por uma força de 180 N? O coeficiente de atrito entre a roda e a ferramenta é 0,32. (Pág. 139) Solução. Considere o seguinte esquema: ω fc r y N F x Em primeiro lugar vamos converter ω’ (rps) para ω (rad/s): ω = 2πω ' A velocidade tangencial da roda vale: v = ω r = 2πω ' r (1) As forças no eixo x são F, a força que a ferramenta que é afiada exerce sobre a roda, e N a força de reação a F que aparece no eixo da roda. Logo: ∑F x =0 N −F =0 N=F (2) Cálculo da potência dissipada pela força de atrito (f): P = f .v = fv cos φ = fv cos π = − fv = − μ Nv (3) ________________________________________________________________________________________________________ 10 a Resnick, Halliday, Krane - Física 1 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 7 – Trabalho e Energia
  • 11. Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES Substituindo-se (1) e (2) em (3): P = −2πμ F ω ' r = −189, 5366 W P ≈ −1,9 × 102 W [Início] 57. A resistência ao movimento de um automóvel depende do atrito da estrada, que é quase independente da sua velocidade v, e do arrasto aerodinâmico, que é proporcional a v2. Para um dado carro de 12.000 N, a força total de resistência F é dada por F = 300 + 1,8 v2, onde F está em newtons e v em m/s. Calcule a potência necessária para que o motor acelere o carro a 0,92 m/s2 quando a velocidade for 80 km/h. (Pág. 140) Solução. Forças que agem no carro: N F Fm y x P A potência do motor P de um automóvel é dada pelo produto escalar da força gerada pelo motor Fm e a velocidade do automóvel v. Na Eq. (1), φ é o ângulo entre Fm e v. P = Fm .v = Fm v cos φ = Fm v cos 0 = Fm v (1) A força do motor pode ser determinada a partir da segunda lei de Newton, onde F é a força de resistência ao movimento do carro: ∑F x = max Fm − F = ma P Fm = 300 + 1,8v 2 + a (2) g Substituindo-se (2) em (1): ⎛ P ⎞ P = ⎜ 300 + 1,8v 2 + a ⎟ v = 51.428, 24 W = 68,965 hp ⎝ g ⎠ P ≈ 69 hp [Início] 58. Um regulador centrífugo consiste em duas esferas de 200 g presas mediante hastes leves e rígidas de 10 cm a um eixo de rotação vertical. As hastes são articuladas de modo que as esferas se afastam para longe do eixo enquanto giram com ele. Entretanto, quando o ângulo θ é 45o, as esferas encontram a parede do cilindro dentro do qual o regulador está girando; veja a Fig. 24. (a) Qual é a velocidade mínima de rotação, em revoluções por minuto, necessárias para as esferas tocarem na parede? (b) Se o coeficiente de atrito cinético entre as esferas e a parede é 0,35, que potência é dissipada como resultado do atrito das esferas contra a parede quando o ________________________________________________________________________________________________________ 11 a Resnick, Halliday, Krane - Física 1 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 7 – Trabalho e Energia
  • 12. Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES mecanismo gira a 300 rev/min? (Pág. 140) Solução. (a) Forças sobre uma das esferas: y T θ m x P A velocidade mínima de rotação é obtida quando as esferas estão na iminência de tocar nas paredes do cilindro (N = 0, onde N é a força normal de contato das esferas com a parede.). Forças em y: ∑F y =0 T cos θ − mg = 0 mg T= (1) cos θ Forças em x: ∑F x = max v2 T sen θ = mac = m (2) r Substituindo-se (1) em (2): mg v2 sen θ = m cos θ r v = lg sen θ tan θ (3) Cálculo da velocidade angular ω, em rpm: v v ω= = r l sen θ Podemos trabalhar diretamente com RPM fazendo a seguinte transformação: ________________________________________________________________________________________________________ 12 a Resnick, Halliday, Krane - Física 1 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 7 – Trabalho e Energia
  • 13. Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES v ⎛ rad ⎞ ⎛ s ⎞ 1 ⎛ rot ⎞ ωrpm = ⎜ ⎟ × 60 ⎜ ⎟× ⎜ ⎟ l sen θ ⎝ s ⎠ ⎝ min ⎠ 2π ⎝ rad ⎠ 30v ωrpm = (4) π l sen θ Substituindo-se (3) em (4): 30 g tan θ ωrpm = = 112, 4769 rpm π l sen θ ωrpm ≈ 1,1×102 rpm (b) Forças sobre uma das esferas: y T v θ m Fc N x P A equação (1) ainda é válida para esta situação. Forças em x: ∑F x = max v2 v2 T sen θ + N = mac = m =m r l sen θ mv 2 N= − T sen θ (5) l sen θ Substituindo-se (1) em (5): mv 2 N= − mg tan θ (6) l sen θ A força de atrito cinética vale:: f c = μc N A potência total dissipada pelo atrito, considerando-se duas esferas, é: P = 2 f c .v = 2 μc Nv (7) Substituindo-se (6) em (7): ⎛ mv 2 ⎞ P = 2 μc v ⎜ − mg tan θ ⎟ (8) ⎝ l sen θ ⎠ De (4) temos: πω l sen θ v = rpm (9) 30 π 2ωrpm l 2 sen 2 θ 2 v2 = (10) 900 Substituindo-se (9) e (10) em (8): πωrpml sen θ ⎛ m π ωrpm l sen θ 2 2 2 2 ⎞ P = 2 μc ⎜ − mg tan θ ⎟ 30 ⎜ l sen θ 900 ⎟ ⎝ ⎠ ________________________________________________________________________________________________________ 13 a Resnick, Halliday, Krane - Física 1 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 7 – Trabalho e Energia
  • 14. Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES πμc mωrpm l sen θ ⎛ π 2ωrpm l sen θ 2 ⎞ P= ⎜ − g tan θ ⎟ = 18, 6534 W (11) 15 ⎜ 900 ⎟ ⎝ ⎠ P ≈ 19 W De acordo com (11), a potência dissipada será igual a zero se: π 2ωrpm l sen θ 2 = g tan θ 900 30 g ωrpm = = 112, 476 rpm π l sen θ Que é a resposta do item (a). [Início] ________________________________________________________________________________________________________ 14 a Resnick, Halliday, Krane - Física 1 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 7 – Trabalho e Energia