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PROBLEMAS RESOLVIDOS DE FÍSICA
     Prof. Anderson Coser Gaudio
     Departamento de Física – Centro de Ciências Exatas – Universidade Federal do Espírito Santo
     http://www.cce.ufes.br/anderson
     anderson@npd.ufes.br                               Última atualização: 04/10/2005 14:49 H




                                         RESNICK, HALLIDAY, KRANE, FÍSICA, 4.ED.,
                                               LTC, RIO DE JANEIRO, 1996.


                                                              FÍSICA 2

                                               Capítulo 16 - Gravitação




                                          Problemas

01         02         03         04         05         06         07         08         09         10
11         12         13         14         15         16         17         18         19         20
21         22         23         24         25         26         27         28         29         30
31         32         33         34         35         36         37         38         39         40
41         42         43         44         45         46         47         48         49         50
51         52         53         54         55         56         57         58         59         60
61         62         63         64         65         66         67         68         69         70
71         72         73         74         75         76
Problemas Resolvidos de Física                      Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES

                                     Problemas Resolvidos

17. A maior velocidade de rotação possível para um planeta é aquela em que a força gravitacional
    sobre corpos no equador mal fornece força centrípeta necessária para rotação. (Por quê?) (a)
    Mostre, então, que o período de rotação mais curto correspondente é dado por
              3π
       T=
             Gρ
    onde ρ é a densidade do planeta, supostamente homogêneo. (b) Calcule o período de rotação
    supondo uma densidade de 3,0 g/cm3, típica de muitos planetas, satélites e asteróides. Nunca foi
    encontrado um desses objetos com um período menor do que o encontrado nesta análise.
                                                                                         (Pág. 52)
Solução.
Para que a matéria presente no equador possa acompanhar o movimento de rotação do planeta, é
necessário que a força de atração gravitacional (F) seja igual à força centrípeta (FC) correspondente.
       F = FC
        GMm           4π 2
            = mω R = m 2 R
                2

         R2           T
            4π 2 R 3 4π R 3 3π    V 3π
       T = 2
                    =          =
             GM         3 GM M G
Na expressão acima, V é o volume do planeta, supostamente esférico. Identificando V/M como a
densidade do planeta, temos:
               3π
        T=
               Gρ
(b)
        T ≈ 1, 9 h

                                                  [Início]


20. Duas camadas esféricas concêntricas, de densidade uniforme, tendo massas M1 e M2, estão
    dispostas conforme mostra a Fig. 39. Determine a força que atua sobre uma partícula de massa
    m quando esta está localizada em (a) r = a, (b) r = b e (c) r = c. A distância r é medida a partir
    do centro das camadas.




                                                                                               (Pág. 52)
Solução.

________________________________________________________________________________________________________   2
                                       a
Resnick, Halliday, Krane - Física 2 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 16 – Gravitação
Problemas Resolvidos de Física                      Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES

A força de atração gravitacional entre uma partícula de massa m, localizada no exterior de uma
casca esférica de massa M é a mesma que ocorre entre duas partículas de massas m e M. Se a
partícula estiver localizada no interior da casca, a força gravitacional sobre ela será nula (teorema da
casca esférica de Newton).
(a) A partícula de massa m na posição a está sujeita às forças gravitacionais devidas às duas cascas
esféricas:
                        GM 1m GM 2 m
        Fa = F1 + F2 =        +
                          a2       a2
              Gm
        Fa = 2 ( M 1 + M 2 )
               a
(b) Na posição b, a partícula sofre atração gravitacional apenas da casca M1:
              GmM 1
        Fb =
                 b2
(c) Na posição c, a partícula não sofre qualquer atração gravitacional:
        Fc = 0

                                                  [Início]


22. Mostre que, no fundo de um poço de mina vertical de profundidade é D, o valor de g será
               ⎛ D⎞
       g = g s ⎜1 − ⎟ ,
               ⎝   R⎠
    onde gs é o valor na superfície. Suponha que a Terra seja uma esfera uniforme de raio R.
                                                                                        (Pág. 52)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação:
                  g0
                          D
                    g

                        RT - D


                        RT


A aceleração da gravidade na superfície da Terra (g0) vale:
            GM T
       g0 =                                                                                            (1)
             RT2
Na Eq. (1), MT e RT são a massa e o raio da Terra, respectivamente. No fundo de um poço de
profundidade D, a aceleração da gravidade (g) vale:
               GM
       g=                                                                                              (2)
            ( RT − D )
                       2



Na Eq. (2), M é a massa da esfera de raio RT − D. Agora vamos aplicar a definição da densidade
para a Terra e para a esfera de raio RT − D:
________________________________________________________________________________________________________     3
                                       a
Resnick, Halliday, Krane - Física 2 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 16 – Gravitação
Problemas Resolvidos de Física                        Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES

              MT            M
        ρ=          =
             4        4
               π RT     π ( RT − D )
                  3                  3

             3        3
           M ( R − D)
                                3

        M = T T3                                                                                       (3)
               RT
Substituindo-se (3) em (2):
                              M T ( RT − D )   GM T ( RT − D ) GM T ⎛
                                         3
                 G                                                       D⎞
        g=                                   =                =     ⎜1 −  ⎟                            (4)
             ( RT − D )
                          2           3          2               2
                                    RT          RT      RT      RT ⎝ RT ⎠
Substituindo-se (1) em (4):
               ⎛    D⎞
        g = g0 ⎜1 −  ⎟
               ⎝ RT ⎠

                                                    [Início]


23. O problema seguinte foi apresentado na “Olimpíada” da Universidade Pública de Moscou, em
    1946 (veja a Fig. 40): Numa esfera de chumbo de raio R, faz-se uma cavidade esférica de tal
    modo que a sua superfície toca a superfície externa da esfera de chumbo e passa pelo centro
    desta. A massa da esfera antes que a cavidade fosse feita era M. Com que força, de acordo com
    a lei da gravitação universal, a esfera de chumbo irá atrair uma pequena esfera de massa m, que
    está à distância d do centro da esfera de chumbo, sobre uma linha reta que une os centros das
    esferas e da cavidade?




                                                                                               (Pág. 52)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação:
              R                           d - R/2




                                                                       m

                                                                 F




                              R/2
A simetria esférica e o alinhamento dos corpos permitem a solução do problema por diferença. Ou
seja, podemos calcular a força gravitacional exercida pela esfera sem a cavidade (F1) e a força
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                                       a
Resnick, Halliday, Krane - Física 2 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 16 – Gravitação
Problemas Resolvidos de Física                      Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES

gravitacional (F2) que a cavidade exerceria caso fosse uma esfera de raio R/2, localizada a uma
distância d − R/2 da massa m. Logo:
        F = F1 − F2                                                                             (1)
O módulo de F1 vale:
            GMm
       F1 =                                                                                            (2)
             d2
Agora vamos calcular o módulo de F2. A massa M da esfera grande vale:
                   4
       M = ρV = ρ π R 3
                   3
A massa M’ da esfera pequena vale:
                         3
             4 ⎛R⎞     4     1
        M = ρ π ⎜ ⎟ = ρ π R3
            '

             3 ⎝2⎠     3     8
                M
        M' =
                8
Portanto:
              ⎛M ⎞
            G⎜ ⎟m
        F2 = ⎝ ⎠ 2 =
                 8        1 GMm
                                     2
                                                                                                       (3)
            ⎛     R⎞      8⎛      R⎞
            ⎜ d− ⎟          ⎜ d− ⎟
            ⎝      2⎠       ⎝     2⎠
Substituindo-se (2) e (3) em (1):
                                ⎡               ⎤
                                ⎢               ⎥
           GMm 1 GMm            ⎢1 −      1     ⎥
        F=     −           = GMm 2
            d2   8⎛   R⎞
                         2
                                ⎢d    ⎛     R⎞ ⎥
                                              2

                  ⎜d − ⎟        ⎢    8⎜ d − ⎟ ⎥
                  ⎝   2⎠        ⎣     ⎝     2⎠ ⎦
               ⎡              ⎤
               ⎢              ⎥
           GMm ⎢       1      ⎥
        F=      1−
            d2 ⎢   ⎛     R ⎞ ⎥
                            2

               ⎢ 8 ⎜1 −    ⎟ ⎥
               ⎣   ⎝ 2d ⎠ ⎦

                                                  [Início]


29. Considere uma partícula num ponto P em algum lugar no interior de uma camada esférica
    material. Suponha que a camada tenha espessura e densidade uniformes. Construa um cone
    duplo estreito com vértice em P, interceptando as áreas dA1 e dA2, sobre a camada (Fig. 43). (a)
    Mostre que a força gravitacional resultante exercida sobre a partícula em P pelos elementos de
    massa interceptados é nula. (b) Mostre, então, que a força gravitacional resultante que a camada
    inteira exerce sobre uma partícula no seu interior é nula. (Este método foi imaginado por
    Newton.)




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                                       a
Resnick, Halliday, Krane - Física 2 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 16 – Gravitação
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                                                                                               (Pág. 53)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação:




                dA1                          dA1      α
                               dA1n                        dA1n
                                                            α

                          r1                          r1

                               dΩ                          dΩ


(a) Para um cone definido pelo ângulo sólido dΩ e cuja altura é r1, a área da base (dA1n) é dada por:
        dA1n = r12 d Ω                                                                                 (1)
Para um segundo cone que partilha do mesmo ângulo sólido com o primeiro cone temos:
        dA2 n = r22 d Ω                                                                                (2)
O elemento de área dA1 (superfície da camada esférica) faz um ângulo α com o elemento de área
dA1n (o ângulo entre dA2 e dA2n também é α). Logo:
        dA1n = dA1 cos α                                                                    (3)
        dA2 n = dA2 cos α                                                                              (4)
Igualando-se (1) e (3):
             r12 d Ω
        dA1 =                                                                                          (5)
             cos α
Igualando-se (2) e (4):
              r22 d Ω
        dA2 =                                                                                          (6)
              cos α
Seja σ a densidade superficial da camada esférica:
        dm1 = σ dA1                                                                                    (7)
        dm2 = σ dA2                                                                                    (8)
Substituindo-se (5) em (7):
________________________________________________________________________________________________________     6
                                       a
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                 σ r12 d Ω
        dm1 =                                                                                          (9)
                  cos α
Substituindo-se (6) em (8):
                 σ r22 d Ω
        dm2 =                                                                                          (10)
                  cos α
A razão entre as forças gravitacionais exercidas pelas camadas superficiais dA1 e dA2 sobre uma
partícula de massa m localizada em P vale:
               Gmdm1
        dF1       r12
             =                                                                                 (11)
        dF2 Gmdm2
                  r22
Substituindo-se (9) e (10) em (11):
        dF1 Gmσ r12 d Ω cos α r22
            =                       =1
        dF2   cos α r12 Gmσ r22 d Ω
        dF1 = dF2

                                                  [Início]


33. Um foguete é acelerado até a velocidade v = 2[gRT]1/2, perto da superfície da Terra e, então,
    segue para cima. (a) Mostre que ele escapará da Terra. (b) Mostre que, muito longe da Terra,
    sua velocidade é V = [2gRT]1/2.
                                                                                          (Pág. 54)
Solução.
(a) Nas proximidades da superfície da Terra a aceleração da gravidade vale (ver Problema 22):
            GM T
        g=                                                                                    (1)
             RT2
Substituindo-se este valor na expressão da velocidade inicial do foguete fornecida no enunciado:
                                    1/ 2
              ⎡⎛ GM ⎞ ⎤
        v = 2 ⎢⎜ 2 T ⎟ RT ⎥
              ⎣⎝ RT ⎠ ⎦
                         1/ 2
            ⎛ GM T ⎞
       v = 2⎜      ⎟                                                                                   (2)
            ⎝ RT ⎠
A velocidade mínima de escape (vesc)da Terra vale:
                             1/ 2
                ⎛ GM T ⎞
        vesc   =⎜      ⎟
                ⎝ RT ⎠
Logo:
        v = 2vesc
Portanto o foguete não mais retornará à Terra.
(b) Aplicando-se o princípio da conservação da energia mecânica à superfície da Terra e ao infinito,
teremos:
        ET = E∞
________________________________________________________________________________________________________     7
                                       a
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        KT + U T = K ∞ + U ∞
        1 2 GM T m 1
          mv −    = mV 2 + 0
        2      RT  2
                     2GM T
        V 2 = v2 −                                                                                     (3)
                      RT
Substituindo-se (2) em (3):
             4GM T 2GM T 2GM T 2GM T
       V2 =          −      =    =     RT                                                              (4)
               RT       RT    RT   RT2
Substituindo-se (1) em (4):
        V = ( 2 gRT )
                      1/ 2


                                                      [Início]


36. Um projétil é atirado verticalmente da superfície da Terra, com uma velocidade inicial de 9,42
    km/s. Desprezando o atrito com o ar, a que altura acima da superfície terrestre ele chegará?
                                                                                          (Pág. 54)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação:
                                      h

          mT                                                     mP

                             v0                                       v=0
               RT

Pode-se resolver este problema por meio da aplicação do princípio da conservação da energia
mecânica, onde os índices P e T referem-se ao projétil e à Terra, respectivamente:
       E0 = E
        K P 0 + KT 0 + U TP 0 = K P + KT + U TP
        1             GmT mP        GmT mP
          mP v0 + 0 −
              2
                             = 0+0−
        2              RT           RT + h
                        2
        GmT      GmT v0
               =     −
        RT + h    RT   2
          1     1   v2
              =   − 0
        RT + h RT 2GmT
                     1
        h=                    − RT = 1,54879      m
            ⎛ 1    v2 ⎞
            ⎜    − 0 ⎟
            ⎝ RT 2GmT ⎠
        h ≈ 1,55 m

                                                      [Início]



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                                       a
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41. Duas estrelas de nêutrons estão separadas pela distância centro-a-centro de 93,4 km. Cada uma
    tem massa de 1,56 × 1030 kg e raio de 12,6 km. Elas estão inicialmente em repouso, uma em
    relação à outra. (a) A que velocidade elas estarão se movendo quando a separação entre elas
    houver diminuído até a metade do seu valor inicial? (b) A que velocidade elas estarão se
    movendo pouco antes de colidirem? Ignore efeitos relativísticos.
                                                                                         (Pág. 54)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação:
               M                                                      M
                     v0 = 0                                                 v0 = 0
               R                                                      R
       A



                                              d

                                 v1                       -v1
        B


                                              d/2

                                         v2         -v2
            C


                                       2R
(a) Aplicando-se o princípio da conservação da energia mecânica aos estados A e B:
        E A = EB
        U A + K A = UB + KB
           GM 2       GM 2     ⎛1     ⎞
        −       +0= −      + 2 ⎜ Mv12 ⎟
             d         d       ⎝2     ⎠
                       2
              2GM GM
        v12 =     −
               d     d
                GM
        v1 =       = 3,3377      × 107 m/s
                 d
        v1 ≈ 33, 4 × 103 km/s ≈ 0,11 c
(b) Aplicando-se o princípio da conservação da energia mecânica aos estados A e C:
        E A = EB
            GM 2       GM 2     ⎛1  2⎞
        −        +0= −      + 2 ⎜ Mv2 ⎟
             d          2R      ⎝2    ⎠

________________________________________________________________________________________________________       9
                                       a
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                ⎛ 1 1⎞
        v2 = GM ⎜   − ⎟ = 5, 4909                ×107 m/s
                ⎝ 2R d ⎠
        v2 ≈ 54,9 × 103 km/s ≈ 0,18 c

                                                          [Início]


42. Diversos planetas (os gigantes gasosos Júpiter, Saturno, Urano e Netuno) possuem anéis
    aproximadamente circulares em torno de si, provavelmente constituídos de material que não
    conseguiu formar um satélite. Além disso, muitas galáxias contém estruturas semelhantes a
    anéis. Considere um anel homogêneo de massa M e raio R. (a) Encontre uma expressão para a
    força gravitacional exercida pelo anel sobre uma partícula de massa m localizada à distância x
    do centro do anel, ao longo do seu eixo? Veja a Fig. 45. (b) Suponha que a partícula caia a partir
    do repouso, como resultado da atração do anel. Encontre uma expressão para a velocidade com
    que ela passa através do centro do anel.




                                                                                                   (Pág. 54)
Solução.
(a) Considere o seguinte esquema da situação:
          Rdθ

        dM
             dθ R                                    dF
                                                                     dF y
                                                 α
                                     x               dF x        dF z
                                            y

                                 z       x
O elemento de massa dM exerce uma força dF sobre a massa m. Esta força vale:
      dF = dFx i + dFy j + dFz k
A força total F que o anel exerce sobre m é a integral de dF:
        F = ∫ dF = ∫ dFx i + ∫ dFy j + ∫ dFz k
A simetria envolvida na situação indica que as integrais em j e k serão nulas devido à distribuição
simétrica de pares de elementos dM nas coordenadas positiva e negativa dos eixos y e z. Logo:
        F = ∫ dFx i = ∫ dF cos α i
Como estamos interessados apenas no módulo da força:
________________________________________________________________________________________________________       10
                                       a
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         F = ∫ dF cos α

              ⎛ GmdM ⎞        x                Gmx
         F = ∫⎜ 2    2 ⎟
                                        =∫                  dM                                         (1)
              ⎝ R + x ⎠ ( R2 + x2 )        ( R2 + x2 )
                                   1/ 2                3/ 2



A expressão do elemento dM pode ser extraída da definição da densidade linear de massa do anel:
             M       dM
        ρ=        =
            2π R Rdθ
              Mdθ
        dM =                                                                                (2)
               2π
Substituindo-se (2) em (1):
                  Gmx          Mdθ   GMmx             2π
        F =∫                       =           3/ 2 ∫0
                                                         dθ
             ( R 2 + x 2 ) 2π 2π ( R 2 + x 2 )
                          3/ 2



                       GMmx
         F=
                  (R       + x2 )
                       2            3/ 2



Para pontos onde x >> R, esta expressão se reduz a:
            GMmx GMmx GMm
       F≈               =    =
            ( x2 )
                   3/ 2
                          x3     x2

Que corresponde à força gravitacional entre duas massas pontuais m e M. Para x = 0 (centro do
anel), a força é zero devido à simetria da distribuição de massa em torno de m (o numerador da
expressão de F é nulo).
(b) A energia potencial da massa m à distância ortogonal x ao centro do anel (Ux) vale:
                              GmdM
        U x = ∫ dU x = − ∫                                                                     (3)
                           ( R2 + x2 )
                                      1/ 2



Substituindo-se (2) em (3):
                      Gm          Mdθ         GMm                   2θ                 GMm
       U x = −∫                       =−                        ∫        dθ = −                        (4)
                ( R 2 + x 2 ) 2π         2π ( R 2 + x 2 )                         (R       + x2 )
                             1/ 2                        1/ 2   0                      2        1/ 2



Aplicando-se o princípio da conservação da energia mecânica aos pontos localizados em x (Ex) e no
centro do anel (Ec):
        Ex = Ec
         K x + U x = Kc + U c
                   GMm                      1 2 GMm
        0−                              =     mvc −
              (R   2
                       +x       )
                               2 1/ 2       2       R

              2GM                           2GM
                                 = vc2 −
         (R   2
                  +x       )
                       2 1/ 2                R

                  ⎡                     ⎤
         vc = 2GM ⎢1 −       1          ⎥
                  ⎢ R ( R 2 + x 2 )1/ 2 ⎥
                  ⎣                     ⎦

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                                       a
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                                                  [Início]


43. Duas partículas de massas m e M estão inicialmente em repouso a uma distância infinita uma da
    outra. Mostre que, em cada instante, a sua velocidade de aproximação relativa, devido à atração
    gravitacional, é [2G(M + m)/d]1/2, onde d é a separação entre elas em cada instante.
                                                                                         (Pág. 54)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação:
      m      v                                           V M

                                                                  x
                                d
A velocidade relativa das partículas (vrel) quando separadas pela distância d é dada pela diferença de
suas velocidades nessas posições:
        vrel = v1 − v2 = v − ( −V )
        vrel = v +V                                                                                    (1)
Precisamos calcular v e V para determinar a velocidade relativa à distância d. Seja E0 a energia
mecânica inicial do sistema e E(d) a energia mecânica em função da distância de separação d dos
corpos. Admitindo-se que o sistema é conservativo, a energia mecânica do sistema não varia:
        E0 = E(d )
        U 0 + K0 = U (d ) + K(d )
                  GMm 1        1
        0+0 = −       + MV 2 + mv 2
                   d   2        2
                     2GMm
       MV 2 + mv 2 =                                                                                   (2)
                       d
Aplicando-se a conservação do momento linear:
       P0 = P(d )
        p M 0 + pm 0 = p M ( d ) + p m ( d )
        0 + 0 = mv + MV
               m
       V =− v                                                                                          (3)
               M
              M
        v=− V                                                                                          (4)
               m
Substituindo-se (3) em (2):
                        2
          ⎛ m ⎞            2GMm
        M ⎜ − v ⎟ + mv 2 =
          ⎝ M ⎠              d
        m 2 2 2GM
          v +v =
        M           d
                 2GM 2
        v2 =                                                                                           (5)
               (m + M ) d
Substituindo-se (4) em (2), obtemos:

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                                       a
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                   2Gm 2
        V2 =                                                                                           (6)
                 (m + M ) d
Substituindo-se (5) e (6) em (1):

        vrel   =
                   2GM 2
                 (m + M ) d
                            +
                                    2Gm 2
                                  (m + M ) d
                                             =
                                                    2G
                                                 (m + M ) d   (   M 2 + m2   )
                     2G
        vrel =               ( M + m)
                  (m + M ) d
                   2G ( m + M )
        vrel =
                        d

                                                  [Início]


50. Considere dois satélites A e B, ambos de massa m, movendo-se na mesma órbita circular de raio
    r, em torno da Terra T, mas em sentidos de revolução opostos, e, portanto, em rota de colisão
    (veja a Fig. 47). (a) Em termos de G, MT, m e r, determine a energia mecânica total do sistema
    constituído pelos dois satélites mais a Terra, antes da colisão. (b) Se a colisão for
    completamente inelástica, de modo que os destroços permaneçam como uma única peça de
    material retorcido, determine a energia mecânica total imediatamente após a colisão. (c)
    Descreva o movimento subseqüente dos destroços.




                                                                                               (Pág. 55)
Solução.
(a) Considere o seguinte esquema da situação:
        vA                              vB
                          d
                          θ
                  r               r

                        Terra




A energia mecânica total é a soma das energias mecânicas dos satélites A e B:
       ET = E A + EB = K A + U AT + K B + U BT + U AB
                 GmM T GmM T GmM T GmM T Gmm
        ET =          −     +     −     −
                  2r     r    2r     r    d (θ )
O termo UAB é desprezível, pois Gmm << GmMT. Logo:
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                                       a
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                GmM T
        ET = −
                  r
(b) A colisão entre os satélites é completamente inelástica. Aplicando-se o princípio da conservação
do momento linear aos instantes imediatamente antes (Pi) e imediatamente após o impacto (Pf),
teremos:
        Pi = Pf
        mvAi + mvBi = mvAf + mvBf = ( m + m ) v f = 2mv f
No instante imediatamente anterior à colisão temos vA = −vB. Logo:
                                                                B




       vf = 0
Portanto, o corpo resultante da colisão, cuja massa é 2m, somente possuirá energia potencial
gravitacional:
               2GmM T
        ET = −
                   r
(c) Como os destroços não possuem velocidade tangencial (orbital), cairão verticalmente para o
solo.

                                                  [Início]


51. O centro do Sol está em um dos focos da órbita da Terra. A que distância ele se encontra do
    outro foco? Expresse sua resposta em termos do raio do Sol RS = 6,96 × 108 m. A excentricidade
    da órbita da Terra é 0,0167 e o semi-eixo maior mede 1,50 × 1011 m.
                                                                                        (Pág. 55)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação:

                      ea


             Sol
                                 d


                a
De acordo com o esquema acima, a distância procurada vale:
        d = 2ea = 5, 01× 109 m
Em termos de raios solares (RS), a distância entre os focos da órbita elíptica da Terra vale:
        d   5, 01×109 m
          =             = 7,198
        RS 1,50 ×1011 m
        d ≈ 7, 2 RS

                                                  [Início]



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52. Use a conservação da energia e a Eq. 27 para a energia total e demonstre que a velocidade v de
    um objeto numa órbita elíptica satisfaz a relação
                ⎛2 1⎞
       v 2 = GM ⎜ − ⎟ .
                ⎝r a⎠
                                                                                        (Pág. 55)
Solução.
A Eq. 27 citada no enunciado é a energia mecânica total de um objeto de massa m em órbita circular
em torno da Terra (massa M), em que r é o raio da órbita:
                GMm
         E=−                                                                                 (27)
                  2r
No caso de órbitas elípticas, vale a relação em que a é o comprimento do semi-eixo maior da
trajetória elíptica:
                GMm
         E=−
                  2a
A energia mecânica do sistema é dada por:
         E = K +U
           GMm 1 2 GMm
         −         = mv −
             2a      2        r
           GM           2GM
         −       = v2 −
             a            r
               2GM GM
         v2 =        −
                 r       a
               ⎛2 1⎞
        v = GM ⎜ − ⎟
               ⎝r a⎠

                                                   [Início]


53. Um cometa move-se em uma órbita de excentricidade igual a 0,880 e tem velocidade de 3,72
    km/s quando está o mais distante possível do Sol. Determine a sua velocidade quando estiver no
    ponto mais próximo do Sol.
                                                                                      (Pág. 55)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação:
            RP                  RA



                           ea
                                                              vA      y

        vP       Sol                                                  z     x



                       a                       a
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Sejam RP o vetor posição do cometa no periélio e RA no afélio, em relação ao Sol, e pP e pA os
momentos lineares do cometa no periélio e afélio, respectivamente. Vamos aplicar a conservação do
momento angular do cometa no periélio (lP) e no afélio (lA), considerando-se o Sol em repouso:
      lP = lA
        R P × pP = R A × pA
Na coordenada z:
       RP MvP = RA MvA
               RA
        vP =      vA                                                                                   (1)
               RP
Observando-se o esquema, podemos perceber as seguintes relações, onde a é o raio maior da órbita
elíptica do cometa e e a excentricidade da órbita:
        RA = a + ea = a (1 + e )                                                                       (2)
        RP = a − ea = a (1 − e )                                                                       (3)
Substituindo-se (2) e (3) em (1):
             a (1 + e )
        vP =            v A = 58, 28 km/s
             a (1 − e )
        vP ≈ 58,3 km/s

                                                  [Início]


61. Um determinado sistema triplo de estrelas consiste em duas estrelas, cada uma de massa m, que
    giram em torno de uma estrela central de massa M, na mesma órbita circular. As duas estrelas
    situam-se nos extremos opostos de um diâmetro da órbita circular; veja a Fig. 49. Deduza uma
    expressão para o período de revolução das estrelas; o raio da órbita é r.




                                                                                               (Pág. 55)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação:




________________________________________________________________________________________________________   16
                                       a
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                                              -v
                                                   m

                                M

                       r
                     Fmm
        m         Fmm
            v

A força centrípeta do movimento orbital de cada massa m é igual à resultante das forças
gravitacionais que agem sobre cada uma:
        ∑F = F     C

Na coordenada radial:
                         mv 2
        FMm + Fmm      =
                          r
        GMm Gmm mω 2 r 2
            +      =
         r2   4r 2   r
        G⎛     m ⎞ 4π 2
           ⎜M + ⎟ = 2 r
        r2 ⎝   4⎠ T
                   4π r 3/ 2
        T=
                G ( 4M + m )
Pode-se notar que se fizermos m = 0, a expressão final igualar-se-á à terceira lei de Kepler:
                4π 2 r 3
        T2 =
                 GM

                                                   [Início]


64. Um sistema de estrelas binárias consiste em duas estrelas, cada uma com massa igual à do Sol,
    que giram em torno do seu centro de massa. A distância entre elas é igual à distância entre a
    Terra e o Sol. Qual é o seu período de revolução, em anos?
                                                                                         (Pág. 56)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação:




________________________________________________________________________________________________________   17
                                       a
Resnick, Halliday, Krane - Física 2 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 16 – Gravitação
Problemas Resolvidos de Física                            Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES


                                                   -v
                                                         M

                                                 -Fg
                                CM

                                d

        M             Fg
             v

A força centrípeta (Fc) do movimento orbital das estrelas em torno do centro de massa do sistema é
a força gravitacional (Fg) que uma estrela exerce sobre a outra:
        Fc = Fg
                       GM 2
        Mω2R =
                        d2
        4π 2 d GM
              = 2
        T2 2   d
                 2π 2 d 3
        T=                = 2, 24033   × 107 s
                  GM
        T ≈ 259 dias

                                                        [Início]


68. A órbita da Terra em torno do Sol é quase circular. As distâncias maior e menor são 1,47 × 108
    km e 1,52 × 108 km, respectivamente. Determine as variações máximas (a) na energia potencial,
    (b) na energia cinética, (c) na energia total, e (d) na velocidade orbital resultantes da variação na
    distância Terra-Sol, no curso de um ano. (Sugestão: Aplique a conservação da energia e do
    momento angular.)
                                                                                              (Pág. 56)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação:
            rp                  ra




                 rp                    ra                          va

        vp            Sol



                            a

________________________________________________________________________________________________________   18
                                       a
Resnick, Halliday, Krane - Física 2 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 16 – Gravitação
Problemas Resolvidos de Física                        Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES

(a) Seja Up a energia potencial do sistema Terra-Sol no periélio (ponto de maior proximidade entre
Sol e Terra) e Ua a energia potencial no afélio (ponto de maior afastamento). A variação da energia
potencial entre o periélio e o afélio (ΔU) vale:
                                   GM T M S ⎛ GM T M S   ⎞
        ΔU = U a − U p = −                 −⎜−           ⎟
                                     ra     ⎜   rp       ⎟
                                            ⎝            ⎠
                      ⎛1 1⎞
        ΔU = GM T M S ⎜ − ⎟ = 1, 776            × 1032 J
                      ⎜r r ⎟
                      ⎝ p a⎠
        ΔU ≈ 1, 78 ×1032 J


(b) Num sistema conservativo, como o sistema Terra-Sol, vale a seguinte relação:
       ΔK + ΔU = 0
       ΔK = −ΔU
        ΔK ≈ −1, 78 ×1032 J
(c) A energia mecânica do sistema Terra-Sol vale:
               GM S M T
        E=−
                  2a
Nesta expressão, a é o comprimento do semi-eixo maior da trajetória elíptica. Como o sistema
Terra-Sol é conservativo, não há variação em sua energia mecânica.
        ΔE = 0
(d) No periélio, a Terra apresenta sua maior velocidade orbital devido à proximidade máxima do
Sol. No afélio ocorre o inverso, com a Terra em sua menor velocidade orbital. A variação na
velocidade orbital entre o periélio e o afélio vale:
        Δ v = va − v p                                                                       (1)
Para determinar va e vp vamos utilizar a variação da energia cinética:
                         1         1
       ΔK = K a − K p = M T va − M T v 2
                              2
                                          p
                         2         2
                  2 ΔK
       va − v 2 =
         2
              p                                                                                        (2)
                   MT
Agora vamos aplicar o princípio da conservação do momento angular:
       La = L p
        ra × p a = rp × p p
                      π                  π
        ra pa sen         = rp p p sen
                   2                     2
        ra M T va = rp M T v p
               rp v p
        va =                                                                                           (3)
                ra
Substituindo-se (3) em (2):
                  2
        ⎛ rp v p ⎞        2ΔK
                 ⎟ − vp =
                      2
        ⎜
        ⎝ ra ⎠            MT
________________________________________________________________________________________________________   19
                                       a
Resnick, Halliday, Krane - Física 2 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 16 – Gravitação
Problemas Resolvidos de Física                            Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES

        ⎛ rp2 ⎞ 2 2ΔK
        ⎜ 2 − 1⎟ v p =
        ⎜r     ⎟
        ⎝ a    ⎠       MT

             ⎛ r 2 ⎞ 2ΔK
        vp = ⎜ 2 a 2 ⎟   = 30.297 m/s
             ⎜ r −r ⎟ M
             ⎝ p a ⎠ T
Substituindo-se o valor de vp em (3):
        va = 29.301 m/s
Agora podemos resolver (1):
       Δv ≈ −996 m/s

                                                      [Início]


69. Suponha que um satélite de comunicações geossíncrono esteja em órbita na longitude de
    Chicago. Você está em Chicago e deseja captar os seus sinais. Em que direção você deveria
    apontar o eixo da sua antena parabólica? A latitude de Chicago é 47,5o.
                                                                                      (Pág. 56)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação:

      Terra
                                       Chicago
MT                          RT                                   x
                                           φ
                                θ                                                    α               m
          Equador                                R0                                            Fg




                       Eixo de rotação
Neste esquema, φ é o ângulo de visada, acima do horizonte, que deve ser utilizado para direcionar a
antena. Em primeiro lugar vamos determinar o raio orbital do satélite (RO) por meio da força
centrípeta (força gravitacional) que age sobre o satélite:
              mv 2
        F=
              RO
        GM T m mω 2 RO
                     2

          2
              =
         RO     RO
        GM T 4π 2
          3
            = 2
         RO  T
                         1/ 3
             ⎛ GM T T 2 ⎞
        RO = ⎜          ⎟       = 42.250.474,31       m
             ⎝ 4π
                   2
                        ⎠
________________________________________________________________________________________________________   20
                                       a
Resnick, Halliday, Krane - Física 2 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 16 – Gravitação
Problemas Resolvidos de Física                          Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES

Análise do ângulo α:
                  ⎛π    ⎞
       α = π −θ − ⎜ + φ ⎟
                  ⎝2    ⎠
            π
       α = −θ −φ                                                                                       (1)
            2
Observando-se o esquema, podemos notar que:
                    ⎛π    ⎞
                sen ⎜ + φ ⎟
        sen α       ⎝2    ⎠
              =                                                                                        (2)
         RT          RO
Substituindo-se (1) em (2):
            ⎛π        ⎞     ⎛π    ⎞
        sen ⎜ − θ − φ ⎟ sen ⎜ + φ ⎟
            ⎝2        ⎠=    ⎝2    ⎠
               RT            RO
        cos (θ + φ ) cos φ
                    =
             RT       RO
        cos θ cos φ − sen θ sen φ RT
                                 =
                  cos φ            RO
                                 RT
        cos θ − sen θ tan φ =
                                 RO
                    ⎛             RT ⎞
        φ = tan −1 ⎜ cot θ −            ⎟ = 35, 444
                    ⎝          RO sen θ ⎠
        φ ≈ 35, 4
A antena deverá ser apontada para 35,4o acima do horizonte, na direção sul.

                                                      [Início]


72. Um satélite meteorológico está em órbita geossíncrona, pairando sobre Nairobi, que está situada
    bem perto do equador. Se o raio da sua órbita for aumentado em 1,00 km, a que velocidade e em
    que direção o seu ponto de referência, que estava inicialmente estacionário, irá se mover sobre a
    superfície da Terra?
                                                                                          (Pág. 56)
Solução.

                                                      [Início]


73. Três estrelas idênticas, de massa M, estão localizadas nos vértices de um triângulo eqüilátero de
    lado L. A que velocidade elas devem se mover, preservando o triângulo eqüilátero, sabendo-se
    que todas elas giram sob a influência gravitacional umas das outras, numa órbita circular
    circunscrita?
                                                                                          (Pág. 56)
Solução.

________________________________________________________________________________________________________   21
                                       a
Resnick, Halliday, Krane - Física 2 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 16 – Gravitação
Problemas Resolvidos de Física                      Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES

Considere o seguinte esquema da situação:
                         M    v3



                    L                  L

                        FC        CM
             F31
        v1

        M                     L               M
                    F21
                                             v2

Como o triângulo formado pelas estrelas 1, 2 e 3 é eqüilátero, o ângulo θ que aparece no esquema é
π/6. Considerando-se a simetria envolvida no problema temos v1 = v2 = v3. Vamos calcular a força
centrípeta do movimento orbital da estrela 1:
        FC = F13 + F12
Na direção radial:
       FC = F13 cos θ + F12 cos θ
        Mv12 GM 2 3 GM 2 3
            = 2     + 2
         R    L   2   L  2
Mas:
              3
        R=      L
             3
Logo:
        3Mv12 GM 2 3
               =
         L 3     L2
              GM
        v12 =
               L
                             GM
        v1 = v2 = v3 =
                              L

                                                  [Início]




________________________________________________________________________________________________________   22
                                       a
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  • 1. PROBLEMAS RESOLVIDOS DE FÍSICA Prof. Anderson Coser Gaudio Departamento de Física – Centro de Ciências Exatas – Universidade Federal do Espírito Santo http://www.cce.ufes.br/anderson anderson@npd.ufes.br Última atualização: 04/10/2005 14:49 H RESNICK, HALLIDAY, KRANE, FÍSICA, 4.ED., LTC, RIO DE JANEIRO, 1996. FÍSICA 2 Capítulo 16 - Gravitação Problemas 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76
  • 2. Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES Problemas Resolvidos 17. A maior velocidade de rotação possível para um planeta é aquela em que a força gravitacional sobre corpos no equador mal fornece força centrípeta necessária para rotação. (Por quê?) (a) Mostre, então, que o período de rotação mais curto correspondente é dado por 3π T= Gρ onde ρ é a densidade do planeta, supostamente homogêneo. (b) Calcule o período de rotação supondo uma densidade de 3,0 g/cm3, típica de muitos planetas, satélites e asteróides. Nunca foi encontrado um desses objetos com um período menor do que o encontrado nesta análise. (Pág. 52) Solução. Para que a matéria presente no equador possa acompanhar o movimento de rotação do planeta, é necessário que a força de atração gravitacional (F) seja igual à força centrípeta (FC) correspondente. F = FC GMm 4π 2 = mω R = m 2 R 2 R2 T 4π 2 R 3 4π R 3 3π V 3π T = 2 = = GM 3 GM M G Na expressão acima, V é o volume do planeta, supostamente esférico. Identificando V/M como a densidade do planeta, temos: 3π T= Gρ (b) T ≈ 1, 9 h [Início] 20. Duas camadas esféricas concêntricas, de densidade uniforme, tendo massas M1 e M2, estão dispostas conforme mostra a Fig. 39. Determine a força que atua sobre uma partícula de massa m quando esta está localizada em (a) r = a, (b) r = b e (c) r = c. A distância r é medida a partir do centro das camadas. (Pág. 52) Solução. ________________________________________________________________________________________________________ 2 a Resnick, Halliday, Krane - Física 2 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 16 – Gravitação
  • 3. Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES A força de atração gravitacional entre uma partícula de massa m, localizada no exterior de uma casca esférica de massa M é a mesma que ocorre entre duas partículas de massas m e M. Se a partícula estiver localizada no interior da casca, a força gravitacional sobre ela será nula (teorema da casca esférica de Newton). (a) A partícula de massa m na posição a está sujeita às forças gravitacionais devidas às duas cascas esféricas: GM 1m GM 2 m Fa = F1 + F2 = + a2 a2 Gm Fa = 2 ( M 1 + M 2 ) a (b) Na posição b, a partícula sofre atração gravitacional apenas da casca M1: GmM 1 Fb = b2 (c) Na posição c, a partícula não sofre qualquer atração gravitacional: Fc = 0 [Início] 22. Mostre que, no fundo de um poço de mina vertical de profundidade é D, o valor de g será ⎛ D⎞ g = g s ⎜1 − ⎟ , ⎝ R⎠ onde gs é o valor na superfície. Suponha que a Terra seja uma esfera uniforme de raio R. (Pág. 52) Solução. Considere o seguinte esquema da situação: g0 D g RT - D RT A aceleração da gravidade na superfície da Terra (g0) vale: GM T g0 = (1) RT2 Na Eq. (1), MT e RT são a massa e o raio da Terra, respectivamente. No fundo de um poço de profundidade D, a aceleração da gravidade (g) vale: GM g= (2) ( RT − D ) 2 Na Eq. (2), M é a massa da esfera de raio RT − D. Agora vamos aplicar a definição da densidade para a Terra e para a esfera de raio RT − D: ________________________________________________________________________________________________________ 3 a Resnick, Halliday, Krane - Física 2 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 16 – Gravitação
  • 4. Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES MT M ρ= = 4 4 π RT π ( RT − D ) 3 3 3 3 M ( R − D) 3 M = T T3 (3) RT Substituindo-se (3) em (2): M T ( RT − D ) GM T ( RT − D ) GM T ⎛ 3 G D⎞ g= = = ⎜1 − ⎟ (4) ( RT − D ) 2 3 2 2 RT RT RT RT ⎝ RT ⎠ Substituindo-se (1) em (4): ⎛ D⎞ g = g0 ⎜1 − ⎟ ⎝ RT ⎠ [Início] 23. O problema seguinte foi apresentado na “Olimpíada” da Universidade Pública de Moscou, em 1946 (veja a Fig. 40): Numa esfera de chumbo de raio R, faz-se uma cavidade esférica de tal modo que a sua superfície toca a superfície externa da esfera de chumbo e passa pelo centro desta. A massa da esfera antes que a cavidade fosse feita era M. Com que força, de acordo com a lei da gravitação universal, a esfera de chumbo irá atrair uma pequena esfera de massa m, que está à distância d do centro da esfera de chumbo, sobre uma linha reta que une os centros das esferas e da cavidade? (Pág. 52) Solução. Considere o seguinte esquema da situação: R d - R/2 m F R/2 A simetria esférica e o alinhamento dos corpos permitem a solução do problema por diferença. Ou seja, podemos calcular a força gravitacional exercida pela esfera sem a cavidade (F1) e a força ________________________________________________________________________________________________________ 4 a Resnick, Halliday, Krane - Física 2 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 16 – Gravitação
  • 5. Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES gravitacional (F2) que a cavidade exerceria caso fosse uma esfera de raio R/2, localizada a uma distância d − R/2 da massa m. Logo: F = F1 − F2 (1) O módulo de F1 vale: GMm F1 = (2) d2 Agora vamos calcular o módulo de F2. A massa M da esfera grande vale: 4 M = ρV = ρ π R 3 3 A massa M’ da esfera pequena vale: 3 4 ⎛R⎞ 4 1 M = ρ π ⎜ ⎟ = ρ π R3 ' 3 ⎝2⎠ 3 8 M M' = 8 Portanto: ⎛M ⎞ G⎜ ⎟m F2 = ⎝ ⎠ 2 = 8 1 GMm 2 (3) ⎛ R⎞ 8⎛ R⎞ ⎜ d− ⎟ ⎜ d− ⎟ ⎝ 2⎠ ⎝ 2⎠ Substituindo-se (2) e (3) em (1): ⎡ ⎤ ⎢ ⎥ GMm 1 GMm ⎢1 − 1 ⎥ F= − = GMm 2 d2 8⎛ R⎞ 2 ⎢d ⎛ R⎞ ⎥ 2 ⎜d − ⎟ ⎢ 8⎜ d − ⎟ ⎥ ⎝ 2⎠ ⎣ ⎝ 2⎠ ⎦ ⎡ ⎤ ⎢ ⎥ GMm ⎢ 1 ⎥ F= 1− d2 ⎢ ⎛ R ⎞ ⎥ 2 ⎢ 8 ⎜1 − ⎟ ⎥ ⎣ ⎝ 2d ⎠ ⎦ [Início] 29. Considere uma partícula num ponto P em algum lugar no interior de uma camada esférica material. Suponha que a camada tenha espessura e densidade uniformes. Construa um cone duplo estreito com vértice em P, interceptando as áreas dA1 e dA2, sobre a camada (Fig. 43). (a) Mostre que a força gravitacional resultante exercida sobre a partícula em P pelos elementos de massa interceptados é nula. (b) Mostre, então, que a força gravitacional resultante que a camada inteira exerce sobre uma partícula no seu interior é nula. (Este método foi imaginado por Newton.) ________________________________________________________________________________________________________ 5 a Resnick, Halliday, Krane - Física 2 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 16 – Gravitação
  • 6. Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES (Pág. 53) Solução. Considere o seguinte esquema da situação: dA1 dA1 α dA1n dA1n α r1 r1 dΩ dΩ (a) Para um cone definido pelo ângulo sólido dΩ e cuja altura é r1, a área da base (dA1n) é dada por: dA1n = r12 d Ω (1) Para um segundo cone que partilha do mesmo ângulo sólido com o primeiro cone temos: dA2 n = r22 d Ω (2) O elemento de área dA1 (superfície da camada esférica) faz um ângulo α com o elemento de área dA1n (o ângulo entre dA2 e dA2n também é α). Logo: dA1n = dA1 cos α (3) dA2 n = dA2 cos α (4) Igualando-se (1) e (3): r12 d Ω dA1 = (5) cos α Igualando-se (2) e (4): r22 d Ω dA2 = (6) cos α Seja σ a densidade superficial da camada esférica: dm1 = σ dA1 (7) dm2 = σ dA2 (8) Substituindo-se (5) em (7): ________________________________________________________________________________________________________ 6 a Resnick, Halliday, Krane - Física 2 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 16 – Gravitação
  • 7. Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES σ r12 d Ω dm1 = (9) cos α Substituindo-se (6) em (8): σ r22 d Ω dm2 = (10) cos α A razão entre as forças gravitacionais exercidas pelas camadas superficiais dA1 e dA2 sobre uma partícula de massa m localizada em P vale: Gmdm1 dF1 r12 = (11) dF2 Gmdm2 r22 Substituindo-se (9) e (10) em (11): dF1 Gmσ r12 d Ω cos α r22 = =1 dF2 cos α r12 Gmσ r22 d Ω dF1 = dF2 [Início] 33. Um foguete é acelerado até a velocidade v = 2[gRT]1/2, perto da superfície da Terra e, então, segue para cima. (a) Mostre que ele escapará da Terra. (b) Mostre que, muito longe da Terra, sua velocidade é V = [2gRT]1/2. (Pág. 54) Solução. (a) Nas proximidades da superfície da Terra a aceleração da gravidade vale (ver Problema 22): GM T g= (1) RT2 Substituindo-se este valor na expressão da velocidade inicial do foguete fornecida no enunciado: 1/ 2 ⎡⎛ GM ⎞ ⎤ v = 2 ⎢⎜ 2 T ⎟ RT ⎥ ⎣⎝ RT ⎠ ⎦ 1/ 2 ⎛ GM T ⎞ v = 2⎜ ⎟ (2) ⎝ RT ⎠ A velocidade mínima de escape (vesc)da Terra vale: 1/ 2 ⎛ GM T ⎞ vesc =⎜ ⎟ ⎝ RT ⎠ Logo: v = 2vesc Portanto o foguete não mais retornará à Terra. (b) Aplicando-se o princípio da conservação da energia mecânica à superfície da Terra e ao infinito, teremos: ET = E∞ ________________________________________________________________________________________________________ 7 a Resnick, Halliday, Krane - Física 2 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 16 – Gravitação
  • 8. Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES KT + U T = K ∞ + U ∞ 1 2 GM T m 1 mv − = mV 2 + 0 2 RT 2 2GM T V 2 = v2 − (3) RT Substituindo-se (2) em (3): 4GM T 2GM T 2GM T 2GM T V2 = − = = RT (4) RT RT RT RT2 Substituindo-se (1) em (4): V = ( 2 gRT ) 1/ 2 [Início] 36. Um projétil é atirado verticalmente da superfície da Terra, com uma velocidade inicial de 9,42 km/s. Desprezando o atrito com o ar, a que altura acima da superfície terrestre ele chegará? (Pág. 54) Solução. Considere o seguinte esquema da situação: h mT mP v0 v=0 RT Pode-se resolver este problema por meio da aplicação do princípio da conservação da energia mecânica, onde os índices P e T referem-se ao projétil e à Terra, respectivamente: E0 = E K P 0 + KT 0 + U TP 0 = K P + KT + U TP 1 GmT mP GmT mP mP v0 + 0 − 2 = 0+0− 2 RT RT + h 2 GmT GmT v0 = − RT + h RT 2 1 1 v2 = − 0 RT + h RT 2GmT 1 h= − RT = 1,54879 m ⎛ 1 v2 ⎞ ⎜ − 0 ⎟ ⎝ RT 2GmT ⎠ h ≈ 1,55 m [Início] ________________________________________________________________________________________________________ 8 a Resnick, Halliday, Krane - Física 2 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 16 – Gravitação
  • 9. Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES 41. Duas estrelas de nêutrons estão separadas pela distância centro-a-centro de 93,4 km. Cada uma tem massa de 1,56 × 1030 kg e raio de 12,6 km. Elas estão inicialmente em repouso, uma em relação à outra. (a) A que velocidade elas estarão se movendo quando a separação entre elas houver diminuído até a metade do seu valor inicial? (b) A que velocidade elas estarão se movendo pouco antes de colidirem? Ignore efeitos relativísticos. (Pág. 54) Solução. Considere o seguinte esquema da situação: M M v0 = 0 v0 = 0 R R A d v1 -v1 B d/2 v2 -v2 C 2R (a) Aplicando-se o princípio da conservação da energia mecânica aos estados A e B: E A = EB U A + K A = UB + KB GM 2 GM 2 ⎛1 ⎞ − +0= − + 2 ⎜ Mv12 ⎟ d d ⎝2 ⎠ 2 2GM GM v12 = − d d GM v1 = = 3,3377 × 107 m/s d v1 ≈ 33, 4 × 103 km/s ≈ 0,11 c (b) Aplicando-se o princípio da conservação da energia mecânica aos estados A e C: E A = EB GM 2 GM 2 ⎛1 2⎞ − +0= − + 2 ⎜ Mv2 ⎟ d 2R ⎝2 ⎠ ________________________________________________________________________________________________________ 9 a Resnick, Halliday, Krane - Física 2 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 16 – Gravitação
  • 10. Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ⎛ 1 1⎞ v2 = GM ⎜ − ⎟ = 5, 4909 ×107 m/s ⎝ 2R d ⎠ v2 ≈ 54,9 × 103 km/s ≈ 0,18 c [Início] 42. Diversos planetas (os gigantes gasosos Júpiter, Saturno, Urano e Netuno) possuem anéis aproximadamente circulares em torno de si, provavelmente constituídos de material que não conseguiu formar um satélite. Além disso, muitas galáxias contém estruturas semelhantes a anéis. Considere um anel homogêneo de massa M e raio R. (a) Encontre uma expressão para a força gravitacional exercida pelo anel sobre uma partícula de massa m localizada à distância x do centro do anel, ao longo do seu eixo? Veja a Fig. 45. (b) Suponha que a partícula caia a partir do repouso, como resultado da atração do anel. Encontre uma expressão para a velocidade com que ela passa através do centro do anel. (Pág. 54) Solução. (a) Considere o seguinte esquema da situação: Rdθ dM dθ R dF dF y α x dF x dF z y z x O elemento de massa dM exerce uma força dF sobre a massa m. Esta força vale: dF = dFx i + dFy j + dFz k A força total F que o anel exerce sobre m é a integral de dF: F = ∫ dF = ∫ dFx i + ∫ dFy j + ∫ dFz k A simetria envolvida na situação indica que as integrais em j e k serão nulas devido à distribuição simétrica de pares de elementos dM nas coordenadas positiva e negativa dos eixos y e z. Logo: F = ∫ dFx i = ∫ dF cos α i Como estamos interessados apenas no módulo da força: ________________________________________________________________________________________________________ 10 a Resnick, Halliday, Krane - Física 2 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 16 – Gravitação
  • 11. Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES F = ∫ dF cos α ⎛ GmdM ⎞ x Gmx F = ∫⎜ 2 2 ⎟ =∫ dM (1) ⎝ R + x ⎠ ( R2 + x2 ) ( R2 + x2 ) 1/ 2 3/ 2 A expressão do elemento dM pode ser extraída da definição da densidade linear de massa do anel: M dM ρ= = 2π R Rdθ Mdθ dM = (2) 2π Substituindo-se (2) em (1): Gmx Mdθ GMmx 2π F =∫ = 3/ 2 ∫0 dθ ( R 2 + x 2 ) 2π 2π ( R 2 + x 2 ) 3/ 2 GMmx F= (R + x2 ) 2 3/ 2 Para pontos onde x >> R, esta expressão se reduz a: GMmx GMmx GMm F≈ = = ( x2 ) 3/ 2 x3 x2 Que corresponde à força gravitacional entre duas massas pontuais m e M. Para x = 0 (centro do anel), a força é zero devido à simetria da distribuição de massa em torno de m (o numerador da expressão de F é nulo). (b) A energia potencial da massa m à distância ortogonal x ao centro do anel (Ux) vale: GmdM U x = ∫ dU x = − ∫ (3) ( R2 + x2 ) 1/ 2 Substituindo-se (2) em (3): Gm Mdθ GMm 2θ GMm U x = −∫ =− ∫ dθ = − (4) ( R 2 + x 2 ) 2π 2π ( R 2 + x 2 ) (R + x2 ) 1/ 2 1/ 2 0 2 1/ 2 Aplicando-se o princípio da conservação da energia mecânica aos pontos localizados em x (Ex) e no centro do anel (Ec): Ex = Ec K x + U x = Kc + U c GMm 1 2 GMm 0− = mvc − (R 2 +x ) 2 1/ 2 2 R 2GM 2GM = vc2 − (R 2 +x ) 2 1/ 2 R ⎡ ⎤ vc = 2GM ⎢1 − 1 ⎥ ⎢ R ( R 2 + x 2 )1/ 2 ⎥ ⎣ ⎦ ________________________________________________________________________________________________________ 11 a Resnick, Halliday, Krane - Física 2 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 16 – Gravitação
  • 12. Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES [Início] 43. Duas partículas de massas m e M estão inicialmente em repouso a uma distância infinita uma da outra. Mostre que, em cada instante, a sua velocidade de aproximação relativa, devido à atração gravitacional, é [2G(M + m)/d]1/2, onde d é a separação entre elas em cada instante. (Pág. 54) Solução. Considere o seguinte esquema da situação: m v V M x d A velocidade relativa das partículas (vrel) quando separadas pela distância d é dada pela diferença de suas velocidades nessas posições: vrel = v1 − v2 = v − ( −V ) vrel = v +V (1) Precisamos calcular v e V para determinar a velocidade relativa à distância d. Seja E0 a energia mecânica inicial do sistema e E(d) a energia mecânica em função da distância de separação d dos corpos. Admitindo-se que o sistema é conservativo, a energia mecânica do sistema não varia: E0 = E(d ) U 0 + K0 = U (d ) + K(d ) GMm 1 1 0+0 = − + MV 2 + mv 2 d 2 2 2GMm MV 2 + mv 2 = (2) d Aplicando-se a conservação do momento linear: P0 = P(d ) p M 0 + pm 0 = p M ( d ) + p m ( d ) 0 + 0 = mv + MV m V =− v (3) M M v=− V (4) m Substituindo-se (3) em (2): 2 ⎛ m ⎞ 2GMm M ⎜ − v ⎟ + mv 2 = ⎝ M ⎠ d m 2 2 2GM v +v = M d 2GM 2 v2 = (5) (m + M ) d Substituindo-se (4) em (2), obtemos: ________________________________________________________________________________________________________ 12 a Resnick, Halliday, Krane - Física 2 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 16 – Gravitação
  • 13. Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES 2Gm 2 V2 = (6) (m + M ) d Substituindo-se (5) e (6) em (1): vrel = 2GM 2 (m + M ) d + 2Gm 2 (m + M ) d = 2G (m + M ) d ( M 2 + m2 ) 2G vrel = ( M + m) (m + M ) d 2G ( m + M ) vrel = d [Início] 50. Considere dois satélites A e B, ambos de massa m, movendo-se na mesma órbita circular de raio r, em torno da Terra T, mas em sentidos de revolução opostos, e, portanto, em rota de colisão (veja a Fig. 47). (a) Em termos de G, MT, m e r, determine a energia mecânica total do sistema constituído pelos dois satélites mais a Terra, antes da colisão. (b) Se a colisão for completamente inelástica, de modo que os destroços permaneçam como uma única peça de material retorcido, determine a energia mecânica total imediatamente após a colisão. (c) Descreva o movimento subseqüente dos destroços. (Pág. 55) Solução. (a) Considere o seguinte esquema da situação: vA vB d θ r r Terra A energia mecânica total é a soma das energias mecânicas dos satélites A e B: ET = E A + EB = K A + U AT + K B + U BT + U AB GmM T GmM T GmM T GmM T Gmm ET = − + − − 2r r 2r r d (θ ) O termo UAB é desprezível, pois Gmm << GmMT. Logo: ________________________________________________________________________________________________________ 13 a Resnick, Halliday, Krane - Física 2 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 16 – Gravitação
  • 14. Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES GmM T ET = − r (b) A colisão entre os satélites é completamente inelástica. Aplicando-se o princípio da conservação do momento linear aos instantes imediatamente antes (Pi) e imediatamente após o impacto (Pf), teremos: Pi = Pf mvAi + mvBi = mvAf + mvBf = ( m + m ) v f = 2mv f No instante imediatamente anterior à colisão temos vA = −vB. Logo: B vf = 0 Portanto, o corpo resultante da colisão, cuja massa é 2m, somente possuirá energia potencial gravitacional: 2GmM T ET = − r (c) Como os destroços não possuem velocidade tangencial (orbital), cairão verticalmente para o solo. [Início] 51. O centro do Sol está em um dos focos da órbita da Terra. A que distância ele se encontra do outro foco? Expresse sua resposta em termos do raio do Sol RS = 6,96 × 108 m. A excentricidade da órbita da Terra é 0,0167 e o semi-eixo maior mede 1,50 × 1011 m. (Pág. 55) Solução. Considere o seguinte esquema da situação: ea Sol d a De acordo com o esquema acima, a distância procurada vale: d = 2ea = 5, 01× 109 m Em termos de raios solares (RS), a distância entre os focos da órbita elíptica da Terra vale: d 5, 01×109 m = = 7,198 RS 1,50 ×1011 m d ≈ 7, 2 RS [Início] ________________________________________________________________________________________________________ 14 a Resnick, Halliday, Krane - Física 2 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 16 – Gravitação
  • 15. Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES 52. Use a conservação da energia e a Eq. 27 para a energia total e demonstre que a velocidade v de um objeto numa órbita elíptica satisfaz a relação ⎛2 1⎞ v 2 = GM ⎜ − ⎟ . ⎝r a⎠ (Pág. 55) Solução. A Eq. 27 citada no enunciado é a energia mecânica total de um objeto de massa m em órbita circular em torno da Terra (massa M), em que r é o raio da órbita: GMm E=− (27) 2r No caso de órbitas elípticas, vale a relação em que a é o comprimento do semi-eixo maior da trajetória elíptica: GMm E=− 2a A energia mecânica do sistema é dada por: E = K +U GMm 1 2 GMm − = mv − 2a 2 r GM 2GM − = v2 − a r 2GM GM v2 = − r a ⎛2 1⎞ v = GM ⎜ − ⎟ ⎝r a⎠ [Início] 53. Um cometa move-se em uma órbita de excentricidade igual a 0,880 e tem velocidade de 3,72 km/s quando está o mais distante possível do Sol. Determine a sua velocidade quando estiver no ponto mais próximo do Sol. (Pág. 55) Solução. Considere o seguinte esquema da situação: RP RA ea vA y vP Sol z x a a ________________________________________________________________________________________________________ 15 a Resnick, Halliday, Krane - Física 2 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 16 – Gravitação
  • 16. Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES Sejam RP o vetor posição do cometa no periélio e RA no afélio, em relação ao Sol, e pP e pA os momentos lineares do cometa no periélio e afélio, respectivamente. Vamos aplicar a conservação do momento angular do cometa no periélio (lP) e no afélio (lA), considerando-se o Sol em repouso: lP = lA R P × pP = R A × pA Na coordenada z: RP MvP = RA MvA RA vP = vA (1) RP Observando-se o esquema, podemos perceber as seguintes relações, onde a é o raio maior da órbita elíptica do cometa e e a excentricidade da órbita: RA = a + ea = a (1 + e ) (2) RP = a − ea = a (1 − e ) (3) Substituindo-se (2) e (3) em (1): a (1 + e ) vP = v A = 58, 28 km/s a (1 − e ) vP ≈ 58,3 km/s [Início] 61. Um determinado sistema triplo de estrelas consiste em duas estrelas, cada uma de massa m, que giram em torno de uma estrela central de massa M, na mesma órbita circular. As duas estrelas situam-se nos extremos opostos de um diâmetro da órbita circular; veja a Fig. 49. Deduza uma expressão para o período de revolução das estrelas; o raio da órbita é r. (Pág. 55) Solução. Considere o seguinte esquema da situação: ________________________________________________________________________________________________________ 16 a Resnick, Halliday, Krane - Física 2 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 16 – Gravitação
  • 17. Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES -v m M r Fmm m Fmm v A força centrípeta do movimento orbital de cada massa m é igual à resultante das forças gravitacionais que agem sobre cada uma: ∑F = F C Na coordenada radial: mv 2 FMm + Fmm = r GMm Gmm mω 2 r 2 + = r2 4r 2 r G⎛ m ⎞ 4π 2 ⎜M + ⎟ = 2 r r2 ⎝ 4⎠ T 4π r 3/ 2 T= G ( 4M + m ) Pode-se notar que se fizermos m = 0, a expressão final igualar-se-á à terceira lei de Kepler: 4π 2 r 3 T2 = GM [Início] 64. Um sistema de estrelas binárias consiste em duas estrelas, cada uma com massa igual à do Sol, que giram em torno do seu centro de massa. A distância entre elas é igual à distância entre a Terra e o Sol. Qual é o seu período de revolução, em anos? (Pág. 56) Solução. Considere o seguinte esquema da situação: ________________________________________________________________________________________________________ 17 a Resnick, Halliday, Krane - Física 2 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 16 – Gravitação
  • 18. Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES -v M -Fg CM d M Fg v A força centrípeta (Fc) do movimento orbital das estrelas em torno do centro de massa do sistema é a força gravitacional (Fg) que uma estrela exerce sobre a outra: Fc = Fg GM 2 Mω2R = d2 4π 2 d GM = 2 T2 2 d 2π 2 d 3 T= = 2, 24033 × 107 s GM T ≈ 259 dias [Início] 68. A órbita da Terra em torno do Sol é quase circular. As distâncias maior e menor são 1,47 × 108 km e 1,52 × 108 km, respectivamente. Determine as variações máximas (a) na energia potencial, (b) na energia cinética, (c) na energia total, e (d) na velocidade orbital resultantes da variação na distância Terra-Sol, no curso de um ano. (Sugestão: Aplique a conservação da energia e do momento angular.) (Pág. 56) Solução. Considere o seguinte esquema da situação: rp ra rp ra va vp Sol a ________________________________________________________________________________________________________ 18 a Resnick, Halliday, Krane - Física 2 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 16 – Gravitação
  • 19. Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES (a) Seja Up a energia potencial do sistema Terra-Sol no periélio (ponto de maior proximidade entre Sol e Terra) e Ua a energia potencial no afélio (ponto de maior afastamento). A variação da energia potencial entre o periélio e o afélio (ΔU) vale: GM T M S ⎛ GM T M S ⎞ ΔU = U a − U p = − −⎜− ⎟ ra ⎜ rp ⎟ ⎝ ⎠ ⎛1 1⎞ ΔU = GM T M S ⎜ − ⎟ = 1, 776 × 1032 J ⎜r r ⎟ ⎝ p a⎠ ΔU ≈ 1, 78 ×1032 J (b) Num sistema conservativo, como o sistema Terra-Sol, vale a seguinte relação: ΔK + ΔU = 0 ΔK = −ΔU ΔK ≈ −1, 78 ×1032 J (c) A energia mecânica do sistema Terra-Sol vale: GM S M T E=− 2a Nesta expressão, a é o comprimento do semi-eixo maior da trajetória elíptica. Como o sistema Terra-Sol é conservativo, não há variação em sua energia mecânica. ΔE = 0 (d) No periélio, a Terra apresenta sua maior velocidade orbital devido à proximidade máxima do Sol. No afélio ocorre o inverso, com a Terra em sua menor velocidade orbital. A variação na velocidade orbital entre o periélio e o afélio vale: Δ v = va − v p (1) Para determinar va e vp vamos utilizar a variação da energia cinética: 1 1 ΔK = K a − K p = M T va − M T v 2 2 p 2 2 2 ΔK va − v 2 = 2 p (2) MT Agora vamos aplicar o princípio da conservação do momento angular: La = L p ra × p a = rp × p p π π ra pa sen = rp p p sen 2 2 ra M T va = rp M T v p rp v p va = (3) ra Substituindo-se (3) em (2): 2 ⎛ rp v p ⎞ 2ΔK ⎟ − vp = 2 ⎜ ⎝ ra ⎠ MT ________________________________________________________________________________________________________ 19 a Resnick, Halliday, Krane - Física 2 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 16 – Gravitação
  • 20. Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ⎛ rp2 ⎞ 2 2ΔK ⎜ 2 − 1⎟ v p = ⎜r ⎟ ⎝ a ⎠ MT ⎛ r 2 ⎞ 2ΔK vp = ⎜ 2 a 2 ⎟ = 30.297 m/s ⎜ r −r ⎟ M ⎝ p a ⎠ T Substituindo-se o valor de vp em (3): va = 29.301 m/s Agora podemos resolver (1): Δv ≈ −996 m/s [Início] 69. Suponha que um satélite de comunicações geossíncrono esteja em órbita na longitude de Chicago. Você está em Chicago e deseja captar os seus sinais. Em que direção você deveria apontar o eixo da sua antena parabólica? A latitude de Chicago é 47,5o. (Pág. 56) Solução. Considere o seguinte esquema da situação: Terra Chicago MT RT x φ θ α m Equador R0 Fg Eixo de rotação Neste esquema, φ é o ângulo de visada, acima do horizonte, que deve ser utilizado para direcionar a antena. Em primeiro lugar vamos determinar o raio orbital do satélite (RO) por meio da força centrípeta (força gravitacional) que age sobre o satélite: mv 2 F= RO GM T m mω 2 RO 2 2 = RO RO GM T 4π 2 3 = 2 RO T 1/ 3 ⎛ GM T T 2 ⎞ RO = ⎜ ⎟ = 42.250.474,31 m ⎝ 4π 2 ⎠ ________________________________________________________________________________________________________ 20 a Resnick, Halliday, Krane - Física 2 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 16 – Gravitação
  • 21. Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES Análise do ângulo α: ⎛π ⎞ α = π −θ − ⎜ + φ ⎟ ⎝2 ⎠ π α = −θ −φ (1) 2 Observando-se o esquema, podemos notar que: ⎛π ⎞ sen ⎜ + φ ⎟ sen α ⎝2 ⎠ = (2) RT RO Substituindo-se (1) em (2): ⎛π ⎞ ⎛π ⎞ sen ⎜ − θ − φ ⎟ sen ⎜ + φ ⎟ ⎝2 ⎠= ⎝2 ⎠ RT RO cos (θ + φ ) cos φ = RT RO cos θ cos φ − sen θ sen φ RT = cos φ RO RT cos θ − sen θ tan φ = RO ⎛ RT ⎞ φ = tan −1 ⎜ cot θ − ⎟ = 35, 444 ⎝ RO sen θ ⎠ φ ≈ 35, 4 A antena deverá ser apontada para 35,4o acima do horizonte, na direção sul. [Início] 72. Um satélite meteorológico está em órbita geossíncrona, pairando sobre Nairobi, que está situada bem perto do equador. Se o raio da sua órbita for aumentado em 1,00 km, a que velocidade e em que direção o seu ponto de referência, que estava inicialmente estacionário, irá se mover sobre a superfície da Terra? (Pág. 56) Solução. [Início] 73. Três estrelas idênticas, de massa M, estão localizadas nos vértices de um triângulo eqüilátero de lado L. A que velocidade elas devem se mover, preservando o triângulo eqüilátero, sabendo-se que todas elas giram sob a influência gravitacional umas das outras, numa órbita circular circunscrita? (Pág. 56) Solução. ________________________________________________________________________________________________________ 21 a Resnick, Halliday, Krane - Física 2 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 16 – Gravitação
  • 22. Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES Considere o seguinte esquema da situação: M v3 L L FC CM F31 v1 M L M F21 v2 Como o triângulo formado pelas estrelas 1, 2 e 3 é eqüilátero, o ângulo θ que aparece no esquema é π/6. Considerando-se a simetria envolvida no problema temos v1 = v2 = v3. Vamos calcular a força centrípeta do movimento orbital da estrela 1: FC = F13 + F12 Na direção radial: FC = F13 cos θ + F12 cos θ Mv12 GM 2 3 GM 2 3 = 2 + 2 R L 2 L 2 Mas: 3 R= L 3 Logo: 3Mv12 GM 2 3 = L 3 L2 GM v12 = L GM v1 = v2 = v3 = L [Início] ________________________________________________________________________________________________________ 22 a Resnick, Halliday, Krane - Física 2 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 16 – Gravitação