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Leitura Obrigatória

ACAFE 2012




                      Maria Cristina A. Biagio
Obras literárias Vestibular de
    Verão 2012
 Inocência, de Visconde de Taunay;
O Pagador de Promessas, de Dias Gomes;
A Cidade Ilhada, de Milton Hatoum;
 Jorge, um brasileiro, de Oswaldo França
 Júnior;
 AMRIK, de Ana Miranda.

                                   Maria Cristina A. Biagio
Inocência – Período: Romantismo
– Romance Regionalista
Personagem Central: Inocência –
 Protagonista.
Foco Narrativo: 3ª Pessoa. Embora haja
 partes em 1ª pessoa – relato das falas
 das personagens.
Local: Sertão de Santana do Parnaíba
 (Mato Grosso).
Autor: Visconde de Taunay.
                               Maria Cristina A. Biagio
Personagens:
Inocência:                               Moça
 jovem, simples, bonita, humilde. Perdeu a mãe
 quando criança e vivia em companhia do pai –
 quase não saía de casa, pois assim era o
 costume da época.
É a verdadeira “filha dos sertões”.
Educada para ser dona de casa e mãe – não
 sabia nem ler nem escrever
           (Sociedade patriarcal)
É apresentada           de várias maneiras:
burra, ingênua, escrava, submissa.
                                   Maria Cristina A. Biagio
Cirino – Prático de farmácia – considerava-
 se médico, embora não tivesse licença para
 medicar. Nasceu em São Paulo.
É um homem jovem – 25 anos – anda pelo
 sertão distribuindo suas ervas. Apaixona-se
 por Inocência e morre em nome do amor.

Manecão – é o anti-herói, o vilão da história.
 É o homem rude, macho, grosseiro, que em
 nome da honra – mata Cirino de forma
 covarde e cruel.
                                      Maria Cristina A. Biagio
Tico – é o anão, apesar de mudo é ele
 quem se transforma no grande fofoqueiro
 da história. Tem a função de vigiar
 Inocência.

Meyer – é o elemento estrangeiro –
 viajante alemão que está no Brasil à
 procura de insetos raros. É admirado por
 Pereira que lhe tem confiança, devido à
 carta de apresentação que trouxe do irmão
 de Pereira. Encanta-se com a beleza de
 Inocência e lhe faz uma grande
 homenagem, batizando com o seu nome
 uma borboleta rara que encontrou.

                                 Maria Cristina A. Biagio
Maria Conga – Escrava de Pereira – era
 responsável pelos cuidados com a casa.

Antônio Cesário: Padrinho de Inocência.
 Como prestou favores ao Pai de
 Inocência, poderia interceder por ela, mas
 não houve tempo.

Pereira: pai de Inocência – um homem
 autoritário, preferia ver a filha morta a ter de
 desmanchar o compromisso assumido com
 Manecão. Representa o sertanejo bruto do
 Sertão Brasileiro.
                                        Maria Cristina A. Biagio
 Jorge, um brasileiro, de Oswaldo França Júnior.

 Literatura contemporânea – Gênero narrativo – romance
  rodoviário.
 Publicado em 1967.
 Personagem central: Jorge (Narrador)
 Foco narrativo: 1ª pessoa.
 Espaço: várias cidades do Brasil (Belo Horizonte, Governador
  Valadares, Caratinga, Ipatinga, Timóteo, Ponte Alta, entre outras.
 Cita outros lugares: Brasília, Ilha do Bananal, Cuiabá, Jequié-Ba....
 Enredo: Circular – Termina no mesmo ponto que começou.
 Linguagem: Coloquial – uso abundante de conjunções
  aditivas, pronomes relativos e conjunções subordinativas.
 Locutor: O próprio leitor, ou um interlocutor a quem ele conta a sua
  história.

 Temas abordados: as estradas brasileiras, a construção de
  Brasília, a relação entre patrões e funcionários, o capitalismo – a
  sociedade vê, no lucro, seu principal fim.
                                                          Maria Cristina A. Biagio
Personagens:
Jorge: protagonista – é um caminhoneiro
 humilde de homem de confiança do patrão.
 Responsável, trabalhador e muito
 determinado. Durante a narrativa, passa por
 um processo de transformação – que
 chamamos de metamorfose.
Senhor Mário: Patrão de Jorge – marido de
 dona Helena a quem trai descaradamente.
Sandra: namorada de Jorge.
Caminhoneiros:
 Fábio, Murta, Toledo, Téo, Luís, Antônio, Oliv
 eira, Lauro.                      Maria Cristina A. Biagio
Altair: Ex-caminhoneiro e amigo de Jorge.
Rui: contador do Sr. Mário de quem Jorge
 tem horror.

Destino da Carga: Bahia – Belo
 Horizonte.

Os Caminhões ficam presos em Caratinga.

Problema: Chuva – Estradas interditadas –
 pontes derrubadas.
                                  Maria Cristina A. Biagio
Jorge, em tom coloquial, conta suas
 aventuras pelas estradas brasileiras.
Jorge não é apenas Jorge, mas um
 brasileiro, que ao andar pelas estradas
 do país descobre a miséria, a
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 ambição, o desprezo.
Dedicou grande parte de sua vida ao
 patrão – o patrão enriqueceu e ele não
 tinha sequer um lar, uma família. Sua
 vida era a estrada e os caminhões do
 patrão.
                                   Maria Cristina A. Biagio
O Jorge, do final do romance, não é o
                             Maria Cristina A. Biagio


 mesmo Jorge do início. Ele não volta ao
 ponto de partida, na realidade, o Jorge
 que volta é outro – transformado. Embora
 não tenha cumprido sua missão no prazo
 determinado, não por incapacidade
 sua, mas por barreiras da natureza, ele
 se sente livre da opressão e num gesto
 de extrema liberdade, beija a mulher do
 patrão ( o que é uma forma de vingança
 pelo desprezo com que foi tratado pelo
 Sr. Mário).
Considerações Importantes:

“Jorge não é apenas Jorge, mas
 também um brasileiro. Brasileiros são
 os espaços, as estradas, as
 árvores,      as     cidades,      os
 restaurantes,    as   comidas,     as
 palavras! Como fluem as palavras. E
 como são brasileiras as palavras.” (
 Antônio Olinto)

                              Maria Cristina A. Biagio
AMRIK, de Ana Miranda
             No final do século XIX, muitos cristãos
             libaneses pobres emigraram para a
             América - Amrik, em libanês. Mas
             nada era simples. "Os libaneses
             saíam do Líbano, pensavam que
             estavam indo para a América do Norte
             [...] e desembarcavam na América do
             Sul. Quando iam reclamar que
             estavam na América errada, o estafeta
             dizia: 'Tudo é América!' " A São Paulo
             do final do século passado retratada
             pelos olhos de uma dessas imigrantes
             - a bela Amina, dançarina "dona de um
             narizinho de serpent of the Nile" -, na
             prosa de uma de nossas mais
             talentosas escritoras.
                                 Maria Cristina A. Biagio
Amrik, de Ana Miranda

Escola Literária: Literatura contemporânea
Ano de Publicação: 1997
Gênero narrativo – Romance.
Tema: Imigração árabe no Brasil.
Palavras-chave: Imigração - Displaced Person
 (sem lugar) – Preconceito.
Espaço: Uma parte na Líbia (memória) , outra na
 América do Norte (Amina) e outra no Brasil – São
 Paulo
Foco Narrativo: 1ª pessoa ( Amina conta sua
 história)
Final: Aberto (Qual seria a resposta de Amina ao tio
 Naim?)
                                          Maria Cristina A. Biagio
 Enredo: Não-linear ( circular) A narrativa inicia e termina no
  Jardim da Luz, em São Paulo, com o tio Naim Cristina A. Biagio
                                                Maria perguntando à

  sobrinha se ela aceita se casar com o mascate Abraão.

 Linguagem: A linguagem é extremamente contemporânea –
  não respeita a pontuação tradicional – o que para alguns
  dificulta o entendimento. Um ponto positivo é que o livro é
  divido em partes – não em capítulos, mas cada parte recebe
  um título.

 Há      palavras de origem árabe em várias partes do
  livro, assim como o registro da cultura libanesa.

 Uso de figuras         de   linguagem,     principalmente     de
  onomatopeias.
Personagens:
 Amina Salum: é a protagonista desta história. Ela vive em busca
                                               Maria Cristina A. Biagio

  da liberdade. Desconhece o que aconteceu com sua mãe – a
  família se recusa a lhe contar. O passado é uma ferida aberta em
  seu coração.

 Foi a escolhida entre vários irmãos a acompanhar o tio Naim –
 provavelmente, por sua condição de mulher.

 Nos Estados Unidos vive só – recebe as cartas de tio Naim – pois
 foram separados – ela ficou na América do Norte e ele foi enviado
 para a América do Sul. Amina, ao ler as cartas do tio, sente que o
 Brasil é um lugar melhor do que os Estados Unidos – decide partir
 para São Paulo.

 Apaixona-se por Chafic, envolve-se em muitas confusões, como o
 caso do mascate, que abandona a noiva por ter se apaixonado por
 Amina. É acusada de ter sido a causa do suicídio da noiva.
Naim Salun: Tio de Amina. É obrigado a fugir de seu
país, caso contrário, seria um homem morto.Cristina A. Biagio e
                                         Maria
                                               Escritor
poeta, perdeu a visão na guerra contra os turcos e os
muçulmanos.

Tem verdadeira admiração por Amina. “Tio Naim me via
sem ver meu rosto sem ver meu corpo me via verdadeira
me via através de minha alma ou meu perfume me ouvia
falar e via mais fundo minha cara parecia de ferro
ninguém podia entrar, meu pai disse que fui feita de fogo
para incendiar e destruir os homens como todas as
mulheres menos a mãe dele. Como me vê tio Naim?
(Miranda, 2011, p. 55).

Tio Naim, embora cego, era o único capaz de enxergar
Amina exatamente como ela era. Era seu anjo da
guarda, seu amigo e protetor.
 Considerações:
 Ao contrário do que ocorre nos relatos de viagem
  tradicionais, o tempo não é registrado, mas se sentir nas
  transformações que a personagem sofre, de menina a
  mulher, ao longo do romance.
 O dado histórico é incorporado à
  ficção, principalmente, no relato da passagem por
  Beirute, na imagem da multidão amontoada no porto.
 Quando Amina deixa para trás sua casa, a avó lhe dá
  seus tesouros: um tamborzinho de mão, os címbalos e o
  pandeiro, herança que selaria o seu destino.
 A avó de Amina, Farida, representa o símbolo da
  transgressão, uma vez que lhe ensina a dançar às
  escondidas, ensina-lhe também as tradições ancestrais:
  as danças, a culinária, as lendas, o repertório da memória
  coletiva de seu povo passado de geração a geração.
                                               Maria Cristina A. Biagio
Ana Miranda, para compor a personagem
Amina, inspirou-se em Raquel
Naveira, Leila Mohamed Y. Kuczynsky e
também em Samia Zadi, além de cartas da
viajante inglesa Elisabeth M. Anderson que
esteve no Líbano em 1886.




                                   Maria Cristina A. Biagio
Queridos alunos... 301 e 302

Creio que o Pagador de Promessas todos vão se lembrar –
afinal, vocês já leram e foi a Peça que apresentamos.

A Cidade Ilhada também – foi o último livro lido.

Caso tenham alguma dúvida, é só me enviar por e-mail.

 Beijo no coração.

            Boa Prova!!!!


                                                    Maria Cristina A. Biagio

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Obras Literárias do Vestibular de Verão 2012

  • 1. Leitura Obrigatória ACAFE 2012 Maria Cristina A. Biagio
  • 2. Obras literárias Vestibular de Verão 2012  Inocência, de Visconde de Taunay; O Pagador de Promessas, de Dias Gomes; A Cidade Ilhada, de Milton Hatoum;  Jorge, um brasileiro, de Oswaldo França Júnior;  AMRIK, de Ana Miranda. Maria Cristina A. Biagio
  • 3.
  • 4. Inocência – Período: Romantismo – Romance Regionalista Personagem Central: Inocência – Protagonista. Foco Narrativo: 3ª Pessoa. Embora haja partes em 1ª pessoa – relato das falas das personagens. Local: Sertão de Santana do Parnaíba (Mato Grosso). Autor: Visconde de Taunay. Maria Cristina A. Biagio
  • 5. Personagens: Inocência: Moça jovem, simples, bonita, humilde. Perdeu a mãe quando criança e vivia em companhia do pai – quase não saía de casa, pois assim era o costume da época. É a verdadeira “filha dos sertões”. Educada para ser dona de casa e mãe – não sabia nem ler nem escrever (Sociedade patriarcal) É apresentada de várias maneiras: burra, ingênua, escrava, submissa. Maria Cristina A. Biagio
  • 6. Cirino – Prático de farmácia – considerava- se médico, embora não tivesse licença para medicar. Nasceu em São Paulo. É um homem jovem – 25 anos – anda pelo sertão distribuindo suas ervas. Apaixona-se por Inocência e morre em nome do amor. Manecão – é o anti-herói, o vilão da história. É o homem rude, macho, grosseiro, que em nome da honra – mata Cirino de forma covarde e cruel. Maria Cristina A. Biagio
  • 7. Tico – é o anão, apesar de mudo é ele quem se transforma no grande fofoqueiro da história. Tem a função de vigiar Inocência. Meyer – é o elemento estrangeiro – viajante alemão que está no Brasil à procura de insetos raros. É admirado por Pereira que lhe tem confiança, devido à carta de apresentação que trouxe do irmão de Pereira. Encanta-se com a beleza de Inocência e lhe faz uma grande homenagem, batizando com o seu nome uma borboleta rara que encontrou. Maria Cristina A. Biagio
  • 8. Maria Conga – Escrava de Pereira – era responsável pelos cuidados com a casa. Antônio Cesário: Padrinho de Inocência. Como prestou favores ao Pai de Inocência, poderia interceder por ela, mas não houve tempo. Pereira: pai de Inocência – um homem autoritário, preferia ver a filha morta a ter de desmanchar o compromisso assumido com Manecão. Representa o sertanejo bruto do Sertão Brasileiro. Maria Cristina A. Biagio
  • 9.
  • 10.  Jorge, um brasileiro, de Oswaldo França Júnior.  Literatura contemporânea – Gênero narrativo – romance rodoviário.  Publicado em 1967.  Personagem central: Jorge (Narrador)  Foco narrativo: 1ª pessoa.  Espaço: várias cidades do Brasil (Belo Horizonte, Governador Valadares, Caratinga, Ipatinga, Timóteo, Ponte Alta, entre outras.  Cita outros lugares: Brasília, Ilha do Bananal, Cuiabá, Jequié-Ba....  Enredo: Circular – Termina no mesmo ponto que começou.  Linguagem: Coloquial – uso abundante de conjunções aditivas, pronomes relativos e conjunções subordinativas.  Locutor: O próprio leitor, ou um interlocutor a quem ele conta a sua história.  Temas abordados: as estradas brasileiras, a construção de Brasília, a relação entre patrões e funcionários, o capitalismo – a sociedade vê, no lucro, seu principal fim. Maria Cristina A. Biagio
  • 11. Personagens: Jorge: protagonista – é um caminhoneiro humilde de homem de confiança do patrão. Responsável, trabalhador e muito determinado. Durante a narrativa, passa por um processo de transformação – que chamamos de metamorfose. Senhor Mário: Patrão de Jorge – marido de dona Helena a quem trai descaradamente. Sandra: namorada de Jorge. Caminhoneiros: Fábio, Murta, Toledo, Téo, Luís, Antônio, Oliv eira, Lauro. Maria Cristina A. Biagio
  • 12. Altair: Ex-caminhoneiro e amigo de Jorge. Rui: contador do Sr. Mário de quem Jorge tem horror. Destino da Carga: Bahia – Belo Horizonte. Os Caminhões ficam presos em Caratinga. Problema: Chuva – Estradas interditadas – pontes derrubadas. Maria Cristina A. Biagio
  • 13. Jorge, em tom coloquial, conta suas aventuras pelas estradas brasileiras. Jorge não é apenas Jorge, mas um brasileiro, que ao andar pelas estradas do país descobre a miséria, a prostituição, o abandono de crianças, a ambição, o desprezo. Dedicou grande parte de sua vida ao patrão – o patrão enriqueceu e ele não tinha sequer um lar, uma família. Sua vida era a estrada e os caminhões do patrão. Maria Cristina A. Biagio
  • 14. O Jorge, do final do romance, não é o Maria Cristina A. Biagio mesmo Jorge do início. Ele não volta ao ponto de partida, na realidade, o Jorge que volta é outro – transformado. Embora não tenha cumprido sua missão no prazo determinado, não por incapacidade sua, mas por barreiras da natureza, ele se sente livre da opressão e num gesto de extrema liberdade, beija a mulher do patrão ( o que é uma forma de vingança pelo desprezo com que foi tratado pelo Sr. Mário).
  • 15. Considerações Importantes: “Jorge não é apenas Jorge, mas também um brasileiro. Brasileiros são os espaços, as estradas, as árvores, as cidades, os restaurantes, as comidas, as palavras! Como fluem as palavras. E como são brasileiras as palavras.” ( Antônio Olinto) Maria Cristina A. Biagio
  • 16. AMRIK, de Ana Miranda No final do século XIX, muitos cristãos libaneses pobres emigraram para a América - Amrik, em libanês. Mas nada era simples. "Os libaneses saíam do Líbano, pensavam que estavam indo para a América do Norte [...] e desembarcavam na América do Sul. Quando iam reclamar que estavam na América errada, o estafeta dizia: 'Tudo é América!' " A São Paulo do final do século passado retratada pelos olhos de uma dessas imigrantes - a bela Amina, dançarina "dona de um narizinho de serpent of the Nile" -, na prosa de uma de nossas mais talentosas escritoras. Maria Cristina A. Biagio
  • 17. Amrik, de Ana Miranda Escola Literária: Literatura contemporânea Ano de Publicação: 1997 Gênero narrativo – Romance. Tema: Imigração árabe no Brasil. Palavras-chave: Imigração - Displaced Person (sem lugar) – Preconceito. Espaço: Uma parte na Líbia (memória) , outra na América do Norte (Amina) e outra no Brasil – São Paulo Foco Narrativo: 1ª pessoa ( Amina conta sua história) Final: Aberto (Qual seria a resposta de Amina ao tio Naim?) Maria Cristina A. Biagio
  • 18.  Enredo: Não-linear ( circular) A narrativa inicia e termina no Jardim da Luz, em São Paulo, com o tio Naim Cristina A. Biagio Maria perguntando à sobrinha se ela aceita se casar com o mascate Abraão.  Linguagem: A linguagem é extremamente contemporânea – não respeita a pontuação tradicional – o que para alguns dificulta o entendimento. Um ponto positivo é que o livro é divido em partes – não em capítulos, mas cada parte recebe um título.  Há palavras de origem árabe em várias partes do livro, assim como o registro da cultura libanesa.  Uso de figuras de linguagem, principalmente de onomatopeias.
  • 19. Personagens:  Amina Salum: é a protagonista desta história. Ela vive em busca Maria Cristina A. Biagio da liberdade. Desconhece o que aconteceu com sua mãe – a família se recusa a lhe contar. O passado é uma ferida aberta em seu coração. Foi a escolhida entre vários irmãos a acompanhar o tio Naim – provavelmente, por sua condição de mulher. Nos Estados Unidos vive só – recebe as cartas de tio Naim – pois foram separados – ela ficou na América do Norte e ele foi enviado para a América do Sul. Amina, ao ler as cartas do tio, sente que o Brasil é um lugar melhor do que os Estados Unidos – decide partir para São Paulo. Apaixona-se por Chafic, envolve-se em muitas confusões, como o caso do mascate, que abandona a noiva por ter se apaixonado por Amina. É acusada de ter sido a causa do suicídio da noiva.
  • 20. Naim Salun: Tio de Amina. É obrigado a fugir de seu país, caso contrário, seria um homem morto.Cristina A. Biagio e Maria Escritor poeta, perdeu a visão na guerra contra os turcos e os muçulmanos. Tem verdadeira admiração por Amina. “Tio Naim me via sem ver meu rosto sem ver meu corpo me via verdadeira me via através de minha alma ou meu perfume me ouvia falar e via mais fundo minha cara parecia de ferro ninguém podia entrar, meu pai disse que fui feita de fogo para incendiar e destruir os homens como todas as mulheres menos a mãe dele. Como me vê tio Naim? (Miranda, 2011, p. 55). Tio Naim, embora cego, era o único capaz de enxergar Amina exatamente como ela era. Era seu anjo da guarda, seu amigo e protetor.
  • 21.  Considerações:  Ao contrário do que ocorre nos relatos de viagem tradicionais, o tempo não é registrado, mas se sentir nas transformações que a personagem sofre, de menina a mulher, ao longo do romance.  O dado histórico é incorporado à ficção, principalmente, no relato da passagem por Beirute, na imagem da multidão amontoada no porto.  Quando Amina deixa para trás sua casa, a avó lhe dá seus tesouros: um tamborzinho de mão, os címbalos e o pandeiro, herança que selaria o seu destino.  A avó de Amina, Farida, representa o símbolo da transgressão, uma vez que lhe ensina a dançar às escondidas, ensina-lhe também as tradições ancestrais: as danças, a culinária, as lendas, o repertório da memória coletiva de seu povo passado de geração a geração. Maria Cristina A. Biagio
  • 22. Ana Miranda, para compor a personagem Amina, inspirou-se em Raquel Naveira, Leila Mohamed Y. Kuczynsky e também em Samia Zadi, além de cartas da viajante inglesa Elisabeth M. Anderson que esteve no Líbano em 1886. Maria Cristina A. Biagio
  • 23. Queridos alunos... 301 e 302 Creio que o Pagador de Promessas todos vão se lembrar – afinal, vocês já leram e foi a Peça que apresentamos. A Cidade Ilhada também – foi o último livro lido. Caso tenham alguma dúvida, é só me enviar por e-mail. Beijo no coração. Boa Prova!!!! Maria Cristina A. Biagio