SlideShare a Scribd company logo
1 of 56
Download to read offline
Educação para a Convivência
com o Semiárido
Guia de Orientação para os Municípios




                  Selo UNICEF Município Aprovado
                  Edição 2009 - 2012
FUNDO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A INFÂNCIA




Educação para a Convivência
com o Semiárido
Guia de Orientação para os Municípios


Selo UNICEF Município Aprovado
Edição 2009-2012



 a
1 Edição


UNICEF

Brasília, 2011
Realização

                                                                                Fundo das Nações Unidas
                                                                                para a Infância - UNICEF

                                                                                Marie-Pierre Poirier
                                                                                Representante do UNICEF no Brasil

                                                                                Escritório da Representante
                                                                                do UNICEF no Brasil
                                                                                SEPN 510 - Bloco A - 2o andar
                                                                                Brasília / DF - 70750-521



                                                                                Educação para a Convivência
                                                                                com o Semiárido
                                                                                Guia de Orientação para os Municípios
                                                                                Selo UNICEF Município Aprovado
                                                                                Edição 2009-2012


                                                    Créditos                    Elaboração do conteúdo
                                                                                Serviço de Tecnologia Alternativa – Serta
                                                                                UNICEF

                                                                                Edição de texto
                                                                                P&B Comunicação

                                                                                Projeto gráfico e diagramação
                                                                                KDA Design

                                                                                Fotos
F981e Fundo das Nações Unidas para a Infância
         Educação para a Convivência com o Semiárido: guia de orientação        João Ripper
      para os municípios: Selo UNICEF Município Aprovado Edição 2009-2012
      / Fundo das Nações Unidas para a Infância. – Brasília: UNICEF, 2011.      Manuela Cavadas
      52 p.: il.

       ISBN 978-85-87685-23-0
                                                                                Revisão
       1. Cidadania – Crianças e adolescentes. I. Título.
                                                                                KDA Design
                                                                    CDD 323.6



              Jovenice Ferreira Santos – Bibliotecária CRB-5/1280               A reprodução desta publicação,
                                                                                na íntegra ou em parte, é permitida
                                                                                desde que citada a fonte.
Sumário


APRESENTAÇÃO                                                     5
PARTICIPAÇÃO SOCIAL NO SELO UNICEF                               7

ENTENDENDO O TEMA                                                9

COMO SE ORGANIZAR                                                11

  1. Escolha do mobilizador local                                11

  2. Formação do Grupo de Trabalho                               12

  3. Construção do Plano de Trabalho                             13

ATIVIDADES PROPOSTAS                                             15
  1. Como desenvolver os roteiros                                16

    1ª Etapa – Pesquisa                                          17
    2ª Etapa – Desdobramento da pesquisa                         19
    3ª Etapa – Mobilização comunitária                           19
    4ª Etapa – Avaliação do processo educativo                   20

  2. Roteiros temáticos                                          21
    Roteiro 1 – Como se desenvolve a educação no seu município   21
    Roteiro 2 – Saúde na escola, na família e na comunidade      23
    Roteiro 3 – Meio ambiente                                    24

    Roteiro 4 – Assistência social e cidadania                   27

DESDOBRAMENTOS NAS POLÍTICAS PÚBLICAS                            29

COMO SERÁ A AVALIAÇÃO                                            31

ANEXOS                                                           34
  A – Avaliação da escola – Roteiro temático 1                   35

  B – Avaliação da escola – Roteiro temático 2                   39

  C – Avaliação da escola – Roteiro temático 3                   43

  D – Avaliação da escola – Roteiro temático 4                   47

SITES ÚTEIS                                                      51

ENDEREÇOS DO UNICEF                                              52
Educação para a Convivência
com o Semiárido
Guia de Orientação para os Municípios                                                                            5


APRESENTAÇÃO

                                                          Para assegurar o direito de aprender de cada
                                                              criança e adolescente, precisamos valorizar o
                                                               lugar onde vivem, considerando sua geografia,
                                                                história e cultura. Esse entendimento é
                                                                 compartilhado pelo UNICEF e por outras
                                                                 várias organizações e movimentos sociais,
                                                                em sintonia com a Lei de Diretrizes e Bases,
                                                         das Diretrizes Curriculares Nacionais do Conselho
                                         Nacional de Educação e dos Parâmetros Curriculares publicados pelo
                                    Ministério da Educação.
                                Historicamente, o Semiárido costumava ser retratado no País como um lugar
                                de pobreza, seca e poucas oportunidades. Esse quadro vem mudando aos
                                poucos. Mas, muitas vezes, ainda se repete a visão equivocada de atraso e de
                                falta de perspectivas, principalmente no campo, sugerindo que os alunos
                                saiam de sua localidade para “virar gente”. Oportunidades, trabalho, renda,
                                só em outro lugar.
                                Ao contrário disso, a Educação para a Convivência com o Semiárido ensina a
                                transformar o lugar onde se vive e ali manter raízes e laços de família. Esse
                                reconhecimento vai além da noção de campo apenas como rural e
                                compreende suas necessidades culturais, direitos sociais e formação integral
                                dos indivíduos.
                                Neste guia, utiliza-se essa nova forma de ver o Semiárido, ao se propor uma
                                educação para a construção de políticas públicas voltadas à educação de
                                qualidade. Ao mesmo tempo, a diversidade cultural é respeitada, ao se
                                reconhecer a realidade de cada criança, adolescente e jovem, residentes no
                                campo ou na cidade. Essa é a essência da Educação para a Convivência com
                                o Semiárido.
                                Ao realizar as atividades aqui apresentadas – de pesquisa, de mobilização e de
                                avaliação –, a escola contribuirá na promoção dos direitos da criança e do
                                adolescente, respeitando sua própria realidade e a da comunidade a que
                                pertencem. Abre-se, assim, um leque de aprendizagens. Ao vivenciá-las, os
                                estudantes participarão intensamente da melhoria das condições locais,
                                integrados a outras iniciativas e fortalecidos pelo interesse comum. Assim,
                                configura-se a chamada Educação para a Convivência.




Selo UNICEF Município Aprovado Edição 2009-2012
6




    Cada escola escolherá o roteiro que lhe parecer mais apropriado. A opção
    dependerá do conhecimento da situação comunitária e municipal. O
    articulador municipal e a Comissão Municipal Pró-Selo terão papel
    fundamental, ao facilitar o acesso da escola ao diagnóstico da situação de
    crianças e adolescentes no município e ao Plano Municipal de Ação – dois
    importantes instrumentos de garantia de direitos da infância e da
                                   0
    adolescência, elaborados no 1 Fórum Comunitário, realizado em cada
    município em 2010.
    No final do guia, propomos um itinerário pedagógico para dar continuidade
    às ações. Nosso desejo é que essa ação permaneça e contribua para políticas
    permanentes que garantam o direito de aprender de cada criança e
    adolescente na região.




                                       Boa leitura e bom trabalho!
                                                 Marie-Pierre Poirier
                                                 Representante do UNICEF no Brasil
Educação para a Convivência
com o Semiárido
Guia de Orientação para os Municípios                                                                            7


PARTICIPAÇÃO SOCIAL
NO SELO UNICEF

                                O Selo UNICEF Município Aprovado mobiliza gestores, técnicos, conselheiros,
                                lideranças sociais, além das próprias famílias, adolescentes e crianças, para
                                melhorar de forma concreta a vida de meninas e meninos de até 17 anos nos
                                municípios do Semiárido e Amazônia Legal Brasileira. Fortalecendo o
                                município, o Selo busca contribuir com o alcance dos Objetivos de Desenvol-
                                vimento do Milênio e com a superação de marcantes iniquidades – de raça,
                                etnia, gênero, local de origem, idade, entre outras – na garantia dos direitos
                                de cada menino e menina dessas regiões do Brasil.

                                O Selo estimula as localidades a garantir às crianças e aos adolescentes os
                                cinco direitos básicos do programa do UNICEF para o Brasil. São eles:



                                   1    sobreviver e se desenvolver,
                                   2    aprender,
                                   3    proteger-se e ser protegido do HIV/aids,
                                   4    crescer sem violência,
                                   5    ser prioridade absoluta nas políticas públicas.


                                A atual edição do Selo tem duração de 36 meses, entre 2009 e 2012.
                                O programa acontece por meio do desenvolvimento de capacidade técnica
                                dos municípios, estratégias de mobilização social e do acompanhamento de
                                indicadores, com desafios em três eixos: Impacto Social, Gestão de Políticas
                                Públicas e Participação Social. Esse último inclui a realização de fóruns
                                comunitários e o desenvolvimento de ações temáticas.

                                Como parte do Eixo de Participação Social, cada município realizou, em
                                            0
                                2010, o 1 Fórum Comunitário do Selo UNICEF e fez seu Plano de Ação.
                                A proposta é definir prioridades para os municípios avançarem nos
                                indicadores sociais da infância e adolescência até 2012. Agora em 2011, um
                                novo conjunto de atividades vem reforçar esse objetivo por meio da
                                participação social: mobilizar, de forma ampla, escolas, famílias e comuni-
                                dades para que se envolvam na discussão e no controle de políticas públicas
                                municipais para a infância e adolescência. Para tanto, estão sendo propostos
                                quatro temas atuais e impactantes na vida das crianças e dos adolescentes:




Selo UNICEF Município Aprovado Edição 2009-2012
8

      1 Esporte e Cidadania
        (Municípios Semiárido e Amazônia)

      2 Cultura e Identidade - Comunicação para a Igualdade Étnico-Racial
        (Municípios Semiárido e Amazônia)

      3 Educação para a Convivência com o Semiárido
        (Municípios Semiárido)

     4 Mudança Climática e o Impacto na Vida de Crianças e Adolescentes
        (Municípios Amazônia)



    Para cada um dos temas do Eixo de Participação Social, o UNICEF e parceiros
    criaram um guia metodológico específico. Neles, estão conceitos que
    deverão orientar o trabalho nos municípios participantes. As publicações
    também informam sobre planejamento e execução das atividades,
    mobilização e pontuação no processo de conquista do Selo.
    Com o apoio das prefeituras – por meio das secretarias municipais de
    Educação, Cultura, Esporte, Meio Ambiente, Comunicação, entre outras –,
    grupos de trabalho deverão se organizar para desenvolver ações nas
    unidades de ensino e em outros espaços alternativos de aprendizagem. Tudo
    isso sempre com a participação intensa de crianças e adolescentes.
    Meninas e meninos serão estimulados a participar de atividades ligadas à
    educação, à cultura, ao meio ambiente, ao esporte e ao lazer no município
    onde moram. Conhecendo melhor suas raízes, seu povo e sua realidade, os
    estudantes tendem a compreender as formas de convivência com a região
    onde vivem, valorizando sua cultura e história e atuando como agentes de
    transformação social.
    O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA),
    organizações da sociedade atuantes na área da infância e adolescência e
    lideranças adolescentes também serão grandes aliados nessa jornada. Em
    todas as etapas, a comunicação será fundamental para manter a comunidade
    sempre informada sobre tudo o que acontece e mobilizada a participar.
    Então, em 2012, o município solicitará formalmente ao UNICEF a presença
    de um mediador para a realização do 20 Fórum Comunitário, no qual será
    possível socializar todos os aprendizados. Durante o evento, o desempenho
    do município será avaliado pelo mediador e pela comunidade. O que se
    pode garantir desde já é que, quanto mais participativa e articulada for toda
    essa experiência, melhores serão os resultados!
    Para além da conquista do Selo, o UNICEF espera que o trabalho realizado
    em cada tema permaneça no cotidiano dos municípios, contribuindo com a
    melhoria das políticas públicas locais.
Educação para a Convivência
com o Semiárido
Guia de Orientação para os Municípios                                                                              9


ENTENDENDO O TEMA
                                A Educação para a Convivência com o Semiárido é uma proposta em sintonia
                                com as indicações da Lei de Diretrizes e Bases, das Diretrizes Curriculares
                                Nacionais do Conselho Nacional de Educação e dos Parâmetros Curriculares
                                publicados pelo Ministério da Educação. Ela propõe que a educação seja
                                compreendida no contexto da localidade onde está situada a escola. Ensina a
                                mudar o lugar onde se vive e ali manter raízes e laços de família. Esse reconhe-
                                cimento vai além da noção de campo apenas como rural e compreende suas
                                necessidades culturais, direitos sociais e formação integral dos indivíduos.

                                Depois das Diretrizes Operacionais para a Educação Básica das Escolas do
                                Campo (Resolução CNC/CEB n0 1, de 03/04/02) e das Diretrizes Comple-
                                mentares, Normas e Princípios para o Desenvolvimento de Políticas Públicas
                                de Atendimento da Educação Básica do Campo (Resolução CNE/CEB n0 2, de
                                28/04/08), publicadas em abril de 2002 pelo Conselho Nacional de Educação,
                                a Educação para a Convivência conquistou um grande reforço. O campo
                                brasileiro deixou de ser visto como lugar da pobreza, do atraso, do matuto.
                                Passou a ser entendido como espaço social, com vida, identidade e cultura
                                próprias, além de práticas compartilhadas.

                                Neste guia, utiliza-se essa nova forma de ver o Semiárido, ao se propor uma
                                educação para a construção de políticas públicas, voltadas à educação de
                                qualidade. Ao mesmo tempo, respeita-se a diversidade cultural ao reconhecer
                                a realidade de cada criança e adolescente, residentes no campo ou na cidade.
                                Essa é a essência da Educação para a Convivência com o Semiárido.

                                O Selo UNICEF vem apoiando e estimulando iniciativas que priorizam tal
                                visão. Alguns exemplos: Rede de Educação do Semiárido Brasileiro (Resab),
                                que reúne educadores de todo o Nordeste, do norte de Minas Gerais e do
                                Espírito Santo; Rede de Educação Contextualizada do Agreste e Semiárido
                                (Recasa), que articula a educação do campo no Estado de Alagoas; Serviço
                                de Tecnologia Alternativa (Serta), de Pernambuco; Movimento de
                                Organização Comunitária (MOC), da Bahia; entre outros.




Selo UNICEF Município Aprovado Edição 2009-2012
10
     Tais redes e organizações partem dos cinco princípios a seguir.

       1   Garantia de políticas educacionais

       2   Construção do conhecimento com interdisciplinaridade e
           transdisciplinaridade

       3   Aplicação das leis ligadas à construção de uma educação pública
           de qualidade

       4   Defesa incondicional da escola pública, gratuita e de qualidade no
           Semiárido e no Brasil

       5   Respeito e promoção dos direitos de crianças, adolescentes,
           jovens, adultos e idosos



     É o caso do Projeto Jovens pela Educação
     e Convivência com o Semiárido,
     desenvolvido em escolas
     pernambucanas, desde 2008,
     pelo Serta, em parceria com o
     UNICEF. Ele tem contribuído
     para a formação de
     educadores, para a educação
     integral e inclusiva,
     garantindo a crianças e
     adolescentes o direito de
     aprender a conviver com
     sua realidade.

     O percurso proposto neste guia
     orienta-se por essa mesma
     perspectiva, ao utilizar a
     metodologia Peads – Proposta
     Educacional de Apoio ao Desenvol-
     vimento Sustentável, desenvolvida
     pelo Serta. Ela procura ser um
     instrumento para a escola apoiar o
     município na conquista de
     políticas públicas em prol de
     crianças e adolescentes.
Educação para a Convivência
com o Semiárido
Guia de Orientação para os Municípios                                                               11


COMO SE ORGANIZAR

   1          ESCOLHA DO MOBILIZADOR LOCAL


     A primeira providência que o município precisa tomar para organizar o trabalho no
     tema Educação para a Convivência com o Semiárido é escolher o mobilizador local para o
     tema. A pessoa deve ser selecionada pelo articulador do Selo junto com a Comissão Municipal
     Pró-Selo. Pode, inclusive, ser algum integrante da própria Comissão, que tenha ligação com o
     assunto em foco.
     Nesse tema, é fundamental que o mobilizador seja alguém ligado à Secretaria Municipal de
     Educação, pois as atividades serão desenvolvidas pelas escolas e precisam estar em sintonia
     com a proposta pedagógica traçada para a rede municipal.
     Essa pessoa cuidará da composição de um Grupo de Trabalho específico para o tema e
     manterá contato contínuo com a Comissão Pró-Selo. Por isso, precisa ser:


           motivada;
           animada;
           articulada; e
           comprometida com a causa da Educação.


     Como líder das ações do tema, o mobilizador:


           será o ponto de referência para colocar em prática as propostas e tarefas
           expressas neste guia;
           agregará mais pessoas identificadas com o tema para formar um Grupo de
           Trabalho (GT) que acompanhará as atividades desenvolvidas pelas escolas;
           incentivará a integração de escolas municipais nas atividades do tema;
           zelará para que todo o processo seja devidamente documentado; e
           preparará, junto com o GT, a apresentação final do tema para avaliação pela
                                                   0
           comunidade e pelo UNICEF durante o 2 Fórum Comunitário, em 2012 (veja na
           página 31).




Selo UNICEF Município Aprovado Edição 2009-2012
12

     2         FORMAÇÃO DO GRUPO DE TRABALHO (GT)


         O mobilizador deverá convidar os dirigentes das escolas envolvidas, representantes de
         secretarias de Educação, Cultura, Assistência Social e Esporte, integrantes de ONGs,
         entidades e associações esportivas e comunitárias, clubes de serviços, igrejas, escolas, além,
         claro, de adolescentes envolvidos no processo do Selo UNICEF (ver quadro página 13).
         No caso dos municípios que participaram da Edição 2008 do Selo, deve-se considerar
         o pessoal envolvido naquela oportunidade. Afinal, é importante partir de algo já conhecido
         e realizado.
         Os membros do GT vão fornecer às escolas informações e documentos, além de acompanhar
         o trabalho em cada uma, para auxiliá-las na execução dos roteiros temáticos – entre as quatro
         opções sugeridas adiante – que escolherem. Por isso, seus participantes precisam estar
         dispostos a assumir um real compromisso de atuação.
         Durante todo o processo, o GT não pode perder de vista os seguintes pontos fundamentais:


             manter articulação constante com o articulador do Selo e a Comissão Pró-Selo;
             envolver e motivar as escolas municipais, considerando o número mínimo
             proposto pelo UNICEF (ver página 15) para desenvolver as atividades;
             apoiar as escolas e fornecer as informações necessárias para a pesquisa inicial,
             conforme descrito mais a frente (ver página 17);
             estimular o registro das atividades em fotos, vídeos, depoimentos, peças de
             comunicação, etc. Esse material ajudará a preparar a apresentação final;
             acompanhar o desenvolvimento das atividades, receber relatório de cada escola
             participante e sistematizar as informações para a apresentação final;
             fazer apresentação final sobre as atividades e os resultados do tema durante o
              0
             2 Fórum Comunitário, a ser realizado no próprio município, no primeiro
             semestre de 2012 (ver página 31).


         Formado o GT, suas primeiras atividades são:


             definir regras de funcionamento;
             criar um cronograma de reuniões;
             conversar sobre as ações propostas neste guia; e
             desenvolver um bom Plano de Trabalho.
Educação para a Convivência
com o Semiárido
Guia de Orientação para os Municípios                                                                           13




                                        Núcleo de Mobilização de Adolescentes Pró-Selo
                                        Esse grupo é formado por adolescentes que se mobilizaram para
                                        participar dos espaços de discussão e decisão sobre os direitos das
                                        crianças e dos adolescentes. Conta com, no mínimo, 15 integrantes e
                                        tem representantes na Comissão Pró-Selo. O guia Cidadania dos
                                        Adolescentes, distribuído pelo UNICEF, trata da formação desse grupo
                                        e dá várias dicas de como ele pode atuar. A versão eletrônica do guia
                                        está disponível no www.unicef.org.br e www.selounicef.org.br




                                        os adolescentes têm papel essencial na discussão, planejamento
                    nte:                e avaliação de cada tema, e não apenas na execução das
             Importa
                                        atividades. Deve-se garantir que eles estejam representados no
                                        Grupo de Trabalho. Também é importante que o Núcleo de
                                        Mobilização de Adolescentes Pró-Selo participe de todas as
                                        etapas do processo.




   3          CONSTRUÇÃO DO PLANO DE TRABALHO


       Depois de ler todo este guia e compreender as quatro atividades propostas nas páginas a seguir
       (desenvolvimento de roteiros temáticos pelas escolas), o GT deve criar um Plano de Trabalho.
       Na prática, o Plano é uma lista completa de tarefas. Para organizar melhor as informações,
       é aconselhável fazer uma tabela para cada uma das quatro atividades, onde vão constar:


             as ações a ser realizadas;
             os nomes dos responsáveis pela execução de cada uma;
             data para término das tarefas; e
             recursos necessários (desde pessoas para ajudar até material de escritório,
             câmera fotográfica, meio de transporte, etc.).


       Com isso, o GT poderá prever seus desafios e se programar para que tudo aconteça de
       maneira organizada e dentro dos prazos.




Selo UNICEF Município Aprovado Edição 2009-2012
14
Educação para a Convivência
com o Semiárido
Guia de Orientação para os Municípios                                                                              15


ATIVIDADES PROPOSTAS
                                Para avançar na discussão e no exercício do direito de aprender, o Selo
                                UNICEF Município Aprovado propõe que as escolas do município realizem
                                roteiros pedagógicos, oferecendo quatro opções de temas:

                                   1 Como se desenvolve a educação no seu município;
                                   2 Saúde na escola, na família e na comunidade;
                                   3 Meio ambiente;
                                   4 Assistência social e cidadania.

                                                  cada escola deverá escolher com quantos e quais roteiros vai
                                    nte:          trabalhar. Em relação à quantidade de escolas, será necessário
                             Importa
                                                  envolver, no mínimo, um número de escolas que represente
                                                  10% da matrícula no ensino fundamental da rede pública
                                                  municipal. É necessário ainda garantir a participação de, pelo
                                                  menos, uma escola da área urbana e outra da rural.


                                Essas quatro temáticas coincidem com as quatro áreas principais que o
                                município está buscando melhorar na vida de cada criança e adolescente, no
                                processo do Selo UNICEF. São elas: educação, saúde, meio ambiente e
                                assistência social e cidadania.

                                Nessas áreas, um conjunto de indicadores (Linha de Base) foi organizado
                                pelo UNICEF, está sendo monitorado e serviu de base para a construção de
                                um Diagnóstico e um Plano de Ação Municipal – que serão tratados com
                                mais detalhe na página 17.

                                Conhecer e discutir esses documentos será o ponto de partida do trabalho
                                da escola. Depois dessa etapa inicial de pesquisa e reflexão, cada escola terá
                                condições de entender melhor como se enquadra nesse cenário e optar por
                                uma ou mais temáticas com as quais quer trabalhar. Essa escolha deverá se
                                relacionar ainda com o planejamento da escola.

                                Para cada temática, será apresentado a seguir um roteiro próprio (veja a
                                partir da página 21). A escola distribuirá tarefas para as turmas, para que se
                                aprofundem em aspectos distintos. A proposta é que se procure integrar as
                                atividades aos currículos, sem abandono de nenhum conteúdo disciplinar.
                                Os temas vão somar ideias e dinâmicas ao que já está previsto para ser
                                ensinado no ano.



Selo UNICEF Município Aprovado Edição 2009-2012
16

                         1 Para favorecer a integração entre as temáticas propostas e o planejamento
              e:           dos conteúdos curriculares, o UNICEF recomenda a formação de Grupos de
         rtant
     Impo
                           Estudos (GE) nas escolas, que se reunirão periodicamente para definir os
                           planos de ações e as estratégias para desenvolver o(s) roteiro(s)
                           selecionado(s). Devem integrar o grupo: representantes de alunos, pais e
                           lideranças comunitárias.
                         2 Independentemente da atuação do Grupo de Estudos, convém que a escola
                           estabeleça parcerias com diferentes setores da sociedade, tais como:
                           conselhos municipais, agentes de saúde, associações, sindicatos, igrejas,
                           ONGs, grupos de mulheres e de jovens, secretarias municipais, rádios
                           comunitárias, artistas e lideranças locais. Isso vai ajudar a obter resultados
                           concretos e integrados à realidade.



     1        COMO DESENVOLVER OS ROTEIROS


         Os quatro roteiros temáticos propostos apresentam um mesmo itinerário pedagógico, que
         pode ser entendido em quatro etapas, como exposto no diagrama a seguir. As etapas se
         integram, mas cada uma possui dinâmicas e didáticas próprias.
         Na primeira etapa, sugerem-se perguntas para se aprofundar a pesquisa. Na segunda,
         oferecem-se propostas para desenvolver os resultados obtidos. Na terceira, a ideia é socializar
         os conhecimentos produzidos com as comunidades. Na quarta e última, entra em cena a
         avaliação das conquistas bem como os desafios enfrentados.


                  a                                                                   a
                 1 ETAPA                                                             2 ETAPA
                                                                                Desdobramento dos
                 Pesquisa,                      a                               dados pesquisados,
             tendo a realidade                1                                  integrando-os ao
           como ponto de partida
                                                                                  currículo escolar
                                                                      2a
                                                 ROTEIROS
                                                TEMÁTICOS

                  a
                 4 ETAPA                 4a                                           a
                                                                                     3 ETAPA
                                                                               Mobilização comunitária
                Avaliação do
                                                                 3a              dos conhecimentos
             processo educativo                                               produzidos, para provocar
                                                                                    ação coletiva
Educação para a Convivência
com o Semiárido
Guia de Orientação para os Municípios                                                                            17




                                   ATENÇÃO
                                             Em cada roteiro, a primeira e a segunda etapas têm elementos
                                             específicos, em função do assunto abordado. A terceira e a quarta
                                             são comuns a todos e, por isso, não aparecerão com maiores
                                             detalhes no descritivo de cada roteiro, mais a frente.




            1a Etapa            A Linha de Base, fornecida pelo UNICEF a cada município participante do
            Pesquisa            Selo, reúne indicadores sociais de 2007 do município. São contribuições de
                                diversos ministérios e de sistemas oficiais de informação que permitiram
                                tirar uma espécie de fotografia estatística das cidades naquele ano.

                                Outros dois documentos já foram gerados pelos municípios participantes do
                                Selo a partir da Linha de Base e também devem ser considerados: o
                                Diagnóstico da Situação das Crianças e Adolescentes do Município e o Plano
                                de Ação Municipal.

                                O Diagnóstico foi produzido por integrantes do Conselho Municipal dos
                                Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), pelo articulador do Selo e
                                pelos membros da Comissão Pró-Selo. Esse grupo coletou dados dos
                                anos posteriores à Linha de Base e fez um levantamento de projetos,
                                programas, políticas sociais, equipamentos públicos e serviços básicos de
                                atendimento à infância e à adolescência locais. Daí surgiu o Diagnóstico,
                                apresentado à comunidade e a vários segmentos da sociedade em um
                                                                0
                                evento do Selo chamado 1 Fórum Comunitário, que aconteceu no segundo
                                semestre de 2010.

                                Durante o 10 Fórum, diferentes lideranças da comunidade puderam discutir
                                a situação do município e contribuir com a construção de soluções, que
                                resultaram no Plano de Ação Municipal.

                                Cabe a cada escola utilizar a Linha de Base, o Diagnóstico e o Plano de Ação
                                Municipal de maneira integrada ao currículo. O articulador do Selo e a
                                Comissão Pró-Selo possuem esses materiais e podem entregá-los ao
                                mobilizador local e a seu Grupo de Trabalho para que forneçam cópias
                                às escolas.

                                No papel, as temáticas da educação, saúde, meio ambiente e assistência
                                social e cidadania aparecem separadamente para ajudar no entendimento e




Selo UNICEF Município Aprovado Edição 2009-2012
18

       na compreensão da realidade de cada município. Na vida, porém, elas estão
       interligadas. Tem saúde quem tem educação; o meio ambiente fica
       equilibrado quando se vive a cidadania; e assim por diante. Ou seja, no dia a
       dia, as temáticas existem articuladas entre si. Fazer as conexões delas com as
       disciplinas é uma ótima forma de a escola ir construindo uma Educação para
       a Convivência com o Semiárido.

       A interação em sala de aula com esse grande conjunto de informações pode
       acontecer de muitas maneiras:

           dados estatísticos podem embasar problemas matemáticos;

           a leitura e o entendimento de trechos dos documentos podem
           entrar para as aulas de português;

           diferentes realidades locais podem incitar discussões sobre
           geografia humana;

           a história do município pode ser analisada dentro do contexto do
           País, a partir dos fatos passados e das políticas atuais;

           incidências de doenças podem ser tratadas em aulas de ciências
           e biologia;

           a percepção do outro pode ajudar na construção do conceito
           de cidadania;

           professores e alunos podem realizar pesquisas sobre o que foi
           coletado e tentar encontrar soluções alternativas.



                     a escola está no dia a dia dos alunos, mas extrapola esse
              e:     núcleo de pessoas. Retornando para sua casa, os estudantes
         rtant
     Impo            interagem com seus familiares e voltam no dia seguinte com
                     mais ideias e opiniões. Assim, cria-se uma grande roda de
                     diálogo em torno da realidade do município. A escola, mais do
                     que qualquer instituição, tem condições de fazer um trabalho
                     de natureza contínua, organizada, mobilizadora, monitorada,
                     avaliada, com reconhecimento e respeito nas comunidades.



       Para além dos três documentos já citados (Linha de Base, Diagnóstico e
       Plano de Ação Municipal), a pesquisa certamente pode ser ampliada pelo
       grupo. É possível se valer de entrevistas, questionários, visitas a instituições,
       consulta a pessoas que atuam na área, órgãos públicos, empresas e
Educação para a Convivência
com o Semiárido
Guia de Orientação para os Municípios                                                                             19




                                associações que cuidam de ações ligadas ao detalhe que se está estudando,
                                aulas já realizadas em diferentes espaços pedagógicos, dados de meios de
                                comunicação locais, livros, revistas, sites, blogs, entre outros meios.

                                Em cada roteiro, estão sendo propostos pontos específicos para a pesquisa –
                                veja a partir da página 21.

                                A forma de trabalho vai depender da escola e do plano que tiver sido criado
                                para conduzir a pesquisa. É importante lembrar que o tema precisa estar
                                articulado com o currículo em vigor. De qualquer maneira, algumas dicas
                                podem ajudar:

                                        definir tarefas e responsabilidades de grupos, formados por alunos e
                                        coordenados por professores;

                                        verificar as disciplinas que se articulam mais com a temática do
                                        respectivo roteiro;

                                        planejar a didática das aulas, dinâmicas e exercícios, de acordo com o
                                        calendário/plano escolar e também com a rotina de trabalho das equipes.


               a
             2 Etapa            Os dados coletados precisam ser organizados e integrados aos conteúdos
  Desdobramento                 curriculares da escola. Os novos produtos de conhecimento podem ser
     da pesquisa                relacionados aos já ensinados em sala de aula.

                                Os alunos participam criando estes produtos: peças de teatro, poesias,
                                paródias, jornais, programas de rádio, desenhos, planilhas, gráficos,
                                maquetes, a depender da disciplina.

                                Em cada roteiro, estão sendo propostos pontos específicos para o desdo-
                                bramento da pesquisa – veja a partir da página 21.


               a
             3 Etapa            A escola vai mostrar à comunidade os resultados que obteve, apresentando,
        Mobilização             se possível, produtos de conhecimento elaborados pelos alunos. No encontro,
        comunitária             deve-se reservar tempo para realização de um debate. O objetivo é mobilizar a
                                comunidade e a gestão municipal para agir sobre os problemas apontados
                                pelos indicadores e contribuir para encontrar soluções. Portanto, dessa
                                interação sairão propostas para a melhoria da situação do município quanto
                                aos dados pesquisados.




Selo UNICEF Município Aprovado Edição 2009-2012
20

                   O Grupo de Estudo da escola pode cuidar da organização do evento ou
                   reunir mais pessoas da comunidade, distribuindo as tarefas listadas a seguir.

                       Definir um local e prepará-lo (com som, iluminação, cadeiras, água para
                       os participantes);

                       Produzir uma lista de convidados (não se esquecer do mobilizador do
                       tema, do articulador do Selo UNICEF, do presidente do CMDCA e outros
                       membros Comissão Municipal Pró-Selo, além do dirigente da escola, das
                       famílias e lideranças comunitárias do bairro) e chamá-los para o evento;

                       Cuidar da comunicação (em sistemas de alto-falante, rádios, jornais,
                       murais, blogs, etc.);

                       Criar uma programação (com a sequência do que será apresentado
                       pelos alunos e tempo para debate entre os presentes); e

                       Registrar as propostas sugeridas no debate (em anotações num quadro
                       ou painel).

                   Após o encontro, será necessário descrever as propostas de mobilização
                   comunitária (veja Anexo A, na página 35). Os alunos podem ficar com a
                   missão de fazer esse relatório, além de cuidar das anotações do debate.



        4a Etapa   Nas três etapas anteriores do roteiro, será preciso reservar espaço para
       Avaliação   reflexão sobre como os trabalhos estão sendo conduzidos, sobretudo, com
     do processo   o propósito de identificar conhecimentos construídos, valores e relações
       educativo   desenvolvidas. Na verdade, a postura avaliativa deve ser colocada em prática
                   já a partir do entendimento da Linha de Base, do Diagnóstico e do Plano de
                   Ação Municipal.

                   A meta da avaliação consiste em perceber melhorias na vida das pessoas do
                   Semiárido, com base na discussão das políticas públicas e de como a
                   proteção integral de crianças e adolescentes está garantida no município.

                   É indispensável relatar mudanças ocorridas no cotidiano dos alunos, de suas
                   famílias, das lideranças comunitárias e nas condições da própria escola.

                   Após a conclusão do processo avaliativo, é importante que cada escola
                   preencha o anexo de avaliação, relativo a cada um dos roteiros temáticos
                   (veja a partir da página 35), e entregue esse relatório ao mobilizador local.
                   Junto com o GT do tema, o mobilizador será responsável por reunir as
                   informações de todas as escolas e apresentar esse conteúdo durante o
                   20 Fórum Comunitário (veja na página 32).
Educação para a Convivência
com o Semiárido
Guia de Orientação para os Municípios                                                                  21



   2          ROTEIROS TEMÁTICOS

              ROTEIRO 1
              Como se desenvolve a educação no seu município

                a
              1 etapa         Pesquisa
       Propostas de condução da pesquisa nesse roteiro:
          A Linha de Base, o Diagnóstico do município e uma síntese do Plano de Ação Municipal
          podem ser apresentados em todas as salas de aula. Se a turma estuda com vários
          professores, um ou mais podem cuidar da apresentação, deixando claro que várias
          disciplinas abordarão esses documentos.
          Os professores podem apresentar dados sob a forma de desafio, provocando os alunos a
          reagir diante da Linha de Base, além de debater sobre as possibilidades de ação da
          turma e da escola. Essas práticas em sala de aula requerem planejamento integrado
          dos professores.
          Levantar na própria escola e na Secretaria de Educação as questões ligadas aos
          indicadores: distorção idade-série, abandono, crianças fora da escola, conselho escolar,
          prática de esporte, estudo sobre a cultura afro, Ideb, infraestrutura, etc. Verificar cada
          indicador e observar a média do grupo do município, a nota do município e a cor verde
          ou vermelha de cada indicador.
          Buscar informações sobre a fonte e o sistema que ela estabelece para informar sobre o
          indicador. Procurar saber mais sobre a fonte, como pode ser acessada, quem passa as
          informações do município a ela. O Plano Municipal de Educação (PME) é um material
          fundamental para se verificar a situação da educação em todo o município.


              2a etapa        Desdobramento da Pesquisa
       A depender dos resultados da pesquisa, a escola selecionará um ou mais desdobramentos,
       como os apresentados abaixo.
          Abandono escolar – Discutir suas causas, analisar o período em que foi maior na escola.
          Comparar com outras épocas. Conversar com alunos que abandonaram a escola para ouvir
          justificativas. Elaborar estratégias para evitar essa ocorrência. Nesse estudo, podem ser
          construídos gráficos e tabelas mostrando a evolução e diminuição do abandono escolar.
          Ideb – Estudar o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Como é feito o
          cálculo e quais indicadores estão incluídos em sua montagem. Fazer comparações da média
          da escola com outras, com a média estadual e com a nacional. Verificar o percentual de
          aumento ou de queda entre as médias atuais e as metas propostas.




Selo UNICEF Município Aprovado Edição 2009-2012
22

        Conselho Escolar e Unidade Executora – Procurar entender o papel dessas duas
        instituições. Discutir o significado de uma gestão democrática, a relação da escola com a
        comunidade, o compromisso dos participantes e a periodicidade das reuniões. Caso a escola
        não tenha Conselho Escolar, será uma boa oportunidade para estruturá-lo.




                            No site do MEC há acesso a uma série de cadernos do
                            Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares.
            DICA




        Inclusão – Colocar em pauta a educação inclusiva. Considerar se há na escola acessibilidade
        para crianças e adolescentes com deficiência. Analisar a planta do prédio. Desenhar um
        croqui atual da escola e fazer um projeto que contemple a acessibilidade. Estudar o
        funcionamento do Benefício de Prestação Continuada (BPC), produzir textos sobre o
        benefício, propor mudanças, gerar material informativo para divulgar o assunto na escola.
        Atividades esportivas – Pensar o esporte como caminho para a inclusão social. Pesquisar
        sobre os diversos tipos de esporte. Analisar as atividades esportivas da escola em relação à
        participação dos alunos, ao envolvimento da comunidade e às aprendizagens. Promover na
        escola atividades de esporte e cidadania. Participar de atividades esportivas promovidas pelo
        município e também verificar se o município está realizando o tema Esporte e Cidadania,
        proposto para esta edição do Selo.
        Qualidade da educação – Refletir sobre a educação do município, enfocando desafios e
        avanços. Promover um debate na escola. Uma sugestão é avaliar os Indicadores da
        Qualidade de Educação do MEC. As propostas surgidas no debate podem ser incluídas no
        Projeto Político Pedagógico da escola, publicadas no quadro de avisos e divulgadas em
        blogs, panfletos, jornais ou outros meios de comunicação. E para ampliar a participação,
        elaborar convites com os alunos para os membros do Conselho Municipal de Educação e a
        equipe da Secretaria de Educação.


          3a etapa    Mobilização comunitária
     Observar as instruções apresentadas na página 19, para desenvolver a mobilização comunitária
     com ampla participação.


            a
          4 etapa     Avaliação do processo educativo
     Observar as instruções apresentadas na página 20, para conduzir a avaliação do
     processo educativo.
Educação para a Convivência
com o Semiárido
Guia de Orientação para os Municípios                                                                     23


              ROTEIRO 2
              Saúde na escola, na família e na comunidade

                  a
              1 etapa         Pesquisa
      Propostas de condução da pesquisa nesse roteiro:
          Levantar dados nas próprias famílias dos alunos, nas comunidades, nas unidades básicas de
          saúde do município, com médicos e outros profissionais da área e na Secretaria de Saúde.
          Procurar obter informações sobre aleitamento materno, nutrição, desnutrição, segurança
          alimentar, valor nutricional dos alimentos, assistência médica hospitalar e odontológica,
          saúde na escola, vacinação, Estratégia Saúde da Família, gravidez e pré-natal, HIV, doenças
          sexualmente transmissíveis, saúde da mulher e incidência de doenças mais comuns.
      Todas essas temáticas podem ser integradas ao currículo das disciplinas com relativa facilidade.
      Porém, exigem planejamento prévio da escola e do professor.



              a
            2 etapa           Desdobramento da pesquisa
      A depender dos resultados da pesquisa, a escola selecionará um ou mais desdobramentos,
      como os apresentados abaixo.
          Nutrição - Identificar se há casos de desnutrição ou obesidade na escola. Trabalhar o cálculo
          do Índice de Massa Corporal para os adultos e analisar tabelas com o peso ideal de crianças e
          adolescentes. Discutir sobre alimentação saudável e valor nutricional dos alimentos.
          Mortalidade infantil - Estudar a taxa de mortalidade do município. Identificar as causas das
          mortes. Procurar saber que providências a Secretaria de Saúde tem tomado para garantir a
          saúde de gestantes, crianças e adolescentes.
          Doenças - Nas aulas de ciências, procurar abordar as doenças mais comuns da comunidade,
          seu histórico, formas de transmissão, tratamentos e prevenção, além da relação dessas
          doenças com o meio ambiente.
          Saúde e esporte - Incentivar as práticas esportivas, como forma de prevenção das doenças
          mais comuns como diabetes, hipertensão e obesidade.
          Gravidez - Levantar o número de casos de gravidez na adolescência de alunas da escola.
          Averiguar se ocorreram atenção e tratamento necessários durante a gestação. Analisar se a
          menina permaneceu na escola após o parto.
          Grupo Gestor Municipal (GGM) do Programa Saúde e Prevenção nas Escolas (SPE) -
          Incentivar a atuação do Grupo Gestor Municipal do SPE. Debater com os alunos as




Selo UNICEF Município Aprovado Edição 2009-2012
24


       atividades que podem fazer parte da proposta curricular sobre saúde sexual e reprodutiva e
       prevenção das DST/aids.
       Trabalho das equipes de saúde - Estudar a importância do agente de saúde para as
       famílias dos bairros e das comunidades rurais. Procurar saber quais informações ele
       leva até as famílias e sobre as campanhas que realiza. Promover ciclo de palestras e
       debates com a comunidade escolar, convidando profissionais da área de saúde, como
       dirigentes das unidades básicas de saúde, nutricionista, agente comunitário, profissional
       de educação física e assistente social responsável pelo atendimento a crianças e
       adolescentes vítimas de violência.


            a
           3 etapa     Mobilização comunitária
     Observar as instruções apresentadas na página 19, para desenvolver a mobilização
     comunitária com ampla participação.


           4a etapa    Avaliação do processo educativo
     Observar as instruções apresentadas na página20, para conduzir a avaliação do processo
     educativo.



          ROTEIRO 3
          Meio ambiente

            a
           1 etapa     Pesquisa
     Pela abrangência do tema meio ambiente e pela maneira como ele mobiliza as pessoas, a
     escola deve dividi-lo em várias frentes de estudo.
        Uma opção é tratar da questão do lixo e resíduos industriais, incluindo o serviço municipal
        de coleta, o zelo e o cuidado da população com os detritos e a destinação dada pelo
        município a todo o material coletado.
        Outra possibilidade é abordar aspectos de reciclagem, reutilização de materiais e
        compostagem orgânica.
        Também é possível partir dos recursos ambientais – como água, vegetação, solo, energia – e
        fazer vários desdobramentos sobre sua utilização no município.
        Um tema muito importante é o que a escola pode fazer ou está fazendo para prevenir as
        emergências causadas por desastres como seca, enchentes, deslizamentos.
Educação para a Convivência
com o Semiárido
Guia de Orientação para os Municípios                                                                   25



              2a etapa        Desdobramento da pesquisa
      A depender dos resultados da pesquisa, a escola selecionará um ou mais desdobramentos,
      como os apresentados abaixo.
          Água - Saber sobre o local de origem da água, o percurso que faz até a escola e as casas, a
          forma de tratamento, os reservatórios e o processo de limpeza dos ambientes escolares.
          É importante discutir se a água é de qualidade, se é suficiente para a demanda da escola e
          de que forma pode ser economizada. Pode ser feito um estudo mais amplo sobre a água
          do município, rios e riachos, reservatórios, formas de abastecimento, estações de
          tratamento, etc.
          Água na escola - Produzir maquetes sobre o percurso da água que abastece a escola.
          Fazer desenhos, histórias em quadrinhos e diversificar a produção de textos. Verificar se
          há água disponível nos banheiros da escola, se a limpeza é conservada pelos alunos e se
          os banheiros funcionam regularmente.
          Vegetação - Buscar dados sobre o clima, o solo, a fauna e a flora da região. Comparar
          com a vegetação de outras regiões. Realizar aulas de campo para observação e
          experiências práticas. Pesquisar o impacto ambiental mais avançado no município, suas
          causas e soluções para reduzi-lo.
          Reservatórios de água - Analisar os tipos de reservatórios. Observar as formas
          geométricas e calcular o volume de cada um. Avaliar o tipo de material usado em sua
          construção, pesquisar seu custo e compará-lo com o de outros reservatórios. Averiguar
          os tipos mais construídos no Semiárido e o motivo da opção. Verificar no município as
          cisternas para consumo humano, como funcionam e em que locais. Verificar como são
          os reservatórios de água do município e das comunidades, sua capacidade e a qualidade
          da água que armazenam.
          Chuvas - Estudar a média de precipitação da chuva no município. Verificar os meses em
          que as chuvas são mais frequentes. Elaborar gráficos e tabelas com esses dados.
          Identificar as consequências da falta ou do excesso de chuva; que impacto isso tem na
          vida das pessoas; que atitudes da comunidade favorecem a seca e as inundações; o que
          pode ser feito para prevenir essas emergências.
          Comissão de Meio Ambiente e Qualidade de Vida na Escola (COM-Vida) - Discutir a
          importância da COM-Vida e de suas atribuições. Checar se a escola tem COM-Vida e sua
          própria Agenda 21. Se sim, revê-la e identificar necessidades de ações mais amplas ou
          específicas. Se não, formar a comissão e elaborar a Agenda 21 da escola. Procurar a
          Secretaria de Educação ou a Comissão Municipal Pró-Selo e solicitar o material de
          orientação do MEC para criação da Agenda 21. Propor uma visita da COM-Vida ao




Selo UNICEF Município Aprovado Edição 2009-2012
26

       Conselho de Meio Ambiente do município e identificar suas propostas para diminuir os
       impactos ambientais. Agendar reunião com representantes da COM-Vida de outras
       escolas para debater a superação dos problemas ambientais da comunidade.


         O que são as COM-Vidas e a Agenda 21

         Em 2003, participantes da Conferência Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente
         concluíram pela necessidade de criação de conselhos jovens nas escolas que acompanhassem
         os assuntos ligados à educação ambiental. Nascia assim a ideia da Comissão de Meio
         Ambiente e Qualidade de Vida na Escola (COM-Vida). Um de seus principais objetivos é
         compor uma Agenda 21 Escolar.

         A Agenda 21 é um programa de ação para todo o planeta, com 40 capítulos, que fala dos
         compromissos da humanidade com o século 21, pensando num futuro melhor, com respeito
         ao ser humano e ao seu ambiente. Os países têm suas Agendas 21 nacionais e devem estimular
         municípios, bairros e comunidades a criar seus próprios compromissos de proteção à
         natureza, fortalecendo a economia e a justiça social.

         Mais informações no site www.mec.gov.br.



       Hortas - Pesquisar sobre hortas suspensas e principalmente sobre as que utilizam pouca
       água ou a reutilizam. Planejar a construção de uma horta com os alunos, dividindo
       responsabilidades. Estudar a cultura de hortaliças – tempo e formas de plantio. Calcular
       área e perímetro de canteiros e elaborar equações sobre a produção.
       Destino do lixo - levantar a destinação dada pela escola e pelo município. Analisar se há
       coleta seletiva. Mobilizar o Conselho de Meio Ambiente e a COM-Vida para enfrentar o
       problema do lixo do município. Estimular a elaboração de propostas para melhoria do
       destino do lixo pelos alunos e enviá-las às secretarias municipais. Visitar associações de
       catadores de lixo, conversar sobre como fazem a separação, os cuidados que devem
       tomar. Identificar se há crianças e adolescentes atuando em lixões. Em caso positivo,
       informar o Conselho Tutelar.
       Parcerias - Firmar parcerias com as secretarias municipais, conselhos e ONGs para
       resolver os problemas identificados pela escola sobre a qualidade da água e o destino do
       lixo. A Comissão Municipal Pró-Selo pode contribuir, agendando reuniões em que os
       alunos possam apresentar os problemas identificados.


           a
          3 etapa      Mobilização comunitária
     Observar as instruções apresentadas na página 19, para desenvolver a mobilização
     comunitária com ampla participação.
Educação para a Convivência
com o Semiárido
Guia de Orientação para os Municípios                                                                    27


                a
              4 etapa         Avaliação do processo educativo
      Observar as instruções apresentadas na página20, para conduzir a avaliação do processo
      educativo.




              ROTEIRO 4
              Assistência social e cidadania

                a
              1 etapa          Pesquisa
      Propostas de condução da pesquisa nesse roteiro:
          Identificar as pessoas do município que compõem o Conselho Municipal dos Direitos da
          Criança e do Adolescente (CMDCA). Saber como foram escolhidas e quem as selecionou ou
          indicou.
          Buscar informações sobre a composição do Conselho Tutelar. Saber de sua localização e
          horário de funcionamento. Levantar quantas pessoas recebem atendimento em média por
          mês. Entender quais programas e projetos são voltados para crianças e adolescentes, como
          funcionam e quantas famílias ou crianças abrangem.
          Apurar quantas famílias estão inscritas no Programa Bolsa Família no município. Averiguar
          se o município tem Fundo da Infância e da Adolescência.
          Pesquisar quais os tipos de violência mais comuns contra a criança e o adolescente na
          comunidade. Levantar como são tratados esses direitos violados. Apurar outros
          desrespeitos aos direitos da criança e do adolescente.
          Levantar as ações realizadas pelo Centro de Referência de Assistência Social (Cras), unidade
          pública localizada em áreas de vulnerabilidade social, que atende famílias por meio de
          serviços socioassistenciais. Indagar quantas famílias são atendidas e em quais horários.
          Verificar quantas crianças e adolescentes do município recebem o Benefício de Prestação
          Continuada da Assistência Social (BPC), que permite o acesso de pessoas com deficiência às
          condições mínimas de uma vida digna. Checar se há pessoas que deveriam receber o BPC,
          mas não sabem como. Identificar formas de ajudar crianças e adolescentes que têm direito
          ao BPC a conseguir acesso a esse recurso.


                a
              2 etapa         Desdobramento da pesquisa
      A depender dos resultados da pesquisa, a escola selecionará um ou mais desdobramentos,
      como os apresentados a seguir:




Selo UNICEF Município Aprovado Edição 2009-2012
28

       Conhecer os Conselhos de Direitos - Promover palestras e debates com membros dos
       Conselhos, seguida de visita dos alunos aos locais de atendimento, quando possível. As
       atividades pedagógicas podem ser preparação de palestra, convite, elaboração de perguntas
       e de textos, desenhos, cartazes ou outros meios para divulgar os assuntos discutidos.
       Legislação - Fazer um estudo sobre a legislação, especialmente sobre o Estatuto da Criança e
       do Adolescente. Procurar entender o funcionamento dos conselhos municipais diretamente
       relacionados ao atendimento e à proteção das crianças e dos adolescentes. Abordar temas
       como o direito tutelar e os ligados à educação, saúde, merenda escolar e assistência social.
       Violação de direitos - Discutir os números do atendimento ou da falta de atendimento
       no Conselho Tutelar e em outros serviços, como na área de saúde. Investigar se há casos
       de desrespeito ou violação de direitos no município. Analisar indicadores já pesquisados
       e apresentados em outros documentos. As atividades pedagógicas podem relacionar
       exercícios matemáticos sobre os números pesquisados, debates sobre os fatos – suas
       causas e consequências. Promover análises com perspectivas históricas, ambientais,
       geográficas, sociais, econômicas e políticas.
       Programas sociais - Estudar os programas sociais existentes no município. Exemplo:
       importância do Bolsa Família para a economia local; formas de uso dos recursos pelos
       beneficiados; como o programa poderia ser melhorado; quem tem direito e quem o
       perde; se há famílias que merecem o benefício, mas não o recebem. As atividades
       pedagógicas podem explorar as operações fundamentais da matemática (fração,
       porcentagem, regra de três), dependendo do nível dos alunos. Também é possível propor
       debates sobre distribuição de riquezas, direitos e deveres, vinculando-os a práticas de
       escrita, leitura e cálculo, bem como a conceitos como cidadania.
       Saber sobre o Sistema de Garantia de Direitos (SGD) - O SGD articula e integra todas as
       instâncias governamentais e a sociedade civil, para fazer valer instrumentos e mecanismos
       de efetivação dos direitos da criança e do adolescente. Ele é importante, por exemplo,
       porque junta escola e unidades de saúde na questão do direito. Apurar quem participa do
       SGD no município e qual o papel de cada membro. Verificar presença e omissão de
       entidades e representantes na constituição jurídica ou em conselhos. As atividades
       pedagógicas podem se desdobrar em entrevistas, estudos de caso, contos, textos, paró-
       dias, dissertação, leituras e trabalhos com os números coletados nas pesquisas.


           a
          3 etapa     Mobilização comunitária
     Observar as instruções apresentadas na página 19, para desenvolver a mobilização
     comunitária com ampla participação.


          4a etapa    Avaliação do processo educativo
     Observar as instruções apresentadas na página20, para conduzir a avaliação do processo
     educativo.
Educação para a Convivência
com o Semiárido
Guia de Orientação para os Municípios                                                                               29


DESDOBRAMENTOS
NAS POLÍTICAS PÚBLICAS

                                As atividades deste guia foram pensadas para melhorar as condições de vida
                                de crianças e adolescentes. Concretizar tal objetivo exige o envolvimento de
                                toda a comunidade. Não se trata apenas de conquistar o Selo UNICEF
                                Município Aprovado, mas de estabelecer e cultivar elos e parcerias entre
                                escolas, outras instituições públicas, ONGs, conselhos, famílias, grupos de
                                adolescentes e líderes comunitários.

                                Por isso, as dicas, os debates e as tarefas propostos aqui não devem
                                ser entendidos como mais um programa a ser cumprido e que não
                                terá continuidade. Muito pelo contrário. As ações e reflexões devem
                                ultrapassar o período do Selo. Para todos os municípios, o trabalho com
                                o tema continua.

                                A busca por indicadores sociais cada vez mais justos precisa ser perma-
                                nente. Da mesma forma, o trabalho de atenção e proteção à criança e
                                ao adolescente deve se tornar um compromisso de todos. Assim, faz-se
                                necessário avaliar localmente o trabalho realizado em cada tema do
                                Eixo da Participação Social. E, daí, criar rotinas para coletar dados do
                                município, produzir conhecimento sobre eles, mobilizar famílias,
                                planejar ações concretas pelo bem da sociedade, estimular a criação de
                                políticas públicas abrangentes e democráticas e acompanhar seu
                                cumprimento pelas autoridades.

                                Vale lembrar que o município pode se desenvolver sempre mais. Somente
                                assim as propostas do Selo atingirão êxito de fato, e as crianças e os
                                adolescentes terão seus direitos garantidos.




                                                  é preciso cuidar para que a mobilização do Selo entre para a
                                      e:          rotina das salas de aula e não se limite a uma ação passageira.
                                 rtant
                             Impo                 Esses assuntos precisam permanecer no currículo escolar,
                                                  unindo conteúdos tradicionais de cada disciplina às temáticas
                                                  propostas pelo Selo. O maior equívoco no trabalho do Selo é o
                                                  município se articular e, depois, parar.




Selo UNICEF Município Aprovado Edição 2009-2012
30
Educação para a Convivência
com o Semiárido
Guia de Orientação para os Municípios                                                                            31


COMO SERÁ A AVALIAÇÃO


                                A avaliação do trabalho realizado no tema Educação para a Convivência com
                                                                          0
                                o Semiárido vai acontecer durante o 2 Fórum Comunitário, a ser realizado
                                no próprio município, no primeiro semestre de 2012. Na ocasião, o Grupo de
                                Trabalho (GT) do tema fará uma apresentação do processo desenvolvido e
                                dos resultados obtidos. Recomenda-se que a apresentação seja feita por
                                crianças e/ou adolescentes integrantes do GT. O conteúdo será, então,
                                avaliado pelo mediador contratado pelo UNICEF, bem como pela
                                comunidade, a partir de critérios definidos pelo UNICEF.

                                Na apresentação, o GT terá que descrever como as atividades do tema foram
                                desenvolvidas no município, levando em consideração a participação dos
                                diferentes atores, principalmente das crianças e dos adolescentes. Também
                                deverá destacar os principais resultados obtidos nas várias atividades. As
                                escolas participantes enviarão os seus relatórios (sugestão de modelo nas
                                páginas 35 a 50) para o mobilizador e o GT do tema para que eles possam
                                preparar a apresentação final.



   Conteúdos que                    Aspectos relacionados à composição e à dinâmica de trabalho do GT do tema;
       deverão ser
      inseridos na                  Número, percentual e características das escolas e dos atores envolvidos;
apresentação final
                                    Envolvimento dos Grupos de Estudos (GE) e grau de participação das
                                    crianças e adolescentes nas várias etapas do processo;

                                    Ações realizadas pelas escolas (pesquisas, desdobramentos dos dados
                                    pesquisados e integração ao currículo escolar, devoluções e mobilizações
                                    comunitárias em torno do tema, parcerias firmadas e ações intersetoriais
                                    realizadas, e perspectivas de continuidade das iniciativas no município);

                                    Resultados obtidos com o desenvolvimento do tema.




                                                  como forma de comprovar o trabalho realizado e os
                                      e:          resultados atingidos, deverão fazer parte da apresentação:
                                 rtant
                             Impo                 fotos, vídeos, depoimentos, relatos, peças de comunicação/
                                                  mobilização e dados numéricos.




Selo UNICEF Município Aprovado Edição 2009-2012
32

         Aspectos que      Formação do Grupo de Trabalho (GT), análise da Linha de Base e
     serão observados      vinculação com o tema, desenvolvimento do plano de ação e articulação
          na avaliação     das atividades;
                           Número, percentual, diversidade (idade, gênero, raça e etnia, deficiência,
                           rural/urbano) e representatividade de atores envolvidos nas atividades
                           do tema;
                           Número, percentual de escolas do ensino fundamental da rede municipal,
                           em áreas rurais e urbanas, que formaram Grupos de Estudos (GE);
                           Número de reuniões realizadas pelos Grupos de Estudos (GE);
                           Número de temáticas estudadas por roteiro;
                           Número de instituições e/ou fontes pesquisadas;
                           Resultados das experiências vividas e atividades desenvolvidas (realização
                           das pesquisas, desdobramentos dos dados pesquisados e integração ao
                           currículo escolar, devoluções e mobilizações comunitárias em torno do
                           tema, parcerias firmadas e ações intersetoriais realizadas, e perspectivas
                           de continuidade das iniciativas no município).


                         Ao final, o GT fornecerá ao mediador contratado pelo UNICEF uma cópia da
                         apresentação final (em versão digital e impressa). Recomenda-se que outra
                         cópia do documento seja entregue ao presidente do Conselho Municipal dos
                         Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), visando ao encaminhamento
                         das ações propostas.
                                             0
                         Ainda durante o 2 Fórum Comunitário, a Comissão Municipal Pró-Selo
                         poderá organizar uma expo-sição do conjunto de materiais e produtos
                         realiza-dos sobre tema, com o propósito de socializá-los com a população.
                                    0
                         O guia do 2 Fórum Comunitário, que será forne-cido pelo UNICEF, trará mais
                         detalhes sobre a metodologia da apresentação final e avaliação.
Educação para a Convivência
com o Semiárido
Guia de Orientação para os Municípios                                                                       33




                                                                                          CALENDÁRIO

             10 semestre de 2011

                   Encontro de capacitação sobre os temas do Eixo da Participação Social.
                   Início do planejamento e realização das atividades pelos municípios.


             20 semestre de 2011

                   Encontro de capacitação para acompanhamento e troca de experiências.
                   Apresentação da metodologia do 20 Fórum Comunitário.
                   Continuidade das atividades pelos municípios.


             10 semestre de 2012

                   Finalização das atividades pelos munícipios.
                   Preparação da apresentação final do tema.
                   Solicitação formal pelo município, ao UNICEF, de mediador para o 20 Fórum Comunitário.
                   Realização do 20 Fórum Comunitário.




Selo UNICEF Município Aprovado Edição 2009-2012
ANEXOS
Educação para a Convivência
com o Semiárido
Guia de Orientação para os Municípios                                                                                       35

ANEXO A                                                                        FICHA DE AVALIAÇÃO DA ESCOLA

ROTEIRO TEMÁTICO 1 | Como se desenvolve a educação no meu município
Esta ficha não precisará ser entregue ao UNICEF. Deverá ser entregue por cada escola participante ao mobilizador do tema para
que ele possa preparar a apresentação final durante o 20 Fórum Comunitário.


  Nome da escola:
  Endereço:

   Município:                                                     Estado:


                    ESCREVA ABAIXO O NÚMERO TOTAL DE ALUNOS, PROFESSORES E TURMAS DA ESCOLA.
                       AO LADO, COLOQUE O NÚMERO DE ENVOLVIDOS NAS ATIVIDADES DO ROTEIRO.

                                        Total geral da escola      Número de envolvidos nas atividades do roteiro

   Alunos

   Alunas

   Total de alunos

   Professores
   Turmas


                     A ESCOLA FORMOU UM GRUPO PARA ESTUDAR A LINHA DE BASE, O DIAGNÓSTICO DA
   1                     SITUAÇÃO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E O PLANO DE AÇÃO MUNICIPAL?

        NÃO             SIM             Se SIM, marque o número de reuniões de estudos

         Marque um X, nas alternativas abaixo,
                                                                                Número de participantes
        nos participantes das reuniões de estudos

        Alunos

        Alunas

        Professores
        Diretores e coordenadores pedagógicos

        Famílias (pais, mães, avós, tios)

        Líderes comunitários
        Outros. Quais?


                     MARQUE UM X NAS ATIVIDADES QUE FORAM REALIZADAS PELA ESCOLA NA 1a ETAPA:
   2                     PESQUISA SOBRE COMO SE DESENVOLVE A EDUCAÇÃO NO SEU MUNICÍPIO

        Abandono escolar

        Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb)

        Conselho Escolar e Unidade Executora

        Inclusão
        Atividades esportivas

        Qualidade da educação

        Outras. Quais?
36

     3                         MARQUE UM X NAS INSTITUIÇÕES PESQUISADAS PELA ESCOLA


                                                                              Número de participantes

         Escola

         Conselho escolar e unidade executora
         Secretaria de Educação

         Conselho Municipal de Educação

         Pesquisas complementares (livros, revistas, jornais, internet)

         Outras. Quais?




     4                   DESCREVA COMO AS PESQUISAS FORAM REALIZADAS (TRABALHO EM GRUPO
                        OU AÇÕES INDIVIDUAIS), O PERÍODO EM QUE OCORREU A COLETA DOS DADOS,
                         OS NOMES E CARGOS DAS PESSOAS ENTREVISTADAS E QUAIS AS PRINCIPAIS
                  DIFICULDADES ENFRENTADAS DURANTE O TRABALHO (DESCRIÇÃO COM ATÉ 200 PALAVRAS).



                                       RESPONDA EM PÁGINA COMPLEMENTAR




                                  MARQUE UM X NAS ATIVIDADES REALIZADAS PELA ESCOLA
     5                                NA 2a ETAPA: DESDOBRAMENTO DA PESQUISA

         Estudo sobre as causas do abandono escolar
         Análise do Ideb da escola e do município
         Estudo sobre o papel do conselho escolar e da unidade executora e a gestão democrática

         Trabalhos sobre educação inclusiva
         Atividades esportivas como inclusão social na escola

         Debate sobre a qualidade da educação no município

         Estudo sobre valores e relações entre escola e comunidade

         Ciclos de debates, palestras e seminários sobre como se desenvolve a educação no município

         Relação dos dados pesquisados com conhecimentos em língua portuguesa, matemática,
         geografia, ciência, arte, história, cultura, etc.

         Pesquisas complementares (livros, revistas, jornais, internet)

         Outras. Quais?




     6             DESCREVA DUAS ESTRATÉGIAS USADAS PELOS PROFESSORES PARA DESENVOLVER
                  AS ATIVIDADES DE DESDOBRAMENTO DA PESQUISA, QUANTAS DISCIPLINAS FORAM
            ENVOLVIDAS E AS PRINCIPAIS APRENDIZAGENS DOS ALUNOS (DESCRIÇÃO COM ATÉ 400 PALAVRAS).



                                       RESPONDA EM PÁGINA COMPLEMENTAR
Educação para a Convivência
com o Semiárido
Guia de Orientação para os Municípios                                                             37

                                        MARQUE UM X NAS ATIVIDADES REALIZADAS PELA ESCOLA
   7                                         NA 3a ETAPA: MOBILIZAÇÃO COMUNITÁRIA

        Planejamento do encontro de mobilização comunitária com os alunos
        Organização de um grupo de alunos para registrar as propostas da comunidade

        Divulgação e mobilização da comunidade, instituições públicas e lideranças da sociedade
        para participar do encontro de mobilização

        Apresentação, pelos alunos, dos dados pesquisados e dos conhecimentos produzidos sobre
        a educação no município

        Debate sobre a situação apresentada

        Elaboração de propostas para melhoria da situação da educação no município

        Outras. Quais?



                     A ESCOLA FORMOU UM GRUPO PARA ESTUDAR A LINHA DE BASE, O DIAGNÓSTICO DA
   8                     SITUAÇÃO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E O PLANO DE AÇÃO MUNICIPAL?

        NÃO             SIM

  Se sim, com quais instituições?


  Que ações a escola realizou com os parceiros?


  Durante qual período?




   9                        DESCREVA COMO ACONTECEU A MOBILIZAÇÃO COMUNITÁRIA,
                O NÚMERO DE ENCONTROS DA ESCOLA COM A COMUNIDADE, O NÚMERO DE PARTICIPANTES,
                 O ENVOLVIMENTO DOS ALUNOS E DOS PROFESSORES (DESCRIÇÃO COM ATÉ 400 PALAVRAS)



                                            RESPONDA EM PÁGINA COMPLEMENTAR




 10                 ESCREVA O DEPOIMENTO DE UM ALUNO, DE UM FAMILIAR E DE UM PROFESSOR,
                APONTANDO AS HISTÓRIAS VIVIDAS E AS MUDANÇAS OCORRIDAS A PARTIR DAS ATIVIDADES
                               DESSE ROTEIRO (DESCRIÇÃO COM ATÉ 400 PALAVRAS)



                                            RESPONDA EM PÁGINA COMPLEMENTAR




 11                                     QUAL A PROPOSTA DA ESCOLA PARA CONTINUAR AS AÇÕES
                                            DESTE GUIA APÓS O PERÍODO DO SELO UNICEF?



                                            RESPONDA EM PÁGINA COMPLEMENTAR
38

                NOMES DE QUEM FORNECEU AS INFORMAÇÕES:




     Preenchido por: _______________________________ Data: ____/____/ 20_____
Educação para a Convivência
com o Semiárido
Guia de Orientação para os Municípios                                                                                       39

ANEXO B                                                                        FICHA DE AVALIAÇÃO DA ESCOLA

ROTEIRO TEMÁTICO 2 | Saúde na escola, na família e na comunidade
Esta ficha não precisará ser entregue ao UNICEF. Deverá ser entregue por cada escola participante ao mobilizador do tema para
que ele possa preparar a apresentação final durante o 20 Fórum Comunitário.


  Nome da escola:
  Endereço:

   Município:                                                     Estado:


               ESCREVA ABAIXO O NÚMERO TOTAL DE ALUNOS, PROFESSORES E TURMAS DA ESCOLA.
                  AO LADO, COLOQUE O NÚMERO DE ENVOLVIDOS NAS ATIVIDADES DO ROTEIRO.

                                        Total geral da escola      Número de envolvidos nas atividades do roteiro

   Alunos

   Alunas

   Total de alunos

   Professores
   Turmas


                     A ESCOLA FORMOU UM GRUPO PARA ESTUDAR A LINHA DE BASE, O DIAGNÓSTICO DA
   1                     SITUAÇÃO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E O PLANO DE AÇÃO MUNICIPAL?

        NÃO             SIM             Se SIM, marque o número de reuniões de estudos

         Marque um X, nas alternativas abaixo,
                                                                                Número de participantes
        nos participantes das reuniões de estudos

        Alunos

        Alunas

        Professores
        Diretores e coordenadores pedagógicos

        Famílias (pais, mães, avós, tios)

        Líderes comunitários
        Outros. Quais?


                     MARQUE UM X NAS ATIVIDADES QUE FORAM REALIZADAS PELA ESCOLA NA 1ª ETAPA:
   2                       PESQUISA SOBRE SAÚDE NA ESCOLA, NA FAMÍLIA E NA COMUNIDADE

        Nutrição
        Mortalidade infantil
        Doenças
        Saúde e esporte
        Gravidez
        Comitê de saúde e prevenção nas escolas
        Trabalho das equipes de saúde
        Outras. Quais?
40

     3                         MARQUE UM X NAS INSTITUIÇÕES PESQUISADAS PELA ESCOLA


                                                                                  Número de participantes

         Escola
         Bairros ou ruas
         Comunidades rurais
         Posto de Saúde
         Hospitais e maternidades
         Secretaria de Saúde
         Pesquisas complementares (livros, revistas, jornais, internet)
         Outras. Quais?



     4                   DESCREVA COMO AS PESQUISAS FORAM REALIZADAS (TRABALHO EM GRUPO
                        OU AÇÕES INDIVIDUAIS), O PERÍODO EM QUE OCORREU A COLETA DOS DADOS,
                         OS NOMES E CARGOS DAS PESSOAS ENTREVISTADAS E QUAIS AS PRINCIPAIS
                  DIFICULDADES ENFRENTADAS DURANTE O TRABALHO (DESCRIÇÃO COM ATÉ 200 PALAVRAS).



                                       RESPONDA EM PÁGINA COMPLEMENTAR



                                 MARQUE UM X NAS ATIVIDADES REALIZADAS PELA ESCOLA
     5                               NA 2a ETAPA: DESDOBRAMENTO DA PESQUISA

         Estudo sobre desnutrição e obesidade

         Análise das causas de mortalidade infantil
         Tipos de doenças mais comuns nos bairros ou comunidades rurais (formas de transmissão,
         tratamento e prevenção)
         Estudo sobre alimentação saudável e práticas esportivas como forma de prevenção de doenças
         Função dos agentes de saúde nas comunidades ou bairros
         Análise do número de casos de gravidez na adolescência e o funcionamento da atenção necessária à gestante
         Elaboração de propostas para o funcionamento do programa Saúde e Prevenção na Escola
         Estudo sobre o funcionamento dos postos de saúde e o trabalho das equipes de saúde do município
         Relação dos dados pesquisados com conhecimentos em língua portuguesa, matemática, geografia,
         ciência, arte, história, cultura, etc.
         Ciclos de debates, palestras e seminários sobre saúde e prevenção
         Pesquisas complementares (livros, revistas, jornais, internet)
         Outras. Quais?



     6             DESCREVA DUAS ESTRATÉGIAS USADAS PELOS PROFESSORES PARA DESENVOLVER
                  AS ATIVIDADES DE DESDOBRAMENTO DA PESQUISA, QUANTAS DISCIPLINAS FORAM
            ENVOLVIDAS E AS PRINCIPAIS APRENDIZAGENS DOS ALUNOS (DESCRIÇÃO COM ATÉ 400 PALAVRAS).



                                       RESPONDA EM PÁGINA COMPLEMENTAR
Educação para a Convivência
com o Semiárido
Guia de Orientação para os Municípios                                                              41

                                        MARQUE UM X NAS ATIVIDADES REALIZADAS PELA ESCOLA
   7                                         NA 3a ETAPA: MOBILIZAÇÃO COMUNITÁRIA

        Planejamento do encontro de mobilização comunitária com os alunos
        Organização de um grupo de alunos para registrar as propostas da comunidade

        Divulgação e mobilização da comunidade, instituições públicas e lideranças da sociedade
        para participar do encontro de mobilização

        Apresentação, pelos alunos, dos dados pesquisados e dos conhecimentos produzidos sobre
        saúde na escola, na família e na comunidade

        Debate sobre a situação apresentada

        Elaboração de propostas para melhoria da situação da saúde no município

        Outras. Quais?



                     A ESCOLA FEZ PARCERIA COM ALGUMA INSTITUIÇÃO (ÓRGÃO DO GOVERNO, ONG,
   8              CENTRO DE PESQUISA, EMPRESA, UNIVERSIDADE, ETC.) PARA REALIZAR AÇÕES PROPOSTAS
                             PELA COMUNIDADE PARA MELHORAR A SAÚDE NO MUNICÍPIO?

        NÃO             SIM

  Se sim, com quais instituições?


  Que ações a escola realizou com o parceiro?


  Durante qual período?




   9                        DESCREVA COMO ACONTECEU A MOBILIZAÇÃO COMUNITÁRIA,
                O NÚMERO DE ENCONTROS DA ESCOLA COM A COMUNIDADE, O NÚMERO DE PARTICIPANTES,
                 O ENVOLVIMENTO DOS ALUNOS E DOS PROFESSORES (DESCRIÇÃO COM ATÉ 400 PALAVRAS)



                                            RESPONDA EM PÁGINA COMPLEMENTAR




 10                 ESCREVA O DEPOIMENTO DE UM ALUNO, DE UM FAMILIAR E DE UM PROFESSOR,
                APONTANDO AS HISTÓRIAS VIVIDAS E AS MUDANÇAS OCORRIDAS A PARTIR DAS ATIVIDADES
                               DESSE ROTEIRO (DESCRIÇÃO COM ATÉ 400 PALAVRAS)



                                            RESPONDA EM PÁGINA COMPLEMENTAR




 11                                     QUAL A PROPOSTA DA ESCOLA PARA CONTINUAR AS AÇÕES
                                            DESTE GUIA APÓS O PERÍODO DO SELO UNICEF?



                                            RESPONDA EM PÁGINA COMPLEMENTAR
42

                NOMES DE QUEM FORNECEU AS INFORMAÇÕES:




     Preenchido por: _______________________________ Data: ____/____/ 20_____
Educação para a Convivência
com o Semiárido
Guia de Orientação para os Municípios                                                                                       43

ANEXO C                                                                        FICHA DE AVALIAÇÃO DA ESCOLA

ROTEIRO TEMÁTICO 3 |Meio ambiente
Esta ficha não precisará ser entregue ao UNICEF. Deverá ser entregue por cada escola participante ao mobilizador do tema para
que ele possa preparar a apresentação final durante o 20 Fórum Comunitário.


  Nome da escola:
  Endereço:

   Município:                                                     Estado:


               ESCREVA ABAIXO O NÚMERO TOTAL DE ALUNOS, PROFESSORES E TURMAS DA ESCOLA.
                  AO LADO, COLOQUE O NÚMERO DE ENVOLVIDOS NAS ATIVIDADES DO ROTEIRO.

                                        Total geral da escola      Número de envolvidos nas atividades do roteiro

   Alunos
   Alunas
   Total de alunos
   Professores
   Turmas


                     A ESCOLA FORMOU UM GRUPO PARA ESTUDAR A LINHA DE BASE, O DIAGNÓSTICO DA
   1                     SITUAÇÃO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E O PLANO DE AÇÃO MUNICIPAL?

        NÃO             SIM             Se SIM, marque o número de reuniões de estudos

         Marque um X, nas alternativas abaixo,
                                                                                Número de participantes
        nos participantes das reuniões de estudos

        Alunos
        Alunas
        Professores
        Diretores e coordenadores pedagógicos
        Famílias (pais, mães, avós, tios)
        Líderes comunitários
        Outros. Quais?


           MARQUE UM X NAS ATIVIDADES QUE FORAM REALIZADAS PELA ESCOLA NA 1ª ETAPA: PESQUISA SOBRE
   2        MEIO AMBIENTE, RECURSOS NATURAIS, RESÍDUOS, SERVIÇOS MUNICIPAIS E PROCESSO EDUCATIVO

        Água
        Água na escola
        Vegetação
        Reservatórios de água
        Chuvas
        Comissões de Meio Ambiente e Qualidade de Vida (COM-Vida)
        Hortas
        Destino do lixo
        Parcerias
        Outras. Quais?
44

     3                     MARQUE UM X NAS INSTITUIÇÕES PESQUISADAS PELA ESCOLA


                                                                                 Número de participantes

         Escola
         Bairros ou ruas
         Comunidades rurais
         Estação de Tratamento de Água (ETA)
         Rios, riachos, açudes
         Conselho Municipal de Meio Ambiente
         Propriedades rurais
         Cooperativas de catadores de lixo
         Usinas de reciclagem
         ONG
         Pesquisas complementares (livros, revistas, jornais, internet)
         Outras. Quais?




     4             DESCREVA COMO AS PESQUISAS FORAM REALIZADAS (TRABALHO EM GRUPO
                  OU AÇÕES INDIVIDUAIS), O PERÍODO EM QUE OCORREU A COLETA DOS DADOS,
                   OS NOMES E CARGOS DAS PESSOAS ENTREVISTADAS E QUAIS AS PRINCIPAIS
            DIFICULDADES ENFRENTADAS DURANTE O TRABALHO (DESCRIÇÃO COM ATÉ 200 PALAVRAS).



                                       RESPONDA EM PÁGINA COMPLEMENTAR




                               MARQUE UM X NAS ATIVIDADES REALIZADAS PELA ESCOLA
     5                             NA 2a ETAPA: DESDOBRAMENTO DA PESQUISA

         Estudo sobre a água do município, formas de abastecimento, estação de tratamento

         Análise da oferta e da qualidade da água da escola

         Estudo sobre a vegetação, solo e impactos ambientais do município

         Pesquisa sobre os tipos de reservatórios mais construídos no Semiárido, formas, capacidade e custos

         Estudo da média de precipitação de chuva no município

         Elaboração ou início da COM-Vida e da Agenda 21 na escola

         Tipos de hortas, formas e tempo de plantio

         Estudo sobre o destino do lixo da escola e do município, coleta seletiva e formas de reaproveitamento
         Formação de parcerias para ciclos de debates, palestras e seminários sobre o destino do lixo,
         a qualidade da água e a diminuição dos impactos ambientais do município

         Relação dos dados pesquisados com conhecimentos em língua portuguesa, matemática, geografia,
         ciência, arte, história, cultura, etc.

         Pesquisas complementares (livros, revistas, jornais, internet)

         Outras. Quais?
Educação para a Convivência
com o Semiárido
Guia de Orientação para os Municípios                                                                  45

   6               DESCREVA DUAS ESTRATÉGIAS USADAS PELOS PROFESSORES PARA DESENVOLVER
                  AS ATIVIDADES DE DESDOBRAMENTO DA PESQUISA, QUANTAS DISCIPLINAS FORAM
            ENVOLVIDAS E AS PRINCIPAIS APRENDIZAGENS DOS ALUNOS (DESCRIÇÃO COM ATÉ 400 PALAVRAS).



                                            RESPONDA EM PÁGINA COMPLEMENTAR



                                        MARQUE UM X NAS ATIVIDADES REALIZADAS PELA ESCOLA
   7                                         NA 3a ETAPA: MOBILIZAÇÃO COMUNITÁRIA

        Planejamento do encontro de mobilização comunitária com os alunos

        Organização de um grupo de alunos para registrar as propostas da comunidade

        Divulgação e mobilização da comunidade, instituições públicas e lideranças da sociedade para
        participar do encontro de mobilização

        Apresentação, pelos alunos, dos dados pesquisados e dos conhecimentos produzidos
        sobre meio ambiente
        Debate sobre a situação apresentada

        Elaboração de propostas para a melhoria dos dados de meio ambiente pesquisados

        Outras. Quais?


                     A ESCOLA FEZ PARCERIA COM ALGUMA INSTITUIÇÃO (ÓRGÃO DO GOVERNO, ONG,
   8              CENTRO DE PESQUISA, EMPRESA, UNIVERSIDADE, ETC.) PARA REALIZAR AÇÕES PROPOSTAS
                                      PELA COMUNIDADE SOBRE MEIO AMBIENTE?

        NÃO             SIM

  Se sim, com quais instituições?


  Que ações a escola realizou com o parceiro?


  Durante qual período?




   9                        DESCREVA COMO ACONTECEU A MOBILIZAÇÃO COMUNITÁRIA,
                O NÚMERO DE ENCONTROS DA ESCOLA COM A COMUNIDADE, O NÚMERO DE PARTICIPANTES,
                 O ENVOLVIMENTO DOS ALUNOS E DOS PROFESSORES (DESCRIÇÃO COM ATÉ 400 PALAVRAS)



                                            RESPONDA EM PÁGINA COMPLEMENTAR




 10                 ESCREVA O DEPOIMENTO DE UM ALUNO, DE UM FAMILIAR E DE UM PROFESSOR,
                APONTANDO AS HISTÓRIAS VIVIDAS E AS MUDANÇAS OCORRIDAS A PARTIR DAS ATIVIDADES
                               DESSE ROTEIRO (DESCRIÇÃO COM ATÉ 400 PALAVRAS)



                                            RESPONDA EM PÁGINA COMPLEMENTAR
46

     11             QUAL A PROPOSTA DA ESCOLA PARA CONTINUAR AS AÇÕES
                        DESTE GUIA APÓS O PERÍODO DO SELO UNICEF?



                         RESPONDA EM PÁGINA COMPLEMENTAR




                     NOMES DE QUEM FORNECEU AS INFORMAÇÕES:




          Preenchido por: _______________________________ Data: ____/____/ 20_____
Educacao guia sab_18.05.11
Educacao guia sab_18.05.11
Educacao guia sab_18.05.11
Educacao guia sab_18.05.11
Educacao guia sab_18.05.11
Educacao guia sab_18.05.11
Educacao guia sab_18.05.11
Educacao guia sab_18.05.11

More Related Content

Similar to Educacao guia sab_18.05.11

UNCME Desafios Ed. Infantil Simone Albuquerque
UNCME   Desafios Ed. Infantil Simone AlbuquerqueUNCME   Desafios Ed. Infantil Simone Albuquerque
UNCME Desafios Ed. Infantil Simone Albuquerque
uncmers
 
Especialeducacaoinfantil
EspecialeducacaoinfantilEspecialeducacaoinfantil
Especialeducacaoinfantil
Marcia Gomes
 
Plano nacional pela primeira infancia_resumido
Plano nacional pela primeira infancia_resumidoPlano nacional pela primeira infancia_resumido
Plano nacional pela primeira infancia_resumido
IDIS
 
Orientações Curriculares Para A Educação Infantil Final
Orientações Curriculares Para A Educação Infantil FinalOrientações Curriculares Para A Educação Infantil Final
Orientações Curriculares Para A Educação Infantil Final
Maria Galdino
 
Orientações Curriculares para a Educação Infantil final
Orientações Curriculares para a Educação Infantil final   Orientações Curriculares para a Educação Infantil final
Orientações Curriculares para a Educação Infantil final
Maria Galdino
 
Parametros miolo infraestr
Parametros miolo infraestrParametros miolo infraestr
Parametros miolo infraestr
jaqueegervasio
 
Parâmetros basicos de infraestrutura para instituições de ed. infantil
Parâmetros basicos de infraestrutura para instituições de ed. infantilParâmetros basicos de infraestrutura para instituições de ed. infantil
Parâmetros basicos de infraestrutura para instituições de ed. infantil
Maria Galdino
 
Atitude expresso nº 18
Atitude expresso   nº 18Atitude expresso   nº 18
Atitude expresso nº 18
Professor
 
Luz camera educação 3
Luz camera educação 3Luz camera educação 3
Luz camera educação 3
Edson Mamprin
 

Similar to Educacao guia sab_18.05.11 (20)

Guia para a Elaboração de Planos Municipais pela Primeira Infância
Guia para a Elaboração de Planos Municipais pela Primeira InfânciaGuia para a Elaboração de Planos Municipais pela Primeira Infância
Guia para a Elaboração de Planos Municipais pela Primeira Infância
 
UNCME Desafios Ed. Infantil Simone Albuquerque
UNCME   Desafios Ed. Infantil Simone AlbuquerqueUNCME   Desafios Ed. Infantil Simone Albuquerque
UNCME Desafios Ed. Infantil Simone Albuquerque
 
Especialeducacaoinfantil
EspecialeducacaoinfantilEspecialeducacaoinfantil
Especialeducacaoinfantil
 
Educomunicar rede cep
Educomunicar rede cepEducomunicar rede cep
Educomunicar rede cep
 
Moc (1)
Moc (1)Moc (1)
Moc (1)
 
Avaliação na educação infantil
Avaliação na educação infantilAvaliação na educação infantil
Avaliação na educação infantil
 
Plano nacional pela primeira infancia_resumido
Plano nacional pela primeira infancia_resumidoPlano nacional pela primeira infancia_resumido
Plano nacional pela primeira infancia_resumido
 
Orientações Curriculares Para A Educação Infantil Final
Orientações Curriculares Para A Educação Infantil FinalOrientações Curriculares Para A Educação Infantil Final
Orientações Curriculares Para A Educação Infantil Final
 
Orientações Curriculares para a Educação Infantil final
Orientações Curriculares para a Educação Infantil final   Orientações Curriculares para a Educação Infantil final
Orientações Curriculares para a Educação Infantil final
 
br_semanadobebe
br_semanadobebebr_semanadobebe
br_semanadobebe
 
Parametros miolo infraestr
Parametros miolo infraestrParametros miolo infraestr
Parametros miolo infraestr
 
Parâmetros basicos de infraestrutura para instituições de ed. infantil
Parâmetros basicos de infraestrutura para instituições de ed. infantilParâmetros basicos de infraestrutura para instituições de ed. infantil
Parâmetros basicos de infraestrutura para instituições de ed. infantil
 
Atitude expresso nº 18
Atitude expresso   nº 18Atitude expresso   nº 18
Atitude expresso nº 18
 
Monografia Érica Pedagogia 2012
Monografia Érica Pedagogia 2012Monografia Érica Pedagogia 2012
Monografia Érica Pedagogia 2012
 
Cartilha Com vida
Cartilha Com vidaCartilha Com vida
Cartilha Com vida
 
Luz camera educação 3
Luz camera educação 3Luz camera educação 3
Luz camera educação 3
 
A Unicef No Brasil
A Unicef No BrasilA Unicef No Brasil
A Unicef No Brasil
 
Memorial Educação Infantil do Município de Itaberaba-BA - 2012.Claudinéia Ba...
Memorial Educação Infantil do Município de Itaberaba-BA -  2012.Claudinéia Ba...Memorial Educação Infantil do Município de Itaberaba-BA -  2012.Claudinéia Ba...
Memorial Educação Infantil do Município de Itaberaba-BA - 2012.Claudinéia Ba...
 
BNCC-educacao-infantil-interativo.pdf
BNCC-educacao-infantil-interativo.pdfBNCC-educacao-infantil-interativo.pdf
BNCC-educacao-infantil-interativo.pdf
 
1º Módulo do Ciclo Formativo Estadual_Eixo Educação Infantil.pptx
1º Módulo do Ciclo Formativo Estadual_Eixo Educação Infantil.pptx1º Módulo do Ciclo Formativo Estadual_Eixo Educação Infantil.pptx
1º Módulo do Ciclo Formativo Estadual_Eixo Educação Infantil.pptx
 

Educacao guia sab_18.05.11

  • 1. Educação para a Convivência com o Semiárido Guia de Orientação para os Municípios Selo UNICEF Município Aprovado Edição 2009 - 2012
  • 2.
  • 3. FUNDO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A INFÂNCIA Educação para a Convivência com o Semiárido Guia de Orientação para os Municípios Selo UNICEF Município Aprovado Edição 2009-2012 a 1 Edição UNICEF Brasília, 2011
  • 4. Realização Fundo das Nações Unidas para a Infância - UNICEF Marie-Pierre Poirier Representante do UNICEF no Brasil Escritório da Representante do UNICEF no Brasil SEPN 510 - Bloco A - 2o andar Brasília / DF - 70750-521 Educação para a Convivência com o Semiárido Guia de Orientação para os Municípios Selo UNICEF Município Aprovado Edição 2009-2012 Créditos Elaboração do conteúdo Serviço de Tecnologia Alternativa – Serta UNICEF Edição de texto P&B Comunicação Projeto gráfico e diagramação KDA Design Fotos F981e Fundo das Nações Unidas para a Infância Educação para a Convivência com o Semiárido: guia de orientação João Ripper para os municípios: Selo UNICEF Município Aprovado Edição 2009-2012 / Fundo das Nações Unidas para a Infância. – Brasília: UNICEF, 2011. Manuela Cavadas 52 p.: il. ISBN 978-85-87685-23-0 Revisão 1. Cidadania – Crianças e adolescentes. I. Título. KDA Design CDD 323.6 Jovenice Ferreira Santos – Bibliotecária CRB-5/1280 A reprodução desta publicação, na íntegra ou em parte, é permitida desde que citada a fonte.
  • 5. Sumário APRESENTAÇÃO 5 PARTICIPAÇÃO SOCIAL NO SELO UNICEF 7 ENTENDENDO O TEMA 9 COMO SE ORGANIZAR 11 1. Escolha do mobilizador local 11 2. Formação do Grupo de Trabalho 12 3. Construção do Plano de Trabalho 13 ATIVIDADES PROPOSTAS 15 1. Como desenvolver os roteiros 16 1ª Etapa – Pesquisa 17 2ª Etapa – Desdobramento da pesquisa 19 3ª Etapa – Mobilização comunitária 19 4ª Etapa – Avaliação do processo educativo 20 2. Roteiros temáticos 21 Roteiro 1 – Como se desenvolve a educação no seu município 21 Roteiro 2 – Saúde na escola, na família e na comunidade 23 Roteiro 3 – Meio ambiente 24 Roteiro 4 – Assistência social e cidadania 27 DESDOBRAMENTOS NAS POLÍTICAS PÚBLICAS 29 COMO SERÁ A AVALIAÇÃO 31 ANEXOS 34 A – Avaliação da escola – Roteiro temático 1 35 B – Avaliação da escola – Roteiro temático 2 39 C – Avaliação da escola – Roteiro temático 3 43 D – Avaliação da escola – Roteiro temático 4 47 SITES ÚTEIS 51 ENDEREÇOS DO UNICEF 52
  • 6.
  • 7. Educação para a Convivência com o Semiárido Guia de Orientação para os Municípios 5 APRESENTAÇÃO Para assegurar o direito de aprender de cada criança e adolescente, precisamos valorizar o lugar onde vivem, considerando sua geografia, história e cultura. Esse entendimento é compartilhado pelo UNICEF e por outras várias organizações e movimentos sociais, em sintonia com a Lei de Diretrizes e Bases, das Diretrizes Curriculares Nacionais do Conselho Nacional de Educação e dos Parâmetros Curriculares publicados pelo Ministério da Educação. Historicamente, o Semiárido costumava ser retratado no País como um lugar de pobreza, seca e poucas oportunidades. Esse quadro vem mudando aos poucos. Mas, muitas vezes, ainda se repete a visão equivocada de atraso e de falta de perspectivas, principalmente no campo, sugerindo que os alunos saiam de sua localidade para “virar gente”. Oportunidades, trabalho, renda, só em outro lugar. Ao contrário disso, a Educação para a Convivência com o Semiárido ensina a transformar o lugar onde se vive e ali manter raízes e laços de família. Esse reconhecimento vai além da noção de campo apenas como rural e compreende suas necessidades culturais, direitos sociais e formação integral dos indivíduos. Neste guia, utiliza-se essa nova forma de ver o Semiárido, ao se propor uma educação para a construção de políticas públicas voltadas à educação de qualidade. Ao mesmo tempo, a diversidade cultural é respeitada, ao se reconhecer a realidade de cada criança, adolescente e jovem, residentes no campo ou na cidade. Essa é a essência da Educação para a Convivência com o Semiárido. Ao realizar as atividades aqui apresentadas – de pesquisa, de mobilização e de avaliação –, a escola contribuirá na promoção dos direitos da criança e do adolescente, respeitando sua própria realidade e a da comunidade a que pertencem. Abre-se, assim, um leque de aprendizagens. Ao vivenciá-las, os estudantes participarão intensamente da melhoria das condições locais, integrados a outras iniciativas e fortalecidos pelo interesse comum. Assim, configura-se a chamada Educação para a Convivência. Selo UNICEF Município Aprovado Edição 2009-2012
  • 8. 6 Cada escola escolherá o roteiro que lhe parecer mais apropriado. A opção dependerá do conhecimento da situação comunitária e municipal. O articulador municipal e a Comissão Municipal Pró-Selo terão papel fundamental, ao facilitar o acesso da escola ao diagnóstico da situação de crianças e adolescentes no município e ao Plano Municipal de Ação – dois importantes instrumentos de garantia de direitos da infância e da 0 adolescência, elaborados no 1 Fórum Comunitário, realizado em cada município em 2010. No final do guia, propomos um itinerário pedagógico para dar continuidade às ações. Nosso desejo é que essa ação permaneça e contribua para políticas permanentes que garantam o direito de aprender de cada criança e adolescente na região. Boa leitura e bom trabalho! Marie-Pierre Poirier Representante do UNICEF no Brasil
  • 9. Educação para a Convivência com o Semiárido Guia de Orientação para os Municípios 7 PARTICIPAÇÃO SOCIAL NO SELO UNICEF O Selo UNICEF Município Aprovado mobiliza gestores, técnicos, conselheiros, lideranças sociais, além das próprias famílias, adolescentes e crianças, para melhorar de forma concreta a vida de meninas e meninos de até 17 anos nos municípios do Semiárido e Amazônia Legal Brasileira. Fortalecendo o município, o Selo busca contribuir com o alcance dos Objetivos de Desenvol- vimento do Milênio e com a superação de marcantes iniquidades – de raça, etnia, gênero, local de origem, idade, entre outras – na garantia dos direitos de cada menino e menina dessas regiões do Brasil. O Selo estimula as localidades a garantir às crianças e aos adolescentes os cinco direitos básicos do programa do UNICEF para o Brasil. São eles: 1 sobreviver e se desenvolver, 2 aprender, 3 proteger-se e ser protegido do HIV/aids, 4 crescer sem violência, 5 ser prioridade absoluta nas políticas públicas. A atual edição do Selo tem duração de 36 meses, entre 2009 e 2012. O programa acontece por meio do desenvolvimento de capacidade técnica dos municípios, estratégias de mobilização social e do acompanhamento de indicadores, com desafios em três eixos: Impacto Social, Gestão de Políticas Públicas e Participação Social. Esse último inclui a realização de fóruns comunitários e o desenvolvimento de ações temáticas. Como parte do Eixo de Participação Social, cada município realizou, em 0 2010, o 1 Fórum Comunitário do Selo UNICEF e fez seu Plano de Ação. A proposta é definir prioridades para os municípios avançarem nos indicadores sociais da infância e adolescência até 2012. Agora em 2011, um novo conjunto de atividades vem reforçar esse objetivo por meio da participação social: mobilizar, de forma ampla, escolas, famílias e comuni- dades para que se envolvam na discussão e no controle de políticas públicas municipais para a infância e adolescência. Para tanto, estão sendo propostos quatro temas atuais e impactantes na vida das crianças e dos adolescentes: Selo UNICEF Município Aprovado Edição 2009-2012
  • 10. 8 1 Esporte e Cidadania (Municípios Semiárido e Amazônia) 2 Cultura e Identidade - Comunicação para a Igualdade Étnico-Racial (Municípios Semiárido e Amazônia) 3 Educação para a Convivência com o Semiárido (Municípios Semiárido) 4 Mudança Climática e o Impacto na Vida de Crianças e Adolescentes (Municípios Amazônia) Para cada um dos temas do Eixo de Participação Social, o UNICEF e parceiros criaram um guia metodológico específico. Neles, estão conceitos que deverão orientar o trabalho nos municípios participantes. As publicações também informam sobre planejamento e execução das atividades, mobilização e pontuação no processo de conquista do Selo. Com o apoio das prefeituras – por meio das secretarias municipais de Educação, Cultura, Esporte, Meio Ambiente, Comunicação, entre outras –, grupos de trabalho deverão se organizar para desenvolver ações nas unidades de ensino e em outros espaços alternativos de aprendizagem. Tudo isso sempre com a participação intensa de crianças e adolescentes. Meninas e meninos serão estimulados a participar de atividades ligadas à educação, à cultura, ao meio ambiente, ao esporte e ao lazer no município onde moram. Conhecendo melhor suas raízes, seu povo e sua realidade, os estudantes tendem a compreender as formas de convivência com a região onde vivem, valorizando sua cultura e história e atuando como agentes de transformação social. O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), organizações da sociedade atuantes na área da infância e adolescência e lideranças adolescentes também serão grandes aliados nessa jornada. Em todas as etapas, a comunicação será fundamental para manter a comunidade sempre informada sobre tudo o que acontece e mobilizada a participar. Então, em 2012, o município solicitará formalmente ao UNICEF a presença de um mediador para a realização do 20 Fórum Comunitário, no qual será possível socializar todos os aprendizados. Durante o evento, o desempenho do município será avaliado pelo mediador e pela comunidade. O que se pode garantir desde já é que, quanto mais participativa e articulada for toda essa experiência, melhores serão os resultados! Para além da conquista do Selo, o UNICEF espera que o trabalho realizado em cada tema permaneça no cotidiano dos municípios, contribuindo com a melhoria das políticas públicas locais.
  • 11. Educação para a Convivência com o Semiárido Guia de Orientação para os Municípios 9 ENTENDENDO O TEMA A Educação para a Convivência com o Semiárido é uma proposta em sintonia com as indicações da Lei de Diretrizes e Bases, das Diretrizes Curriculares Nacionais do Conselho Nacional de Educação e dos Parâmetros Curriculares publicados pelo Ministério da Educação. Ela propõe que a educação seja compreendida no contexto da localidade onde está situada a escola. Ensina a mudar o lugar onde se vive e ali manter raízes e laços de família. Esse reconhe- cimento vai além da noção de campo apenas como rural e compreende suas necessidades culturais, direitos sociais e formação integral dos indivíduos. Depois das Diretrizes Operacionais para a Educação Básica das Escolas do Campo (Resolução CNC/CEB n0 1, de 03/04/02) e das Diretrizes Comple- mentares, Normas e Princípios para o Desenvolvimento de Políticas Públicas de Atendimento da Educação Básica do Campo (Resolução CNE/CEB n0 2, de 28/04/08), publicadas em abril de 2002 pelo Conselho Nacional de Educação, a Educação para a Convivência conquistou um grande reforço. O campo brasileiro deixou de ser visto como lugar da pobreza, do atraso, do matuto. Passou a ser entendido como espaço social, com vida, identidade e cultura próprias, além de práticas compartilhadas. Neste guia, utiliza-se essa nova forma de ver o Semiárido, ao se propor uma educação para a construção de políticas públicas, voltadas à educação de qualidade. Ao mesmo tempo, respeita-se a diversidade cultural ao reconhecer a realidade de cada criança e adolescente, residentes no campo ou na cidade. Essa é a essência da Educação para a Convivência com o Semiárido. O Selo UNICEF vem apoiando e estimulando iniciativas que priorizam tal visão. Alguns exemplos: Rede de Educação do Semiárido Brasileiro (Resab), que reúne educadores de todo o Nordeste, do norte de Minas Gerais e do Espírito Santo; Rede de Educação Contextualizada do Agreste e Semiárido (Recasa), que articula a educação do campo no Estado de Alagoas; Serviço de Tecnologia Alternativa (Serta), de Pernambuco; Movimento de Organização Comunitária (MOC), da Bahia; entre outros. Selo UNICEF Município Aprovado Edição 2009-2012
  • 12. 10 Tais redes e organizações partem dos cinco princípios a seguir. 1 Garantia de políticas educacionais 2 Construção do conhecimento com interdisciplinaridade e transdisciplinaridade 3 Aplicação das leis ligadas à construção de uma educação pública de qualidade 4 Defesa incondicional da escola pública, gratuita e de qualidade no Semiárido e no Brasil 5 Respeito e promoção dos direitos de crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos É o caso do Projeto Jovens pela Educação e Convivência com o Semiárido, desenvolvido em escolas pernambucanas, desde 2008, pelo Serta, em parceria com o UNICEF. Ele tem contribuído para a formação de educadores, para a educação integral e inclusiva, garantindo a crianças e adolescentes o direito de aprender a conviver com sua realidade. O percurso proposto neste guia orienta-se por essa mesma perspectiva, ao utilizar a metodologia Peads – Proposta Educacional de Apoio ao Desenvol- vimento Sustentável, desenvolvida pelo Serta. Ela procura ser um instrumento para a escola apoiar o município na conquista de políticas públicas em prol de crianças e adolescentes.
  • 13. Educação para a Convivência com o Semiárido Guia de Orientação para os Municípios 11 COMO SE ORGANIZAR 1 ESCOLHA DO MOBILIZADOR LOCAL A primeira providência que o município precisa tomar para organizar o trabalho no tema Educação para a Convivência com o Semiárido é escolher o mobilizador local para o tema. A pessoa deve ser selecionada pelo articulador do Selo junto com a Comissão Municipal Pró-Selo. Pode, inclusive, ser algum integrante da própria Comissão, que tenha ligação com o assunto em foco. Nesse tema, é fundamental que o mobilizador seja alguém ligado à Secretaria Municipal de Educação, pois as atividades serão desenvolvidas pelas escolas e precisam estar em sintonia com a proposta pedagógica traçada para a rede municipal. Essa pessoa cuidará da composição de um Grupo de Trabalho específico para o tema e manterá contato contínuo com a Comissão Pró-Selo. Por isso, precisa ser: motivada; animada; articulada; e comprometida com a causa da Educação. Como líder das ações do tema, o mobilizador: será o ponto de referência para colocar em prática as propostas e tarefas expressas neste guia; agregará mais pessoas identificadas com o tema para formar um Grupo de Trabalho (GT) que acompanhará as atividades desenvolvidas pelas escolas; incentivará a integração de escolas municipais nas atividades do tema; zelará para que todo o processo seja devidamente documentado; e preparará, junto com o GT, a apresentação final do tema para avaliação pela 0 comunidade e pelo UNICEF durante o 2 Fórum Comunitário, em 2012 (veja na página 31). Selo UNICEF Município Aprovado Edição 2009-2012
  • 14. 12 2 FORMAÇÃO DO GRUPO DE TRABALHO (GT) O mobilizador deverá convidar os dirigentes das escolas envolvidas, representantes de secretarias de Educação, Cultura, Assistência Social e Esporte, integrantes de ONGs, entidades e associações esportivas e comunitárias, clubes de serviços, igrejas, escolas, além, claro, de adolescentes envolvidos no processo do Selo UNICEF (ver quadro página 13). No caso dos municípios que participaram da Edição 2008 do Selo, deve-se considerar o pessoal envolvido naquela oportunidade. Afinal, é importante partir de algo já conhecido e realizado. Os membros do GT vão fornecer às escolas informações e documentos, além de acompanhar o trabalho em cada uma, para auxiliá-las na execução dos roteiros temáticos – entre as quatro opções sugeridas adiante – que escolherem. Por isso, seus participantes precisam estar dispostos a assumir um real compromisso de atuação. Durante todo o processo, o GT não pode perder de vista os seguintes pontos fundamentais: manter articulação constante com o articulador do Selo e a Comissão Pró-Selo; envolver e motivar as escolas municipais, considerando o número mínimo proposto pelo UNICEF (ver página 15) para desenvolver as atividades; apoiar as escolas e fornecer as informações necessárias para a pesquisa inicial, conforme descrito mais a frente (ver página 17); estimular o registro das atividades em fotos, vídeos, depoimentos, peças de comunicação, etc. Esse material ajudará a preparar a apresentação final; acompanhar o desenvolvimento das atividades, receber relatório de cada escola participante e sistematizar as informações para a apresentação final; fazer apresentação final sobre as atividades e os resultados do tema durante o 0 2 Fórum Comunitário, a ser realizado no próprio município, no primeiro semestre de 2012 (ver página 31). Formado o GT, suas primeiras atividades são: definir regras de funcionamento; criar um cronograma de reuniões; conversar sobre as ações propostas neste guia; e desenvolver um bom Plano de Trabalho.
  • 15. Educação para a Convivência com o Semiárido Guia de Orientação para os Municípios 13 Núcleo de Mobilização de Adolescentes Pró-Selo Esse grupo é formado por adolescentes que se mobilizaram para participar dos espaços de discussão e decisão sobre os direitos das crianças e dos adolescentes. Conta com, no mínimo, 15 integrantes e tem representantes na Comissão Pró-Selo. O guia Cidadania dos Adolescentes, distribuído pelo UNICEF, trata da formação desse grupo e dá várias dicas de como ele pode atuar. A versão eletrônica do guia está disponível no www.unicef.org.br e www.selounicef.org.br os adolescentes têm papel essencial na discussão, planejamento nte: e avaliação de cada tema, e não apenas na execução das Importa atividades. Deve-se garantir que eles estejam representados no Grupo de Trabalho. Também é importante que o Núcleo de Mobilização de Adolescentes Pró-Selo participe de todas as etapas do processo. 3 CONSTRUÇÃO DO PLANO DE TRABALHO Depois de ler todo este guia e compreender as quatro atividades propostas nas páginas a seguir (desenvolvimento de roteiros temáticos pelas escolas), o GT deve criar um Plano de Trabalho. Na prática, o Plano é uma lista completa de tarefas. Para organizar melhor as informações, é aconselhável fazer uma tabela para cada uma das quatro atividades, onde vão constar: as ações a ser realizadas; os nomes dos responsáveis pela execução de cada uma; data para término das tarefas; e recursos necessários (desde pessoas para ajudar até material de escritório, câmera fotográfica, meio de transporte, etc.). Com isso, o GT poderá prever seus desafios e se programar para que tudo aconteça de maneira organizada e dentro dos prazos. Selo UNICEF Município Aprovado Edição 2009-2012
  • 16. 14
  • 17. Educação para a Convivência com o Semiárido Guia de Orientação para os Municípios 15 ATIVIDADES PROPOSTAS Para avançar na discussão e no exercício do direito de aprender, o Selo UNICEF Município Aprovado propõe que as escolas do município realizem roteiros pedagógicos, oferecendo quatro opções de temas: 1 Como se desenvolve a educação no seu município; 2 Saúde na escola, na família e na comunidade; 3 Meio ambiente; 4 Assistência social e cidadania. cada escola deverá escolher com quantos e quais roteiros vai nte: trabalhar. Em relação à quantidade de escolas, será necessário Importa envolver, no mínimo, um número de escolas que represente 10% da matrícula no ensino fundamental da rede pública municipal. É necessário ainda garantir a participação de, pelo menos, uma escola da área urbana e outra da rural. Essas quatro temáticas coincidem com as quatro áreas principais que o município está buscando melhorar na vida de cada criança e adolescente, no processo do Selo UNICEF. São elas: educação, saúde, meio ambiente e assistência social e cidadania. Nessas áreas, um conjunto de indicadores (Linha de Base) foi organizado pelo UNICEF, está sendo monitorado e serviu de base para a construção de um Diagnóstico e um Plano de Ação Municipal – que serão tratados com mais detalhe na página 17. Conhecer e discutir esses documentos será o ponto de partida do trabalho da escola. Depois dessa etapa inicial de pesquisa e reflexão, cada escola terá condições de entender melhor como se enquadra nesse cenário e optar por uma ou mais temáticas com as quais quer trabalhar. Essa escolha deverá se relacionar ainda com o planejamento da escola. Para cada temática, será apresentado a seguir um roteiro próprio (veja a partir da página 21). A escola distribuirá tarefas para as turmas, para que se aprofundem em aspectos distintos. A proposta é que se procure integrar as atividades aos currículos, sem abandono de nenhum conteúdo disciplinar. Os temas vão somar ideias e dinâmicas ao que já está previsto para ser ensinado no ano. Selo UNICEF Município Aprovado Edição 2009-2012
  • 18. 16 1 Para favorecer a integração entre as temáticas propostas e o planejamento e: dos conteúdos curriculares, o UNICEF recomenda a formação de Grupos de rtant Impo Estudos (GE) nas escolas, que se reunirão periodicamente para definir os planos de ações e as estratégias para desenvolver o(s) roteiro(s) selecionado(s). Devem integrar o grupo: representantes de alunos, pais e lideranças comunitárias. 2 Independentemente da atuação do Grupo de Estudos, convém que a escola estabeleça parcerias com diferentes setores da sociedade, tais como: conselhos municipais, agentes de saúde, associações, sindicatos, igrejas, ONGs, grupos de mulheres e de jovens, secretarias municipais, rádios comunitárias, artistas e lideranças locais. Isso vai ajudar a obter resultados concretos e integrados à realidade. 1 COMO DESENVOLVER OS ROTEIROS Os quatro roteiros temáticos propostos apresentam um mesmo itinerário pedagógico, que pode ser entendido em quatro etapas, como exposto no diagrama a seguir. As etapas se integram, mas cada uma possui dinâmicas e didáticas próprias. Na primeira etapa, sugerem-se perguntas para se aprofundar a pesquisa. Na segunda, oferecem-se propostas para desenvolver os resultados obtidos. Na terceira, a ideia é socializar os conhecimentos produzidos com as comunidades. Na quarta e última, entra em cena a avaliação das conquistas bem como os desafios enfrentados. a a 1 ETAPA 2 ETAPA Desdobramento dos Pesquisa, a dados pesquisados, tendo a realidade 1 integrando-os ao como ponto de partida currículo escolar 2a ROTEIROS TEMÁTICOS a 4 ETAPA 4a a 3 ETAPA Mobilização comunitária Avaliação do 3a dos conhecimentos processo educativo produzidos, para provocar ação coletiva
  • 19. Educação para a Convivência com o Semiárido Guia de Orientação para os Municípios 17 ATENÇÃO Em cada roteiro, a primeira e a segunda etapas têm elementos específicos, em função do assunto abordado. A terceira e a quarta são comuns a todos e, por isso, não aparecerão com maiores detalhes no descritivo de cada roteiro, mais a frente. 1a Etapa A Linha de Base, fornecida pelo UNICEF a cada município participante do Pesquisa Selo, reúne indicadores sociais de 2007 do município. São contribuições de diversos ministérios e de sistemas oficiais de informação que permitiram tirar uma espécie de fotografia estatística das cidades naquele ano. Outros dois documentos já foram gerados pelos municípios participantes do Selo a partir da Linha de Base e também devem ser considerados: o Diagnóstico da Situação das Crianças e Adolescentes do Município e o Plano de Ação Municipal. O Diagnóstico foi produzido por integrantes do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), pelo articulador do Selo e pelos membros da Comissão Pró-Selo. Esse grupo coletou dados dos anos posteriores à Linha de Base e fez um levantamento de projetos, programas, políticas sociais, equipamentos públicos e serviços básicos de atendimento à infância e à adolescência locais. Daí surgiu o Diagnóstico, apresentado à comunidade e a vários segmentos da sociedade em um 0 evento do Selo chamado 1 Fórum Comunitário, que aconteceu no segundo semestre de 2010. Durante o 10 Fórum, diferentes lideranças da comunidade puderam discutir a situação do município e contribuir com a construção de soluções, que resultaram no Plano de Ação Municipal. Cabe a cada escola utilizar a Linha de Base, o Diagnóstico e o Plano de Ação Municipal de maneira integrada ao currículo. O articulador do Selo e a Comissão Pró-Selo possuem esses materiais e podem entregá-los ao mobilizador local e a seu Grupo de Trabalho para que forneçam cópias às escolas. No papel, as temáticas da educação, saúde, meio ambiente e assistência social e cidadania aparecem separadamente para ajudar no entendimento e Selo UNICEF Município Aprovado Edição 2009-2012
  • 20. 18 na compreensão da realidade de cada município. Na vida, porém, elas estão interligadas. Tem saúde quem tem educação; o meio ambiente fica equilibrado quando se vive a cidadania; e assim por diante. Ou seja, no dia a dia, as temáticas existem articuladas entre si. Fazer as conexões delas com as disciplinas é uma ótima forma de a escola ir construindo uma Educação para a Convivência com o Semiárido. A interação em sala de aula com esse grande conjunto de informações pode acontecer de muitas maneiras: dados estatísticos podem embasar problemas matemáticos; a leitura e o entendimento de trechos dos documentos podem entrar para as aulas de português; diferentes realidades locais podem incitar discussões sobre geografia humana; a história do município pode ser analisada dentro do contexto do País, a partir dos fatos passados e das políticas atuais; incidências de doenças podem ser tratadas em aulas de ciências e biologia; a percepção do outro pode ajudar na construção do conceito de cidadania; professores e alunos podem realizar pesquisas sobre o que foi coletado e tentar encontrar soluções alternativas. a escola está no dia a dia dos alunos, mas extrapola esse e: núcleo de pessoas. Retornando para sua casa, os estudantes rtant Impo interagem com seus familiares e voltam no dia seguinte com mais ideias e opiniões. Assim, cria-se uma grande roda de diálogo em torno da realidade do município. A escola, mais do que qualquer instituição, tem condições de fazer um trabalho de natureza contínua, organizada, mobilizadora, monitorada, avaliada, com reconhecimento e respeito nas comunidades. Para além dos três documentos já citados (Linha de Base, Diagnóstico e Plano de Ação Municipal), a pesquisa certamente pode ser ampliada pelo grupo. É possível se valer de entrevistas, questionários, visitas a instituições, consulta a pessoas que atuam na área, órgãos públicos, empresas e
  • 21. Educação para a Convivência com o Semiárido Guia de Orientação para os Municípios 19 associações que cuidam de ações ligadas ao detalhe que se está estudando, aulas já realizadas em diferentes espaços pedagógicos, dados de meios de comunicação locais, livros, revistas, sites, blogs, entre outros meios. Em cada roteiro, estão sendo propostos pontos específicos para a pesquisa – veja a partir da página 21. A forma de trabalho vai depender da escola e do plano que tiver sido criado para conduzir a pesquisa. É importante lembrar que o tema precisa estar articulado com o currículo em vigor. De qualquer maneira, algumas dicas podem ajudar: definir tarefas e responsabilidades de grupos, formados por alunos e coordenados por professores; verificar as disciplinas que se articulam mais com a temática do respectivo roteiro; planejar a didática das aulas, dinâmicas e exercícios, de acordo com o calendário/plano escolar e também com a rotina de trabalho das equipes. a 2 Etapa Os dados coletados precisam ser organizados e integrados aos conteúdos Desdobramento curriculares da escola. Os novos produtos de conhecimento podem ser da pesquisa relacionados aos já ensinados em sala de aula. Os alunos participam criando estes produtos: peças de teatro, poesias, paródias, jornais, programas de rádio, desenhos, planilhas, gráficos, maquetes, a depender da disciplina. Em cada roteiro, estão sendo propostos pontos específicos para o desdo- bramento da pesquisa – veja a partir da página 21. a 3 Etapa A escola vai mostrar à comunidade os resultados que obteve, apresentando, Mobilização se possível, produtos de conhecimento elaborados pelos alunos. No encontro, comunitária deve-se reservar tempo para realização de um debate. O objetivo é mobilizar a comunidade e a gestão municipal para agir sobre os problemas apontados pelos indicadores e contribuir para encontrar soluções. Portanto, dessa interação sairão propostas para a melhoria da situação do município quanto aos dados pesquisados. Selo UNICEF Município Aprovado Edição 2009-2012
  • 22. 20 O Grupo de Estudo da escola pode cuidar da organização do evento ou reunir mais pessoas da comunidade, distribuindo as tarefas listadas a seguir. Definir um local e prepará-lo (com som, iluminação, cadeiras, água para os participantes); Produzir uma lista de convidados (não se esquecer do mobilizador do tema, do articulador do Selo UNICEF, do presidente do CMDCA e outros membros Comissão Municipal Pró-Selo, além do dirigente da escola, das famílias e lideranças comunitárias do bairro) e chamá-los para o evento; Cuidar da comunicação (em sistemas de alto-falante, rádios, jornais, murais, blogs, etc.); Criar uma programação (com a sequência do que será apresentado pelos alunos e tempo para debate entre os presentes); e Registrar as propostas sugeridas no debate (em anotações num quadro ou painel). Após o encontro, será necessário descrever as propostas de mobilização comunitária (veja Anexo A, na página 35). Os alunos podem ficar com a missão de fazer esse relatório, além de cuidar das anotações do debate. 4a Etapa Nas três etapas anteriores do roteiro, será preciso reservar espaço para Avaliação reflexão sobre como os trabalhos estão sendo conduzidos, sobretudo, com do processo o propósito de identificar conhecimentos construídos, valores e relações educativo desenvolvidas. Na verdade, a postura avaliativa deve ser colocada em prática já a partir do entendimento da Linha de Base, do Diagnóstico e do Plano de Ação Municipal. A meta da avaliação consiste em perceber melhorias na vida das pessoas do Semiárido, com base na discussão das políticas públicas e de como a proteção integral de crianças e adolescentes está garantida no município. É indispensável relatar mudanças ocorridas no cotidiano dos alunos, de suas famílias, das lideranças comunitárias e nas condições da própria escola. Após a conclusão do processo avaliativo, é importante que cada escola preencha o anexo de avaliação, relativo a cada um dos roteiros temáticos (veja a partir da página 35), e entregue esse relatório ao mobilizador local. Junto com o GT do tema, o mobilizador será responsável por reunir as informações de todas as escolas e apresentar esse conteúdo durante o 20 Fórum Comunitário (veja na página 32).
  • 23. Educação para a Convivência com o Semiárido Guia de Orientação para os Municípios 21 2 ROTEIROS TEMÁTICOS ROTEIRO 1 Como se desenvolve a educação no seu município a 1 etapa Pesquisa Propostas de condução da pesquisa nesse roteiro: A Linha de Base, o Diagnóstico do município e uma síntese do Plano de Ação Municipal podem ser apresentados em todas as salas de aula. Se a turma estuda com vários professores, um ou mais podem cuidar da apresentação, deixando claro que várias disciplinas abordarão esses documentos. Os professores podem apresentar dados sob a forma de desafio, provocando os alunos a reagir diante da Linha de Base, além de debater sobre as possibilidades de ação da turma e da escola. Essas práticas em sala de aula requerem planejamento integrado dos professores. Levantar na própria escola e na Secretaria de Educação as questões ligadas aos indicadores: distorção idade-série, abandono, crianças fora da escola, conselho escolar, prática de esporte, estudo sobre a cultura afro, Ideb, infraestrutura, etc. Verificar cada indicador e observar a média do grupo do município, a nota do município e a cor verde ou vermelha de cada indicador. Buscar informações sobre a fonte e o sistema que ela estabelece para informar sobre o indicador. Procurar saber mais sobre a fonte, como pode ser acessada, quem passa as informações do município a ela. O Plano Municipal de Educação (PME) é um material fundamental para se verificar a situação da educação em todo o município. 2a etapa Desdobramento da Pesquisa A depender dos resultados da pesquisa, a escola selecionará um ou mais desdobramentos, como os apresentados abaixo. Abandono escolar – Discutir suas causas, analisar o período em que foi maior na escola. Comparar com outras épocas. Conversar com alunos que abandonaram a escola para ouvir justificativas. Elaborar estratégias para evitar essa ocorrência. Nesse estudo, podem ser construídos gráficos e tabelas mostrando a evolução e diminuição do abandono escolar. Ideb – Estudar o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Como é feito o cálculo e quais indicadores estão incluídos em sua montagem. Fazer comparações da média da escola com outras, com a média estadual e com a nacional. Verificar o percentual de aumento ou de queda entre as médias atuais e as metas propostas. Selo UNICEF Município Aprovado Edição 2009-2012
  • 24. 22 Conselho Escolar e Unidade Executora – Procurar entender o papel dessas duas instituições. Discutir o significado de uma gestão democrática, a relação da escola com a comunidade, o compromisso dos participantes e a periodicidade das reuniões. Caso a escola não tenha Conselho Escolar, será uma boa oportunidade para estruturá-lo. No site do MEC há acesso a uma série de cadernos do Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares. DICA Inclusão – Colocar em pauta a educação inclusiva. Considerar se há na escola acessibilidade para crianças e adolescentes com deficiência. Analisar a planta do prédio. Desenhar um croqui atual da escola e fazer um projeto que contemple a acessibilidade. Estudar o funcionamento do Benefício de Prestação Continuada (BPC), produzir textos sobre o benefício, propor mudanças, gerar material informativo para divulgar o assunto na escola. Atividades esportivas – Pensar o esporte como caminho para a inclusão social. Pesquisar sobre os diversos tipos de esporte. Analisar as atividades esportivas da escola em relação à participação dos alunos, ao envolvimento da comunidade e às aprendizagens. Promover na escola atividades de esporte e cidadania. Participar de atividades esportivas promovidas pelo município e também verificar se o município está realizando o tema Esporte e Cidadania, proposto para esta edição do Selo. Qualidade da educação – Refletir sobre a educação do município, enfocando desafios e avanços. Promover um debate na escola. Uma sugestão é avaliar os Indicadores da Qualidade de Educação do MEC. As propostas surgidas no debate podem ser incluídas no Projeto Político Pedagógico da escola, publicadas no quadro de avisos e divulgadas em blogs, panfletos, jornais ou outros meios de comunicação. E para ampliar a participação, elaborar convites com os alunos para os membros do Conselho Municipal de Educação e a equipe da Secretaria de Educação. 3a etapa Mobilização comunitária Observar as instruções apresentadas na página 19, para desenvolver a mobilização comunitária com ampla participação. a 4 etapa Avaliação do processo educativo Observar as instruções apresentadas na página 20, para conduzir a avaliação do processo educativo.
  • 25. Educação para a Convivência com o Semiárido Guia de Orientação para os Municípios 23 ROTEIRO 2 Saúde na escola, na família e na comunidade a 1 etapa Pesquisa Propostas de condução da pesquisa nesse roteiro: Levantar dados nas próprias famílias dos alunos, nas comunidades, nas unidades básicas de saúde do município, com médicos e outros profissionais da área e na Secretaria de Saúde. Procurar obter informações sobre aleitamento materno, nutrição, desnutrição, segurança alimentar, valor nutricional dos alimentos, assistência médica hospitalar e odontológica, saúde na escola, vacinação, Estratégia Saúde da Família, gravidez e pré-natal, HIV, doenças sexualmente transmissíveis, saúde da mulher e incidência de doenças mais comuns. Todas essas temáticas podem ser integradas ao currículo das disciplinas com relativa facilidade. Porém, exigem planejamento prévio da escola e do professor. a 2 etapa Desdobramento da pesquisa A depender dos resultados da pesquisa, a escola selecionará um ou mais desdobramentos, como os apresentados abaixo. Nutrição - Identificar se há casos de desnutrição ou obesidade na escola. Trabalhar o cálculo do Índice de Massa Corporal para os adultos e analisar tabelas com o peso ideal de crianças e adolescentes. Discutir sobre alimentação saudável e valor nutricional dos alimentos. Mortalidade infantil - Estudar a taxa de mortalidade do município. Identificar as causas das mortes. Procurar saber que providências a Secretaria de Saúde tem tomado para garantir a saúde de gestantes, crianças e adolescentes. Doenças - Nas aulas de ciências, procurar abordar as doenças mais comuns da comunidade, seu histórico, formas de transmissão, tratamentos e prevenção, além da relação dessas doenças com o meio ambiente. Saúde e esporte - Incentivar as práticas esportivas, como forma de prevenção das doenças mais comuns como diabetes, hipertensão e obesidade. Gravidez - Levantar o número de casos de gravidez na adolescência de alunas da escola. Averiguar se ocorreram atenção e tratamento necessários durante a gestação. Analisar se a menina permaneceu na escola após o parto. Grupo Gestor Municipal (GGM) do Programa Saúde e Prevenção nas Escolas (SPE) - Incentivar a atuação do Grupo Gestor Municipal do SPE. Debater com os alunos as Selo UNICEF Município Aprovado Edição 2009-2012
  • 26. 24 atividades que podem fazer parte da proposta curricular sobre saúde sexual e reprodutiva e prevenção das DST/aids. Trabalho das equipes de saúde - Estudar a importância do agente de saúde para as famílias dos bairros e das comunidades rurais. Procurar saber quais informações ele leva até as famílias e sobre as campanhas que realiza. Promover ciclo de palestras e debates com a comunidade escolar, convidando profissionais da área de saúde, como dirigentes das unidades básicas de saúde, nutricionista, agente comunitário, profissional de educação física e assistente social responsável pelo atendimento a crianças e adolescentes vítimas de violência. a 3 etapa Mobilização comunitária Observar as instruções apresentadas na página 19, para desenvolver a mobilização comunitária com ampla participação. 4a etapa Avaliação do processo educativo Observar as instruções apresentadas na página20, para conduzir a avaliação do processo educativo. ROTEIRO 3 Meio ambiente a 1 etapa Pesquisa Pela abrangência do tema meio ambiente e pela maneira como ele mobiliza as pessoas, a escola deve dividi-lo em várias frentes de estudo. Uma opção é tratar da questão do lixo e resíduos industriais, incluindo o serviço municipal de coleta, o zelo e o cuidado da população com os detritos e a destinação dada pelo município a todo o material coletado. Outra possibilidade é abordar aspectos de reciclagem, reutilização de materiais e compostagem orgânica. Também é possível partir dos recursos ambientais – como água, vegetação, solo, energia – e fazer vários desdobramentos sobre sua utilização no município. Um tema muito importante é o que a escola pode fazer ou está fazendo para prevenir as emergências causadas por desastres como seca, enchentes, deslizamentos.
  • 27. Educação para a Convivência com o Semiárido Guia de Orientação para os Municípios 25 2a etapa Desdobramento da pesquisa A depender dos resultados da pesquisa, a escola selecionará um ou mais desdobramentos, como os apresentados abaixo. Água - Saber sobre o local de origem da água, o percurso que faz até a escola e as casas, a forma de tratamento, os reservatórios e o processo de limpeza dos ambientes escolares. É importante discutir se a água é de qualidade, se é suficiente para a demanda da escola e de que forma pode ser economizada. Pode ser feito um estudo mais amplo sobre a água do município, rios e riachos, reservatórios, formas de abastecimento, estações de tratamento, etc. Água na escola - Produzir maquetes sobre o percurso da água que abastece a escola. Fazer desenhos, histórias em quadrinhos e diversificar a produção de textos. Verificar se há água disponível nos banheiros da escola, se a limpeza é conservada pelos alunos e se os banheiros funcionam regularmente. Vegetação - Buscar dados sobre o clima, o solo, a fauna e a flora da região. Comparar com a vegetação de outras regiões. Realizar aulas de campo para observação e experiências práticas. Pesquisar o impacto ambiental mais avançado no município, suas causas e soluções para reduzi-lo. Reservatórios de água - Analisar os tipos de reservatórios. Observar as formas geométricas e calcular o volume de cada um. Avaliar o tipo de material usado em sua construção, pesquisar seu custo e compará-lo com o de outros reservatórios. Averiguar os tipos mais construídos no Semiárido e o motivo da opção. Verificar no município as cisternas para consumo humano, como funcionam e em que locais. Verificar como são os reservatórios de água do município e das comunidades, sua capacidade e a qualidade da água que armazenam. Chuvas - Estudar a média de precipitação da chuva no município. Verificar os meses em que as chuvas são mais frequentes. Elaborar gráficos e tabelas com esses dados. Identificar as consequências da falta ou do excesso de chuva; que impacto isso tem na vida das pessoas; que atitudes da comunidade favorecem a seca e as inundações; o que pode ser feito para prevenir essas emergências. Comissão de Meio Ambiente e Qualidade de Vida na Escola (COM-Vida) - Discutir a importância da COM-Vida e de suas atribuições. Checar se a escola tem COM-Vida e sua própria Agenda 21. Se sim, revê-la e identificar necessidades de ações mais amplas ou específicas. Se não, formar a comissão e elaborar a Agenda 21 da escola. Procurar a Secretaria de Educação ou a Comissão Municipal Pró-Selo e solicitar o material de orientação do MEC para criação da Agenda 21. Propor uma visita da COM-Vida ao Selo UNICEF Município Aprovado Edição 2009-2012
  • 28. 26 Conselho de Meio Ambiente do município e identificar suas propostas para diminuir os impactos ambientais. Agendar reunião com representantes da COM-Vida de outras escolas para debater a superação dos problemas ambientais da comunidade. O que são as COM-Vidas e a Agenda 21 Em 2003, participantes da Conferência Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente concluíram pela necessidade de criação de conselhos jovens nas escolas que acompanhassem os assuntos ligados à educação ambiental. Nascia assim a ideia da Comissão de Meio Ambiente e Qualidade de Vida na Escola (COM-Vida). Um de seus principais objetivos é compor uma Agenda 21 Escolar. A Agenda 21 é um programa de ação para todo o planeta, com 40 capítulos, que fala dos compromissos da humanidade com o século 21, pensando num futuro melhor, com respeito ao ser humano e ao seu ambiente. Os países têm suas Agendas 21 nacionais e devem estimular municípios, bairros e comunidades a criar seus próprios compromissos de proteção à natureza, fortalecendo a economia e a justiça social. Mais informações no site www.mec.gov.br. Hortas - Pesquisar sobre hortas suspensas e principalmente sobre as que utilizam pouca água ou a reutilizam. Planejar a construção de uma horta com os alunos, dividindo responsabilidades. Estudar a cultura de hortaliças – tempo e formas de plantio. Calcular área e perímetro de canteiros e elaborar equações sobre a produção. Destino do lixo - levantar a destinação dada pela escola e pelo município. Analisar se há coleta seletiva. Mobilizar o Conselho de Meio Ambiente e a COM-Vida para enfrentar o problema do lixo do município. Estimular a elaboração de propostas para melhoria do destino do lixo pelos alunos e enviá-las às secretarias municipais. Visitar associações de catadores de lixo, conversar sobre como fazem a separação, os cuidados que devem tomar. Identificar se há crianças e adolescentes atuando em lixões. Em caso positivo, informar o Conselho Tutelar. Parcerias - Firmar parcerias com as secretarias municipais, conselhos e ONGs para resolver os problemas identificados pela escola sobre a qualidade da água e o destino do lixo. A Comissão Municipal Pró-Selo pode contribuir, agendando reuniões em que os alunos possam apresentar os problemas identificados. a 3 etapa Mobilização comunitária Observar as instruções apresentadas na página 19, para desenvolver a mobilização comunitária com ampla participação.
  • 29. Educação para a Convivência com o Semiárido Guia de Orientação para os Municípios 27 a 4 etapa Avaliação do processo educativo Observar as instruções apresentadas na página20, para conduzir a avaliação do processo educativo. ROTEIRO 4 Assistência social e cidadania a 1 etapa Pesquisa Propostas de condução da pesquisa nesse roteiro: Identificar as pessoas do município que compõem o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA). Saber como foram escolhidas e quem as selecionou ou indicou. Buscar informações sobre a composição do Conselho Tutelar. Saber de sua localização e horário de funcionamento. Levantar quantas pessoas recebem atendimento em média por mês. Entender quais programas e projetos são voltados para crianças e adolescentes, como funcionam e quantas famílias ou crianças abrangem. Apurar quantas famílias estão inscritas no Programa Bolsa Família no município. Averiguar se o município tem Fundo da Infância e da Adolescência. Pesquisar quais os tipos de violência mais comuns contra a criança e o adolescente na comunidade. Levantar como são tratados esses direitos violados. Apurar outros desrespeitos aos direitos da criança e do adolescente. Levantar as ações realizadas pelo Centro de Referência de Assistência Social (Cras), unidade pública localizada em áreas de vulnerabilidade social, que atende famílias por meio de serviços socioassistenciais. Indagar quantas famílias são atendidas e em quais horários. Verificar quantas crianças e adolescentes do município recebem o Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC), que permite o acesso de pessoas com deficiência às condições mínimas de uma vida digna. Checar se há pessoas que deveriam receber o BPC, mas não sabem como. Identificar formas de ajudar crianças e adolescentes que têm direito ao BPC a conseguir acesso a esse recurso. a 2 etapa Desdobramento da pesquisa A depender dos resultados da pesquisa, a escola selecionará um ou mais desdobramentos, como os apresentados a seguir: Selo UNICEF Município Aprovado Edição 2009-2012
  • 30. 28 Conhecer os Conselhos de Direitos - Promover palestras e debates com membros dos Conselhos, seguida de visita dos alunos aos locais de atendimento, quando possível. As atividades pedagógicas podem ser preparação de palestra, convite, elaboração de perguntas e de textos, desenhos, cartazes ou outros meios para divulgar os assuntos discutidos. Legislação - Fazer um estudo sobre a legislação, especialmente sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente. Procurar entender o funcionamento dos conselhos municipais diretamente relacionados ao atendimento e à proteção das crianças e dos adolescentes. Abordar temas como o direito tutelar e os ligados à educação, saúde, merenda escolar e assistência social. Violação de direitos - Discutir os números do atendimento ou da falta de atendimento no Conselho Tutelar e em outros serviços, como na área de saúde. Investigar se há casos de desrespeito ou violação de direitos no município. Analisar indicadores já pesquisados e apresentados em outros documentos. As atividades pedagógicas podem relacionar exercícios matemáticos sobre os números pesquisados, debates sobre os fatos – suas causas e consequências. Promover análises com perspectivas históricas, ambientais, geográficas, sociais, econômicas e políticas. Programas sociais - Estudar os programas sociais existentes no município. Exemplo: importância do Bolsa Família para a economia local; formas de uso dos recursos pelos beneficiados; como o programa poderia ser melhorado; quem tem direito e quem o perde; se há famílias que merecem o benefício, mas não o recebem. As atividades pedagógicas podem explorar as operações fundamentais da matemática (fração, porcentagem, regra de três), dependendo do nível dos alunos. Também é possível propor debates sobre distribuição de riquezas, direitos e deveres, vinculando-os a práticas de escrita, leitura e cálculo, bem como a conceitos como cidadania. Saber sobre o Sistema de Garantia de Direitos (SGD) - O SGD articula e integra todas as instâncias governamentais e a sociedade civil, para fazer valer instrumentos e mecanismos de efetivação dos direitos da criança e do adolescente. Ele é importante, por exemplo, porque junta escola e unidades de saúde na questão do direito. Apurar quem participa do SGD no município e qual o papel de cada membro. Verificar presença e omissão de entidades e representantes na constituição jurídica ou em conselhos. As atividades pedagógicas podem se desdobrar em entrevistas, estudos de caso, contos, textos, paró- dias, dissertação, leituras e trabalhos com os números coletados nas pesquisas. a 3 etapa Mobilização comunitária Observar as instruções apresentadas na página 19, para desenvolver a mobilização comunitária com ampla participação. 4a etapa Avaliação do processo educativo Observar as instruções apresentadas na página20, para conduzir a avaliação do processo educativo.
  • 31. Educação para a Convivência com o Semiárido Guia de Orientação para os Municípios 29 DESDOBRAMENTOS NAS POLÍTICAS PÚBLICAS As atividades deste guia foram pensadas para melhorar as condições de vida de crianças e adolescentes. Concretizar tal objetivo exige o envolvimento de toda a comunidade. Não se trata apenas de conquistar o Selo UNICEF Município Aprovado, mas de estabelecer e cultivar elos e parcerias entre escolas, outras instituições públicas, ONGs, conselhos, famílias, grupos de adolescentes e líderes comunitários. Por isso, as dicas, os debates e as tarefas propostos aqui não devem ser entendidos como mais um programa a ser cumprido e que não terá continuidade. Muito pelo contrário. As ações e reflexões devem ultrapassar o período do Selo. Para todos os municípios, o trabalho com o tema continua. A busca por indicadores sociais cada vez mais justos precisa ser perma- nente. Da mesma forma, o trabalho de atenção e proteção à criança e ao adolescente deve se tornar um compromisso de todos. Assim, faz-se necessário avaliar localmente o trabalho realizado em cada tema do Eixo da Participação Social. E, daí, criar rotinas para coletar dados do município, produzir conhecimento sobre eles, mobilizar famílias, planejar ações concretas pelo bem da sociedade, estimular a criação de políticas públicas abrangentes e democráticas e acompanhar seu cumprimento pelas autoridades. Vale lembrar que o município pode se desenvolver sempre mais. Somente assim as propostas do Selo atingirão êxito de fato, e as crianças e os adolescentes terão seus direitos garantidos. é preciso cuidar para que a mobilização do Selo entre para a e: rotina das salas de aula e não se limite a uma ação passageira. rtant Impo Esses assuntos precisam permanecer no currículo escolar, unindo conteúdos tradicionais de cada disciplina às temáticas propostas pelo Selo. O maior equívoco no trabalho do Selo é o município se articular e, depois, parar. Selo UNICEF Município Aprovado Edição 2009-2012
  • 32. 30
  • 33. Educação para a Convivência com o Semiárido Guia de Orientação para os Municípios 31 COMO SERÁ A AVALIAÇÃO A avaliação do trabalho realizado no tema Educação para a Convivência com 0 o Semiárido vai acontecer durante o 2 Fórum Comunitário, a ser realizado no próprio município, no primeiro semestre de 2012. Na ocasião, o Grupo de Trabalho (GT) do tema fará uma apresentação do processo desenvolvido e dos resultados obtidos. Recomenda-se que a apresentação seja feita por crianças e/ou adolescentes integrantes do GT. O conteúdo será, então, avaliado pelo mediador contratado pelo UNICEF, bem como pela comunidade, a partir de critérios definidos pelo UNICEF. Na apresentação, o GT terá que descrever como as atividades do tema foram desenvolvidas no município, levando em consideração a participação dos diferentes atores, principalmente das crianças e dos adolescentes. Também deverá destacar os principais resultados obtidos nas várias atividades. As escolas participantes enviarão os seus relatórios (sugestão de modelo nas páginas 35 a 50) para o mobilizador e o GT do tema para que eles possam preparar a apresentação final. Conteúdos que Aspectos relacionados à composição e à dinâmica de trabalho do GT do tema; deverão ser inseridos na Número, percentual e características das escolas e dos atores envolvidos; apresentação final Envolvimento dos Grupos de Estudos (GE) e grau de participação das crianças e adolescentes nas várias etapas do processo; Ações realizadas pelas escolas (pesquisas, desdobramentos dos dados pesquisados e integração ao currículo escolar, devoluções e mobilizações comunitárias em torno do tema, parcerias firmadas e ações intersetoriais realizadas, e perspectivas de continuidade das iniciativas no município); Resultados obtidos com o desenvolvimento do tema. como forma de comprovar o trabalho realizado e os e: resultados atingidos, deverão fazer parte da apresentação: rtant Impo fotos, vídeos, depoimentos, relatos, peças de comunicação/ mobilização e dados numéricos. Selo UNICEF Município Aprovado Edição 2009-2012
  • 34. 32 Aspectos que Formação do Grupo de Trabalho (GT), análise da Linha de Base e serão observados vinculação com o tema, desenvolvimento do plano de ação e articulação na avaliação das atividades; Número, percentual, diversidade (idade, gênero, raça e etnia, deficiência, rural/urbano) e representatividade de atores envolvidos nas atividades do tema; Número, percentual de escolas do ensino fundamental da rede municipal, em áreas rurais e urbanas, que formaram Grupos de Estudos (GE); Número de reuniões realizadas pelos Grupos de Estudos (GE); Número de temáticas estudadas por roteiro; Número de instituições e/ou fontes pesquisadas; Resultados das experiências vividas e atividades desenvolvidas (realização das pesquisas, desdobramentos dos dados pesquisados e integração ao currículo escolar, devoluções e mobilizações comunitárias em torno do tema, parcerias firmadas e ações intersetoriais realizadas, e perspectivas de continuidade das iniciativas no município). Ao final, o GT fornecerá ao mediador contratado pelo UNICEF uma cópia da apresentação final (em versão digital e impressa). Recomenda-se que outra cópia do documento seja entregue ao presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), visando ao encaminhamento das ações propostas. 0 Ainda durante o 2 Fórum Comunitário, a Comissão Municipal Pró-Selo poderá organizar uma expo-sição do conjunto de materiais e produtos realiza-dos sobre tema, com o propósito de socializá-los com a população. 0 O guia do 2 Fórum Comunitário, que será forne-cido pelo UNICEF, trará mais detalhes sobre a metodologia da apresentação final e avaliação.
  • 35. Educação para a Convivência com o Semiárido Guia de Orientação para os Municípios 33 CALENDÁRIO 10 semestre de 2011 Encontro de capacitação sobre os temas do Eixo da Participação Social. Início do planejamento e realização das atividades pelos municípios. 20 semestre de 2011 Encontro de capacitação para acompanhamento e troca de experiências. Apresentação da metodologia do 20 Fórum Comunitário. Continuidade das atividades pelos municípios. 10 semestre de 2012 Finalização das atividades pelos munícipios. Preparação da apresentação final do tema. Solicitação formal pelo município, ao UNICEF, de mediador para o 20 Fórum Comunitário. Realização do 20 Fórum Comunitário. Selo UNICEF Município Aprovado Edição 2009-2012
  • 37. Educação para a Convivência com o Semiárido Guia de Orientação para os Municípios 35 ANEXO A FICHA DE AVALIAÇÃO DA ESCOLA ROTEIRO TEMÁTICO 1 | Como se desenvolve a educação no meu município Esta ficha não precisará ser entregue ao UNICEF. Deverá ser entregue por cada escola participante ao mobilizador do tema para que ele possa preparar a apresentação final durante o 20 Fórum Comunitário. Nome da escola: Endereço: Município: Estado: ESCREVA ABAIXO O NÚMERO TOTAL DE ALUNOS, PROFESSORES E TURMAS DA ESCOLA. AO LADO, COLOQUE O NÚMERO DE ENVOLVIDOS NAS ATIVIDADES DO ROTEIRO. Total geral da escola Número de envolvidos nas atividades do roteiro Alunos Alunas Total de alunos Professores Turmas A ESCOLA FORMOU UM GRUPO PARA ESTUDAR A LINHA DE BASE, O DIAGNÓSTICO DA 1 SITUAÇÃO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E O PLANO DE AÇÃO MUNICIPAL? NÃO SIM Se SIM, marque o número de reuniões de estudos Marque um X, nas alternativas abaixo, Número de participantes nos participantes das reuniões de estudos Alunos Alunas Professores Diretores e coordenadores pedagógicos Famílias (pais, mães, avós, tios) Líderes comunitários Outros. Quais? MARQUE UM X NAS ATIVIDADES QUE FORAM REALIZADAS PELA ESCOLA NA 1a ETAPA: 2 PESQUISA SOBRE COMO SE DESENVOLVE A EDUCAÇÃO NO SEU MUNICÍPIO Abandono escolar Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) Conselho Escolar e Unidade Executora Inclusão Atividades esportivas Qualidade da educação Outras. Quais?
  • 38. 36 3 MARQUE UM X NAS INSTITUIÇÕES PESQUISADAS PELA ESCOLA Número de participantes Escola Conselho escolar e unidade executora Secretaria de Educação Conselho Municipal de Educação Pesquisas complementares (livros, revistas, jornais, internet) Outras. Quais? 4 DESCREVA COMO AS PESQUISAS FORAM REALIZADAS (TRABALHO EM GRUPO OU AÇÕES INDIVIDUAIS), O PERÍODO EM QUE OCORREU A COLETA DOS DADOS, OS NOMES E CARGOS DAS PESSOAS ENTREVISTADAS E QUAIS AS PRINCIPAIS DIFICULDADES ENFRENTADAS DURANTE O TRABALHO (DESCRIÇÃO COM ATÉ 200 PALAVRAS). RESPONDA EM PÁGINA COMPLEMENTAR MARQUE UM X NAS ATIVIDADES REALIZADAS PELA ESCOLA 5 NA 2a ETAPA: DESDOBRAMENTO DA PESQUISA Estudo sobre as causas do abandono escolar Análise do Ideb da escola e do município Estudo sobre o papel do conselho escolar e da unidade executora e a gestão democrática Trabalhos sobre educação inclusiva Atividades esportivas como inclusão social na escola Debate sobre a qualidade da educação no município Estudo sobre valores e relações entre escola e comunidade Ciclos de debates, palestras e seminários sobre como se desenvolve a educação no município Relação dos dados pesquisados com conhecimentos em língua portuguesa, matemática, geografia, ciência, arte, história, cultura, etc. Pesquisas complementares (livros, revistas, jornais, internet) Outras. Quais? 6 DESCREVA DUAS ESTRATÉGIAS USADAS PELOS PROFESSORES PARA DESENVOLVER AS ATIVIDADES DE DESDOBRAMENTO DA PESQUISA, QUANTAS DISCIPLINAS FORAM ENVOLVIDAS E AS PRINCIPAIS APRENDIZAGENS DOS ALUNOS (DESCRIÇÃO COM ATÉ 400 PALAVRAS). RESPONDA EM PÁGINA COMPLEMENTAR
  • 39. Educação para a Convivência com o Semiárido Guia de Orientação para os Municípios 37 MARQUE UM X NAS ATIVIDADES REALIZADAS PELA ESCOLA 7 NA 3a ETAPA: MOBILIZAÇÃO COMUNITÁRIA Planejamento do encontro de mobilização comunitária com os alunos Organização de um grupo de alunos para registrar as propostas da comunidade Divulgação e mobilização da comunidade, instituições públicas e lideranças da sociedade para participar do encontro de mobilização Apresentação, pelos alunos, dos dados pesquisados e dos conhecimentos produzidos sobre a educação no município Debate sobre a situação apresentada Elaboração de propostas para melhoria da situação da educação no município Outras. Quais? A ESCOLA FORMOU UM GRUPO PARA ESTUDAR A LINHA DE BASE, O DIAGNÓSTICO DA 8 SITUAÇÃO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E O PLANO DE AÇÃO MUNICIPAL? NÃO SIM Se sim, com quais instituições? Que ações a escola realizou com os parceiros? Durante qual período? 9 DESCREVA COMO ACONTECEU A MOBILIZAÇÃO COMUNITÁRIA, O NÚMERO DE ENCONTROS DA ESCOLA COM A COMUNIDADE, O NÚMERO DE PARTICIPANTES, O ENVOLVIMENTO DOS ALUNOS E DOS PROFESSORES (DESCRIÇÃO COM ATÉ 400 PALAVRAS) RESPONDA EM PÁGINA COMPLEMENTAR 10 ESCREVA O DEPOIMENTO DE UM ALUNO, DE UM FAMILIAR E DE UM PROFESSOR, APONTANDO AS HISTÓRIAS VIVIDAS E AS MUDANÇAS OCORRIDAS A PARTIR DAS ATIVIDADES DESSE ROTEIRO (DESCRIÇÃO COM ATÉ 400 PALAVRAS) RESPONDA EM PÁGINA COMPLEMENTAR 11 QUAL A PROPOSTA DA ESCOLA PARA CONTINUAR AS AÇÕES DESTE GUIA APÓS O PERÍODO DO SELO UNICEF? RESPONDA EM PÁGINA COMPLEMENTAR
  • 40. 38 NOMES DE QUEM FORNECEU AS INFORMAÇÕES: Preenchido por: _______________________________ Data: ____/____/ 20_____
  • 41. Educação para a Convivência com o Semiárido Guia de Orientação para os Municípios 39 ANEXO B FICHA DE AVALIAÇÃO DA ESCOLA ROTEIRO TEMÁTICO 2 | Saúde na escola, na família e na comunidade Esta ficha não precisará ser entregue ao UNICEF. Deverá ser entregue por cada escola participante ao mobilizador do tema para que ele possa preparar a apresentação final durante o 20 Fórum Comunitário. Nome da escola: Endereço: Município: Estado: ESCREVA ABAIXO O NÚMERO TOTAL DE ALUNOS, PROFESSORES E TURMAS DA ESCOLA. AO LADO, COLOQUE O NÚMERO DE ENVOLVIDOS NAS ATIVIDADES DO ROTEIRO. Total geral da escola Número de envolvidos nas atividades do roteiro Alunos Alunas Total de alunos Professores Turmas A ESCOLA FORMOU UM GRUPO PARA ESTUDAR A LINHA DE BASE, O DIAGNÓSTICO DA 1 SITUAÇÃO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E O PLANO DE AÇÃO MUNICIPAL? NÃO SIM Se SIM, marque o número de reuniões de estudos Marque um X, nas alternativas abaixo, Número de participantes nos participantes das reuniões de estudos Alunos Alunas Professores Diretores e coordenadores pedagógicos Famílias (pais, mães, avós, tios) Líderes comunitários Outros. Quais? MARQUE UM X NAS ATIVIDADES QUE FORAM REALIZADAS PELA ESCOLA NA 1ª ETAPA: 2 PESQUISA SOBRE SAÚDE NA ESCOLA, NA FAMÍLIA E NA COMUNIDADE Nutrição Mortalidade infantil Doenças Saúde e esporte Gravidez Comitê de saúde e prevenção nas escolas Trabalho das equipes de saúde Outras. Quais?
  • 42. 40 3 MARQUE UM X NAS INSTITUIÇÕES PESQUISADAS PELA ESCOLA Número de participantes Escola Bairros ou ruas Comunidades rurais Posto de Saúde Hospitais e maternidades Secretaria de Saúde Pesquisas complementares (livros, revistas, jornais, internet) Outras. Quais? 4 DESCREVA COMO AS PESQUISAS FORAM REALIZADAS (TRABALHO EM GRUPO OU AÇÕES INDIVIDUAIS), O PERÍODO EM QUE OCORREU A COLETA DOS DADOS, OS NOMES E CARGOS DAS PESSOAS ENTREVISTADAS E QUAIS AS PRINCIPAIS DIFICULDADES ENFRENTADAS DURANTE O TRABALHO (DESCRIÇÃO COM ATÉ 200 PALAVRAS). RESPONDA EM PÁGINA COMPLEMENTAR MARQUE UM X NAS ATIVIDADES REALIZADAS PELA ESCOLA 5 NA 2a ETAPA: DESDOBRAMENTO DA PESQUISA Estudo sobre desnutrição e obesidade Análise das causas de mortalidade infantil Tipos de doenças mais comuns nos bairros ou comunidades rurais (formas de transmissão, tratamento e prevenção) Estudo sobre alimentação saudável e práticas esportivas como forma de prevenção de doenças Função dos agentes de saúde nas comunidades ou bairros Análise do número de casos de gravidez na adolescência e o funcionamento da atenção necessária à gestante Elaboração de propostas para o funcionamento do programa Saúde e Prevenção na Escola Estudo sobre o funcionamento dos postos de saúde e o trabalho das equipes de saúde do município Relação dos dados pesquisados com conhecimentos em língua portuguesa, matemática, geografia, ciência, arte, história, cultura, etc. Ciclos de debates, palestras e seminários sobre saúde e prevenção Pesquisas complementares (livros, revistas, jornais, internet) Outras. Quais? 6 DESCREVA DUAS ESTRATÉGIAS USADAS PELOS PROFESSORES PARA DESENVOLVER AS ATIVIDADES DE DESDOBRAMENTO DA PESQUISA, QUANTAS DISCIPLINAS FORAM ENVOLVIDAS E AS PRINCIPAIS APRENDIZAGENS DOS ALUNOS (DESCRIÇÃO COM ATÉ 400 PALAVRAS). RESPONDA EM PÁGINA COMPLEMENTAR
  • 43. Educação para a Convivência com o Semiárido Guia de Orientação para os Municípios 41 MARQUE UM X NAS ATIVIDADES REALIZADAS PELA ESCOLA 7 NA 3a ETAPA: MOBILIZAÇÃO COMUNITÁRIA Planejamento do encontro de mobilização comunitária com os alunos Organização de um grupo de alunos para registrar as propostas da comunidade Divulgação e mobilização da comunidade, instituições públicas e lideranças da sociedade para participar do encontro de mobilização Apresentação, pelos alunos, dos dados pesquisados e dos conhecimentos produzidos sobre saúde na escola, na família e na comunidade Debate sobre a situação apresentada Elaboração de propostas para melhoria da situação da saúde no município Outras. Quais? A ESCOLA FEZ PARCERIA COM ALGUMA INSTITUIÇÃO (ÓRGÃO DO GOVERNO, ONG, 8 CENTRO DE PESQUISA, EMPRESA, UNIVERSIDADE, ETC.) PARA REALIZAR AÇÕES PROPOSTAS PELA COMUNIDADE PARA MELHORAR A SAÚDE NO MUNICÍPIO? NÃO SIM Se sim, com quais instituições? Que ações a escola realizou com o parceiro? Durante qual período? 9 DESCREVA COMO ACONTECEU A MOBILIZAÇÃO COMUNITÁRIA, O NÚMERO DE ENCONTROS DA ESCOLA COM A COMUNIDADE, O NÚMERO DE PARTICIPANTES, O ENVOLVIMENTO DOS ALUNOS E DOS PROFESSORES (DESCRIÇÃO COM ATÉ 400 PALAVRAS) RESPONDA EM PÁGINA COMPLEMENTAR 10 ESCREVA O DEPOIMENTO DE UM ALUNO, DE UM FAMILIAR E DE UM PROFESSOR, APONTANDO AS HISTÓRIAS VIVIDAS E AS MUDANÇAS OCORRIDAS A PARTIR DAS ATIVIDADES DESSE ROTEIRO (DESCRIÇÃO COM ATÉ 400 PALAVRAS) RESPONDA EM PÁGINA COMPLEMENTAR 11 QUAL A PROPOSTA DA ESCOLA PARA CONTINUAR AS AÇÕES DESTE GUIA APÓS O PERÍODO DO SELO UNICEF? RESPONDA EM PÁGINA COMPLEMENTAR
  • 44. 42 NOMES DE QUEM FORNECEU AS INFORMAÇÕES: Preenchido por: _______________________________ Data: ____/____/ 20_____
  • 45. Educação para a Convivência com o Semiárido Guia de Orientação para os Municípios 43 ANEXO C FICHA DE AVALIAÇÃO DA ESCOLA ROTEIRO TEMÁTICO 3 |Meio ambiente Esta ficha não precisará ser entregue ao UNICEF. Deverá ser entregue por cada escola participante ao mobilizador do tema para que ele possa preparar a apresentação final durante o 20 Fórum Comunitário. Nome da escola: Endereço: Município: Estado: ESCREVA ABAIXO O NÚMERO TOTAL DE ALUNOS, PROFESSORES E TURMAS DA ESCOLA. AO LADO, COLOQUE O NÚMERO DE ENVOLVIDOS NAS ATIVIDADES DO ROTEIRO. Total geral da escola Número de envolvidos nas atividades do roteiro Alunos Alunas Total de alunos Professores Turmas A ESCOLA FORMOU UM GRUPO PARA ESTUDAR A LINHA DE BASE, O DIAGNÓSTICO DA 1 SITUAÇÃO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E O PLANO DE AÇÃO MUNICIPAL? NÃO SIM Se SIM, marque o número de reuniões de estudos Marque um X, nas alternativas abaixo, Número de participantes nos participantes das reuniões de estudos Alunos Alunas Professores Diretores e coordenadores pedagógicos Famílias (pais, mães, avós, tios) Líderes comunitários Outros. Quais? MARQUE UM X NAS ATIVIDADES QUE FORAM REALIZADAS PELA ESCOLA NA 1ª ETAPA: PESQUISA SOBRE 2 MEIO AMBIENTE, RECURSOS NATURAIS, RESÍDUOS, SERVIÇOS MUNICIPAIS E PROCESSO EDUCATIVO Água Água na escola Vegetação Reservatórios de água Chuvas Comissões de Meio Ambiente e Qualidade de Vida (COM-Vida) Hortas Destino do lixo Parcerias Outras. Quais?
  • 46. 44 3 MARQUE UM X NAS INSTITUIÇÕES PESQUISADAS PELA ESCOLA Número de participantes Escola Bairros ou ruas Comunidades rurais Estação de Tratamento de Água (ETA) Rios, riachos, açudes Conselho Municipal de Meio Ambiente Propriedades rurais Cooperativas de catadores de lixo Usinas de reciclagem ONG Pesquisas complementares (livros, revistas, jornais, internet) Outras. Quais? 4 DESCREVA COMO AS PESQUISAS FORAM REALIZADAS (TRABALHO EM GRUPO OU AÇÕES INDIVIDUAIS), O PERÍODO EM QUE OCORREU A COLETA DOS DADOS, OS NOMES E CARGOS DAS PESSOAS ENTREVISTADAS E QUAIS AS PRINCIPAIS DIFICULDADES ENFRENTADAS DURANTE O TRABALHO (DESCRIÇÃO COM ATÉ 200 PALAVRAS). RESPONDA EM PÁGINA COMPLEMENTAR MARQUE UM X NAS ATIVIDADES REALIZADAS PELA ESCOLA 5 NA 2a ETAPA: DESDOBRAMENTO DA PESQUISA Estudo sobre a água do município, formas de abastecimento, estação de tratamento Análise da oferta e da qualidade da água da escola Estudo sobre a vegetação, solo e impactos ambientais do município Pesquisa sobre os tipos de reservatórios mais construídos no Semiárido, formas, capacidade e custos Estudo da média de precipitação de chuva no município Elaboração ou início da COM-Vida e da Agenda 21 na escola Tipos de hortas, formas e tempo de plantio Estudo sobre o destino do lixo da escola e do município, coleta seletiva e formas de reaproveitamento Formação de parcerias para ciclos de debates, palestras e seminários sobre o destino do lixo, a qualidade da água e a diminuição dos impactos ambientais do município Relação dos dados pesquisados com conhecimentos em língua portuguesa, matemática, geografia, ciência, arte, história, cultura, etc. Pesquisas complementares (livros, revistas, jornais, internet) Outras. Quais?
  • 47. Educação para a Convivência com o Semiárido Guia de Orientação para os Municípios 45 6 DESCREVA DUAS ESTRATÉGIAS USADAS PELOS PROFESSORES PARA DESENVOLVER AS ATIVIDADES DE DESDOBRAMENTO DA PESQUISA, QUANTAS DISCIPLINAS FORAM ENVOLVIDAS E AS PRINCIPAIS APRENDIZAGENS DOS ALUNOS (DESCRIÇÃO COM ATÉ 400 PALAVRAS). RESPONDA EM PÁGINA COMPLEMENTAR MARQUE UM X NAS ATIVIDADES REALIZADAS PELA ESCOLA 7 NA 3a ETAPA: MOBILIZAÇÃO COMUNITÁRIA Planejamento do encontro de mobilização comunitária com os alunos Organização de um grupo de alunos para registrar as propostas da comunidade Divulgação e mobilização da comunidade, instituições públicas e lideranças da sociedade para participar do encontro de mobilização Apresentação, pelos alunos, dos dados pesquisados e dos conhecimentos produzidos sobre meio ambiente Debate sobre a situação apresentada Elaboração de propostas para a melhoria dos dados de meio ambiente pesquisados Outras. Quais? A ESCOLA FEZ PARCERIA COM ALGUMA INSTITUIÇÃO (ÓRGÃO DO GOVERNO, ONG, 8 CENTRO DE PESQUISA, EMPRESA, UNIVERSIDADE, ETC.) PARA REALIZAR AÇÕES PROPOSTAS PELA COMUNIDADE SOBRE MEIO AMBIENTE? NÃO SIM Se sim, com quais instituições? Que ações a escola realizou com o parceiro? Durante qual período? 9 DESCREVA COMO ACONTECEU A MOBILIZAÇÃO COMUNITÁRIA, O NÚMERO DE ENCONTROS DA ESCOLA COM A COMUNIDADE, O NÚMERO DE PARTICIPANTES, O ENVOLVIMENTO DOS ALUNOS E DOS PROFESSORES (DESCRIÇÃO COM ATÉ 400 PALAVRAS) RESPONDA EM PÁGINA COMPLEMENTAR 10 ESCREVA O DEPOIMENTO DE UM ALUNO, DE UM FAMILIAR E DE UM PROFESSOR, APONTANDO AS HISTÓRIAS VIVIDAS E AS MUDANÇAS OCORRIDAS A PARTIR DAS ATIVIDADES DESSE ROTEIRO (DESCRIÇÃO COM ATÉ 400 PALAVRAS) RESPONDA EM PÁGINA COMPLEMENTAR
  • 48. 46 11 QUAL A PROPOSTA DA ESCOLA PARA CONTINUAR AS AÇÕES DESTE GUIA APÓS O PERÍODO DO SELO UNICEF? RESPONDA EM PÁGINA COMPLEMENTAR NOMES DE QUEM FORNECEU AS INFORMAÇÕES: Preenchido por: _______________________________ Data: ____/____/ 20_____