O relatório resume o desempenho da cooperativa no ano de 2011, destacando um aumento de vendas de 17% e uma redução da dívida bancária em €85.085,56. No entanto, a fruta não teve boa valorização devido à conjuntura de mercado. A direção propõe continuar os esforços para melhorar as vendas e rentabilizar a cooperativa no futuro.
1. Relatório de Direcção
Senhores Associados:
No cumprimento do nosso dever de prestar contas da nossa acção à frente da
Cooperativa e para satisfação do determinado pela alínea c) do art.º 35 dos Estatutos da
Cooperativa, vimos submeter à vossa apreciação o presente relatório e as contas
relativos ao exercício de 2011.
No seguimento da mesma estratégia adotada no ano anterior (2010) a direção traçou
para o exercício de 2011 uma política de rigor e contenção, com vista a uma diminuição
das dívidas e dos custos e à manutenção da atividade. Temos, por isso, em relação ao
exercício de 2011, o sentimento de dever cumprido.
• Conseguimos, em primeiro lugar, uma melhoria significativa do resultado, que
passou de €-135.535.06 em 2010 para € -68.706.47 em 2011, correspondente a
um acréscimo de 67%. Não sendo ainda positivo e estando algo distante dessa
meta, não deixa de ser bastante animador na medida em que o fluxo de caixa
[cash-flow) se apresenta com um valor positivo de cerca de 85 mil euros, contra
cerca de 24 mil apresentado no ano passado pela anterior direção.
• Conseguimos um aumento de vendas da ordem dos 17 % em relação ao ano
anterior.
• Conseguimos uma diminuição da divida à banca no valor de € 85 085.56
• Conseguimos pagar atempadamente a fruta entregue pelo associado durante o
ano.
Para além destes aspectos, conseguimos ainda :
• Maior rentabilização dos recursos humanos decorrente de um cada vez mais
aperfeiçoado ajustamento às necessidades reais de trabalho, face ao calendário.
• Terminámos as obras na secção de abastecimento, o que nos permitiu o seu
licenciamento pendente desde 1978.
• Conseguimos realizar os investimentos a que nos propusemos, nomeadamente a
realização de obras com o objectivo de tornar as instalações mais eficientes
(transferência do escritório para o piso inferior).
2. • Aquisição de equipamento (baterias de condensadores) que nos permitiram uma
diminuição da despesa com a energia.
Não obstante, existiram aspectos menos positivos que é igualmente importante
realçar:
• O aumento da valorização da frutas não foi conseguido, sobretudo em
consequência da conjuntura dos mercados e consequente “esmagamento de
margens”.
• A falta de liquidez decorrente de uma pesada herança não permitiu a
ambicionada dinamização da secção de abastecimento, proporcionando aos
sócios produtos em condições mais vantajosas.
• A já aludida fraca valorização da fruta não permitiu o pagamento da dívida a
associados, relativa a 2009, que por esse motivo se manterá congelada.
Por fim, fazemos um apelo aos associados para que encarem a cooperativa como uma
solução no sucesso da sua atividade e a ela entregue toda a sua produção, contribuindo
não só para a manutenção de uma organização que lhe pertence mas, igualmente, para o
futuro da fruticultura na Cova da Beira.
Perspetivas para o futuro
Com vista a promover o escoamento da fruta, em melhores condições de preço,
propomos-nos alcançar encomendas mais substanciais da parte das grandes superfícies e
alargar a base dos nossos clientes, indo à procura deles. Temos consciência que só se
atuarmos de forma mais ativa conseguiremos melhores condições e, assim, tornar a
Cooperativa rentável e valorizar a fruta recebida dos associados.
Atendendo ao adverso ambiente económico, e no que respeita às condições internas de
exploração, propomo-nos estar atentos aos gastos e realizar os estritamente
indispensáveis.
Aplicação dos resultados
Propomos que o resultado líquido negativo de € 68.706.47 seja transferido para a conta
de resultados transitados.
3. Considerações finais
Para finalizar um voto de agradecimento
• Ao presidente da mesa da Assembleia-geral, pela sua preocupação e empenho na
solução dos problemas da cooperativa.
• Ao Conselho Fiscal, pela forma disponível com que reuniu com a direcção, a
aconselhou e a apoiou, em particular ao seu presidente, Doutor Pimpão, que,
com total abnegação, empenho e dedicação, tem dado o seu precioso contributo
à execução contabilística desta cooperativa.
• Aos trabalhadores em geral, pela sua compreensão perante as mudanças
introduzidas.
• A todos os associados que acreditaram na sua cooperativa colocando aí toda a
sua produção.
Ponte Pedrinha, 16 de Março de 2011
A Direcção
Carlos Manuel Dias Madaleno
José da Conceição Pinto
António Manuel Marques Gomes