SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 16
Teologia da Espiritualidade

Cônegos Regulares de São Vitor
São Domingos
São Francisco de Assis

Professor: Pe. Luciano dos Santos
Acadêmico: Paulo Henrique de Oliveira
Cônegos Regulares
• Sacerdotes que viviam vida comum, na prática dos votos
• Metodologia eficaz para garantir uma santificação sacerdotal ao
próprios membros
• Mantinham uma vida religiosa com a atividade de clero secular

• Entre todos as comunidades deste modelo, destaca-se a de São Vitor
Hugo de São Vitor
• Itinerário da alma até Deus
• Supera Dionísio, o Areopagita, em sua mística
• Por meio da ciência humana e divina, eleva a alma humana à
dimensão da sabedoria última.
• Consegue sintetizar motivos platônicos e agostinianos
• Obra sublime do homem é a de restabelecer a imagem de Deus na
alma;

• Autoconhecimento não apenas psicológico mas capacidade de
mudança interior;
• Alma deve percorrer a trajetória de sua ascensão à contemplação.
Hugo de São Vitor

• Sua doutrina de contemplação está ligada à fé a à ciência.
• Chega-se à contemplação mediante a ação conjunta do amor e do
conhecimento, na qual se insere também o Espírito Santo.
• Contemplação também como especulativa e afetiva, pela qual o
amor é concomitantemente meio e fim do conhecimento.
Ricardo de São Vitor

• Discípulo de Hugo
• Temática espiritual centrada na contemplação e no amor
• O homem herdou na própria alma, a imagem e a semelhança de Deus.
• Pelo pecado o homem está enfermo, ferido e ignorante.
• Objeto e protagonista de inextinguíveis duelos interiores, a alma deve
atualmente sair da dissemelhança com o divino.
São Domingos
• Heresia dos Cátaros difundia-se nos inícios do século XIII
• Honório III encarregou os cistercienses de pregar contra a heresia
• Diante da insuficiência dos pregadores temporários São Domingos
institui pregadores permanentes
• Nasce a Ordem dos Pregadores de São Domingos com a finalidade de,
não somente santificar os membros, mas a de salvar as almas
mediante a pregação da verdadeira fé
• Honório III aprova a ordem em 1226
• Prioridade era a pregação e o estudo – dispensa de compromissos
ordinários
• Conservavam escrupulosamente os elementos da vida contemplativa
monacal e acrescenta a atividade sua específica, a pregação.
São Domingos
• Santo Tomas a ordem mais perfeita – contemplativos em voz alta.

• Sua espiritualidade pode ser definida como intelectualidade
contemplante
• Teologia tem lugar especial

• Segunda peculiaridade da espiritualidade dominicana:
vida militante, apostólica, batalhadora.
• Recitação das Horas breve e sucinta para não prejudicar os estudos.
• Espiritualidade dominicana: tríplice subdivisão:
• Devoção ao ofício - Meditação - Orações Secretas
• Devem ser homens quem rezam antes que homens que falam
São Francisco de Assis

• Aos 26 anos abandona tudo e passa a viver a pobreza emitindo os
votos de pobreza, castidade e obediência pelo resto de sua vida.
• Juntam-se alguns companheiros que irmão pregar mais com a própria
vida do que com palavras.
• Sua conversão se dá na abandonada Igreja de São Damião, onde ouve
uma voz vinda do crucifixo que lhe diz: “Vai, Francisco, renova a
minha casa, porque, como vês, cai em ruínas”.
São Francisco de Assis
• Confrontando Francisco e Domingos, este aparece menos
intelectualista em sua espiritualidade.
• Dimensão afetiva predomina sobre a cognitiva.
• Contemplação própria dos pobres e não a dos teólogos.
• Dimensão doutrinal recuperada a partir da entrada de clérigos e
doutores, dentre os quais Santo Antônio de Pádua.
• Assim a obra franciscana se aproxima da dominicana.

• A ordem Francisca foi reconhecida e aprovada por Inocêncio III,
Honório III e Gregório IX.
São Francisco de Assis
• O franciscanismo se distingue de outros movimentos de pobreza da
época sobretudo na humildade e obediência à autoridade da Igreja.
• Fidelidade à Igreja constituída.
• Respeito aos sacerdotes como “seus senhores”, mesmo se o
perseguissem.
• Não quis ser sacerdote, permanecendo diácono – abre possibilidades
para a presença do laicato na ação da Igreja.
• Nova visão da vida ascética: alegre superação de si mesmo.
• Nova visão dos cosmo e das criaturas, que são filhas de Deus
sustentadas pela Providência, que é poder e misericórdia de Deus.
• Toda a vida de Francisco foi uma prece perene e uma experiência de
Deus intensa e original.
São Francisco de Assis
• Cristocentrismo pelo crivo dos mistérios mais humildes da vida de
Cristo e fraternidade universal.
• Em seu itinerário para Deus descobre-se uma progressiva
transfiguração mediante o desapego e a penitência

• Surgem posteriormente as Clarissas, fundada por Santa Clara
• As Damas pobres de São Damião
• Foi a segunda instituição franciscana de caráter eminentemente
contemplativo
• Clara exerceu forte influência na escolha da pregação apostólica “dos
vícios e das virtudes, do sofrimento e da glória”.
São Francisco de Assis

• Em seguida surge a Ordem Terceira
• Oferecia um tipo de oração, caridade e penitência que ia de encontro
às aspirações de perfeição e de retorno ao Evangelho para quem não
queria ou não podia abandonar o mundo.
• O impulso missionário trazido por São Francisco levou seus filhos
para além do continente europeu, até às terras mais longínquas do
mundo.
São Domingos e São Francisco

• São Domingos
- Etnia Espanhola
- Sacerdote, Cônego, culto, fâmulo de um bispo, boas relações com a
hierarquia
- Teólogo da verdade, levar os hereges à verdade de Cristo.
- Forma seus discípulos com sólida preparação cultural, desenvolvendo
uma atitude de argumentação racional para fundamentar a pregação.
São Domingos e São Francisco

• São Francisco
- Italiano da Umbria
- Leigo com íntegra liberdade interior.
- Independência fruto da inspiração evangélica e liberdade.

- Deseja chegar ao coração e convence-lo do testemunho da vida
virtuosa.
- Prepara seus discípulos exigindo a imitação da mansidão e
humildade de Jesus Cristo para com todas as criaturas.
São Tomás – Doutor Angélico

• Contribui para o tema da espiritualidade não apenas com a ordem e
a precisão, mas também com um plano orgânico.
• Exige que se pratique as virtudes morais como premissa
indispensável à vida contemplativa.
• Apresenta quatro graus da contemplação:
1 – Prática das virtudes;
2 – Atos preparatórios (oração e leitura)
3 – Obras divinas levam ao conhecimento do Senhor
4 – Contemplação das verdades divinas em si mesmas.
• Apresenta clara distinção entre fé e ciência, sendo que somente a fé
tem como objeto a verdade divina e revelada (mediante a fé).
São Boaventura – Doutor Seráfico
• Teologia Mística não é apenas ciência, mas também contemplação

• Aponta para a centralidade do mistério de Cristo
• A assimilação ao Pai passa pela própria associação à paixão de Cristo
crucificado
• Na trilogia: Deus, Cristo, homem, o termo médio é Cristo.
• Na vida do cristão três termos: nascer, morrer e renascer: morrer é o
mais difícil mas não existe outra via a ser percorrida.
• Acentua diferença entre Teologia Especulativa e Teologia Mística
• Mística: objeto tríplice  purificativa, iluminativa e perfectiva pela
qual a alma, ao final de seu itinerário funde-se com Deus.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Apostila auxiliar de estudos a evolução do cristianismo até o espiritismo ...
Apostila auxiliar de estudos    a evolução do cristianismo até o espiritismo ...Apostila auxiliar de estudos    a evolução do cristianismo até o espiritismo ...
Apostila auxiliar de estudos a evolução do cristianismo até o espiritismo ...Marcílio Pereira
 
Definição e características das seitas
Definição e características das seitasDefinição e características das seitas
Definição e características das seitasAlberto Simonton
 
Libertação da teologia frente à secularização em Juan Luis Segundo
Libertação da teologia frente à secularização em Juan Luis SegundoLibertação da teologia frente à secularização em Juan Luis Segundo
Libertação da teologia frente à secularização em Juan Luis SegundoAfonso Murad (FAJE)
 
Religiosa e freudiana
Religiosa e freudianaReligiosa e freudiana
Religiosa e freudianafebri samar
 
Eae 108 - o cristão no meio religioso e profano
Eae   108 - o cristão no meio religioso e profanoEae   108 - o cristão no meio religioso e profano
Eae 108 - o cristão no meio religioso e profanoNorberto Scavone Augusto
 
Origem da escola aprendizes do evangelho
Origem da escola aprendizes do evangelhoOrigem da escola aprendizes do evangelho
Origem da escola aprendizes do evangelhoDarlene Cesar
 
Teologia do novo testamento
Teologia do novo testamentoTeologia do novo testamento
Teologia do novo testamentoJose Ventura
 
A secularizacao da igreja
A secularizacao da igrejaA secularizacao da igreja
A secularizacao da igrejaIPB706Sul
 
Cozinha da teologia - A teologia acadêmica
Cozinha da teologia - A teologia acadêmicaCozinha da teologia - A teologia acadêmica
Cozinha da teologia - A teologia acadêmicaAfonso Murad (FAJE)
 
Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita - Programa Fundamental - Tomo I
Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita - Programa Fundamental - Tomo IEstudo Sistematizado da Doutrina Espírita - Programa Fundamental - Tomo I
Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita - Programa Fundamental - Tomo I. Sobrenome
 
Eclesiologia
EclesiologiaEclesiologia
Eclesiologiaefalves
 
Teologia da Libertação: obra de Deus ou do diabo?
Teologia da Libertação: obra de Deus ou do diabo?Teologia da Libertação: obra de Deus ou do diabo?
Teologia da Libertação: obra de Deus ou do diabo?Carlos Santos
 
A necessidade de uma nova reforma
A necessidade de uma nova reformaA necessidade de uma nova reforma
A necessidade de uma nova reformaViva a Igreja
 

Mais procurados (20)

Apostila auxiliar de estudos a evolução do cristianismo até o espiritismo ...
Apostila auxiliar de estudos    a evolução do cristianismo até o espiritismo ...Apostila auxiliar de estudos    a evolução do cristianismo até o espiritismo ...
Apostila auxiliar de estudos a evolução do cristianismo até o espiritismo ...
 
Mediunidade o que é isso apostila 015
Mediunidade o que é isso   apostila 015Mediunidade o que é isso   apostila 015
Mediunidade o que é isso apostila 015
 
Definição e características das seitas
Definição e características das seitasDefinição e características das seitas
Definição e características das seitas
 
Libertação da teologia frente à secularização em Juan Luis Segundo
Libertação da teologia frente à secularização em Juan Luis SegundoLibertação da teologia frente à secularização em Juan Luis Segundo
Libertação da teologia frente à secularização em Juan Luis Segundo
 
Religiosa e freudiana
Religiosa e freudianaReligiosa e freudiana
Religiosa e freudiana
 
Arminianismo x calvinismo
Arminianismo x calvinismoArminianismo x calvinismo
Arminianismo x calvinismo
 
62f38ea6e6d356929e926a9bf8e2aaeb 100529141900-phpapp01
62f38ea6e6d356929e926a9bf8e2aaeb 100529141900-phpapp0162f38ea6e6d356929e926a9bf8e2aaeb 100529141900-phpapp01
62f38ea6e6d356929e926a9bf8e2aaeb 100529141900-phpapp01
 
Eae 108 - o cristão no meio religioso e profano
Eae   108 - o cristão no meio religioso e profanoEae   108 - o cristão no meio religioso e profano
Eae 108 - o cristão no meio religioso e profano
 
Identidade Nazarena - M2
Identidade Nazarena - M2Identidade Nazarena - M2
Identidade Nazarena - M2
 
Origem da escola aprendizes do evangelho
Origem da escola aprendizes do evangelhoOrigem da escola aprendizes do evangelho
Origem da escola aprendizes do evangelho
 
Teologia do novo testamento
Teologia do novo testamentoTeologia do novo testamento
Teologia do novo testamento
 
A secularizacao da igreja
A secularizacao da igrejaA secularizacao da igreja
A secularizacao da igreja
 
Teses sobre a doutrina da santificação
Teses sobre a doutrina da santificaçãoTeses sobre a doutrina da santificação
Teses sobre a doutrina da santificação
 
Cozinha da teologia - A teologia acadêmica
Cozinha da teologia - A teologia acadêmicaCozinha da teologia - A teologia acadêmica
Cozinha da teologia - A teologia acadêmica
 
Entrar na casa da teologia
Entrar na casa da teologiaEntrar na casa da teologia
Entrar na casa da teologia
 
Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita - Programa Fundamental - Tomo I
Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita - Programa Fundamental - Tomo IEstudo Sistematizado da Doutrina Espírita - Programa Fundamental - Tomo I
Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita - Programa Fundamental - Tomo I
 
Eclesiologia
EclesiologiaEclesiologia
Eclesiologia
 
Teologia da Libertação: obra de Deus ou do diabo?
Teologia da Libertação: obra de Deus ou do diabo?Teologia da Libertação: obra de Deus ou do diabo?
Teologia da Libertação: obra de Deus ou do diabo?
 
A necessidade de uma nova reforma
A necessidade de uma nova reformaA necessidade de uma nova reforma
A necessidade de uma nova reforma
 
Roteiro para Estudo da Mediunidade
Roteiro para Estudo da MediunidadeRoteiro para Estudo da Mediunidade
Roteiro para Estudo da Mediunidade
 

Destaque

Estatuto 16 03-2012
Estatuto 16 03-2012Estatuto 16 03-2012
Estatuto 16 03-2012George Sousa
 
Ii Formação Para Novas Comunidades
Ii Formação Para Novas ComunidadesIi Formação Para Novas Comunidades
Ii Formação Para Novas Comunidadestomdeamor
 
III Formação Para Novas Comunidades
III Formação Para Novas ComunidadesIII Formação Para Novas Comunidades
III Formação Para Novas Comunidadestomdeamor
 
I Formação Para Novas Comunidades
I Formação Para Novas ComunidadesI Formação Para Novas Comunidades
I Formação Para Novas Comunidadestomdeamor
 
Iv Formação Para Novas Comunidades
Iv  Formação Para Novas ComunidadesIv  Formação Para Novas Comunidades
Iv Formação Para Novas Comunidadestomdeamor
 

Destaque (6)

Primavera na Igreja
Primavera na IgrejaPrimavera na Igreja
Primavera na Igreja
 
Estatuto 16 03-2012
Estatuto 16 03-2012Estatuto 16 03-2012
Estatuto 16 03-2012
 
Ii Formação Para Novas Comunidades
Ii Formação Para Novas ComunidadesIi Formação Para Novas Comunidades
Ii Formação Para Novas Comunidades
 
III Formação Para Novas Comunidades
III Formação Para Novas ComunidadesIII Formação Para Novas Comunidades
III Formação Para Novas Comunidades
 
I Formação Para Novas Comunidades
I Formação Para Novas ComunidadesI Formação Para Novas Comunidades
I Formação Para Novas Comunidades
 
Iv Formação Para Novas Comunidades
Iv  Formação Para Novas ComunidadesIv  Formação Para Novas Comunidades
Iv Formação Para Novas Comunidades
 

Semelhante a Espiritualidade dos Santos Domingos, Francisco e Vitor

EIXOVocaçãoAula2.pptx
EIXOVocaçãoAula2.pptxEIXOVocaçãoAula2.pptx
EIXOVocaçãoAula2.pptxssuserc9ef03
 
Formação da Instrução Básica - Congregação Mariana
Formação da Instrução Básica - Congregação MarianaFormação da Instrução Básica - Congregação Mariana
Formação da Instrução Básica - Congregação MarianaMarcoTulioMG
 
Novo perfil do redentorista
Novo perfil do redentoristaNovo perfil do redentorista
Novo perfil do redentoristaLeutherio
 
Documento 105 CNBB - Ano do Laicato
Documento 105 CNBB - Ano do LaicatoDocumento 105 CNBB - Ano do Laicato
Documento 105 CNBB - Ano do LaicatoAmélio Barbosa
 
E.b.d jovens 1ºtrimestre 2017 lição 02
E.b.d   jovens 1ºtrimestre 2017 lição 02E.b.d   jovens 1ºtrimestre 2017 lição 02
E.b.d jovens 1ºtrimestre 2017 lição 02Joel Silva
 
Aula 03 juvenis I Raízes do avivamento na história da igreja I EBD 2017
Aula 03 juvenis I Raízes do avivamento na história da igreja I EBD 2017Aula 03 juvenis I Raízes do avivamento na história da igreja I EBD 2017
Aula 03 juvenis I Raízes do avivamento na história da igreja I EBD 2017Denis de Pereira
 
K papel leigoigrejahojeigrejasinacio19out11
K papel leigoigrejahojeigrejasinacio19out11K papel leigoigrejahojeigrejasinacio19out11
K papel leigoigrejahojeigrejasinacio19out11LFKlein
 
A reforma católica e a contra reforma- parte 1
A reforma católica e a contra  reforma- parte 1A reforma católica e a contra  reforma- parte 1
A reforma católica e a contra reforma- parte 1Carla Teixeira
 
Preparando a paróquia para trabalhar com a IVC.pptx
Preparando a paróquia para trabalhar com a IVC.pptxPreparando a paróquia para trabalhar com a IVC.pptx
Preparando a paróquia para trabalhar com a IVC.pptxJosWolney
 
Vida consagrada carácter apostólico
Vida consagrada carácter apostólicoVida consagrada carácter apostólico
Vida consagrada carácter apostólicoMaria Coelho
 
Palestra encontro de catequistas 2015
Palestra encontro de catequistas 2015Palestra encontro de catequistas 2015
Palestra encontro de catequistas 2015Catequista Verinha
 

Semelhante a Espiritualidade dos Santos Domingos, Francisco e Vitor (20)

EIXOVocaçãoAula2.pptx
EIXOVocaçãoAula2.pptxEIXOVocaçãoAula2.pptx
EIXOVocaçãoAula2.pptx
 
MISSIOLOGIA - IBADEP - LIÇÃO 1
MISSIOLOGIA - IBADEP - LIÇÃO 1MISSIOLOGIA - IBADEP - LIÇÃO 1
MISSIOLOGIA - IBADEP - LIÇÃO 1
 
Aparições de Nossa Senhora
Aparições de Nossa SenhoraAparições de Nossa Senhora
Aparições de Nossa Senhora
 
Formação da Instrução Básica - Congregação Mariana
Formação da Instrução Básica - Congregação MarianaFormação da Instrução Básica - Congregação Mariana
Formação da Instrução Básica - Congregação Mariana
 
Novo perfil do redentorista
Novo perfil do redentoristaNovo perfil do redentorista
Novo perfil do redentorista
 
Documento 105 CNBB - Ano do Laicato
Documento 105 CNBB - Ano do LaicatoDocumento 105 CNBB - Ano do Laicato
Documento 105 CNBB - Ano do Laicato
 
A Igrea Medieval
A Igrea MedievalA Igrea Medieval
A Igrea Medieval
 
Santidade
SantidadeSantidade
Santidade
 
Opus dei
Opus deiOpus dei
Opus dei
 
(10) teologia da libertação
(10) teologia da libertação(10) teologia da libertação
(10) teologia da libertação
 
Catequese jmc
Catequese jmcCatequese jmc
Catequese jmc
 
Um culto bem preparado
Um culto bem preparadoUm culto bem preparado
Um culto bem preparado
 
E.b.d jovens 1ºtrimestre 2017 lição 02
E.b.d   jovens 1ºtrimestre 2017 lição 02E.b.d   jovens 1ºtrimestre 2017 lição 02
E.b.d jovens 1ºtrimestre 2017 lição 02
 
Aula 03 juvenis I Raízes do avivamento na história da igreja I EBD 2017
Aula 03 juvenis I Raízes do avivamento na história da igreja I EBD 2017Aula 03 juvenis I Raízes do avivamento na história da igreja I EBD 2017
Aula 03 juvenis I Raízes do avivamento na história da igreja I EBD 2017
 
K papel leigoigrejahojeigrejasinacio19out11
K papel leigoigrejahojeigrejasinacio19out11K papel leigoigrejahojeigrejasinacio19out11
K papel leigoigrejahojeigrejasinacio19out11
 
A reforma católica e a contra reforma- parte 1
A reforma católica e a contra  reforma- parte 1A reforma católica e a contra  reforma- parte 1
A reforma católica e a contra reforma- parte 1
 
Preparando a paróquia para trabalhar com a IVC.pptx
Preparando a paróquia para trabalhar com a IVC.pptxPreparando a paróquia para trabalhar com a IVC.pptx
Preparando a paróquia para trabalhar com a IVC.pptx
 
Vida consagrada carácter apostólico
Vida consagrada carácter apostólicoVida consagrada carácter apostólico
Vida consagrada carácter apostólico
 
STNB-SMR-M3B
STNB-SMR-M3BSTNB-SMR-M3B
STNB-SMR-M3B
 
Palestra encontro de catequistas 2015
Palestra encontro de catequistas 2015Palestra encontro de catequistas 2015
Palestra encontro de catequistas 2015
 

Último

A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).
A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).
A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).natzarimdonorte
 
AS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdf
AS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdfAS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdf
AS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdfnatzarimdonorte
 
O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .
O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .
O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .natzarimdonorte
 
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 199ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19PIB Penha
 
Série: O Conflito - Palestra 08. Igreja Adventista do Sétimo Dia
Série: O Conflito - Palestra 08. Igreja Adventista do Sétimo DiaSérie: O Conflito - Palestra 08. Igreja Adventista do Sétimo Dia
Série: O Conflito - Palestra 08. Igreja Adventista do Sétimo DiaDenisRocha28
 
DIP Domingo da Igreja Perseguida 2024.pptx
DIP Domingo da Igreja Perseguida 2024.pptxDIP Domingo da Igreja Perseguida 2024.pptx
DIP Domingo da Igreja Perseguida 2024.pptxRoseLucia2
 
Material sobre o jubileu e o seu significado
Material sobre o jubileu e o seu significadoMaterial sobre o jubileu e o seu significado
Material sobre o jubileu e o seu significadofreivalentimpesente
 
Ha muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra Espirita
Ha muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra EspiritaHa muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra Espirita
Ha muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra EspiritaSessuana Polanski
 
Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos vinicius
Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos viniciusTaoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos vinicius
Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos viniciusVini Master
 
ARMAGEDOM! O QUE REALMENTE?.............
ARMAGEDOM! O QUE REALMENTE?.............ARMAGEDOM! O QUE REALMENTE?.............
ARMAGEDOM! O QUE REALMENTE?.............Nelson Pereira
 

Último (12)

A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).
A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).
A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).
 
AS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdf
AS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdfAS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdf
AS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdf
 
O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .
O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .
O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .
 
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 199ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
 
Série: O Conflito - Palestra 08. Igreja Adventista do Sétimo Dia
Série: O Conflito - Palestra 08. Igreja Adventista do Sétimo DiaSérie: O Conflito - Palestra 08. Igreja Adventista do Sétimo Dia
Série: O Conflito - Palestra 08. Igreja Adventista do Sétimo Dia
 
DIP Domingo da Igreja Perseguida 2024.pptx
DIP Domingo da Igreja Perseguida 2024.pptxDIP Domingo da Igreja Perseguida 2024.pptx
DIP Domingo da Igreja Perseguida 2024.pptx
 
Material sobre o jubileu e o seu significado
Material sobre o jubileu e o seu significadoMaterial sobre o jubileu e o seu significado
Material sobre o jubileu e o seu significado
 
Fluido Cósmico Universal e Perispírito.ppt
Fluido Cósmico Universal e Perispírito.pptFluido Cósmico Universal e Perispírito.ppt
Fluido Cósmico Universal e Perispírito.ppt
 
Ha muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra Espirita
Ha muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra EspiritaHa muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra Espirita
Ha muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra Espirita
 
Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos vinicius
Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos viniciusTaoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos vinicius
Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos vinicius
 
Mediunidade e Obsessão - Doutrina Espírita
Mediunidade e Obsessão - Doutrina EspíritaMediunidade e Obsessão - Doutrina Espírita
Mediunidade e Obsessão - Doutrina Espírita
 
ARMAGEDOM! O QUE REALMENTE?.............
ARMAGEDOM! O QUE REALMENTE?.............ARMAGEDOM! O QUE REALMENTE?.............
ARMAGEDOM! O QUE REALMENTE?.............
 

Espiritualidade dos Santos Domingos, Francisco e Vitor

  • 1. Teologia da Espiritualidade Cônegos Regulares de São Vitor São Domingos São Francisco de Assis Professor: Pe. Luciano dos Santos Acadêmico: Paulo Henrique de Oliveira
  • 2. Cônegos Regulares • Sacerdotes que viviam vida comum, na prática dos votos • Metodologia eficaz para garantir uma santificação sacerdotal ao próprios membros • Mantinham uma vida religiosa com a atividade de clero secular • Entre todos as comunidades deste modelo, destaca-se a de São Vitor
  • 3. Hugo de São Vitor • Itinerário da alma até Deus • Supera Dionísio, o Areopagita, em sua mística • Por meio da ciência humana e divina, eleva a alma humana à dimensão da sabedoria última. • Consegue sintetizar motivos platônicos e agostinianos • Obra sublime do homem é a de restabelecer a imagem de Deus na alma; • Autoconhecimento não apenas psicológico mas capacidade de mudança interior; • Alma deve percorrer a trajetória de sua ascensão à contemplação.
  • 4. Hugo de São Vitor • Sua doutrina de contemplação está ligada à fé a à ciência. • Chega-se à contemplação mediante a ação conjunta do amor e do conhecimento, na qual se insere também o Espírito Santo. • Contemplação também como especulativa e afetiva, pela qual o amor é concomitantemente meio e fim do conhecimento.
  • 5. Ricardo de São Vitor • Discípulo de Hugo • Temática espiritual centrada na contemplação e no amor • O homem herdou na própria alma, a imagem e a semelhança de Deus. • Pelo pecado o homem está enfermo, ferido e ignorante. • Objeto e protagonista de inextinguíveis duelos interiores, a alma deve atualmente sair da dissemelhança com o divino.
  • 6. São Domingos • Heresia dos Cátaros difundia-se nos inícios do século XIII • Honório III encarregou os cistercienses de pregar contra a heresia • Diante da insuficiência dos pregadores temporários São Domingos institui pregadores permanentes • Nasce a Ordem dos Pregadores de São Domingos com a finalidade de, não somente santificar os membros, mas a de salvar as almas mediante a pregação da verdadeira fé • Honório III aprova a ordem em 1226 • Prioridade era a pregação e o estudo – dispensa de compromissos ordinários • Conservavam escrupulosamente os elementos da vida contemplativa monacal e acrescenta a atividade sua específica, a pregação.
  • 7. São Domingos • Santo Tomas a ordem mais perfeita – contemplativos em voz alta. • Sua espiritualidade pode ser definida como intelectualidade contemplante • Teologia tem lugar especial • Segunda peculiaridade da espiritualidade dominicana: vida militante, apostólica, batalhadora. • Recitação das Horas breve e sucinta para não prejudicar os estudos. • Espiritualidade dominicana: tríplice subdivisão: • Devoção ao ofício - Meditação - Orações Secretas • Devem ser homens quem rezam antes que homens que falam
  • 8. São Francisco de Assis • Aos 26 anos abandona tudo e passa a viver a pobreza emitindo os votos de pobreza, castidade e obediência pelo resto de sua vida. • Juntam-se alguns companheiros que irmão pregar mais com a própria vida do que com palavras. • Sua conversão se dá na abandonada Igreja de São Damião, onde ouve uma voz vinda do crucifixo que lhe diz: “Vai, Francisco, renova a minha casa, porque, como vês, cai em ruínas”.
  • 9. São Francisco de Assis • Confrontando Francisco e Domingos, este aparece menos intelectualista em sua espiritualidade. • Dimensão afetiva predomina sobre a cognitiva. • Contemplação própria dos pobres e não a dos teólogos. • Dimensão doutrinal recuperada a partir da entrada de clérigos e doutores, dentre os quais Santo Antônio de Pádua. • Assim a obra franciscana se aproxima da dominicana. • A ordem Francisca foi reconhecida e aprovada por Inocêncio III, Honório III e Gregório IX.
  • 10. São Francisco de Assis • O franciscanismo se distingue de outros movimentos de pobreza da época sobretudo na humildade e obediência à autoridade da Igreja. • Fidelidade à Igreja constituída. • Respeito aos sacerdotes como “seus senhores”, mesmo se o perseguissem. • Não quis ser sacerdote, permanecendo diácono – abre possibilidades para a presença do laicato na ação da Igreja. • Nova visão da vida ascética: alegre superação de si mesmo. • Nova visão dos cosmo e das criaturas, que são filhas de Deus sustentadas pela Providência, que é poder e misericórdia de Deus. • Toda a vida de Francisco foi uma prece perene e uma experiência de Deus intensa e original.
  • 11. São Francisco de Assis • Cristocentrismo pelo crivo dos mistérios mais humildes da vida de Cristo e fraternidade universal. • Em seu itinerário para Deus descobre-se uma progressiva transfiguração mediante o desapego e a penitência • Surgem posteriormente as Clarissas, fundada por Santa Clara • As Damas pobres de São Damião • Foi a segunda instituição franciscana de caráter eminentemente contemplativo • Clara exerceu forte influência na escolha da pregação apostólica “dos vícios e das virtudes, do sofrimento e da glória”.
  • 12. São Francisco de Assis • Em seguida surge a Ordem Terceira • Oferecia um tipo de oração, caridade e penitência que ia de encontro às aspirações de perfeição e de retorno ao Evangelho para quem não queria ou não podia abandonar o mundo. • O impulso missionário trazido por São Francisco levou seus filhos para além do continente europeu, até às terras mais longínquas do mundo.
  • 13. São Domingos e São Francisco • São Domingos - Etnia Espanhola - Sacerdote, Cônego, culto, fâmulo de um bispo, boas relações com a hierarquia - Teólogo da verdade, levar os hereges à verdade de Cristo. - Forma seus discípulos com sólida preparação cultural, desenvolvendo uma atitude de argumentação racional para fundamentar a pregação.
  • 14. São Domingos e São Francisco • São Francisco - Italiano da Umbria - Leigo com íntegra liberdade interior. - Independência fruto da inspiração evangélica e liberdade. - Deseja chegar ao coração e convence-lo do testemunho da vida virtuosa. - Prepara seus discípulos exigindo a imitação da mansidão e humildade de Jesus Cristo para com todas as criaturas.
  • 15. São Tomás – Doutor Angélico • Contribui para o tema da espiritualidade não apenas com a ordem e a precisão, mas também com um plano orgânico. • Exige que se pratique as virtudes morais como premissa indispensável à vida contemplativa. • Apresenta quatro graus da contemplação: 1 – Prática das virtudes; 2 – Atos preparatórios (oração e leitura) 3 – Obras divinas levam ao conhecimento do Senhor 4 – Contemplação das verdades divinas em si mesmas. • Apresenta clara distinção entre fé e ciência, sendo que somente a fé tem como objeto a verdade divina e revelada (mediante a fé).
  • 16. São Boaventura – Doutor Seráfico • Teologia Mística não é apenas ciência, mas também contemplação • Aponta para a centralidade do mistério de Cristo • A assimilação ao Pai passa pela própria associação à paixão de Cristo crucificado • Na trilogia: Deus, Cristo, homem, o termo médio é Cristo. • Na vida do cristão três termos: nascer, morrer e renascer: morrer é o mais difícil mas não existe outra via a ser percorrida. • Acentua diferença entre Teologia Especulativa e Teologia Mística • Mística: objeto tríplice  purificativa, iluminativa e perfectiva pela qual a alma, ao final de seu itinerário funde-se com Deus.