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Câncer Bucal
Epidemiologia
 Segundo o Instituto Nacional do Câncer, em 2009
faleceram 5.136 homens e 1.394 mulheres devido ao
câncer bucal.
 A incidência deste tem como principais fatores de
risco o tabagismo, a ingestão de bebidas alcoólicas e
a exposição solar.
 No Brasil, o câncer da boca apresentou estimativas
de, aproximadamente, 15 mil novos casos em 2010.
A doença chega a ser a quinta colocada dentre as
neoplasias malignas de maior incidência em
homens.
Câncer Bucal
Com o objetivo de aumentar a sobrevida e
reduzir a morbidade, a desfiguração facial
provocada por cirurgias para tratamento, a
duração do tratamento e custos hospitalares
com o câncer bucal dos pacientes é
fundamental que os profissionais identifiquem
lesões e realizem o diagnóstico precoce do
câncer bucal.
Prevenção
Os fatores de risco mais conhecidos para o
câncer bucal são:



Tabaco: De acordo com a Organização
Mundial da Saúde, cerca de 90% dos
pacientes diagnosticados com câncer de boca
eram tabagistas. O cigarro representa o maior
risco para o desenvolvimento dessa doença, e
o risco varia de acordo com a quantidade
consumida
Etilismo: O consumo regular de bebidas
alcoólicas aumenta o risco de desenvolver
câncer de boca e a associação entre cigarro
e bebidas alcoólicas aumenta ainda mais o
risco para este tipo de câncer.
Vírus HPV: Algumas pesquisas comprovam
que o vírus HPV pode estar relacionado a
alguns casos de câncer de boca
Prevenção
 Radiação solar: A exposição ao sol sem
proteção representa um risco para o câncer
de lábios.
 Higiene e alimentação: Observa-se em
pacientes com câncer de boca uma higiene
bucal deficiente e uma dieta pobre em
proteínas, vitaminas e minerais e rica em
gorduras.
Prevenção
 A prevenção primária visa ações ou iniciativas que
possam reduzir a incidência e a prevalência da
doença, modificando os hábitos da comunidade,
buscando interromper ou diminuir os fatores de
risco como o tabaco, o álcool e a exposição solar
dos lábios, antes mesmo que a doença se instale.
 Para isto é fundamental a orientação por parte de
toda a equipe em grupos ou outras atividades, além
da importância de se oferecer recursos para a
cessação do tabaco e alcoolismo.
Prevenção Primária
 A prevenção secundária visa o diagnóstico precoce
da doença em uma fase anterior ao paciente
apresentar alguma queixa clínica.
 O câncer bucal pode levar meses antes de
apresentar algum sinal ou sintoma percebido pelo
paciente e o diagnóstico precoce dessa doença faz
com que os níveis de cura alcancem mais de 90% dos
casos. Por isso a importância de uma anamnese que
aborde os fatores de risco e um exame físico
detalhado.
Prevenção Secundária
A prevenção terciária visa limitar o dano,
controlar a dor, prevenir complicações
secundárias, melhorar a qualidade de vida
durante o tratamento, e, sempre que possível,
reintegrar o indivíduo à sociedade, tornando-o
apto a realizar as atividades diárias exercidas
anteriormente.
Prevenção Terciária
Os principais sinais que devem ser observados
são:
 lesões na cavidade oral ou nos lábios que
não cicatrizam por mais de 15 dias;
 manchas ou placas vermelhas ou
esbranquiçadas na língua, gengivas, palato,
mucosa jugal;
 nódulos no pescoço;
 rouquidão persistente.
Sinais e Sintomas
Nos casos mais avançados, observa-se:
- Dificuldade de mastigação e de engolir;
- Dificuldade na fala;
- Sensação de que há algo preso na garganta.
Sinais e Sintomas
Para estabelecer o diagnóstico de uma lesão
bucal potencialmente malignas ou malignas é
essencial um bom exame clínico (visual e tátil).
Os médicos e enfermeiros devem encaminhar o
paciente ao cirurgião-dentista, quando houver
suspeita de qualquer lesão intra ou extra oral.
Exame Clínico
 Lábios;
 Língua;
 Gengiva;
 Assoalho de boca;
 Mucosa da bochecha;
 Mucosa da bochecha;
 Vestíbulo da boca;
 Palato;
 Úvula;
 Glândulas salivares
maiores e menores.
As regiões anatômicas que devem ser
regularmente inspecionadas e avaliadas são:
Exame Clínico
• Leucoplasias;
• Estomatite nicotínica;
• Eritroplasias;
• Eritroleucoplasia;
• Ceratose actínica (solar);
• Líquen plano (forma erosiva);
• Nevo (sinal/pinta);
• Candidíase crônica.
Lesões Malignizáveis
Autoexame
Não há evidências científicas de que o
autoexame seja efetivo como medida
preventiva contra o câncer de boca.
Diagnóstico Precoce
A alta sensibilidade da cavidade oral pode facilitar a
percepção do indivíduo bem orientado para sinais de
alerta, como feridas que não cicatrizam nos lábios e
na boca, manchas brancas ou avermelhadas nas
gengivas, língua ou mucosa oral, tumorações ou
caroços na região da boca ou pescoço.
É importante orientar os usuários quanto aos
sinais de alerta!
Apesar das lesões ocasionadas pelo câncer de boca
serem facilmente visualizadas e acessíveis a
procedimentos diagnósticos, é imperativo que os
profissionais de saúde conheçam os sinais iniciais, que,
em geral, são inespecíficos e frequentemente se
confundem com algumas condições benignas.
 Deve-se detalhar ao máximo o exame clínico, conhecer
e valorizar a presença desses sinais, independentemente
de ter sido um achado clínico ou uma queixa do paciente,
para que se possa conduzir de forma adequada e
oportuna, realizando os procedimentos diagnósticos
necessários e encaminhando os casos positivos para
tratamento especializado.
Diagnóstico Precoce
Condutas
Quando o paciente visualizar qualquer
alteração como manchas, placas,
bolhas, nódulos e também ulcerações,
deve ser orientado por qualquer
membro da equipe a procurar a equipe
de saúde bucal para uma avaliação
minuciosa.
Caso a lesão apresente características
que tragam dúvidas ou quaisquer
suspeitas ao cirurgião-dentista, este deve
encaminhar o paciente a um serviço
especializado (semiologista), de acordo
com o protocolo do município.
Condutas
Tratamento
Geralmente, o tratamento emprega cirurgia
e/ou radioterapia. As duas técnicas têm bons
resultados nas lesões iniciais e a indicação vai
depender da localização do tumor e das
alterações funcionais que possam ser
provocadas pelo tratamento.
Referências Bibliográficas:
• Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.
Departamento de Atenção Básica. Rastreamento. Brasília: Ministério da
Saúde, 2010. (Caderno de Atenção Básica n. 29). Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderno_atencao_primaria_
29_rastreamento.pdf
• Instituto Nacional do Câncer – INCA . Tipos de Câncer – Boca. Disponível
em
http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/tiposdecancer/site/home+/
boca/definicao
• Pereira, C. C. T.; Dias, A . A.; Melo, N. S.; Lemos, C. A.; Oliveira, E. M. F.
Abordagem do câncer da boca: uma estratégia para os níveis primário e
secundário de atenção em saúde. Cad. Saúde Pública vol.28 suppl. Rio
de Janeiro 2012. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-
311X2012001300005&script=sci_arttext
• Vidal, A. K. L. Programa de Combate ao Câncer de Boca. 2 ed. Recife:
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  • 2. Epidemiologia  Segundo o Instituto Nacional do Câncer, em 2009 faleceram 5.136 homens e 1.394 mulheres devido ao câncer bucal.  A incidência deste tem como principais fatores de risco o tabagismo, a ingestão de bebidas alcoólicas e a exposição solar.  No Brasil, o câncer da boca apresentou estimativas de, aproximadamente, 15 mil novos casos em 2010. A doença chega a ser a quinta colocada dentre as neoplasias malignas de maior incidência em homens.
  • 3. Câncer Bucal Com o objetivo de aumentar a sobrevida e reduzir a morbidade, a desfiguração facial provocada por cirurgias para tratamento, a duração do tratamento e custos hospitalares com o câncer bucal dos pacientes é fundamental que os profissionais identifiquem lesões e realizem o diagnóstico precoce do câncer bucal.
  • 4. Prevenção Os fatores de risco mais conhecidos para o câncer bucal são: 

 Tabaco: De acordo com a Organização Mundial da Saúde, cerca de 90% dos pacientes diagnosticados com câncer de boca eram tabagistas. O cigarro representa o maior risco para o desenvolvimento dessa doença, e o risco varia de acordo com a quantidade consumida
  • 5. Etilismo: O consumo regular de bebidas alcoólicas aumenta o risco de desenvolver câncer de boca e a associação entre cigarro e bebidas alcoólicas aumenta ainda mais o risco para este tipo de câncer. Vírus HPV: Algumas pesquisas comprovam que o vírus HPV pode estar relacionado a alguns casos de câncer de boca Prevenção
  • 6.  Radiação solar: A exposição ao sol sem proteção representa um risco para o câncer de lábios.  Higiene e alimentação: Observa-se em pacientes com câncer de boca uma higiene bucal deficiente e uma dieta pobre em proteínas, vitaminas e minerais e rica em gorduras. Prevenção
  • 7.  A prevenção primária visa ações ou iniciativas que possam reduzir a incidência e a prevalência da doença, modificando os hábitos da comunidade, buscando interromper ou diminuir os fatores de risco como o tabaco, o álcool e a exposição solar dos lábios, antes mesmo que a doença se instale.  Para isto é fundamental a orientação por parte de toda a equipe em grupos ou outras atividades, além da importância de se oferecer recursos para a cessação do tabaco e alcoolismo. Prevenção Primária
  • 8.  A prevenção secundária visa o diagnóstico precoce da doença em uma fase anterior ao paciente apresentar alguma queixa clínica.  O câncer bucal pode levar meses antes de apresentar algum sinal ou sintoma percebido pelo paciente e o diagnóstico precoce dessa doença faz com que os níveis de cura alcancem mais de 90% dos casos. Por isso a importância de uma anamnese que aborde os fatores de risco e um exame físico detalhado. Prevenção Secundária
  • 9. A prevenção terciária visa limitar o dano, controlar a dor, prevenir complicações secundárias, melhorar a qualidade de vida durante o tratamento, e, sempre que possível, reintegrar o indivíduo à sociedade, tornando-o apto a realizar as atividades diárias exercidas anteriormente. Prevenção Terciária
  • 10. Os principais sinais que devem ser observados são:  lesões na cavidade oral ou nos lábios que não cicatrizam por mais de 15 dias;  manchas ou placas vermelhas ou esbranquiçadas na língua, gengivas, palato, mucosa jugal;  nódulos no pescoço;  rouquidão persistente. Sinais e Sintomas
  • 11. Nos casos mais avançados, observa-se: - Dificuldade de mastigação e de engolir; - Dificuldade na fala; - Sensação de que há algo preso na garganta. Sinais e Sintomas
  • 12. Para estabelecer o diagnóstico de uma lesão bucal potencialmente malignas ou malignas é essencial um bom exame clínico (visual e tátil). Os médicos e enfermeiros devem encaminhar o paciente ao cirurgião-dentista, quando houver suspeita de qualquer lesão intra ou extra oral. Exame Clínico
  • 13.  Lábios;  Língua;  Gengiva;  Assoalho de boca;  Mucosa da bochecha;  Mucosa da bochecha;  Vestíbulo da boca;  Palato;  Úvula;  Glândulas salivares maiores e menores. As regiões anatômicas que devem ser regularmente inspecionadas e avaliadas são: Exame Clínico
  • 14. • Leucoplasias; • Estomatite nicotínica; • Eritroplasias; • Eritroleucoplasia; • Ceratose actínica (solar); • Líquen plano (forma erosiva); • Nevo (sinal/pinta); • Candidíase crônica. Lesões Malignizáveis
  • 15. Autoexame Não há evidências científicas de que o autoexame seja efetivo como medida preventiva contra o câncer de boca.
  • 16. Diagnóstico Precoce A alta sensibilidade da cavidade oral pode facilitar a percepção do indivíduo bem orientado para sinais de alerta, como feridas que não cicatrizam nos lábios e na boca, manchas brancas ou avermelhadas nas gengivas, língua ou mucosa oral, tumorações ou caroços na região da boca ou pescoço. É importante orientar os usuários quanto aos sinais de alerta!
  • 17. Apesar das lesões ocasionadas pelo câncer de boca serem facilmente visualizadas e acessíveis a procedimentos diagnósticos, é imperativo que os profissionais de saúde conheçam os sinais iniciais, que, em geral, são inespecíficos e frequentemente se confundem com algumas condições benignas.  Deve-se detalhar ao máximo o exame clínico, conhecer e valorizar a presença desses sinais, independentemente de ter sido um achado clínico ou uma queixa do paciente, para que se possa conduzir de forma adequada e oportuna, realizando os procedimentos diagnósticos necessários e encaminhando os casos positivos para tratamento especializado. Diagnóstico Precoce
  • 18. Condutas Quando o paciente visualizar qualquer alteração como manchas, placas, bolhas, nódulos e também ulcerações, deve ser orientado por qualquer membro da equipe a procurar a equipe de saúde bucal para uma avaliação minuciosa.
  • 19. Caso a lesão apresente características que tragam dúvidas ou quaisquer suspeitas ao cirurgião-dentista, este deve encaminhar o paciente a um serviço especializado (semiologista), de acordo com o protocolo do município. Condutas
  • 20. Tratamento Geralmente, o tratamento emprega cirurgia e/ou radioterapia. As duas técnicas têm bons resultados nas lesões iniciais e a indicação vai depender da localização do tumor e das alterações funcionais que possam ser provocadas pelo tratamento.
  • 21. Referências Bibliográficas: • Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Rastreamento. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. (Caderno de Atenção Básica n. 29). Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderno_atencao_primaria_ 29_rastreamento.pdf • Instituto Nacional do Câncer – INCA . Tipos de Câncer – Boca. Disponível em http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/tiposdecancer/site/home+/ boca/definicao • Pereira, C. C. T.; Dias, A . A.; Melo, N. S.; Lemos, C. A.; Oliveira, E. M. F. Abordagem do câncer da boca: uma estratégia para os níveis primário e secundário de atenção em saúde. Cad. Saúde Pública vol.28 suppl. Rio de Janeiro 2012. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102- 311X2012001300005&script=sci_arttext • Vidal, A. K. L. Programa de Combate ao Câncer de Boca. 2 ed. Recife: EDUPE, 2009.